Memórias de infância 3º ano – Manhã 2017
Memórias de infância Textos escritos pelos alunos do 3º ano – Manhã - 2017
Professoras responsáveis:
Capa:
Patrícia Andréa dos Santos Marisa Fernandes Lourenço Amancio
Gianna Gonçalves Venticinque
Importante: para manter a característica da escrita dos alunos, os textos
foram revisados levando em consideração as competências escritoras da turma.
Atendimento e secretaria Rua Bariloche, 91 / Jardim América / SJC – SP /(12) 3931 2163
Acesso – Ed. Infantil e Berçário Rua Cali, 17 / Jardim América / SJC – SP / (12) 3939 6445
Acesso – Ensino Fundamental Rua Cali, 157 / Jardim América / SJC – SP / (12) 3931 8113
Sumário O dente suicida (Alexandre Maldanis Moraes Jacometti Pinheiro) O cachorro que mordeu o meu bumbum (Ana Laura Lourenço Rodrigues Vieira) Braço quebrado (Arthur Bueno de Albuquerque) Quando fiquei de ponta cabeça (Carolina Teodoro Fermiano) Quando quebrei o braço (Davi da Silva Godoy) A mudança de time (Davi Mendes Esteves) Gogo difícil (Gabriel Ryuki Shiraishi) O dia que quase eu vi a luz (Heloísa Rodrigues Possobom) A caminhada (Henrique Gallati Ribeiro) Parque das Ovelhas (Julia Kaori Wakugawa) A floresta (Júlia Oliveira Lisboa) A cachorrinha (Julia Reis de Bartollo) O dia que o meu irmão nasceu (Luís Fernando de Queiroz Aguiar) A menina dos três pontos (Luiza Cardoso Patricio) Uma bolada no olho (Marcello Ribeiro Miranda Manzo Monteiro) O nascimento da minha irmã (Mariana Hikari Nakauti) A menina e o cachorro (Mariana de Oliveira Menezes) Aventuras no Magic City (Nicole Sayuri Hioki Abe) O passeio no Parque da Mônica (Rebeca Rezende Rodrigues) Um gol sem querer (Samuel Kenji Samejima Felix) Passeio em Cachoeira de Minas (Victor Domingos Costa) Passeio ao zoológico de São Paulo (Yasmin Oliveira Novaes)
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Apresentação: Foi no começo do 3º trimestre de 2017 que os alunos do 3º ano começaram a “pescar lembranças”. A “pescaria” começou em uma roda de conversa em que as crianças jogaram luz em suas memórias e trouxeram à tona o calor de suas lembranças. Foram encontros permeados por vários sentimentos. Alguns relatos com doses de humor, outros de saudade, outros de aprendizado, tristeza, mas em todos ficou evidente que há várias maneiras de reviver uma memória. Começaram a trazer pertences de quando eram menores, que serviram como ícones de acesso ao passado. Por meio destes elementos, os estudantes ampliaram suas lembranças e recontaram histórias mais descritivas, precisas, isto é: o vínculo com o passado aconteceu! O livro “Histórias de avô e avó”, escrito pelo crítico e professor de música Arthur Nestrovsk”, introduziu o trabalho de ampliação do repertório deste tipo de texto: “MEMÓRIAS”. Realizaram leituras compartilhadas das narrativas do autor sobre sua família, com destaque para os avôs e avós. Ouviram “Memória de livros” de João Ubaldo Ribeiro, e assim como a família do autor ficaram “obsedados”. Encantados pela narrativa, em especial no momento que João, ainda criança, conta que hipnotizou um peru de Natal chamado Lúcio. Fez parte do repertório a memória zoológica de Sylvia Orthof narrada em “A rã santa Aurora”; as lembranças dos cheiros e das cores de uma cozinha do interior rememoradas pela autora Cora Coralina no livro “ As Cocadas”; a memória de uma imigrante, que deixou a Rússia para vir para o Brasil: Tatiana Belink no seu livro “Transplante de menina”. Para finalizar esta parte do trabalho,
ouviram a minha memória de infância: “Cemitério de formigas”, uma das aventuras que vivi na horta da minha amada mãe. Durante o trabalho de ampliação de repertório as crianças produziram listas de apoio que serviram como suporte para a escrita de seus textos de autoria: banco de palavras, planejamento de reescrita, reescrita, e planejamentos de suas respectivas narrativas de memória. Missão cumprida. Os alunos conseguiram trazer à tona alguns capítulos de suas vidas. Relataram oralmente suas lembranças, trouxeram seus objetos e organizaram seu planejamento. Apoiados em bons modelos de textos, transformaram estes “recortes” do passado nos seus registros, salvando-os do esquecimento. Revisaram e editaram suas produções, as quais podem ser apreciadas neste “ENCAIXOTEXTO”: uma compilação de momentos marcantes vividos por cada um dos estudantes na sua adorável INFÂNCIA.
Um grande abraço Professoras: Patrícia e Marisa
Dedicatória: Este livro é dedicado à todo aquele ou aquela que tem uma boa história de infância para lembrar.
O dente suicida Uma das minhas lembranças aconteceu no ano de 2015, quando eu tinha entre seis e sete anos. Eu era um garoto travesso. Morava em São José dos Campos, no bairro Parque Industrial. Tudo aconteceu na sala desta minha casa. Meu dente canino estava mole, um dos espetos. Ele estava querendo cair do “penhasco”. Então resolvi dar uma ajudinha. Mexi, mexi no dente para ele realizar o seu desejo. E “TCHAM, TCHAM, TCHAM” ele caiu! Peguei o “dente suicida”, levei para a minha mãe e ela o mostrou pelo WhatsApp para os meus familiares que não estavam presentes na minha casa naquele momento. No dia seguinte, prepararam um café da manhã e me levaram na cama. Preparam as sete coisas que eu mais gostava: rosquinha de chocolate, sucrilhos Kelloggs, bolacha Bono, leite com Toddy, pão na chapa, pão de mel e bolo de brigadeiro. O buraco que o dente deixou estava doendo, então só comi duas coisas: uma fatia de bolo de brigadeiro e leite com Toddy. Foi muito bom ter dado uma forcinha para o dente cair. Ganhei um real da fada do dente e um belo café da manhã. Alexandre
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O cachorro que mordeu o meu bumbum Há um ano, em 2016, eu tinha oito anos. Meus cabelos eram compridos e eu adorava cachorros. Neste dia eu tinha o aniversário da minha amiga Mariana. E eu fui para lá. A casa da Mari era bem grande, e a vó dela morava na mesma rua. Brincamos na casa da Mariana e ela me contou que na casa da avó dela tinha um cachorro, o Lupy. Eu queria ver o cachorro e ela me convidou, junto com outras amigas que estavam comemorando o aniversário, para ir até a casa da sua avó. Nós brincamos com o Lupy. Todo mundo foi lá para fora e só eu fiquei com ele. O danado começou a me morder. Eu saí correndo, mas ele correu atrás de mim. Dois minutos depois ele mordeu o meu bumbum. Eu sai chorando para falar com a mãe da Mari e ela ligou para minha mãe que foi me buscar e me levou ao médico. Tomei uma vacina para não ficar doente. A gente não sabia se o Lupy tinha alguma doença. Eu fiquei bem, mas meu bumbum ficou um tempo dolorido. Ana Laura
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Braço quebrado Eu tinha entre cinco e seis anos naquela época, ano de 2016. Era um garoto travesso. Com ideias doidas. Eram tão loucas que eu seria capaz de fazer um cemitério de minhocas!! Eu ganhei um skate de dia das crianças da minha tia. Fiquei muito feliz com meu novo brinquedo e queria logo usar. E a grande aventura aconteceu na casa da minha avó, bairro Bosque dos Eucaliptos, cidade de São José dos Campos. Lá tinha tudo que uma criança queria. Como eu poderia não gostar: animais, piscina, matas, pés de morango. Era um verdadeiro bosque, tinha até casa de hóspede. Eu subi no skate e fiquei por pouco tempo de pé, mas de repente eu pisei em falso, perdi o equilíbrio, procurei até uma parede para me apoiar, mas não deu, “PLOOOFTT”. Eu cai em cima do meu braço. Meu pai e minha mãe me levaram bem rápido para o hospital e fiquei duas horas com o braço doendo, aguardando até que: - Arthur, consultório de número 5. Fui atendido, precisei engessar o meu braço esquerdo e fui liberado pela recepcionista para ir para casa. No final das contas tudo correu bem e eu continuei sendo o menino levado de sempre, mas achei melhor doar o skate para não acontecer isso de novo. Arthur
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Quando fiquei de ponta cabeça Esta história aconteceu num lindo dia, viajando de carro tranquilamente com a minha família: eu, a minha irmã, meu pai, minha mãe e Bela, a minha cachorra. Eu tinha cinco anos. Meus cabelos eram enrolados, com franja. As pessoas falavam que eu era miudinha. Tinha pavor de altura, morria de medo. Quem não tem? Eu a minha família estávamos a caminho da casa da minha avó Cidália. Ela morava em Laguna, um lugar muito distante de São José dos Campos. Falava toda hora para meu pai abrir a janela do carro. Amava, e ainda amo, ver a paisagem e sentir o vento no meu rosto e cabelos. Eu falava: - É tão lindo! Eu via morros, muitas árvores, vários animais e bichinhos. Era uma estrada encantadora. Agora com nove anos, continuo indo para lá, mas quanto mais eu cresço, menos a estrada fica encantadora como quando eu era pequenina. Passaram uma hora e trinta minutos desta viagem e falei para meu pai: - Abra a janela, por favor, papai! Ele abriu e entrou uma abelha. Meu pai estava dirigindo e a malvada da abelha, com um ferrão que parecia um lápis bem apontado, picou meu pai. “BUUUUUUM”. Ficamos de ponta cabeça! A abelha picou o meu pai e ele não se controlou e capotou o carro. O chão tremia porque passavam muitos carros e caminhões. Eu gritava sem parar, até minha irmã se assustou, achou que eu estava machucada. Houve engarrafamento por causa do acidente. Por fim um bombeiro passou. Finalmente ele salvou todos nós. Fomos para o hospital em uma ambulância. Eu perguntava toda hora para minha mãe: - Vamos tomar vacina? - Não - respondia a minha mãe. Do hospital pegamos um táxi e ficamos novamente em outro engarrafamento. Depois de quatro horas no táxi, chegamos na casa da minha avó. Tomei um banho e fiquei calma. E essa é a história da menina louca que ficou de cabeça para baixo. Carolina
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Quando eu quebrei o braço Naquela época eu tinha seis anos e eu e minha família estávamos nos preparando para ir para a comunidade, um lugar em que a gente se encontra com Deus. Fomos de carro. Estacionamos e estávamos subindo uma escada quando eu e meus irmãos resolvemos brincar de correr com um avião de papel. De repente apagou a luz e o local ficou todo sem iluminação. Não enxerguei mais nada. Ficou uma escuridão e eu caí. Chorei um pouco. Chamaram a minha mãe e ela viu que meu braço estava quebrado. Ela ficou preocupada. Rapidamente chamou meu pai e falou para ele me levar para o médico rápido. Meu pai me pegou no colo, desceu as escadas, me colocou no carro e foi para o hospital. Chegando lá, me levaram para sala de engessar braço. O médico disse que ia precisar fazer cirurgia. Marcou o dia e ficou tudo bem. Eu voltei para comunidade e depois a gente foi para casa. Davi Godoy
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A mudança de time No inverno de 2011, quando eu tinha entre dois e três anos de idade, morava em uma casa dentro de um condomínio em Jacareí, bem na divisa com São José dos Campos, no estado de São Paulo. O condomínio era encantado e minha casa ficava na esquina de uma rua muito arborizada. O quintal era gigante. Hoje parece menor, talvez porque agora eu esteja maior. Tudo aconteceu nesta casa que eu ainda moro. Mas chega de conversa e “bora” começar a história. Nesta época minha mãe me contou que meu avô paterno ia morar comigo. O meu avô Adelinos. Quando ele chegou, ouvi as batidas na porta “TOC, TOC, TOC”. Fui correndo para abrir a porta e eu o abracei muito forte. Ele gostava muito de futebol. Meu avô Adelino era botafoguense e eu era flamenguista. Ele ficou um bom tempo morando com a gente. Nesse período, ficou tentando me convencer a virar botafoguense. Me presenteou com uma camisa do botafogo. ele.
Assistimos juntos aos jogos do “bota”. Queria de qualquer jeito que eu virasse a “casaca” e me tornasse botafoguense como Perto dele ir embora, me convenceu e eu virei botafoguense. Jogamos muito futebol juntos. Até hoje lembro daquele tempo em que meu avô ficou em minha casa. Foi muito legal! Davi Mendes
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Gogo díficil Quando eu era menor, com três anos de idade e meu apelido era Biel, ainda não estudava no colégio ECCOS e nunca tinha passado nesta rua, mas morava no mesmo bairro: Jardim América. Nesta época, na frente da escola tinha um restaurante e atrás do restaurante uma banca de jornais. Um dia minha tia comprou um quebra-cabeça muito legal que encaixam o gogo´s. Me deixou feliz e gostei tanto que fui novamente na banca para comprar mais jogos como aquele. Aproveitei e comprei também bonecos de plástico da turma da Mônica (que depois descobri que eram gogo´s). Estes gogos´s da turma da Mônica eram de coleções e eu continuei comprando sempre. Durante um tempo fui a banca de jornal e eu ia, ia, ia, mas os gogo’ s ficaram em falta. Mas eu não desisti. Não parava de ir na banca de jornal, pois faltava o último gogo para completar a coleção. Até que um belo dia, eu fui até a banca de jornal e encontrei o brinquedo que faltava e completei a minha coleção. Montei novamente o quebra cabeça e encaixei todos os gogo’ s, cada um em sua casa. Até hoje eu tenho estes brinquedos e brinco com eles.
Gabriel
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O dia que quase eu vi a luz Era um dia ensolarado. Eu tinha entre 4 ou 5 anos de idade e, como até hoje, usava rabo de cavalo. Morava na Rua Mar Del Plata, na cidade de São José dos Campos. Eu estava brincando com a minha melhor amiga, a Yumi. Brincávamos de chazinho até o meu amigo João Luís chamar a gente. Fui correndo para o jardim, local onde ele estava. Olhei para o chão e “POFT”, bati na coluna de madeira que segurava o telhado da garagem. Foi tão forte a batida que cai para trás e desmaiei. A minha amiga ficou muito assustada e foi chamar nossos pais que estavam conversando dentro de casa. O meu pai ligou para as mães que estavam no supermercado e o pai da Yumi pegou pedaços de papel higiênico para limpar o sangue, pois com a batida, abriu um corte na minha cabeça. Eu acordei, meu pai pegou no colo e me pôs no carro. As mães chegaram e minha mãe entrou no carro que eu estava e fomos para o hospital. Não saia uma lágrima. Eu só tremia. Chegamos ao hospital, meu pai me pegou e me levou para a enfermaria. Fizeram a cirurgia. Voltei para casa com pontos e uma faixa de atadura de gaze na minha cabeça. A mãe do Dani, um amigo meu, falou que eu estava parecida com uma bailarina. Eu gostei! Me senti confortável por isso, afinal bailarinas são lindas, mas também me senti triste. Na escola tinha um escorregador gigante e eu não pude ir, pois poderia arrebentar os pontos da minha cabeça.
Heloisa
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A caminhada No verão de 2014, quando eu tinha seis anos, estava em São Sebastião, litoral norte de São Paulo. Eu a minha família fomos passar alguns dias na praia. São Sebastião é um lugar muito bonito com mar, várias casas, cachoeiras, rochas e montanhas. Estávamos na praia Toque Toque Pequeno e resolvemos seguir uma trilha. Nós entramos numa floresta. Em uma parte, passamos em um barranco onde embaixo havia um lago. Andamos cautelosamente e chegamos em outra praia. Era pequena, mas linda. A água era limpinha. Dava até para ver os nossos pés. Ficamos um tempo por lá curtindo essa praia deserta. Andamos de barco, surfamos. De repente, do nada a pareceu um gato. Levamos ele para casa e o adotamos. Demos a ele o nome de Bolacha. Ele é meu companheiro: dorme e brinca comigo. Bolacha está com a gente há dois anos e traz muita alegria com suas gracinhas e bagunça.
Henrique
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Parque das Ovelhas Há pouco tempo atrás, quando eu tinha sete anos de idade, fomos eu e minha família para um passeio em um parque de ovelhas. O parque ficava em Gramado, no Rio Grande do Sul. O parque era muito legal. Tinha ovelhas e vários bancos para se sentar. Também tinha cachorro, gavião e coruja. A grande aventura foi dar leite em uma mamadeira para um filhote de ovelha e segurá-lo em meu colo. O bichinho puxava o leite da mamadeira com a boca e mamou muito. Eu amei conhecer o parque das ovelhas. Foi divertido alimentar este filhote. Era tão fofinho. Até agora lembro do som da pequena ovelha fazendo BÉRÉRÉRÉ. Julia Kaori
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A floresta Naquela época, janeiro de 2011, eu tinha quatro anos. Estava na Vestalrils, escola que eu estudava nos Estados Unidos. A minha história começa na escola, depois no parque e depois na floresta. Meus amigos da escola e eu sempre ficávamos brincando no parque fazendo acampamento. Para fazer esta brincadeira nos dividimos em grupos. Meu grupo era formado por mim, John, Cameron, Lizzy e Jessie. A tarefa era pegar os palitos que estavam espalhados no chão do parque. Uma coisa bem ruim aconteceu. Camerom correu até o final da floresta, já era noite, e nós tínhamos que segui-lo, pois ele era o líder do grupo. Nós fomos andando em frente e acabamos chegando nas profundezas da floresta. Ficamos perdidos com medo de tudo. Ouvimos muitos barulhos e eu sussurrei: “- Falem mais baixo. Mais baixo!” Depois o outro grupo nos encontrou e nos levou para a professora que nos falou sobre os perigos da floresta. Coloquei a culpa no Camerom. Ele não gostou e disse: “Eiii!”. No final, todos ficaram bem, apesar do susto. Julia Lisboa
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A cachorrinha Quando tudo aconteceu eu tinha oito anos. Era uma garotinha com cabelos curtos. Neste dia a minha mãe me levou para a casa de uma amiga dela e eu percebi que era para que eu escolhesse um cachorrinho. Lá na casa da moça, tinha muitos cachorros. Um cachorrinho mais lindo que o outro. Ela morava em uma casa pequena perto da Caratinga, um bairro de São José dos Campos. Eu escolhi um macho, mas a minha mãe não deixou levar porque cachorro macho faz xixi para todos os lados. Foi então que eu vi uma pretinha. Ela era pequenininha e fêmea. Perfeitinha. Ela lambeu as pontinhas dos meus dedos, parecendo um pedido para que eu a levasse. Quis levá-la e a minha mãe deixou. Coloquei o nome nela de Dora. Nos despedimos e agradecemos a moça. Quando estávamos indo para casa, Dora vomitou no carro e foi a maior bagunça. A primeira de muitas que ela aprontou. Até hoje ela está viva, saudável com a sua dona e com a sua família. Julia Reis
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O dia que o meu irmão nasceu Eu ainda era pequeno quando meu irmão nasceu. Minhas bochechas eram tão gordinhas que dava para apertar. Meus pais me levaram para a casa da minha tia Ana Paula, no bairro Jardim Aquárius, na cidade de São José dos Campos. Na região tinha um campinho de futebol, algumas casas e poucas árvores. A casa dessa minha tia era um lugar que a minha mãe ficava tranquila em me deixar, pois ela sabia que se me levasse para o hospital eu iria aprontar algo. Meu avô e minha avó vieram para a casa da minha tia, e na sala, esperávamos ansiosos a chegada do meu irmão. Minha mãe ficou duas horas no hospital, parecia que as horas não passavam. E eu tive uma ideia empolgante para passar o tempo. Peguei um lápis e uma folha e comecei a desenhar carros. Desenhei carros coloridos e de vários tamanhos. Meus pais chegaram com o meu irmãozinho no colo. Foi maravilhoso ter meu irmão junto comigo. Chamavam ele de “o menino que nunca terá altura para andar numa montanha russa”. Minha avó pegou meu irmão e ouvimos “TOC TOC TOC”. Alguém batia na porta. Era o meu tio que chegou para ver o mais novo menino, que chegou com muita saúde trazendo muita alegria para mim e toda minha família. E minha história termina aqui! Luís Fernando
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A menina dos três pontos Naquela época eu tinha um ano. Era uma garotinha muito bochechuda e tinha muitos cachos. Usava um brinquinho de pérola e variadas cores de batons: vermelho, rosa, com ou sem brilho. Até manteiga de cacau eu passava. Também amava vestidos, usava todos os dias e aiiiii da minha mãe se desse outra coisa para eu vestir. Eu morava em um apartamento alugado que era muito simples, com dois quartos e dois banheiros. A cozinha tinha armários e uma bancada onde aconteceu tudo que eu vou contar. Então vamos começar esta história logo. Eu estava brincando na cozinha com potes de plástico. Estava atrás da minha mãe que estava picando legumes para o jantar. Quando ela foi pegar o sal e o orégano e outros temperos, eu, a maluca, empurrei a cadeira e peguei a faca para começar a imitar a minha mãe. Comecei a cortar os legumes também. Quando a minha mãe viu eu já estava com o dedinho na ponta da faca e ela falou: - Abre o dedo! Não puxa! O que eu fiz? Eu puxei e cortei o dedo indicador. A minha mãe foi pegar um pano branco e pôs no meu dedo. Em três minutos o pano branco ficou vermelho de sangue. Mamãe ligou para o meu pai que estava trabalhando. Ele foi nos buscar e fomos os quatro para o hospital: eu, minha mãe, meu pai e meu irmão Felipe. Chegando lá o doutor falou: - Infelizmente vai ter que dar ponto! A minha mãe quase desmaiou e cinco enfermeiras tiveram que me segurar porque eu comecei a berrar. Quando terminou parece que eu vi uma fada que fez um feitiço da Bela Adormecida, porque eu dormi até o dia seguinte. Luiza
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Uma bolada no olho Em 2015, eu tinha seis anos de idade e era o segundo menino mais caçula da sala de aula. E falando nisso, bora começar a história. Eu estava andando com o meu amigo na quadra, na verdade eu estava conversando com ele, quando um menino que estava no gol, e era do quinto ano, chutou a bola para o alto e “PUM PLOFT”, a bola caiu bem no meu olho. Simplesmente a bola foi que nem um meteoro vindo na minha direção. Saí de lá com o olho roxo. Ganhei o apelido de Cebolinha, aquele personagem da turma da Mônica que vive aprontando e apanhando. Minha mãe ficou assustada, não sabia o que fazer. Não sabia se me beijava, se passava remédio, se assoprava, se me dava um banho ou se me fazia pão de queijo. No final ela fez tudo e também me deu um castigo para que eu prestasse mais atenção. Fiquei com o olho roxo por três dias. No final do terceiro dia o olho estava melhor e ficou tudo bem. Marcello
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O nascimento da minha irmã No dia em que minha irmã nasceu eu tinha entre quatro e cinco anos. Eu era uma menina muito fofinha. Meu cabelo era curtinho e com franja. Estava vestida com uma roupa de manga comprida com a cor roxa. Ainda não sabia falar direito Mariana, então meus pais me deram o apelido de Mari. Eu, meus pais e meus avós saímos de casa para o hospital. Chegamos e ficamos esperando a médica chamar a minha mãe. Ela nasceu na Santa Casa, na cidade de São José dos Campos. O local era muito grande, com muitos lugares e silencioso. Na sala de espera tinha uma cafeteira. A cafeteira era muito grande. A médica chamou minha mãe e meu pai. Eles foram para sala de cirurgia. Enquanto isso eu e meus avós ficamos esperando no quarto para onde eles iriam depois que ela nascesse. A minha irmã nasceu. Deram a ela o nome de Aline. Meu pai tirou foto e foi mostrar para mim e para os meus avós. A gente não podia visitá-la logo que ela nasceu. Minha mãe e ela ainda estavam na sala de cirurgia e meu pai logo teve que voltar para não deixá-las sozinhas. No dia seguinte eu voltei de novo ao hospital e nesse dia eu vi a minha irmãzinha. Vi o rostinho dela. Ela era muito fofinha, mas estava dormindo. Quando acordou, eu a peguei no colo. Ela não chorou, ficou boazinha no meu colo. Anoiteceu, voltei para casa feliz com meus avós, esperando ansiosa pela volta dos meus pais e da minha irmã Aline. Agora ela é minha companheira. Mariana Hikari
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A menina e o cachorro Há cerca de dois anos, eu tinha seis anos. Era bem pequenininha e gostava muito de fazer estrelinhas, até hoje eu faço. Todos os dias chegava em minha casa depois da escola e fazia muitas estrelinhas. Eu morava em uma cidade chamada São José dos Campos. Era uma cidade cheia de parques e com um bairro chamado Urbanova. No Urbanova havia muitos condomínios arborizados e dois parquinhos. Eu morava lá. Eu estava em casa quando o telefone tocou. Meu irmão foi atender. Era o meu avô falando que tinha comprado um cachorro. Pensamos: “Meu avô comprou um cachorro e quem dera nos desse de presente”. Ele nos convidou para ir até a casa dele e nos presenteou com o Lupy. Poucos meses depois que o Lupy veio morar com a gente, a minha tia avó Shirley veio nos visitar. Ela chegou junto com a minha avó Neide. Quando elas chegaram nós brincamos muito e resolvemos passear com o meu cãozinho. Colocamos a coleira e lá fomos nós. Estávamos em um lugar que chamávamos de “redondo”. Na calçada do “redondo” tinha muitos paralelepípedos e todo mundo sabe que paralelepípedos machucam muito se cairmos nele. Minha tia e a minha avó chamaram minha atenção porque queriam me mostrar uma foto. Quando eu olhei a foto, o meu cachorro me puxou (lembrando que eu estava em um paralelepípedo) e me derrubou com a cara no chão. Logo depois disso fui para a casa com a boca toda machucada e o nariz inteirinho ralado. Dois meses depois o meu nariz não estava mais ralado e a minha boca estava perfeita.
Mariana Oliveira
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Aventuras no Magic City No inverno de 2011, quando eu tinha dois anos, era miudinha (ainda sou), sapeca e com cabelo curto com franjinha. Nessa época viajei para Magic City que fica em Suzano com minha mãe Carla, meu pai Lelo e minha irmã Bella. Foram também as minhas amigas Dani, Laura, Gigi, Isa e claro, os pais delas Dri, Toninho, Rô e Carlos. Lá tinha um parque de diversões com uma centopeia. Eu adorava ficar lá, o brinquedo dava voltas e voltas e voltas. Meus pais revezavam para me acompanhar no brinquedo porque eles ficavam tontos com tantas voltas. Nos divertimos também no parquinho, fazendinha, carrinho bate-bate, pedalinho, piscinas aquecidas que soltavam bolhas que saiam da água e estouravam no ar, e as vezes tínhamos que sair de tão quente que ficava, mas o mais importante da história era que tinha um gigante arvorismo. O arvorismo não era para minha idade, mas mesmo assim eu fui, por que vi todas as minhas amigas indo e eu era corajosa e sapeca. O equipamento de segurança ficava gigante em mim (ainda fica grande). Eu me senti gigantesca. Parecia que podia encostar nas maiores árvores do mundo e que estava voando, mas mesmo assim, com muito medo, eu enfrentei. Peguei minha capa da coragem, fui andando e às vezes me esticando porque era muito alto e ficava com muito medo, mas tinha um monitor na minha frente que me encorajava e eu continuava. Estava tudo dando certo. Estava quase chegando e “UÉÉÉ-UÉÉÉ” comecei a chorar. O papai e a mamãe me confortaram dizendo que eu tinha ido muito bem. No dia seguinte estava decidida. Fui novamente ao arvorismo. Com o monitor na frente e a minha capa da coragem, enfrentei sem medo e não chorei. Fiquei super feliz. No final deu tudo certo. Percebi que era A MENINA SUPER CORAJOSA porque fui em brinquedos que não eram para a minha idade como o arvorismo. FIM Nicole
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O passeio ao Parque da Mônica Eu era pequena, tinha seis anos de idade quando fui ao parque aquático Wet’n Wild em São Paulo. Quando cheguei lá estava chovendo, mas não estava chovendo muito forte. Não estava trovejando. No parque havia vários brinquedos, tinha um balde gigante, um escorregador gigante e um lugar que eu amei: a “Ilha do Cascão”, aquele personagem da Turma da Mônica. Eu sou apaixonada pela turma da Mônica, gosto de todos os personagens. Estava muito frio, mas a gente teve sorte porque lá no parque tinha uma piscina aquecida, parecia que tinham feito xixi dentro dela. Na piscina tinha um restaurante que podíamos comer sem sair da piscina. Gostei de tudo, menos da hora de ir embora. Na volta, a Sara, uma amiga que conheci lá no Wet’n Wild, voltou comigo. Ela foi para minha casa e fizemos uma festa do pijama. Tinha comida. A Sara pegou uma fruta: uva. Foi muito legal o passeio e mais legal encontrar uma amiga. Até hoje somos amigas. Rebeca
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Um gol sem querer Tudo aconteceu na rua Buerarema, bairro Jardim Satélite. Eu tinha sete anos. A rua Buerarema era uma rua bem grande, com árvores e passavam muitos carros. Às vezes eu tinha que parar de brincar para o carro passar. Eu estava jogando bola com os meus amigos. Estava fazendo dupla com o meu amigo Lucas. O Lucas começou a jogada e passou a bola para mim. Eu chutei. E de repente, a bola quase foi para fora do gol, mas alguma coisa mágica aconteceu. A bola deu uma curva e entrou no gol. A gente não acreditava. Foi uma alegria. A minha história de infância acaba com a gente ganhando o campeonato de futebol da rua. Ficamos muito felizes por ter ganhado este campeonato. Samuel
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Passeio em Cachoeira de Minas Eu sempre gostei de viajar para Cachoeira de Minas! Em setembro de 2017 aconteceu uma confusão que não vou esquecer. Eu estava jogando vídeo game com os meus primos. A gente estava na casa da minha tia Luciana, irmã da minha mãe. Ela mora ao lado de uma loja, em um sobrado de cor amarela. Minha mãe estava ajudando minha avó. Ela vende roupas. A sua loja fica em frente da casa da tia Luciana, e a casa da minha vó fica em cima da loja. Eu e meus primos estávamos brincando na sala da casa da tia Luciana. Eu jogava no tablet, minha prima, Maria, no computador e o Guilherme, meu primo e irmão da Maria, jogava na TV. Passado um tempo que estávamos jogando, minha tia nos chamou para irmos para um churrasco na casa da minha outra tia, a Regina. Desligamos tudo e fomos. Quando chegamos, eu notei uma diferença. A casa da tia Regina, que antes era amarela, ficou roxa. Entramos e notei que por dentro da casa, nada mudou. Passamos por dentro da casa e fomos para o quintal, local onde estava acontecendo o churrasco. Minha prima Maria viu a sua prima de dois anos e deu um abraço nela. Cumprimentamos todos os meus parentes que estavam lá e começamos a “comilança”. Com a barriga cheia fomos brincar na terra do quintal da tia Regina. Usamos pás e começamos a cavar. Brincamos muito, ficamos cansados e fomos descansar na sala. Enquanto isso, meu primo Murilo e meu irmão Heitor chegaram. Logo atrás deles chegou meu tio Emílio na sua moto. A família estava quase toda reunida. As horas foram passando e eu já estava cansado de ficar ali sem nada para fazer. Então abri a porta que saia para a rua, e fugi para loja da minha avó, onde minha mãe estava. O caminho até lá era longe. Não percebi que meu primo Guilherme me seguia. Quando eu cheguei minha mãe e minha avó ficaram preocupadas e um pouco bravas comigo. Minha avó perguntou: - O que vocês estão fazendo aqui? Ninguém viu vocês saírem? - Victor, você imagina o que poderia ter acontecido com vocês? - Falou, brava, a minha mãe Depois que passou o susto, voltamos para a casa da tia Luciana e continuamos a jogar, eu e meu primo Guilherme. Victor
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Passeio ao zoológico de São Paulo Quando eu tinha entre seis e sete anos, na primavera de 2014, próximo ao feriado do dia das crianças, fui com a minha mãe ao Zoológico de São Paulo, capital. Eu estava vestida com uma calça legging estampada com flores, uma camiseta rosa e tênis. Estava muito ansiosa para entrar no zoológico. Não lembro bem como era, mas eu me lembro de que havia muitos riachos e diversos animais. Muitos deles eram aquáticos, outros terrestres. O lugar para mim parecia gigante e encantado porque quando a gente é menor, tudo parece gigante e encantado. Eu e minha mãe estávamos muito curiosas e de repente nos perdemos. A nossa sorte foi que uma senhora veio nos ajudar e depois de vinte minutos encontramos o caminho que estávamos procurando. Tranquilas, conseguimos voltar a ver os animais. Nosso passeio chegou ao fim. Eu espero que um dia eu volte ao Zoológico de São Paulo e que seja tão bom como foi neste dia que acabou tudo bem. Yasmin
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Autores Alexandre Maldanis Moraes Jacometti Pinheiro Ana Laura Lourenço Rodrigues Vieira Arthur Bueno de Albuquerque Carolina Teodoro Fermiano Davi Da Silva Godoy Davi Mendes Esteves Gabriel Ryuki Shiraishi Heloísa Rodrigues Possobom Henrique Gallati Ribeiro Julia Kaori Wakugawa Júlia Oliveira Lisboa Julia Reis de Bartollo Luís Fernando de Queiroz Aguiar Luiza Cardoso Patricio Marcello Ribeiro Miranda Manzo Monteiro Mariana de Oliveira Menezes Mariana Hikari Nakauti Nicole Sayuri Hioki Abe Rebeca Rezende Rodrigues Samuel Kenji Samejima Felix Victor Domingos Costa Yasmin Oliveira Novaes