Conceito AV#12

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Sala de jantar por Rebecca de Gonzaga (Decora Lider Salvador 2012)


Sumário O Espetáculo da Arquitetura  12 Miss Mona  26 O Designer Democrático  30 As estrelas do céu da boca  40 Chanel, a mulher e o mito  44 A paris dos meus olhos...  47 Check in  62 As surpresas do imprevisto  64 Para ficar bem  73 Uma Delícia de Arquitetura  95 Arquitetura sob Medida  123 Paris, o fascínio das joias!  139 Close  150 In Loco: Projetos de personalidade  153 Candy  216 We Love  222 viagem dos sonhos  226 Sofá  236 Galeria Pop  238


editorial doro buscar o novo, descobrir o inesperado, provocar sensações. Adoro um caos organizado! A minha vida é busca, paixão e emoção. Tudo o que eu sei, eu toquei, olhei, senti... Ainda que com as mãos da percepção, os olhos da imaginação e algum sexto sentido. Eu me eduquei pela observação, pelo saber ouvir e por um certo atrevimento, que me deu coragem para realizar os meus sonhos. Aprendi a viver a liberdade, a virar páginas, a fechar capítulos e a começar de novo. E aqui fecho mais um ciclo, de uma experiência sonhada, desejada e conquistada: viver Paris! E que sorte viver Paris com meu amor, minha família e meus amigos! Que sorte ter na lembrança a Paris que minha filha, Nathália Velame, me apresentou! Por isso, eu dedico esta revista a ela, que viveu uma Paris bem sua e a dividiu comigo, com amor e sabedoria! Fiquem agora com a nossa Paris, cheia de poesia e frescor... Bienvenus! Andrea Velame – editora coordenadora


Quem faz

Andrea Velame direção geral

Lucas Assis fotógrafo

Paula Reis fotógrafa

Nyala Cardoso Gerência Grupo AV

Marcelo Negromonte fotografia de arquitetura

Nando Cordeiro design gráfico

Revisão Textual Laura F. Dantas. Editor-chefe de vídeo Eduardo Monteiro. Assistente de produção Giancarlo Santos. Financeiro Cássia Moraes. Impressão Atrativa Indústria Gráfica LTDA. Foto capa Vale do Loire por Estúdio Gato Louco Distribuição Salvador e São Paulo – Departamento comercial comercial@programatudoav.com.br – Fale com a redação producao@andreavelame.com.br


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Conceito arquitetura

O Espetáculo da Arquitetura 14

Por Nyala Cardoso

e careca lustrosa, sempre vestido de preto e fumando charutos cubanos, Jean Nouvel é a grande esfinge da arquitetura contemporânea no mundo. Enquanto alguns especulam o conceito estético do seu trabalho, ele levanta cada projeto sem ideias preconcebidas e o transforma em ícone arquitetônico. Talvez, justamente pela ausência de amarras estéticas, cada obra de Jean Nouvel ganhe uma identidade própria e muito peculiar, como se fosse, ela mesma, dona e criadora de si. Por isso, buscar compreender, definir e dar nome ao processo produtivo que conduz o trabalho deste arquiteto é perda de tempo. O estilo arquitetônico de Jean Nouvel é a liberdade.

Para Nouvel, arquitetura é “arte visual e produção de imagens.” Ele defende uma arquitetura desmaterializada, em que os protagonistas são a luz e as superfícies escultóricas da obra. O arquiteto posiciona-se como um militante da arquitetura moderna, sempre engajado em questões polêmicas sobre problemas e decisões relacionadas às estruturas urbanas das cidades. É co-fundador do movimento March 1976 e do Sindicato da Arquitetura, em 1977. Em 1980 fundou a Bienal de Arquitetura de Paris e atualmente trabalha em prol de arquitetura social e cultural, empenhada no mundo em desenhar um intercâmbio permanente com outras disciplinas.


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“Eu introduzo a arte na arquitetura e a arquitetura na cidade� (Jean Nouvel)


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Filho de dois professores, Nouvel nasceu em Fumel, no sudoeste francês, em 1945 e, em razão da vida profissional do pai, mudou-se, aos 8 anos, para Sarlat, um lugar que Nouvel caracteriza como “uma cidade medieval com muita arquitetura”. Durante esses anos, ele confessa ter escapado com frequência para ir ao cinema. Não à toa, muitos de seus projetos são “expressões da teatralidade e do mundo mágico da representação”, como bem disse o júri do Pritzker ao premiar o arquiteto em 2008. Para Nouvel, a arquitetura existe, tal como o cinema, numa dimensão de tempo e movimento. “Tudo é teatral... eu trabalhei durante um longo período como cenógrafo, até mesmo em habitação social. A cenografia é a relação entre os objetos e o assunto que queremos expor a alguém que está a observar”, explica.


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O Instituto do Mundo Árabe é um centro de cultura árabe localizado no coração de Paris que compreende um museu, espaços para exibições, uma biblioteca, um centro de documentação, um auditório, um restaurante e oficinas infantis. Apesar de ser uma construção da arquitetura contemporânea, empregou padrões típicos da arquitetura árabe, tais como percebemos na fachada sul em que a luminosidade do ambiente é regulada através de painéis com diafragmas, semelhantes aos das máquinas fotográficas.


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Museo Louvre de Abu Dhabi: a “micro-cidade” flutuante assinada por Jean Nouvel, tem previsão de inauguração para 2015. O arquiteto descreve o projeto como “uma grande cúpula de cobertura transparente que permite a entrada de uma luz mágica”.


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Os projetos de Jean Nouvel, todos, impressionam. É costume que se tornem o foco das lentes de turistas curiosos em todo o mundo, como a Agbar Tower em Barcelona. Um desses sucessos é o edifício que trouxe inicialmente a Nouvel o reconhecimento internacional, o Instituto do Mundo Árabe (IMA) em Paris, onde uma das fachadas é feita inteiramente de óculos mecânicos, operados por células fotoelétricas, que fecham e abrem automaticamente, respondendo aos níveis de luz.

Agbar Tower em Barcelona.


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Tribunal de Nantes: construído em 2000 na ilha de Nantes, na fronteira Loire, este espaço monumental estende-se por 3.500 metros quadrados e compreende um lobby e oito salas de audiência, marcados pelas simetrias, por superfícies polidas e por jogos de luz.


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Em construção desde 2011 no Parc de la Villette, nordeste da capital francesa, a Filarmônica de Paris deve se tornar mais uma das referências da paisagem urbana e cultural da cidade. Será o maior auditório da França e abrigará não somente apresentação de obras do repertório clássico, mas também do jazz e da chamada world music. Ao lado da Cité de la Musique, será o maior conjunto arquitetônico do mundo voltado para a música. O projeto de Nouvel foi escolhido em concurso internacional, realizado em 2007, antes da crise econômica que atingiu a Europa. Com um custo total previsto em quase 400 milhões de euros, a Filarmônica de Paris já é considerada a mais cara sala de concertos já construída. Jean Nouvel tem hoje um dos maiores escritórios de arquitetura da França. Com uma grande variedade de projetos audaciosos, põe em prática uma nova arquitetura separada do movimento modernista e pós-modernista. Requisitado por imponentes construtoras e marcas do mundo, Nouvel continua, a plenos pulmões, sua conquista e recompensa pela geografia do mapa-mundi. Espalhados pelos principais polos urbanos do planeta, seus aclamados projetos ganharam honra ao mérito e despontam como cartões-postais admirados por aficionados e legiões de apreciadores ao redor do no planeta.

Filarmônica de Paris: uma das referências da paisagem urbana e cultural da cidade.


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25 Filarm么nica de Paris


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Conceito Arte

Miss Mona 28

Por Lucas Assis

enhum turista visita a Monalisa. Cada novo flâneur que passa pelo Museu do Louvre é presenteado com a chance de realizar o sonho e a obrigação de estar diante dela durante sua estada em Paris. Também conhecida como La Gioconda, ou “A Sorridente”, é a obra mais icônica e misteriosa do polêmico pintor italiano Leonardo da Vinci. Ela ultrapassa muito a popularidade de seu criador, fazendo com que todos queiram ver um pouco deste modelo de mulher que atravessa séculos com a segurança de ser um sinônimo absoluto de arte. Na pintura, Da Vinci extrapola os limites de sua época e dissolve formas com um efeito esfumado jamais visto, imprimindo opostos em cada detalhe, rompendo barreiras entre o feliz e o lastimoso, entre o masculino e o feminino.

O sorriso da Monalisa, cuidadosamente criado para impressionar, é protegido com segurança máxima, diante de incontáveis admiradores que ficam curiosos com seu real tamanho, modestos 53 x 77 cm de muito carisma, em óleo sobre madeira. Monalisa sabe exibir sua pequenice com enorme deboche e insustentável leveza. O humor é um ingrediente importante na vida de qualquer ícone pop, eles sempre são alvo de piadas e muitas caricaturas daquilo que é quase impossível de imitar. Na foto, no filme, na música ou na lembrança, a mulher reverenciada por Da Vinci renova seu encanto sempre. Canecas, camisetas, chaveiros e milhares de quinquilharias fazem parte do universo de objetos que ganham o mundo com a estampa fake da Monalisa. Reproduzi-la em uma realidade paralela virou uma verdadeira obsessão entre criadores e criativos. Muitos pintores apropriaram-se da imagem para fazer sua versão do quadro mais famoso da história, recriando o clássico com total liberdade diante de uma obra em domínio público. A partir disso, ninguém é dono da Monalisa e todos podem intervir com grande eloquência e liberdade.


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Botero

Vik Muniz

Duchamp

Alko Airigami

Marcelo de Menezes

Andy Warhol


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Giocondas surrealistas, kitschs, pops e ultramodernas podem ser encontradas dentro e fora das galerias de arte. Marcel Duchamp, dadaísta por natureza, foi um dos primeiros a desenvolver as releituras. Sua Mona tem bigodes pontiagudos como Salvador Dalí e provocou uma verdadeira revolução em 1919; quem mais além dele teria tanta coragem? Uma ousadia que só ganhou mais adeptos com o tempo, como a versão gordinha, pintada por Botero, que até hoje estampa matérias sobre obesidade ou dietas da estação. Andy Warhol, um capitalista mais do que convicto, ganhou muito dinheiro vendendo versões em serigrafia com seu colorido peculiar, assim como o brasileiro Vik Muniz, que inovou na contemporaneidade com sua Monalisa em versões açucaradas de pasta de amendoim e geleia. As homenagens não param por aí, a arte urbana também apresenta grafites polêmicos em grandes paredões urbanos. Uma enxurrada de protestos e piadas ante a sobriedade inabalável de seu semblante original. Mona continuará sendo emblema de si mesma, uma referência estética que sobrevive a cada reconfiguração, ganhando novos significados sem perder sua essência, emprestando seu prestígio e desdenhando de todos os observadores em seus pensamentos eternamente secretos.

Sequencia Nelson Leirner


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Conceito Design

O Designer

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Por Nyala Cardoso

“Quando os filósofos se calam, cabe ao designer explicar a vida e as coisas” (Philippe Starck)

inspiradora Paris de 1949 lhe deu o berço. Do pai, inventor e engenheiro aeronáutico, herdou o desejo de criar e a capacidade de sonhar. O amor pelas ideias e uma consciência social precoce lhe permitiram desenvolver um dever poético, político, revolucionário e benéfico que, segundo ele, deveria ser compartilhado por todos. Por tudo, se tornou subversivo, ético, ecológico, político e divertido. É assim que o designer Philippe Starck apresenta-se ao mundo. Starck fundou sua primeira empresa de design em 1968, produzindo objetos insufláveis. Em 1982, a sua carreira começou a evoluir quando desenhou o interior do apartamento privado do presidente francês François Mitterrand. Em 1984, Starck desenhou o interior do Café Costes, em Paris, o que impulsionou sua carreira e lhe deu fama em todo o mundo.


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Democrático

Dentre a lista interminável de prêmios que começou a arrecadar na década de 80, destaca-se na prateleira de Starck o Grande Prémio Nacional da Criação Industrial atribuído pelo governo francês em 1988 ao designer, que também foi distinguido com diversas ordens nacionais pelo seu contributo para as artes e letras do seu país.


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Ainda na década de 80, Philippe Starck alia-se a outro designer, Gerard Mialet, e juntos decidem criar um novo olhar sobre os objetos. De uma “relação de amor” nasce a Xo-Design, marca prestigiada, sobretudo, pelas criações de Starck que continua a produzir design quase como respira. A simplicidade sofisticada e a irreverência de um design que pretende ser acessível a um número crescente de público são o mote das sucessivas criações da Xo-Design. Se o segredo de seu sucesso são democratização e marketing, Starck não esqueceu a dimensão artística da sua obra. Desde produtos de uso cotidiano, como móveis e espremedores, até grandes iates revolucionários, hotéis que estimulam os sentidos, lugares fantasmagóricos e hélices eólicas personalizadas, tudo coloca em discussão os limites e os critérios do design contemporâneo. É pela perspectiva de reconstruir o imaginário coletivo por meio de objetos que Starck guia sua produção, ao mesmo tempo renascentista e atual. Empenhado em defender a inteligência daquilo que é útil – e a utilidade da inteligência –, dedica-se, com suas criações, a melhorar a vida do maior número possível de pessoas.


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Sempre que descobrimos um objeto ou um lugar projetado por Starck, entramos num universo inventivo de fantasias formidáveis e surpresas fabulosas. Philippe Starck desenha hotéis e restaurantes da mesma forma que um diretor faz um filme, desenvolvendo cenários que tiram as pessoas do cotidiano e as colocam em um mundo de imaginação e criatividade mental. Seus hotéis tornaram-se ícones atemporais e acrescentaram uma nova dimensão à paisagem urbana global. Mas o estilo Starck evidencia-se ainda num vastíssimo leque de áreas onde se desdobra o seu trabalho, desde o mobiliário e arquitetura de interiores, à iluminação, design “High Tech”, até acessórios de cozinha e uma infinidade de outros objetos.


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Inventor, criador, arquiteto, designer, diretor artístico, Starck tornou-se conhecido mundialmente pela leveza das formas que cria e pela aposta em traços contemporâneos e em materiais surpreendentes. Por mais de três décadas, este único e multifacetado artista tem desenvolvido criações que se baseiam no princípio da junção entre modernidade e memória coletiva. Considerado um dos mais criativos e originais designers contemporâneos, sua obra marcou claramente o final do século XX e continua a ditar tendências no mundo do design com um estilo caracterizado por linhas direitas, orgânicas, surreais e irreverentes, com um forte sentido de humor. Pioneiro do design francês, Starck tornou-se um ícone do “design democrático” e dá a receita: “escutar a sociedade, que quer viver sua época de maneira coerente”.


As estrelas do céu da boca

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Conceito Gastronomia

Por Nyala Cardoso

randes chefs honraram a gastronomia francesa durante anos e, mesmo hoje, depois de a globalização promover fusões culturais que influenciam, por vezes irreversivelmente, o comportamento social de um povo, a culinária francesa mantém-se elegante e iluminada. Selecionamos três estrelas da gastronomia francesa para que você conheça um pouco mais desse universo de constelações degustativas.


Thierry Marx Toda noite de quinta-feira, Thierry Marx corre três vezes em torno do Jardim das Tulherias com a sua brigada de cozinha. Em cada volta, certo número de corredores costuma pular fora, mas Marx continua. O chef francês acredita que é preciso estar com o corpo são para que as mãos produzam um alimento sadio. O paraquedista, ex-judoca e agora praticante do budismo diz que suas crenças influenciaram sua cozinha de forma sutil, mas importante, fazendo com que ele olhasse mais de perto a natureza, aprendendo a respeitar cada ingrediente. Thierry Marx é um dos chefs mais extraordinários e incomuns da gastronomia francesa. Nasceu em Paris, em um bairro popular e multiétnico, de uma mistura de imigrantes africanos e asiáticos, e trouxe essa cultura miscigenada para sua culinária. Multitalentoso e incansável, é considerado um dos pioneiros da gastronomia molecular. Em seu laboratório particular, ele trabalha para produzir pratos harmoniosos criados a partir de uma mistura delicada de tradição e inovação. O estrelado restaurante de Marx, Sur Mesure, situado no Mandarin Oriental parisiense, é uma experiência sensorial. Absolutamente branco, o restaurante valoriza o refinamento clássico, ao mesmo tempo em que surpreende por sua modernidade. Exatamente como sua cozinha, provando que cozinhar não é apenas uma forma de se alimentar, mas também uma arte.


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Joël Robuchon Aos 15 anos, enquanto se preparava para ser padre, Robuchon costumava passar horas do seu dia acompanhando a culinária das freiras. O subterfúgio para escapar da disciplina religiosa acabou conduzindo-o ao que seria a sua razão de vida. Desistiu do seminário e foi em busca da verdadeira vocação. Em seu primeiro trabalho, como aprendiz de cozinheiro, lavou panela e chão. Descobriu que uma tarefa modesta, como a boa limpeza de uma panela, é essencial para fazer um molho magistral. Aprendeu que, para ser um grande cozinheiro, é preciso saber valorizar pequenas coisas.

O mundialmente renomado chef e restaurateur nasceu na França de 1945 e hoje acumula uma constelação recorde no guia Michelin (mais de 25 estrelas!), além de inumeráveis títulos e premiações. Quando questionado sobre qual a regra para ser um bom chef, diz que o respeito ao prazer do cliente e aos ingredientes é fundamental. “É uma questão de emoção e sensibilidade, que vai no prato”. Robuchon inovou a arte de cozinhar fugindo dos sobejos da cozinha tradicional e do reducionismo excessivo da nouvelle cuisine, criando uma identidade culinária autêntica, conhecida pelo perfeccionismo implacável, que se concentra em preservar o sabor de cada ingrediente.


Guy Martin Filho da montanhosa região de Sabóia, autodidata e um homem de paixão, Guy Martin originalmente não tinha nenhuma predisposição para se tornar um dos melhores chefs franceses. Sem história familiar, nenhuma inclinação especial, quando criança sonhava em ser um médico ou um músico de rock. Seu primeiro contato com a culinária foi em uma pizzaria, longe de ser um estabelecimento de prestígio. Com a humildade que lhe é peculiar e o acompanha até hoje, passo a passo, tornou-se um dos maiores nomes da gastronomia no mundo. Com estrelas Michelin em 2000 e condecorado com a Legião de Honra em 2003, o chef capta todas as distinções. No entanto, a fama não o impede de viver com os pés bem firmes no chão. Eleito melhor chef francês entre os sete melhores do mundo das artes culinárias em 2001, ele mantém a cabeça no lugar e mergulha no questionamento perpétuo que muda a forma como olhamos para as coisas: “o que fazemos e para onde vamos?”. Com a alma de garoto da montanha, ele não fala muito sobre a sua cozinha e ainda menos sobre si mesmo. Mas se você começa a discutir literatura ou pintura, ele se anima e seu poeta interior ganha vida. A verdade é que Guy Martin alimenta-se de tudo que o comove e o emociona para criar, com paixão e por paixão, apenas uma culinária de poesia.


Chanel, a mulher Conceito Moda

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Por Paula Reis

ascida em uma Paris onde a vestimenta feminina era marcada pelo exagero dos brocados, as altas plumas nos chapéus e por espartilhos sufocantes, Gabrielle Chanel, mais conhecida como Coco Chanel, e suas irmãs muito cedo perderam a mãe e tiveram que aprender a viver em um internato de freiras. Ali, ela morou até seus 18 anos. Em 1903, Coco e sua prima conseguiram fugir do internato onde, por anos, trabalharam e viram nas outras internas o luxo das roupas e das joias. Daí veio a vontade de popularizar esse luxo para todas as mulheres.


Chanel trabalhou como costureira em uma loja de enxovais até 1907, quando conheceu o Music Hall e surgiu a oportunidade de cantar e se apresentar no teatro, sempre em pequenos papéis por conta da sua pouca estatura. Nessa fase, ela passou a viver com Etienne Balsan, socialite e herdeiro de uma famosa fábrica de tecidos que, na época, fabricava o uniforme do exército. Balsan era criador dos melhores cavalos da França, o que fez com que Chanel sentisse a real necessidade de mudar a forma como as mulheres se vestiam, inspirada no jeito com que os homens se trajavam para o esporte. Na época, o corpo feminino só conhecia os botões de sua vestimenta dispostos por trás dos ombros, pois o fechamento frontal até então fazia parte apenas do universo dos trajes masculinos. O nascimento do tailleur, “a roupa de duas peças”, estava quase chegando. Após abrir uma loja de chapéus no início do século XX, Coco Chanel simplificou os acessórios e ornamentos da mulher, mudando para sempre o código de vestir o corpo feminino, o que a levou a ser a mulher e empresária mais influente na sua época, e até hoje com a sua tradicional Maison na Rue Cambon.

No início dos anos 20, Chanel conheceu e apaixonou-se por um príncipe russo pobre, Dmitri Pavlovich. Neste período, ela também conheceu muitos artistas importantes, tais como Pablo Picasso, Luchino Visconti e Greta Garbo, durante os famosos encontros de intelectuais e bem nascidos da época no Hotel Ritz. Mais tarde, Chanel conheceu outro homem ao qual ela se referia como o grande amor da sua vida, o milionário Arthur Capel, que via nela potencial administrativo e intelectual suficiente para tornar o seu nome até hoje o símbolo mais nobre do universo fashion. Duas décadas depois, em meados da Segunda Guerra, ela começaria um romance que marcaria sua vida. Segundo o livro Dormindo com o Inimigo - A Guerra Secreta de Coco Chanel, de Hal Vaughan, Chanel envolveu-se no obscuro mundo dos nazistas e seguidores do poderoso führer, chegando a ser interrogada. A mademoseille, durante esse período, dava depoimentos interessantes e chegou a dizer pérolas como: “se mantinha relações com certos alemães, só poderiam ser de caráter sexual.” Durante o seu julgamento em 1944

O seu jeito libertador e sagaz foi totalmente revolucionário e retratou uma nova mulher. A época em que ela viveu teve a particularidade de estar em meio a duas grandes guerras mundiais, momento em que a mulher percebeu que tinha poder além do designado pelos seus pais ou maridos que, àquela altura, estavam mais preocupados em se manter vivos. Chanel foi a pitonisa do chique quando desdenhou de vestidos quilométricos com a simplicidade e o conforto atemporal de um vestido preto com cintura caída no ano de 1926. Na foto, o traje acompanha colares de pérolas e um chapéu fundo, o apelido “vestidinho” é um diminutivo mais que carinhoso para um dos coringas indispensáveis do guarda roupa contemporâneo. Chanel viveu e amou como uma mulher sem medos, decorou sua casa com espelhos e viu diversas faces de seu estilo permanecerem em detalhes que parecem ser só seus. E continuará assim, densa como as tramas do tweed, firme como suas amadas correntes, clássica como suas camélias e brilhante como pérolas. Eterna.

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e o mito


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LUÍS CLÁUDIO SOUZA E GABRIEL MAGALHÃES PARA SCA

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A paris dos meus olhos... Por Andrea Velame Fotos Estudio Gato Louco

que dizer da bela Paris... Encantadora, incrível, iluminada! Os passeios pelas suas ruas nunca são os mesmos: tem sempre um detalhe que perdemos aqui ou ali, o que nos faz querer andar olhando tudo de cima a baixo, para não deixar passar nada. Paris é conhecida como a cidade romântica e esta fama faz jus às suas praças, monumentos, construções, cafés... enfim, quem nunca teve vontade de visita-la para se encantar com tudo o que ela tem a oferecer, seja dia ou noite?

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Conceito Viagem


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O Arco do Triunfo é um monumento construído em 1806 e inaugurado em 1836 em comemoração às vitórias militares de Napoleão Bonaparte. Localiza-se na praça Charles de Gaulle, uma das duas extremidades da avenida Champs-Élysées. Com 50 metros de altura, o monumental arco tornou-se, desde então, ponto de partida ou passagem das principais paradas militares, manifestações e, claro, de visitas turísticas. No interior dos arcos menores estão gravados inúmeros nomes de importantes oficiais franceses, assim como de diversas localidades nas quais se travaram decisivas batalhas. Projetado por Jean Chalgrin, o Arco do Triunfo é ainda, e desde sempre, símbolo de patriotismo e orgulho francês.


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A avenida Champs-Élysées que em português significa Campos Elísios, faz referência ao lugar dos mortos na mitologia grega. Considerada como uma das mais famosas e belas avenidas do mundo, a Champs-Élysées continua a ser a mais bela, mas a Bond Street, em Londres, passou a ser a mais cara do planeta! A chegada de lojas de redes globais nos últimos anos tem mudado notavelmente o seu caráter e, em um primeiro esforço para conter essas mudanças, a cidade de Paris (que tem chamado esta tendência de “banalização”) decidiu, em 2007, proibir a multinacional sueca H&M de abrir uma loja na avenida, porém, em 2008, a cadeia americana Abercrombie & Fitch conseguiu abrir uma loja, e filas quilométricas ocupam as calçadas da Champs-Élysées. A avenida tem 71 metros de largura por 1,9 km de comprimento, iniciando-se na praça da Concorde, junto ao Obelisco, ao Museu do Louvre e ao Jardim das Tulherias (em francês Jardin des Tuileries) e termina no Arco do Triunfo.


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O Petit Palais é um edifício histórico e museu das belas artes situado na zona da Champs-Élysées. O edifício foi construído pelo arquiteto Charles Girault para a Exposição Universal de 1900, fazendo parte de um conjunto monumental, com o Grand Palais e a ponte Alexandre III.


Place Vendôme é uma praça de Paris localizada ao norte do Jardim das Tulherias e a leste da Igreja de Madeleine. Sua arquitetura deve-se a Jules Hardouin-Mansart, que concebeu, em 1699, um plano urbanístico ao qual deviam moldar-se os proprietários dos imóveis. A maior parte das fachadas está classificada como monumento histórico.

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A Praça da Concórdia (em francês, Place de la Concorde) situa-se ao pé da avenida Champs-Élysées é a segunda maior praça da França e palco de importantes acontecimentos da história daquele país. No tempo da Revolução Francesa, a praça era local de passagem obrigatória dos cortejos, sejam improvisados, sejam ritualizados pelo protocolo das festas. Ela foi um dos grandes locais de reunião no período revolucionário, sobretudo depois que nela se instala a guilhotina. A praça foi concebida por AngeJacques Gabriel em 1755 como um octágono limitado pelos ChampsÉlysées e pelo Jardim das Tulherias. As fontes acrescentadas por Hittorff foram inspiradas nas da Basílica de São Pedro, em Roma.


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A Igreja da Madalena, situada perto da Praça da Concórdia, é uma igreja católica consagrada a Santa Maria Madalena. Destaca-se pela arquitetura em forma de templo clássico grego. A construção começou em torno do ano 1764 por Contant d´Ivry, sendo logo refeita com planos de Guillaume Couture (1777). Durante a Revolução Francesa, as obras foram suspensas de 1790 a 1805. Em 1842, foi consagrada como igreja católica, função que continua desempenhando na atualidade.

O Palácio das Tulherias (em francês Palais des Tuileries) foi um palácio parisiense cuja construção começou em 1564 sob o impulso de Caterina di Médici, num local ocupado anteriormente por uma fábrica de telhas. Foi aumentado em reinados sucessivos, dispondo de uma imensa fachada com 266 metros de comprimento. Foi residência real de numerosos soberanos, nomeadamente Henrique IV, Luís

XIV, Luís XV e ainda Luís XVIII; depois, residência Imperial com Napoleão III até a sua destruição por um incêndio em maio de 1871. As suas ruínas foram abatidas em 1882. O Jardim das Tulherias é o mais belo jardim parisiense, um local pouco visitado por turistas e, por isto, ainda conserva uma magia singular. Além da beleza do palácio, é possível ver Paris em 360 graus de beleza estonteante!


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Museu das Artes Decorativas: a arte de viver à francesa também possui seu próprio museu! Próximo ao Louvre, o Museu das Artes Decorativas, criado em 1905 no contexto das exposições universais, conta com 150 mil objetos suntuosos e obras de colecionadores que constituem a prova de que é possível apreciar o belo naquilo que é considerado simplesmente útil.


O Museu do Louvre, instalado no Palácio do Louvre, em Paris, é um dos maiores e mais famosos museus do mundo. Localiza-se no centro de Paris, entre o rio Sena e a Rue de Rivoli. O seu pátio central, ocupado agora pela pirâmide de vidro, encontra-se na linha central dos Champs-Élysées e dá forma, assim, ao núcleo onde começa o eixo histórico. É onde se encontram a Mona Lisa, a Vénus de Milo e enormes coleções de artefatos do Egito antigo, da civilização greco-romana, das artes decorativas e aplicadas e numerosas obras-primas dos grandes artistas da Europa como Ticiano, Rembrandt, Michelangelo, Goya e Rubens, numa das maiores mostras do mundo de arte e cultura humanas. O museu abrange, portanto, oito mil anos da civilização, tanto do Oriente quanto do Ocidente.

Em 1983, o presidente francês François Mitterrand propôs um plano, o Grand Louvre, a fim de renovar o prédio e transferir o Ministério da Fazenda, permitindo que todo o edifício fosse exibido. O arquiteto I. M. Pei foi premiado com o projeto e propôs uma pirâmide de vidro para o pátio central. A pirâmide e seu átrio subterrâneo foram inaugurados em 15 de outubro de 1988. A segunda fase do plano do Grand Louvre, La Pyramide Inversée (A Pirâmide Invertida), foi concluída em 1993.


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A Ópera Garnier ou Palais Garnier é uma casa de ópera. O edifício é considerado uma das obras-primas da arquitetura de seu tempo. Construído em estilo neobarroco, é o 13º teatro a hospedar a Ópera de Paris, desde sua fundação por Luís XIV, em 1669. Sua capacidade é de 1.979 espectadores sentados. O palácio era comumente chamado apenas de Ópera de Paris, mas, após a inauguração da Ópera da Bastilha, em 1989, passou a ser chamado Ópera Garnier.


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O Museu de Orsay (Musée d’Orsay, em francês) situa-se na margem esquerda do rio Sena . As coleções do museu apresentam principalmente pinturas e esculturas da arte ocidental do período compreendido entre 1848 e 1914. Entre outras, estão aí presentes obras de Van Gogh, Monet, e Degas. Existem também exposições temporárias que acontecem paralelamente à exposição permanente. O edifício, que abriga o museu, era originalmente uma estação ferroviária, Gare de Orsay, construída para o Chemin de Fer de Paris à Orléans (em português, Caminho de Ferro de Paris a Orleans). Foi inaugurado em 1898, a tempo da Exposição Universal de 1900. O projeto foi do arquiteto Victour Laloux. Em 1977, o governo francês decidiu transformar o espaço num museu. Foi inaugurado pelo presidente de então, François Mitterrand, a 1º de dezembro de 1986. Os arquitetos Renaud Bardon, Pierre Colboc e JeanPaul Philippon foram os responsáveis pela adaptação da estação.


57 Les Invalides, oficialmente conhecido como L’Hôtel des Invalides nacional (a Residência Nacional dos Inválidos), é um complexo de edifícios com museus e monumentos, todos relativos à história militar da França , bem como um hospital e uma casa de repouso para veteranos de guerra. O museu militar do Exército da França tornou-se o local de enterro de alguns dos heróis de guerra da França, como Napoleão Bonaparte que foi enterrado sob a cúpula dos Inválidos com grande pompa em 1840.


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A Catedral de Notre-Dame é uma das mais antigas catedrais francesas em estilo gótico. Iniciada sua construção no ano de 1163, é dedicada a Maria, Mãe de Jesus Cristo (daí o nome Notre-Dame – Nossa Senhora). A arquitetura gótica é um instrumento poderoso no seio de uma sociedade que vê, no início do século XI, a vida urbana transformar-se a um ritmo acelerado. O gótico permite a ligação da terra ao céu e, no interior de uma catedral do estilo, o crente é impelido à ascensão pela afirmação constante da verticalidade, pela monumentalidade das paredes que parecem erguer-se segundo uma teoria contrária à da gravidade, tornando-as leves, deixando por elas filtrar o colorido dos grandes vitrais numa aura etérea. A utilização de tais elementos arquitetônicos numa catedral deve-se mais a um propósito religioso prático que a aspirações artísticas. O edifício tem 127 metros de comprimento, 48 metros de largura e 35 metros de altura, é rematado em cima por abóbadas e dá o primeiro passo na construção colossal do gótico. As maciças colunas de fuste liso da nave, que acentuam a verticalidade, fazem a divisão em arcadas altas para as alas laterais e suportam uma tribuna (galeria), em que janelas para o exterior são abertas para deixar entrar mais luz. A emoção e a força da casa de Maria foi uma das maiores e melhores sensações que tive na vida. Um encontro com uma espiritualidade maior.


59 Ponte das Artes: entre 1802 e 1804, sob o reinado de Napoleão I, uma ponte de nove arcos metálicos para pedestres foi construída no local da atual Pont des Arts: esta foi a primeira ponte metálica em Paris. Em 1976, o inspetor de pontes e viadutos relatou várias deficiências na ponte. Mais especificamente, ele observou os danos que foram causados por dois bombardeios aéreos sofridos durante a I Guerra Mundial e a Segunda Guerra Mundial e os danos das colisões múltiplas causadas por barcos. A ponte foi fechada para a circulação em 1977 e, em 1979, sofreu um colapso de 60 metros depois de uma barca colidir com ela.

A ponte atual foi construída entre 1981 e 1984, “idêntica” de acordo com os planos de Louis Arretche.. Em 27 de junho de 1984, a ponte recém-reconstruída foi inaugurada por Jacques Chirac, então prefeito de Paris. Nos últimos anos, os casais de turistas têm levado cadeados para serem presos à grade da ponte com seus primeiros nomes escritos ou gravados neles. Em seguida, jogam a chave rio abaixo, como um gesto romântico. A cidade de Paris ainda não adotou uma política definitiva sobre a forma de lidar com esta nova moda.


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Saint-Sulpice é uma igreja católica romana, no lado leste da Place Saint-Sulpice, no bairro Luxemburgo. Em 113 metros de comprimento, 58 metros de largura e 34 metros de altura, é apenas um pouco menor do que Notre-Dame e, assim, a segunda maior igreja da cidade. É dedicada a Sulpitius o Piedoso. Durante o século 18, uma elaborada gnomon, a Gnomon de Saint-Sulpice, foi construída na igreja.

A Torre Eiffel foi construída para honrar o centenário da Revolução Francesa. Era para ser uma estrutura temporária, mas se tomou a decisão de não desmontá-la. O governo da França planejou uma exposição mundial e anunciou uma competição de design arquitetônico para um monumento que seria construído no Campo de Marte, no centro de Paris. Mais de cem designs foram submetidos ao concurso. O comitê do Centenário escolheu o projeto do engenheiro Gustave Eiffel (1832-1923), de quem a torre herdaria o nome, uma estrutura metálica que se tornaria, então, a estrutura mais alta do mundo construída pelo homem. Com seus 324 metros de altura, possuía 7300 toneladas quando foi construída.


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Os Jardins du Trocadéro ocupam o espaço aberto limitado a noroeste pelas asas do Palais de Chaillot e, a sudeste, pelo Sena e a Pont d’Iéna. Os jardins têm uma área de 93.930 m², e foram criados para a Exposição Internacional das Artes e Técnicas dans la Vie Moderne (1937), sobre o projeto do arquiteto especialista Roger-Henri. Dos Jardins du Trocadéro pode-se desfrutar uma das mais belas vistas, a Torre Eifel!

Basilique du Sacré-Coeur: a Basílica do Sagrado Coração é um templo da Igreja Católica Romana em Paris, sendo, também, o símbolo do bairro de Monte Martre. A basílica está localizada no topo do monte Martre, o ponto mais alto da cidade. A Basilique du Sacré-Coeur foi projetada por Paul Abadie. A construção começou em 1875 e foi concluída em 1914. Foi consagrada após o fim da Primeira Guerra Mundial, em 1919. O arquiteto Paul Abadie projetou a basílica depois de vencer um concurso com mais de 77 concorrentes.


Check in 62

Por Nathália Velame

Tong Yen Acho o melhor chinês da cidade. A dona é uma chinesa incrível que só usa Chanel.

Le Relais de l’Entrecôte Lá só tem um prato e você só precisa decidir o ponto da carne. O resto é por conta deles! O entrecôte é maravilhoso, o molho é perfeito, as batatinhas são fininhas! Imperdível!

Amorino Sucesso absoluto, esses sorvetes italianos são montados em formato de flor na casquinha e em quantos sabores você quiser! J’adore.

Braserrie Lipp Maison de la truffe Quase um patrimônio histórico de Paris, o É um restaurante delicioso onde todos os ambiente é bem francês e os pratos, superpratos são preparados com o sabor inigua- clássicos! TEM que comer o steak tartare, o lável das trufas! Minha escolha sempre é o mais perfeito da vida. tagliatelle ao creme de trufas e foie gras. É Para degustar a mesma baguette do prede comer rezando… sidente francês François Hollande, tome café da manhã na padaria que fica no número 159 da Rue Ordener.

Casa Bini Esse é meu italiano preferido, com pastas frescas e deliciosas, servidas em um ambiente simples, porém com franceses sofisticados.


Angelina O lugar ideal para se sentir ainda mais feliz no final da tarde! Melhor pedida, sem dúvida, é o inesquecível Mont-Blanc acompanhado do melhor chocolate quente da vida!

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Le Germain Paradisio É uma sala de cinema privada que funciona sob demanda no horário que o cliente quiser. 7L No lugar das tradicionais poltronas enfileiraAdoro livros e sempre que viajo trago pelo me- das, o estabelecimento aposta em sofás connos um na mala. Meu endereço preferido em fortáveis que acomodam 24 pessoas. Inclui Paris é a 7L, que tem Karl Laguerfeld como dono. serviço sem hora para acabar.

Montaigne Market Na Av.Montaigne tem a melhor seleção das mais badaladas grifes! É de tirar o sono de qualquer um… foi lá que vi pela primeira vez o Rolex preto fosco com ponteiro rosa bebê! Ai ai…

Na Rua Francs Bourgeois, no delicioso Marais, você encontra boas opções para quem quer comprar maquiagem. Guerlain, Mac, Kiehl’s e Bobbi Brown estão por lá. Se estiver com tempo, faça um curso de maquiagem na Make Up Forever, sempre vale a pena.

Fotos em Paris Conheci o trabalho de Fabiana Maruno através do blog Conexão Paris (não deixe de viCitypharma sitar antes de viajar, lá você encontra tudo É a farmácia mais barata de Paris, as emba- sobre a cidade) e fiquei encantada com a lagens são imensas e econômicas, só precisa ideia de poder contratar uma fotógrafa para ter paciência porque é sempre lotada! fazer fotos lindas e guardar para a vida inteira. Dessa vez, estive com meus amigos do Estúdio Gato Louco e não precisei, mas, na próxima, certamente vou entrar em contato com Fabiana.

Para mim, um dos maiores problemas de Paris é a falta de táxi. Não tem nada mais irritante do que ficar no meio da rua esperando no frio… Meu problema foi resolvido quando descobri a G7, uma ótima companhia de táxi que nunca me deixou na mão. #ficaadica


Acontece no Mundo

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As surpresas do imprevisto Descobrir o Mercado de Pulgas de Paris é como entrar num filme de época, caminhar no tempo e reviver a história. Depois da Segunda Guerra Mundial, as periferias de Paris tornaram-se pontos de venda de diversos comerciantes ambulantes que tentavam se reerguer no pó do caos. Esses vendedores ávidos foram formando um grande aglomerado de barraquinhas e pequenas lojas, repletas de quinquilharias valiosas e, assim, no meio dessa parafernália interessante, surgiu o Mercado de Pulgas de Paris: excêntrico, caótico e fascinante.

Por Nyala cardoso Fotos Estúdio Gato Louco

Marché aux Puces­de Saint-Ouen, no norte da capital francesa, é um grande mercado a céu a aberto, de ruelas estreitas, que não permitem a passagem de carros e, por isso mesmo, tem uma atmosfera um tanto intimista. A cada esquina uma surpresa, uma delícia, um despertar de sentidos. É como estar na Meca dos antiquários, com pessoas de todo o mundo falando diferentes idiomas e desfrutando do mesmo privilégio: poder voltar ao tempo que lhes convém. Um raro encontro de gerações descobrindo o admirável Velho Mundo.


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No paraíso vintage de Saint-Ouen é possível encontrar desde curiosos objetos contemporâneos a peças datadas de até três séculos atrás. É um labirinto sedutor repleto de joias, quadros, lustres imensos, cristais, pratarias e uma infinidade de artigos surpreendentes, que fazem valer a caminhada por cada viela, dias apinhada de gente, dias tão plácida como uma fotografia que congela o tempo. A diversidade e a raridade dos livros, gravuras e pôsteres são um éden extraordinário mesmo para os mais incansáveis leitores. Para os amantes da moda, o mercado é um oásis do vestuário, onde peças históricas de marcas icônicas como Coco Chanel, Balenciaga e Givenchy cintilam como miragem. Em algumas lojas curiosamente organizadas é possível encontrar blazers, suéteres e spencers com cortes impecáveis por alguma pechincha. Noutras esquinas, estatuários de todo o mundo, como o do Menino Jesus de Praga, ou a cabeça do Buda da Índia. Mas atenção: segure a euforia e tenha cuidado ao fotografar, em alguns lugares até fotos de celulares não recebem olhares bem-vindos.



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Para os estreantes, tudo tem uma presença sui generis, singular. Dos relógios de bolsos aos gigantescos relógios do século XIX. Os viajantes mais apaixonados têm vontade de sair de lá com contêineres abarrotados. Os mais modestos, porém não menos obstinados, vão abraçados com seus vasos chineses até o aeroporto. A melhor maneira de aproveitar o passeio sem contratempos é deixar de lado os saltos altos e adotar sapatilhas para percorrer todas as ruelas, degustando desde a cozinha italiana até os chás indianos. Leve dinheiro, facilita muito as negociações, apesar de a maioria das lojas utilizar a ‘linguagem universal’ dos cartões de créditos. Reserve um dia inteiro para o Marché aux Puces, sem pena. Vai valer! E é bem provável que ele se torne um endereço obrigatório nas suas próximas visitas. No mais, vá sem compromisso, tome um refresco e não faça planos. É quase certo que você não encontre exatamente o que procura, mas, se deixar que a magia do inesperado o guie, certamente terá boas surpresas.


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Crescendo com a hist贸ria. Rua Aracaju, 128, Jardim Brasil, Barra | 71 3033.2299


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Conceito Hotéis

Para ficar bem

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Hotel George V Hotel Lutetia Mandarin Oriental Pavillon des Lettres

Por Andrea Velame

s hotéis de Paris são verdadeiras obras de arte. Além de serviço e ambiente impecáveis, muitos deles possuem um passado histórico que se funde com modernidade e conforto. Ao entrarmos em um grande hotel parisiense, nos dá vontade de parar e olhar bem cada detalhe, pois tudo é incrível, às vezes como um sonho. Não dá para deixar de notar as maravilhas que encontramos desde o teto até o piso. Assim como os restaurantes, os hotéis dão prosseguimento aos encantos da cidade.


Conceito Hotéis

Four Seasons Hotel George V

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Por Andrea Velame

m 1º de novembro de 1997, Four Seasons Hotels and Resorts assinou um acordo de longo prazo com o proprietário HRH, o príncipe Al Waleed Bin Talal Abdulaziz Al Saud, da Arábia Saudita, para gerenciar o hotel, agora chamado de Four Seasons Hotel George V. Na tentativa de restaurar as principais características arquitetônicas do edifício e para recriar o estilo original e a grandeza deste grande hotel, Four Seasons selecionou o arquiteto Richard Martinet e o designer de interiores Pierre-Yves Rochon para trabalhar no projeto de renovação de US$ 125 milhões. Enquanto o charme original de época é carinhosamente recapturado na decoração, uma infraestrutura do século XXI agora suporta a tecnologia moderna e comodidades sofisticadas. O Four Seasons Hotel George V, de Paris, abriu suas portas em 18 de dezembro de 1999 e comemorou sua nova encarnação como uma propriedade parisiense líder e um dos hotéis mais luxuosos do mundo, com uma abertura de gala formal, em 30 de março de 2000.




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Conceito Hotéis

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Hotel Lutetia Por Andrea Velame

m 2011 fui convidada a conhecer o Hotel Lutetia, em Paris, e fiquei encantada com o serviço, a elegância e o estilo do empreendimento. Na época tive a oportunidade de conhecer a suíte projetada por Vik Muniz. Na minha última visita à cidade, não poderia deixar de ir ao Lutetia, um endereço especial para mim em Paris, ao lado de um dos melhores projetos do mundo, a Hermès, com uma floricultura e uma livraria imperdíveis! Mas o motivo maior da minha visita ao Lutetia era conhecer o projeto da nova suíte projetada pelos irmãos Campana, orgulho para todos nós brasileiros e, em especial, para mim que trouxe os irmãos Campana para a Bahia há 20 anos. O trabalho


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de Fernando e Humberto Campana é símbolo do reconhecimento internacional do design brasileiro. A suíte foi criada em tons de verde e marrom para criar uma atmosfera aconchegante, o tapete desenhado pelos arquitetos e batizado de Sushi 2 foi fabricado na Índia como peça única e dialogou com a cabeceira, traduzindo um toque de brasilidade ao projeto. As poltronas, também design de Fernando e Humberto e produzidas pela Edra, possuem 400 peças de couro com texturas de crocodilos e répteis, formando um patchwork em diversos tons de marrom. Abajours da Alessi e serigrafias da Vitra Museum, da Alemanha, fazem parte da concepção deste projeto. Só orgulho!



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Por Andrea Velame

Mandarin Oriental Paris é o primeiro endereço do Mandarin Oriental Hotel Group, na França, no coração dessa capital da moda e com a Ópera Garnier, o Jardin des Tuileries e o Louvre, todos por perto. Mandarin Oriental Paris é um hotel moderno situado no interior de um edifício histórico Art déco, que ganha vida com caráter único. Conforto encontra modernidade em um hotel que possui um ar sutil de exotismo e romance, fazendo de cada estada uma experiência singular. O hotel reúne os principais nomes internacionais em arquitetura e design. O arquiteto Jean-Michel Wilmotte tem supervisionado a renovação do edifício, a sua fachada e o jardim, em consulta com a agência de design de paisagem Neveux-Rouyer. Sybille de Margerie, do SM Projeto, imaginou o design de interiores e decoração dos quartos, das suítes, do spa e dos espaços públicos, enquanto a Agence Jouin Manku emprestou seu talento para o bar e restaurantes.

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Mandarin Oriental


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Curiosidades: • Do século XVI para cá, o endereço do Mandarin Oriental Paris já abrigou um convento dos capuchinhos, um hipódromo, um teatro (o Olympique Cirque) e até mesmo uma escola de equitação real. • As duas alas do edifício Art déco do Mandarin Oriental Paris são obras de Charles Letrosne, um distinto arquiteto parisiense da década de 1930, que também contribuiu para as feiras mundiais realizadas na cidade. • A suíte presidencial no piso superior do hotel pode ser considerada a maior suíte em Paris, medindo 1 mil metros quadrados. A barra de pedra imponente no Bar 8 do hotel pesa nove toneladas e foi projetada pela Agence Jouin Manku. Primorosamente montado a partir de pedra extraída na Espanha, originalmente pesava 50 toneladas e foi cortada na Itália por artesãos que trabalharam dia e noite, por dois meses. • O leque, que é o símbolo do Grupo Mandarin Oriental Hotel, é um exclusivo haute couture, criação do Maison Lesage, que levou mais de 200 horas para fazer. Estar em um dos hotéis do grupo Mandarin Oriental é desfrutar do prazer de viver bem. Eu, particularmente, superindico!


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Pavillon des Lettres Por Andrea Velame

uem me apresentou este verdadeiro parêntese fora do tempo foi minha filha, Nathália Velame. O Pavillon des Lettres conjuga a arte da escrita com a estética da decoração para homenagear os talentos conhecidos e escondidos da literatura francesa e internacional. A imagem das 26 letras do alfabeto e os 26 quartos e suítes do Pavillon des Lettres revelam a beleza e a poesia de diferentes autores. Por trás de cada porta esconde-se a alma de um poeta, de um escritor, de um apaixonado, de um gênio que saberá dar um toque especial ao ambiente. A história, a de um encontro com um decorador fora do comum, Didier Benderli. Conversa com um apaixonado. Didier Benderli resume o seu projeto como a aliança das artes: conjugar a literatura, a pintura e a escultura para criar um diálogo sutil entre as suas componentes. Jogos de cores e materiais, o conceito opõe matérias brutas e matérias sedosas e sensuais que permitem criar sensações físicas em complemento ao


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prazer intelectual da leitura. Entre tradição familiar e paixão hoteleira. A poucos passos da Champs-Élysées, o Pavillon des Lettres abre-lhe as portas da moda e das tendências parisienses. Fica situado perto da Rue du Faubourg Saint-Honore, símbolo da alta-costura e do requinte e composta por galerias de arte, embaixadas e lojas de luxo. E me fez perceber como um endereço de charme pode fazer a diferença em uma hospedagem parisiense.


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www.sohorestaurante.com.br

Bahia Marina – Av. Contorno, 1010, píer D | 71 3322.4554 Shopping Passeo Itaigara – Rua Rubens Guelli, 135, Loja 117 | 71 3453.5445 Shopping Salvador – Av. Tancredo Neves, 3133, Piso L3 | 71 3032.6208


Arquitetura na gastronomia

Cristal Room Baccarat L’Arc L’Avenue Campana’s Café La Société Por Andrea Velame

s restaurantes franceses são, de fato, deliciosamente incríveis. Além da gastronomia impecável, nos deparamos com projetos arquitetônicos de tirar o fôlego. A arte e cultura francesa proporcionam grandes inspirações aos arquitetos que, muitas vezes, combinam aspectos clássicos com modernos, como se já fizessem parte um do outro. Quando temos que escolher um restaurante em Paris, vale a pena pensar também no seu ambiente, ele pode te surpreender das melhores formas!

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Uma Delícia de Arquitetura


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Arquitetura na gastronomia

Por Andrea Velame

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Fotos Claude Weber

accarat deu a Philippe Starck carta branca para reviver a beleza adormecida de Alice no País das Maravilhas, e o designer expressou magnificamente o mundo de sonhos que a marca de luxo evoca para ele. O jogo de luz e cristal transforma-se em jogos mentais e poéticos em que tudo é relativo e sujeito à ilusão. A luz é uma fonte de imaginação. Starck demonstrou o maior respeito pela integridade do prédio, principalmente pelo salão de baile Noailles, que permaneceu inalterado, exatamente com o mesmo trabalho em madeira e gravuras de Francesco Solimena, um dos alunos de Tiepolo. Sonhos, símbolos e realidade misturam-se como o fogo que queima constantemente nas lareiras enormes na entrada da mansão, um lembrete da própria origem do cristal.

“Para mim, a essência de Baccarat é um grande mundo de ilusões, vista e pensada com lentes facetadas de cristal. Eu o vejo como um Palácio de Cristal onde tudo é possível.” Philippe Starck

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Cristal Room Baccarat meu endereço preferido em Paris


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99 Paredes de cimento, lustres de cristal, ilusões de ótica, cadeiras grandes como as de Alice no País das Maravilhas, decoração e tapetes com lantejoulas, como estrelas sob os pés, conduzem o caminho. Neste palácio brilhante, de luzes dedicadas ao luxo e à beleza, os espíritos benevolentes de Cocteau, Dali e Marie l’Or nunca estão longe, deixando luz e riso em seu rastro. E, finalmente, uma vez que o estilo de vida Baccarat engloba alimento para o corpo, bem como para o espírito, o restaurante Cristal Room Baccarat no piso superior, recebe convidados para um encontro envolto em luz e fantasia. Desfrute de um jantar, de uma bebida, cercado por uma decoração sofisticada de tijolos, painéis de madeira e sonho! Assim que me senti no Cristal Room Baccarat, como se estivesse fazendo parte de um filme, de um sonho...


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Arquitetura na gastronomia

L’Arc, um endereço singular

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Por Andrea Velame

oucos endereços têm um impacto tão forte no coração dos amantes de Paris: O Arco do Triunfo, dominando o Triângulo Dourado e a avenida mais bonita do mundo. Por trás das paredes de Napoleão III, uma mansão privada, descobrimos o L’Arc Paris, um endereço excepcional, onde a gastronomia e a música encontram-se para criar um ambiente elegante e contemporâneo imaginado pelo arquiteto Samy Chams. Conhecido por suas criações em todo o mundo (clubes, restaurantes e casas particulares), Chams L’Arc Samy inaugurou o seu primeiro projeto parisiense. O seu escritório de design, Prospect, Samy, impôs um estilo atualizado e luxuoso que aposta na contradição entre referências clássicas e

designs inovadores, entre inspirações antigas e materiais contemporâneos. Sammy Chams imaginou o L’Arc Paris como uma decoração barroca e discreta, inspirada pelo classicismo parisiense, e uma estética anos 50, com toques de rock’n’roll: uma mistura vencedora para uma experiência única em Paris. A iluminação suave é fornecida por uma sucessão de bolhas penduradas assinadas por Verner Panton, vestígios autênticos da década de 60, que é reforçada pelas luzes do Arco do Triunfo. A vista deslumbrante do Arco nunca nos deixa esquecer que estamos em Paris e que tal emoção nos faz sentir únicos, sensação só possível na Cidade Luz...


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Arquitetura na gastronomia

L’Avenue Para ver e ser visto...

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Por Andrea Velame

m dos restaurantes mais conhecidos e badalados da capital francesa é também reduto de muitos brasileiros que já ouviram falar da fama do L’Avenue. O point fica localizado em uma das ruas mais chiques e caras de Paris, a Avenue Montaigne. Se você pedir para sentar na varanda do restaurante, você terá a sensação de estar em um desfile de moda a céu aberto, com carros de luxo passando de um lado para o outro. As pessoas são muito bem vestidas, descontraídas e nada melhor do que curtir um bom brullé com amigos no L’Avenue. O restaurante pertence ao grupo Costes, que possui muitos restaurantes em Paris que estão na lista dos mais badalados da cidade. O projeto assinado por Jacques Garcia é baseado em veludo e ouro, elegância e sofisticação, mas sem perder aquele ar despretensiosamente chique dos cafés parisienses.



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Arquitetura na gastronomia

Campana’s Café, um símbolo do design brasileiro no Museu de Dorsay

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Por Andrea Velame Fotos Sophie Boegly

gratificante, emocionante, dá um orgulho diferente... Os Irmãos Campana, Fernando e Humberto, assinam o café que leva o nome deles no Museu de Dorsay em Paris... É grande, é impactante. Estou feliz e foi assim que visitei este café projetado pelos Campana, famosos designers brasileiros. O café nos transporta para um sonho, um ambiente aquático inspirado diretamente em Emile Gallé e um tributo à art nouveau. Fernando e Humberto Campana levam o cliente para uma viagem à atmosfera marítima. As obras de Claude Monet, que repousam a poucos passos dali, também deram uma ajudazinha à criatividade dos irmãos brasileiros: as famosas plantas aquáticas eternizadas nas telas do pintor foram transportadas para as novas cadeiras do café, de poliuretano azul-celeste e formas orgânicas. Enquanto saboreia um expresso, o visitante admira as costas do gigantesco relógio do museu, marca registrada do Dorsay, que atua como janela do café.


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Nas paredes, painéis plastificados e espelhados contribuem para difundir o azul na peça – se for um dia de sol, o efeito é ainda mais intenso. A ousadia da decoração completa-se com fios metálicos disformes alaranjados – em se tratando dos Campana, não poderiam faltar – e abajures dourados, que remetem a conchas com um toque enferrujado. A ideia da direção do estabelecimento é trazer o design contemporâneo à arquitetura do local, uma antiga estação de trem transformada em museu em meados dos anos 1980. A própria escolha de profissionais brasileiros simboliza esse rompimento de estética, uma audácia que os franceses não estão acostumados a ver.


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La Société

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Por Andrea Velame Fotos Eric Morin

s irmãos Costes parecem ter descoberto o toque de Midas: idealizadores de empreendimentos de sucesso como o Hotel Costes e os restaurantes L’Avenue e L’Arc, entre diversos outros, eles montaram recentemente em Paris o badalado restaurante La Société, que já é um dos points mais requisitados da cidade. Instalado em um discreto edifício de 1851, o La Société é um restaurante com características de jazz bar, sendo considerado um dos espaços mais sofisticados dos irmãos Costes. Apesar de ficar em uma das áreas mais movimentadas do quartier Saint-Germain, o restaurante passa despercebido para quem não o conhece, graças a uma singela porta de carvalho, também do século XIX, que discretamente mantém bem guardada a essência do La Société. Inicialmente tive a impressão de ser a portaria de um antigo prédio.

O meu endereço de carne em Paris também é um empreendimento dos irmãos Costes


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Mesmo com reserva, quase duas horas foi o tempo que esperamos para entrar e sermos surpreendidos com o projeto em estilo clássico assinado por Christian Liaigre, que dividiu o ambiente em três áreas igualmente sofisticadas e com uma leve atmosfera zen. O mobiliário, feito sob medida em couro e madeira, é outro ponto de efeito na decoração. Existem ainda esculturas de diversos artistas contemporâneos espalhadas harmoniosamente por todos os lados, o que confere ao restaurante um certo ar de galeria de arte. Mármore, madeira e couro e dão ao La Société um ar de nobreza contemporânea, associado às deliciosas novidades que compõem o cardápio. O menu reúne alguns dos pratos consagrados de outros restaurantes dos irmãos Costes – sejam cult ou inéditos, todos são preparados exclusivamente com ingredientes orgânicos. Com todos esses atributos, o La Société se estabeleceu rapidamente como a nova Meca gastronômica da mais fina nata de bem-nascidos da sociedade parisiense, caindo no gosto de estrelas do cinema e de astros da música, de personalidades da TV e de executivos da linha de frente das grandes corporações. Mas apesar de ser um restaurante no melhor estilo crème de la crème, o La Société está longe de ser impeditivo para nós, “meros mortais”: prato principal e sobremesa custam, em média, 60,00€. Tornou-se um endereço obrigatório em Paris!


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Adoro ser Única!

Alameda dos Umbuzeiros 129 Caminho das Árvores | Salvador


Arquitetura na moda

Arquitetura sob Medida 123

Dries van Noten Abercrombie L’ Eclaireur Por Andrea Velame

h, a moda em Paris... como não enlouquecer com ela? As maiores e melhores grifes internacionais podem ser encontradas ali e, diante de tantas opções, o que vale é ter originalidade e criatividade. Tanto nas coleções quanto no interior das próprias lojas, tudo é fascinante. Remeter às memórias, aos sonhos, ao surpreendente. Estas são as principais propostas de alguns estabelecimentos da moda, que transformam o “fazer compras” em momentos inspiradores!


Arquitetura na moda

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Dries van Noten Por Andrea Velame

ascido na Antuérpia, Dries Van Noten é a terceira geração de uma família de alfaiates. Entre as duas guerras mundiais, seu avô remodelou roupas de segunda mão ao colocá-las ao avesso e apresentou à Antuérpia o conceito “pronto-para vestir”. Nos anos 70, o pai de Dries abriu uma grande loja de moda de luxo nos arredores de Antuérpia, seguida por um segundo outlet no centro da cidade, onde ele vendeu coleções da Ungaro, Ferragamo e Zegna. Ao mesmo tempo, sua mãe tinha uma franquia da loja Cassandre e recolhia renda e linho antigos. Daí nasceu o sucesso de um dos grande ícones da moda internacional. Dois endereços imperdíveis em Paris: o número 7 e o número 9 da Quai Malaquais , inaugurados em janeiro de 2007 e setembro de 2010, respectivamente. As lojas feminina e masculina de Dries Van Noten são verdadeiros templos de sofisticação e elegância, onde o luxo e a personalidade do estilista tornam-se elementos preponderantes no projeto, no qual as cores e texturas se harmonizam e dialogam em maestria.


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Arquitetura na moda

Abercrombie famosa marca americana Abercrombie & Fitch finalmente abriu uma loja em Paris. Localizada na Champs-Élysées, esta loja é um deleite para viciados em moda e estilistas. A marca com o alce bordado oferece linhas de “luxo casual” para homens, mulheres e crianças. Escuro, música alta, vendedores oscilantes, seguranças falsos na entrada… Multidões furiosas, filas gigantescas na Champs-Élysées. Abercrombie & Fitch. Sucesso garantido.

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Por Andrea Velame


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Um adolescente musculoso, nu da cintura para cima, aguarda os clientes na entrada. Não há câmeras. Turistas correm na escura e misteriosa loja com música techno nos ouvidos. Uma boate? Não. Esta área de mais de 3.200 m², com quatro andares, é a “bandeira”, uma vitrine da cadeia de lojas de roupas Abercrombie & Fitch em Paris. Isso é para mostrar aos jovens parisienses e turistas toda o potencial da marca. Sem complexo. Na loja, os vendedores são o próprio alvo, jovens de 18 a 22 anos, o universo da marca: sexy, luxuoso e relaxado.

Da rua, você não vê nada. Grandes portões de ferro trabalhados com detalhes dourados e uma pequena placa com a marca da loja. Os seguranças, jovens lindos, vestidos com irreverência e sandálias, lhe despertam a curiosidade de conhecer este império americano que aporta em Paris com personalidade, estilo, cheiro e carisma. Vale a pena conferir!


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Arquitetura na moda

L’Eclaireur Um casal Visionario

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Por Andrea Velame

ste lugar nos inspira a sonhar. Indo mais longe a cada vez, esse é o nosso luxo. Sem qualquer afiliação com o que já existe. Instigar a pesquisa, as relações, o espanto, fazendo a diferença ao encontrar a expressão certa do momento. Quando cheguei à loja, percebi que a ideia daquele espaço era sensorial; não é apenas uma compra, é uma experiência. O projeto cresceu como um sonho alimentado por emoções, histórias e memórias.

Um casal visionário, Armando e Martine Hadida, em 1980, abriu seu primeiro ponto de venda em um porão de uma galeria na ChampsÉlysées. Uma maneira de afirmar o caminho escolhido, propondo roupas de designers que incorporam o brilho na moda para a próxima década. Eles se tornaram os primeiros distribuidores de marcas como Girbaud, Prada, Helmut Lang, John Galliano, Ann Demeulemeester, Dries Van Noten, Martin Margiela,

na França. Desde então, a L’Eclaireur abriu quatro outras lojas estabelecidas como pontos de encontro para todos os aficionados por estilo e exclusividade. A loja do Marais consegue reunir todos os elementos associados a arquitetura, arte, design, moda, desejo e estilo. A loja está à frente do tempo como aquele casal que, nos anos 80, apostou em uma linguagem própria para um espaço que certamente é hoje o meu endereço de moda em Paris.


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grupo av | foto marcelo negromonte

Mac, uma questão de estilo. Rua do Timbó 86, Caminho das Árvores, 71 3019-8208 www.macmoveis.com.br


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138 Direita – direita para esquerda: Felissa | Eliane Ottoni | Eliane Ottoni Esquerda – esquerda para direita: Eliane Ottoni | Claudia Belfort | Claudia Belfort | Claudia Belfort


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Mao esquerda – esquerda para direita: Felissa | Eliane Ottoni | Eliane Ottoni | Felissa | Claudia Belfort

Paris, o fascínio das joias! Ediçao de moda: Almir Junior e Marcelo Gomes Fotografia: Michel Reis Tratamento de imagens: Rodrigo Andrade – Estudio Roda Modelo: Agatha Borges – Model Club

A capital das maiores joalherias do mundo nos inspirou a produzir este editorial de desejos.


Esquerda – esquerda para direita: Eliane Ottoni | Simara Castro | Eliane Ottoni

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Direita – esquerda para direita: Claudia Belfort | Adriana Motta | Adriana Motta


Esquerda – esquerda para direita: Simara Castro | Eliane Ottoni | Claudia Belfort

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Direita – esquerda para direita: Felissa | Felissa | Claudia Belfort


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Esquerda – esquerda para direita: Simara Castro | Eliane Ottoni | Eliane Ottoni | Eliane Ottoni Direita – esquerda para direita: Eliane Ottoni | Eliane Ottoni | Adriana Motta | Eliane Ottoni | Eliane Ottoni


143 Esquerda – esquerda para direita: Eliane Ottoni | Simara Castro | Adriana Motta | Eliane Ottoni | Eliane Ottoni Direita – direita para esquerda: Claudia Belfort | Adriana Motta | Felissa | Eliane Ottoni | Simara Castro


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Esquerda – esquerda para direita: Adriana Motta | Simara Castro | Eliana Ottoni


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Direita – direita para esquerda: Felissa | Claudia Belfort | Claudia Belfort


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Esquerda para direita: Eliane Ottoni | Simara Castro | Eliane Ottoni | Claudia Belfort | Eliane Ottoni


147 Esquerda para direita: Acervo | Carol Kauffmann | Suzane Farias | Eliane Ottoni | Eliane Ottoni


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1. Livro Helmut Newton – ícone da fotografia, minha referência. 2. Tintin – personagem em quadrinhos de Hergé, Tintin sou eu.

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3. Kit corrida: tênis, short, viseira, cinto hidratação – My new life. “Run Run Run”

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Close Fotos Estúdio Gato Louco

Há quase 20 anos, o fotógrafo francês Michel Rey deixou a Bretanha, região litorânea francesa onde nasceu, para se render aos encantos da Bahia. Casado com uma baiana e pai de duas meninas, Michel fez da Bahia o seu recanto. E é homem de se benzer e usar contas no pescoço, como todo bom baiano. Fotógrafo há mais de três décadas e prestigiado pelo trabalho insigne, Michel foi desafiado pelo Grupo AV a mostrar o que é que o francês tem!

4. Câmera – essa Zeiss de 1930 era do meu avô, meu grande inspirador na fotografia. E ainda funciona! 5. Bota Timberland – uso a Timberland há mais de 30 anos. É a bota dos operários americanos. Conforto e qualidade, perfeito para um operário da fotografia! rs É minha marca registrada. 6. Óculos Ray Ban – amo os clássicos, e mais clássico que o Ray Ban Aviador não existe. É lindo, atemporal e perfeito para proteger meus olhos azuis do sol da Bahia… kkkkk 7. Iphone + fone caveira – uso para tudo! Música, trabalho, lazer. E o fone de caveira é minha cara. Adoro caveiras, não é à toa que levo uma caveira mexicana tatuada no braço. Evocação do caráter transitório da vida humana… 8. Colares – meu amuleto. Um sincretismo religioso ‘Índia-Tibet-Bahia’ no meu pescoço: colar de sândalo indiano, caveiras tibetanas feitas de ossos e colar de contas baianas... 9. Óleo da índia – faz parte dos mistérios do francês. 10. Algemas – meu fetiche!



grupo av | foto estĂşdio gato louco

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Avenida Manoel Dias da Silva 1236 | Pituba Salvador Bahia | 71 3491.7570 | 3248.1625 | www.novoprojeto.com.br


In Loco

s projetos selecionados para esta edição transitam entre projetos urbanos e projetos de casa de praia, sempre com propostas inovadoras e cheias de personalidade. Gosto de publicar projetos que agreguem valor aos nossos leitores e esta revista está cheia de soluções minimalistas, contemporâneas e modernas, que valem muito a pena conferir!

Flávio Moura Gisele Taranto Iolanda Almeida Leo Romano Toninho Noronha Diego Revollo Fernando Roco Nagila Andrade

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Projetos de personalidade


In Loco Texto Andrea Velame Fotos Xico Diniz

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Panamby por Flávio Moura m apartamento de aproximadamente 300 metros quadrados no Horto Floresta, leva a assinatura do arquiteto Flávio Moura Os clientes jovens advogados com duas filhas, optaram por transformar uma das 04 suítes em Home e integrar a área social do apartamento. Na suite master, tres desejos foram pontuados ao arquiteto, banheiros separados, um belíssimo lustre e um closet só para ela.


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A varanda do fundo do apartamento Flavio Moura transformou no Home office, ja a da frente que tem pé direito duplo recebeu fechamento em vidro e foi integrada a área social do apartamento. Nas paredes foram aplicados papéis de paredes, painéis de madeira e molduras tipo boiserie. A linguagem adotada foi o contemporâneo com alguns detalhes clássicos como os sofas em capitonés e tapetes em Aubusson.. As cores escolhidas foram bege, cinza e o preto. Nas paredes um maravilhoso e diversificado acervo de obras de arte, vão desde desenhos de Caribé e Floriano Teixeira, até escultura de madeira de Marcus Zacariades. Os móveis deste apartamento receberam a assinatura da Home Design na area social e da Casabella na area intima.


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In Loco Por Andrea Velame Fotos Denilson Machado

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Um projeto desenvolvido a seis mãos apresenta o verdadeiro sentido de uma mostra de decoração

Gisele Taranto arquiteta Gisele Taranto, a curadora de arte Mara Fainziliber e o lighting designer Maneco Quinderé desenvolveram juntos o projeto do lounge do hotel da última edição da Casa Cor Rio. A arquitetura do edifício, com os seus pés-direitos altos, paredes decoradas, escadas e pisos de madeira, foi a inspiração para a concepção do espaço. Gisele optou por manter o piso, as paredes e o teto em suas condições existentes, inserindo novos elementos como pequenas

“cirurgias”. As partes que faltavam no piso de madeira, por exemplo, foram recompostas com aço corten. Novos rodapés foram “costurados” aos antigos com clipes de ferro, e suas junções, preenchidas com páginas de livros antigos. Gisele também criou uma “parede de livros”, usando livros antigos como tijolos para completar parte de uma parede que estava faltando, fazendo referência às obras do alemão Hubertus Gojowczy, criando um ambiente como se as paredes estivessem “falando”.


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Contrastando com a atmosfera “Urban Decay”, o espaço recebeu o melhor do design de mobiliário nacional e internacional, juntamente com importantes peças de arte que foram apresentadas na ArtRio, Feira Internacional de Arte Contemporânea que aconteceu em setembro no Rio de Janeiro. Adriana Eu, Laura Vinci, Grilo, Contente, Matthew Barney, Ângelo Venosa e Graciela Sacco foram alguns dos artistas cujas obras estavam presentes no espaço.

Marcas internacionais como Poliform, Gervasoni e Vitra, juntamente com designers brasileiros – Etel Carmona, Jader Almeida e Sérgio Rodrigues – se fazem presentes no espaço, composto por cinco lounges. Um deles recebeu uma grande mesa e um banco do Antiquário Arnaldo Danemberg. Os elementos de iluminação, por FontanaArte, Artemide, Olafur Eliasson e Fernando Prado, por exemplo, complementam a composição. Gisele colocou um toque pessoal, projetando uma grande estante


feita em madeira com laca cinza, criando um ponto focal para o ambiente, que logo se vê ao entrar no espaço. Toda a área do salão recebeu um tapete patchwork overdyed com 8x9 metros, feito especialmente para o espaço. Este trabalho é um dos melhores exemplares da arquitetura de interiores contemporânea que vi ultimamente, por estar contextualizado, fundamentado e, acima de tudo, por ter CONCEITO para ser apresentado em uma MOSTRA de decoração!


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In Loco Texto Andrea Velame Fotos Marcelo Negromonte

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Iolanda Almeida projeto foi inspirado na personalidade marcante da cliente, uma mulher cosmopolita, moderna e descolada que gosta de curtir a vida. Os acessórios e objetos foram todos do acervo pessoal da moradora, uma mulher atualizada e contemporânea, apaixonada por cinema. Colecionar adornos e obras de arte é um dos hobbies da proprietária.

“Como a cliente queria estar em contato com o mar, optamos por não utilizar cortinas e persianas para que ela pudesse desfrutar de uma vista panorâmica para o mar”, define a designer de interiores Iolanda Almeida. Os móveis da varanda foram adquiridos na Home Design Casual; os estofados, na Básica Home, e os armários foram produzidos na Marcato. O vermelho, a cor da paixão definiu a vertente deste projeto.

Um loft vermelho cheio de personalidade leva a assinatura de Iolanda Almeida.


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In Loco Texto Andrea Velame Fotos Edgar César

Leo Romano

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Arquitetando para um publicitário

liente e grande amigo do arquiteto Leo Romano queria que a casa retratasse as coisas que ele aprecia. Uma das vontades do cliente, um publicitário, era uma casa despretensiosa, onde a “bossa” do projeto deveria estar ligada a sua simplicidade, seu jeito de viver. A casa deveria ser concebida para receber vários objetos pessoais, dando total personalidade aos espaços.


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Outra peculiaridade deste projeto é que a casa possui um único quarto, que foi implantado no projeto de forma a dar o máximo de privacidade ao cliente. Todos os ambientes da casa estão no nível térreo, correspondendo à entrada. Em um nível abaixo estão o quarto do cliente e a piscina. A iluminação natural é farta devido aos grandes planos de vidro que permitem a integração da casa com a exuberante natureza. Toda a casa recebeu uma pintura cinza que imita o cimento queimado, dando destaque apenas para o volume da caixa d’água que foi pintado em vermelho. Este projeto contemporâneo de 260m² destaca-se em Goiânia dentro de um condomínio fechado.



In Loco Texto Andrea Velame

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Uma casa de 3.940 m² em Búzios leva a assinatura de Toninho Noronha O casal, que já possuía uma casa em Búzios, decidiu construir uma casa nova no terreno ao lado que pudesse hospedar toda a família, incluindo os filhos, os netos que já eram muitos e os vários hóspedes que os dois adoram receber. Procuraram Toninho Noronha no momento em que os primeiros estudos do projeto de arquitetura da casa estavam sendo elaborados, para que o arquiteto projetasse os ambientes internos em perfeita harmonia com o projeto de construção da casa. Com pé direito altíssimo, o espaço pedia uma decoração contemporânea descontraída, mas que não fosse muito rústica, pois, apesar de se tratar de uma casa de praia, sua grande dimensão tornaria totalmente sem propósito um estilo “casa de pescador’. Primeira peça a ser adquirida, a mesa “tronco”, foi comprada em viagem que Toninho fez com os clientes a Trancoso, de um artesão que faz móveis a partir da madeira de árvores caídas. A partir daí, todo o resto do living foi tomando forma.

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Fotos kiko Masuda


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185 A tela “Lua”, de Vik Muniz, juntamente com a tela “Terra”, na parede oposta, destaca-se (em tamanho e importância) dos demais itens que compõem esta sala. Quadros da artista Adriana Varejão também fazem parte do acervo deste projeto. Esta casa possui 12 suítes, todas personalizadas, com destaque para a suíte master, onde a sala de banho, integrada ao closet, tem 60 m², com acabamentos exclusivos e design apurado.

O piso náutico alterna tábuas de madeira teca com tecido neoprene. A banheira, executada em alvenaria, foi revestida com seixos rolados indonésios. A bancada foi desenhada em mármore crema marfil jateado e conta com duas cubas esculpidas e espelho com inclinação regulável. Os metais são da marca alemã Dornbracht; os acessórios e toalheiros em resina são da Vallvé, e o projeto luminotécnico, de Maneco Quinderé. Belíssimo projeto, Toninho Noronha!


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In Loco Texto Andrea Velame Fotos alain Brugier

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Diego Revollo Um apê para uma estilista

ersonal stylist e apresentadora de TV, com um sentido apurado de beleza e estética, viveu em Milão, Nova York e Londres e entregou ao design de interiores e amigo pessoal Diego Revollo o desafio de projetar seu apê de 250 metros quadrados em São Paulo. A ideia do design de interiores para o apartamento era incorporar o universo cosmopolita e fascinante das grandes cidades às características arquitetônicas deste tradicional imóvel paulistano.

Este apelo “internacional” tinha que ter a dosagem certa de glamour e conforto, a mistura de estilos e a escolha por tons mais sóbrios como o bege, o marrom e o preto, definidos propositalmente para receber a ousadia mostrada na composição de arte nas paredes, como uma fotografia de Raquel Zimmermann e Eva Herzigova, imagens contrastantes e contemporâneas. Um projeto irreverente e muito especial de Diego Revollo.


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In Loco Texto Andrea Velame Fotos Daniel Ducci

Um loft minimalista por Fernando Rocco


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ernando Rocco projetou este loft para um apaixonado por design que valoriza poucas e boas peças. Uma grande estante ebanizada preenche o pé direito duplo da sala, com livros, adornos e TV. A madeira na tonalidade mel dialoga com o ébano e recebe um sofá onde o conforto é a palavra de ordem.

Um belíssimo lustre de cristal antigo é usado no pé direto duplo da sala de forma pouco habitual, acima da mesa na lateral do sofá, dando um ar de drama ao projeto. Fernando Rocco se inspirou na máxima de Mies van der Rohe, que pregava a arquitetura less is more (menos é mais)!

Mies van der Rohe procurou sempre uma abordagem racional que pudesse guiar o processo arquitetônico. Sua concepção dos espaços envolvia uma profunda depuração da forma, voltada sempre às necessidades impostas pelo lugar, segundo o preceito do minimalismo.


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In Loco Texto Andrea Velame Fotos Xico Diniz

ma família que adora receber e viver cercada de filhos e netos, e que faz da própria casa o ponto de encontro de todas as gerações. Foi com este briefing que Conceição Queiroz contratou o arquiteto Flávio Moura para desenvolver o projeto arquitetônico da sua casa, e a expert em design de interiores Nágila Andrade para decorar cada cantinho deste lar. Projetar esta casa foi uma tarefa fácil para Nágila Andrade, afinal a cliente, além de designer de interiores, é proprietária de uma das lojas mais badaladas do mercado, a Casabella, o que significou participação ativa da dona da casa em todos os detalhes do projeto. “Conceição é uma cliente e amiga de longa data, desenvolvi o projeto da loja e a responsabilidade foi muito grande; aqui foi só prazer, precisávamos apenas alinhar os desejos e definir harmonicamente o estilo da casa”, comenta Nágila.

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Um projeto navy por Nágila Andrade


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No quarto do casal, um dos ambientes preferidos de Nágila, um tom de petróleo foi utilizado na parede para receber a cama em laca branca e criados em madeira na tonalidade natural. O quarto dos filhos e netos segue o perfil de cada um, com espaço reservado para pranchas e o tom navy presente em todo o projeto. A personalização nas portas dos quartos com as iniciais dos moradores faz parte de um dos mimos da dona da casa. A família adora se reunir em torno da mesa, portanto, o espaço gourmet foi projetado na varanda principal da casa – onde o forno à lenha torna-se uma vedete no projeto – para integrar a natureza ao estilo de vida dos moradores. A varanda em que você desfruta a vista do encontro do rio com o mar é um capítulo à parte, onde listras e madeira se integram e dialogam com a sofisticação e o aconchego dos projetos que levam a assinatura de Nágila Andrade.



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Construindo sonhos para a vida toda.


grupo av | foto xico diniz

estilo navy

Alameda das Espatódeas, 215, Caminho das Árvores | 71 3342.5666


Conceito Fotografia Por Carla Trabazo

Candy

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Fotos Tomaas Lech

omaas é um fotógrafo tão único que dispensa sobrenome ou apresentações. Seu trabalho se traduz em uma experiência incrível, em que o assunto, a atmosfera e o ambiente se misturam para contar a própria história, a partir de imagens dignas de cinema, porém, realistas, de moda e beleza. Com um estilo vibrante, dramático e sutil, ele ainda ambienta suas criações em locais cuidadosamente selecionados, que capturam os temas de forma excepcional. Em contraste com as obras fotográficas mais tradicionais, onde a arte imita a vida, muitas vezes, suas imagens revelam-se de forma convincente. A visão precisa de Tomaas ilumina um conceito completo que cria uma impressão inesquecível. Em seu editorial Candy Warhol, imagens impressionantes evocam a beleza brincalhona das icônicas estampas Marilyn Monroe, do incrível Andy Warhol. A diversidade de pessoas, culturas, profissões, comidas, artes e economia em Nova York, cidade onde mora, torna-se fontes inesgotáveis de inspiração para o fotógrafo que, em seu editorial, mostra uma nova maneira de apresentar a tendência exagerada de doces e desbotados tons pastéis. Todos os detalhes são igualmente essenciais. Segundo Tomaas, “todo mundo está constantemente tentando ser o melhor no que ama. Você realmente não pode pedir muito mais de uma atmosfera criativa do que isso”. Seu trabalho tem sido e continua a ser mostrado em um número cada vez maior de publicações internacionais e galerias de Nova York. No conjunto, este editorial é uma delícia de se ver, com uma cereja no topo.


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We Love

Por nathália Velame

Não deixe de tomar sol no píer do Hotel Ritz Carlton! É superconcorrido e mais badalado do que a areia. Vale a pena investir.

Comer ostras frescas e mariscos no boteco de azulejos verdes que fica em uma ruela cheia de bares com um clima supergostoso é uma ótima pedida. Sou viciada em óculos escuros e vivo em busca de modelos exclusivos! Vale dar uma passadinha na Solaris, é muito descolada!

Da última vez fiquei hospedada no Le Grand Hotel e adorei! Vista linda para o mar, quarto superconfortável e uma varanda deliciosa que nos fez abrir mão de passear pela cidade para curtirmos um bom papo, espaguete negro e meu novo vício, moet & chandon ice imperial. Quero tudo outra vez!


Da ultima vez, me hospedei no Hermitage e super-recomendo. Vale pagar um pouco mais e ter a vista do mar. Quando saía para tomar café da manha, me sentia Maria Antonieta no meio de tanto luxo e delícias. Para jantar, o Sass Café, um dos mais badalados. Nunca esqueço do nhoque a quatro queijos que comi por lá, melhor da vida.

Sou fã assumida de Joel Rebuchon e não abro mão de almoçar em seu restaurante que fica no Hôtel Metropole! Lá comemoramos os 50 anos de meu pai e não existe sensação melhor que reviver momentos felizes!

Para mais tarde, o Billionaire é uma grande opção, reduto dos jetsetters em férias no Verão europeu.

Para quem vai sair de barco, recomendo fazer compras na Hediard, loja de produtos alimentícios de alto luxo. Lembrou-me muito a Fauchon de Paris.


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Hotel Byblos – Ótima opção para quem busca puro agito, gente bonita e serviço excelente. Lá fica a superbalada Les Caves Du Roy que se estende noite a fora. Como se não bastasse, você pode desfrutar do restaurante de Alain Ducasse, que tem um clima praiano e cheio de bossa.

SAZ – Com uma arquitetura limpa e atemporal, esse hotel me encantou em vários sentidos. considero uma grande opção para quem deseja descansar! O quarto é superconfortável, com uma varandinha privada superdelícia e um banheiro inesquecível que, além do convencional, ainda tem um chuveirão externo com vista para o céu.

Club 55 – O gostoso é acordar e passar o dia bronzeando-se na praia do 55 e curtindo um vinho rosé geladinho com os amigos. Depois é só entrar no restaurante e continuar aproveitando todas as delícias!


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Nikki Beach – Aqui rolam as festinhas mais cools durante o dia. É bacana chegar lá pelas quatro da tarde e se preparar para se divertir vendo um pouco de tudo!

La Brasserie des Arts – Além de a comida ser gostosa, o restaurante do DJ Jack tem sempre boa música; o pessoal se anima e fica dançando pelas mesas. Bem fácil de achar: fica na praça principal.

Villa Romana – É superfamoso pelos drinks gigantes que vêm com vários canudos para todo mundo beber junto, muito divertido! A música é bem alta e o pessoal é mega-animado.

Nao deixe de conhecer a parte antiga da cidade chamada La Ponche,cheia de lojinhas e casas especiais.


Conceito Viagem

viagem dos sonhos Por Andrea velame

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Fotos Estúdio gato Louco

m encontro da arquitetura com a natureza, o Vale do Loire é conhecido como o Jardim da França e o berço da língua francesa, reunindo patrimônios arquitetônicos em cidades históricas como Amboise, Blois, Nantes, Orléans e Tours. Os castelos são um capítulo à parte desta viagem que me deixou com aquele gostinho de quero mais. Os que visitei foram o Castelo de Amboise, o Chambord, o Villandry e o Chenonceau; além desses, tive o privilégio de ser hóspede em um castelo como aqueles que só são vistos em filmes. O Chateau de Pray foi o hotel escolhido por nós para vivermos uma noite de aristocracia. E foi lá que resolvemos produzir a foto da capa da revista Conceito AV. O Vale do Loire é uma paisagem cultural de grande beleza, contendo vilas e aldeias históricas, grandes monumentos arquitetônicos e muitos castelos e vinícolas que retratam o Renascimento e o Iluminismo na Europa Ocidental. O extraordinário número de castelos no Vale do Loire é explicado pelo fato de a região ter sido um dos locais favoritos dos reis e da aristocracia

francesa desde a Idade Média. Os castelos mais antigos são medievais e foram fortalezas, enquanto os mais recentes são palácios renascentistas e clássicos, destinados ao lazer e rodeados de magníficos jardins. O Vale do Loire é famoso também pela culinária e pelos vinhos. Diversas vinícolas são abertas para a degustação de seus vinhos. Região excelente para passar férias, acompanhando a rota dos castelos que começa a 180 quilômetros de Paris, o Vale do Loire estende-se até as proximidades do Oceano Atlântico, a quase 400 quilômetros da capital. A viagem completa pode levar uma semana, mas isso não impede que você conheça o lugar em menos tempo, como foi o meu caso, que visitei a região em três dias. Blois é uma das primeiras cidades do Vale do Loire para quem vem de Paris. Na cidade de Blois fica o castelo de mesmo nome. Antiga propriedade dos condes de Blois, foi depois residência de Luís XII, Francisco I e outros reis. Lá, ocorreram importantes episódios da história francesa. Nas proximidades, há diversos castelos. Os mais interessantes são:


Castelo de Chambord Uma visão de tirar o fôlego, uma emoção sem igual, foi assim que me senti quando parei em frente ao Castelo de Chambord, devido à sua dimensão arquitetural. Ali estava o maior parque florestal fechado da Europa, cercado por um muro de 32 km de comprimento! Chambord, sonho de um jovem rei, é o maior castelo do Loire. Possui arquitetura renascentista e foi construído por Francisco I, rei da França, ao regressar da Itália com Leonardo da Vinci. Foi em 1516 que aquela residência começou a ser construída para atender às duas grandes paixões do rei: a caça e a arquitetura. E não demorou para que o mundo se curvasse ao gigantismo de Chambord, com uma beleza arquitetural destinada a imortalizar o seu construtor, Francisco I, o príncipe arquiteto.

Gigantismo

O gigantismo de Chambord, que ultrapassa qualquer escala humana, é impressionante, tal como uma alquimia de formas e estruturas em que nada é deixado ao acaso. O Castelo de Chambord tem uma silhueta única, com a sua fachada de 156 metros, 426 salas, 77 escadarias, 282 chaminés e 800 capitéis esculpidos. A clareza geométrica da planta de Chambord assenta sobre um corpo central perfeitamente quadrado em forma de cruz grega, como o da Basílica de São Pedro em Roma, construída na mesma altura. A harmonia das suas proporções e a fantasia das suas coberturas, de onde se erguem torres, chaminés e lucarnas vertiginosas, maravilham os visitantes.


Castelo de Cheverny

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O Castelo de Cheverny, elegante e simétrico, é pequeno se comparado com outros castelos da região, mas sua decoração interior é extremamente luxuosa. Serviu de inspiração para os desenhos do Castelo de Moulinsart que, nas histórias em quadrinhos de Tintin, pertence ao capitão Haddock. Fiquei encantada com o “Castelo do Tintin”, que tem uma imensa matilha com cachorros lindos de caça. É um dos poucos castelos ainda particulares habitados por uma família nobre.


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Castelo de Chenonceau O Castelo de Chenoneau é conhecido como o “castelo das mulheres” por ter sido construído por uma nobre e depois habitado por Diana de Poitiers e Catarina de Médicis. É o mais original castelo da região, em parte construído sobre o rio Cher, como se fosse uma ponte. Por dentro, Chenonceau é todo decorado e mobiliado como na época em que foi habitado e contém muitas obras de arte. Um dos lugares mais interessantes é a sua cozinha. Os jardins, um criado por Diana e outro por Catarina (amante e mulher do rei Henrique II, respectivamente), foram recentemente refeitos e encontram-se exatamente como idealizados por cada uma das rivais. Chenonceau, não por acaso, foi o meu castelo preferido, pela sua arquitetura, pela localização e pela integração com a água!


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Castelo de Amboise A cidade de Amboise fica perto de Blois e é, na minha opinião, a cidade mais gostosa do Vale do Loire. O Castelo de Amboise fica no centro histórico, numa elevação às margens do Loire. Foi construído por Carlos VIII e, posteriormente, ampliado e reformado por Luís XII e Francisco I. Francisco I levou para Amboise Leonardo da Vinci, que ali viveu seus últimos dias e está enterrado na capela do castelo. Em Clos Lucé, palacete onde Da Vinci morou, estão engenhocas construídas a partir dos planos deixados pelo artista e inventor.



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Château de Pray O Château de Pray ocupa um castelo histórico perto da cidade de Amboise e é composto por um excelente restaurante, um jardim encantador e quartos especiais. Do ano de 1224, está situado no coração da região de prestígio dos castelos do Loire. Uma milha a oeste do centro da cidade, ele se assemelha a um castelo com torre ladeada no Reno. Lá dentro, você vai encontrar chifres, troféus de caça e uma sala de desenho com painéis, lareira e uma coleção de óleos antigos. Há 19 quartos à sua disposição. A suíte em que ficamos hospedados no Château me

emocionou: o quarto, projetado na antiga área de sótão do castelo, apresenta um belíssimo trabalho com tesouras em madeira, contracenando com sofás em veludo vermelho e uma sala de banho montada no meio do quarto, com área de 80 metros quadrados. Belezas que fizeram desta hospedagem um momento inesquecível nas nossas memórias. O restaurante, eleito “tabela de qualité” por Alain Ducasse e com uma estrela Michelin, oferece culinária Loire e menus de excelente qualidade e preço fixo; reservas são necessárias. Amboise é um local perfeito para os apaixonados por corridas, devido à sua vegetação e clima superespeciais. Outro privilégio do Vale do Loire são os passeios de balão que fazem desta viagem um destino inesquecível.



conceito indica

Sofás

Desvendamos os universos de alguns convidados para saber o que neles habita. Livro, música e cinema: vamos compartilhar! Ilustração Túlio Carapia

Sofá Literário Nathasha Lima O Diário de Anne Frank conta os pensamentos, as histórias e as preocupações de uma menina de 13 anos que está vivendo o período da Segunda Guerra Mundial. Tê-lo como livro de cabeceira vai fazer com que os seus sonhos façam uma viagem que irá se estender desde 1942 a 1944, vendo o outro lado de quem viveu em meio à guerra. É um livro que vai envolver todos os seus sentimentos. Vale a pena ler. “Eis um pequeno fato, você vai morrer”. É assim que começa a história, contada pela Morte, de uma menina que roubava livros. Esta, por sua vez, utiliza toda a gentileza que nenhuma alma viva conseguiria expressar. A Menina que Roubava Livros é essencial para qualquer pessoa. Carla Trabazo – Jornalismo Grupo AV Para quem gosta de histórias de serial killer, Eu Mato, de Giorgio Faletti, é ideal. Esse não é, porém, um livro comum, em que só se descobre o culpado no final. Ao contrário, o autor entra também na mente e no cotidiano do assassino, revelando sua identidade no clímax da história, o que, para mim, é a melhor parte de um livro, quando você começa a juntar as peças. É cativante, mirabolante. Digno de ser lido para se surpreender. Minha praia é ser surpreendida. Por isso, Conte-me Seus Sonhos, de Sidney Sheldon, possui uma trama magnética do início ao fim e, claro, com um final inesperado. Três personagens são suspeitas de cometer uma série de assassinatos e a polícia efetua a prisão, que leva a um dos julgamentos mais inusitados. A ansiedade para chegar ao final se tornaincontrolável no decorrer da história.


Sofá musical

Nyala Cardoso – Gerência Grupo AV Desde o dia em que foi lançado e exibido ao mundo, Dogville tornou-se um clássico! Como bem diz o maestro Aderbal Duarte, “clássico é o que atinge a perfeição de um momento humano e o universaliza”. Lars Von Trier sempre foi notável em desnudar a natureza humana, mas em Dogville ele alcançou a perfeição ao expor, sem pudor, a realidade vil e crua da própria condição enquanto ser humano. Apresentou uma Nicole Kidman meio Geni, de Chico Buarque, feita para “apanhar e cuspir”. Botou espelho em nossa cara e produziu um dos maiores clássicos da sétima arte. Não muito depois vem Denis Villeneuve, diretor canadense, e incendia tudo: pensamentos, crenças, certezas e raivas veladas. Desvenda de maneira assustadora a natureza dos fatos, provoca e bota espelho na cara outra vez. Incêndios é um filme que nos interrompe a respiração...

Gabriela Lima – Design Grupo AV Sob a saudosa e rica influência dos Novos Baianos a banda baiana, Pirigulino Babilake reúne bossa, rock e MPB em um CD recheado de composições expressivas. Dentre elas, a música tem lugar garantido em meu Top 10. Considero esta como um grito de felicidade que deve ser vivido em todos os momentos. O Meu Amor é de Chico! Não imagino outra pessoa para compor um testemunho de amor tão fascinante quanto este. Letra encaixada, melodia que embala, voz suave, é um brigadeiro em dias de TPM (e em todos os outros também). Chico Buarque sabe das coisas...

Ticiana Pinho – Jornalismo Grupo AV Ao som da inesquecível música “Time of my life”, Baby é carregada por John, na dança “finale” com um ritmo tão quente que todas as mulheres iriam querer estar ali, no lugar dela! Como tenho um grande carinho pelos filmes que passavam na Sessão da Tarde em meus tempos de menina, não posso esquecer o clássico Dirty Dancing. Como não amar um filme carregado de emoção, que deixa toda a audiência afogada em um tsunami de lágrimas? O Impossível conta a história verídica de uma família que foi passar férias em um lugar paradisíaco na Tailândia e sobreviveu ao tsunami que devastou a Ásia na manhã de 26 de dezembro de 2004. Com cenas extraordinárias, o filme afunda o espectador em um drama real, com luta pela sobrevivência, que faz todos refletirem sobre o caos, o desespero e o sofrimento que essa catástrofe causa.

Nyala Cardoso – Gerência Grupo AV Emilio Santiago 1975. Pode crer e vá sem medo, é um álbum genial. Gingado, dengoso, malandro, esse clássico é um dos sons que mais ouço enquanto dirijo. Bem verdade que é um tanto irreconhecível – “Santiago?! Jura?!” –, mas é uma surpresa bem gostosa... Mayra Andrade foi um bom presente de 2011, que suingou 2012 e vai continuar embalando 2013, sem dúvidas! O ritmo é faceiro, a voz da bela cabo-verdiana é um carinho e o idioma crioulo é uma das coisas mais deliciosas que já ouvi.

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Sofá com Pipoca


Galeria Pop

Saideira com os Gatos loucos

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Fotos Estúdio Gato Louco

Andrea Velame e Velame Junior

Tiago Nogueira

Nyala Cardoso

Thais Braga e João Climaco


Mariana Barreto, Hannah Botelho e InĂĄcio Barreto

Bruno Velame e Eduardo Monteiro

Deco Fonseca, Paulo e Roberta Fonseca

Manuela Andrade e MaurĂ­cio Lins

Lucas Assis, Andrea Velame e Nando Cordeiro


Simone Selem e Gisélia Souto

Mariana Di Domizio

Vera e Miguel Sehbe

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Andrea Velame e Rogério Menezes

Dinah Lins, Rebecca de Gonzaga e Paula Reis Walter e Cecília Cavargere

Eduardo Monteiro e Cassia Moraes


Adilson e Claúdia Galvão

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Roberto Carlos e Cláudia Lopes

Victor Araripe

Carlô e Daniela Lopes

Daidone Junior e Patricia Lima Andrea Velame e Priscila Mendonça

Flávio Moura e Márcio Xenofonte


conceito agenda Conceito Arquitetura Jean Nouvel: www.jeannouvel.com Conceito Arte Nelson Leirner: www.nelsonleirner.com.br Conceito Design Philippe Starck: www.starck.com Conceito Gastronomia Thierry Marx: www.thierrymarx.com Joël Robuchon: www.joel-robuchon.net Guy Martin: www.guymartin.com.br Check In Le Relais de L’entrecôte: www.relaisentrecote.fr Le Germain Paradisio: www.legermainparadisio.com 7L: www.librairie7l.com Angelina: www.angelina-paris.fr Montaigne Market: www.montaignemarket.com Amorino: www.amorino.com Fabiana Maruno: fabianamaruno.com Maison de la Truffe: www.maison-de-la-truffe.com Casa Bini: www.casabini.fr G7: www.taxisg7.fr Conceito Hoteis Four Seasons: www.fourseasons.com Lutetia: www.lutetia-paris.com Mandarin: www.mandarinoriental.com Pavillion Des Lettres: www.pavillondeslettres.com

Conceito Arquitetura na Gastronomia Baccarat: www.baccarathotels.com L’Arc: larc-paris.com L´Avenue: www.avenue-restaurant.com Campanas Café: www.musee--orsay.fr La Societé: www.restaurantlasociete.com Conceito Arquitetura na Moda Dries Van Noten: www.driesvannoten.be Abercrombie: www.abercrombie.com L’ Eclaireur: www.leclaireur.com Hermés Saint Germain: www.echochamber.com Conceito Fotografia Tomaas Lech: tomaas.com We Love Cannes Solaris: www.solaris-sunglass.com Hotel Ritz Carlton: www.ritzcarlton.com Le Grand Hotel: www.grandhotel-cannes.com Mônaco Hotel Hermitage: www.hotelhermitagemontecarlo.com Sass Café: www.sasscafe.com Joël Robuchon: www.joelrobuchon.net Hediard: www.hediard.fr St. Tropez Byblos: www.byblos.com Nikki Beach: www.nikkibeach.com Brasserie des Arts: www.brasseriedesarts.com Villa Romana: www.villaromana.com

Profissionais Flávio Moura: Av. Santa Luzia, nº1136, Edifício Horto Empresarial, Sala 103, 104 e 105 – Salvador – (71)3276-0614 / 9966-7775 – contato@flaviomoura.com.br Gisele Taranto: R. J J Seabra, 14, casa 2, Jardim Botânico – Rio de Janeiro (21) 2579-0448 / 8142-1728 – www.giseletaranto.com Iolanda Almeida: Av. ACM, nº 3259 - Edifício Aurelio Leiro, 1001 Iguatemi Salvador – (71) 3359-9998 / 9985-9998 – iolanda@iolandaalmeida.com.br Leo Romano: R. 38, setor marista –Goiânia – (62) 3941-0965 / 3086-1965 www.leoromano.com.br Toninho Noronha: R. Pedroso Alvarenga, 755, cj. 31 – São Paulo (11) 3074-1787 – www.toninhonoronha.com.br Diego Revollo: R. dos Três Irmãos, 201, cj. 98, Jardim Guedala – São Paulo (11) 3722-4605 – www.diegorevollo.com.br Fernando Rocco: R. Eugênio Medeiros, 639, 1º andar, Pinheiros – São Paulo (11) 3817-6955 – www.roccovidal.com.br Nagila Andrade: R. Itabuna, 205, RioVermelho – Salvador – (71) 3335-2920 / 8119-8072 – www.nagilaandrade.com.br

Grupo AV Rua Afonso Celso, 102. Barra. Salvador–BA 71 3351 9666 | www.andreavelame.com.br


grupo av | foto est煤dio gato louco

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Omni Light | Fiel ao design.

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ALESSANDRA CARVALHO E VANESSA SOARES pARA MARCAtO


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