Comunicare 198

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Informativo Interno nº 198 - abril de 2017

Alunos da UFABC disputam torneio internacional de Física na Suécia

Tênis de mesa: atletas olímpica e paralímpica inauguram novas mesas da UFABC

Projeto de extensão trabalha interfaces entre educação, audiovisual e direitos humanos

CineArte em abril: Blade Runner e Cinema ao ar livre

Editora da UFABC divulga o livro 'Filosofia latino-americana a partir de Enrique Dussel'

Brigada de Incêndio da UFABC recebe novos treinamentos


Informativo Interno da Fundação Universidade Federal do ABC nº 198 – abril de 2017

Alunos da UFABC disputam torneio internacional de física e classificam-se em 1º lugar na América Estudantes da Universidade representaram o Brasil no 9th International Physicist’s Tournament (IPT), competição mundial realizada na Chalmers University, na Suécia. Trata-se da primeira vez em que uma equipe brasileira foi selecionada para a fase final desse torneio, que aconteceu de 8 a 13 de abril, com a participação de times de 17 países. Os competidores tiveram de propor respostas para 17 enigmas físicos, para os quais a ciência ainda não conseguira apresentar solução. As questões referiam-se a acontecimentos cotidianos, fenômenos curiosos ou desafios da física, como projetar uma Aurora Boreal, analisar a altura de uma pipoca estourando só pelo som emitido ou, ainda, desvendar como um policial consegue descobrir o excesso de velocidade de um carro e multá-lo, apenas pelo barulho do motor. “A nossa ideia principal, sendo a primeira equipe do Brasil a participar, é conseguir motivar os outros

alunos no estudo da física e ciências exatas”, conta o estudante Matheus Pessôa. “Queremos mostrar como a física está presente na vida das pessoas. Queremos trazer palestras e seminários para escolas e dizer como resolvemos os problemas. Pensamos em ir a escolas públicas para estimular esse aprendizado. Todo mundo tem um momento especial que motivou a pessoa a estudar física." Além de Matheus, integram a equipe os alunos André Martins de Moraes, Henrique dos Santos, Isabella Bijotti, Pedro Sardelich e Ricardo Gitti. No dia 13 de abril, ocorreu a cerimônia de encerramento do torneio, com a divulgação da classificação final e a entrega dos prêmios. A equipe da UFABC (Brasil) classificou-se em 1º lugar em toda a América, superando representantes de países como Estados Unidos, Colômbia e Venezuela. Na classificação geral, ocupou o 11º lugar, colocação notável dentre os times estreantes no IPT.

Assessoria de Comunicação e Imprensa Com trecho extraído de reportagem publicada pela Revista Galileu.

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Com a palavra: Prefeitura Universitária Brigada de Incêndio A Prefeitura Universitária, por meio da Divisão de Segurança do Trabalho, e com apoio da SUGEPE, está realizando treinamentos da Brigada de Incêndio da UFABC, nos meses de abril e maio. Os treinamentos objetivam capacitar os Brigadistas a atuarem nas edificações e áreas de risco da Universidade, visando a prevenção e o combate a princípios de incêndio, abandono de

áreas, primeiros socorros e, em casos de sinistros, a proteção à vida, ao patrimônio público e a redução de danos ao meio ambiente, até a chegada do serviço especializado (Corpo de Bombeiros). A Brigada de Incêndio é um grupo organizado, composto por pessoas treinadas para atuar na prevenção e no combate a princípios de incêndio, abandono de áreas e primeiros socorros. Essa

Fotos: Divisão de Segurança do Trabalho

Foto 1. Treinamento da Brigada de Incêndio

equipe, sendo bem dimensionada e preparada, deverá ser capaz de executar perfeitamente o plano de emergência do local, tendo como prioridade a preservação da vida dos ocupantes e de outros Brigadistas. A Turma I da Brigada de Incêndio da UFABC já realizou o seu treinamento no dia 5 de abril; outras duas turmas serão treinadas no próximo mês, com datas agendadas para os dias 3 e 5 de maio. É muito importante que todos os servidores e demais membros da comunidade universitária participem, para que a Brigada de Incêndio possa atingir os resultados almejados.

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Os interessados poderão obter maiores informações com a Divisão de Segurança do Trabalho da Prefeitura Universitária, por e-mail ou telefone (segurancadotrabalho@ufabc.edu.br / Ramais: 7187 e 7186). Ressaltamos que um dos pontos mais importantes em casos e situações de emergência é a retirada das pessoas o mais rápido possível, garantindo que não ocorram outros incidentes e acidentes durante o abandono da edificação. Para que a saída ocorra de forma eficiente, são necessários treinamentos constantes e o cumprimento das seguintes orientações de segurança:


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Foto 2. Treinamento da Turma I - Brigada de Incêndio da UFABC

Dicas de segurança em casos de incêndio  Pegar

somente pertences pessoais e nunca retornar ao prédio para buscar outros objetos;  Desligar equipamentos elétricos;  Não acender ou apagar as luzes;  Manter a calma, evitando

tumultos e pânico;

 Dirigir-se ao local determinado

pelo Brigadista, segundo o plano de emergência;  Nunca utilizar elevadores;

 Seguir as sinalizações de rota

de fuga corretamente;

 Não interromper a descida por

nenhum motivo;  Não fumar;

 Ao chegar ao andar térreo,

encaminhar-se ao ponto de encontro;  Manter silêncio e aguardar a

contagem e outras orientações dos Brigadistas;  Caso tenha conhecimento de

algum servidor faltante, avisar o coordenador do andar;  Andar em ordem e permanecer

em fila indiana, evitando dispersões;

 Obedecer as orientações dos

componentes da Brigada de Incêndio;  Manter as ruas e acessos

de entrada livres para ação dos bombeiros e médicos socorristas.

Sempre que presenciar uma situação de emergência e princípio de incêndio: Imediatamente acione a botoeira de alarme de incêndio mais próxima. Ao ouvir o alarme: Fique atento e siga as instruções dos Brigadistas. Divisão de Segurança do Trabalho da Prefeitura Universitária Ramais: 7187 (SA) / 6049 (SBC) Telefones de Emergência:

911 ou 112

Prefeitura Universitária Envie suas sugestões para comunicare@ufabc.edu.br


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Tênis de mesa: atletas olímpica e paralímpica inauguram novas mesas da UFABC

Fotos: ACI

Material doado pela confederação da modalidade amplia prática do esporte nos campi. Ação integra parceria da UFABC com a Confederação Brasileira de Tênis de Mesa

A comunidade universitária ganhou novas opções para a prática do tênis de mesa com o material entregue pela confederação da modalidade, no dia 3 de abril, durante cerimônia realizada no Campus Santo André. As três mesas doadas pela Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM), fruto de parceria entre a UFABC e a entidade, ficarão à disposição da comunidade no piso vermelho do Bloco A e, futuramente serão alocadas no Bloco E, que abrigará as principais instalações esportivas da Universidade. O material recebido soma-se à mesa da Associação Atlética Acadêmica XI de Setembro (AXIS), até então a única disponível para a prática do esporte na UFABC. As atletas Caroline Kumahara, que esteve na última Olimpíada, no Rio de Janeiro, e Bruna Alexandre, natural de São Bernardo do Campo e medalhista paralímpica, participaram da entrega das mesas. Depois dos discursos dos representantes das partes envolvidas na parceria, Caroline e Bruna exibiram toda a técnica que as tornou atletas internacionais nas novas mesas. Além de jogarem entre si, em uma breve exibição,

as atletas convidaram a plateia para confrontá-las. Muitos membros da comunidade, a maioria alunos, toparam o desafio e foram às mesas jogar e tentar deter o saque das atletas. Entusiasta do esporte e ex-jogador, o professor Javier Acuña enfrentou Bruna e Caroline em uma das mesas. A Pró-Reitoria de Assuntos Comunitários e Políticas Afirmativas (ProAP) intermediou a doação das mesas para a Universidade, por meio da sua Seção de Esportes e Lazer. A ideia é incentivar e ampliar a prática da modalidade nos campi. Atualmente, cerca de 40 alunos praticam o esporte regularmente na UFABC. “Além da parceria, o evento simboliza os esforços da UFABC e da ProAP para estimular a prática esportiva entre nós, da comunidade acadêmica, além de nos possibilitar assistir à exibição de atletas renomadas, como a Caroline Kumahara e a Bruna Alexandre”, afirmou o Pró-Reitor de Assuntos Comunitários e Políticas Afirmativas, Fernando Costa Mattos.

ProAP Envie suas sugestões para comunicare@ufabc.edu.br


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UFABCiência A relação entre movimentos sociais e políticas públicas: um estudo de caso sobre as Madres de Plaza de Mayo

UFABCiência - Qual o tema da sua pesquisa? Laís - A relação entre movimentos sociais e políticas públicas, a partir de um estudo de caso sobre as Madres de Plaza de Mayo, movimento popular surgido durante a ditadura militar argentina e que visava encontrar filhos desaparecidos, ativo até os dias atuais e considerado um ator de políticas públicas. UFABCiência - Por que escolheu estudar esse tema? Laís - Por se tratar de uma temática ainda pouco abordada dentro dos estudos de Políticas Públicas,

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que estão muito centrados na análise e avaliação de políticas. Analisar um movimento social que está fora do processo institucionalizado de implementação de políticas públicas permite que a sociedade tenha a percepção de que não é somente o poder público o responsável pela criação, implementação e avaliação de uma política. Estudar as Madres de Plaza de Mayo também faz com que o debate acerca da democracia seja retomado, deixando sempre viva essa história, para que nunca mais aconteça. Além disso, a maioria dos estudos encontrados sobre as Madres estavam relacionados aos direitos humanos e também à psicologia; não foi encontrado nenhum


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estudo que falasse sobre sua trajetória mais recente, mais especificamente sobre seu engajamento com projetos de políticas públicas. UFABCiência - Como realizou? Laís - Foi realizada uma revisão bibliográfica da temática, a respeito das teorias dos novos movimentos sociais, a fim de verificar suas características e de que forma as Madres enquadram-se ou não nesses estudos. Também foi realizada uma reconstituição e análise dos 39 anos de luta das Madres, a partir de documentos, declarações oficiais e outros artigos e notícias que contribuíram para traçar mudanças em seu discurso ao longo dos anos. Essa análise permitiu verificar os momentos em que estiveram mais próximas ou distantes do Estado, de forma a traçar um panorama de como essa relação influenciou na criação de seus projetos de políticas públicas. Para complementar o estudo, foi realizada uma pesquisa de campo na Argentina, para entrevistar as Madres e os beneficiados por suas políticas públicas, bem como outras figuras importantes para entender sua trajetória. Na ocasião, também foram visitados alguns de seus projetos, a fim de colher mais material para a realização do estudo.

PERFIL

UFABCiência - Quais foram os resultados alcançados? Laís - Foi possível compreender o porquê de as Madres terem permanecido como um movimento social ativo mesmo com o fim da ditadura militar; essa postura deu-se ao longo dos anos, devido à sua relação com o Estado. Uma vez que suas demandas não foram atendidas de imediato, tiveram de

encontrar alternativas para tentar reduzir as desigualdades sociais na Argentina, passando a lutar pelo modelo de sociedade pelo qual seus filhos morreram. Também foi possível verificar que outros movimentos sociais no cenário argentino passaram por um processo semelhante ao das Madres, buscando novas formas de organização e de atuação. Por fim, foi possível verificar a importância de a sociedade civil organizada estar presente na tomada de decisões do Estado, atuando por meio de mecanismos de participação. UFABCiência - Quais as dificuldades encontradas? Laís - Uma das maiores dificuldades foi encontrar dados oficiais sobre o alcance e o financiamento das políticas públicas executadas pelas Madres, uma vez que essas informações não estão em seu site oficial e, quando solicitadas por meio de seus canais de comunicação, tampouco foram atendidas. Também foi difícil colher entrevistas durante a pesquisa de campo, principalmente das próprias Madres, em virtude de sua idade avançada. UFABCiência - Deixe uma frase que sintetize a importância da contribuição da sua dissertação para o universo científico e o cotidiano das pessoas. Laís - O estudo dos movimentos sociais inspira e ajuda no empoderamento da sociedade, que passa a não esperar que as políticas venham apenas do poder público, mas faz com que todos sintam-se responsáveis pela redução das desigualdades e por uma sociedade mais igualitária e justa.

Laís Siqueira Ribeiro Cavalcante Mestra em Políticas Públicas pela UFABC e Bacharela em Relações Internacionais pela UNESP, atua na área de pesquisa de mercados na América Latina.

ProEC Envie suas sugestões para comunicare@ufabc.edu.br


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Projeto trabalha interfaces entre educação, audiovisual e direitos humanos O audiovisual como ferramenta de discurso e prática dos direitos humanos: essa é a essência do projeto ‘Inventar com a diferença’, promovido pela Próreitoria de Extensão e Cultura (ProEC) da UFABC, em parceria com a Secretaria Especial de Direitos Humanos do Governo Federal e a Universidade Federal Fluminense (UFF). Desde março, o projeto oferece formação e acompanhamento em 10 escolas públicas do ABC paulista, ministrando oficinas de audiovisual aos alunos e alunas e mediando a prática com discussões sobre questões fundamentais dos direitos humanos. As ações do projeto são focadas em criar e explorar interfaces entre cinema, educação e direitos humanos. A metodologia ‘Inventar com a diferença’, desenvolvida pela UFF, baseia-se em um método coletivo e experimental de geração de imagens e sons, que prioriza as experiências práticas locais e as vocações de cada escola. As oficinas são compostas de uma série de exercícios sensoriais (chamados de dispositivos),

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em que os direitos humanos aparecem como experiência vivida, e não como temática imposta, nem como assunto coadjuvante para o ensino das técnicas formais do cinema. O Minuto Lumière, por exemplo, é um dispositivo em que os alunos e alunas devem produzir um vídeo de até um minuto com a câmera fixa no tripé. O nome do dispositivo é uma homenagem aos Irmãos Lumière, franceses conhecidos como pioneiros da linguagem cinematográfica. Ao visualizar os resultados, o grupo passa a discutir sobre o que presenciaram e escolheram como "quadro em movimento". Temas como consumo de drogas, violência ou acessibilidade aparecem, portanto, como escolha dos alunos, e não como debate imposto previamente. O projeto conta com cinco bolsistas da UFABC na mediação com as escolas, que conduzem as práticas das oficinas e a mediação da leitura dos resultados, sempre com a orientação e coordenação da Divisão de Cultura da ProEC. Para participar do projeto, além de passar por um


Fotos: Rodrigo Teles/estagiário ProEC

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edital de seleção, os bolsistas receberam uma formação presencial na UFABC realizada pelo Prof. Dr. João Luiz Leocádio, do Departamento de Cinema da UFF, e pelo mediador Eduardo Brandão, que, além de atuar no projeto desde a sua primeira versão, em 2014, também é aluno do curso de Licenciatura em Cinema da UFF. Foram dois dias em que os bolsistas, junto à equipe da UFF e da ProEC, discutiram questões essenciais do projeto, como a importância da liberdade criativa e da exploração positiva das experiências pessoais e locais de cada escola – além de, claro, praticarem os dispositivos. Victor Arakaki, aluno do BCT e bolsista do projeto, disse estar animado com a possibilidade de trabalhar o audiovisual em parceria com a Universidade: "É a primeira vez que eu participo de um projeto nesse tema, e a formação está sendo fundamental para a gente aprender mais sobre cinema e direitos humanos, além de conhecer mais o objetivo do projeto". Já para Marília Socio, também bolsista do projeto, é uma oportunidade de retomar suas atividades com o audiovisual, que tinham ficado um pouco de lado desde seu ingresso na UFABC; Marília também acredita que as oficinas são uma forma de impactar positivamente na comunidade local. Atualmente, o ‘Inventar com a diferença’ ocorre em 24 cidades do Brasil: Curitiba (PR), Recife (PE), Macapá (AP), Parnaíba (PI), Florianópolis (SC), Rio de Contas (BA), São Gonçalo do Amaranto (CE), Niterói (RJ), São Félix (BA), Belo Horizonte (MG), Rio de Janeiro (RJ), Eunápolis (BA), Manaus (AM), Boa Vista (RR), Goiás (GO), Vitória (ES), Dourados (MS), São Cristóvão (SE), Belém (PA), Bagé (RS), Brasília (DF) e João Pessoa (PB), sendo a UFABC a responsável pelas atividades no Estado de São Paulo, nas cidades de Santo André e São Bernardo do Campo. Saiba mais sobre o projeto ‘Inventar com a diferença’ acessando as páginas:

/pg/inventarcomadiferencaufabc /inventarcomadiferenca ProEC

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CineArte em abril: Blade Runner e Cinema ao ar livre No dia 19 de abril (quarta-feira), o projeto CineArte, desenvolvido pelo Sistema de Bibliotecas, exibirá o último filme da mostra “Distopias”: o clássico Blade Runner, de Ridley Scott. A exibição ocorrerá a partir das 19h15, no auditório principal do Bloco Beta (Campus São Bernardo do Campo). Na quinta-feira (dia 27), o CineArte realizará, pela primeira vez, a exibição de filmes ao ar livre. O evento ocorrerá a partir das 19h30, no gramado atrás do Bloco Beta. Serão exibidos quatro curtas-metragens surrealistas, musicados ao vivo por Javier Acuña, músico e professor do CCNH. A curadoria será feita por André Luis La Salvia, também professor do CCNH e estudioso da sétima arte. Confira a programação do dia 27 de abril: O retorno à razão (3'). Direção: Man Ray Deixe-me em paz (16'). Direção: Man Ray Balé Mecânico (16'). Direção: Hans Richter Rhythmus 21 (3'). Direção: Fernand Leger O evento, que será aberto a toda a comunidade (interna e externa), busca promover a interação social, por meio da arte e da cultura. Serão momentos agradáveis e de troca. Por isso, o interessante é trazer os amigos e amigas de dentro e de fora da Universidade. Traga também sua canga e, caso esteja uma noite fria, sua manta e uma garrafa térmica com uma bebida quente! A gente se vê por lá ;)

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Auditorito Olá, pessoal! Você sabe o que é uma constatação de auditoria?

Como vimos nas edições anteriores, as ações de auditoria seguem padrões de procedimentos e técnicas, a serem realizados pelos colegas auditores. Nesta edição, continuaremos a desvendar os trabalhos da Auditoria Interna (AudIn) da UFABC.

A equipe da AudIn, após estudar os procedimentos a serem auditados, conversar com a(s) área(s) responsável(eis) e entregar o Programa de Auditoria (PA), inicia suas ações por meio de Solicitações de Auditorias (SA) e exames a arquivos, documentos e sites, além de reuniões, entrevistas etc. Os colegas destacados para aquela determinada ação de auditoria abrem, então, um processo interno, em cujos autos é juntado um “Formulário de achado”, no qual são descritas as situações encontradas e quais normas infringem, acompanhado de toda a documentação que embasa e evidencia a incorreção verificada, chamada de constatação.

UFABC

Talvez você esteja se perguntando: quando a AudIn encontra alguma constatação (algo que difere do que deveria estar ocorrendo, segundo normas e leis), o que acontece? Segundo os procedimentos da AudIn, quando se caracteriza uma constatação, a área responsável é notificada por meio de SA, na qual se registra o que foi constatado (fato/ ato de gestão e normas contrariadas) e se concede um prazo para manifestação. Pode ser que a área, durante a ação de auditoria, já tome providências e corrija a incorreção constatada – o que transformará aquela “constatação” em “informação” no Relatório de Auditoria (RA). Caso a constatação permaneça (o que é comum), ela irá compor o RA, a ser elaborado ao final da ação, com a seguinte estrutura mínima de capítulos: informação (condições de realização dos trabalhos, resumo sobre a área responsável e o que foi analisado); constatação (descrição das incorreções encontradas); manifestação da área (resposta da área responsável pelo procedimento auditado sobre o item descrito); e recomendação (na qual a AudIn, de acordo com as normas e leis vigentes, melhores práticas verificadas em outros órgãos, jurisprudências e doutrinas, propõe ações ao gestor, como solução para a constatação descrita). E o que vem depois disso? Bom, nosso espaço de hoje acabou. Mas na próxima edição tem mais: vamos continuar a conhecer a atuação da AudIn. Enquanto isso, um ótimo feriado a todos! Feliz Páscoa! Abraços e até mais! Auditorito.

Auditoria Interna

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Livro “Filosofia latino-americana a partir de Enrique Dussel”

“Participar de uma filosofia da libertação pressupõe engajamento práxico e uma postura militante, que tornam conhecida, mas não explícita, a noção de libertação” (p. 167). Essa afirmação pode resumir o presente livro, que Daniel Pansarelli apresenta ao público para debater a filosofia latinoamericana de libertação. Por que filosofia? Por que filosofia da libertação latino-americana? Por que filosofia política práxica latino-americana? Essas

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questões têm suas raízes numa opção pela filosofia da práxis vinculada às classes populares, aos pobres, aos excluídos, às vítimas do sistema; esse percurso dá-se por meio da ética material da vida, expressa atualmente por Enrique Dussel, “principal expoente da filosofia da libertação” (p. 170). Este livro de Daniel Pansarelli contribui para a compreensão do projeto teórico-prático da filosofia latino-americana de libertação, que, como movimento filosófico em construção, pretende ser “comprometido com nossos povos, autêntico, original, eficaz teórica e politicamente”. Dessa forma, o autor viabilizanos a oportunidade não só de um enriquecedor diálogo com Enrique Dussel, mas também de um exercício práxico de reflexão sobre nossa condição específica de seres situados na realidade latino-americana, que diferencia e especifica nossos modos de ser, de pensar e de agir. Sua hermenêutica põe em pauta a vivência do conhecimento

como construção de um sentido emancipador, mediação imprescindível para o agir eticamente válido e um existir autêntico em nossas coordenadas históricas. Um mergulho profundo no pensamento dusseliano, desvelando os elementos intrínsecos que o constituem, bem como aqueles apropriados da filosofia eurocêntrica, ressignificados de forma crítica, subsidia-nos para uma práxis filosófica gestada e desenvolvida a partir dessa nossa condição originária. O encantamento provocado pelas formas hegemônicas do pensar eurocêntrico muitas vezes deu-se sob o signo da opressão, da dominação e da violência, física ou simbólica. A colonização do planeta pelos europeus ocidentais fez-se acompanhar não apenas de etnocídios simbólicos, sob a forma de epistemicídios: o conquistador/ colonizador nega ao conquistado o direito à prática de seu modo próprio de conhecer. Dessas culturas destruídas, sobram traços sob as ruínas e


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Autor do livro alguma fagulha sob as cinzas. A dura experiência do colonialismo legou-nos uma dinâmica histórica de dominação política e cultural, submetendo à sua visão etnocêntrica o conhecimento do mundo, o sentido da vida e das práticas sociais. Imposição, como alegada verdade universal, de um modelo antropológico, que inviabilizou a construção de nossa identidade e de nossa autonomia. Sem dúvida, os esforços para suscitar vestígios das epistemologias sufocadas são promissores ensaios de

etnofilosofia, como impõe-se ser a prática da filosofia entre nós, se a quisermos como mediadora de libertação. Fica claro, neste livro de Daniel Pansarelli, que a luta pelo reconhecimento da filosofia latino-americana não é fruto de um quixotismo, nem de um esforço individual, mas se dá no esforço de um grupo de pesquisadores que, mesmo tendo pesquisas pessoais distintas, são comprometidos com a práxis de libertação.

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Daniel Pansarelli Professor na Universidade Federal do ABC, atual Próreitor de Extensão e Cultura. Docente no Programa de PósGraduação em Filosofia e nos cursos de graduação em Filosofia (bacharelado e licenciatura) e em Ciências e Humanidades (bacharelado interdisciplinar). É doutor em Educação, área de Filosofia e Educação, pela Faculdade de Educação da USP, mestre em Educação e graduado em Filosofia pela UMESP. Atua principalmente em temas relacionados a: ética e filosofia política; filosofia moderna e contemporânea; filosofia e educação; América Latina.

EdUFABC

Expediente Produção Assessoria de Comunicação e Imprensa Edição, Redação e Revisão Alessandra de Castilho, Camila Binhardi Natal, Maria Eunice R. do Nascimento, Mariella Mian, Vinicius Rodrigues Alves Editoração Edna A. Watanabe, Felipe F. Lessa, Isabel B. L. Franca, Vanessa S. Ferreira https://www.facebook.com/ufabc

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