Natal 2018
O Presépio da Matriz Todos os anos a Paróquia São Roque prepara o seu presépio na Igreja Matriz para a contemplação e apreciação dos fiéis e de outros visitantes que, eventualmente, estejam visitando a cidade por ocasião das festas natalinas. Trata-se de uma obra de arte do Sr. José Carlos Dias Bastos (Zé do Nino) e sua equipe. O presépio deste ano contempla duas partes. O lado esquerdo (sacristia) traz a cidade típica do interior no passado: a Capela no alto, a folia do Divino Espírito Santo e as casas iluminadas. Na parte inferior, destaca-se a vida rural de então: o burro carregando produtos do campo, o monjolinho e o moinho de água, os rebanhos confinados e as matas. Alguns detalhes merecem atenção nesta parte do presépio: a Capela e as casas acesas, e o grande sino. É noite! Noite especial, pois o Salvador está para chegar. O sino anuncia a grande notícia: “Nasceu o Salvador do Mundo. É tempo de ir ao encontro dele”! Trata-se de uma réplica do Sino do Novo Milênio do Papa São João Paulo II, por ocasião da virada do Milênio (2000). O toque festivo do sino demonstra alegria e chama a nossa atenção que é hora para festejar a presença de Deus no Menino que acabou de nascer. Repica também para comemorar os trinta anos da criação da Diocese de Osasco e os sessenta anos da aquisição dos sinos da Matriz de São Roque. O lado direito (Capela do Santíssimo) contempla a visita dos Magos e dos Pastores ao Menino Jesus. Os Sábios do Oriente saíram de sua terra distante à procura de Alguém muito especial. Seguiam sua estrela que os levou para Belém. Era uma conjunção de planetas que apontava para a terra dos judeus. Aquele fenômeno natural suscitava neles uma busca atuante: “Quem é este Alguém cuja estrela apareceu no firmamento”? Motivados por esse sinal, iniciaram uma longa viagem em direção à terra dos Judeus. Despontava neles a vontade de ir ao encontro de Alguém desconhecido. Não se sabe quantos eram esses sábios. Poderiam ter sido cinco ou mais. Afinal, a viagem era longa e perigosa; e as pessoas viajavam em grupos por questão de segurança. A Tradição diz que eram três: Gaspar, Melchior e Baltasar, devido ao número de presentes oferecidos. O número três, talvez, venha indicar os continentes até então descobertos: a Europa, a Ásia e a África. Qual o significado desses sábios? O Evangelista Mateus quer ensinar que todos os povos são chamados a conhecer o Salvador da Humanidade. Jesus veio para todos. Ele é o Emanuel, o Grande Presente que o Pai Eterno oferece à Humanidade. O Menino cuja estrela apareceu no Oriente se encontra envolto em faixas, deitado numa manjedoura. Maria, José, os pastores e os Magos contemplam o Recém-Nascido e o adoram. Dignos de observação são os passarinhos que construíram seus ninhos no presépio, na casinha de Jesus. Esta cena traz a reflexão do Salmista ao contemplar Jerusalém e o Templo: “Quão amável, ó Senhor, é vossa casa, quanto a amo, Senhor Deus do universo! Minha alma desfalece de saudades e anseia pelos átrios do Senhor! Meu coração e minha carne rejubilam e exultam de alegria no Deus vivo! Mesmo o pardal encontra abrigo em vossa casa, e a andorinha ali prepara o seu ninho, para nele seus filhotes colocar: vossos altares, ó Senhor Deus do universo! Vossos altares, ó meu Rei e meu Senhor!” - Salmo 83, 2-4. Ao contemplar este presépio, aproxime-se de Jesus na manjedoura e, num gesto de humildade, curve-se diante do Menino. Coloque-se em sua presença na companhia de Maria, José, dos pastores, dos Magos, do burrinho, do boi e dos passarinhos. Diga com o salmista: “Quão amável é vossa casa, ó Senhor”!
Edição Especial nº 18
Pe. Daniel Balzan - Pároco