Encontro com as memórias - 7º ano - 2017

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Encontros com a memória: sentidos e sensações Alunos do 7º ano Colégio ECCOS


Responsáveis técnicos

Coordenadora do Projeto: Claudia Alvarenga Maestra: Laura Duarte Professoras: Girlayne Faria e Priscila Giovanini Professores Parceiros: Éder Duarte e Roseli Freitas Colégio ECCOS - 2017


“Quem possui a faculdade de ver a beleza não envelhece.” Franz Kafk


Sumário Capítulo I

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Capítulo II

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Capítulo III

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Capítulo IV

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Capítulo V

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Capítulo VI

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Capítulo VII

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Una charla con mis memorias

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Fotos

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Apresentação

A leitura dos livros “Guilherme Augusto de Araújo Fernandes” e “O menino no Espelho”, além de outros títulos da literatura infantil, nos inspirou e nos levou a refletir sobre a expressão dos sentimentos, das expectativas, das angústias, dos amores e da construção das memórias através da literatura. Começamos assim nossa preparação para as visitas que faríamos ao Asilo Santo Antônio, a fim de estabelecermos contato com os idosos e ouvir suas histórias que serviriam de material para a produção deste trabalho. As visitas ao asilo aconteceram mensalmente e tinham por objetivo oportunizar conexão, escuta, formação de vínculos que promovessem a empatia e a construção de memórias. Foram visitas repletas de risadas, curiosidade, emoção, atenção, alegria… que deixaram saudade. Assim, ao longo desse ano, os alunos do 7º ano conheceram um universo muito diferente do deles. Viveram experiências únicas nas visitas ao Asilo Santo Antônio e mergulharam nas sensações e percepções sobre si mesmos e sobre o outro, no caso, pessoas idosas com quem conviveram. A associação da linguagem da Literatura, dos estudos do discurso e da articulação da língua portuguesa com as histórias ouvidas nas visitas ao Asilo, serviram de fundamentação para a compreensão do conceito de narrativa de memória. E dessa experiência “memorável” surgiram os relatos que compõem esse trabalho.


Dedicatória

Nós dedicamos esse livro aos idosos e funcionários do Asilo Santo Antônio que compartilharam seu tempo e suas histórias. Agradecemos ao Colégio ECCOS que oportunizou essa vivência. Maria Fernanda


Capítulo I Expectativas

Na aula de literatura da professora Girlayne, lemos o livro “O menino no espelho” do Fernando Sabino, que contava algumas das memórias do autor. Por causa disso, planejamos um trabalho sobre memórias. A professora começou a dar ideias até chegar na ideia de irmos ao asilo Santo Antônio que se localiza no centro de nossa cidade. Achamos interessante e concordamos com o projeto, que tinha como objetivo conhecer os idosos, como eles viviam e ouvir suas histórias de vida. Antes de irmos ao asilo, todos nós tivemos expectativas boas e ruins. Alguns de nós achavam que o asilo seria um lugar monótono, entediante, velho, pequeno com apenas um quintal no fundo e que os idosos não iriam conversar com a gente, mas que ficariam sentados em sofás, assistindo à televisão. Pelo que vemos na mídia ou pelas histórias tristes que escutamos, tínhamos uma expectativa negativa sobre como seria o dia a dia num asilo. Também tivemos boas expectativas, outros de nós pensaram que talvez o asilo fosse um lugar feliz, onde os idosos fossem bem cuidados e até alegres em alguns momentos. Alguns de nós esperavam isso porque, se o asilo fosse ruim e mal cuidado, a direção do lugar não aceitaria nossas visitas. E foi com essas impressões que iniciamos as idas ao lar dos idosos. Eduarda, Heitor Peloia, Guilherme Keiji, Isabela Possobom

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Capítulo II

Primeiras impressões Ao chegar no asilo Santo Antônio pela primeira vez, notamos que os idosos que moravam lá pareciam solitários, mas com o passar das visitas eles foram se mostrando alegres e participativos. Na primeira vez, fomos recebidos pelos funcionários e pelas freiras que foram muito educados. Era um ambiente bem cuidado com jardins, imagens e símbolos religiosos. Alguns idosos conversavam muito no primeiro momento, outros vieram curiosos para ver o que estávamos fazendo. Por outro lado, nós alunos também estávamos um pouco tímidos, pois não sabíamos como começar uma conversa com eles. Após um tempo, na primeira visita, fomos para uma sala bem grande com uma televisão, sofás e poltronas. Alguns idosos eram mais quietos, já outros não queriam parar de conversar com a gente. Aos poucos conhecemos o asilo, havia pátios, jardins, um refeitório grande e um salão onde encontrávamos a maioria dos velhinhos. O lugar era calmo, silencioso e outras pessoas, além de nós, estavam ali visitando os idosos. Todas as visitas foram boas, pois ouvimos algumas histórias que nos fizeram aprender um pouco sobre a vida dessas pessoas. Giulia, Taynara, Nícollas, Sofia, Maria Fernanda e João Vítor

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Capítulo III

Histórias que marcaram Jacira Havia uma idosa no asilo que se chamava Jacira, ela era negra, seus cabelos eram enroladinhos, bem curtos e brancos. Ela nos contou várias histórias sobre sua vida. Uma das histórias era de como perdeu a perna. A Jacira anda de cadeira de rodas porque não tem uma das pernas. Ela disse que quando tinha 16 anos ficaria um tempo na casa da mãe no Rio de Janeiro. Naquela época, Jacira chegou em um sábado e, na segunda, quando estava saindo da missa, foi atravessar uma rua movimentada e um caminhão em alta velocidade passou por cima de sua perna. Um outro caminhoneiro socorreu Jacira e a levou correndo para o hospital. A mãe dela ficou sabendo, horas depois, que a filha tinha perdido a perna. Mesmo depois do que aconteceu, Jacira continua sendo uma pessoa muito otimista e alegre. Rosa Outra idosa com quem conversamos foi a Rosa. Ela era uma japonesa, tinha o cabelo curto e bem liso, não era muito alta e tinha por volta de 80 anos. A Rosa nos contou que nasceu no Japão e veio para cá criança com os pais, há muitos anos por causa da guerra em seu país, em busca de uma vida melhor. Infelizmente não foi o que ela, seus pais e outros imigrantes encontraram no Brasil. Ela disse que as condições dos imigrantes japoneses eram precárias, não tinham lugar para morar, ganhavam muito mal dos patrões e muitos japoneses se arrependeram de ter vindo para cá, outros até pensavam em tirar a própria vida porque se sentiam muito tristes. A Rosa contou um pouco de sua infância na roça, onde brincava com seu irmão mais velho. No final da conversa, demos um cachecol para ela, que pareceu gostar de nosso presente.

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José O José era um senhorzinho que não sabia quem era. Ele ficava o tempo todo caminhando pelo asilo, às vezes parava para ver o que estávamos fazendo. Usava calça jeans, um casaco cinza, era calmo, alto, careca e sorridente. Quem nos contou sua história foi uma das freiras. Ela disse que José foi visto, há alguns anos, na frente do asilo por uma das funcionárias que o convidou para jantar ali e ele nunca mais foi embora. O pessoal do asilo o acolheu, cuidaram dele e, como ele não se lembrava do seu nome, foi chamado de José. Mesmo com pouca memória, José parece feliz e se dá bem com todos que vivem no asilo com ele. Heitor Nishimura, Mel, Rafael, João Pedro e Vinícius

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Capítulo IV O que ficou

Após várias visitas ao asilo, nos sentíamos melhores por ter feito os idosos sorrirem, ficamos com vontade de voltar todo dia, também aprendemos com os velhinhos. Ouvimos muitas histórias diferentes, cada uma teve um impacto diferente… As situações tristes fizeram-nos pensar nas nossas próprias vidas e valorizar o que temos. Por exemplo, um idoso nos disse que não foi à escola, teve que trabalhar desde muito cedo. Então, desde daquele dia, o que ele disse não deixa de passar pela nossa cabeça.. Imagine não ter todas as experiências de estar com os amigos, aprender coisas essenciais e coisas marcantes que você não vai esquecer na sua vida toda. Tudo o que temos ele não teve, aquilo pelo que nós estudantes reclamamos pode ser o que ele mais queria . Quando acabou, vimos que foi bom conviver um pouco com os idosos naquele espaço. Nós conversamos e ouvimos sobre suas histórias. Ao fim do passeio, não tínhamos mais vergonha de puxar conversa, estávamos felizes. Aprendemos que a presença dos idosos é muito importante para o mundo, eles têm muito a ensinar para os mais novos, pois têm muito mais experiência. Alunos do 7º ano

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Capítulo V

Entrevista com Irmã Maria Helena A - Qual é a sua função aqui no asilo? MH - Trabalho com a parte de terapia ocupacional e com a orientação religiosa. A - Como a senhora veio trabalhar aqui no asilo? MH - Fui designada para este trabalho pela minha congregação religiosa. A - O que é mais difícil no dia a dia? MH - Não há parte difícil quando se faz o que gosta, quando a gente trabalha naquilo em que acredita. A - Se a senhora pudesse mudar algo, o que seria? MH - Gostaria que mais pessoas trabalhassem com os idosos; que tivessem mais tempo para compartilhar com eles. A - Qual o maior aprendizado que a senhora teve aqui? MH - Aprendi um pouco de tudo... A - Um sonho? MH - Ah... gostaria que pudéssemos construir mais prédios para termos a possibilidade de acolher mais idosos. A - Do que a senhora sente saudade? MH - Daqueles que morreram. A - Um conselho... MH - Procurem viver mais próximos dos idosos, pois eles têm muito a ensinar... muita sabedoria. A - Quem ajuda o asilo? MH - Funcionários e voluntários. A - Quais são as atividades que vocês oferecem aos idosos? MH - Temos cabelereiros, terapia, manicure e artesanato. A - O que a senhora espera do futuro? MH -Paz

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Capítulo VI

Em poucas palavras ... alunos Depois que tivemos a oportunidade de conviver com os idosos do Asilo Santo Antônio, entendemos que a expectativa que tínhamos estava equivocada, já que percebemos que eles desenvolvem inúmeras atividades, recebem cuidados especiais, são abertos às visitas... eles são felizes no dia a dia. MELHORES LEMBRANÇAS... Maria Júlia: “As risadas que demos junto com eles...” Mel: “Sentir que eles estão se divertindo...” Isabella Tiemi: “As conversas me marcaram. Descobertas, vidas diferentes, oportunidades que eles tiveram (ou não)... Isso tudo me marcou muito.” João Vítor: “...da autenticidade da Dona Jacira...” Heitor Nishimura: “... o dinheiro ganha poder especial se puder servir à solidariedade.” Guilherme Keiji: “...bondade, atenção... isso me fez ver a realidade da vida.” Sofia: “Percebi que temos que valorizar aquilo que a gente tem.” Lucas: “Além de aprender coisas sobre o passado... chamou minha atenção o fato de perceber que eles gostavam que nós ouvíssemos suas histórias.” Giulia: “... levo boas lembranças, lições de vida.” Eduarda: “Aprendi a dar mais valor para escola, pois tantos não tiveram oportunidade de estudar.”

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Capítulo VII

Em poucas palavras ... idosos Rosa Melhor época da vida: “Infância, quando vivia com meus pais.” Saudade: “...de brincar.” O que espera do futuro? “A morte.” Lurdes Comida preferida: “Arroz e feijão...ter comida.” O que mais gosta de fazer? “Cozinhar.” O que espera do futuro? “Que o Senhor me leve para um bom lugar.” Marilene Melhor época da sua vida: “Todas.” Um conselho: “Sejam boas pessoas.” Um sonho: “Ir para minha casa... que Deus me leve para casa que me espera. Já tive minha casa aqui, pois Deus me ajudou.” Beatriz Melhor época da vida: “Quando era menina.” O que mais gosta de fazer? “Olhar televisão.” O que espera do futuro? “...que as coisas melhorem.” Saudade... “De viajar com a mãe e o pai.” Um sonho... “Viajar.” Enide Melhor época da vida: “Agora...” O que espera do futuro? “Nas mãos de Deus.” Um conselho... “Ter sempre um sorriso no rosto e ser honesto.” José Carlos Melhor época da vida: “Quando eu era jovem...” O que espera do futuro? “Recuperar a saúde.” Um conselho: “Ser honesto.”

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Jacira Melhor época da vida: “Todas, estar viva.” Comida preferida: “Pobre não escolhe a comida, gosta de tudo.” Conselho.. “Obediência aos pais, respeito pelas pessoas, caridade e muito estudo.” Sonho .. “Só posso agradecer ...” Ivo Melhor época: “Juventude.” Brincadeira preferida: “Pião.” O que espera do futuro? “Viver em paz.” Maria Cândida Saudade: “Dos meus pais.” Um sonho: “Brincar de passa anel.” Alunos responsáveis pelos textos das entrevistas: Isabella Tiemi, Lucas Guilherme, Maria Júlia, Samuel Sanchez.

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Capítulo VIII

Una charla con mis memorias […] Los orígenes de la escritura se ubican en la imposibilidad humana de recordarlo todo. Los límites de la memoria son, pues, los que obligan al hombre a inventar ciertas marcas, ciertos signos que perduran y evitan el olvido (Calsamiglia, 2002). Partiendo de la experiencia que los alumnos de 7º año tuvieron de escuchar con tanta atención y respeto las memorias de los ancianos, propusimos para el trabajo en español, una “charla” con las memorias de sí. Charlar en español significa conversar de manera informal. A pesar de la poca edad de nuestros jóvenes escritores, pensamos que valorar sus memorias, es valorar sus vidas hoy. Aquí, en breves textos, nuestros chicos comparten fragmentos de sus vidas y de sus memorias. Respiran un momento del agobio de la tecnología, y se permiten una suave mirada hacia sus sentimientos. En estas páginas, emergen memorias de la muerte de personas queridas, de la separación de familiares, separación de amigos, cambios de lugares, pero también de sentimientos de amor, de superación, de amistad, de vida nueva. Pérdidas y reencuentros, rupturas y uniones, materiales inherentes a la vida humana. Profesora: Laura Duarte

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Una charla con mis memorias Eduarda Siqueira El año 2015 fue mi último año en la escuela en la cual estudiaba antes de venirme para ECCOS. Mis amigos y yo combinamos de hacer una fiesta de despedida, y fue una fiesta muy buena: ¡nosotros jugamos mucho! Recuerdo, como si fuera hoy, que aquel día yo no quería separarme de mis amigos. Hoy ya no los veo mucho, pero me hacen mucha falta... Esos compañeros fueron muy especiales para mí, pues tuve una linda convivencia con ellos, durante muchos años. Giulia Colarini Cuando yo estaba en el segundo y tercer año de primaria, sufría bullying pues soy muy blanca y cualquier cosa me ponía colorada. Mis compañeros se burlaban de mí el día entero. Eso me hacía mal, y por eso estaba siempre sola. Aquellos con quienes yo quería conversar se reían de mí, a por la espalda. Después de mucho tiempo, fue cambiando poco a poco. Pero, los únicos que me dejaban feliz eran los chicos. Hoy puedo ver como yo era triste y estoy mucho mejor ahora. Tanto que no tengo palabras para agradecer a mis amigas por la amistad. Guilherme Hara Durante toda mi vida he vivido cosas buenas y malas. Por ejemplo, siempre he tenido muchos amigos, y esto es una cosa estupenda. Pero también viví muchas cosas malas, por ejemplo: mi madre y mi padre no viven más juntos. Debido a ese período de separación ya me he cambiado de casa varias veces, pero, a pesar de eso, ¡yo amo mucho a mis padres! Bueno, mi nombre es Guilherme, tengo 13 años y vivo en Brasil, São Paulo, São José dos Campos, y estas son mis memorias.

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Heitor Caporusso Me llamo Heitor Caporusso Peloia, tengo 12 años en el momento que comparto este texto. Cuando pienso en memorias, pienso en mis bisabuelos. Yo tengo vivos a mis bisabuelos por parte de padre, con 96 y 94 años: él se llama Alcides y ella se llama Olimpia. Mis bisabuelos por parte de madre ya fallecieron, pero de otra manera están siempre presentes en mi vida. . Heitor Nishimura Me llamo Heitor Nishimura, tengo 12 años y hoy con toda la modernidad, estoy apenas en los computadores. Soy de São José dos Campos, São Paulo. Yo tenía ganas de viajar a Estados Unidos, pero nunca he tenido la oportunidad de salir de Brasil. También tuve ganas de tener una gran casa, pero tampoco lo he logrado. Pero, yo sé que la vida está llena de oportunidades y esos sueños se cumplirán. En 2010 perdí mi tía favorita que murió de SIDA (Síndrome de Inmunodeficiencia Adquirida). Ella era muy querida, pues me protegía y era muy divertida. Fué una pérdida grande para la familia, y eso seguramente marcó mi vida profundamente. Isabela Possobom Yo recuerdo cuando estaba en primer año de escuela, durante el recreo, mis amigos y yo íbamos al corredor atrás de la sala, donde había armarios y nosotros corríamos allí. Era muy bueno pues se podía ver las salas donde no podíamos entrar. Recuerdo cuando estaba en cuarto año, un día estaba lloviendo y el corredor estaba todo mojado. Una amiga fue a buscar algo en los armarios, pero ella se resbaló y se cortó la pera, y la llevaron al hospital. Pero ella se recuperó pronto y volvimos a jugar, pero con más cuidado. Isabella Tiemi Cuando tenía ocho años mi familia y yo nos mudamos para San José, y yo comencé a estudiar en el colegio ECCOS. La mudanza me afectó un poco, porque mi familia y todos mis amigos vivían en San Paulo, y yo los extrañaba mucho. Pero lo superé y comencé a ir para el

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colegio ECCOS en el 3° año. En aquel año mi mejor amiga fue una niña llamada Giovanna. Ella tenía el pelo rizado y le gustaba jugar a las muñecas en los recreos. Ella fue muy importante para mí, porque jugamos y nos reímos muchas veces juntas. Nosotras éramos muy próximas, pero ella salió de la escuela en 4° año. João Pedro Pinheiro Un día, cuando vivía en Foz do Iguaçu, mi madre me compró un perro, pero yo no lo sabía. ¡Qué sorpresa! Cuando lo vi, lloré de felicidad, pues me pareció muy lindo y lo llamé de Bidu . Cuando me mudé para São josé dos campos, no pude traerlo arriba conmigo, pero vino en un avión específico para animales. Cuando llegó, fuimos a buscarlo. Me puedé muy feliz , pues lo extrañaba mucho. Actualmente Bidu vive con mi abuela en la chácra, y todos los fines de semana voy a visitarlo. João Vítor Carvalho Yo soy un chico no muy estudioso, mucho menos desportivo, pero yo he aprendido una cosa que la escuela no me enseñó. Mi madre está ausente. Cuando yo era pequeño, cada vez que ella decía que vendría a verme, yo creaba una gran expectativa, pero ella no venía... y eso me entristecía. Entonces, lo que aprendí es que no es bueno esperar nada... si algo llega sin esperar, eso ya será muy bueno. Lucas Gonçalves Mi nombre es Lucas y vivo en São José dos Campos. A lo largo de mi vida he tenido diferentes experiencias, me he cambiado de escuela y de casa y he tenido la oportunidad de salir del país. El cambio de escuela fue muy bueno porque fui para una escuela mejor, ECCOS. Recuerdo que mi primer día en esta escuela sentí mucha vergüenza y tuve una mala impresión de quien hoy son mis mejores amigos. Maria Fernanda Seabra Bueno, no sé por dónde comenzar... ¿sabes? es difícil explicar. En sexto año,

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las chicas de mi clase, eran siete chicas y dos chicos , comezaron a agredirme, me golpeaban, me insultaban... ¡era terrible! En 2017 perdí a mi abuela y lo sentí mucho. Comencé a faltar mucho a la escuela, fingía estar enferma para no tener que ir al colegio, porque sabía que mis compañeras irían a golpearme. En julio me mudé para São José Dos Campos, para estar más cerca de mi tía. Entré en una escuela llamada ECCOS, y aqui estoy mucho mejor, ¡ya no tengo más miedo! Maria Julia Lobo Yo tengo ganas de ir a Portugal, para conocer la biblioteca Joanina, en la Universidad de Coímbra, pero todavía no tuve la oportunidad. ¿Por qué digo esto si estoy hablando de memorias? Bueno, es que estaba recordando a mi abuela, a quien perdí en 2014. Ella también tenía ganas de visitar otros países. Mi abuela era igual a una madre para mí, porque ella me cuidó. Ella fue muy querida y me hace mucha falta. Mel Rosa Cuando yo tenía diez años, mi bisabuela se murió y yo me quedé muy triste. Hasta el día de hoy, cuando la recuerdo, lloro mucho de tristeza. Pero, así es la vida, aquel mismo año nació mi primo, y ¡alegró a toda la familia! Em 2012 cuando yo tenía 7 anõs, me mudé para Cascavel (PR) donde hice muchos amigos en la nueva escuela. Pero a fin de año, tuve que volver a São José dos campos. Sentí mucho dejar a mis amigos de Cascavel. Pero ahora ya tengo nuevos amigos aquí. Nícollas Andrade Mi nombre es Nícollas, tengo 12 años. Antiguamente hacía judo. Recuerdo una experiencia no muy buena que me quedó marcada hasta el día de hoy: un día, después de la clase de judo, fui a mostrar un golpe de judo para mi amigo llamado Samuel y sin querer casi lo lastimé… me fui para casa muy preocupado. Ese mismo año también fue marcado por un acontecimiento triste: mi abuela se murió y yo me quede muy mal, porque la quería mucho. Pero, después yo lo

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superé y ahora yo estoy bien. Rafael Machado Un día, yo estaba en un shopping con mi familia, cuando encontré a mi primo y mis tíos y supe que se iban para São Carlos. Mi primo era mi vecino. Era un buen primo, siempre estábamos juntos. No lloré, pero mi quedé muy triste con la noticia. Después de algunos meses entré en contato con él para saber como estaba y supe que estaba volviendo a São José. Aquel día me puse muy feliz y quando llegó, nos fuimos a jugar y a divertirnos ¡sin perder un minuto! Hasta hoy estamos felices y alegres por estar siempre próximos. Samuel Sanchez Mi nombre es Samuel y tengo apenas 12 años, pero yo ya he vivido muchas cosas, voy contar alguna de ellas. Cuando tenía dos años salí de mi ciudad Rio Claro para ir a São José dos Campos. Con esta mudanza yo he hecho muchos amigos como Vinícius, Nícollas, Rafael, Maria Julia y otras personas. Una cosa que me pasa, a veces, es sentir miedo. Yo tengo miedo de quedarme solo y me siento inseguro. Pero estoy mejorando, porque aprendí que puedo hacer muchas cosas aun estando solo y que no necesito sentirme inseguro por eso. Otra cosa que es importante para mí es el fútbol y siempre recuerdo mi primera escuela de fútbol, era muy buena. Muchas otras cosas pasaron en mi vida. Recuerdo como si fuera hoy la vez que me regalaron mi primer video-juego. Entonces un año después me regalaron un PlayStation 2, y años después un XBOX ONE. Estos video-juegos son muy importantes para mí, porque me divierto con ellos hasta hoy. Sofia Faria Me llamo Sofia y nací en MG, Pouso Alegre, pero vivo aquí en São José dos Campos. Toda mi família vive en Pouso Alegre. Mi abuelo, que también vivía allá, murió hace muchos años. Siempre que lo veo en las fotos, me parece que era divertido y muy acogedor. Está tan presente en mi vida como si hubiera

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convivido mucho con él. Muchas cosas buenas me han ocurrido desde entonces. Pero quiero contar algo gracioso: se trata de un recuerdo de una vez que estaba en la casa de mi abuela. Bueno, ella tiene um perro São Bernardo. Un día mi madre, mi abuela, mi padre y yo estábamos paseando con los perros. Mi padre salió para pasear con Pandora, pero ella se escapó y vino en mi direción corriendo, y enseguida se fue hacia mi madre. De repente, Pandora saltó arriba de mi madre, pero por suerte no pasó nada malo, fue solo un susto. Taynara Redigolo Hola, me llamo Taynara, tengo 12 años, estoy en el séptimo año y voy a hablar sobre mis peores vacaciones. En 2012, el día 24 de diciembre, yo estaba jugando con mi tía a la mancha en mi sala, cuando yo, sin querer, me golpeé el dedo meñique del pie, en la esquina del sofá. Infelizmente, me rompí el meñique, y me quedé hasta febrero sin poder jugar y sin hacer nada. Así pasé la Navidad aquel año, sin hacer nada especial. Me sentí muy mal. Vinícius Goulart Hasta los 6 años, yo me aburría mucho y no tenía ninguna persona para jugar conmigo, pero un día me regalaron mi perra: Lilica. Fue un día muy importante para mí, pues yo soy hijo único, y tenía ganas de tener compañía. Lilica es una perra muy tranquila, yo la amo. Tengo Lilica desde los 6 años y ella es muy especial para mí.

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Fotos

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Na edição de 2017, o Desafio recebeu 1492 inscrições de todas as regiões do país. A definição dos projetos premiados ou finalistas baseou-se nos seguintes critérios: empatia, criatividade, trabalho em equipe e potencial de transformação social.

Cerificamos que o projeto “Asilo Santo Antônio”, do ŽůĠŐŝŽ K^, de São José dos Campos (SP), foi finalista do Desafio Criativos da Escola 2017. O Criativos da Escola é uma iniciativa do Alana que faz parte do movimento global Design for Change e visa celebrar projetos protagonizados por crianças e jovens de todo o país.


Design Thinking: desafio criativos da escola

PROJETO DOS ALUNOS DO 7º ANO DO COLÉGIO ECCOS FOI UM DOS FINALISTAS DO “DESAFIO CRIATIVOS DA ESCOLA” – 2017. O projeto foi enviado para o “Desafio Criativos da Escola”, versão brasileira do “Design for Change”, movimento global que está presente em 35 países, inspirando mais de 25 milhões de crianças e adolescentes ao redor do mundo. O “Desafio” celebra e premia projetos protagonizados por crianças e jovens de todo o país que, apoiados por seus educadores, estão transformando as escolas, os alunos e suas comunidades. Em 2017, foram selecionados 32, dentre os 1492 projetos enviados de todas as regiões do Brasil. O Colégio ECCOS, através do trabalho desenvolvido pelo 7º ano, foi um dos 32 finalistas. ECCOS fazendo a diferença no mundo! CONFIRA NO SITE: http://criativosdaescola.com.br/desafio-2017-veja-os-finalistas/


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