Informativo Interno nº 206 - agosto de 2017
O orçamento para custeio da UFABC: o que é e o que poderia ser
Campus SBC: maquetes e novas nomenclaturas
Código de Ética da UFABC: consulta pública e roda de conversa com a comunidade Projeto 'Singularidade Somática: formação e criação em dança contemporânea' estreia em SBC ProAP realiza a roda de conversa “Acessibilidade: precisa pedir?”
Sugestão de clássico do cinema no EnTrame-se: Tempos Modernos
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O orçamento para custeio da UFABC: o que é e o que poderia ser Neste e nos próximos editoriais compartilharei com a comunidade universitária algumas preocupações e informações sobre a situação da nossa Universidade. Para começar a série, escolhi um assunto fundamental para toda a operação da instituição: o orçamento para custeio. Para quem não sabe, “custeio” é a designação daquela parte do orçamento que pode ser utilizada para despesas correntes e que não geram bens permanentes. Isso inclui bolsas, salários de servidores terceirizados, insumos para laboratórios, contratos de serviços, como o restaurante universitário e os ônibus fretados, e contratos de manutenção de equipamentos e instalações, entre outros. Solicitei à equipe da ProPlaDI a elaboração de quatro gráficos para mostrar a evolução do orçamento para custeio da UFABC desde 2012. A escolha desse ano como base deve-se ao fato de que, desde 2012, a Universidade está realizando plenamente atividades de ensino, pesquisa e extensão nos dois campi. Antes disso, as instalações e a forma de operar da Universidade eram tão diferentes das atuais que impedem uma comparação realista. Em 2012, a UFABC recebeu R$ 59 milhões para custeio. O gráfico I do painel mostra a evolução dessa mesma parcela do orçamento até o valor atual, de apenas R$ 38,5 milhões. Importante destacar que esse é o valor previsto na lei orçamentária anual (LOA), mas não o valor realmente liberado. Devido ao contingenciamento, recebemos, até o momento, apenas R$ 27 milhões. Mesmo no cenário mais otimista, no qual esse contingenciamento seria totalmente desfeito até o fim do ano, o valor da LOA significa uma queda de aproximadamente 35% no custeio. Esse número, no entanto, não reflete a queda real, pois é necessário corrigir os valores nominais pela inflação. Para ilustrar o efeito dessa correção, o gráfico II mostra, na curva verde, o que seria o orçamento da UFABC se esse tivesse sido corrigido pelo IPCA (um dos índices mais comuns da inflação) desde 2012. O gap entre a curva verde e a vermelha demonstra a perda do custeio da Universidade.
Gráfico I
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Gráfico II
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Gráfico III
Nem esse gap, porém, ilustra o impacto real, porque a Universidade cresceu muito nesses anos. Talvez o melhor indicador desse crescimento seja a quantidade de alunos. O gráfico III mostra o que deveria ser o orçamento de custeio da UFABC para ter o mesmo valor nominal por aluno que tivemos em 2012 (curva lilás). Em 2017, deveríamos ter 90% mais de custeio para ter o mesmo recurso por aluno de 2012. No último gráfico do painel, apresentamos a comparação mais realista, corrigida pela inflação e pelo crescimento da Universidade. O número é assustador: para manter o mesmo custeio real por aluno que tivemos em 2012 (o que significa não expandir as atividades e serviços acadêmicos com relação àquele ano), deveríamos ter em torno de R$ 155 milhões, ou 163% a mais do que tivemos em 2012. No lugar disso, tivemos 35% a menos. Importante lembrar: isso vale no cenário otimista, no qual o contingenciamento vigente será revertido até o fim do ano. Este não é o lugar para listar as inúmeras medidas operacionais e de gestão tomadas para economizar recursos, reduzir custos e obter recursos complementares. Basta constatar que os números frios mostram que, se a Universidade fosse uma empresa privada, ela estaria falida. Mas a universidade pública não entra em falência. Ela continua a produzir conhecimento e formar profissionais – economistas, engenheiros, cientistas, pensadores – que vão sair da Universidade e dar sua contribuição para vencer as crises econômicas e sociais que nos acometem. A educação é a única solução definitiva para as crises do país e da humanidade. Vale lutar por ela e vale investir nela!
Gráfico IV Klaus Capelle Reitor
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Campus SBC: maquetes e novas nomenclaturas Desde segunda-feira (7 de agosto), a comunidade universitária pôde voltar a contemplar a maquete do Campus São Bernardo do Campo, agora em novo local: no saguão do Bloco Beta. Para representar fielmente, em escala reduzida, a expansão e o desenvolvimento do projeto arquitetônico do campus, a versão original do objeto foi revisada e alterada. Houve a inclusão dos Blocos Pi (hangar), Psi (Centro de Convivência I), Capa (Centro de Convivência II), Tau (antigo Alfa II) e Zeta, além do deslocamento do Bloco Ômega, que estava
no espaço dos futuros Blocos Lambda e Rô. A Universidade recebeu, ainda, outra maquete, apenas dos Blocos Pi e Capa. A ampliação da área útil do campus motivou, também, a designação de novas nomenclaturas às edificações recém-concluídas ou em fase de construção, entre outras. No quadro a seguir, é possível observar as atuais e as novas denominações, bem como seus símbolos correspondentes (do alfabeto grego) e a descrição dos blocos:
Nomenclatura Atual
Nomenclatura Proposta
Símbolo
Bloco Alfa
Bloco Alfa
α
Bloco Institucional - salas de aula e laboratórios didáticos
Bloco Beta
Bloco Beta
β
Bloco Cultural - auditórios, bibliotecas e áreas administrativas
Bloco Gama
Bloco Gama
γ
Restaurante Universitário
Bloco Delta
Bloco Delta
δ
Bloco Institucional - laboratórios de pesquisa, salas de docentes e áreas administrativas
Bloco Épsilon
Bloco Épsilon
ε
Portaria principal
Bloco Alfa II
Bloco Tau
τ
Bloco Institucional - salas de aula e laboratórios
Bloco Ômega
Bloco Ômega
ω
Bloco Institucional - laboratórios de pesquisa
Bloco Zeta
Bloco Zeta
ζ
Bloco Institucional - salas de aula e laboratórios didáticos e de pesquisa
Bloco Lambda
Bloco Lambda e Rô
λeρ
Bloco Institucional - salas de aula, laboratórios, salas de docentes e áreas administrativas
-
Bloco Capa
κ
Centro de Convivência II - quadra poliesportiva coberta, área convivência e lazer
-
Bloco Pi
π
Hangar - laboratórios didáticos da engenharia aeroespacial
-
Bloco Psi
ψ
Centro de Convivência I - área de convivência e lazer
-
Bloco Mu
μ
Biotério
-
Bloco Ômicron
ο
Herbário
-
Bloco Phi
φ
Casa de Vegetação
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Descrição do Bloco
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Código de Ética da UFABC: consulta pública e roda de conversa com a comunidade Até o dia 3 de setembro estará aberta a consulta pública virtual sobre o Código de Ética do Servidor e do Discente da UFABC. O intuito é garantir à comunidade universitária o direito de opinar acerca do documento, elaborado por um grupo de estudos e trabalho instituído pela Reitoria1, composto por servidores técnico-administrativos, docentes e discentes. Além disso, no dia 21 de agosto, das 15h às 17h, será realizada uma roda de conversa presencial, no Campus Santo André (em sala a ser definida), com o mesmo objetivo. De acordo com a legislação relativa ao tema2, todos os órgãos e entidades da administração pública federal devem dispor de uma Comissão de Ética, que, por sua vez, deverá elaborar e propor alterações ao código de ética ou de conduta próprio. Segundo sua Portaria de instituição, o GETCE deverá construir um código de ética com o máximo de representatividade da comunidade interna, sustentado pelos pilares fundamentais da UFABC e seu posicionamento social como instituição de ensino, além do disposto na referida legislação. Participe! Conheça a proposta de Código de Ética do Servidor e do Discente da UFABC, envie comentários e sugestões por meio da consulta pública à comunidade universitária e compareça à roda de conversa.
Portaria da Reitoria nº 416, de 10 de outubro de 2016. Institui Grupo de Estudos e Trabalho (GETCE) responsável pela pesquisa e elaboração do Código de Ética do Servidor e do Discente da Universidade Federal do ABC (UFABC). Publicação: Boletim de Serviço da UFABC n° 596, de 11 de outubro de 2016, páginas 11 e 12. 1
Decreto nº 1.171, de 22 de junho de 1994. Aprova o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal. 2
Resolução nº 10, de 29 de setembro de 2008, da Comissão de Ética Pública da Presidência da República.
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Grupo promove discussão periódica sobre gestão por processos
Foto: https://goo.gl/w1qYxb
Servidores de diversos setores têm se reunido com o objetivo de trocar ideias e experiências sobre gestão por processos na UFABC. Sem caráter institucional, os encontros ganharam o nome de “Café com Processos” e acontecem em toda segunda quinta-feira de cada mês, das 10 às 12 horas, em local confirmado por lista contatos. A iniciativa surgiu como parte de um plano de ação do escritório de processos do Núcleo de Tecnologia da Informação (NTI) para integrar outras pessoas interessadas em debater o tema. O grupo é autogestionário e as reuniões contam com apresentações de cases, projetos, metodologias, videoaulas e discussões a respeito desse campo de conhecimento da gestão administrativa. O primeiro encontro aconteceu em abril e, desde então, já contou com a presença
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de servidores das pró-reitorias de Administração, de Assuntos Comunitários e Políticas Afirmativas, de Extensão e Cultura, de Planejamento e Desenvolvimento Institucional e de Pós-graduação; dos centros de Ciências Naturais e Humanas e de Matemática, Computação e Cognição; da Superintendência de Gestão de Pessoas, Secretaria Geral, Ouvidoria, Biblioteca e Auditoria, além do próprio NTI. Além das atividades nas datas programadas, o grupo promoveu visitas à Prodesp e ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP). Os interessados em participar das reuniões do Café com Processos devem se manifestar por e-mail (processos.nti@ufabc.edu.br), solicitando a inclusão em lista de contatos.
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‘Singularidade Somática’ estreia com Oficina de Contato/Jam em São Bernardo do Campo Ação apoiada pela Pró-reitoria de Extensão e Cultura realiza atividades com técnica de Contato Improvisação No mês de julho, o Auditório 001 do Bloco Beta foi palco da primeira oficina de Introdução ao contato/Jam dentro das atividades do Núcleo de Dança - Arte-Filosofia (DAAFI/UFABC) e do projeto Singularidade Somática: formação e criação em Dança Contemporânea, aprovado no Programa de Apoio a Ações de Cultura (PAAC) da Pró-reitoria de Extensão e Cultura, sob a coordenação da professora Franciane Silveira Freitas e do professor Carlos Eduardo Ribeiro. O projeto possui um calendário mensal de oficinas, além de aulas semanais. Cerca de 40 pessoas participaram da atividade, que propõe o diálogo com o Contato Improvisação por meio de técnicas presentes no Aikido, na coordenação motora e na Ideokinesis. O Contato Improvisação é uma dança criada pelo dançarino norte-americano Steve Paxton no início dos anos 70, na cidade de Nova Iorque, dentro de um contexto de contracultura, indo além dos padrões estéticos de dança para a época. Sua criação é fruto de esforços para proporcionar uma participação igualitária entre as pessoas, ou seja, não ditatorial nem excludente, ou que leve ao isolamento dos participantes ao improvisarem. As Jam Sessions de Contact Improvisation são feitas em grupo, utilizando recursos como o toque, o peso e a pressão ao lidarem com a inércia, o momento, o desequilíbrio e o inesperado, em situações de muito ou nenhum esforço aeróbico. Os praticantes têm em mente o cuidado e a responsabilidade consigo
e com o outro ao seguir as regras básicas de dar e receber o peso, seguir os pontos de contato, desorientar-se, relaxar, cair e rolar. Implica uma atenção voltada para o próprio corpo, explorando e estudando seus aspectos, compreendendo reflexos e a relação com a mente, o ambiente e os outros contatistas. Não é pautada no alto rendimento ou na competição, desenvolve-se na medida em que há cooperação e aprendizagem mútuas; a diversidade de corpos, as formações e experiências de cada pessoa são valorizadas (LEITE, 2005). A Ideokinesis é utilizada para favorecer o relaxamento muscular e a concentração durante o Contato Improvisação, visando melhorias no alinhamento da postura. Criada no início do século XX por Lulu Sweigard, "ideo" significa ideia e "kinesis", movimento. Essa dança trabalha a iniciação do movimento do corpo para a mente, de forma a melhorar o equilíbrio. As práticas e reflexões propostas no Contato Improvisação trouxeram aos participantes da oficina a oportunidade de experimentar um viés importante da Educação Somática, escopo formativo e criativo do DAAFI, hoje já bastante difundido na criação em dança contemporânea. Acompanhe as próximas oficinas e a abertura de editais nas páginas da ProEC: proec.ufabc.edu.br e facebook.com/ExtensaoeCultura.UFABC
Referência: LEITE, Fernanda Hübner de Carvalho. Contato improvisação (contact improvisation) um diálogo em dança. Movimento, v. 11, n. 2, 2005. Disponível em: <http://www.redalyc.org/html/1153/115316018007/>. Acesso em: 19 jul. 2017.
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Acessibilidade, para todos e para cada um “Sou
pardo, tenho cabelo curto e ondulado, orelhas grandes – minha marca registrada”. Essa foi uma das apresentações feitas na Roda de conversa: “Acessibilidade: precisa pedir?”, organizada pela monitora inclusiva Victoria Rossetto Costa com o apoio do Núcleo de Acessibilidade da ProAP, e que contou com a participação de alunos e alunas com deficiência e demais membros da comunidade. Não é comum apresentarmo-nos fisicamente para os outros. Isso porque já partimos do pressuposto de que todos(as) que estão por perto ou que assistirão à gravação enxergam. Não paramos para pensar que algo simples, como uma descrição física, pode auxiliar muitas pessoas que são deficientes visuais. O mesmo raciocínio vale para outras situações cotidianas, como quando falamos português no Brasil sem levar em conta que pode haver estrangeiros ou pessoas com deficiência auditiva, por exemplo, que precisam de “Acessibilidade não é só para cadeirante. É proporcionar acesso a qualquer pessoa. (...) Onde passa um cadeirante, passa qualquer pessoa”. “Acessibilidade é adaptar o ambiente e o espaço para que seja inclusivo para todo mundo, sem ter uma segregação”. “Acessibilidade é a quebra das barreiras que a própria sociedade constrói”. “Pode acontecer com todo mundo: acordar com alguma deficiência”. “A UFABC tem muitos desafios em acessibilidade, principalmente em São Bernardo do Campo”. Envie suas sugestões para comunicare@ufabc.edu.br
acesso àquele conteúdo. Ou quando organizamos uma atividade que tenha barreiras para um deficiente físico realizar e participar. A acessibilidade não é uma questão das pessoas com deficiência. É uma questão humana universal. Considerando que a diversidade humana é demasiado vasta, é preciso pensar, previamente, em projetos de ambientes e atividades que sejam de fato acessíveis para todos e todas, e que sejam desenhados com a perspectiva de contemplar a diversidade humana em seus vários aspectos. Algumas frases ditas por participantes da Roda ilustram os avanços que toda a sociedade e a comunidade universitária, como uma microssociedade focada no âmbito educacional, precisam realizar:
“Através da acessibilidade podemos fazer com que as pessoas se sintam parte de todos os locais”.
“As pessoas me perguntam: mas você ficou cega, mesmo? Quantos por cento?”
“As pessoas ainda acham que a gente (com deficiência) é incapaz”
“Ter deficiência física é uma ótima oportunidade. As pessoas invariavelmente olham e me dão oportunidade de olhar nos olhos dela. Sempre me oferecem a possibilidade de aceitar ajuda e perceber meu orgulho. Cada obstáculo é uma forma de admitir as minhas dificuldades e de permitir que as pessoas pratiquem a generosidade. Quando me olham com dó, posso oferecer alegria. Quando me olham com desprezo, posso oferecer paciência. Quando me olham com admiração, posso oferecer equanimidade. Quando me olham com curiosidade, posso oferecer acolhimento. Quando me olham com preconceito, posso oferecer compaixão”.
“Existem diversas formas de existir. Pessoas com deficiência têm uma maneira diferente de ouvir, de ver, de falar, de andar. Deficiência é uma característica. Parte da diversidade humana”. Núcleo de Acessibilidade proap.acessibilidade@ufabc.edu.br
ProAP
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Auditorito Olá, pessoal! Você sabia que a sua omissão diante de um fato irregular também está sujeita a sanção na Administração Pública?
UFABC
Hoje falaremos um pouco da omissão do gestor. E não pense que estamos falando só do seu chefe, não! Você também é gestor, todos nós somos: gerimos os recursos públicos da educação nacional em nossas tarefas cotidianas, em nossa Universidade Federal.
Como gestores, temos sempre a obrigação de conhecer as leis e prestarmos contas sobre o que gerimos. Algumas das formas de prestação de contas são as que apresentamos aos órgãos de controle que nos cercam, seja internamente, como a AudIn-UFABC, ou externamente, como a Controladoria-Geral da União (CGU) e o Tribunal de Contas da União (TCU). Esse último, aliás, publicou recentemente, no Diário Oficial da União, seu posicionamento, que chamamos de Acórdão, sobre a omissão de gestores diante das solicitações dos órgãos de controle (chamada omissão do dever de prestar contas) e das situações irregulares apontadas. O TCU, em seu Acórdão nº. 6032/2017/1ª Câmara, ao realizar apuração em uma universidade federal, posicionou-se de modo a realizar a aplicação de multa aos gestores que não responderem aos órgãos de controle, como a CGU e o próprio TCU, bem como a apuração de responsabilidade do gestor quando não se posicionar no intuito de cessar as irregularidades apontadas por aqueles órgãos.
De acordo com a legislação vigente e interpretação reiterada pelo TCU, a omissão do gestor, seja em prestar contas ou diante de irregularidades apontadas pelos órgãos de controle, é considerada “[...] falha esta da maior gravidade no regime republicano, conduta que por si só viola princípio fundamental da República, constitui ato de improbidade administrativa [...] e faz nascer a presunção de desvio dos recursos, conforme assentado na jurisprudência desta Corte [...]” (TC010.911/2010-3/Acórdão nº. 407/2012/TCU-2ª Câmara, p.4). Assim, seja você, como gestor operacional no dia a dia de suas atividades, ou seja seu chefe, gestor tático ou estratégico na UFABC, todos devem estar atentos a prestar contas sobre o recurso público administrado, tanto nas formalidades respondidas aos órgãos de controle como nas documentações e prazos exigidos por normas e legislações específicas, evitando a omissão diante do conhecimento que lhe é dado pela AudInUFABC e pelos demais órgãos de controle. Fiquem atentos! Abraços, Auditorito.
Auditoria Interna Envie suas sugestões para comunicare@ufabc.edu.br
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Aline Guarnieri Gubitoso
Alocaçōes, estabilidade e otimização: uma introdução passo a passo Aline Guarnieri Gubitoso e Vinicius Cifú Lopes
Este livro trata da formação de correspondências estáveis entre agentes ou entidades de qualquer natureza, como, por exemplo, casar homens e mulheres de modo que dois participantes não se sintam frustrados por não estarem casados entre si. Um procedimento passo a passo para atingir esse objetivo foi documentado, de modo geral, em 1962, e teve tanto desenvolvimento e aplicabilidade que foi reconhecido em uma premiação Nobel cinquenta anos depois.
É, portanto, um assunto perfeito para desenvolver o raciocínio lógico, tomar contato com tópicos de economia, computação e matemática, conhecer o trabalho acadêmico e investigar soluções para problemas correlatos. Os estudantes do ensino médio ou no início da formação universitária encontram, aqui, um tema para estudo individual ou sob a supervisão de um professor. São apresentados os problemas dessa área e metodologias para resolvê-los, com destaque para o algoritmo de Gale-Shapley; considerações sobre eficiência; variantes que incluem indiferenças, grupos com números diferentes de agentes com várias conexões, como universidades com múltiplas vagas para vestibulandos e o caso histórico da residência médica nos EUA; a otimização linear, o algoritmo Simplex e a resolução desses problemas no Excel; a possibilidade de manipulação das alocações, ou "trapaça", e práticas para sua redução; e a questão de parear elementos de um único grupo, como colegas em quartos. Como um desafio concreto, o último capítulo explora o sistema de matrículas em disciplinas na
É estudante de graduação do Bacharelado em Ciências e Humanidades e do Bacharelado em Relações Internacionais da UFABC. Atualmente, é membro do grupo de pesquisa "A inserção internacional brasileira: projeção global e regional" e coordenadora do projeto "Simulação de organismos e organizações internacionais" na UFABC. Sua principal área de pesquisa é o direito internacional, com destaque para o direito humanitário e do refugiado e o comércio exterior.
Vinicius Cifú Lopes É professor da UFABC, credenciado nos cursos de Ciência e Tecnologia, Matemática e Ciência da Computação, e ministra aulas sobre cálculo, análise, álgebra linear e programação. Sua principal área de pesquisa é a lógica matemática, com Bacharelado e Mestrado em Matemática pela Universidade de São Paulo e Doutorado em Matemática pela Universidade de Illinois. Publica artigos em periódicos científicos, livros didáticos para o ensino superior e profere palestras em congressos especializados.
Universidade Federal do ABC, que privilegia a livre formação curricular, e uma sugestão dos autores para a implantação das técnicas desenvolvidas.
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Depois de Cem anos de solidão, de Gabriel García Márquez, temos a indicação de outro clássico, agora dos cinemas, que também está nas bibliotecas da UFABC: Tempos Modernos, de Charles Chaplin. Aproveite a dica do colega Rafael S. Martins, Técnico em Assuntos Educacionais da ProGrad.
Imagem: br.pinterest.com
Tempos Modernos: algumas notas A célebre obra Tempos Modernos (1936), longa metragem dirigido e estrelado por Charles Chaplin, retrata a história ficcional de um jovem operário que poderia ter vivido em uma grande cidade industrial inglesa na primeira metade de século XX. A despeito da história ambientar-se em um período que já remonta a mais de 80 anos, é incrível a atualidade da obra em tempos que dali decorreram, ou até mesmo hoje em dia, sobretudo se pensarmos na atual conjuntura em que se discute a reforma trabalhista e a retirada de direitos. Ao longo da história, são transcorridas cenas que, numa mescla de comédia e tragédia, por décadas instigaram espectadores a pensar acerca de quais rumos o mundo laboral moderno estaria oferecendo à sociedade. Evidenciase, desde o início do filme, o papel desempenhado pela tecnologia como moldadora das ações e relações humanas. Essa evidência foi insuflada, por exemplo, por cenas como as que mostraram a massa de operários sendo transportada por um metrô até seus locais de trabalho, ou outras em que é mostrado um contingente de trabalhadores iniciando uma jornada de trabalho que é regulada por um apito controlado por uma máquina. Algumas dessas situações poderiam ser pensadas como corriqueiras e banais ao indivíduo já habituado ao cotidiano de uma grande cidade industrial do século XX, mas, sob a ótica do filme, as cenas são mostradas através de sua face mais perversa. Temos como exemplo a cena do desembarque dos operários na estação de metrô, momento que, por meio de flashes, pode ser comparado à condução de uma manada de porcos em direção ao abate. Com isso, tem-se clara a proposta do filme: instigar as pessoas a pensar de forma crítica sobre o modo como se colocava a situação do indivíduo nesse mundo tão caracterizado pela incorporação de tecnologias. Como trabalhador, indico o filme para todos(as) os(as) colegas, demais trabalhadores da UFABC. A atualidade da obra, sem dúvida alguma, justifica a qualificação do filme como um clássico do cinema mundial. Recomendo! Imagem: questcosmic.wordpress.com
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Você já foi à Biblioteca hoje? Quer ser o próximo a indicar um livro ou um filme do nosso acervo? Vá a uma das nossas bibliotecas, ative seu cadastro, faça seus empréstimos e envie-nos um texto contando o que você achou! Envolva-se! EnTrame-se! Anote o e-mail para recebimento da sua indicação: servicos.biblioteca@ufabc.edu.br
Biblioteca
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