Boletim Informativo "Igreja Viva e Peregrina" janeiro-fevereiro 2016

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“LAUDATO SI” ENCÍCLICA DO PAPA FRANCISCO A Santa Sé lançou, aos 18 de maio de 2015, a encíclica do Papa Francisco, intitulada “Laudato Si”, sobre o cuidado da “casa comum”. Este escrito lida com questões relacionadas à ecologia e ao pleno desenvolvimento do gênero humano. Olhando as suas 187 páginas, o texto tem uma introdução, seis capítulos e duas orações finais. No documento, o Papa propõe uma ecologia integral, que incorpore claramente as dimensões humanas e sociais, inseparavelmente vinculadas com a situação ambiental. Nesta perspectiva, o Santo Padre convida a empreender um diálogo honesto em todos os níveis da vida social, facilitando processos de tomada de decisão transparentes. E lembra que nenhum projeto pode ser eficaz se não for animado por uma consciência formada e responsável, sugerindo princípios para crescer nesse sentido a nível educacional, espiritual, eclesial, político e teológico. No início da carta, o Papa recorda o “Cântico das Criaturas” de São Francisco de Assis para fazer uma chamada urgente para um novo diálogo sobre como se está construindo o futuro do planeta. Necessita-se de talentos e do envolvimento de todos - afirma, para reparar os danos causados ​pelo abuso humano na criação de Deus.

Janeiro / Fevereiro 2016

O Papa faz uma resenha das questões que hoje causam inquietação e já não se podem esconder debaixo do tapete. Seu objetivo é tocar o coração de todos e ousar transformar em sofrimento pessoal aquilo que acontece ao mundo 19. Busca escutar e promover o debate honesto entre os cientistas, pois, sempre há saídas para corrigir desvios e resolver problemas - 61. No 2º capítulo, intitulado “O Evangelho da criação”, o Papa refere-se à luz que oferece a fé; a sabedoria das histórias bíblicas; o mistério do universo; a mensagem de cada criatura na harmonia de toda a criação; uma comunhão universal; o destino comum dos bens; e o olhar de Jesus. Porque o Papa se refere à fé? O que a fé tem a ver com o meio ambiente? Francisco afirma que uma ecologia capaz de reparar, de fato, o que já foi destruído, precisa ouvir todos os ramos da ciência. Mas não somente isto! Existe outra sabedoria, a experiência dos povos, inclusive aquela religiosa que possui linguagem própria - 63. Aqui o Papa aborda a Narração Bíblica da Criação em Gênesis, especialmente, a relação do ser humano com o mundo - 65. Conforme este relato “a existência humana se baseia sobre três relações fundamentais intimamente ligadas: as relações com Deus, com o próximo e com a terra” - 66. Quando estas relações se rompem provém o caos e suas consequências! - Gn 3,17-19.

Ano XVIII - nº 114

Publicação Bimestral da Paróquia São Roque - Diocese de Osasco

O 1º capítulo é intitulado - “O que está acontecendo à nossa casa”. Aí o Santo Padre aborda: A poluição e as alterações climáticas; a questão da água; a perda da biodiversidade; a deterioração da qualidade de vida humana e a degradação social; a desigualdade planetária; as reações fracas; e a diversidade de opiniões que existem sobre estas questões.

A Bíblia chama esta ruptura de “pecado”. E estas três relações romperam-se não só exteriormente, mas também dentro de nós. “A harmonia entre o Criador, a humanidade e toda a criação foi destruída por termos pretendido ocupar o lugar de Deus, recusando reconhecer-nos como criaturas limitadas” - 66. Distorceu-se a natureza do encargo de “dominar” a terra (Gn 1,28) e de a “cultivar e guardar” (Gn 2,15). Assim o Papa explica o significado da expressão “cultivar e guardar” o jardim do mundo: “Cultivar” quer dizer lavrar ou trabalhar um terreno; “Guardar” significa proteger, cuidar, preservar, velar - 67. E quando estas relações são negligenciadas toda a vida corre perigo. A cena de Noé retrata esta ameaça - o dilúvio. A Humanidade foi incapaz de viver as exigências da justiça e da paz - 70. E falando da Pessoa Humana o Papa não nega a teoria da evolução! No entanto ele enfatiza a individualidade do Ser Humano: “Embora suponha também processos evolutivos, o ser humano implica uma novidade que não se explica plenamente pela evolução de outros sistemas abertos. Cada um de nós tem em si uma identidade pessoal, capaz de entrar em diálogo com os outros e com o próprio Deus” - 81. Ano Santo da Misericórdia Pág. 02 No 3º capítulo, que trata da “Raiz humana da crise ecológica”, Francisco fala sobre: A tecnologia, criatividade e poder; a globalização do paradigma tecnocrático; a crise e consequências do antropocentrismo moderno. Francisco dirige o nosso olhar para o paradigma tecnocrático dominante e no lugar que ocupa nele o ser humano e a sua ação no mundo - 101. Continua na página 02... Pe. Daniel Balzan - Pároco

“Laudato Si” (Continuação) Campanha da Fraternidade Ecumênica 2016 Avaliação Bíblica / Humor / Agenda Paroquial Catequese Os Dez Mandamentos de Deus / Mãe Peregrina Processo de Renovação Ministerial Festa da Sagrada Família Festas de Agosto 2016 Festa do Divino Espírito Santo 2016 Capelas da nossa cidade (VI) Álbum dos Ex-Festeiros (72) / Expediente

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