D. LUCIANO CABRAL DUARTE : DENUNCIA CONTRA D. HÉLDER CÂMARA

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inOtAAÇÃO N2

269 /19/AC/80

DATA

: 02 Set 80

ASSUNTO

D. LUCIANO CABRAL DUARTE : DENUNCIA CONTRA D. HÉLDER CÂMARA

ORIGEM

AC/SNI :

DIFUSÃO

CH/NI

7. Em documento sigiloso, dirigido ao Núncio Apostóli co do BRASIL, D. LUCIANO CABRAL DUARTE, Arcebispo de ARAC:JU/S':,, de nu.ciou a participação de D. HÉLDER CÂMARA em "ato público" de desa gravo a Igreja de PROPRIA/SE, realizado, na Capital sergipana,

no

dia 17 Ago 80. 2. A restrição de D. LUCIANO deveu-se ao caráter "nitidamente político-partidário" dado ao evento em área de sua respon sabilidade pastoral. Justificou aquele prelado que os participantes epi tetaram o regime de "ditadura" e pregaram a necessidade de união dos camponeses, operários e estudantes com vistas à "derrubada do regime". 3. MARIA DA GLÓRIA RANGEL SAMPAIO FERNANDES, residente em PETRÓPOLIS/RJ, de igual modo, reprimiu a atitude de D.EÉLDER CÂMARA por ter permitido a utilização da Icrieja do Carmo, em OLINDA /PE, para a encenação profana da pea

a,liversário da Mãe",

de

AUGUSTO BOAL, que faz parte do cognominado "Teatro do Oprimido", de

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(CONTINUAÇÃO

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DA INFORMAÇÃO Nº

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cunho subversivo. O protesto de MARIA DA GLÓRIA FERNANDES, ligada ao movimento "Com Cristo por MARIA pela Família Unida", foi feito tan to a D. HÉLDER CÂMARA quanto ao Núncio Apostólico do BRASIL. A denunciante descreve a peça, encenada no templo, como "ultrajante espetáculo", cujos resultados foram "cenas de nudismo, gritos de protestos, socos, beliscões, xingamentos e palavrões". e

4. Salienta-se que D. HÉLDER CÂMARA vem acentuando ca da vez mais suas atividades po3itico-contestatórias ao regime, quer agindo acintosa e publicamente, como apoiando outros setores popula res de esquerda. *

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ARQUIDIOCESE DE ARACAJU Praça Olimplo Campos, 228 ARACAJU - sastooms

Aracaju, 15 de agosto de 1980. Exmo. e Revmo. DOM CARMINE RUCCO M.D.Núncio Apostólico Caixa rostal n2 07-0153 70.000-Brasília-DF

Caro Senhor Núncio, "Gratia et Pax". Julgo ser meu dever informar Vossa Excelencia dos últimos acontecimentos referentes à Diocese ue Propriá. Nos últimos dias, a tensão aumentou. Ontem veio uma reporter do "Jornal do Brasil", sucursal do Recife, para acompanhar a realiza ção de um "Ato Público" que realmente foi realizado na rua central do comercio de Aracaju; conhecida como o "Calçadão". Disse-me que viria para este"áto Publico" um advogado de "Justiça e Faz" de Recife, e tambem que Dom Helder Câmara viria a l'ropria, no próxi-lo Domingo, dia 17/08/80, para, com outros Bispos e padres, celebrar uma Missa de Desagravo a Dom Brandão e a Igreja de Propria. Embora eu tenha estanhado esta presença da Igreja do Recife na Província Metropolitana de Aracaju, que nao tem ligação maior com Recife s e pertence ao Regional Nordeste III (Bahia e Sergipe), nada disse a jornalista. Ela perguntou minha opinião sobre a escalada de violência na Diocese de Propriá, se eu tem 1 algo mais grave: respondi que, semi° ela do Nordeste, coro eu, ambos sabemos que os nordestinos são, sobretudo, uma mistura de sentimentalismo e de iwpeto, e que assim sendo, era de temer-se algo mais serio. E formulei votos que a situação de distendesse, e acabasse o que chamei de "a guerra das fechaduras"... (Em Ilha das Flores, havia uma fechadura na Casa Paroquial; o grupo contra o Bispo trocou a fechadura e colocou outra; veio o vigário, e retirou esta, e colocou uma terceira fechadura...) Ontem, o tal "Ato Público" teve uma conotação nitidamente político-partidário, e uma pessoa presente me informa que os discursos tiveram um tom ainda mais agressivo do que o Sue aparece no recorte de jornal que envio a Vossa Excelencia. Alem de falarem varia vezes de "ditadura"4' foi afirmado que o caminho era a "derrubada do regime". Falou-se ainda na neces:.idade da união dos camponeses, dos operário6 e dos estudantes. Como no ano de 1963, que precedeu os acontecimentos de 1964. Não, preciso dizer a Vossa Excelencia gue nem eu nem U.Edvaldo iremos à Missa de Desagravo. De resto, nao fomos convidados. Crio.s que Dom José Coutinho também não vai. Peço a Vossa Excelencia encontrar aqui a expressão de minha respeitosa estima. "In Xto et Maria", //A

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Petrápolie, 15 de Ag•nt• de 1960

Exma. e Revm•. D. Helder Câmara DD. Arcebispo de Olinda e Recife

Excelência Reverendíssima

Difícil me parece imaginar e muito maus, ainda, ajeitar que seja verdade o que li na reportagem d• '•rnal d• Brasil, de 12 de agosto p.p., na página referente a• teatro, n•b • título TEATRO DO OPRIMIDO. Prefiro crer que V. Exa. Reuna. desenhe cia • que se passaria ia Igreja d• Carmo, en Olinda, a grupar que V. Revia. tenha dado pernissã• para que e Igreja servisse à encenação/ da peça d• Sr. Augusto B•al. a Que una Igreja Catélica, c•nsagradn Nossa Senhora d• Cara.i, numa cidade de sua Di•c•se, onde V. Exa. 6 responsável pelo eresciment• espiritual d• rebanho, tenha sido palco d• ultrajante espetáculo, descrito em detalhes pelo Sr. Vital.. / Hugo no Jornal do Brasil, é de est rrecer e nãc condiz em absoluto/ com as finalidades de um Templo Católico, onde c respeito, o eildncio, a adoração devem imperar, A Casa de Deus foi profanada pelas sacra legas cenas descritas. Teria Cristo aceitado que sob o teto de Sua Casa tais espetáculos fossem permitidos, Ele que expulsou a :picote das os que transformaram o Templo num mercado de compra e venda? E o que é pior, o comércio de mercadorias ou o comércio das conecièncias? Não sei qua: foi a intenção !o autor posso garantir, no entanto, que não foi a de edificar, formar ou educar o pilblicc que lá esteve - ao encenar a sua peça "O Anivereári o da Mãe", no interior de uma Igreja.


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Petrépolia, 15 de Agosto de 1980

Exne. e Revoo. D. Helder Câmara DD. Arcebispo de Olinda e Recife

Exceldncia Reverendíssima

Difícil me parece imaginar e multe mala, ainda, aceitar que seja verdade o que li na reportagem de Jornal de Brasil, de 12 de agosto p.p., na pagina referente ae teatro, sob • título TEATRO DO OPRIMIDO. Prefiro crer que V. Eia. Revoa. descoube cia o que se passaria Jia Igreja de Carne, ei Olinda, a supor quo V. Revoa. tenha dado permissão para que a Igreja servisse à encenação/ da peça de Sr. Augusto Bui. Que una Igreja Catélica, consagrada a Nessa Senhora de Caraè, nuna cidade de sua Diocese, ande V. Eia. é responsável pele crescimento espiritual de rebanho, tenha sido pálespetáculo, descrito em detalhes pele Sr. Vital. / c* do Hugo no Jornal Brasil, é de estarrecer e mi( condiz em abeoluto/ com ae finalidades de um Templo Católico, onde c respeito, o silèncio, a adoração devem imperar. A Casa de Deus foi profanada pelas eacrf legas cenas descritas. Teria Cristo aceitado que sob o teto de Sua Casa tais espetáculos fossem permitidos, Ele que expulsou a chicotl das os que transformaram o Templo 21.1m mercado de compra e venda? E o que é pior, o comércio de nercáCurias ou o comércio das coneciéncias? Não sei qual foi a intenção do autor posso garantir, no entanto, que não foi a de edificar, formar ou educar o páblicc que lá esteve - ao encenar a sua peça "O Anivereári o da Mãe", no interior de uma Igreja.


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Há alguma coisa que justifique a realiza ção de uma peça profana que se preota a surpreendentes reações do público, como esperava o autor, no interior de uma Igreja, lugar Ia grado, centro de oração, isto é, de diálogo com Deus, mesmo depois de ser conhecida "eituação mais ou menoe semelhante verificada ez Paulo"? E o resultado foi o que se viu: ' , enes de nudismo, gritos de protesto, socos, beliscões, ?lingamentoe e palavrões". E isso dti, a nós cristãos, ver profanados lugares onda o Cristo se imola diariamente, forma incruenta, pesa lembrar-nos o que p6de o amor de um Deus, e recordar-nos quanto sofrimento foi preciso para que Ele assumisse os pecados da humanidade. E nde abri mos a Sua Casa, não para rezar, não para prestar-Lhe o culto do amor, adoração e gratidão que Lhe devemos, mas, para que, sob oe / olhares curiosos de um público que ate diverte, Ele seja ofendido,/ num total desrespeito ao decoro do Templo. E não foi isso que João Paulo II veio en sinar, na sua luminosa trajetória por terras brasileiras. Recife deve estar ainda cuvindr o eco dos aplausos que saudaram o Papa Peregrino e ee o povo acorreu a ele tão cheio de emoção e carinho foi porque descobriu nele alguma coisa que o colocava acima de todos, a força da Graça de Deus, a se piritualidade resplandecendo nos olhos e no sorriso aberto, pregar do a verdadeira justiça e a verdadeira paz, porque transmitiu uma mensagem que não era sua, mas de Cristo que tão bem encarna e repre senta. Até quando nós vamos transformar uma reao ligião que deve ser cristocèntrica em antropocêntrica, negando povo a única coisa que lhe falta, esta certeza da tranecendénzia / que dá sentido à vida, que faz aceitar as dificuldades sem revolta, sem lutas de classe. 0 povo tem é fome de Deus, Sr. Arcebispo. E / nós não o estamos alimentando, preocupados apenas em dar-lhe o pão material quase que procurando fazer esquecer a palavra de Cristo : te "Nem s6 de pão vive o homem " ou esta advertência à Narta: "Tu inquietas e afadigas com tantas coisas, quando uma só é necessária, Maria escolheu a melhor parte, que não lhe eerá tirada". Ou Aeiza mos no olvido a censura feita a Judas, também ele preocupado em dar aos pobres: "Pobres sempre tereis entre vós". No momento, em que o mundo ee debate numa crise de valores e que nós temos:11 certeza de nossa fé, a reepoe ta a essa angústia do vazio, deeconoerta-nos e revolta-nos que al -


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guém venha ocupar o lugar sagrado por excelência, para experimentar o público com o seu teatro do oprimido. E seria o católico, o cristão, um homem: oprimico? Não crê ele nas promessas de eternidade, no valor entremo do sofrimento que purifica, regenera, engrandece? Quando o homem se afasta de Deus e proc2 eão ra ocupar o lugar que Lhe compete, então, sim, ae Igre:ae não mais Caea de Oração e podem servir de palco a teatros experimentais. fia ?rança, não foi diferente, quando a Revolução introduziu nos altares a deusa Razão e ao silêncio reepeitoeo,eubetituiu-se c grito de revolta daqueles que procuraram sufocar a fé secular do povo / francês. Não, Senhor Arcebispo, não permita que / as nossas Igrejas se transformem em palcos públicos, onde tudo 1 / permitido. O sangue de Cristo ali eetá presente todos os dias e não pode ser profanado. N6e queremos rezar, Sr. Arcebispo. Não deixe / que ocupem nossas Igrejas. O 3eU Sacerdócio exige isso. Que Deus Rhencoe V. Eia. Reyna.


JORNAL DO BRASIL - 12 Ajo

TEATRO DO OPRIMIDO

ESPECTADOR TIRA A ROUPA E QUESTIONA BOAL Fiou Hugo ALVADOR — AO deeembarcar ne.a.a Capital, onde vai mostrar a st:a expenencia do Teatro do ../ Oprimido dentro da proimama'ao do Fortim Nacional ue Tea`--- • tro. o diretor Augusto Soai (lime ter encarado como -atitude normal de um reacionino que talo tem o que propor". o comportamento do espectador que ficou despido durante o seu espetáculo em Recite. provocando tumido na plateia.

Segundo Boal é parte essencial de sua experiencia abrir o em> a icuia ao pubaco, ae as peavas geralmente aceitam a proposta quando tem o que dizer" Reconheceu, po'arn. que podem ocorrer utuaeoes como a de Recife ou uma mais ou menos semelhante verificada em 8ao Paulo, "quanno a pessoa riso tem o que propor mas tem o que destruir, e parte para uma atitude exibiciorusta, raio permitindo que a expererana as anceEmaora interpretando como reacionário o compactamente, do espectador que ficou despido no teatro, provocando reações contrarias do publico que acabou

tornando a iraciativa de expulaa-lo da sala. Augu.stu dirae raio ter entendido nenturna !bienal° politica mu palavras pronunciadas peio ripa- de cerca de 30 anos. durare a meia hora de turr.a.a., "Ele talava coisas sem nexo e assa naa autues que, a por-rapto. deram a =pra saio de que se tratava de um louco Na,: revelou. mesmo, nenhum poder de enata vidade I -atando-r:' gari e a bar ao ir :erro cm que tmaltiu a cena a r., :eas do nana Nao auoi arma. entre iaata, crnhuma atitude de repressao contra ele, mas. depois de .30 minutos sem que o espetáculo pudesse avançar. o propilo pu-

bac° recuou a preso roça dele. colocar.do-o para tora da sala em melo a um tramo de tumulto", explicou Suai em Salvador Augusto Boal revelou que os mcideates de Recife. da raesana mair.eira que cs de faio Paulo, raio o Limo r.71:17 de sua pia- posta de Teatro do ()anel:do De acordo cain o teatrólogo, o "opraraaa tem de tazer o seu prupno teatro e ruo oairas pessoas por ele. peas a pra:leira upressaa e ser espectador, porque como tal as pessoas nito acrescentam nada. Também o diretor do Teatro Castro Alves, Jese Augusto Surda confirmou pa-

ra amanha dia 13 a rs'reis do Teatro do Oprznalo de A' ar,....to H, a cot- o parre ea pra araanaleau do Famm Naaaaal de :ca. trc qae se rea.aal na Capital baia :a A amerantaçao e :rira com o paarea.rao tamaern do S N T.. e Burel disse que 'rio temo:, nenhuma Inwrerrta sobre a peça. Tudo bem apeai:das met/len:et de Recite. O que tocar a :ente derivaLie data:ou. parem. que o Publico baiano e mu;:to aberto latas.t.e. raiai daca. e com Lm rt speau quase cumpre peio artista Gora. as seara mas nao ande Esta sempre pronto a receber qualquer expenenca nova". ccrichau

"ELE ESTÁ OPRIMINDO A GENTE. QUE SAIA DO PALCO!" ETIFE — O Teatro da Oprimi; :.. ..i i) do. dirigido por Au nisto Baal, ' a transformou se aqui, neste a1 nal de sernar.a, no teatro da al ronaral i entes de prótastra sia:. s, a'':teu ,i, erros de r.udarno. e ate ir, saio a... ...ireraas armo -fascistas" e pe...111•%., ai ,aara nen . Sortnit,:i1p ate da eu :..r.......- ..,o de 0 anis e.aaria da vate, que se no:7....0 na n, :te de dorningu. na igreja do Carmo, era Olinda Os desonre ommentos e agressões 111Utuas corneçarsm iir.•1 apor os exerrictos e auges para inie,raa;aa do ;arraial rum os al.,res, e quaaira o toa: ara:a X -rainaa IV; ireceu nu meia Co oa.co. careça:ato a en.lar as tranças ,st os caaelos iate nanara lonaoaa e dias dedos nas narinas, e ,le;),. Is os eu:nem na boca No trucoo, o punlico penso tratar-se ele um dos atores aia compartas de Boa:. como anrinou a uni. versitana Fatima Dantas, trila cias espectadunis na noite de durranao Como o s toa rafo nao tivesse d'netdo nenhuma meariagam para o put....tco, e contmulase rianutos seatudoa e St a muda enc,a.,aaa o ammatar do teatimaoro chegou pato ceie, e indaana — Voei., vai levar aigU.T.a coisa' — Estou levando — respondeu Xlromba Entlo o Sr Augusta Soai Interpelou-o mais una vez E e:e respondeu — Estou penando. Na tora que quer começo Estou atraparaiado , O Sr Augusto Soai maraficau. — Resalva o que quer fuer. porque nao pode-

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mos desenvolver duas cenas ao mesmo tempo Nesse instante. um espectador um senhor aparentando 45 anus, se irritou, e se delata ao fot. mato -- Meu trin:.1). o que e que vace está fa.endo al• Xirariba reastalei que se falava com pessoa, de nano, de 30 anos, deixaneo senhor surpreso, e crua) uma moça. aparentando 17. o interpelou. mas obteve dele uma rose-ta agressiva — Nao sou seu P31 Dal em diante, esta teleaeu-ee a aunei5à0 ipearrs :ar ar. aaram entre as 30.3 peas que parta:irava:1i do e, e• A me 11... e. f,,te arara se ia:irasse to a oaaa rnet.sae orce e:e cra'r a. a .... relha ta aauea .'santo • valia ia vs., o que a começava a Irritar o 8: Soei. que inelusive u xingou se retratando em publico. logo em segreda. O fotógrafo tambem se irritou com a reinai) da publa o, e disse que estava vendo ali. apenas a geraçáo pos reeraucranana 'Todo mundo aqui e fasC15:, e nao esta er.tenderiaa nada Caetano e que unraa raaao Dar que o pubaea era uma Todos sai. e Boal tan-bem Agora 'coces vao ver o que e que eu tenho para coces. O putanco arou confuso, os atores recuaram, e o tutogrud7 emneçou z.u.er strip-tease Zelo aberto eactradua 10 seu macaca° ce jeans depois dcou de sunga, e terminou por tear sem roupa O1931111111L VIU84011tgred1d0,entabeled-

da a conrusao t meio da igreja. Xarunaba ficou sem aça°. ate que uma maça se levantou, e disse' — Aqui todo mundo e oprizado de algurna forma .3.1 que este cara ire:ar-ido-se ao fotografo - npraralu A cerre ia deu 23 minutos a ele, e ate agua ele riso clive nada Ele esta opraranco a gente, e Ft:ponho que seja tonado do palco A partir dai. comecou arca cor...asilo, pois cada qual puxava laxa: riba para um Lado, e este tenranou se retirando, ao voltando pura o final do esPei 1,,a;0 paro debate O tutu qra o cluse untem gim queria propor -o deser.valvam.nta de um, coro trabalto, para ver a macio oraanacta das C01511. Entrei de tolo. mas Boa.C...s.-e que eu estava atrapatarido. me mandou ate para aquele awarc..ern pen.-ur ou a ele se em outro Iara o e7:7e,acu.o la tinha sido atrapaihado, e ele rearaarceu que em Sio Paulo. um téhaao tinha feito a mesma coisa SO que eu nau trava be ando, ele apenas ria,soou a rroverar a cena, pois inclusive eu lhe disse que nao Citava bebido"

Soai: de libertador • opressor

O fotografo disse que quis rr.oe'rar que -0.5 que rstavain contra mirra dentro da igreja. formavam a maioria, mas esta maioria la fora. e minoria. e e cpriraida como eu fui" E deu a sua conciui,ao: "Disso tudo se ror resta uma cedeu. a de que nau sarna ae Sala em termos ae tudo. ia:iusivrdecuituta Ponlue quanoo nao acontece aquilo que se esta esperando, vem uma outra reação e acaba com tudo."



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