Boletim Informativo da Paróquia São Roque "Igreja Viva e Peregrina" março-abril 2020

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A ÚLTIMA CEIA A PÁSCOA DE JESUS A edição deste número do Boletim Informativo coincide com o tempo da Páscoa do Senhor: sua Paixão, Morte e Ressurreição. É a Páscoa Cristã! Embora aconteça no mesmo tempo da páscoa judaica, o evento “Páscoa Cristã” é algo diferente!

Ano XXIII - nº 139

Sabe-se que Jesus instituiu a Eucaristia numa quinta-feira, na véspera de sua morte. Jesus sabia de sua morte iminente e que não mais poderia comer a páscoa com seus discípulos. Por isso, ele convocou os Doze para uma Última Ceia de caráter muito especial e particular, e que não se confundia com a ceia dos judeus. Tratava-se de uma ceia de despedida com algo diferenciado, único e novo. Por ocasião da Páscoa Judaica, a cidade de Jerusalém ficava cheia de peregrinos. Confluíam para lá grandes caravanas de romeiros provindas das mais remotas regiões. No entanto, Jesus não era um peregrino a mais, perdido na enorme multidão. Ele foi a Jerusalém propositalmente para cumprir seu destino. Sabia que aquela era a última Páscoa e que seu fim estava se aproximando. Chamou seus discípulos para algo diferenciado que não tinha revelado antes a ninguém. Os Doze não imaginavam nada de especial naquela ocasião a não ser celebrar a Páscoa Judaica! Era o 1º dia dos Ázimos (pães sem fermento) e os discípulos se aproximaram de Jesus e perguntaram: “Onde queres que façamos os preparativos para comeres a páscoa?” (Mt 26,17). A Festa dos Ázimos durava sete dias durante os quais se comia apenas pão sem fermento em lembrança do tempo da escravidão dos antepassados no Egito. Jesus enviou dois discípulos a seguir um homem que carregava uma bilha com água. Estes preparavam tudo numa sala grande, no piso superior da casa, conforme as orientações daquele cidadão (Mc 14,13-15). A intenção de Jesus era celebrar algo único, diferente e totalmente outro, jamais confessado antes! A atmosfera era familiar! Repentinamente Jesus surpreendeu a todos: “Eu vos asseguro, que um de vós vai me entregar, um que come comigo” (Mc 14,18). A fala de Jesus foi direta, deixando-os confusos e consternados. Sabia da traição e conhecia o traidor; acolheu-o à mesa consigo, deixando-o molhar o pão no mesmo prato. Judas entendeu o que Jesus insinuava e saiu bruscamente, abandonando o grupo. Foi neste momento que Jesus revelou o “novo”, fazendo daquela ceia, sua última, única e Nova Páscoa. E como Jesus fez isso? Tomando o pão e o vinho dizendo: “Tomai e comei” / “Tomai e bebei”. Assim fazendo Jesus se revelou como o verdadeiro Cordeiro; introduziu sua Nova Páscoa, diferente da judaica celebrada no templo de Jerusalém. Identificando-se com o pão repartido e o vinho oferecido, Jesus queria dizer: “Este sou eu!” Fez-se Sacramento, apresentando-se como o Servo de Javé e o Filho do Homem. Nisso consiste o “Novo” da Páscoa de Jesus. Repara-se aqui um detalhe que às vezes não é notado: Todos, menos ele, se alimentaram do “Pão repartido” e do “Vinho oferecido”! Jesus não se alimentou deste “Novo”; apenas ofereceu-se como alimento e como bebida. E insistiu: “Fazei isto em minha memória”! Aquela noite foi única e o que Jesus introduziu também foi único e totalmente novo. Instituiu SUA PÁSCOA. Nisto consiste a Nova Páscoa – Jesus Cordeiro! E os Discípulos guardavam este mando em memória deste grande gesto. Encontravam-se todo 1º dia da semana (Domingo) para celebrar este acontecimento sempre novo (Atos 20,7).

Março / Abril 2020

Lendo atentamente os relatos da “Última Ceia”, depara-se com diferenças quanto ao que Jesus falou sobre o pão e sobre o cálice. Os três Evangelhos Sinóticos (Marcos, Mateus e Lucas) e Paulo trazem expressões diferentes. Quais as palavras exatas de Jesus? Por que tais diferenças? a) Marcos: “Tomai, isto é o meu corpo” (14,22); “Este é o meu sangue da nova Aliança, que é derramado por muitos” (14,24); acrescentando: “Em verdade, não beberei mais do fruto da videira até o dia em que beberei o vinho novo no Reino de Deus” (14,25). b) Mateus: “Tomai, comei, isto é o meu corpo” (26,26); “Bebei dele todos, pois este é o meu sangue da nova aliança, que é derramado em favor de muitos, para a remissão dos pecados” (26,27); acrescentando: “Eu vos digo, de hoje em diante não beberei deste fruto da videira, até o dia em que, convosco, beberei o vinho novo no Reino do meu Pai”(26,29). Continua na Página 02... Pe. Daniel Balzan - Pároco

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