Boletim Judaico-Adventista de Informação
SHABAT,
24 de fevereiro de 2018 9 de Adar de 5778 Edição 769 jewishadventist.org
PARASHÁ DA SEMANA
Tetsavê
ְתּ ַצוֶּ ה
Êxodo 27:20-30:10
HAFTARÁ
ESCRITOS APOSTÓLICOS
Ezequiel 43:10-27
Efésios 6:11-17
Boletim semanal de informação e treinamento publicado pelo World Jewish Adventist Friendship Center (Centro Mundial de Fraternidade Judaico-Adventista) com o apoio da Conferência Geral Escritório da Missão Adventista
24 de fevereiro de 2018 9 de Adar de 5778 Edição 769
Edição em Inglês Richard-Amram Elofer richard@elofer.com
Pedidos de Oração Oramos semanalmente pelo Ministério Judaico. Sugiro que oremos de 25 de Fevereiro a 3 de Março pelos judeus e a congregação messiânica na Jamaica onde algumas oportunidade se abrem. Oremos pela liderança adventista na Jamaica.
Edição em Russo Alexandra Obrevko sashok_l@mail.ru Edição em Francês Sabine Baris sabinebaris@gmail.com Edição em Português Carlos Muniz cdmuniz@gmail.com Edição em Holandês Hubert Paulleta hpauletta@hotmail.com Edição em Português Editor Carlos Muniz Projeto gráfico Henrique Felix Parashá Infantil Darlan Grossi e Leticia Assef Contextualização Carlos Muniz, Cristiano Sampaio, Roberto Rheinlander, Thales de Oliveira e Vinicius Assef Para mais informações acesse jewishadventist.org
Nesta Edição Notícias 3 Parashá 4a7 Haftará 8 Escritos Apostólicos 8 e 9 Canto da Inspiração 9 Histórias e Tradições 10 Parashá Infantil 11
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der sobre o judaísmo e Israel, assistir videos e ler artigos sobre o assunto. WEBRADIO shema-israel-radio.com Rádio online para quem gosta de ouvir músicas judaicas ou messiâncias, além de poder ouvir a B’rit Hadashá em hebraico. SITE RUSSO boruh.info Site em russo, com muitos artigos e a parashá enviados semanalmente.
NOTÍCIAS
Comunidade Judaica Marroquina
R
ichard Elofer, diretor do World Jewish Adventist Friendship Center (Centro Mundial de Fraternidade Judaico-Adventista), usou suas férias de uma semana de 11 a 18 de fevereiro para visitar a comunidade judaica em Marrakech, no Marrocos. Esta comunidade é uma das mais antigas do mundo. Há vestígios de sua presença no país nos últimos 2600 anos. Na verdade, os primeiros judeus chegaram a Marrocos logo após
Medina, e dentro dela há um bairro judeu que é preservado até hoje. Este bairro judeu se chama Melach. Quem conhece o hebraico lembra que esta palavra significa “sal”. O Mar Morto, por exemplo, é chamado Yam HaMelach “o mar salgado”. A avó de Richard Elofer nasceu em 1910 no Melach de Marrakech e depois que se casou com seu avô, eles se mudaram para o Melach de Casablanca. Esta palavra de Melach nos lembra a palavra de
a primeira destruição de Jerusalém pelos babilônios. De acordo com a tradição, Jeremias deixou Jerusalém com um grupo de judeus e foi ao Egito onde morreu. No entanto, antes de morrer, ele pediu aos judeus que estavam com ele que não ficasse no Egito, assim, após sua morte, continuaram sua viagem pelo norte da África, atravessando a Líbia e o Magreb (que hoje são Tunísia, Argélia e Marrocos). Quando eles chegaram a este pedaço de terra que é hoje Marrocos, eles se estabeleceram lá. Outros judeus fizeram a mesma viagem após a segunda destruição de Jerusalém, e foram estabelecidos nesta parte do Norte da África que estava sob o Império Romano. Este contingente de judeus foi mais tarde aumentado por judeus da Espanha que, fugindo da Inquisição católica espanhola, estabeleceram presença no norte da África, principalmente nos centros comerciais urbanos.) Cada grande cidade de Marrocos (Rabat, Fez, Meknes, Marrakech, Casablanca, Agadir) tem uma cidade antiga chamada
Yeshua: “Vós sois o sal da terra” (Mateus 5:13a), em todas essas cidades de Marrocos, os judeus deixaram a lembrança de que eram o sal da cidade. Yeshua continua dizendo “mas se o sal se tornar insípido, com que se há de restaurar-lhe o sabor?” (Mateus 5:13b). Richard Elofer, falando com os marroquinos que viviam hoje nessas cidades antigas, recebeu o testemunho deles (em Tânger e em Marrakech) de que a cidade perdeu muito com a partida dos judeus que moravam lá. O Marrocos é um dos raros países de maioria muçulmana onde os judeus podem viver em paz. Hoje, cerca de 15000 judeus vivem no Marrocos. As imagens aqui publicadas são da sinagoga de Marrakech que se tornou um museu. Se você tiver a oportunidade de visitar o Marrocos, não hesite em perguntar onde está o Melach daquela cidade; você descobrirá coisas bastante interessantes sobre a história judaica local.
Shabat etíope na Beit Shalom, NY
J
orge Lazarus, de Nova York envia uma notícia sobre o Shabat etíope especial na congregação Beit Shalom em 24 de Fevereiro. O endereço é: 7 Shelter Rock Rd. Manhasset, NY. 3
PARASHÁ
Êxodo 27:20-30:10
Tetsavê
ְתּ ַצוֶּ ה
O
Eterno diz a Moshe que ordene o povo a fornecer azeite puro para a Menorá no Mishkan (Tenda do Encontro) Ele também ordena a Moshe que organize a confecção dos bigdei kehuná (vestes sacerdotais): Um peitoral, um éfode, uma túnica colorida, um turbante, uma faixa, uma placa na testa e tecido de linho. Após terminar a confecção, Moshe faz uma cerimônia de sete dias para consagrar Aharon e seus filhos. Isto incluiu oferecer
sacrifícios, vestir Aharon e seus filhos em suas respectivas roupas e ungir Aharon com óleo. D’us ordena que toda manhã e tarde, uma ovelha seja sacrificada no altar do Mishkan. Esta oferta deveria ser acompanhada por uma oferta de refeição e libações de vinho e óleo. D’us ordena que um altar para incenso seja feito de madeira de acácia e coberto de ouro. Aharon e seus descendentes deveriam queimar incenso neste altar diariamente.
LUZ E BONDADE A parashá começa dizendo: “E tu ordenarás aos filhos de Israel que te tragam azeite de oliveira puro, batido, para iluminação, para acender a lâmpada contínua.” (Êxodo 27:20). O Midrash (tradição judaica) comenta neste verso que o Altíssimo não precisa realmente desta luz mas que apesar disto, devemos acender uma luz por Ele assim como ele faz luz para nós. Além disso, o Midrash dá a analogia de uma pessoa cega e uma pessoa que pode ver que estavam caminhando juntos. A pessoa com visão conduziu a pessoa cega por todo o caminho. Quando chegaram ao seu destino, a pessoa que enxergava disse à pessoa cega que acendesse uma luz. “Eu quero que você faça isso”, disse ele, “para que você não sinta uma mera gratidão por tudo o que fiz por você. Agora você me fez algo em troca.“ O rabino Yeruchem Levovitz comen-
ta que, a partir daqui, vemos o que é a bondade total. Há muitas segundas intenções que uma pessoa pode ter quando faz favores para os outros. O máximo em fazer bondade é fazê-lo sem expectativas por algo em troca. Este Midrash deve ser nosso guia quando fazemos um favor para outra pessoa. Nossa atitude deve ser totalmente ajudar alguém e não esperar nada em troca, nem mesmo gratidão. A TENDA DO ENCONTRO A Torá continua: “Na tenda da reunião [Ohel Moêd], fora da divisória que está sobre o Testemunho” (Êxodo 27:21). O nome mais comum do Tabernáculo é “Tenda do encontro” אהל מועO Ohel é “a tenda”, e Mo’ed é o tempo - aqui, o local do encontro. Ohel Mo’ed é o lugar projetado especialmente para a revelação da presença de D’us em Israel por meio da aceitação da Torá e 4
PARASHÁ
compromisso total com ela. Isto sob a influência do Santuário ou, o lugar designado por D’us para Sua revelação a Moshe por amor a Israel. Assim como o lugar onde Israel deve renovar cada dia sua aliança com D’us, um lugar de encontro para se juntar com o Eterno. Segundo o rabino Hirsch, o Santuário é o lugar da Palavra e a fonte da luz. A Ohel Moed, é a Tenda de Encontro com o Todo Poderoso e de nutrição constante da luz sobre a “árvore da vida” do crescimento espiritual da nação.
Nadav e Avihú, Elazar e Itamar – os filhos de Arão.” (Êxodo 28:1b). Aharon e seus filhos deveriam ser separados do povo de Israel: לכהנו ליlecahano li não “traga-os a mim” mas “trabalhem para mim”. O rabino Hirsch nos lembra que o verbo Kahan no the pi’el, nunca significa “nomear alguém como sacerdote”, mas sempre “atuar como sacerdote”. O ÉFODE A ordem de D’us para o peitoral como o éfode é dada neste capítulo: “E farás o peitoral do juízo [Hóshen Mishpát], obra de artista; como o feitio do éfode o farás; ouro, tecido de lã azul celeste, púrpura, carmesim e linho torcido o farás. Será quadrado e dobrado – um palmo de comprimento e um palmo de largura. E o encherás com pedras – quatro fileiras de pedras; uma fileira: rubi, topázio e esmeralda, a primeira fileira. E a segunda
NOMEANDO O COHEN GADOL O capítulo 28 começa dizendo: “E tu, faz chegar a ti a Arão, teu irmão” (Êxodo 28:1a). Em hebraico, temos a mesma palavra que começa neste capítulo 28 e a parasha (27:20) Atá “tu”. Você como transmissor e representante de D’us terá que nomear o Cohen Gadol (Sumo Sacerdote). Esta ação também se reflete na halachá (lei judaica) sobre a nomeação do Cohen Gadol; apenas o Sinédrio (conselho de 70 anciãos), como representante do povo e do Eterno pode nomear o Sumo Sacerdote sobre o Santuário. O verso continua: “e a seus filhos com ele, dentre os filhos de Israel, para servir-Me: Arão,
“E farás o peitoral do juízo, obra de artista; como o feitio do éfod o farás; ouro, tecido de lã azul celeste, púrpura, carmesim e linho torcido o farás.” Êxodo 28:15
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PARASHÁ
fileira: carbúnculo, safira e diamante. E a terceira fileira: opala, ágata e ametista. E a quarta fileira: crisólito, ônix e jaspe; engastadas em ouro estarão em seus encaixes. (Êxodo 28:15-20). Cada pedra representava uma das doze tribos. Rubi Reuven
Topázio Shimeon
Esmeralda Levi
Carbúnculo Yehudá
Safira Issachar
Diamante Zevulun
Opala Dan
Ágata Naftali
Ametista Gad
Crisólito Asher
Ônix Yosef
Jaspe Binyamin
em seu redor. Campainha de ouro e romã, campainha de ouro e romã sobre as orlas do manto, em seu redor. (Êxodo 28:33,34). Dois comentaristas judeus discutem juntos sobre os sinos. Rashi diz que os sinos foram colocados entre cada romã e o Rambam diz que não; que os sinos estavam dentro das romãs. quem está certo? Olhando para o versículo 35. Quando a Torá fala dessa túnica com seus sinos e romãs, diz: “E estarão sobre Arão para servir; e será ouvida sua voz em sua vinda ao lugar da santidade, diante do Eterno, e em sua saída, e assim não morrerá.” (Êxodo 28:35). Os Rabinos concluem a partir deste texto que “Certamente, se queremos que o som dos sinos seja ouvido, seria melhor fazê-los sair ao ar livre. Se fossem colocados dentro das romãs de lã, seu som seria abafado. Isso parece apoiar a visão de Rashi sobre a posição dos sinos sobre a do Rambam”. Cada peça do Sumo Sacerdote nos ensina sobre a expiação feita por ele. Assim, a tradição diz que o manto expõe o som negativo do discurso maligno. É interessante e importante compreender o vínculo entre as vestes do Sumo Sacerdote e o perdão/expiação para entender que sua vida é uma ilustração da vida e do trabalho do Messias. Yeshua, o Messias, é nosso Sumo Sacerdote ou Cohen Gadol, não porque ele seja descendente de Arão, mas porque seu sacerdócio é universal ilustrado pelo sacerdócio de Melquisedeque, a quem Avraham deu seus dízimos. A B’rit Hadashá diz: “No entanto, pelo fato de viver
Este peitoral ou éfode é uma lição de amor muito forte de D’us. Como Ele escolheu Israel como seu próprio povo, Israel tornou-se o centro de sua atenção, Seus cuidados e Sua graça. O Sumo Sacerdote é o representante do Altíssimo, então, Ele ordena que ele carregue o nome das tribos de Israel em seu peito e em seu ombro. Sua intercessão é sempre eficiente. A ROUPA DO COHEN GADOL A roupa, com sinos de som agradável tinha especificações. A Torah diz: “E romãs de tecido de lã azul celeste, púrpura e carmesim, farás sobre suas orlas, em redor; e, entre elas, campainhas de ouro
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PARASHÁ
para sempre, sua posição de kohen não é passada a nenhum outro; consequentemente, ele é capaz de libertar de forma total quem se aproxima de D’us por seu intermédio, porque vive para sempre e é, portanto, capaz para sempre de interceder a favor deles.” (Hebreus 7:24,25). Meditemos sobre a expiação trazida pelo Messias/Cohen Gadol e aplicada a nós através de Yeshua HaMashiach.
histórico para explicar a definição da palavra. Em vez disso, ele está explicando que a razão psicológica e emocional por trás desse costume medieval oferece uma visão da condição humana. Esta visão pode ser usada para explicar por que a Torá se refere ao processo de iniciação como “preencher as mãos”. Estamos expressando a nossa confiança de que o indivíduo recém-nomeado desempenhará as suas responsabilidades de forma competente e encontrará a sua realização através deste serviço.
ENCHER AS MÃOS DELES A Torá diz: “E farás vestir a eles – a teu irmão Arão e a seus filhos – com ele; e os ungirás, os consagrarás e os santificarás, e Me servirão.” (Êxodo 28:41). O rabino Zweig diz que a Torá relata que Moshe é instruído a ungir Aharon e seus filhos e “encher suas mãos”. Rashi explica que a expressão “preencher as mãos” refere-se ao ato de ordenação. Rashi acrescenta que, na época medieval, um oficial novato tinha uma luva na mão para simbolizar sua nova posição de autoridade. Da mesma forma, explica Rashi, a Torá usa a expressão “preencher as mãos” para indicar a conferência de uma nova autoridade. O Rambam questiona o fato de Rashi associar um costume medieval com o uso da expressão na Torá. Qual significado deve ter essa prática medieval sobre a definição de uma expressão da Torá? As mãos de uma pessoa refletem seu estado de espírito. Se é uma pessoa agitada, ela está revelando que ele está nervosa e insegura, características que geralmente estão presentes em um indivíduo incompleto. Colocando algo dentro da mão de uma pessoa para ela entender, aquilo estabiliza sua mão. Ao colocar a luva nas mãos do oficial, indicamos nosso desejo de que ele seja completo. Em um palavreado, usamos a expressão “ter um controle sobre as coisas” para indicar competência. Rashi não menciona um costume
“E tomarás um dos carneiros, e Arão e seus filhos colocarão suas mãos sobre a cabeça do carneiro. E degolarás o carneiro, tomarás seu sangue e o espalharás sobre o altar, ao redor.” (Êxodo 29:15,18) Êxodo 29:15,18
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HAFTARÁ
Ezequiel 43:10-27
C
escreveu um livro sobre Ezequiel publicado pela Pacific Press Publishing House em 1997. Ele afirma nas páginas 221 e 222: “A glória do Eterno agora se faz presente em Sua casa. Agora que Ele está ali, é mais do que apropriado adorá-lo por meio de sacrifícios que faz Ezequiel descrever sobre o altar e sua dedicação. O altar é construído em três estágios numa base larga. São 10 cúbitos de altura (43:13,14). Em medidas atuais, cerca de 5 metros. Seu topo é chamado lareira no texto porque ali o fogo era aceso. E media 12 cúbitos quadrados (cerca de 6 metros). Esta impressionante estrutura foi construída essencialmente com as mesmas dimensões do altar do Templo construído por Shelomo (2 Crônicas 4:1) era tão alto que era alcançado por degraus no lado leste (Ezequiel 43:17). Quando o sacerdote subia os degraus, ele via as portas do Templo, onde estava a glória de D’us.”
onforme a Parashá descreve o Santuário e seus serviços, o texto escolhido para a Haftará também é sobre o Santuário: “Tu, pois, ó filho do homem, mostra à casa de Israel este templo, para que ela se envergonhe das suas iniquidades; e meça o modelo.” (Ezequiel 43:10). As iniquidades citadas referem-se ao que Ezequiel já disse no início do livro e especialmente as iniquidades de Israel e seus líderes no capítulo 8. Ele continua dizendo: “Envergonhando-se eles de tudo quanto praticaram, faze-lhes saber a planta desta casa e o seu arranjo, as suas saídas, as suas entradas e todas as suas formas; todos os seus estatutos, todos os seus dispositivos e todas as suas leis; escreve isto na sua presença para que observem todas as suas instituições e todos os seus estatutos e os cumpram.” (Ezequiel 43:11). Então ele dá algumas instruções sobre o altar. Cito aqui o Dr. George Knight, que
ESCRITOS APOSTÓLICOS
Efésios 6:11-17
N
as peças do equipamento de guerra concedido por D’us, para que, quando o dia mau vier, vocês sejam capazes de resistir a ele; e, quando a batalha for vencida, permaneçam em pé. Assim, resistam! Usem o cinto da verdade, preso em torno da cintura; revistam-se da justiça como couraça, e usem nos pés a prontidão procedente das boas-novas de shalom. Sempre usem o escudo da confiança, com o qual poderão apagar todas as setas inflamadas do Maligno. Tomem o elmo da libertação com a espada concedida pelo Espírito, que é a Palavra de D’us” (Efésios 6:11-17). Essa armadura é uma proteção real contra o maligno e seus ataques. Entretanto, dentre todos os elementos da Armadura, eu gostaria de explorar a “couraça” mencionada no verso 14. O Rabino Shaul nos convida a nos revestirmos da “justiça como couraça”. É muito fácil fazer confusão sobre essa palavra “justiça” (ou “retidão”) porque para muitas religiões e indivíduos, ela é o resultado de nossas obras, de nossa observância da
esta parashá, o Todo-Poderoso descreve as vestes dos sacerdotes e do Sumo Sacerdote. Se Hashem teve tanto cuidado e tanta preocupação para descrever suas roupas, é porque cada elemento delas tem um significado e uma lição para nós. De acordo com os rabinos: “As roupas dos cohanim nos ensinam sobre perdão e expiação”. O texto escrito pelo rabino Shaul aos crentes moradores de Éfeso é um prolongamento do que lemos em Êxodo. Roupas e vestimentas teriam um significado simbólico. Como a vida não é fácil, Shaul usou uma armadura como analogia em seu texto, talvez aquela usada pelos soldados romanos, mas ele a chamou de “a armadura de D’us” para ensinar-nos uma lição: “Usem toda a armadura e as armas providas por D’us, para que sejam capazes de resistir às táticas enganosas do Adversário. Porque nós não lutamos contra seres humanos, mas contra os líderes, as autoridades e os poderes cósmicos que governam as trevas, contra as forças espirituais do mal na esfera celestial. Por isso, usem todas 8
ESCRITOS APOSTÓLICOS
Torá, mas na Bíblia e especialmente na pena do Rabi Shaul, essa justiça é obtida quando somos perdoados pelo Eterno. Ela é a ação legal pela qual D’us declara nossos pecados “perdoados”. Consequentemente, somos considerados retos (ou justos) por D’us. Não porque somos bons, ou perfeitos, mas apesar de sermos pecadores, somos considerados justos. É um presente genuíno do Altíssimo. É por isso que, na Bíblia, o Messias é chamado “retidão” com uma conotação de misericórdia: “Em seus dias Judá será redimida e Israel viverá em segurança, e o nome pelo qual será chamado significará ‘O Eterno é nossa retidão’” (Jeremias 23:6).
estas roupas imundas! -- e disse-lhe: Vê, removi de ti tua iniquidade, e te vestirei de gala!. (...) e puseram-lhe, pois, uma formosa mitra sobre sua cabeça e vestiram-lhe com roupas impolutas.” (3:4,5). Nós somos os pecadores representados pelo sumo-sacerdote Josué. Devemos ser gratos ao Altíssimo por esses versos, porque nesta parábola podemos aprender que D’us tirará as roupas deterioradas pelo pecado. Isso significa que perdão e justiça estão disponíveis para cada um de nós. O Eterno nos vestirá com “as roupas de salvação” e nos cobrirá com o “manto da justiça” (Isaías 61:10).
Essa verdade sobre a retidão obtida pela confiança ou pela graça é uma grande verdade apresentada em toda a Bíblia, inclusive no Tanach (Bíblia Hebraica). Podemos vê-la, por exemplo, no livro de Zacarias: “Então Ele me mostrou o sumo-sacerdote Josué, que estava de pé ante o anjo do Eterno, e o Satan postava-se à sua direita para acusá-lo. E o (anjo do) Eterno disse ao Satan: Que o Eterno te repreenda, ó Satan! Sim, que Aquele que escolheu Jerusalém te repreenda! Não (percebes) que este homem é como uma brasa retirada do fogo? E Josué estava ante o anjo vestindo roupas imundas, e este ordenou aos que estavam à sua volta: Tirai-lhe estas roupas imundas! -- e disse-lhe: Vê, removi de ti tua iniquidade, e te vestirei de gala!” (3:1-4). O que esses versos significam? Nessa linda profecia o sumo-sacerdote Josué vestindo roupas imundas diante do anjo do Adon Olam (Senhor do Universo), representa os pecadores. A palavra do Eterno diz: “... Tirai-lhe
É importante, ainda, citarmos dois outros versos da B’rit Hadashá (Escritos Apostólicos): “... ‘Essas pessoas vestidas de branco - quem são, e de onde vêm?’. ‘Senhor’, respondi, ‘o senhor é quem sabe’. Então ele me disse: ‘Essas são as pessoas que vieram da Grande Perseguição. Elas lavaram suas roupas e as alvejaram no sangue do Cordeiro’.” (Revelação 7:13 e 14). É através do sangue do cordeiro que alcançamos essa justiça, e “Quão abençoados são os que lavaram suas vestes e, assim, têm o direito de comer da Árvore da Vida e de entrar pelos portões da cidade!” (Revelação 22:14).
CANTO DA INSPIRAÇÃO Os sacerdotes que ministraram antes eram consagrados ao ofício Santo. Eles usavam uma placa no peito cercada com pedras preciosas de diferentes materiais, assim como compor as doze fundações da cidade de D’us. Nela estavam os nomes das doze tribos de Israel, esculpidas em pedras preciosas em ouro. Este era um trabalho muito rico e bonito, suspenso dos ombros dos sacerdotes, cobrindo o peito. (1SP, 398).
Dali em diante o povo seria honrado com a presença permanente de seu Rei. “E morarei entre os filhos de Israel e serei para eles D’us.”, “e será santificado o Tabernáculo por Minha glória.” (Êxodo 29:45,43). De uma raça de escravos os israelitas haviam sido exaltados acima de todos os povos, para serem o tesouro peculiar do Rei dos reis. D’us os separara do mundo a fim de que lhes pudesse confiar um sagrado depósito. Deles fizera os guardas de Sua Torá, e propunha-se, por meio deles, conservar entre os homens o Seu conhecimento. (PP, 222)
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HISTÓRIAS E TRADIÇÕES
Mitsvot por toda a vida Um rei contratou funcionários para trabalharem
quanto eles?” Ele poderia dizer ao rei: “Foste tu quem
para ele. Enquanto eles estavam trabalhando, o rei
me impediu de trabalhar”.
veio e chamou um dos trabalhadores para caminhar
O mesmo acontece quando uma pessoa cumpre
com ele. À noite, quando todos os trabalhadores
mitzvot durante a vida, mesmo se sua vida for curta,
vieram receber seu pagamento, o rei deu a cada um,
ele receberá o mesmo galardão, pois poderia dizer:
também à pessoa que andou com ele, um dia de
“Se não fosse o fato de que D’us me chamou desta
pagamento. Poderia o rei dizer: “Eu não vou lhe pagar
vida, eu continuaria cumprindo as mitzvot tanto
um dia de trabalho, porque você não trabalhou tanto
quanto aquele que vive muitos anos”.
Tudo o que D’us criou tem um propósito Quando o rei Davi ainda era jovem, ele perguntou
“Se você provar que ele é realmente Davi, eu farei
a D’us: “Por que tu criaste a insanidade? A loucura
morrer”, Aquis lhes assegurou.
serve a que propósito?” Muitos anos mais tarde, Davi
Davi ouviu a conversa e teve medo. Ele orou a
encontraria a resposta. Depois que matou o gigante,
D’us por ajuda. “Eu vou ajudá-lo e, ao mesmo tempo,
Golias, Davi encontrou o favor do rei Saul, o primeiro
você saberá por que eu criei a loucura”, respondeu
rei de Israel. Saul o trouxe para o palácio e lhe deu
D’us.
sua filha, Mical como esposa. Infelizmente, mais
Quando Davi foi chamado pelo rei, ele começou a
tarde, Saul se sentiria ameaçado por Davi. Por vezes,
agir de forma irracional, gritava e dizia coisas que não
Davi teve que fugir por sua vida.
faziam sentido. Ele escreveu nas portas do palácio:
Certa vez, ele fugiu para a terra dos filisteus e
“Aquis, rei de Gate, me deve cem vezes mil pedaços
chegou ao palácio de Aquis, Rei de Gate. Aquis não
de prata e sua esposa me deve cinquenta vezes”.
sabia quem era Davi e gostou dele. Davi pensou que
Aquis também tinha uma filha que era, de fato,
ele estava a salvo lá e esperou até receber a palavra
insana. Ela estava gritando em seu quarto enquanto
de que ele poderia voltar para Israel.
Davi gritava lá fora. “Não tenho loucura suficiente na
Infelizmente para Davi, os irmãos de Golias ser-
minha casa, da minha própria família? Leve-o para
viam no exército de Aquis. Eles reconheceram Davi.
longe daqui “, comandou o rei Aquis. Desta forma, a
“O convidado que você tem no palácio não é outro
vida de Davi foi salva. Agora, então, Davi percebeu
senão Davi que matou nosso irmão”, disseram ao rei.
que tudo o que D’us criou tem um propósito.
O gorila e o leão Beryl era um contador judeu que passava por
a banana e ouviu seu estômago roncar novamente.
maus momentos. Embora o título “Conde (Count em
Ele alcançou a banana, recitando silenciosamente a
inglês)” faça parte da palavra “contador (accountant
bênção, comeu-a com um pouco mais de delicadeza
em inglês)”, o valor de Beryl estava longe de ser
do que o habitante anterior da jaula. A criança jogou-
nobre.
-lhe então outra banana.
Um dia, ao passar pelo zoológico local, Beryl viu
Depois de quatro bananas, Beryl ficou satisfeito,
um aviso de que Butch, o famoso gorila, tinha morri-
pegou então a quinta banana e atirou de volta para
do. Butch foi, de longe, a maior atração do zoológico,
a criança. A criança gostou e atirou-a de volta. Beryl
e as crianças da cidade ficaram muito tristes com a
jogou-a novamente e subiu em um galho de árvore.
sua ausência.
Beryl começou a entrar no personagem e subiu cada
Beryl leu um anúncio que dizia que o zoológico
vez mais alto na árvore. Esqueceu que ele era um
estava contratando alguém para ficar na jaula de Bu-
contador judeu de meia-idade em uma fantasia de
tch por um período de tempo vestindo uma fantasia
gorila. Assim, Beryl subiu até o topo da árvore, foi
de gorila. Neste momento ele ouviu um ronco forte.
então que perdeu o equilíbrio e caiu na jaula vizinha.
Era seu estômago. Ele não havia se alimetado bem
Na queda ele bateu forte no chão e ficou cara a cara
desde o último Shabat.
com o leão.
Ele procurou algo em seus bolsos, mas eles
“Shema Israel, Adonai Elohenu, Adonai Echad!”
estavam tão vazios quanto o seu estômago. Ele não
Gritou Beryl com toda força. Igualmente aterrorizado,
conseguia arranjar nem uns dólares para um café ou
o leão gritou de volta: “Baruch Shem Kevod Malchu-
pão. Com as mãos nos bolsos vazios, Beryl entrou no
to Leolam Vaed!” Nesse momento o urso da jaula
zoológico.
seguinte gritou: “Se vocês não ficarem quietos, todos
Depois de usar a fantasia por um tempo, o des-
vamos ser demitidos! “
conforto aumentou. Beryl sentou-se na parte de trás
Quando você sobe muito alto na vida, pode voltar à terra com uma colisão forte.
da jaula, tentando parecer discreto, quando então uma criança jogou-lhe uma banana. Beryl olhou para
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PARASHA INFANTIL
Tetsave תצוה
Êxodo 28:2 “Faça roupas de sacerdote para o seu irmão (Arão) a fim de darem a ele dignidade e beleza.” (Êxodo 28:2).”
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