Informativo Interno nº 203 - junho de 2017
Gestores da UFABC lideram associações regionais e nacionais
Início das atividades do posto de atendimento bancário do Campus Santo André
Entendendo o orçamento da UFABC: execução atual e desafios para 2017
Conheça o Clube de Anime UFABC, entidade estudantil cultural apoiada pela ProEC Editora divulga o livro 'A democracia reduz a desigualdade econômica?'
Biblioteca: dica de leitura no EnTrame-se e Exposição 'PublicArte: 3 anos'
Informativo Interno da Fundação Universidade Federal do ABC nº 203 – junho de 2017
Gestores da UFABC lideram associações regionais e nacionais O protagonismo da UFABC tem sido, novamente, reconhecido além de suas fronteiras institucionais. A maioria de seus gestores participa, regularmente, de entidades externas representativas das áreas em que atuam, como os fóruns nacionais de pró-reitores de graduação (FORGRAD), de pesquisa e pós-graduação (FOPROP), de extensão (FORPROEX), entre outros. A atuação de alguns dirigentes da UFABC, porém, tem sido ainda mais efetiva, por terem sido eleitos ou indicados por seus pares para exercer funções de coordenação nas referidas associações, tanto em âmbito regional quanto nacional. A seguir, conheça alguns dos exemplos de liderança que representantes da UFABC tem desempenhado: Reitor (Klaus Werner Capelle) Comissão de Novas Universidades da ANDIFES Presidente Fórum dos Dirigentes das Instituições Públicas e Comunitárias de Ensino Superior da Região do ABC Paulista Coordenador Pró-reitor de Extensão e Cultura (Daniel Pansarelli) Fórum de Pró-reitores de Extensão das Instituições Públicas de Educação Superior Brasileiras (FORPROEX) Presidente Colégio de Pró-reitores de Extensão das Universidades Federais (COEX) da ANDIFES Coordenador Pró-reitora de Pesquisa (Marcela Sorelli Carneiro Ramos) Fórum de Pró-reitores de Pesquisa e Pós-graduação (FOPROP) Secretária de Finanças da Diretoria Executiva / Conselho Fiscal / Diretório Nacional Diretora da Agência de Inovação (Anapatrícia de Oliveira Morales Vilha) Fórum Nacional de Gestores de Inovação e Transferência de Tecnologia (FORTEC) Coordenadora da Região Sudeste Assessor de Relações Internacionais (Carlos Alberto Kamienski) Grupo Coimbra de Universidades Brasileiras (GCUB) Secretário Adjunto Chefe da Assessoria de Comunicação e Imprensa (Alessandra de Castilho) Colégio de Gestores de Comunicação das Universidades Federais (CGCUF) da ANDIFES Vice-coordenadora Chefe da Auditoria Interna (Adriana Maria Couto Caruso) Associação Nacional dos Servidores Integrantes das Auditorias Internas do Ministério da Educação Diretora de Planejamento e Desenvolvimento da Diretoria Executiva * Vice-diretora de Planejamento e Desenvolvimento (Patrícia Alves Moreira)
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Com a palavra: Prefeitura Universitária
Fotos: Juscelino Santos
Início das atividades do posto de atendimento bancário do Campus Santo André
O posto de atendimento bancário do Campus Santo André (Bloco L) começou a funcionar no dia 27 de junho de 2017, e já está disponível para utilização da comunidade. A instalação do posto de atendimento em Santo André, bem como do terminal de caixa eletrônico em São Bernardo do Campo, só foi possível após a realização da Concorrência nº. 03/2017, que concedeu ao Banco Bradesco S.A. o direito de oferecer o serviço.
Conforme informamos com mais detalhes na edição passada do Comunicare, a vencedora da Concorrência é a responsável pela segurança, limpeza, manutenção e outros itens em suas respectivas áreas de concessão. O caixa eletrônico do Campus São Bernardo do Campo, instalado no Bloco Alfa I, entrará em funcionamento no dia 30 de junho de 2017.
Prefeitura Universitária
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UFABCiência Dissertação de mestrado analisa como os crimes de tortura são investigados e processados na cidade de São Paulo
UFABCiência - Qual o tema da sua pesquisa? Mayara - Crimes de tortura, especialmente como os crimes de tortura são investigados e processados na cidade de São Paulo. UFABCiência - Por que escolheu estudar este tema? Mayara - Desde a graduação, já tinha interesse pelos estudos e análises da temática da violência e do sistema de justiça criminal, campos de
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investigação dinâmicos e igualmente relevantes na realidade brasileira, para além do universo acadêmico. Nesse sentido, escolhi como objeto de investigação o processamento de práticas de tortura, em especial porque a tortura é uma forma de violência bastante complexa, difusa e presente na sociedade brasileira. Além disso, é um fenômeno social muito ambíguo, pois, embora seja reprovada pela maioria das pessoas no plano discursivo, na realidade social está presente
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no funcionamento das instituições policiais e prisionais, bem como em outras relações interpessoais, como as que envolvem pais e filhos, maridos e mulheres. Trata-se, portanto, de um tema instigante, atual e que demanda mais análises e reflexões por parte da academia.
de justiça desenvolve argumentos que visam justificar o uso dessa forma de violência e que tais justificativas guardam relação com os sujeitos envolvidos no fato investigado/processado. Ou seja, são diversos os elementos considerados ao longo da apuração e julgamento desses casos.
UFABCiência - Como realizou? Mayara - Fiz um levantamento de processos criminais e inquéritos policiais já arquivados, que investigaram práticas de tortura entre os anos de 2004 a 2014, de acordo com a Lei 9.455/97. Acessei tais documentos por meio do Arquivo do Tribunal de Justiça de São Paulo. Ao final, foram localizados 36 documentos judiciais, dentre processos criminais e inquéritos policiais, que permitiram que eu desenvolvesse minhas análises.
UFABCiência - Quais as dificuldades encontradas? Mayara - Inicialmente, foi acessar uma quantidade suficiente de documentos para análise; posteriormente, foi aproveitar todo o material coletado e, no curto tempo do mestrado, produzir análises e reflexões de qualidade.
PERFIL
UFABCiência - Quais foram os resultados alcançados? Mayara - Dentre os resultados percebidos, um dos mais significativos foi a baixa quantidade de casos processados como crimes de tortura. Além disso, percebeu-se a pluralidade de dinâmicas violentas que são interpretadas como práticas de tortura pelo sistema de justiça, igualmente como os estereótipos e representações sociais, construídas em face de agressores e vítimas, orientam as escolhas e práticas dos atores do sistema de justiça, como delegados, promotores e juízes. Ademais, observou-se que o sistema
UFABCiência - Deixe uma frase que sintetize a importância da contribuição da sua dissertação para o universo científico e o cotidiano das pessoas. Mayara - Minha pesquisa contribui para demonstrar que o sistema de justiça criminal paulista é resistente à responsabilização penal de indivíduos por práticas de tortura, e que um dos principais argumentos para isso deve-se à naturalização do uso da violência na sociedade brasileira. Assim, a tortura, que é um fenômeno social, demanda a construção de uma nova cultura na sociedade brasileira que abomine, de fato, o uso dessa forma de violência nas relações sociais e institucionais.
Mayara de Souza Gomes Mestre em Ciências Humanas e Sociais pela UFABC, Bacharela em Direito pela Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo (FDSBC), Advogada.
ProEC Envie suas sugestões para comunicare@ufabc.edu.br
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Acessibilidade: precisa pedir? Na Semana de Inserção Universitária de 2017, o Núcleo de Acessibilidade da ProAP recebeu os calouros e calouras com a atividade: “Acessibilidade: precisa pedir?”, trazendo debates sobre o lugar das pessoas com deficiência na sociedade. Uma imagem rotineira em nossos transportes coletivos é a de pessoas sem deficiência, ou sem uma determinada condição que crie dificuldades no acesso, sentadas em lugares reservados. É preciso considerar que podem existir, entre essas, pessoas que possuam deficiências invisíveis, como baixa audição ou surdez, baixa visão ou cegueira, mobilidade reduzida sem uso de muleta ou cadeira de rodas, transtornos de ordem cognitiva ou mental. Esses casos podem suscitar erros de julgamento. Muitas situações vivenciadas no dia a dia, no entanto, são de desrespeito ao direito de parte da população aos assentos reservados. Assentos preferenciais são destinados, prioritariamente, às pessoas que enfrentam barreiras no acesso: pessoas idosas, com crianças de colo, gestantes e pessoas com deficiência – essas últimas incluem características variadas, com impacto em algumas áreas: mobilidade, visão, audição, fala, comunicação, interação social, cognição etc. Tais impactos, mesmo os que não são diretamente vinculados à mobilidade, interferem de modo significativo no cotidiano, dificultando seu trânsito. Sendo preferenciais, na ausência de pessoas nessas condições, o uso dos assentos é livre, diferentemente dos exclusivos. Esse raciocínio é aplicado não somente aos transportes, mas à ocupação de outros espaços,
Núcleo de Acessibilidade proap.acessibilidade@ufabc.edu.br
Fotos: Semana de Inserção Universitária/ ProAP
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como filas, estacionamentos, salas de aula e plateias. Os ambientes têm sido palco de uma disputa – nem sempre explícita e muitas vezes desigual – por espaço. Apesar de os assentos em salas de aula serem preferenciais (e não exclusivos), quando um(a) aluno(a) sem deficiência ocupa um deles, dificilmente se levanta depois da aula começada para cedê-lo a um(a) aluno(a) com deficiência que se atrasa. Levando em conta as deficiências invisíveis, a questão torna-se mais complexa. Além disso, há de se considerar o mal-estar que pode ocorrer na exposição desse(a) aluno(a) que se atrasa e precisa pedir que alguém se levante para que ele(a) sente-se. Em uma sociedade consciente das desigualdades de condições, todos os assentos seriam preferenciais, sem que existisse a necessidade de demarcação. Não parece óbvio que os espaços sejam ocupados, prioritariamente, por quem enfrenta barreiras maiores no acesso? Infelizmente, porém, o óbvio não é percebido por todos(as). Por isso, são necessárias medidas oficiais para que se garantam direitos, como o da equidade nas oportunidades de acesso. Não é favor algum deixar livres os assentos preferenciais ou levantar-se na presença de pessoas com deficiência. Quando, pelo contrário, não se permite um lugar às pessoas nessas condições, estamos alijando-as de seu direito de acesso, desrespeitando a diversidade humana e contribuindo para a manutenção de sociedades desiguais. E não é preciso perguntar à pessoa com deficiência se ela quer se sentar. Não é preciso pedir, nem oferecer acessibilidade. É preciso promover e garantir.
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Entendendo o orçamento da UFABC: execução atual e desafios para 2017 No último dia 14 de junho, a Universidade realizou a 'II Audiência Pública sobre o Orçamento da UFABC para 2017'. O encontro foi aberto para todos os membros da nossa comunidade universitária e contou com a participação de integrantes de diversas categorias que compõe a UFABC. Na ocasião, o Pró-reitor de Planejamento e Desenvolvimento Institucional, professor Vitor Marchetti, apresentou o Boletim Orçamentário de 2016, documento que apresenta os principais números da instituição de maneira bastante didática. Em seguida, apresentou o cenário de 2017 e a execução orçamentária até o momento. Visando ampliar o debate sobre o tema com a comunidade e zelar pela transparência das informações financeiras institucionais, a Audiência foi gravada e está disponível em sua íntegra no canal oficial da UFABC no YouTube.
Conheça o Clube de Anime UFABC Fique por dentro dos eventos e reuniões do Clube de Anime UFABC, entidade estudantil cultural apoiada pela ProEC Com encontros semanais, que reúnem fãs e interessados em animes, mangás e cultura pop japonesa, o Clube promove um espaço descontraído em meio ao ritmo quadrimestral acelerado. O objetivo
do projeto é popularizar a cultura audiovisual japonesa e criar um grupo com interesses em comum, visando o sistema único de aulas da UFABC, de forma a proporcionar um ambiente em que as pessoas possam conviver dentro da Universidade, favorecendo o desenvolvimento de novas amizades. As sessões não possuem salas fixas, mas todas as informações são divulgadas previamente no grupo do Facebook, inclusive mudanças de local
ou horário. Nesse quadrimestre, a previsão é que ocorram às quartas-feiras, das 14h às 17h. Eventualmente, o Clube também realiza atividades fora da Universidade, também informadas no grupo. Além disso, comenta-se o que se assiste nas reuniões, criando um grupo de discussões saudáveis para compartilhar opiniões. As reuniões são abertas e gratuitas a todo o público interessado, independente do conhecimento prévio. Para saber mais, acesse a página do grupo: https://www.facebook.com/groups/animeufabc/
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Auditorito Olá, pessoal! Quais diretrizes devemos seguir em uma Universidade alinhada à Gestão de Riscos?
Continuando nosso papo sobre a Gestão de Riscos e como cada um de nós pode (e deve) fazer parte dela, que tal conhecermos um pouco mais sobre as diretrizes que guiam esse assunto?
Pois bem, a Instrução Normativa nº. 01/2016 esclarece que os controles internos da organização devem ser desenhados e implantados em consonância com várias diretrizes, dentre as quais destacamos:
UFABC
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Integridade e valores éticos; Competência da alta administração para supervisionar os controles internos da gestão;
3
Coerência e harmonização da estrutura de competências e responsabilidades de todos;
4
Compromisso das pessoas com competências técnicas, em alinhamento com os objetivos da organização;
5
Clara definição dos objetivos e dos responsáveis pelos diversos controles internos da gestão;
6
Identificação do que impacta nos objetivos e, dessa forma, dos riscos a serem geridos;
7
Constante identificação e avaliação das mudanças internas e externas à organização que possam afetá-la;
8
Constante atualização das atividades de controle para a obtenção de níveis aceitáveis de riscos;
9
Adequado suporte de tecnologia da informação aos controles internos da gestão;
10
Definição de políticas e normas que suportem as atividades de controle;
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Disseminação de informações necessárias ao fortalecimento da cultura e da valorização dos controles internos de cada indivíduo que compõe a organização;
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Avaliações periódicas para verificar a eficácia do funcionamento desses controles, comunicando seus resultados a todos.
Sim, são diretrizes bastante pertinentes, e talvez você esteja se perguntando se isso já existe na UFABC ou na sua área. Bom, se existe, podemos aprimorar. Se não existe ainda, está mais do que na hora de nos mobilizarmos em prol disso! Antes mesmo de ser norma, controlar o recurso público e objetivar as máximas eficiência e excelência no que fazemos são deveres morais, principalmente nossos – servidores públicos. Por isso, conto com vocês no próximo Comunicare, para continuarmos a entender mais sobre o nosso papel na UFABC e como podemos ajudar ainda mais a sociedade a usufruir do que é dela. Até lá! Auditorito. Auditoria Interna Envie suas sugestões para comunicare@ufabc.edu.br
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Ivan Filipe de Almeida Lopes Fernandes
A democracia reduz a desigualdade econômica? Um estudo sobre as possibilidades de construção de uma sociedade mais igual por meio da democracia Ivan Filipe de Almeida Lopes Fernandes
Este livro trata de um assunto tão importante quanto controverso: os efeitos de sistemas políticos democráticos sobre a distribuição mais equânime da renda nas sociedades contemporâneas. Há muito essa discussão vem preocupando pensadores e analistas. O livro dialoga com a rica literatura produzida por economistas sobre o tema da desigualdade, e busca fazê-la conversar com o que cientistas políticos andam dizendo
sobre o assunto. Submetendo, com competência, grande massa de informação à sofisticada análise estatística, Ivan Fernandes apresentanos conclusões interessantes e originais. Segundo ele, os efeitos da democracia sobre a situação de desigualdade não são os mesmos em toda parte, mas dependem do contexto socioeconômico no qual a desigualdade de renda é produzida. A heterogeneidade dos efeitos dos sistemas democráticos sobre a distribuição de renda é a principal conclusão empírica do estudo, no entanto, ele vai mais adiante, sugerindo uma explicação de corte político. É preciso que existam partidos interessados em brandir a bandeira eleitoral de mais igualdade, e um grande número de eleitores cuja situação objetiva faça-os demandar políticas redistributivas. “Somente nas sociedades mais desiguais”, argumenta o autor, “tanto os partidos políticos têm interesse em ofertar políticas redistributivas, quanto tende a surgir demanda por redistribuição por parte de uma maioria de eleitores.” A conclusão, engenhosa, ainda demanda outros estudos, mas
É professor do Bacharelado em Políticas Públicas (BPP) da Universidade Federal do ABC (UFABC) e também do Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas (PPGP) da UFABC. Bacharel em Relações Internacionais pelo Instituto de Relações Internacionais (IRI) da Universidade de São Paulo (USP, 2007), Mestre e Doutor em Ciência Política pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da mesma universidade (2010, 2014). Foi pesquisador visitante no Department of Political Science da University of Illinois at Urbana-Champaign (UIUC) em 2012. Autor do livro "Burocracia e Política: a construção institucional da política comercial brasileira" (Biblioteca24horas, 2011). Suas áreas de pesquisa são Política Comparada, Economia Política, Processo Decisório, Análise de Políticas Públicas e Política Externa; e Políticas Públicas relacionadas ao álcool e outras drogas.
os resultados apresentados são promissores e garantem ao autor um lugar na mesa de discussão sobre o assunto, que perdura há mais de um século, acompanhando a trajetória do capitalismo e dos sistemas políticos democráticos – e que, sem dúvida, perdurará enquanto os dois existirem em tensa relação. Acompanhe a entrevista concedida pelo professor Ivan Fernandes em https://youtu.be/-OcCI-7c4aI
VISITE NOSSO SITE: editora.ufabc.edu.br
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Você aproveitou o feriado para ver A garota dinamarquesa? Essa indicação deu o que falar! Muita gente nem sabia que poderia encontrar o filme em nossas bibliotecas! Para aumentar a sua lista, hoje a dica é de leitura!
Cem anos de solidão Gabriel García Márquez
Flávio Nogueira, técnico administrativo, trabalha na Prefeitura Universitária
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Ultimamente, tenho me aproximado muito de textos de escritores sul-americanos e, aproveitando o aniversário de uma das maiores obras da literatura do nosso continente, quero indicar e comentar um pouco sobre Cem anos de solidão, do escritor colombiano Gabriel García Márquez. Considerada a segunda mais importante obra em língua hispânica, depois de Dom Quixote de La Mancha, de Miguel de Cervantes, a narrativa de García Márquez é um dos primeiros textos do estilo literário realismo mágico, em que pequenos elementos fantásticos são inseridos na trama principal sem nenhuma explicação prévia. O livro narra a história da família Buendía, após a chegada do patriarca José Arcádio Buendía e da matriarca da família Úrsula Iguarán ao povoado de Macondo. Ao longo de décadas é narrada a história dos descendentes dos Buendía, cuja péssima criatividade para dar nomes acaba por criar uma confusão entre os membros da família. José Arcádio e Aureliano são filhos de José Arcádio Buendía, Arcádio e Aureliano José são netos do patriarca, já Arcádio Segundo e Aureliano Segundo são bisnetos do mesmo, e assim por diante. Passando por desastres naturais, pestes, ditaduras e revoluções, a narrativa aborda temas comuns da América Latina, tendo como pano de fundo a relação da família Buendía com todos esses acontecimentos, num sem fim de situações que transpassam o estranho, o sobrenatural e o fantástico. São repetidos os acontecimentos entre os diferentes familiares de mesmo nome, numa espécie de aleatoriedade, em que o caminho a ser trilhado parece estar determinado. A repetição dos nomes e até mesmo da vida de alguns personagens não é por acaso, é apresentada como um componente poético, indicando uma atmosfera quase mística: os nomes não mudam, as vidas não mudam, assim como seus destinos; o tempo caminha, caminha e é como se não saíssemos do lugar – uma elegante abordagem do conceito de eterno retorno, em que Aurelianos, Arcádios e Josés andam por décadas em um labirinto de espelhos. Talvez essa sensação de déjà-vu seja a sina da América Latina, das grandes metrópoles passando pelo Altiplano Andino, do semiárido nordestino às milhares de aldeias espalhadas pela região. Estamos nesse eterno ciclo de viver, sofrer e amar, cada um à sua maneira, por hora esquecidos e condenados a muito mais do que cem anos de solidão.
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Você já foi à Biblioteca hoje? Quer ser o próximo a indicar um livro ou um filme do nosso acervo? Vá a uma das nossas bibliotecas, ative seu cadastro, faça seus empréstimos e envie-nos um texto contando o que você achou! Envolva-se! EnTrame-se! Anote o e-mail para recebimento da sua indicação: servicos.biblioteca@ufabc.edu.br
Exposição “PublicArte: 3 anos” Entre os dias 13 de junho e 13 de julho, o Sistema de Bibliotecas realizará, na Biblioteca do Campus São Bernardo do Campo, a exposição PublicArte: 3 anos. No evento, serão expostos mais de 100 trabalhos artísticos que já foram publicados no PublicArte desde o ano de 2014. Nesse período, 101 artistas – entre escritores, poetas, desenhistas, músicos, fotógrafos e cineastas da comunidade da UFABC – tiveram suas obras publicadas e divulgadas em nove edições do fanzine e no blog. Contamos com sua presença para prestigiar os trabalhos dos artistas da nossa Universidade!
Biblioteca
Expediente Produção Assessoria de Comunicação e Imprensa Edição, Redação e Revisão Alessandra de Castilho, Camila Binhardi Natal, Maria Eunice R. do Nascimento, Mariella Mian, Vinicius Rodrigues Alves Editoração Edna A. Watanabe, Felipe F. Lessa, Isabel B. L. Franca, Vanessa S. Ferreira https://www.facebook.com/ufabc
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