INFORMATIVO
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N 4 - Novembro-Dezembro / 2013 o
UMA PUBLICAÇÃO DA
CAMPANHA COMPROMISSO E ATITUDE PELA LEI MARIA DA PENHA Editada pelo INSTITUTO PATRÍCIA GALVÃO - MÍDIA E DIREITOS
Pacto de enfrentamento à violência sexual contra mulheres é urgente
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onsiderada por especialistas como a mais grave violência depois do assassinato, o estupro ainda vitima milhares de mulheres cotidianamente no País. Os dados da última edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública reacenderam a luz de emergência: o número total de estupros registrados em 2012 subiu 19,3% em relação ao ano anterior, atingindo 50,6 mil casos – ou seja, quase seis denúncias a cada hora. Na sua 4ª edição, o Informativo Compromisso e Atitude entrevistou pesquisadores, profissionais do Sistema de Saúde, operadores do Direito e gestores de políticas públicas que lidam com o tema para saber a dimensão do problema e conhecer os principais avanços e desafios para dar um basta na violência sexual no Brasil. Entre os entrevistados, um diagnóstico é unânime: é preciso um pacto intersetorial de não tolerância a este tipo de crime. A proposta é fortalecer os serviços e mostrar para a sociedade que o Estado está do lado da vítima, para que ela realize a denúncia e receba o acompanhamento médico e psicológico necessário. Também para que seu agressor seja punido e impedido, assim, de continuar o ciclo de violência ou fazer novas vítimas. Nesta edição, confira: • Reportagem reúne dados sobre a dimensão da violência sexual contra mulheres no Brasil e compila ainda os desafios colocados para concretizar o atendimento humanizado e integral às vítimas. • O juiz José Henrique Rodrigues Torres, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), critica a resistência à aceitação do exame indireto – realizado pelo Instituto Médico Legal (IML) com base em informa-
ções colhidas na unidade de Saúde – como prova nos processos de violência sexual contra mulheres. • A juíza Kenarik Boujikian (TJSP) expli-
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PROVAS EM CASOS DE VIOLÊNCIA SEXUAL
Os juízes do TJSP José Henrique Rodrigues Torres e Kenarik Boujikian avaliam as barreiras decorrentes da ideologia patriarcal nos processos de violência sexual contra mulheres, em entrevista e artigo, respectivamente.
4 DIMENSÃO E DESAFIOS
Profissionais que atuam no atendimento às mulheres vítimas de agressões sexuais comentam os desafios e os caminhos para enfrentar o problema no Brasil.
5 POLÍTICA PÚBLICA
Programa Mulher, Viver sem Violência introduz ações integradas do Poder Público contra a violência sexual.
ca porque, em casos de crimes contra a dignidade sexual, a declaração coerente da vítima deve ter valor decisivo nos julgamentos. • Matéria levanta as ações introduzidas pelo Programa Mulher, Viver sem Violência, como a implantação nos IMLs de uma sala de acolhida para atender as vítimas de forma especializada e a ampliação dos serviços de referência nos hospitais. • Procuradores, promotores e defensores públicos reiteram a importância do amparo institucional às vítimas desta forma de violência e falam sobre o papel que cada entidade pode desempenhar nesse sentido.
6 REPARAÇÃO
Defensores públicos garantem direitos e contribuem para a recuperação das vítimas.
7 RESPONSABILIDADE
Ministério Público busca atuação integrada para assistir as vítimas de violência sexual no decorrer da ação penal para responsabilização do agressor.
8 BALANÇO
Coordenação nacional avalia o 1º ano da Campanha Compromisso e Atitude e aponta ainda o início de uma nova etapa: o envolvimento do setor privado no enfrentamento à violência contra as mulheres.
Essas matérias - e muito mais - podem ser acessadas na íntegra no Portal Compromisso e Atitude,, um espaço na internet a serviço da divulgação de informações e ações relevantes dos parceiros da Campanha:
www.compromissoeatitude.org.br
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