AMÉRICA LATINA Os movimentos migratórios
COBERTURA ECCOS Sarau Literário e Mostra Científica
SALA DE AULA A Leitura Compartilhada
AGENDA 2030
A AGENDA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL
O Projeto
Revista Digital ECCOS EQUIPE Coordenação Geral: Claudia Alvarenga Professor Responsável: Pedro Ewald Professores: Alana Abreu Turetta, Alessandro Assis, Aline Matsushita, Denise Seabra, Éder Duarte, Girlayne Costa, Laura Duarte, Pedro Ewald e Priscila Giovanini ARTE Colaborador: Ruffa TECNOLOGIA: Colaborador: Júlio Martins ARTIGOS Agenda 2030 – Os 17 objetivos para transformar nosso mundo: Agnes Takeya, Amany Filipussi, Cauã Lima, Cauê Gandini, Gabriel Noronha, Helena Visotto, Kimberly Cabral e Matheus Cadaval Agenda 2030 – Erradicação da Pobreza: Guilherme Vidal Agenda 2030 – Fome Zero: Lucas Genésio, Matheus Junichi e Mel Hirayama Movimentos Migratórios na América Latina: Cauê Gandini Más Allá de las fronteras: Cauê Gandini, Matheus Cadaval, Amany Filipussi, Helena Visotto e Mel Yukie Hirayama Bom de Língua: Turma 8º ano COBERTURA DE EVENTOS Redação: Agnes Takeya, Guilherme Vidal, Kimberly Cabral e Matheus Cadaval Reportagem: Amany Filipussi, Cauã Lima, Gustavo Colafrancesco e Helena Visotto Fotografia: Cauê Gandini, João Pedro Caporal, Carlos da Silva Costa e Mel Hirayama
O projeto Revista Digital ECCOS, que fez parte do Jovem Escritor do 8º ano, teve como objetivo o despertar o interesse dos alunos para diversas áreas do saber, incluindo questões globais para a atuação cidadã em amplo aspecto, local, regional ou global, com diferentes metodologias e orientações, de modo a despertar o genuíno interesse
pelo
conhecimento.
Promover,
também, a possibilidade de compreender a complexa interdependência entre povos, visando a solução de problemas locais e globais. Partindo de explorações dentro de sala de aula, discussões interdisciplinares, visando a atuação
fora da escola. Foi eleito como tema global da revista os 17 objetivos para o Desenvolvimento Sustentável (UNESCO and 17 goals to transform our world), temática explorada no Artigo de Capa da revista. Os temas trabalhados em sala de aula que tiveram relações com um dos temas foram
aprofundados
por
professores
e
alunos,
culminando na produção de artigos ao longo de todo o ano.
ÍNDICE - AGENDA 2030: Página 4 - Agenda 2030 - Erradicação da Pobreza: Página 6 - Agenda 2030 - Fome Zero: Página 7 - COBERTURA ECCOS: - Sarau Literário: Página 8 - Mostra Científica: Página 10 - Movimentos Migratórios na América Latina: Página 12 - MAS ALLA DE LAS FRONTERAS: Página 14 - BOM DE LÍNGUA: - Crônicas: Página 15 Leitura Compartilhada: Página 16 Minicontos: Página 17 Poema Concreto: Página 18
A Agenda 2030 é um programa criado pela Organização das Nações Unidas (ONU) no dia 25 de setembro de 2015, em Nova Iorque, com o objetivo de promover o desenvolvimento social e econômico mundial, preservando o meio ambiente. Esse programa consiste em 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs), que devem ser alcançados até 2030. Os objetivos não se aplicam apenas aos líderes de governo, mas também a organizações não governamentais (ONGs), empresas privadas e cidadãos. Através dos 17 ODSs procura-se enfrentar a extrema pobreza, as desigualdades sociais e cuidar do meio ambiente.
EDUCAÇÃO DE QUALIDADE Assegurar a educação inclusiva e equitativa de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos.
IGUALDADE DE GÊNERO Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas.
Os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável propostos pelas Nações Unidas: ERRADICAÇÃO DA POBREZA: Acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares.
FOME ZERO E AGRICULTURA SUSTENTÁVEL: Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável.
SAÚDE DE QUALIDADE: Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades.
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ÁGUA POTÁVEL E SANEAMENTO: Assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todos. ENERGIAS RENOVÁVEIS E ACESSÍVEIS: Assegurar o acesso confiável, sustentável, moderno e a preço acessível à energia para todos. TRABALHO DIGNO E CRESCIMENTO ECONÔMICO: Promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo, e trabalho decente para todos. Fontes: BRASIL. MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES. Objetivos de Desenvolvimento Sustentável; UNITED NATIONS. Sustainable Development Goals.
INDÚSTRIA, INOVAÇÃO E INFRAESTRUTURA: Construir infraestruturas resilientes, promover a industrialização inclusiva e sustentável e fomentar a inovação.
VIDA NA ÁGUA: Conservar e usar sustentavelmente os oceanos, os mares e os recursos marinhos para o Desenvolvimento sustentável.
VIDA TERRESTRE: Proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, deter e reverter a degradação da terra e deter a perda de biodiversidade.
REDUÇÃO DAS DESIGUALDADES: Reduzir a desigualdade dentro dos países e entre eles.
CIDADES E COMUNIDADES SUSTENTÁVEIS: Tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis.
CONSUMO RESPONSÁVEL: Assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis. COMBATE ÀS MUDANÇAS CLIMÁTICAS: Tomar medidas urgentes para combater a mudança do clima e seus impactos.
PAZ, JUSTIÇA E INSTITUIÇÕES EFICAZES: Promover sociedades pacíficas e inclusivas para o Desenvolvimento sustentável, proporcionar o acesso à justiça para todas e todos e construir instituições eficazes, responsáveis e inclusivas em todos os níveis. PARCERIAS EM PROL DAS METAS: Fortalecer os meios de implementação e revitalizar a parceria global para o desenvolvimento sustentável. POR: Agnes Takeya, Amany Felipussi, Cauã Lima, Cauê Gandini, Gabriel Noronha, Helena, Kimberly Cabral e Matheus Cadaval.
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ERRADICAÇÃO DA POBREZA Por Guilherme Vidal Mais de três bilhões de pessoas
“Enquanto milhares de pessoas fazem filas para lançamentos de Smartphones, outras caminham quilômetros para conseguir alguns litros de água”
vivem com menos de US$9,25 por dia, e em torno de 1,3 bilhões vivem com menos de US$4,65 por dia, uma quantia considerada de extrema pobreza. Cerca de 22 mil crianças morrem todos os dias por conta dessa situação, e 850 milhões de pessoas não tem comida suficiente para sobreviver. Em outras palavras, isso significa que algo em torno de 15% da população mundial sequer tem acesso à eletricidade, e isso é equivalente a cinco ‘Brasis’. Enquanto alguns países desperdiçam toneladas de comida e apresentam altas taxas de obesidade, outros sofrem pela escassez de água e alimentos. Da mesma forma, milhares de pessoas ao redor do planeta fazem filas para lançamentos de smartphones e outras caminham quilômetros para também entrar em uma fila, mas para conseguir alguns litros de água.
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http://agenciabrasil.ebc.com.br/sites/_agenciabrasil2013/ files/styles/interna_grande/public/05265931.jpg
Em Pedernales, equatorianos fazem fila para pegar água
Fãs da Apple aguardam horas na fila pelo lançamento de novo smartphone. Disponível em: http://www.businessinsider.com/photos-of-lines-forthe-iphone-6-2014-9
A situação de extrema pobreza é um dos maiores problemas mundiais, e para que seja resolvido é necessário focar na busca de soluções. O processo é lento mas é necessário perseverar para que se possa alcançar uma solução definitiva. É importante que todos tenham direito a serviços básicos como segurança, saúde e acesso ao mercado de trabalho.
FOME ZERO Por Matheus Junichi, Mel Hirayama e Lucas Genésio Cerca de 800 milhões de pessoas passam fome no mundo, sendo que uma em cada nove pessoas morre em consequência disso. De acordo com a ONU, a cada três segundos, uma pessoa morre por falta de alimentos, e os países que mais sofrem com essa situação estão nos continentes da Ásia e África. Mas seria possível eliminar a fome? As principais vítimas da fome no continente Sim, pois produzimos comida africano são crianças. Milhares delas passam suficiente para alimentar cerca de fome todos os dias. 10 bilhões de pessoas. No entanto, Disponível em: problemas como a má distribuição, http://www.africaurgente.org/wpcontent/uploads/2014/03/africa.jpg desastres naturais, conflitos e crescimento populacional tornam esse problema muito mais 800 milhões de grave. Segundo o projeto da ONU, pessoas passam São muitos os motivos para até 2030 algumas medidas fome no mundo. tal situação deplorável, importantes deverão ser A cada três entre eles, destacam-se: tomadas para solucionar ou segundos, uma pelo menos minimizar o • Ocupação de grande pessoa morre problema. Uma delas é o parte das terras para o por falta de uso sustentável da terra plantio de culturas alimentos. com acesso igual e seguro monocultoras destinadas à exportação, portanto para todos. Ao todo serão não produzem alimentos que necessários cerca de 265 milhões de abastecem o mercado interno. dólares ao ano para reduzir a fome. E isso é apenas um passo para um • Diminuição da oferta de alimentos mundo melhor e mais justo. no continente. • Grande ocorrência de desertificação, em razão da ocupação de áreas impróprias para agricultura. • Diminuição das pastagens e terras férteis no continente. • Os conflitos étnicos que resultam em guerras civis. Fonte: http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/asprincipais-causas-fome-na-africa.htm
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O nosso Primeiro Sarau contou com um bom público, formado por alunos, responsáveis e colaboradores do colégio. A equipe de reportagem entrevistou alguns deles, que confessaram ter em Carlos Drummond de Andrade seu poeta favorito, assim como Vinícius de Moraes, que foi lembrado pela Patrícia, tia do João Vítor, do 7º ano, que ficou encantada com a apresentação do sobrinho.
COBERTURA 1º Sarau Literário: Tempo de Poesia
Agora, independentemente se era aluno, pai ou responsável, todos reconheceram a importância da música e poesia para nossas vidas. “São importantes porque representam nossos sentimentos”, afirmou Guilherme Keiji, 7º ano. Painel (esq.) que sofreu intervenção artística virou plano de fundo para várias fotos com os alunos (abaixo). Todos participaram sob o olhar atento da professora Girlayne (acima). Alunos dono 5º dia ano10 (dir.) Neste ano, de outubro, com a participação de alunos do 5º ano encheram de um sarau na a escola, um evento no qual alunos e ao 8ºseano, realizamos coragem para professores declamaram poemas de vários autores, cantaram e dançaram. participar. Logo de início, o 5º ano, por ser do Fundamental I, pareceu um pouco
tímido, mas logo foram se soltando. Além de declamações, tivemos outras atrações, como sapateado, canto e músicas instrumentais, o que chamou muito a atenção de todos. Foi um evento de muito aprendizado e divertimento, aprendemos que escola não é só aula, nós também aprendemos nos divertindo. Afinal, que todo tempo seja tempo de poesia!
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Alunos do 8º ano declamaram poesias (dir.) e também soltaram a voz na cantoria (esq.).
O nosso Primeiro Sarau contou com um bom público, formado por alunos, responsáveis e colaboradores do colégio. A equipe de reportagem entrevistou alguns deles, que confessaram ter em Carlos Drummond de Andrade seu poeta favorito, assim como Vinícius de Moraes, que foi lembrado pela Patrícia, tia do João Vítor, do 7º ano, que ficou encantada com a apresentação do sobrinho. Agora, independentemente se era aluno, pai ou responsável, todos reconheceram a importância da música e poesia para nossas vidas. “São importantes porque representam nossos sentimentos”, afirmou Guilherme Keiji, 7º ano. Painel (esq.) que sofreu intervenção artística virou plano de fundo para várias fotos com os alunos (abaixo). Todos participaram sob o olhar atento da professora Girlayne (acima). Alunos do 5º ano (dir.) se encheram de coragem para participar.
Painel (esq.) que sofreu intervenção artística virou plano de fundo para várias fotos com os alunos (abaixo). Todos participaram sob o olhar atento da professora Girlayne (acima). Alunos do 5º ano (dir.) se encheram de coragem para participar.
Agora, independentemente se era aluno, pai ou responsável, todos reconheceram a importância da música e poesia para nossas vidas. “São importantes porque representam nossos sentimentos”, afirmou Guilherme Keiji, 7º ano. O nosso Primeiro Sarau contou com um bom público, formado por alunos, responsáveis e colaboradores do colégio. A equipe de reportagem entrevistou alguns deles, que confessaram ter em Carlos Drummond de Andrade seu poeta favorito, assim como Vinícius de Moraes, que foi lembrado pela Patrícia, tia do João Vítor, do 7º ano, que ficou encantada com a apresentação do sobrinho.
O nosso Primeiro Sarau contou com um bom público, formado por alunos, responsáveis e colaboradores do colégio. A equipe de reportagem entrevistou alguns deles, que confessaram ter em Carlos Drummond de Andrade seu poeta favorito, assim como Vinícius de Moraes, que foi lembrado pela Patrícia, tia do João Vítor, do 7º ano, que ficou encantada com a apresentação do sobrinho.
COBERTURA Mostra Científica
Agora, independentemente se era aluno, pai ou responsável, todos reconheceram a importância da música e poesia para nossas vidas. “São importantes porque representam nossos sentimentos”, afirmou Guilherme Keiji, 7º ano. Painel (esq.) que sofreu intervenção artística virou plano de fundo Apara Mostra Científica é os um evento várias fotos com anual, no qual os alunos alunos (abaixo). Todos apresentam experimentos participaram sob o olhar realizados aoprofessora longo do ano. O atento da temaGirlayne desta (acima). 2ª edição, realizada neste 7 outubro, foi Alunos do 5ºde ano (dir.) Alfabetização No se encheramCientífica. de Fundamental I, cada turma coragem para apresentou o resultado das participar. descobertas nos temas estudados ao longo do ano, como solo, germinação e corpo humano. Os grupos do fundamental II O evento foi organizado nos pátios e apresentaram trabalhos variados na quadra. Além de seus trabalhos com alguns temas desvinculados na Mostra Científica, alunos do 8º ano dos temas estudados em aula, às vezes saíam de seus postos para resultado de pesquisas adicionais ocupar o trabalho de repórter realizadas pelos alunos. ou fotógrafo para o Projeto Aluno do 8º Jovem Escritor. ano, Matheus Jun (esq.) No decorrer do evento, a explica professora Aline circulava separação do pelas mesas de exposição DNA do monitorando e ajudando. morango
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Após decidirmos as respostas para esses questionamentos, testamos se nossas escolhas foram as melhores. Caso encontremos um desvio de trajeto em nosso caminho, reformulamos nossas hipóteses e as adotamos daquele ponto em diante. No final do trajeto, ao concluirmos nosso objetivo, geralmente, fazemos uma análise sobre o porquê de algumas escolhas durante o trajeto não terem sido as melhores e aprendemos com isso, para não repeti-las em uma próxima vez. Aline Matsushita, Ciências
Alunos do 6º ano, Gustavo e Raíssa (esq.), explicam a geração de energia por meio da troca de calor. Já Gustavo e Amany (acima) explicam a refração da luz pela água. A geração de energia sustentável pelo vento também foi exposta pelos alunos do 6º ano (abaix.)
Durante as visitas, Érica, mãe do aluno Luther do 6º ano, destacou a importância do evento, já que além da participação dos alunos, também promove o encontro com as famílias e transmite conhecimento. O assunto “Sustentabilidade” estava em alta no dia: Alexandre, pai da Sofia do 7º ano, e Lilian, mãe do Gustavo Guimarães, 6º ano, elegeram as exposições sobre a geração de energia por fontes renováveis, eólica e termodinâmica, como as que mais chamaram a atenção na mostra. Maria Olívia, tia da aluna Helena, 8º ano, apreciou o trabalho sobre a importância das minhocas para o solo, embora sua ressalta sobre o espaço disputado entre pais, alunos e professores.
Agora, independentemente se era aluno, pai ou responsável, todos reconheceram a importância da música e poesia para nossas vidas. “São importantes porque representam nossos sentimentos”, afirmou Guilherme Keiji, 7º ano.
O nosso Primeiro Sarau contou com um bom público, formado por alunos, responsáveis e colaboradores do colégio. A equipe de reportagem entrevistou alguns deles, que confessaram ter em Carlos Drummond de Andrade seu poeta favorito, assim como Vinícius de Moraes, que foi lembrado pela Patrícia, tia do João Vítor, do 7º ano, que ficou encantada com a apresentação do sobrinho.
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por todos nós, porém sem ser de forma consciente. A partir do momento em que temos que sair de casa para ir à farmácia, por exemplo, pensamos em questões para chegar ao nosso destino evitando o máximo de contratempos: de carro ou à pé? Pelo centro da cidade ou usando as marginais? Vou levar dinheiro ou pagarei no cartão?
Painel (esq.) que sofreu intervenção artística virou plano de fundo para várias fotos com os alunos (abaixo). Todos participaram sob o olhar atento da professora Girlayne (acima). Alunos do 5º ano (dir.) se encheram de coragem para participar.
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PALAVRA DA PROFESSORA: O método científico é aplicado diariamente
Fotos: equipe ECCOS Texto: Matheus Jun e Matheus Cadaval; Entrevistas: Amany Filipussi, helena Visotto, Gustavo Colafrancesco e Cauã Lima. 11
POLÍTICA EXTERNA Os movimentos migratórios na América Latina
Por esses motivos a América Latina tem várias correntes migratórias no mundo atual. As duas mais importantes atualmente são as que saem do México e vão em direção as Estados Unidos e a mais recente a da Venezuela em direção ao Brasil.
Eles acabam ocupando os “sub – empregos” que são os trabalhos braçais e de pouca qualificação, como as colheitas agrícolas da Califórnia. http://nos-comunicamos.com.ar/node/7001
A América Latina é uma região do continente americano que foi colonizada principalmente por espanhóis e portugueses. Os países latino americanos se caracterizam por serem subdesenvolvidos e por possuírem grandes problemas socioeconômicos parecidos, como má distribuição de renda, concentração de terras, boa parte de sua população vivendo em grande condição de pobreza. Outro fator que deve ser considerado importante é a questão política, pois ocorreram vários golpes de Estado em grande parte dos países.
Essa é uma das fronteiras mais policiadas do mundo, e a diferença entre os dois lados é bem marcante. Disponível em: http://www.curtoecurioso.com/2016/01/as-fronteiras-mais-interessantes-ebizarras-do-mundo.html
Os Mexicanos procuram os Estado Unidos da América em busca de trabalho e melhores condições de vida. A maioria fica no sul e na costa oeste e são conhecidos como braceros.
Texto colaborativo 8º ano: Por Cauê Gandini de Almeida
Atualmente, segundo reportagem do Jornal Digital El País, de janeiro de 2017, o número de imigrantes mexicanos e outros povos latinos que vivem nos Estados Unidos da América é de 43 milhões, sendo 11 milhões ilegais. Em 5 anos entraram nos Estados Unidos da América o equivalente a população da cidade do Rio de Janeiro. Por causa disso o Governo americano adotou algumas medidas como controle de fronteira com instalação de câmeras, vigilância 24 horas e construção de muro. Esta última, por sinal, a mais polêmica de todas, pois o atual presidente americano Donald Trump quer aumentar esse muro para toda a fronteira sul do país e obrigar o governo mexicano a pagar pela obra. Trump também já começou o processo de mandar de volta ao México pessoas que cometerem crimes graves, dirigirem sem habilitação ou usar número falso de previdência social.
O CASO BRASILEIRO A corrente migratória que se formou entre Venezuela e Brasil tem como principais motivos as precárias condições de vida dos venezuelanos devido à crise política do Governo de Nicolás Maduro.
Graças a proximidade com a fronteira, os venezuelanos estão escolhendo o estado de Roraima para viver, pois assim ficam mais próximos de seus familiares que ficaram na Venezuela. A maioria dos refugiados estão em situação irregular no Brasil. Eles ficam em abrigos provisórios recebendo ajuda de instituições religiosas, dormindo em redes, mas em condições muito precárias, com pouca higiene.
http://www.bbc.com/portuguese/internacional40074611
Venezuelana protesta: "Não há comida"
Os venezuelanos ficam em abrigos provisórios recebendo ajuda de instituições religiosas, dormindo em redes, mas em condições muito precárias, com pouca higiene Entretanto muitos afirmam que mesmo assim é melhor viver dessa forma no Brasil à forma como viviam na Venezuela. Segundo a Polícia Federal de Roraima, mais de 6,4 mil pedidos de refúgio foram registrados até junho de 2017. Os refugiados em situação irregular, quando pegos pela polícia brasileira, são levados para a fronteira e entregues as autoridades venezuelanas.
Imigrantes venezuelanos vivem em condições precárias em Boa Vista, norte do Brasil. (Cesar Muñoz Acebes/HRW)
Em busca de comida: infográfico mostra rotas que venezuelanos fazem em busca de melhores condições de vida no Brasil. Fonte: http://g1.globo.com/rr/r oraima/noticia/2016/07/ crise-na-venezuelaprovoca-corrida-poralimentos-na-fronteirade-roraima.html
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MÁS ALLÁ DE LAS FRONTERAS Estudio de casos Los flujos migratorios de poblaciones humanas, presentes a lo largo de toda la historia de la civilización, no dejan de sorprender y emocionar en la actualidad. Según datos de ACNUR –Alto Comisionado de las Naciones Unidas para los Refugiados—en 2016 se dio el mayor número de personas desplazadas en el mundo debido a guerras, conflictos y persecuciones: 65,5 millones. Los estudiantes de 8º año de ECCOS han navegado en lecturas y vídeos sobre este tema, intentando comprender quiénes son esos inmigrantes, qué buscan, qué dejan para atrás, qué sueños cargan en su equipaje. De esas reflexiones, surgieron pequeños relatos de casos que compartimos aquí. Profesora Laura Duarte
Ingeniero trabaja como mozo
Grupo de angolanos ciegos en Brasil
Salazar, de 30 años, es inmigrante venezolano, ingeniero de profesión, y vivía en Puerto Ordaz. Se vino a Brasil debido la crisis alimentaria. Llegando a aquí, pasó a trabajar como mozo en un restaurante. Él cuenta que casi siempre es así, aun los venezolanos que tienen estudio no consiguen un empleo mejor.
Hace 15 años, un grupo de 17 angolanos ciegos vinieron para Brasil, con edades entre aproximadamente 7 a 14 años. Tuvieron que salir de su país debido a la guerra civil de Angola. No se sabe por qué llegaron ciegos a Brasil, pero se sospecha que fue a causa de la guerra.
No sabemos si Salazar quiere volver a su país, lo que sabemos es que su tierra natal, en este momento no tiene condiciones de abrigarlo.
Este grupo ha vencido muchos obstáculos en Brasil y los han superado. En 2016, fueron advertidos que tendrían que regresar a Angola y que la beca de la universidad sería cancelada. Pero, después de pasar por esa angustia consiguieron una noticia muy buena, que fue dictada el día de su graduación: ¡se quedarían en Brasil!
Salazar (izq.), ingeniero de profesión, mozo en Brasil.
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Fotos: Felippe Aníbal/Gazeta do Povo – Publicado em 03/01/2015 Emily Costa/G1 – Publicado em 03/09/2016
Angolanos deficientes visuales en Brasil, desde hace 15 años, permanecen unidos
BOM DE LÍNGUA Crônicas PALAVRA DA PROFESSORA: Crônicas que nos fazem rir As crônicas são um tipo de texto que narram pequenas histórias relacionadas ao cotidiano. Isso significa que elas têm como matéria prima situações diversas do dia a dia, como um passeio ao parque, um jogo de futebol ou um pedido de casamento, nos lembrando que a vida é feita de pequenos acontecimentos interessantes. Os alunos do 8º ano redigiram crônicas, tendo como base textos inspiradores de escritores brasileiros como Luís Fernando Veríssimo e Moacyr Scliar, que muito contribuíram para o enriquecimento de nossa literatura.
De modo bem-humorado e leve, os alunos criaram suas próprias crônicas transformando situações reais em histórias divertidas, assim como a que encontramos em revistas e jornais de grande circulação e que tantas vezes nos fizeram rir. Nervosismo
O assaltadero
Em um dia, a filha do Sr. Albert, Joana, apresentou, depois de tanto tempo, seu namorado ao pai e isso começou quando tocou a campainha. - Oi, pai! – diz a filha. - Quem é esse? – Pergunta Sr. Albert grosseiramente. - É meu namorado, o Max. - E aí, brother, firmeza? – Pergunta suavemente para o Sr. Albert. - Você tem tatuagem, Max? - Não, cara. Por que eu teria? - Por que você tem esse cabelo bagunçado? - Porque acho descolado – responde nervoso. - Já usou piercing? - Não. – Respondendo mais nervoso. - Fuma? - Não e nunca fumarei. Deus me livre! – Responde nervoso, como a mão tremendo. - Bebe? - O máximo que bebo é uma “Bud” e vinho seco. - Ótimo, você foi aprovado. – Sr. Albert fala rindo. - Obrigada, mas por que o senhor está rindo? – Pergunta nervoso. - Vou comer. – Sr Albert o ignora e pega um frango. - Por que seu pai está rindo, mô? - Porque ele é cego. – Responde rindo.
Vô conta uma história muito triste. Era um dia “muito” comum, “tava” “arrando” a terra e de repente uma pessoa “parô” e “apontô” o dedo pra mim e “falô”: - Passa tudo! - Me “arcança” “intão”! Respondi. “Tasquei” a mão no boi e saí “correno” daquele lugar. O “roubador” mirou a arma “pra eu” e deu três tiros “Pow! Pow! Pow!”. Mas como o “roubador era “cegu” de um “zoio” só, “erou” tudo. Entrei em “kaza” e me escondi “de baixu” da “kama”. O “roubador” “aroubou” minha porta e “entrô” em “kaza”. “Fikei” muito com medo e gritei. Foi naquela hora que o “roubador” me “acho”, “olhô” “pra eu” e me “furtô”. Depois do acontecido, fui ao delegado “conta” a história. Ele “pregrunto” “pra eu”: - O que o ladrão roubou? - Meu português! Respondi. O delegado desmaiou. Já eu, desmaiei com “otra” “cosa”. A chinelada da minha mãe.
Por Lucas Genésio de Paula
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Por Giovani Govino e Gabriel Oliveira
BOM DE LÍNGUA Leitura Compartilhada “A Leitura Compartilhada e discussão em grupo criam um espaço para os alunos que querem compartilhar experiências e ampliar o universo do conhecimento a partir da compreensão das palavras e do vínculo com o outro. A leitura compartilhada visa não só promover o hábito da leitura ( atividade intelectual), como também desenvolver as competências cognitivas, tais como reconhecimento de informações, análise, interpretação e associação, capacidades importantes para formar o leitor crítico. Nas aulas de Práticas de Linguagem do Colégio ECCOS, vivenciamos esses momentos semanalmente, de modo a criar uma atmosfera acadêmica, e divertida no que se refere ao estudo dos textos”. Palavras da professora Girlayne Costa A leitura em grupo ou em sala de aula é válida, pois nos ajuda a falar melhor em público e contribui para o entrosamento dos alunos da turma. É possível conhecer melhor o livro fazendo discussões sobre a narrativa. Há ganhos na aquisição de vocabulário.
Mesmo eu gostando de ler sozinho, tenho achado dinâmico ler em conjunto, pois podemos tirar nossas dúvidas e compartilhar os nossos conhecimentos sobre o assunto. (Carlos, 8º ano) A leitura compartilhada é importante pois ela incentiva o diálogo e é interessante, já que ela ajuda a aprendermos novas palavras. É legal ler em grupo, em sala de aula, ou até sozinho. O livro
escolhido é muito interessante, pois causa em nós curiosidade sobre o que vai acontecer nas páginas seguintes. (Cauã Henrique, 8º ano) É interessante ler na sala com os meus colegas, pois nós aprendemos a ler e a escrever melhor. Eu gosto da leitura compartilhada porque não ficamos apenas ouvindo e vendo o professor falando e escrevendo na lousa, participamos ativamente do processo. Os ganhos que temos são a possibilidade de discutir as diferentes interpretações e a melhora na entonação no decorrer da leitura. (Mel Yukie)
(Gustavo, 8º ano) O livro "Dona Casmurra e seu Tigrão" já é interessante, ainda mais lido em grupo.
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BOM DE LÍNGUA Minicontos PALAVRA DA PROFESSORA: Contos minúsculos Os minicontos são histórias bem pequenas, pequenas mesmo, em pouquíssimas linhas, senão em uma, sintetizam todo um acontecimento. Contudo, nem por isso se tornam empobrecidas ou desinteressantes. Muito pelo contrário, a incrível capacidade que poucas palavras têm de tocar nosso imaginário, fazendo-nos inferir toda uma situação sobre os personagens e seus dramas, é impressionante. Desse modo, os alunos apresentam aqui contos pequeníssimos que nos intrigam, nos assustam, nos entretêm. Embora poucos detalhes ofereçam, permitem que nós imaginemos o pano de fundo da história. Por conta disso, podemos considerar que os minicontos são também uma forma de nos levar também à criatividade. Esperamos que os minicontos dos alunos do 8º ano sejam interessantes a vocês, leitores, assim como foram para eles ao lerem e produzirem seus próprios textos. Divirtam-se! Professora Priscila O violino Eu gostava do som do violino do meu vizinho, mas, agora que ele faleceu, sou perturbado pela melodia que continua a existir na casa ao lado. Matheus Cadaval O espelho Toda vez que eu me olhava no espelho, me sentia observado. Pensei que era coisa da minha cabeça, até o dia em que eu sorri para o espelho e ele não sorriu de volta. Carlos Henrique O antigo parque Naquela tarde, eu e meu irmão, já idosos, estávamos passando pelo parque em que brincávamos na infância. Tudo parecia exatamente como era antes, inclusive a figura de nossa mãe, que estava em pé nos olhando. Cauã Estrelas Gostava tanto de olhar as estrelas e de sua mãe... Um dia olhou para o céu e viu sua mãe nas estrelas. Helena
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Final feliz Apesar de enfrentarem uma maçã envenenada, um dedo espetado, um veneno tomado, um pai roubado, todas acabaram com um final feliz, até a televisão ser desligada. Agnes Filme de terror Estávamos assistindo a um filme de terror. Quando desliguei a TV, percebi que estava vivendo o filme. Kimberly Sou triste Hoje é o dia em que eu queria desaparecer. Pulei da janela do prédio, mas percebi que o andar em que estava era o térreo. João Pedro Cinderela da vida real Estava passando tempo com uma pessoa muito especial. Quando: tic tac, meianoite. Acordei. Amany Solidão Todos os dias meu marido chega na mesma hora em casa e grita: “Amor, cheguei!”. Mas, então, me lembro que sou viúva. Guilherme Vidal
BOM DE LÍNGUA Poemas Concretos PALAVRA DA PROFESSORA: A concretização do abstrato O poema concreto é caracterizado por formar, por meio de palavras, imagens ou desenhos. Dessa forma, a escrita e as formas se completam dando todo um significado ao poema. É exatamente por conta disso que, nesse tipo de texto, não é possível valorizar apenas as palavras ou simplesmente usá-las de modo que deem origem a alguma ilustração sem que elas tenham também sua importância. Foi considerando isso que os alunos do 8º ano fizeram seus próprios poemas concretos. Usamos como base os substantivos abstratos “liberdade” e “tempo”, de modo que eles pudessem pensar e criar relação entre tais palavras, exprimindo isso através de suas poesias. Após pensarem e refletirem no significado que os substantivos em questão carregam e brincarem com seus textos, obtivemos, então, textos bem interessantes.
Professora Priscila
“TEMPO: a liberdade se conquista com” Por Gustavo Colafrancesco
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BOM DE LÍNGUA Poemas Concretos
“A liberdade é como a alegria, demora para chegar, mas passa rápido como uma brisa” Por ‘Carlão’
Fontes e Referências Agenda 2030 – Os 17 objetivos para transformar nosso mundo: BRASIL. MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES. Objetivos de Desenvolvimento Sustentável; UNITED NATIONS. Sustainable Development Goals. Disponível em: http://www.itamaraty.gov.br/en/politica-externa/desenvolvimento-sustentavel-e-meioambiente/6298-sustainable-development-goals-sdgs Agenda 2030 – Erradicação da Pobreza: BRASIL. MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES. Objetivos de Desenvolvimento Sustentável; UNITED NATIONS. Sustainable Development Goals. Disponível em: http://www.itamaraty.gov.br/en/politica-externa/desenvolvimento-sustentavel-e-meioambiente/6298-sustainable-development-goals-sdgs Agenda 2030 – Fome Zero: BRASIL. MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES. Objetivos de Desenvolvimento Sustentável; UNITED NATIONS. Sustainable Development Goals. Disponível em: http://www.itamaraty.gov.br/en/politica-externa/desenvolvimento-sustentavel-e-meioambiente/6298-sustainable-development-goals-sdgs MUNDO EDUCAÇÃO: As principais causas da fome na África. Disponível em: http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/as-principais-causas-fome-naafrica.htm Movimentos Migratórios na América Latina: PAULA, Marcelo Moraes; RAMA, Angela. Jornadas.geo. São Paulo: Saraiva, 2016. Más Allá de las fronteras: COSTA, Emily. Venezuelanos no Brasil. Disponível em: http://especiais.g1.globo.com/rr/roraima/2016/venezuelanos-no-brasil/ GAZETA DO POVO. Cegos angolanos pedem para ficar. Disponível em: http://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/cegos-angolanos-pedem-paraficar-eigt03bqn9r1kewodr5dp6slq
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