Boletim Informativo da Paróquia São Roque "Igreja Viva e Peregrina" maio-junho 2016

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A LINHAGEM DE MARIA

Maio / Junho 2016 Ano XIX - nº 116

Publicação Bimestral da Paróquia São Roque - Diocese de Osasco

Basílica Nacional de Aparecida Queremos, neste pequeno artigo, apresentar um roteiro que possa ajudar os nossos leitores, principalmente, aqueles que têm em seu coração uma especial devoção a Nossa Senhora Aparecida e já visitaram ou pretendem visitar sua Basílica futuramente. O Concílio Vaticano II não tem um tratado especial e direto sobre Maria, a Mãe de Jesus. Maria é apresentada no mistério de Cristo e da Igreja, na Constituição Dogmática “Luz dos Povos” (Lumen Gentium - LG). Inspirados nesta luz, buscamos conhecer e apresentar as grandes mães e matriarcas que precederam Maria de Nazaré, e aproximá-las da mesma, de sua missão e de seu papel na Obra Redentora de Cristo. Seguiremos o roteiro catequético do artista plástico brasileiro Claudio Pastro exposto na Basílica Nacional de Aparecida. O Painel das Mulheres: Começamos pelo Painel das Mulheres. Um ponto bastante procurado na visita à Basílica é a Imagem da Mãe de Jesus no percurso denominado “Painel das Mulheres”. Nota-se neste painel, à luz da fé, como o advento de Cristo foi sendo lentamente preparado desde o Antigo Testamento. O olhar catequizado e atento vê, neste mural, dois grupos de mulheres mencionadas no AT. Quem são essas mulheres? Por que estão aí? O que elas têm a ver com Nossa Senhora da Conceição Aparecida? Qual é a intenção do artista plástico Claudio Pastro em confeccionar esse painel? Depara-se com dois grupos de mulheres, um à esquerda e outro à direita da Santa. Todas são filhas de Israel que desempenharam um papel de cuidado amoroso, de guarda atenta e de libertação junto a seu povo. São elas: Eva, Sara, Rebeca, Lia, Raquel e Miriam. São as grandes mães e matriarcas apresentadas no livro do Gênesis. No lado direito encontramos outro conjunto de mulheres. São mães e mulheres do período dos Juízes e da Monarquia: Débora, Rute, Ana, Abigail, Judite e Ester. Vale a pena dizer uma palavra sobre cada uma dessas mulheres para ver a ressonância na Mãe do Redentor. Eva Sara Rebeca Lia Raquel Miriam

Mãe de todos os viventes e desobediente Vê o filho Isaac carregar a lenha para o holocausto Mãe de Jacó, o último a nascer Primeira esposa de Jacó: Deus escolhe os últimos Segunda esposa de Jacó: Mãe de José vendido por 20 moedas Protege Moisés das garras do faraó

Débora Rute Ana Abigail Judite Ester

Juíza libertadora e “Mãe de Israel” Solidária com os fracos Apresenta Samuel no templo e o oferece ao Senhor Mulher muito sensata que intervém para salvar a própria casa Canta a derrota dos fortes pela ousadia dos fracos Rainha que intercede por seu povo

A Imagem da Santa: Entre os dois blocos de mães e matriarcas, rainhas e defensoras, encontra-se Maria, a mãe de Jesus, sob o título “Imaculada Conceição”. Nota-se o olhar atento a frase em torno da imagem: “O Espírito e a Esposa dizem: Amém. Vem, Senhor Jesus!” (Ap 22,17.20). Tratam-se das últimas palavras relatadas por João no Apocalipse. A Igreja, a Noiva do Cordeiro, simbolizada pela Virgem, espera pelo Noivo, o Senhor Jesus! O Santuário – A Nova Jerusalém: O Apocalipse termina com a imagem da Jerusalém Celeste. Como é descrita a Nova Jerusalém pelo autor do Apocalipse? Por dentro, a cidade é um novo paraíso, governada por Deus e pelo Cordeiro, em aliança com os homens. Um rio brota do trono de Deus e do Cordeiro. Este rio percorre toda a cidade. Na praça, há árvores da vida, sempre carregadas de frutos e suas folhas servem para curar as nações! (Ap 22,2) Nota-se também, que há apenas um culto. É o culto dos homens a Deus e a Jesus Cristo! Todos pertencem definitivamente a Deus e com ele reinarão para sempre. É exatamente esta ideia que a arte contida no Santuário quer transmitir. A edificação contém toda uma simbologia catequética. Claudio Pastro, a partir do Apocalipse, Cântico dos Cânticos e outros Livros Bíblicos, recria a simbologia do Paraíso reencontrado e reaberto em Cristo. Veremos alguns detalhes... O Altar: O próprio Santuário é símbolo deste paraíso! No meio, encontra-se Jesus, o cordeiro imolado. A ideia do artista é criar um grande jardim onde as pessoas de fé repousam, descansam e passeiam. No meio deste jardim, encontra-se o altar, o próprio Cristo, e sobre ele, a árvore da vida - na cúpula. Observa-se que o piso contém o formato das águas que batem na rocha, que é Cristo, e se expandem em direção aos quatro cantos da terra. O Crucificado: A grande Cruz vazada e pendurada representa o Ressuscitado! Onde não há nada, há tudo - Cristo. Invisível, no entanto, presente. O homem de hoje não tem centro e vive fragmentado, porque fragmentada é a sociedade. Ela não orbita em torno de Cristo, porém, do dinheiro. Um conjunto de 34 grandes painéis com cenas do Evangelho ornam o Santuário. O estilo neorromânico da Basílica favorece o ambiente litúrgico. Todo o revestimento é de tijolo. Aliás, a Virgem também é - barro cozido, avermelhado. Somos de barro! O que a arte sacra visa ensinar é que o centro da vida cristã é Cristo. Não há outro centro que ofereça vida nova. A arte serve como ferramenta para chegar à beleza do mistério. Ela é apenas um meio, não a beleza em si. É uma janela para o Aniversário Pe. Daniel Balzan Pág. 02 Olhando para o Futuro! Pág. 02 alto. Ela ajuda a visualizar e guardar o significado do mistério. Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo Pág. 02 As flores: Uma segunda coisa que se nota na Basílica, além dos Avaliação Bíblica / Humor / Agenda Paroquial Pág. 03 painéis bíblicos, são as flores de açucena, característica dos Cânticos, que Tríduo e Novena nas Comunidades Pág. 04 Pág. 05 o amado entrega à amada. A Igreja ama seu Esposo e caminha sempre em Tríduo e Novena nas Comunidades Retiro de Espiritualidade / Mãe Peregrina Pág. 05 sua direção para ficar a seus pés. Maria nos ensina como. Aconteceu na nossa Paróquia... Pág. 06 No entanto, devemos ter todo o cuidado para não deixar o Catequese / Os Dez Mandamentos de Deus Pág. 06 Festas de Agosto 2016 Pág. 07 devocionismo matar a própria fé. O cristão precisa da Palavra e, Festa do Divino Espírito Santo 2016 Pág. 07 à medida que dela se alimenta, se purifica e cresce em Cristo Capelas da nossa cidade (VIII) Pág. 07 Jesus e se faz irmão e irmã! Álbum dos Ex-Festeiros (74) / Expediente Pág. 08 Pe. Daniel Balzan - Pároco


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