Informativo Interno nº 212 - novembro de 2017
Direitos Humanos na UFABC
O que é uma ação de auditoria compartilhada?
Editora divulga livro sobre crescimento, flutuações e endividamento externo na economia norte-americana EnTrame-se: dicas de filme de faroeste e livros da Série Napolitana, disponíveis nas Bibliotecas da UFABC
Informativo Interno da Fundação Universidade Federal do ABC nº 212 – novembro de 2017
Direitos Humanos na UFABC Na semana passada, dois eventos importantes serviram para mostrar a força que a pauta dos Direitos Humanos vem assumindo em nossa Universidade: no dia 16 de novembro, no Campus São Bernardo do Campo, foi celebrado o lançamento do Plano de Trabalho que apresentamos ao MEC como desdobramento de nossa adesão ao Pacto Nacional Universitário pela Promoção da Diversidade, da Cultura de Paz e dos Direitos Humanos; no dia seguinte, 17 de novembro, realizou-se o II Seminário Internacional de Educação em Direitos Humanos da UFABC. Ao aderir ao referido Pacto Nacional de Direitos Humanos, em 6 de fevereiro deste ano, a UFABC assumiu o compromisso de constituir, em até 30 dias, um Comitê Gestor do Pacto, composto por dirigentes, docentes, técnicos administrativos e discentes, e de, por meio desse Comitê, apresentar um Plano de Trabalho para a efetivação do Pacto, contemplando cinco eixos de atuação: ensino, pesquisa, extensão, gestão e convivência universitária. Isso foi feito no âmbito da Coordenação de Direitos Humanos da ProAP, responsável pela implementação do Pacto, e foram levadas em conta tanto iniciativas já existentes na UFABC como projetos de ações futuras, algumas das quais já realizadas neste ano – como a criação da reserva de vagas para refugiados e a regulamentação do uso dos banheiros de acordo com o gênero com o qual a pessoa se reconhece. Tais iniciativas – 63 ao todo! – foram, por seu turno, distribuídas pelo Plano de Trabalho em cinco linhas de ação prioritárias: (i) Incentivo à produção e disseminação de conhecimento em temas de Direitos Humanos;
(ii) Promoção de equidade e da autonomia de grupos em situação de discriminação, violência ou vulnerabilidade no âmbito dos Direitos Humanos dentro e fora da Universidade; (iii) Implementação de políticas de recrutamento, avaliação, remuneração e promoção no âmbito das atividades de Ensino e Pesquisa da Universidade; (iv) Promoção de cursos de capacitação e instâncias de discussão e troca de experiências em temas de Direitos Humanos visando à promoção da tolerância à diversidade dentro e fora do ambiente universitário; (v) Estabelecimento de canais e ações institucionais voltados à promoção da tolerância à diversidade e ao recebimento, apuração, acompanhamento e encaminhamento de situações de desrespeito e violência no meio acadêmico. Entre tais iniciativas conta-se o novo curso de Especialização em "Direitos Humanos, Diversidade e Violência", cuja primeira turma compareceu em peso ao evento de lançamento do Plano, bem como o curso de Especialização em "Educação em Direitos Humanos", um projeto iniciado em 2014 pela UFABC, em parceria com a SECADI/ MEC e a Secretaria Municipal de Educação de São Paulo – contexto a partir do qual foram realizados os Seminários Internacionais de Educação em Direitos Humanos (cuja segunda edição, como visto, aconteceu no dia 17 de novembro). Num momento como o atual, atuar em prol dos Direitos Humanos assume fundamental importância. Que a UFABC possa contribuir, com seu habitual protagonismo, para os avanços nesse campo. Fernando Costa Mattos Pró-Reitor de Assuntos Comunitários e Políticas Afirmativas
ProAP Envie suas sugestões para comunicare@ufabc.edu.br
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Auditorito Olá pessoal! Você sabe o que é uma ação de auditoria compartilhada?
Nesta edição vamos nos familiarizar com um termo bastante utilizado recentemente e que, na AudIn, tem um significado peculiar: estamos falando do termo compartilhar.
No nosso dia a dia, principalmente nas redes sociais, deparamonos com o compartilhamento de muitas coisas – amizades, fotos, ideias, ideais etc. –, que normalmente representa a sintonia entre pessoas com pensamentos similares. Mas você deve estar se perguntando: e na Auditoria Interna, o que representa esse termo? E quando se fala em “ação de auditoria compartilhada”, o que isso significa? Pois bem, no caso da AudIn, o compartilhamento continua representando a sintonia entre ideais similares, mas pelo melhor uso do recurso público, de acordo com o que define a legislação e os resultados efetivos à sociedade. Ação de auditoria, sabemos, é o nome que se dá à atuação da AudIn na análise dos controles dos riscos de cada processo/procedimento auditado. Entretanto, todo compartilhamento é feito com mais de um interessado e, neste caso, a AudIn o faz com a ControladoriaGeral da União (CGU), a quem somos tecnicamente vinculados.
UFABC
Assim, uma ação de auditoria compartilhada no âmbito da UFABC é um trabalho da AudIn-UFABC com a CGU, em que ambas realizam, em conjunto, todas as etapas de uma ação de auditoria: o planejamento, o programa (definição de escopo e cronograma), os trabalhos em campo (análise de documentação e verificações in loco, quando necessárias), o relatório preliminar, as análises das manifestações dos responsáveis e o relatório final, ficando a cargo da CGU a coordenação da ação e o posterior monitoramento das providências acordadas. Ações dessa natureza são mais comuns quando se trata de processos mais complexos, que envolvem maior materialidade e grau de risco, além de elevada técnica e conhecimentos específicos, como por exemplo, ações de auditoria em obras dos campi da Universidade. Aliás, neste momento estamos nesse processo: temos em curso uma ação de auditoria compartilhada nas obras do Campus SBC da UFABC. Uma ação detectada pela AudIn como necessária, devido ao grau de risco obtido da aplicação da metodologia da Auditoria Baseada em Riscos (ABR) em 2016, contida do Plano Anual da Auditoria Interna de 2017, iniciada (estudos preliminares) no mês de maio do corrente exercício. Atualmente, encontra-se na fase das manifestações dos gestores responsáveis quanto às constatações contidas do Relatório Preliminar. E você, o que acha de compartilharmos um ideal e monitorarmos juntos o melhor uso do recurso público em prol da nossa Universidade? Contem conosco! Abraços e até o próximo Comunicare! Auditorito.
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Vitor Eduardo Schincariol
Crescimento, Flutuaçoes e Endividamento Externo na Economia dos Estados Unidos: 1980-2000 Vitor Eduardo Schincariol
Desde o final dos anos 1970, havia quem previsse a perda irreversível de importância dos Estados Unidos no contexto econômico mundial. Na década seguinte essa percepção fortaleceu-se, diante do intenso crescimento das economias do Japão e da Alemanha Ocidental. Mas algo aconteceu e levou a uma aparente reviravolta do cenário nos anos 1990, visível pelo menos até o crash de 2007-2008. Nesta obra, o autor explica o que, entre 1980 e 2000, reverteu as expectativas e
consolidou a posição central dos Estados Unidos. Por meio do endividamento externo da economia, a partir da segunda metade da década de 1980, os Estados Unidos atenuou (e atenua ainda hoje) as decorrências macroeconômicas advindas da tendência para a estagnação do Produto Interno Bruto (PIB), aliado ao movimento de ‘financeirização’ que também contribui para reverter os efeitos da diminuição da acumulação produtiva. Argumenta-se, no entanto, que o endividamento externo atenuou, mas não solucionou fundamentalmente, a continuidade da queda do investimento produtivo ao longo do tempo, processo que teria conduzido a economia a taxas ainda menores de crescimento caso houvesse a diminuição do papel hegemônico do dólar na economia mundial. Em sua investigação, Vitor Schincariol aplica métodos de abordagem empírica em uma viagem através de ampla base de dados, capaz de fornecer elementos que consolidam sua interpretação. As tabelas elaboradas exploram o
É Doutor pela Universidade de São Paulo. Professor Adjunto Nível 4 da Universidade Federal do ABC (UFABC) desde 2012, no Bacharelado em Ciências Econômicas. Membro do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas e Sociais da UFABC. Pesquisador na área de economia brasileira, história econômica, economia ecológica e desenvolvimento econômico.
comportamento da massa de lucro, da taxa de lucro, da composição orgânica do capital, da taxa de mais-valia etc. em numerosos ramos da atividade econômica. É possível, assim, observar a tendência dos movimentos dessas grandezas em suas expressões aproximadas em cada conjunto, sua aproximação com as políticas adotadas por cada diferente governo, e verificar os resultados de suas intenções. Isso permite ao autor atualizar para o caso norteamericano as teorias das crises e da acumulação de capital. Acompanhe a entrevista concedida pelo autor em http://ufabc.net.br/ edufabccrescimento
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No EnTrame-se deste mês, temos dicas imperdíveis do nosso acervo! Natália Gea, servidora da Editora da UFABC, destaca um clássico do “Faroeste Spaghetti”: o filme Três homens em conflito, dirigido por Sérgio Leone. Já Romildo Gregório Lima, servidor da Biblioteca, faz desfilar diante de nossos olhos os títulos da série Napolitana, de Elena Ferrante. Aproveitem!
Três homens em conflito, do diretor italiano Sérgio Leone, tem uma trama daquelas que nos fazem perguntar o porquê de não termos assistido a esse filme antes. O clássico compõe a trilogia dos dólares, sendo a sequência de “Por um punhado de dólares” e “Por uns dólares a mais”. Com a brilhante trilha sonora do mestre Ennio Morricone, “Três homens
em conflito” é um dos responsáveis por renovar o tradicional gênero do faroeste, culminando no que viria a ser chamado de “Faroeste Spaghetti”. O filme foi a terceira parceria entre Leone e Clint Eastwood, que merece destaque pela sua atuação como o pistoleiro sem nome. Elli Wallach e Lee Van Cleef completam a trama com uma contribuição incrível ao desenvolvimento das personagens. O enredo acompanha a trajetória dos três pistoleiros em busca de um tesouro enterrado em meio à Guerra Civil dos Estados Unidos, e foi construído de tal forma que as quase três horas do longa passam despercebidas. O duelo final no cemitério, com movimentos rápidos de câmera, o famoso close-up nos atores e a trilha sonora de Morricone
Imagens: https://www.google.com.br/
A Série Napolitana No mundinho “Caras da Literatura”, paira um mistério que só a união de Sherlock Holmes, Hercule Poirot e Miss Marple poderiam solucionar: afinal, quem é Elena Ferrante? Sim, a autora dos livros que estou indicando prefere manter-se anônima sob seu nome de guerra, está se lixando para os holofotes. Algo surreal nesta época de famosidades e gente
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garantem a obrigatoriedade e a recomendação do filme, mesmo para quem não é fã do gênero. Herdei a paixão pelo cinema, mais especificamente pelo Faroeste Spaghetti, do meu pai. Ao saber que este título compunha o surpreendente acervo da biblioteca, não tive dúvidas em optar por ele. A admiração por este filme e por sua trilha sonora é tanta que a música "Il buono, il brutto, il cativo” (tema da abertura) é o toque do meu celular. Caso alguém se interesse por assistir ao filme após ler este texto, ficarei feliz em saber o que acharam. Natália Gea é aluna e técnica administrativa da Universidade, lotada na Editora da UFABC, sendo fiel usuária da Biblioteca do Campus Santo André.
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doida para aparecer, mesmo que sem méritos para tal. Cá pra nós, esse mistério fica em segundo plano quando começamos a ler A amiga genial, o primeiro dos livros da série Napolitana. Nos quatro livros da série, conhecemos a amizade de Elena e Lila, desde a infância, num bairro pobre de Nápoles, até a velhice das personagens. Tudo sob o olhar da Elena, que narra a história. Mas tire o cavalinho da chuva se você espera uma historinha melosa, uma amizade canina sem rusgas. Trata-se de uma amizade
tensa de duas mulheres diferentes e complexas, afeto e concorrência velada, atração e repulsa. A partir daí, somos consumidos por dúvidas como: “o que acontecerá com a Elena?”, “qual é a da Lila?”, “de quem será o coração do Nino?”, “quem deterá os Solara?” Com esses e outros mistérios, quem se lembrará de perguntar quem é Elena Ferrante? E, entremeando as aventuras e desventuras de Elena e Lila, todo o contexto da Itália do pós-guerra, da emancipação feminina numa sociedade pra lá
de machista (lembra algo?), das utopias e desilusões políticas, de uma sociedade que se transforma e se tensiona com o status quo. Não sei quem é Elena Ferrante, mas seja quem for, essa senhora misteriosa escreve muito bem e merece sua atenção. Romildo Gregorio de Lira é assistente administrativo, trabalha na Biblioteca, Campus Santo André, e é um dos responsáveis pelo desenvolvimento do nosso acervo de literatura e por nossa filmoteca.
Você já foi à Biblioteca hoje? Quer ser o próximo a indicar um livro ou um filme do nosso acervo? Vá a uma das nossas Bibliotecas, ative seu cadastro, faça seus empréstimos e mande-nos um texto contando o que você achou! Envolva-se! EnTrame-se! Anote o e-mail para recebimento da sua indicação: servicos.biblioteca@ufabc.edu.br
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