Boletim Informativo Online da Paróquia São Roque "Igreja Viva e Peregrina" (maio 2021)

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Edição Especial nº 27

Maio 2021 / Covid-19

O Divino Espírito Santo em tempo de Pandemia Entre as grandiosas festas que caracterizam a Paróquia São Roque, destaca-se a do Divino Espírito Santo. Trata-se de uma Solenidade que este ano acontecerá em 23 de maio. Éramos para celebrar grandiosamente como em outras épocas: Visitação do Divino às Comunidades da Paróquia e Paróquias vizinhas, Visita dos Devotos do Divino ao Santuário Nacional de Aparecida, Novena Diária na Matriz, Alvorada no dia da Festa, Procissão, Bando Precatório com a participação de crianças, Festeiros, Missa Campal, Bênção e Distribuição das Roscas, Nomeação dos Novos Festeiros e Transladação dos Símbolos do Divino até a Casa dos Novos Festeiros. Este ano não podemos celebrar assim. Mais uma vez, a COVID-19 nos privou de nossas festas e isto custa caro para nós, já que elas carregam consigo, por assim dizer, uma “magia” que nos irmana, emociona e prende. Nossas festas são únicas para nós. Elas nos transportam para o mistério e o trazem ao nosso alcance; irmanam-nos a multidões formando parentesco; mexem com nossos sentimentos, tocam nossos corações e nos prendem! Proporcionam-nos a experiência do Divino! É o segredo de nossas festas! São contagiantes, evangelizadoras e missionárias! Este ano, porém, tudo continuará como no ano passado. Nada de Festejos e aglomerações! Certamente, o distanciamento social, o permanecer em casa, o fechamento dos Templos causam um aperto interior, pois tudo isso nos priva de algo que é essencial para nossa vivência. Nosso coração não se satisfaz com qualquer coisa! A mente humana necessita da dimensão religiosa que consola, ilumina e oferece sentido para viver. Reconhece-se que os prejuízos sofridos não são apenas de caráter econômico, social e educacional; nem se restringem ao corpo e ao bolso. A pessoa humana, como um todo - Corpo, Psique e Alma - necessita da dimensão religiosa sadia para não mergulhar no caos existencial. Obviamente, não se trata aqui de estarmos fisicamente juntos todas as horas e dias da semana. Estar junto com o outro faz parte intrínseca do ser humano; fomos criados para a convivência. Somos seres sociais por natureza e, religiosa e teologicamente falando, formamos um rebanho, um povo, uma grande família, uma Igreja! O Senhor nos quer irmanados (Jo 10,14)! Mas, o que fazer quando as circunstâncias nos obrigam a manter o distanciamento social e evitar aglomerações? O que se propõe quando as pesquisas mostram que as Igrejas devem ficar fechadas para ajudar frear a Pandemia? A experiência mostrou que a “Igreja Doméstica” já é uma saída para este momento de crise. Daí o título de nossa reflexão: “O Divino Santo Espírito em tempo de Pandemia”! Ao longo da “Via Dolorosa” vivida pela Paróquia, deparamos que a fé ajuda muito num caminho tão exigente como este. Ela oferece sentido, alivia tensões e dá forças para suportar o peso da cruz. A fé e a pertença nos aproximam apesar do distanciamento imposto. Daí o sentido das Missas, Via-Sacra e Novenas à distância. Elas têm valor já que, em ambas as pontas, há gente ligada por opção, afeto e fé. Foi notório o testemunho de tantas pessoas simples que, nas Novenas Comunitárias, providenciaram seu altar doméstico, enfeitado com toalha branca, símbolos católicos e flores. Confesso, na qualidade de Pároco, vi nessas pessoas um “sacerdócio” batismal celebrando o mistério da fé no “santuário” doméstico! Reparei esse testemunho pela ambientação, pela reza e, principalmente, pela postura dos personagens. Certamente, isso não substitui o grande encontro presencial na Comunidade de Fé. Porém, proporciona uma alternativa para o momento atual. Isso é Graça, é Pentecostes! O Espírito do Senhor soprou sobre essas famílias seu “fogo iluminador” e continua agindo nos discípulos irmanando-os pelas redes sociais! As festas nas Comunidades terão também o acompanhamento do Espírito: Nossa Senhora de Fátima (Cambará), Santa Rita de Cássia (Vila Aguiar), Santa Rita de Cássia (Goianã), Santa Quitéria (Santa Quitéria), Nossa Senhora Auxiliadora (Saboó), Santo Antônio (Santo Antônio), São João Batista (Taboão) e São Pedro (Santa Cruz). O Espírito agirá nos Agentes de Pastoral, iluminando-os a preparar e conduzir essas novenas, fortalecendo, assim, as Igrejas Domésticas que são extensões da própria Comunidade. Desde já, agradeço os Ministros e outros Agentes de Pastoral que não medem esforços para continuar esta obra evangelizadora e missionária. Quando você posta algo na fé, num clima de oração e partilha, tudo isso é obra do Espírito Santo que sopra onde quer! Continue postando! Pe. Daniel Balzan - Pároco


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Edição Especial Maio 2021 (Covid-19)

Plantão Informativo Caro paroquiano, Maio é o mês tradicionalmente dedicado à Maria. Um mês especial, quando muitas das nossas Comunidades celebram suas Padroeiras: Nossa Senhora de Fátima, Santa Rita de Cássia, Santa Quitéria e Nossa Senhora Auxiliadora. Neste mês, também celebramos a Festa do Divino, com a Novena Diária e o Domingo de Pentecostes. Em junho, teremos ainda as Festas Juninas homenageando Santo Antônio, São João Batista e São Pedro. Porém, novamente este ano, devido à pandemia, todas estas festividades tiveram de ser adaptadas às circunstâncias atuais. Não poderemos celebrar como é o costume entre nós... Precisamos ainda manter o distanciamento social por um bem maior: a preservação da vida e o fim desta tempestade! Mas Jesus está ao nosso lado! Nossa fé não pode ser abalada! Embora distantes, somos uma Família - a Família Paroquial, que se irmana por meio do Pão da Palavra, da Eucaristia, da Caridade e da Missão (mesmo que virtualmente). As Novenas Virtuais, lives, rezas de terço e grupos de oração por aplicativos... Tudo isto mostra que somos uma Igreja dinâmica, viva e peregrina, que não se desanima de ir ao encontro dos irmãos mesmo diante das adversidades! Que Deus abençoe a todos que se dedicam para que a chama da fé não se esmoreça nos lares das nossas famílias. Que a vivência como “IgrejaDoméstica” seja um sinal e um testemunho da fé cristã! É o Espírito Santo suscitando em nossos corações!

Maria, Mãe de Deus, Modelo e Inspiração de Toda Mulher “E quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher, nascido debaixo da Lei, a fim de resgatar os que estavam debaixo da Lei, de modo que recebêssemos a adoção de filhos” (Gl 4, 4). Contemplando o dom singular dado por Deus a Maria – o de ser a Mãe do Senhor – percebemos o quão importante é o lugar que Ele coloca a mulher na história da salvação. O Papa João Paulo II afirmava que “Maria é bendita entre todas as mulheres, no entanto, em certa medida, toda mulher participa da sua sublime dignidade no plano divino”. A escolha da Mãe do Redentor recria e enriquece a natureza humana frágil e limitada, assim, Maria torna-se o ponto de encontro entre a riqueza da comunidade divina e a pobreza da sua condição humana. “Pois vocês conhecem a generosidade de Nosso Senhor Jesus Cristo: sendo rico, Ele se fez pobre por causa de vocês, para com sua pobreza enriquecer a vocês” (2Cor 8,9). No mistério da Encarnação, Maria é o lugar onde ocorre a troca admirável. Em seu corpo, o Filho de Deus tomou corpo humano com sua carne e sangue, Jesus recebeu a experiência do seu amor cotidiano ao compartilhar a vida com as suas limitações e dificuldades por muitos anos. A finalidade da existência de cada pessoa é determinada pela possibilidade da sua união com Deus em Jesus Cristo. Seguindo este pensamento, a mulher é a representante e o modelo de toda a humanidade, ou seja, representa aquela humanidade que é própria de todos os seres humanos, sejam eles homens ou mulheres. Se perdermos de vista este fato, surgem visões errôneas que desprezam o papel da mulher em relação ao homem, desvalorizando suas capacidades, colocando-a em uma escala inferior. Como ainda somos influenciados por uma concepção patriarcal e machista, a mulher ainda tem a sua condição real desvalorizada e chega-se muitas vezes ao extremo de considerá-la objeto e propriedade (daí tantos casos de feminicídio). Torna-se urgente descrever a mulher a partir de uma antropologia centrada no humano, realista, unificadora, igualitária e de companheirismo.

Festa do Divino Espírito Santo 2021 Aos queridos Festeiros do Divino 2021, Marilza e Alessandro, com muito carinho, a Paróquia São Roque agradece pelo empenho e dedicação ao longo destes dois últimos anos. Como Igreja, experimentamos uma Festa muito diferente daquela planejada em 2019 quando vocês embarcaram nesta missão; mas temos a certeza de que saímos muito mais fortalecidos e animados pelo Espírito Santo de Deus!

Neste tempo especial, o lema das Festas do Divino falou por si só: “Sede, pois, imitadores de Deus... enchei-vos do Espírito” (Ef 5,1.18). Que Deus abençoe sempre a família de vocês e que o Espírito Santo continue a conduzi-los! Thaíza Thiemi Kono (Setor 05 - Comunicação)

Expediente: Publicação da Paróquia São Roque - Diocese de Osasco Edição Especial nº 27 - Maio 2021 - Covid-19 Coord. e Diagramação: Thaíza Thiemi da Luz Diez Vecino Kono Colaboradores: Pe. Daniel Balzan, Frei Salinho, Festeiros de Agosto e do Divino 2021 E-mail: comunicapsr@gmail.com / Telefone: (11) 4712-5391 Redes Sociais: Facebook e Instagram fb/saoroqueparoquia @saoroqueparoquia Versão Digital

A figura de Maria manifesta uma tão grande estima de Deus pelas mulheres, que qualquer forma de discriminação fica sem base teórica. Contemplando a Mãe do Senhor, as mulheres vão entender melhor a sua dignidade e a grandeza de sua missão. Mas os homens, à luz da Virgem Mãe, poderão ter uma visão mais completa e equilibrada da sua identidade e do valor e respeito que devem ter por todas as mulheres. O evento da Encarnação, em que o Filho, “consubstancial ao Pai”, homem nascido de mulher, constitui o ponto culminante e definitivo da autorrevelação de Deus e de sua redenção à humanidade. A mulher, então, está no coração deste evento salvífico, porque de uma mulher, Maria, o Filho de Deus se fez homem, com necessidade de seu corpo, de sua vida para nascer. Ela, como toda mulher tem a capacidade de gerar, acolhendo em seu corpo o novo ser. Constitutivamente seu corpo está condicionado para receber a vida e acolhê-la na interioridade. Colabora com sua gestação, alimentando-o com o seu sangue e distinguindo sua alteridade, é um ser diferente, embora esteja “dentro” do seu corpo. Assim, o corpo da mulher é um “espaço aberto” que pode ser habitável e onde ela mantém, protege e nutre a criatura. Pode se dizer que o interior da mulher é a primeira morada de cada ser humano, seja homem ou mulher. Em Maria, a maternidade do Filho de Deus é um dom, o fruto do Espírito Santo, e sua vida é entendida a partir desse mistério. O “espaço interior” onde a vida se gesta contém características como o calor, ternura, amor, paciência, tempo de fecundidade, doação de si mesma com risco de vida, capacidade de dar à luz e de sofrer. No seu ventre vive o Deus vivo, o autor da Vida naquela mulher, criatura criada com a capacidade de gerar e ser mãe. Maria é mulher e nela Deus dignificou todas as mulheres em dimensões inimagináveis. Em Maria, o Evangelho penetrou a feminilidade, a redimiu e exaltou. Maria é uma garantia de grandeza feminina, mostra a forma específica de ser mulher, com essa vocação de ser alma, entrega que espiritualiza a carne e encarna o espírito. No ventre de Maria se inaugura uma nova aliança com a humanidade, porque graças ao seu “sim”, o Filho pôde se tornar homem e dizer ao Pai: “(...) me formaste um corpo. Aqui estou, vim para cumprir, ó Deus, a tua vontade” (Hb 10, 5-7). A virgindade e a maternidade (consagração total a Deus) coexistem nela, assim como o ser esposa e filha, de modo que sua figura é próxima a cada ser humano. Maria é mulher comum e extraordinária ao mesmo tempo, uma verdadeira filha de Eva e verdadeiramente a nossa irmã, gente como a gente, que compartilhou em tudo, como mulher humilde e pobre, a nossa condição. Frei Francisco Sales, OCD (Frei Salinho) - Centro Teresiano de Espiritualidade


Edição Especial Maio 2021 (Covid-19)

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Festa do Divino Espírito Santo 2021 Preparação para Pentecostes Nós nos preparamos para o Natal durante as quatro semanas de espera (conhecidas como Advento). Preparamo-nos também para a Páscoa, passando pela jornada de 40 dias no deserto da Quaresma. O período alegre da festa da Páscoa deve ser uma forma de Quaresma (penitência / preparação) e Advento (espera alegre), quando nos aproximamos da festa do dia em que a nossa Igreja começou sua missão: o Pentecostes. Não precisamos ficar em um Cenáculo como Maria e os Apóstolos para aguardar o Espírito Santo. Mas, neste tempo de preparação, recordamos a primeira festa com a Peregrinação e a Novena do Divino Espírito Santo, que também nos leva a celebrar o fato de que o Espírito Santo já está conosco, com todos nós, sempre. A celebração anual deste dia santo deve ser uma oportunidade para iniciar ou renovar nosso compromisso com a missão que nos foi dada como filhos de Deus. Como? Aqui há sete maneiras para prepararmos nosso coração para o Pentecostes e ficarmos mais conscientes do trabalho do Espírito em nossa vida e no mundo. 1. Descubra a data da sua Crisma. O Papa Francisco nos encoraja a descobrir nossa data de Batismo e a celebrar esse dia, que marca o momento em que nos tornamos parte da igreja de Cristo e nos libertamos do pecado original. Da mesma forma, não deveríamos celebrar o dia em que escolhemos abraçar nossa fé por nossa própria vontade, e ser um enviado para contar a todos a boa nova? O sacramento da Confirmação é um evento único, com efeitos da vida. Ore com o seu padrinho ou madrinha de confirmação, se ele ou ela estiver disponível. Caso contrário, reze por eles. Diga ao Espírito Santo “obrigado” por ter vindo como um dom de Deus e um advogado para nós.

2. Relembre os dons do Espírito Santo: sabedoria, entendimento, piedade, ciência, conselho (julgamento correto), fortaleza e temor de Deus. Peça ao Espírito Santo para ajudá-lo a examinar seus próprios carismas e dons e orientar o que a vontade de Deus espera de você. 3. Peça ao Espírito Santo para guiá-lo através de um exame de consciência e preparese para receber o sacramento da Penitência. 4. Participe da Novena mais antiga da Igreja, a Novena do Espírito Santo. Para promover e encorajar a devoção à terceira pessoa da Trindade, a Igreja oferece indulgências ligadas a essa devoção. 5. Ajude a renovar a face da Terra. Nós somos o corpo de Cristo e cada um de nós é um hospedeiro do Espírito Santo. Quando os apóstolos receberam o dom do Espírito no Pentecostes, eles saíram e falaram sobre sua fé, sobre o homem que amavam, que era Cristo. Eles já não temiam por proclamar suas crenças. Eles compartilhavam o que tinham e o que sabiam com todos os que encontravam. Saia e compartilhe sua fé com alguém. Chame alguém de volta. Não tenha medo de falar. 6. Deixe o Espírito Santo feliz. Passe algum tempo servindo a Deus ao servir aos outros. Execute trabalhos de misericórdia corporais ou espirituais em sua casa e/ou comunidade. Reze uma oração ao Espírito Santo. 7. Passe algum tempo agradecendo à Trindade. Uma das maneiras mais fáceis de fazer isso é pegar seu terço e simplesmente dizer: “Obrigado, Deus-Pai” em todas as contas. Depois, “Obrigado, Jesus Cristo, o Filho” em todo o caminho do Rosário e, finalmente, “Obrigado, Espírito Santo” em todas as contas. Faça isso como parte da adoração, se possível. É difícil não se sentir cheio de gratidão quando terminar o exercício.

Agende aí... F Novena Diária: 13 a 21 de maio, às 19h00 F Pentecostes: dia 23 de maio, às 09h00 Agende a sua participação presencial ou acompanhe pelas redes sociais da Paróquia. Tenha um excelente Pentecostes! Espírito Santo de Deus, iluminai-nos, santificai-nos e conduzi-nos! Viva o Divino Espírito Santo!!! José Alessandro Motta e Marilza Gasparello Mota Festeiros do Divino Espírito Santo 2021

Festas de Agosto 2021 “Ide, pois, fazer discípulos” (Mt 28,19) O mundo, e em especial o Brasil, passa por um momento muito difícil, assolado por esta pandemia do Coronavírus. Essa pandemia atinge a todos sem distinção, de forma espiritual, emocional e econômica. Estamos perdendo entes queridos, mas temos que manter a esperança. A esperança deve ser a mola a nos impulsionar para frente. Cristo deve ser nossa esperança! Cristo venceu a morte e, como ressuscitado, Ele está ao nosso lado e caminha conosco. Devemos cada vez mais buscar seguir a Jesus, pois Ele é o caminho e a luz a ser seguida para superarmos esse momento difícil. No final do túnel já existe uma luz, a vacina, que pouco a pouco nos libertará desse vírus e, com as feridas curadas, prosseguiremos em nossa caminhada. Unidos a Cristo ressuscitado e aos nossos Padroeiros, sigamos o exemplo dos pescadores, que com suas redes, resgataram do rio as partes da imagem de Nossa Senhora Aparecida. As partes recuperadas puderam ser trazidas para o barco e então novamente unidas em um só corpo.

Lancemos nossas redes sobre o rio, a fim de resgatar os necessitados, os afortunados, os indiferentes, os sem esperança, os separados por ideologias e trazê-los para o barco, onde a irmandade, a caridade, a acolhida, o amor e a esperança possam novamente uni-los em um só corpo, em um só povo, e desta forma possamos vencer essa pandemia e ressurgir como um povo unido nos valores de Nosso Senhor Jesus Cristo. Assim, faremos com que esse barco chamado Brasil, volte a navegar em águas calmas, e que o vento soprado por Nosso Senhor Jesus Cristo e pelos nossos Padroeiros Nossa Senhora da Assunção e São Roque nos levem novamente para o alto mar. Alto mar da prosperidade e da união. Viva Nossa Senhora da Assunção! Viva São Roque! Próximas Missas da Novena Mensal: Dias 16 de maio e 16 de junho, às 19h00 Sérgio e Mari Dineri, Marcelo e Rosana Festeiros de Agosto 2021


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Edição Especial Maio 2021 (Covid-19)

Maria dentro das Festividades do Divino Espírito Santo Acima de tudo a Caridade! - Estamos no mês de maio, mês de Maria e das Mães! Homenageamos, na Missa do dia 1º de maio, Maria dentro dos preparativos das festividades do Divino Espírito Santo. Já que não foi possível a visita ao Santuário Nacional de Aparecida, os Festeiros sugeriram um encontro com a Mãe de Jesus na Matriz da Paróquia. Obviamente, a costumeira ida dos devotos do Divino ao Santuário nunca foi turística, apesar dos cafés deliciosos servidos e da parada no “Rancho da Pamonha” para coroar o dia com saborosas guloseimas! Qual a finalidade de nossa visita à Casa da Mãe nesta temporada? O objetivo é acompanhar Maria no Cenáculo à espera de Pentecostes! Lucas relata que os Apóstolos e algumas mulheres, entre elas Maria, mãe de Jesus, costumavam se reunir na “sala de cima”: “Todos eles perseveravam na oração em comum junto com algumas mulheres - entre elas, Maria, mãe de Jesus - e com os irmãos dele” (At 1,14). Isto acontecia a partir da Morte / Ressurreição do Senhor. Foi aí que surgiu a 1ª Comunidade Cristã Apostólica. Era um tempo de muita união, muita oração e presença assídua. A Mãe de Jesus era membro atuante na primeira Comunidade Cristã. Preparavam-se para Pentecostes! Desta vez, em razão da pandemia, a Mãe de Jesus veio visitar os Devotos do Divino na Paróquia. A Santa veio até nós e se hospedou na Igreja Matriz já que Ela se sente bem com os amigos do Filho Jesus! Veio até nós para estar conosco e nos ensinar a melhor maneira de esperar a chegada do Espírito Santo: irmanados na oração e comunhão fraterna. E quem nos acompanhou pelas redes sociais reparou o arranjo no presbitério trazendo o Santuário de Aparecida e a Santa. A Virgem Mãe Aparecida é o símbolo do povo brasileiro já que a história do seu achado foi singular. Foi resgatada das Águas do Rio Paraíba do Sul em 1717. Queremos, nesta reflexão, homenagear a Nossa Mãe do Céu e, ao mesmo tempo, confiar a Ela as famílias de nossa Paróquia e do Brasil que passa por momentos muito difíceis. A Ela acorremos como filhos de Eva neste vale de lágrimas. Sua presença nos ampara e fortalece. É bom saber que a história da Santa traz lição para nós neste momento tão turbulento. Dias atrás, em sua mensagem ao episcopado brasileiro por ocasião da 58ª Assembleia Geral à distância, o Papa Francisco nos lembrou de sua última visita presencial ao Santuário em 2013. Ele disse: “A Imagem da Santa foi achada em pedaços.

O que estava dividido voltou a ser um! Mantenham-se unidos!” Foi graças à fé e à firme vontade de um dos pescadores que a Santa foi refeita! As partes foram conservadas e repostas. Assim, a Santa recobriu sua unidade primordial, ganhando um novo e extraordinário valor que a tornou “Aparecida”. O que estava dividido voltou a se unir; de vários pedaços se fez uma unidade! Ora, isto é propício e oportuno para o momento difícil e delicado que o Brasil passa. Vivemos circunstâncias beligerantes, divisões ideológicas antagônicas e desunião nacional. Não bastasse isso, o país é atingido por uma pandemia cruel e persistente. Afirma Francisco em sua última Encíclica Fratelli Tutti: “O Mundo necessita da cultura do encontro que supera as dialéticas que colocam um contra o outro” (FT 215)! Reconhece que a Paz social é laboriosa e artesanal (FT 217); que o “Mundo carece de líderes capazes de conduzir pelo caminho da Cultura do Encontro! Faltam figuras referenciais que, por seu testemunho, levam a fechar feridas nos próprios países e no próprio mundo! Faltam artesãos e arquitetos da paz mundial” (FT 225). A Imagem da Santa traz este ensinamento: a cultura do encontro é o caminho! Sem unidade não há família, não há Igreja, não há Nação! Santo Agostinho dizia: Nas coisas essenciais, a unidade! Nas coisas que não são tão essenciais, a liberdade! Acima de tudo, porém, a caridade e o respeito! Portanto, a atual crise é oportunidade para recriarmos o nosso futuro!

31 Dias de Oração - Na Maratona com Francisco! Nesta partilha, queremos pegar carona com o Papa Francisco em sua maratona de oração pelo fim da pandemia. O Santo Padre, no intuito de marcar presença atuante e solidária junto à humanidade ferida pela Covid-19, convoca o mundo a orar com Maria a partir dos diversos santuários a ela dedicados espalhados pelo mundo. Foram escolhidos 30 santuários marianos de todos os Continentes, sendo eles lugares privilegiados de espiritualidade mariana em seus países. Obviamente, os santuários marianos são muito mais que 30. No entanto, foram escolhidos alguns conforme seu simbolismo e importância regional. São santuários representativos para dirigir a oração mariana em um dia do mês de maio. A abertura da maratona aconteceu na Basílica Vaticana de onde Francisco convidou as Igrejas Particulares (dioceses) no mundo católico a estarem juntas com Maria em clima de cenáculo: “Todos eles perseveravam na oração em comum, junto com algumas mulheres - entre elas, Maria, mãe de Jesus - e com os irmãos dele” (At 1,14). Portanto, orar com Maria em ambiente de santuário. Ora, as palavras “cenáculo” e “santuário” têm muita coisa em comum. Ambas apontam para o aconchego, à familiaridade e à proximidade das pessoas. Isto é o que o Santo Padre quer: uma Igreja irmanada, na companhia de Maria, vivendo o grande mandamento. Esta atitude de Francisco nos leva ao episódio do casamento em Caná da Galiléia quando Maria reparou que faltava vinho para a festa: “Eles não têm vinho” (Jo 2,3). O que esta atitude da mãe de Jesus sugere? Como relacionála com o gesto de Francisco? Certamente, Maria conhecia bem os noivos já que eram familiares e tinha acesso a todas as dependências da casa onde se realizava a festa. A festa demorava uma semana e reunia praticamente o povoado inteiro daquelas pequenas vilas. Tudo era preparado com antecedência, providenciando estoques de vinho e de comida. No entanto, o vinho veio a faltar e Maria disse ao filho: “Eles não têm vinho”! (Jo 2,3). O que esta atitude sugere? O que uma leitura atenta do texto bíblico insinua? Por que Maria tomou esta iniciativa e encaminhou os discípulos a Jesus? Nota-se, por trás das palavras, uma presença marcante, atuante e inquieta. Maria se comporta como alguém solidário com os donos da festa. Por isso, confidencia a seu filho já adulto: “Eles não têm vinho”. Não se trata apenas de um comentário ou uma informação. Quis envolver o filho: afinal os noivos eram parentes de Jesus. Mas ela recorre ao filho, porque

sabia do mistério silencioso que o envolvia desde o seu “sim” ao Anjo! Então assume a postura de alguém corresponsável pela festa: “Não têm mais vinho”! Assim se comporta Francisco neste momento difícil que o mundo passa! Dirige-se à Maria na qualidade de alguém preocupado com o destino da humanidade, como que lhe confidenciando: “O Mundo padece. Não tem vacina”! Recorre à Maria na atitude de filho que confia plenamente em sua mãe já que ela é seu porto seguro. Uma curiosidade que se nota na realização desta maratona mariana é que ela não segue um percurso regional ou continental. Foi planejada no intuito de atravessar continentes, passando por santuários marianos em diversos países. Todos os continentes são contemplados: Europa, África, Ásia, América e Oceania. Porém, não numa ordem sequencial geográfica, mas num entrelaçamento mundial, criando uma espécie de rede mariana envolvendo o Planeta Terra! Costura-se assim uma “teia” ou, melhor dizer, um “bordado” com as cores e detalhes de Francisco. Uma teia que teve início na Basílica de São Pedro, perpassando por santuários distantes, cruzando oceanos, visitando povos, irmanando raças. É a característica de Francisco! Maria está presente em todos os lugares do mundo, aproximando nações, valorizando costumes, falando idiomas e linguajares; fazendo morada entre brancos, negros, amarelos e vermelhos já que todos são filhos do mesmo Pai que está nos céus. A Ela nós acorremos orando pelo fim da pandemia e a retomada das atividades sociais e profissionais. Cada noite da maratona, terá a reza do rosário e os destinatários do oferecimento da prece: pessoas e classes sociais que não devem ser esquecidas na pandemia, principalmente, as vítimas diretamente atingidas. O Santo Padre dirige o nosso olhar para algo global e apresenta um elenco longo e abrangente de pessoas pelas quais o mundo deve orar, desde os que desenvolveram as formas mais graves da doença, os que morreram, até os que realizam gestos singelos para amenizar o peso da cruz que pesa nos ombros de multidões. Termina o encontro fazendo uma prece belíssima à Mãe de Jesus. O horário da transmissão no Brasil será sempre às 13h00. O término da maratona acontecerá no dia 31 de maio, nos Jardins do Vaticano. Participe desta Maratona Mariana! Maria, concebida sem pecado! Rogai por nós que recorremos a Vós! Pe. Daniel Balzan - Pároco


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