Ano II.: Nº 20.: 2ª Quinzenanovembro – 2010

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Companheiros do Ano II.: Nº 20.: 2ª Quinzena

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Informativo do Meio Ambiente e Cidadania

entrevista Liliane de Carvalho Gabriel

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ntrevista exclusiva com a advogada Liliane de Carvalho Gabriel, membro da Comissão de Meio Ambiente da Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, que nos esclarece sobre o funcionamento e as vantagens do seguro ambiental

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Importante frisar que um mercado de seguros bem estruturado serve como importante instrumento para minimizar os impactos decorrentes dos danos ambientais

Mente calma, corpo são – Tai Chi Chuan no Lago Sul Uniceub no atendimento à comunidade Pág. 5 Em Curiosidades da Gastronomia, conheça a história da Rabanada típica de natal Pág. 10

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NOSSAS PRAÇAS

EDITORIAL

Pontão do Lago Sul

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esta edição comemoramos nosso primeiro ano agradecendo aos patrocinadores, leitores e colaboradores que nos incentivaram a desenvolver este trabalho e permanecer com motivação. Não conseguiríamos realizar nada sozinhos, juntos podemos muito mais. E comemoramos com muita informação de qualidade! Uma entrevista especial com a advogada Liliane Gabriel, membro da Comissão de Meio Ambiente da OAB/DF, explicando a importância do seguro ambiental para empresas, na página 06. Na página 03, Na Câmara, destacamos alguns projetos relacionados ao meio ambiente que estão tramitando na Câmara dos Deputados. Saiba mais sobre Tai Chi Chuan no Lago Sul, na página 08 “Mente calma, corpo são.” E para iniciar os festejos de fim de ano, conheça a história da rabanada, e aproveite uma receita deliciosa na página 11 – Gastronomia. Desejamos uma boa leitura!

Localizado à beira do Lago Sul, o Pontão possui uma excelente estrutura para receber os brasilienses e turistas, com bares, restaurantes, parquinho infantil e um amplo estacionamento. Com uma vista deslumbrante, tanto de dia como à noite, ótima opção para uma simples caminhada.

Olga Christina Pedra Diretora editoriaisdoverde@blogspot.com

TELEFONES PÚBLICOS DE EMERGÊNCIA Corpo de Bombeiros..............................193 Defesa Civil..........................................199 Disque-denúncia...................................181 Polícia civil..........................................197 Polícia Militar.......................................190 Secretaria dos Direitos Humanos............100 Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher.................................................180

EXPEDIENTE

TELEFONES ÚTEIS Central De Serviços Alcoólicos Anônimos..................................3226.0091

COMPANHEIROS DO VERDE

CVI – Centro de Valorização do Idoso.................................0800 644 1401 Delegacia de Proteção ao Menor e Adolescente..............................3361.1049 Promotoria de Defesa do Consumidor.............................. 3343.9851 SERVIÇOS DE UTILIDADE PÚBLICA CEB....................................0800 61 0196 CAESB................................................115 PROCON.............................................151 DETRAN..............................................154 Contatos para consultas sobre espaço publicitário:

companheirosdoverde@gmail.com

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Publicação: Solução Audio Visual Ltda. End.: Condomínio San Diego, Lt. 15, sobreloja 03 Jardim Botânico - CEP 71.680-362 Fone/fax: (61) 9666 2947 Email: companheirosdoverde@gmail.com dircompanheirosdoverde@gmail.com Direção Geral: Olga Christina Pedra Direção Administrativa e Financeira: Evelynne Pedra Projeto Gráfico / Diagramação: Sérgio Linhares

Colaboradores: André Gubert, Leonardo Barreto e Jaqueline Araújo. Webmaster: Felipe Gelbcke Fontes de pesquisas: Ag. Câmara, Ag. Senado, Ag. Brasil, Adasa, Ministério do Meio Ambiente, Ag. Brasília, Emater/DF, IBAMA e M.Saúde. Distribuição gratuita: Órgãos do GDF, Administração do Lago Sul, Administração do Jardim Botânico, Câmara Legislativa, Câmara Federal e Senado, Esplanada dos Ministérios, Campus do Uniceub, Rodoviária do Plano Piloto e locais de grande circulação em Brasília e na cidade de Goiânia. *Os artigos assinados não traduzem a opinião do jornal ‘Companheiros do Verde’.

Agradecemos: Convite do Jardim Botânico do Rio de Janeiro para o relançamento da edição especial da Revista Scientific American “Brasil maior diversidade do Mundo”, em comemoração à Semana Nacional de Ciência e Tecnologia.


MEU BRASIL Novembro 2010

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Estrangeiros aprendem a monitorar florestas com o Ibama e INPE

e 2004 para cá, o Brasil conseguiu reduzir em mais de 70% a taxa de desmatamento da Amazônia, usando ferramentas como as imagens de satélites e as operações de fiscalização. Por causa desse sucesso, 12 latino-americanos vieram apreender com o Ibama e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - Inpe a monitorar florestas tropicais. O objetivo do projeto é desenvolver a capacidade dos países beneficiários no uso do sistema de monitoramento florestal do INPE e do software TerraAmazon e, assim, atingir a autonomia de gerar e analisar dados relevantes para a administração dos próprios recursos naturais e utilizar essas informações, como é feito pelo Ibama no Brasil há aproximadamente 30 anos. O INPE e o IBAMA, executores do projeto de capacitação dos estrangeiros, possuem extensa experiência no monitoramento de florestas tropicais, e trabalham em parceria no combate ao avanço do desmatamento.

Na Câmara Aprovada regulamentação para arquitetos e urbanistas A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania aprovou a regulamentação específica da profissão de arquiteto e urbanista, e também a criação do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR) e dos conselhos estaduais. O CAU/BR deverá especificar as áreas de atuação privativas de arquitetos e urbanistas e as áreas compartilhadas com outras profissões regulamentadas. Caberá ainda à entidade manter um cadastro nacional das escolas e faculdades de Arquitetura e Urbanismo, com o currículo dos cursos oferecidos.

Regras mais claras para cargas perigosas A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável aprovou o Projeto de Lei que obriga a inclusão de dispositivo na Lei do Transporte Rodoviário de Cargas para deixar explícita a obrigatoriedade de as empresas de transporte de produtos perigosos obedecerem, cumulativamente, ao disposto na referida lei e em regulamentações específicas do segmento. O projeto aprovado pelo Senado assegura à ANTT e à Antaq a atribuição de regulamentar o transporte de mercadorias perigosas, em articulação com os órgãos de preservação ambiental. Além disso, o projeto federaliza a regulamentação do transporte de produtos perigosos, para “evitar a proliferação de regras estaduais”.

Proibição de importação de peles de animais domésticos A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável aprovou o Projeto de Lei que proíbe a importação de peles de cães, gatos e animais selvagens exóticos, além dos artigos delas derivados. A importação só será permitida para fins educacionais e científicos.

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Política sustentável!

O que (não) aprendemos com a “Caixa de Pandora”.

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Leonardo Barreto – Cientista Político e autor do blog www.casadepolitica.blogspot.com

ames Madison, um dos “pais fundadores” dos Estados Unidos, escreveu que se os homens fossem anjos, eles não precisariam de governos. Ou seja, uma sociedade não pode ser construída apenas sobre boas intenções. É necessário que todos estejam submetidos a algum controle institucional (leis e órgãos fiscalizadores). Se o ensinamento de Madison vale para os cidadãos comuns, imagine para os governantes?! A operação Caixa de Pandora, que nesse mês faz aniversário, mostrou a falta que instituições de controle fazem. Arruda e Cia. fizeram o que fizeram porque CLDF, MP e TCDF não conseguiram cumprir suas funções fiscalizadoras. Por quê não? Falta de separação entre Executivo e Legislativo (os deputados normalmente servem como secretários de governo), critérios partidários para a nomeação de conselheiros e para o chefe do MP, e muito corporativismo, entre outras razões. Como houve apenas punições individuais, mas nenhuma reforma institucional, conclui-se que as condições políticas que permitiram a caixa de Pandora continuam presentes. Ou seja, o DF permanece vulnerável e dependente da boa vontade dos políticos.


meu brasil

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Ministra defende que Brasil tenha papel de facilitador nas negociações da COP16

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ministra Izabella Teixeira, do Meio Ambiente, defende que o Brasil tenha um papel de ‘’facilitador e agregador’’ das propostas em discussão na 16ª Conferência das Partes da Convenção da Organização das Nações Unidas para Mudança do Clima, a COP 16, que será realizada em Cancun, no México, de 29 de novembro a 10 de dezembro. ‘’O Brasil está fazendo o dever de casa. Isso nos dá condições políticas de cobrar (dos demais países) resultados e credenciamento político para recepcionarmos as divergências e estimularmos uma convergência’’, disse a ministra em coletiva de imprensa. Do encontro em Cancún, o País espera a aprovação de um pacote balanceado de decisões que signifique um avanço nas negociações e a pavimentação para um futuro acordo global a ser concluído nas próximas convenções, quem sabe em 2012, na Rio+20. ‘’Não teremos (na COP16) o acordo legalmente vinculante que a gente deseja. A engenharia político-institucional ainda não está suficientemente amadurecida, mas podemos dar continuidade ao que foi acordado em Copenhagen’’, afirmou Izabella Teixeira. A visão para Cancun é evoluir em etapas e fechar acordos específicos, mas em conjunto. O Brasil quer um pacote equilibrado com ações de mitigação, adaptação, financiamento, transferência de tecnologia, Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (REDD+), além da visão compartilhada. Em termos de negociação internacional, o Brasil tem feito um esforço para que se tenha um resultado positivo em Cancun. O trabalho do País é puxar os demais para a negociação, buscando avanços e evitando que os países recuem em discussões que já estão bem desenvolvidas. A aprovação da segunda etapa do Protocolo de Kyoto, na avaliação da ministra, já seria um grande passo. Esse segundo período, até 2020, demandaria uma redução de 20% a 40% nas emissões dos países desenvolvidos em relação às emissões de 1990. Esses valores são os previstos pelo IPCC para a manutenção do aquecimento em dois graus até 2020. O Brasil chega a Cancun com o Fundo Clima regulamentado e R$ 226 milhões de orçamento inicial para 2011; os primeiros cinco planos setoriais da Política do Clima para

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redução das emissões e adaptações elaborados, incluindo as políticas de incentivo à agricultura de baixo carbono e o fortalecimento de uma matriz energética limpa e renovável; a redução sistemática do desmatamento da Amazônia, com o menor índice registrado nos últimos 21 anos; a entrega da segunda comunicação nacional do País à Convenção do Clima, o que inclui o segundo inventário de emissões do Brasil e oferece um quadro detalhado das emissões brasileiras para ajudar a tornar o monitoramento ainda mais eficiente. A ministra chamou atenção para as dificuldades de negociação na área de mitigação envolvendo principalmente os Estados Unidos, que não são signatários do Protocolo de Kyoto, e discutem, em paralelo, na Convenção do Clima, a possibilidade de redução das emissões de gases de efeito estufa. Há também um entrave envolvendo a China, que, apesar de ser signatária do Protocolo de Kyoto, tem tido dificuldades em aceitar mecanismos de controle e transparência (MRV-medir, revisar e revisar) das metas nacionais de redução de emissões. Para a China, esses mecanismos podem invadir a autonomia do governo chinês. REDD+ – As negociações de REDD+ entre os países já estão avançadas e o texto que está na mesa já está suficientemente maduro. O consenso é de que o REDD+ será implantado em três fases: a primeira de produção de conhecimento e de estratégias, englobando a estrutura institucional, o monitoramento e o inventário florestal; a segunda de implementação de políticas e medidas; e a terceira de pagamento pelo desempenho com base na quantificação das emissões e remoções por florestas em relação aos níveis de referência acordados. Essa última, mais polêmica, é a única fase em que se poderá admitir a presença do mercado, desde que sejam atendidas salvaguardas que serão regulamentadas posteriormente. No entanto, o nível de detalhamento da proposta de REDD+ vai depender do andamento das negociações em relação às outras propostas para que sejam consideradas e balanceadas com REDD+. Dos acordos que podem sair de Cancun, o de REDD+ é um dos que irá gerar grande estímulo para o Brasil. Ele será a base para começar a valorização dos produtos da floresta, condição essencial para manter a floresta em pé. O Brasil já discute internamente a regulamentação do REDD+ que inclui a integridade ambiental e os critérios para repartição de benefícios. ‘’Queremos um sistema que tenha benefícios para o clima, para as populações, para a biodiversidade e que estimule a economia da floresta’’, ressalta Branca Americano, secretária de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do MMA. Ascom/MMA

Manejo da Caatinga é alternativa para produzir lenha e carvão

lenha e carvão são os principais produtos oriundos da Caatinga, mas a obtenção dessas fontes energéticas está longe de ser sustentável. O desmatamento origina em torno de 80% desses produtos florestais no Nordeste. Ter lenha e carvão sem impactar a vegetação é possível com o manejo florestal, tema do livro “Uso sustentável e conservação dos recursos florestais da Caatinga”, que o Serviço Florestal Brasileiro lançou em Recife (PE). A publicação de 367 páginas traz artigos de 28 pesquisadores que mostram a potencialidade de aplicação do manejo para a produção energética, os resultados do uso dessas técnicas sobre a biodiversidade e a possibilidade de conciliar o uso econômico do bioma com a sua conservação. Existem técnicas sustentáveis de exploração desse recurso florestal que são viáveis tecnicamente, fáceis de serem aplicadas no campo e que já estão normatizadas pelos órgãos ambientais competentes, afirma a engenheira florestal da Unidade Regional Nordeste do Serviço Florestal, Maria Auxiliadora Gariglio, uma das organizadoras do livro. A pesquisadora tem a expectativa de que a difusão de informações sobre o manejo com base científica dê mais subsídios para que a técnica seja ampliada e dirima as dúvidas sobre a viabilidade e a influência ambiental da sua aplicação. Os organizadores da publicação, que inclui outros três pesquisadores, esperam que os caminhos apontados no livro para pesquisa, extensão e políticas públicas sejam trilhados pelos diferentes atores ligados ao manejo.

Novembro 2010 O Cnia e os desafios do mundo globalizado “Se a espécie humana ainda precisa de uma alavanca para modificar o mundo. Modificar, não. Para salvar o mundo, ela já reencontrou. Essa ferramenta, usada e demonstrada com competência pelos cinco mil jornalistas que fizeram a cobertura da Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+10, em Johannesburgo, na África do Sul, tem um novo nome: informação ambiental.” Hiram Firmino Master em Jornalismo, editor do Caderno JB Ecológico do Jornal do Brasil

Responsável pela execução da política nacional sobre meio ambiente, o Ibama abriga em sua estrutura formal o Centro Nacional de Informação Ambiental (Cnia), criado com a missão de reunir, organizar e disseminar informações sobre meio ambiente. No atual estágio da globalidade pela qual passa e vive o ser humano, a informação é o elemento de maior importância para o mundo contemporâneo. A agilidade e o dinamismo tornaram-se imprescindíveis, e a linguagem adequada ao tratamento dessa informação é o meio para criar as relações entre a produção científico-cultural e a sociedade. Democratizar o acesso às fontes de informação ambiental e melhor atender às demandas dos usuários, além de criar subsídios para a educação e a pesquisa, visando à conservação e à utilização dos recursos naturais, é o grande desafio do Cnia que, gradativamente, está se inserindo na era da tecnologia da informação. Desafio ainda maior é fazer chegar o conhecimento gerado aos pesquisadores, tomadores de decisão, formuladores de políticas ambientais e educadores nos diversos segmentos da sociedade. O advento de alta tecnologia nos mecanismos de difusão da informação apresentou novos desafios para o Cnia. Como disseminador da informação ambiental, não poderia ficar alheio a esses avanços que irão facilitar o acesso aos elementos da informação e do conhecimento. A profusão de tecnologias irá abrir portas para a tele-distância, o que permitirá a criação de uma nova consciência nas atitudes humanas e, também, colaborar com a formação da cidadania. É fato que consciência não se cria da noite para o dia. É concreto também, que a informação tem apresentado transformações expressivas no comportamento da maioria das pessoas quanto ao desenvolvimento sustentável, sobretudo nos meios educacionais. Empresas, principalmente aquelas que mais poluem, estão adotando formas de produção ambientalmente corretas e menos impactantes ao meio ambiente. Nesse sentido, o Cnia pretende ser o principal orientador dessa missão essencial para preservar a vida e o planeta.


comunidade Novembro 2010

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Novo centro de operações da Caesb melhora serviços Inauguração oficial do novo centro foi realizada dia 25/11, às 10 h. Construção do prédio trouxe para a Caesb uma estrutura adequada para o desenvolvimento das atividades de controles operacionais

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Caesb já opera, experimentalmente, o seu novo Centro de Operação dos Sistemas de Saneamento do DF, um moderno e avançado conjunto de equipamentos informatizados instalados em um prédio recém construído na sede da Empresa, em Águas Claras (Avenida Sibipiruna, lotes 13/21). A inauguração oficial do novo Centro será realizada nesta quinta-feira (25), às 10 h. A construção do novo prédio trouxe para a Caesb uma estrutura adequada para o desenvolvimento das atividades de controles operacionais. Projetado para possuir sistemas independentes de energia elétrica, ar condicionado, segurança e comunicação, o prédio está preparado para receber os dados que serão transmitidos por todas as unidades que serão automatizadas por meio do Programa de Automação, em fase adiantada de implantação. Funcionamento do Centro é de 24 horas por dia, durante todos os dias do ano. A Caesb espera automatizar 100% de suas unidades industriais dos sistemas de abastecimento de água e de esgotamento sanitário em todo o Distrito Federal até o início de 2012. As novas instalações do Centro tiveram investimentos de R$ 2 milhões e têm, entre outros objetivos, reduzir o custo operacional e de manutenção dos sistemas, melhorar a qualidade dos serviços, utilização de novas tecnologias e sistemas de

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vigilância eletrônica. A instalação de telas individuais e de um videowall possibilitará aos técnicos responsáveis pela operação do sistema a visualização simultânea de várias informações geradas pelo sistema supervisão e controle. Essas novas condições ajudarão a preparar a Caesb para a modernização de seu sistema de automação e controle operacional, possibilitando uma melhoria na qualidade dos serviços prestados e uma otimização dos custos operacionais da Companhia. Das 111 unidades operacionais de água e esgotos, o Centro está monitorando 50 unidades industriais do sistema de abastecimento de água, 20 poços semi-artesianos, cinco unidades industriais do sistema de esgotamento sanitário em todo o DF. No sistema de água, a automação da Elevatória do Rio Descoberto, responsável pelo abastecimento de 65% da população do DF está em fase final de implantação. Foram iniciadas, também, às obras de implantação de oito, dos nove centros de operação regionais. O custo total do investimento em automação será de R$ 40 milhões até 2012. Os técnicos da Caesb fizeram as adequações nos softwares de supervisão e telecomando do sistema de automação, utilizando infraestrutura de maior velocidade e qualidade de imagens.

Atendimento à comunidade

iariamente, o UniCEUB promove atendimento gratuito nas áreas jurídica e da saúde, no Edifício União, localizado no Setor Comercial Sul. Os alunos dos cursos de Direito, Psicologia, Nutrição e Fisioterapia têm a oportunidade de prestar serviços à população carente por meio do Núcleo de Práticas Jurídicas (NPJ) e das clínicas-escola. O UniCEUB realiza ao longo de cada semestre os Projetos de Extensão, que visam promover valores democráticos, de igualdade e desenvolvimento social, lembrando sempre de priorizar a educação cidadã dos estudantes da Instituição. “A proposta da extensão é envolver cada vez mais o aluno na importância de agir junto a comunidade, ser um profissional responsável, realizar atividades relacionadas ao bem estar social, entre outros”, complementa Renata Bittencourt, assessora acadêmica do UNICEUB. Todos os serviços prestados pelos alunos têm a supervisão e a orientação dos professores. Cerca de 10 mil pessoas são assistidas em todos os semestres, pelos projetos mantidos pela universidade.

VIDA EM EXTINÇÃO

Pato-Mergulhão

O pato mergulhão ou pato merganso (nome científico: Mergus octosetaceus) é um dos mais importantes moradores da Serra da Canastra, sendo o motivo principal da visita de muita gente à região, principalmente observadores de pássaros, muitos vindos do exterior. Ele pode medir 50 centímetros de comprimento e seu bico é fino, não achatado como os outros patos. Se alimenta de peixes, larvas de insetos e caramujos. Ficou conhecido como pato mergulhão por mergulhar nas águas para pescar. É uma das espécies de pato mais ameaçadas de extinção no mundo. Acredita-se que haja apenas 200 exemplares da espécie no mundo, todos no Brasil. O crescimento das cidades e a poluição fluvial proveniente de atividades agrícolas e de desflorestação são alguns motivos do desaparecimento desta espécie. Leia mais, conheça e participe do companheiros

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Conversa Franca

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arece que foi ontem que o ano de 2010 começou, e já estamos no final! Faltam apenas 22 dias para o ano vindouro! Quantos projetos e metas você idealizou e ainda se encontram pendentes? Não fique decepcionado por isso, tampouco permita que a frustração impeça você de projetar, sonhar, traçar novas metas e enfrentar desafios. O sucesso alcança aqueles que sempre perseveram, que são altruístas e não descansam até se apropriarem das vitórias. Comece fazendo um balanço de todos os planos que você quis realizar, depois, veja quais metas foram estabelecidas para que seus alvos fossem conquistados, verifique o que faltou ou não foi bem desenvolvido, e se alguma etapa foi abortada ao longo do processo. Observando esses passos, certamente ficarão bem mais fáceis as conquistas. Caminhe para o alvo, não se afaste da visão, invista firme no seu potencial e faça dos obstáculos, que certamente virão, uma ponte de acesso as suas conquistas. Outro fator de fundamental importância é você valorizar tudo o que conquistou, saber se valorizar, entender o lugar que está ocupando hoje, e onde deseja chegar. Muitas vezes o foco fica naquilo em que se espera e ainda não foi conquistado, quando na verdade deveria estar em tudo o que se conquistou. É isso que gera motivação para continuar, e a certeza de que a vitória chegará! Quando as portas de 2011 se abrirem, passe por elas com os seus sonhos e planos projetados em vislumbres de vitórias! Jaqueline Araújo - Bacharel em Psicologia, Pós-graduada em Teoria Psicanalítica. jaquee45@yahoo.com.br

do verde também na Internet: www.companheirosdoverde.com.br


entrevista

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Liliane de Carvalho Gabriel Seguro Ambiental

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otivo de muita discussão ainda no Brasil, a necessidade da criação de um seguro ambiental no meio empresarial vem sendo debatida a mais ou menos 20 anos no mercado de seguros. Muitas críticas têm gerado a possibilidade de um seguro compulsório. Catástrofes ambientais têm ocorrido no mudo inteiro trazendo prejuízos incalculáveis ao meio ambiente. No Brasil os prejuízos ambientais acontecem de maneira lenta, pela falta de manutenção adequada nos equipamentos das empresas, ou por não terem seguro para prevenção de danos ambientais. Pensando nestas questões tão atuais dentro de uma cultura de preservação ambiental, entrevistamos a Advogada Liliane de Carvalho Gabriel, membro da Comissão de Meio Ambiente da Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, que nos esclarece sobre o funcionamento e as vantagens do seguro ambiental. Companheiros do Verde - Desde quando empresas brasileiras oferecem seguro ambiental? Liliane de Carvalho Gabriel - Nas décadas de 60/70, havia um embrião do seguro ambiental. Eram as cláusulas de cobertura para riscos por poluição acidental, previstas dentro do contrato de seguro de responsabilidade civil. Já na década de 80, com a promulgação da Constituição Federal e as Leis da Política Nacional do Meio Ambiente e da Ação Civil Pública por Danos Ambientais, o direito ambiental apresentou significativa evolução, pois o poluidor passou a ter responsabilidade objetiva pelo dano ambiental causado, ou seja, independente da comprovação de culpa. Mas foi somente em 2004 que a Unibanco AIG Seguradora, pioneira no Brasil neste ramo, lançou o Seguro Ambiental propriamente dito. Dentre as seguradas, temos empresas petroquímicas, usinas de bicombustível e até mesmo uma editora. CV - Quais são as vantagens deste tipo de seguro? LCG - Basicamente, podemos citar três grandes vantagens. A redução da burocracia para a reparação do dano ambiental é uma delas. Essa desburocratização é determinante na recuperação do meio ambiente degradado, além de representar um alívio no número de processos nos tribunais. A reparação do dano também seria muito mais eficaz, pois ao invés de ter que esperar o deslinde de um longo processo judicial, ocorrido o dano a seguradora paga imediatamente a indenização para a reparação do dano. Por fim, a velha história de que as indenizações determinadas pelo judiciário não são pagas porque o poluidor não possui capacidade financeira para arcar com o pagamento não mais existiriam, uma vez que a seguradora é quem iria arcar a reparação imediata do dano. Importante frisar que um mercado de seguros bem estruturado serve como importante instrumento para minimizar os impactos decorrentes dos danos ambientais. CV - Como o estado pode incentivar este instrumento de política ambiental? LCG - Nós temos uma legislação ambiental rígida, que não encontra correspondência no aparelhamento estatal. Como os empresários poluidores raramente são condenados a indenizar os danos ambientais causados, não sentem a real necessidade de contratar o seguro ambiental, principalmente porque encaram isso como um custo extra a ser absorvido no preço final do produto. Os incentivos estatais poderiam começar com um incremento das políticas de educação ambiental, visando orientar a sociedade a praticar um consumo consciente, fomentando o consumo de produtos ecologicamente corretos. A efetiva aplicação das sanções previstas na legislação ambiental também exerceria forte pressão no setor empresarial, que iria perceber a vantagem de ter um seguro ambiental. Em último caso, o Estado poderia oferecer compensações financeiras às empresas que contratassem o seguro ambiental, a fim de que o custo com esse instrumento de proteção ambiental não fosse completamente repassado aos consumidores.

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Companheiros do

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Transferência e Segunda Graduação Em vez de sonhar, venha realizar.

www.uniceub.br/transferencia Informações: 3966-1200

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saúde e bem viver

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Mente calma, corpo são O Tai Chi Chuan, é um estilo de arte marcial chinesa, reconhecido também como uma forma de meditação em movimento. Com suas raízes na China, esta prática vem sendo utilizada no mundo todo, especialmente pela relação com a meditação e a promoção da saúde, oferecendo aos que vivem no ritmo veloz das grandes cidades uma referência de tranqüilidade e equilíbrio. Esta prática vem sendo desenvolvida no Centro de Saúde Brasília nr 05 – QI 21/26 área especial do Lago Sul desde o final de 2006. Trazido para a Secretaria de Saúde pelo professor Aristein Woo (filho do mestre Woo) em 2006, o Tai Chi Chuan do estilo Yang 13 movimentos foi escolhido por ser uma série simples, de fácil aprendizagem, porém completa, proporcionando vários benefícios quando se exercita o

corpo e a mente. São movimentos contínuos, que regulam

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o fluxo energético, aumentando a força interior, proporcionando um acréscimo na qualidade da saúde e longevidade, auxiliando na prevenção e tratamento de doenças como hipertensão, asma, dores articulares, insônia,

depressão, ansiedade, entre outras. O Tai Chi melhora a concentração, acalma a mente possibilitando uma maior clareza ao pensamento. “Por harmonizar tantos benefícios e não necessitar equipamentos, poder ser executado em qualquer ambiente desde que plano, arejado e limpo” diz a médica homeopata Sílvia Bicudo da Costa Magalhães, responsável por ministrar as aulas. O grupo do Centro de Saúde Brasília gira em torno de 10 a 15 pessoas. Sempre realizado as terças e quintas das 8:30 às 9:30hs.

Profissionais de saúde discutem importância do parto normal e da amamentação

importância do parto normal e da amamentação para a saúde de mães e bebês foi alvo de discussões e apresentação de vídeos , em Brasília, na 3ª Conferência Internacional sobre Humanização do Parto e Nascimento. O professor de medicina da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) Ricardo Chaves criticou o fato de muitos médicos recorrerem a operações cesarianas. O recurso, segundo ele, “está virando uma cultura, quando se sabe que é muito melhor para a mulher se ela tiver parto normal e também para os bebês”. Para Elza Giugliane, da área de apoio à criança e à amamentação do Ministério da Saúde, a amamentação da criança nas primeiras horas depois do nascimento é fundamental para a

saúde do bebê, pois 20% daquelas que não são amamentadas pela mãe desenvolvem com mais facilidade o diabetes. O professor da Universidade de Campinas Hugo Sabatino afirmou que há sete vezes mais casos de mortes nas cesarianas do que nos partos normais e 35 vezes mais complicações no parto cirúrgico. “Operar uma mulher para que ela tenha um filho é uma violência contra ela e contra a criança que vai nascer, o que, muitas vezes, acontece prematuramente”. O encontro foi promovido pelo Ministério da Saúde com apoio da organização da sociedade civil Rede pela Humanização do Parto e Nascimento (ReHuNa).

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Cogumelos na culinária: mais sabor e saúde aos pratos Champignon, shiitake, funghi e shimeji estão entre os mais consumidos

Apreciados desde a Idade Antiga pelo elevado valor nutritivo e potencial medicinal, os cogumelos são considerados, também, especiarias nobres na culinária. O sabor único e diferenciado garante um toque especial na preparação de diversos tipos de pratos, além de torná-los mais atrativos. De acordo com a nutricionista do Oba Hortifruti, Priscila Arruda, os cogumelos champignon, shiitake, funghi e shimeji, que estão entre os mais conhecidos e consumidos, possuem alto valor nutritivo. “Estes alimentos são ricos em proteínas, fibras alimentares, vitaminas e carboidratos. Além disso, contêm baixo valor calórico”, explica. Na culinária, os cogumelos podem ser utilizados sozinhos, em saladas, grelhados, combinados com carnes, sopas, pizzas e risotos, por exemplo. “Os sabores variam de um para o outro”, lembra a nutricionista. O tradicional champignon, por exemplo, muito utilizado em pratos como strogonoff, possui um sabor suave. Já o shimeji e o shiitake possuem sabor mais forte e são muito utilizados em preparações japonesas, enquanto o funghi secchi, que é o cogumelo seco, é bastante usado em risotos e molhos.


saúde e bem viver Novembro 2010

Companheiros do

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Canteiro Medicinal

Brócolis

A sálvia é um tempero original do mediterrâneo que sempre foi usado na gastronomia por causa do aroma e sabor únicos que esse tempero dá a comida. Mas o uso da Sálvia vai além de temperar carnes gordurosas, fazer molhos, peixes ou aves. O tempero também é usado de forma terapêutica. A Sálvia é tão versátil que é perfeita como aromatizante de vinhos, vinagres e óleos. Seu nome deriva da palavra latina “salvere”, que significa “curar”. Considerada uma erva sagrada para os romanos, tinha sua colheita cercada de rituais.

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Hospitais do DF precisam de leite materno

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Sálvia

evido às férias e festas de fim de ano, os Bancos de Leite Humano (BLH) da Secretaria de Saúde do Distrito

Federal necessitam com urgência de leite materno e de frascos de vidro com tampa plástica. A coordenação de Aleitamento Materno informa que os estoques estão baixos na Regional de Saúde do Paranoá, que abrange Itapoã, e nos Hospitais Regionais de Planaltina, Asa Norte, Taguatinga e SanAs folhas, as flores e os pedúnculos florais são comestíveis. Originário da Europa, o brócolis também têm seu uso na medicina, graças ao seu elevado teor de cálcio, esse vegetal é um bom construtor e formador dos ossos e dos dentes. Brócolis é um desses alimentos que nos abastece sem nos encher. Coma-o com um ótimo prato de baixa caloria, ou o adicione às saladas.

Um alerta, como qualquer medicamento, as plantas medicinais também apresentam efeitos colaterais e contra indicações, o efeito terapêutico nem sempre é o esperado, portanto, é também necessário o seguimento médico.

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Seminário de Redução do Sódio reúne indústria, consumidores e especialistas

conteceu em Brasília, o II Seminário sobre Redução do Consumo de Sódio no Brasil, com o objetivo de desenvolver a estratégia nacional de redução do consumo de sódio com foco nos alimentos processados e na alimentação fora de casa, além de subsidiar a definição de metas nacionais. A criação deste espaço de negociação entre governo e sociedade visa reduzir 50% do consumo de sal e sódio pela população brasileira até 2020. O Brasil está hoje entre os países que mais consome sal no mundo e isto reflete-se nas elevadas prevalências de hipertensão e doenças do coração. Participam do evento outras áreas técnicas do Ministério da Saúde (Coordenação Nacional de Hipertensão e Diabetes, Coordenação Geral de Doença e Agravos não Transmissíveis), representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, ANVISA, EMBRAPA, universidades, sociedades médicas (Sociedade Brasileira de Cardiologia, Sociedade Brasileira de Hipertensão, Sociedade Brasileira de Nefrologia), Instituto de Defesa do Consumidor (IDEC), Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (PROTESTE), Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação (ABIA), Associação Brasileira das Indústrias de Panificação e Confeitaria (ABIP), Associação Brasileira dos Bares e Restaurantes (ABRASEL), SESI e SESC.

ta Maria. O leite coletado é utilizado na alimentação de recém-nascidos internados cujas mães não tenham condições de amamentar. O alimento é de suma importância e significa vida e saúde para os bebês. Os frascos de vidro são usados na pasteurização do leite. Segundo Miriam Santos, coordenadora de Aleitamento Materno e Bancos de Leite Humano da Secretaria de Saúde, houve grande baixa e há o risco de faltar leite materno no DF. “Por isso, a necessidade de aumento da coleta para manter a distribuição”, destacou.

“O que é verdadeiramente imoral é ter desistido de si mesmo”

Clarice Lispector


cidadania

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Companheiros do Ano II.: Nº 20 – 2ª Quinzena

VERDE

Novembro 2010

Adolescentes ajudam no combate à dengue

dolescentes que moram no Arapoanga ajudam no combate à Dengue. A Subsecretaria de Vigilância à Saúde, em parceria com o Rotary Clube, realizou uma sensibilização para 50 jovens da cidade sobre os cuidados para eliminar focos do mosquito transmissor da doença, com objetivo de atuar na comunidade local. Os jovens receberam camisetas e bonés e também participaram de uma panfletagem, com informações sobre a Dengue . No mesmo dia, equipes da Diretoria de Vigilância Ambiental, com apoio do Serviço de Limpeza Urbana (SLU) e administração regional, limparam quintais em residências da Quadra 6, no Jardim Roriz. As ações de combate à Dengue visam eliminar o perigo de ocorrência de casos. Neste ano, a maior incidência da doença no Distrito Federal foi registrada em Planaltina e 40 por cento dos casos foram no Arapoanga.

Apoio a dependentes químicos no Gama

F

undado em novembro de 2000 pelo Núcleo de Serviço Social do Hospital Regional do Gama, o grupo já realizou 11 mil atendimentos a pacientes internados no pronto socorro e portadores de transtornos causados pelo vício das drogas. Com o crescimento da demanda, os serviços foram ampliados para a comunidade de Gama, Santa Maria e Entorno Sul de Goiás. O Grupo de Apoio a Dependentes Químicos do HRG faz encaminhamentos para os centros de atenção psicossocial do Guará e de Santa Maria e para as comunidades terapêuticas. Também busca reinserir os participantes na sociedade e no mercado de trabalho e recebe pacientes com penas alternativas do Ministério Público para acompanhamento. Entre as atividades do grupo destaca-se, ainda, a realização as quartas- feiras, das 14h às 16h, de reuniões em parceria com os Narcóticos Anônimos e Alcoólicos Anônimos, com palestras sobre o uso de drogas, agravos em decorrência do vício e os 12 passos do NA e do AA. Informações no Núcleo de Serviço Social por meio do telefone 3556-1333.

VERDE EM EXTINÇÃO

Butiá O Butiá (Arecaceae Butia eriospatha) é uma espécie de palmeira comum nos campos de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. Tem seus frutos bastante apreciados tanto pela fauna quanto pelo homem. Ocorre sob áreas de campos raramente entrando em florestas e algumas vezes associada a espécie Araucária . Atualmente suas populações encontram-se em situações bastante críticas, principalmente ao manejo destas áreas onde tem sua ocorrência, já que as mesmas são utilizadas para a prática do pastoreio e freqüentemente sofrem queimadas, impedindo a regeneração natural da espécie.

Autoridades ganham espaço especial no Bosque dos Constituintes

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Bosque dos Constituintes, localizado ao lado da Praça dos Três Poderes, ganhou um espaço para o plantio de árvores por autoridades. A vice-governadora Ivelise Longhi e outros três pioneiros que contribuíram para a construção do bosque, em 1988, foram escolhidos para plantarem as primeiras espécies da “Erythrina Velutina Wild” - conhecida popularmente como Mulungul, planta nativa do Cerrado. O novo espaço do bosque foi batizado de “Aléia das Autoridades” pela direção da Câmara dos Deputados, responsável pela gestão do local desde 2008, por meio do programa “Abrace um Parque”, desenvolvido pelo Instituto Brasília Ambiental (Ibram). A instituição também convidou servidores e familiares para plantarem 180 mudas de plantas nativas no entorno do bosque. A iniciativa vai favorecer a preservação da área como um cinturão verde. Foto: Gerdan Wesley

Ivelise, que é arquiteta e urbanista, foi responsável pela demarcação da área que deu origem ao Bosque dos Constituintes. Além dela, também são pioneiros o jornalista e professor, Aylê-Salassié Filgueiras Quintão, o engenheiro florestal Eleazar Volpato e o agrônomo e servidor aposentado da Novacap, Ozanan Coelho. “A criação deste bosque foi mais do que uma determinação política, mas um gesto que significa a esperança que temos no nosso País”, disse Ivelise.

“Quero a delícia de sentir as coisas mais simples”

Manoel Bandeira


gastronomia Novembro 2010

Companheiros do

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CURIOSIDADES DA GASTRONOMIA com André Gubert

Rabanada, a fatia-de-parida

Q

uem não conhece a famosa rabanada, muito comum na época de Natal? São aquelas fatias de pão dormido, banhadas no leite e ovos, fritas e envolvidas em açúcar com canela. Como surgiu essa tradição? A tradição de servir rabanadas no Natal veio de Portugal, na celebração no dia da Consoada, onde as famílias se reúnem no dia 24 de dezembro (véspera de Natal) para contemplar o nascimento de Jesus. Mas a receita é anterior a esse costume. Muitos acreditam que a invenção de receita seja francesa, mas sua origem é desconhecida. O mais antigo relato de algo semelhante à rabanada remonta da época de Cristo numa das coleções de receitas de Apicius, onde se fritava pão duro embebido em leite e ovos batidos e depois envolvidos em mel. Na Alemanha os Irmãos Grimm mencionaram no Grande Dicionário Alemão – “Deutsches Wörterbuch” (escrito por eles de 1854 a 1863) um tipo de rabanada, que eles chamam de “armer ritter”, que era consumida no século XIV. Na Inglaterra da

andre.bistrot@gmail.com

Idade Média também tinha um prato semelhante que era chamado de “dorate suppe”. O que se pode concluir é que a popularidade da rabanada decorre da cozinha européia medieval, onde nem sempre havia fartura de alimentos e cada pedaço de comida deveria ser aproveitado. Os cozinheiros sabiam que o pão velho poderia ser reavivado se umedecido e aquecido. E para adicionar uma dose extra de proteína, eram adicionados ovos. Os relatos escritos sobre essas receitas sugerem que esse prato também era apreciado pelos ricos, pois nessa época livros de receitas eram escritos por ricos para ricos onde se utilizava pão branco (que eram caros) e sem casca, o que seria inadmissível para os mais pobres. Em Portugal a rabanada também era chamada de fatia-de-parida, pois se acreditava que a mulher que acabava de ter filho deveria comer rabanada para aumentar seu volume de leite para amamentar a criança.

Ingredientenas*das

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Receita

Oferece: Nozes

Arroz com Nozes

Sabores saudáveis

As nozes fortalecem as defesas do corpo, auxiliam na formação de glóbulos vermelhos, fortalecem ossos e dentes e, ainda atuam contra o envelhecimento das células. O consumo diário de pequenas quantidades, auxilia na prevenção de doenças cardíacas. Isso porque reduzem as taxas de colesterol e a formação de coágulos no sangue, além de ter ação anti-inflamatória. Por serem ricas em antioxidantes, especialmente em vitamina E e selênio, as nozes funcionam ainda como agentes de prevenção do câncer.

Ingredientes:

Em uma panela, colocar a manteiga, a cebola e fritar por 3 minutos. Acrescentar os cubos de caldo de galinha, o arroz e refogar até o cubo desmanchar. Colocar água suficiente para cobrir o arroz, adicionar o açafrão e misturar bem. Tampar a panela e deixar cozinhar até secar o arroz. Desligar o fogo, misturar as nozes, decorar com salsa, nozes e servir em seguida.

1 colher (sopa) de manteiga 1 colher (café) de açafrão 1 xícara (chá) de nozes picadas 1xícara(chá) de arroz 2 cubos de caldo de galinha Delivery Salsa e nozes para decorar 109 Sul 61.3242-1736 209 Norte .61.3038-8159 1 cebola picada 306 Norte 61.3349-9575 302 Sudoeste .61.3341-4588

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reciclagem

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Aterro Sanitário

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VERDE Por Helen Assumpção

Companheiros do Verde convidou o professor João Câmara* para responder a duas questões sobre aterro sanitário. Nesta edição, ele fala sobre as características de um aterro sanitário adequado e os temidos lixões que se formam pelas cidades. Nos aterros são depositados resíduos que não podem ser reaproveitados, nem reciclados. Cite algumas características de um aterro sanitário adequado? O aterro é um processo utilizado para a disposição de resíduos sólidos (lixo domiciliar) no solo e precisa seguir critérios de engenharia e normas operacionais específicas, de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança, minimizando os impactos ambientais. Por exemplo, o aterro precisa ocupar uma área adequada - sendo geralmente precedida de licenciamento ambiental realizado pelo órgão ambiental competente -, os aterros sanitários não devem ser construídos em áreas sujeitas à inundação, devem estar a uma distância mínima de 200 metros de qualquer curso d’água e deve ter fácil acesso para os caminhões coletores. O gerenciamento de um aterro deve incluir estações de poços de monitoramento da qualidade do ar e da água, para verificação de possíveis vazamentos e contaminação do lençol freático e corpos de água receptores dos efluentes líquidos tratados no aterro. Recomenda-se, sempre que possível, uma arborização adequada ao redor do aterro de modo a evitar erosões, dispersão da poeira e retenção dos odores. E o que caracteriza um lixão? Um lixão pode ser definido como um local onde há uma disposição final inadequada de resíduos sólidos, caracterizada pela simples descarga sobre o solo sem medidas de proteção ao meio ambiente ou à saúde pública. Neste caso, a descarga de resíduos a céu aberto é feita sem levar em consideração as características ambientais da área, como tipo de solo, vegetação, localização, drenagem, entre outras características importantes, havendo degradação ambiental localizada, destruição da flora e fauna, contaminação do lençol freático, liberação de gases com odores desagradáveis, espalhamento do lixo na superfície, com problemas sérios em épocas de chuva ou de ventos fortes, além de ocorrer presença de catadores em condições desumanas de trabalho e criação de animais, como porcos, cabras, galinhas, gado, que se alimentam de material contaminado, disseminando doenças. Os lixões sempre acarretam problemas à saúde pública, como proliferação de vetores de doenças (moscas, mosquitos, baratas, ratos etc.), geração de maus odores e, principalmente, a poluição do solo e das águas superficiais e subterrâneas através do chorume (líquido de cor preta, com odor desagradável e de elevado potencial poluidor produzido pela decomposição da matéria orgânica contida no lixo), comprometendo os recursos hídricos. Agrava esses problemas nos lixões, a falta de controle de resíduos lançados, incluindo a disposição de dejetos originados dos serviços de saúde e das indústrias, com substâncias perigosas. Os lixões geralmente são localizados às margens de estradas, sobre manguezais (no litoral), em bairros de população de baixa renda, beira de lagoas e rios. *João Batista Drummond Câmara é graduado em Ciências Biológicas pela Universidade Católica de Minas Gerais, mestre em Ecologia pela UnB, Doutorando em Desenvolvimento Sustentável pelo CDS/UnB (2006-2010).

“Passei a vida tentando corrigir os erros que cometi na minha ânsia de acertar”

Clarice Lispector

Novembro 2010


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