Conceito AV#19

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nĂşmero 19 . salvador . bahia . brasil

ĂĄfrica Um lugar dentro de nĂłs


coleção 2015/2016

poltrona christina por aída boal para o projeto viés

\moveis home design

\homedesignmoveis

www.homedesign.com.br editoriais home design


sofá estrela por fernando e humberto campana

sofá rph por fabio novembre

cadeira clad por jader almeida

luminária kremlin por estúdio lattoog

mesa de jantar ypsilon por nada se leva mesa de centro twist por jader almeida banco sutra por jacqueline terpins

av. beira mar, 1480, farolândia aracaju - se | 79.3225-9900

av. paulo vi, 1186, pituba salvador - ba | 71. 3503-5959


Urban

by Sidney Quintela

Urban, uma linha de cozinhas planejadas da Milano, que expressa praticidade e design funcional. Desenhada por Sidney Quintela.


grupo av por andrea velame | foto estĂşdio gato louco

AMBIENTES Av. Paulo VI, 1209, Pituba, Salvador-BA

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71 3036.0101

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www.milanoambientes.com.br


decor a

S alvad o r

2015

A Decora Lider já se tornou tradição no mercado baiano. A cada ano elege um casting de talentosos arquitetos e designers de interiores para apresentar, através de uma mostra, os lançamentos de sua coleção. A mostra e a festa já são esperadas na cidade. Não percam, afinal vale a pena conferir! Andrea Velame


Adriana Sales e Mércia Sales

Caroline Gaspar e Cauã Witzke


CLรกUDIA LOPES

Dinah Lins e Marta Azevedo


Flรกvia Sanjuรกn Flรกvio Moura


HAIFATTO

MรกRCIA AMARAL


Marcus Lima e Luiz Claudio Motta

Mariana Fedulo


Rafael Souza e Jorge Trabuco

Rosy Oliveira e Tatiana Pessoa


Adriana Sales e Mércia Sales Caroline Gaspar e Cauã Witzke Cláudia Lopes Dinah Lins e Marta Azevedo Flávia Sanjuán Flávio Moura Haifatto Márcia Amaral Marcus Lima e Luiz Claudio Motta Mariana Fedulo Rafael Souza e Jorge Trabuco Rosy Oliveira e Tatiana Pessoa

fotos jomar bragança

BA - Salvador - Alameda das Espatódeas, 1.167 Caminho das Árvores | (71) 3272.0210 SP | RJ | MG | DF | ES liderinteriores.com.br/modulados liderinterioresperfil

@LiderInteriores

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DESIGN FEITO PARA VIVER BA | Salvador: Alameda das Espatódeas, 1.167 – Caminho das Árvores – (71) 3272-0210 SP | RJ | MG | ES | DF liderinteriores.com.br



Andrea Velame Diretora Editorial

Gabriela Lima Designer Gráfico

Ticiana Pinho Produtora

Anna Carolina Queiroz Executiva de Contas

Natasha Lima

Lucas Assis e Paula Reis Estúdio Gato Louco

Produtora

Colaboradores Revisão Textual Laura F. Dantas Financeiro Mery Santos Impressão VOX Gráfica Foto Capa Estúdio Gato Louco Distribuição Salvador e São Paulo Fale com a redação producao@andreavelame.com.br


áfrica

O tema de cada revista nos conduz a uma viagem longa. São, pelo menos, três meses de aprofundamento. Para esta edição, viajei para a África sem levantar da minha cadeira, mas precisei, sim, de muito mais pesquisas e inspirações, pois é extremamente difícil se falar sobre o que não se conhece e passar a emoção que não se sentiu, mas digo a vocês, termino esta revista com um desejo imprescindível: preciso ir à África e descobrir os segredos, a natureza, a gastronomia, a arte, o design, a moda e a arquitetura desta que se parece a maior mistura de todas as tribos. Espero que, assim como eu, vocês desfrutem de cada matéria e percebam a importância cultural e social deste continente que nos encanta e nos apaixona pela forma e pelas cores.

Andrea Velame


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contents

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58 18. Arquitetura: Saota e Gavin Maddock 26. Art: El Anatsui 30. Menu: No tabuleiro da africana tem... 36. Moda: Palesa Mokubung 38. Trending Topics: Hotéis e Resorts 44. Acontece: Musical O Rei Leão 48. Radar: Coroadas em Tecido 50. fotografia: Christian Cravo 56. #TôNaConceito 58. Close: Nádia Taquary 62. Wishlist 66. Editorial de moda: Alma Africana 78. Conceito design: Esther Mahlangu 82. In Loco 140. Ele: Safari


“A arquitetura precisa do foco na criação de um edifício contemporâneo, minimalista e escultural.”


SAOTA

COVE 3 A residência COVE 3, localizada em The Cove, Pezula Estate, Knysna, teve o projeto de arquitetura assinado pela SAOTA Arquitetos. Greg Truen & Roxanne Kaye foram responsáveis pela área de projetos. O projeto de interiores, com uma linguagem limpa e bastante contemporânea, foi desenvolvido pelo escritório de ARRCC, tendo os designers Mark Rielly e Tavia Faraó como integrantes da equipe. A família, com base em Joanesburgo, desejava uma casa de praia com características de primeira residência, caso esta fosse a opção em um segundo momento. O terreno de 3.253 m² recebeu uma casa de 1.059 m². O terreno possibilita vistas espetaculares, portanto, foi fundamental a preocupação na implantação da casa. Vidro, madeira e mármore foram alguns dos materiais utilizados neste projeto.

Casa nova A casa nova, localizada em Bantry Bay, Cidade do Cabo, África do Sul, teve o projeto de arquitetura e arquitetura de interiores assinados pela SAOTA Arquitetos. A equipe ficou sob a responsabilidade de Philip Olmesdahl, Tamaryn Fourie & Joe Schutzer-Weissmann e equipe de projetos Studio Parkington Design Consult. Esta casa foi concluída em 2014.

CONCEITO ARQUITETURA

{ T a n dr e a v e l a m e }

O objetivo era criar uma casa espetacular que estivesse encapsulada na ampla vista, de 360 graus, para as montanhas e o mar. Embora a paisagem fosse uma preocupação primordial, a necessária privacidade também foi contemplada. As áreas de convivência deveriam ter planos abertos para melhorar a vida cotidiana. “A arquitetura precisa do foco na criação de um edifício contemporâneo, minimalista e escultural”, diz Tamaryn Fourie, associado sênior e membro da equipe do projeto.

Victoria 73 A casa Victoria, localizada também em Bantry Bay, Cidade do Cabo, África do Sul, teve o projeto de arquitetura assinado pela SAOTA e a equipe de projetos, dividida entre Stefan Antoni, Philip Olmesdahl & Gina Leinberger. O projeto de interiores foi assinado pela ARRCC e executado por Mark Rielly. A propriedade tinha uma casa existente e subutilizava características fantásticas do terreno. Os clientes estavam ansiosos para utilizar todas as áreas possíveis, mas precisavam ter certeza de que a privacidade seria possível naquela parte densa de Bantry Bay, onde os terrenos são relativamente pequenos e os proprietários maximizam as construções. Sem áreas de recuo, mas com uma vista privilegiada, o escritório SAOTA desenvolveu um projeto contemporâneo, com uma arquitetura de interiores belíssima, dialogando com perfeição entre si.

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22 F A da m L e t ch , Joh n De von p or t e M ick y Hoy l e


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F A da m L e t ch


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F SAOTA


gavin maddock

Esta casa contemporânea está localizada a 90 km da costa oeste norte de Cidade do Cabo, na África do Sul. O imóvel, implantado numa reserva natural ao lado do oceano, conta com uma vista espetacular. O orçamento limitado fez com que a arquitetura assumisse uma linguagem minimalista na concepção do projeto. Com a duna frontal um pouco mais alta do que o resto do terreno, o desafio foi conciliar casa, duna e pontos de vista. O resultado é uma estrutura retangular de dois andares, com 600 m², e espaços ao ar livre valorizados pela natureza. A casa é composta por três quartos, quatro banheiros, generosas áreas de estar e jantar, decks, terraços e varandas. Vista para o mar é uma premissa de todos os quartos. A escolha de móveis, cores e texturas foi importante para satisfazer o nível de conforto exigido pelo cliente. A influência da arquitetura mediterrânea se fez presente na concepção do projeto. A sala de estar e a mesa de jantar foram projetadas pelo escritório. Os móveis apenas vestem os espaços, não têm a pretensão de se tornarem peças de destaque. Os móveis externos foram escolhidos pela sua escala e simplicidade.

CONCEITO ARQUITETURA

{ T a n dr e a v e l a m e | F A da m L e t c h }

Para maximizar o tamanho da suíte principal, uma sala de banho foi criada em vidro para que a vista, em constante mudança, pudesse ser apreciada. Todos os pisos dos quartos têm acabamento em carvalho. Aqui, a seleção de mobiliário inclui vários clássicos modernos. As escolhas sempre buscaram maximizar a vista, sem emolduramentos. A privacidade em relação a futuros vizinhos também foi uma preocupação do arquiteto. Com colunas estrategicamente colocadas, a abertura foi esticada ao máximo de 14 metros abordando o oceano. Para atingir a leveza do espaço, a proporção e a altura foram essenciais. Um pé-direito de 3,3 metros garantiu esse resultado. O projeto é uma declaração individual de apelo simétrico. Uma casa moderna, com grandes áreas de entretenimento e todos os confortos necessários para uma família minimalista.

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QUER TROCAR AQUELE SEU ELETRODOMÉSTICO QUE GASTA MUITA ENERGIA POR UM MAIS ECONÔMICO? É MUITO SIMPLES. PARTICIPE! 1) Após a compra do eletrodoméstico com Selo Procel de Economia de Energia, inscreva-se no quiosque do projeto no Salvador Shopping e apresente a nota fiscal da compra em um prazo máximo de 30 dias, a contar da data de emissão da nota fiscal. Lá, você vai receber o bônus através de um cartão de débito. O valor será disponibilizado após o recolhimento do seu eletrodoméstico antigo na sua residência. 2) Outra maneira de garantir seu bônus: ir até uma das lojas credenciadas para se inscrever e adquirir o desconto no ato da compra do equipamento novo. Nesse caso, o bônus acontecerá em forma de desconto no valor da compra do aparelho.

Consulte no site o regulamento completo e as lojas credenciadas:

WWW.TROCAECONOMICACOELBA.COM.BR Mais informações: (71) 3555-3395

EQUIPAMENTOS X VALOR DO BÔNUS * Equipamento

Valor Final do Bônus:

Ar-condicionado de Janela ou Split

R$ 285,00

Refrigerador

R$ 585,00

Freezer Horizontal ou Vertical

R$ 385,00

Máquina de Lavar Roupa Semiautomática, 7kg

R$ 285,00

Máquina de Lavar Roupa Automática, 8kg a 11kg

R$ 385,00

*Abrangência do projeto: Salvador e Lauro de Freitas.


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art


art

{ T a n dr e a v e l a m e }

arte através dos tecidos Embora o artista nunca tenha trabalhado com tecelagem, muitos enxergam os padrões de tecido típicos de Gana em sua obra

El Anatsui graduou-se em 1968 na Universidade de Ciência e Tecnologia de Kumasi, Gana. Apesar de o país ter conquistado a independência em 1957, a universidade onde o artista estudou era filiada à Universidade Goldsmith de Londres, o que implicou uma formação nos moldes ingleses. Anatsui estudou desenho, pintura e escultura através de métodos europeus e suas aulas de História da Arte não abordavam a produção que teve lugar no continente africano. Entretanto, sua infância em Anyako o colocou em contato com formas e ritmos que, mais tarde, iriam repercutir em sua obra. Irmão mais jovem de uma família com 32 filhos, o artista lembra-se da dedicação de sua família à pesca e à agricultura e, nos tempos livres, à tecelagem e à composição de letras para músicas tocadas com tambores, por seu pai e irmãos. Embora o artista nunca tenha trabalhado com tecelagem, muitos enxergam os padrões de tecido típicos de Gana em sua obra. A riqueza dessa agora premiada trajetória de vida ganha forma em uma produção extremamente original e plasticamente epifânica, mas também em um método de ensino elaborado ao longo dos anos de docência e cujas orientações podem ser resumidas como segue: busque inspiração na sua história pessoal; olhe o ambiente ao seu entorno em busca de materiais; viaje e traga todas essas experiências para seu trabalho; crie estratégias para permitir que o acaso irrompa no processo de produção, produzindo novas e inesperadas formas.

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grupo av por andrea velame | foto marcelo negromonte

TOLDO HORIZONTAL DE TETO

THAIS BRAGA para Única

Alameda dos Umbuzeiros 129 Caminho das Árvores Salvador atendimento@unicaluxaflex.com.br | 71 3354.3232/8166.3153


“Uma forte dose de história e tradição se agrega a sabores, ingredientes e modos de preparo de cada prato(...)”


menu

{ T CARLA TRABA Z O }

No tabuleiro da africana tem... Rico em cultura, o continente africano tem um leque de receitas que deixa qualquer um de malas prontas para ir conhecê-lo

Conhecido por sua grande variedade cultural, o continente africano também não deixa a gastronomia de fora da mistura. Representando os mais diversos povos e tradições, os pratos têm um toque de todos os cantos do mundo, seja por influência árabe, europeia ou asiática. Ainda assim, em uma refeição “tipicamente africana” não podem faltar arroz, massa de inhame ou mandioca, guisado de vegetais e, claro, uma proteína, podendo ser peixe, carne grelhada ou o próprio vegetal. O resultado disso é uma dieta variada e rica nos mais diversos nutrientes.

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menu

No amplo universo que é a cozinha africana, cada região tem o seu forte, seja por conta da agricultura ou pela criação de gado. No norte da África, por exemplo, predomina o cultivo do trigo, assim, a base da alimentação é uma espécie de pão, enquanto na África subsaariana os guisados e grelhados são acompanhados por uma massa cozida em água. Uma forte dose de história e tradição se agrega a sabores, ingredientes e modos de preparo de cada prato, o que cria visuais que deixam qualquer um com água na boca. Norte Países como Egito, Marrocos e Tunísia destacam-se pela culinária do cheiro. Ingredientes como a erva-doce, o alecrim, o louro, o cravo, a canela e as pimentas estão sempre presentes nos pratos, acompanhados de salsicha, carne de cordeiro e alimentos à base de trigo. A iguaria mais comum no Egito é o fool, um ensopado tradicionalmente leve, feito de grãos de fava temperados com pasta de gergelim e suco de limão. O kebab, feito de carne de carneiro ou frango, também é muito popular. Leste A gastronomia do leste tem forte influência árabe, onde o arroz e as especiarias dominam as regiões costeiras. Pimentão, tomate, batata e porco completam os pratos do lugar, como na Tanzânia. Na região do chifre africano (composta por Etiópia, Eritreia, Somália e Djibouti), porém, as crenças islâmicas e cristãs impactam na mesa de jantar. Na Etiópia, por exemplo, a carne de porco é substituída por leguminosas e os pratos são servidos com injera, uma massa úmida e fofa feita de trigo, e molhos das mais diversas cores e sabores. A bebida etíope também se destaca pelo tradicionalíssimo tej. Feito de vinho com mel, o sabor doce e inocente poderia passar facilmente como apenas uma bebida refrescante.

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Oeste e Centro A África ocidental e central teve um contato menor com o resto do mundo e, por isso, sua cozinha mantém ingredientes e técnicas bem tradicionais. Inhame, mandioca e outras plantas típicas do lugar são as mais usadas, principalmente nas regiões mais secas. O amendoim e as plantas de pimenta finalizam os pratos. Em Angola, país colonizado por portugueses, o fufu é o que mais sai nas cozinhas. Feito através da fervura da mandioca e do inhame, às vezes substituído pela banana, a iguaria assemelha-se a um purê e é servida com praticamente tudo. O fufu é o arroz dos angolanos. Sul Influenciada principalmente pela cultura indonésia e indiana, a gastronomia do Sul do continente é muito copiada em todo o mundo. As receitas, que envolvem os mais variados ingredientes, como carnes, pães, doces, linguiças e arroz colorido, dão toques especiais nos pratos, que se tornam irresistíveis. Na África do Sul, o prato favorito, inclusive do líder Nelson Mandela, é o bobotie, feito com cozido de carne moída, leite, castanhas, pão, damascos, passas, curry e cebola. A aparência é a de um escondidinho, mas cada garfada desvenda o sabor diferente de cada ingrediente.

África em casa Deu vontade de experimentar tudo? Leve a África à sua cozinha. A torta de frango marroquina, a b’stilla, tem um toque especial de açúcar e canela e leva uma hora e meia para chegar até a mesa. Anote aí:


: 1 hr 30 Nível de habilidade: Médio Serve: Ingredientes: 2 filés de peito de frango sem osso e sem pele 2 colheres de sopa de caldo de galinha em pó 500 ml de água quente 3 ovos 2 colheres (sopa) de salsinha fresca picada 1 colher (chá) de canela em pó 2 colheres (chá) de açúcar 500 gramas de massa folhada Sal e pimenta a gosto 55 gramas de manteiga derretida

Modo de preparo: Preaqueça o forno a 180 ºC, coloque os peitos de frango numa panela pequena e cubra com o caldo de galinha e a água. Cozinhe em fogo médio/baixo, sem deixar ferver, por 8 a 10 minutos, até ficarem completamente cozidos. Depois, desfie o frango e reserve o líquido do cozimento. Em uma tigela pequena, misture os ovos com 120 ml (1/2 xícara) do líquido reservado e a salsinha picada e, em outra tigela, misture a canela e o açúcar. Abra uma folha da massa em um quadrado de 30 cm e corte outra folha de massa ao meio e abra para formar dois quadrados de 20 cm. Coloque o pedaço maior numa forma de 23 cm. Espalhe a metade do frango sobre a massa e despeje metade da mistura de ovo por cima. Polvilhe com metade da mistura de canela e açúcar e polvilhe com mais sal e pimenta. Cubra com o quadrado de massa restante. Dobre as bordas da massa maior que está por baixo, e por cima da torta e pincele com manteiga derretida. Asse no forno pré-aquecido por 40 minutos, até dourar. Sirva morna ou fria.

Geniet*...

*Aproveite


grupo av por andrea velame | foto lucas silva

MÓVEIS | TECIDOS | REVESTIMENTOS | OBRAS DE ARTE | OBJETOS DE DECORAÇÃO

Rua Aracaju, 128, Jardim Brasil, Barra | 71 3033.2299


Sempre iluminando as suas melhores experiĂŞncias!


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moda


moda

{ T LUCAS ASSIS }

Palesa Mokubung: afro-inspiração!

A passarela vazia e silenciosa começou a ganhar novo sentido quando a primeira modelo exibiu em suas mãos uma placa com as seguintes palavras de protesto: Remember Our Girls. Poderia ser a cena fashion 2015 de qualquer país, mas, nesse caso, na semana de moda da África do Sul, a estilista Palesa Mokubung nos alerta sobre as questões sociais que envolvem a autoestima das mulheres negras e o tráfico de meninas em todo o continente africano. O engajamento ativista expressado pela marca Mantsho faz com que modelagens irreverentes e estampas gráficas representem o orgulho étnico, valorizando suas raízes ancestrais com a consciência de quem não esquece o passado histórico marcado pela resistência e a coragem do povo negro no mundo. Palesa Mokubung é africana, filha de mãe solteira e aprendeu desde cedo a importância de inserir os traços culturais de seu continente através do estilo. Ela é bacharelanda

em Artes Plásticas e licenciada em Moda, unindo linguagens para desenvolver em sua marca estamparias exclusivas e peças de vestuário que tornem seus clientes ainda mais confiantes e orgulhosos diante de sua leitura da estética afro contemporânea. A Mantsho, que significa “uma pele bonita”, surgiu em 2004 em um concurso de novos talentos, que projetou Palesa como grande expoente empreendedor da moda sul-africana. A designer apresenta seus projetos desde os 19 anos de idade, com estudos profundos em localidades como Soweto, Senegal e fora de seu país, com passagem pela Índia e os Estados Unidos, contando sempre com um casting de modelos que represente a diversidade, destacando talentos negros como protagonistas. As roupas da Mantsho podem ser encontradas em multimarcas de e-comerce como a Zando, além do ateliê localizado em Joanesburgo.

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{ T ANDREA V ELA M E | i SOPHIA Sa bi n i - L e i t e }

top 5 hotéis e reservas A África do Sul e a África Oriental abrigam centenas de alojamentos de caça. De modestos a sublimes, todos eles têm seus pontos positivos, só que uns mais do que outros. Escolhemos alguns alojamentos que nos despertaram a curiosidade para ajudar você a planejar o melhor safári de toda a sua vida. A reserva de Sabi Sand é famosa por sua incrível população de leopardos e abrange impactantes 14 mil hectares de natureza privativa no coração da famosa Reserva de Animais Sabi Sand – uma extensão do Parque Kruger. O Parque Nacional Kruger é considerado uma das principais reservas de caça da África do Sul. Lá, escolhemos o Lion Sands Game Reserve. Outra parada foi o Distrito de Waterberg Limpopo, uma maravilha natural onde você é capaz de se reportar à Idade da Pedra. A floresta de Ribeirinha, localizada às margens do Rio Marico, tem um dos lodges mais especiais da África, com apenas oito suites, piscina de borda infinita, academia e tratamentos de beleza. Acomodações luxuosas, cozinha excepcional e serviço acolhedor fazem de Makanyane um dos mais atraentes destinos da África.


Trending Topics

Chongwe River House Z â m bi a

Assinado pelo renomado arquiteto Neil Rocher, o projeto dessa casa privada impressionante faz uma declaração de estilo significativa e única de como desfrutar ao máximo da natureza. Localizada a aproximadamente 1 km de distância do Chongwe River Camp, o hotel está inserido numa das já poucas grandes áreas de deserto da África, rodeado por uma deslumbrante paisagem envolvente que permite inesquecíveis safáris. Na Chongwe River House, os móveis são esculpidos à mão, e a varanda estende-se em direção ao rio. As paredes seguem as linhas naturais de ramos usados; troncos de árvores, cipós e galhos que parecem crescer a partir das paredes e se misturarem facilmente em áreas de estar e de jantar. Com seu próprio veículo e guia de safári, o espaço realiza muitas atividades exclusivas oferecidas aos hóspedes. Um espetáculo para todos os sentidos, uma vez que, no local, vivem espécies como elefantes, búfalos, leões e leopardos. Chongwe River House é perfeito para famílias ou grupos que querem uma experiência exclusiva e luxuosa!

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Kagga Kamma Á f r ica d o S u l

Respirar o ar puro e desfrutar de uma atmosfera pacífica para o Lodge. Kagga Kamma não só oferece aos hóspedes um cenário espetacular e uma tranquilidade absoluta, mas também alojamento elegante, bons restaurantes, passeios e atividades exclusivas – todas incluídas na reserva da sua estadia. A área de Cederberg é a única que compreende o deserto Karoo-like intocado, onde os hóspedes encontrarão belas flores silvestres e bichos pequenos que são malvistos em outras partes do país. Kagga Kamma é igualmente o único Lodge que oferece aos seus hóspedes experiências e instalações que estes não encontrarão em qualquer outro lugar. Escolha entre uma variedade de tipos de alojamento, que incluem as suítes cavernas, e as luxuosas casas cobertas de colmo, para uma experiência mais mágica possível.


Trending Topics

Lion Sands Game Reserve Á f r ica d o S u l

Voos regulares diários entre Cidade do Cabo, Joanesburgo e Aeroporto Skukuza, operados pela Airlink, são definitivamente a solução mais rápida e mais eficiente para chegar ao destino. Cinco horas de carro de Joanesburgo também é uma boa opção se você deseja ver o cenário da região Mpumlanga: de tirar o fôlego. Para quem não tem problemas de orçamento, voos charters privados são uma ótima maneira de viajar entre destinos na África. O Lion Sands Game Reserve, através de gerações, é conhecido como uma das principais reservas de caça privadas da África do Sul. Com quatro lodges de safári de luxo localizados dentro do Parque Nacional Kruger Game Reserve e Sabi Sand, os hóspedes fazem safáris personalizados, na companhia de pessoas interessantes e encantadas com a África, sua vida selvagem e sua hospitalidade incomparável.

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Trending Topics

Marataba

Á f r ica d o S u l

O distrito de Waterberg Limpopo é uma verdadeira maravilha natural, com montes antigos e uma riquíssima biodiversidade. Savanas tornam o destino ainda melhor, em um safári popular, quando grandes manadas de animais selvagens podem ser vistas. Waterberg oferece uma experiência fantástica de turismo que combina algumas das melhores características da África do Sul. A Biosphere é uma das 500 reservas reconhecidas do planeta pela Unesco. O Safari Lodge Marataba é uma extensão do ambiente natural, com uma decoração rica em materiais naturais, com um projeto caloroso e relaxante! Se você sentar em silêncio, poderá sentir a energia das inúmeras pessoas que fizeram daquele lugar um lar, desde a Idade da Pedra.

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#triplovers Das coisas que você não pode esquecer de colocar na necessaire... Dica: Prefira as versões miniaturas de produtos! ;)

HIDRATANTE LABIAL Diga “não!” aos lábios ressecados!

ÁGUA TERMAL Para levar na bolsa: Refresque e hidrate sua pele, sempre que possível!

PROTETOR SOLAR

Makanyane

Á f r ica d o S u l

De dias nublados a ensolarados: nunca esqueça!

HIDRATANTE PARA OS PÉS ... Porque eles também merecem a nossa atenção!

SHAMPOO A SECO Projetado para ter impacto ambiental mínimo, construído em pedra local, madeira e palha que se mistura aos arbustos, o Lodge permite que os hóspedes experimentem continuamente a beleza natural do seu entorno. Escondido na floresta ribeirinha, as oito suítes de luxo – cada uma com quartos de paredes de vidro, com vista para o Rio Marico – oferecem vistas panorâmicas sobre a mata circundante. Acomodações luxuosas, cozinha excepcional, serviço acolhedor e visão de natureza próxima, emocionam e se combinam para criar uma experiência de safári de luxo inesquecível no santuário Makanyane Luxury Safari Lodge, o lar de leão, leopardo, elefante, búfalo e rinoceronte preto e branco. As suítes têm salas abertas, com fachada, decks privativos e banheiros espaçosos que podem ser abertos para a floresta. O Lodge tem piscina de borda infinita, academia, tratamentos de beleza e miradouro com vista magnífica.

Um salva-vidas para cabelos, durante viagens.

PROTETOR SOLAR PARA CABELO... Aquele amigo que faz a diferença!

DEMAQUILANTE Garanta a limpeza da sua pele.

ESCOVA PARA CABELO Para te salvar daquele ventinho indesejado.



acontece

{ T TIC IANA PINHO e ga br i e l a l i m a }

Hakuna Matata

Todas as manhãs, quando o sol surge no horizonte, uma gigantesca formação de rochas recebe os primeiros raios de luz, e um leão acorda. Dessa vez o leão acordou ali, no palco, em meio a uma superprodução, cenário impecável, figurinos caprichadíssimos e uma iluminação fascinante que ajuda a dar brilho aos olhos para acompanhar um elenco afinado de 53 atores. Estamos falando do espetáculo Rei Leão - O Musical, adaptação do filme O Rei Leão, da Disney, encenado em quinze países e traduzido para oito línguas diferentes. Com direção de Julie Taymor, o filme cumpre a promessa de ser um show recheado de efeitos de manipulação de bonecos e elementos, para o encanto de um público ávido de emoções. É quase impossível que sua memória afetiva não capture um pedaço da sua infância.

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Números da Broadway Com o título de maior bilheteria da Broadway, a história de Simba ganhou vida nos palcos por meio de um extraordinário espetáculo. As (quase) três horas de encanto já foram vistas por mais de 80 milhões de pessoas, o que se tornou um grande marco. A magia do cenário e a coreografia dos personagens são capazes de sensibilizar o público adulto e infantil, a partir de uma narrativa que aborda o milagre da vida e a luta entre o bem e o mal. De risos a lágrimas, a montagem é a sexta produção mais duradoura na história dos musicais da Broadway, com passagem pelos cinco continentes. Com cenários imponentes, figurinos bem pensados, influências africanas e um elenco numeroso de 53 atores, cantores e dançarinos, dentre eles 11 sul-africanos que dão entusiasmo e vigor aos personagens, a montagem, no Brasil, somou 662 apresentações vistas por aproximadamente 850 mil pessoas. A temporada com 21 meses, que resultou no título de segundo musical com mais tempo em cartaz em São Paulo, perdeu apenas para “O Fantasma da Ópera”.


Como um dos musicais de maior sucesso na história, o enredo é fiel à trama da animação e conta a trajetória de Simba, um pequeno leãozinho filho da rainha Sarabi e de Mufasa, o rei da floresta. Seu nascimento desperta a ira do maquiavélico Scar, irmão do rei, pois diminui suas chances de assumir a coroa. Ao crescer, Simba é envolvido nas artimanhas de seu tio e é obrigado a se exilar das Terras do Reino para se proteger. Ele parte, então, para uma jornada em busca de autoconhecimento. No meio do caminho, o destino se encarrega de cruzar sua vida com a de Timão e Pumba, um suricate e um javali excluídos da sociedade que lhe ensinam o real sentido da vida, a filosofia “Hakuna Matata”, uma frase do idioma suaíle (língua falada na África oriental) que significa “sem problemas” ou “não se preocupe, apenas se divirta e aproveite cada momento”. Anos depois, após enfrentar as mais diferentes aventuras, chega o momento de Simba decidir se vai seguir seu destino, assumir suas responsabilidades como rei e enfrentar os desafios que o esperam. Com a maior produção musical já realizada no Brasil, O Rei Leão mostrou um show à parte: a trilha sonora. As músicas principais foram escritas pelo compositor Hans Zimmer, com vocais do músico sul-africano Lebo M., e as canções – escritas pelo famoso Elton John e pelo letrista Tim Rice –, de quebra, foram traduzidas e adaptadas por Gilberto Gil. E como não se lembrar da cena de abertura, de arrepiar e encher os olhos, quando o recém-nascido Simba recebe a bênção do sábio babuíno Rafiki e é apresentado ao reino animal? Nesse momento, o teatro explode de cor e emoção, nos corredores surgem girafas, hipopótamos e elefantes, rumo ao palco ao som de cantigas africanas. Um espetáculo cheio de ação, aventura, humor, romance e drama, que deixa uma mensagem que todos nós deveríamos seguir:

“Hakuna Matata, É lindo dizer Hakuna Matata, sim vai entender Os seus problemas, você deve esquecer Isso é viver, é aprender Hakuna Matata.”

#curiosity Muito além de uma brilhante animação da Disney, a superprodução é uma grande referência à arte e à cultura africana. “O Rei Leão” é extraordinário e singular, levantando a bandeira pelo amor e respeito à natureza. Com elementos que encantam o espectador, é capaz de nos fazer repensar a importância de nossos atos e suas consequências ao redor, assim como o valor de sentir que fazemos parte de um grupo. Cinco curiosidades que vão levar você para a Terra do Rei!

1 - Em seu primeiro projeto, o longa se chamaria “King of the Jungle” (O Rei da Selva) e falaria sobre os leões africanos vivendo na selva. Até que a equipe de produção percebeu que leões não vivem na selva. 2 - “O Rei Leão” é ligeiramente inspirado em “Hamlet”, de William Shakespeare: a história de um jovem príncipe cujo tio assume o reino após matar o rei, seu pai. Depois de ficar longe de casa por um longo período, o príncipe decide voltar e se vingar. 3 - Na época da produção, o filme “O Rei Leão” foi considerado o “projeto B” no estúdio, já que os maiores nomes estavam trabalhando na animação “Pocahontas”, previsto como o grande triunfo. 4 - Dentre as técnicas utilizadas para dar vida ao musical está o bunraku, uma tradicional técnica japonesa de manipulação de bonecos.

5 - Na adaptação da trilha sonora, junto à orquestra, foram incorporados instrumentos de percussão típicos dos ritmos africanos. Mais inspirações do continente podem ser encontradas nas cenas do personagem Rafiki, que abre o espetáculo com uma canção interpretada em Swahili (língua africana). Além dessa, outras cinco línguas africanas são usadas nos músicas: Zulu, Sotho, Tswana, Congolese e Xhosa.

Walt Disney

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RADAR

{ T ca r l a t r a ba z o }

Coroadas em tecidos Indumentária secular e cheia de simbologia, o turbante vai além do acessório da moda

Muito mais que um pedaço de pano, das mais variadas cores e texturas, o turbante carrega consigo a força da sua ancestralidade e significados. As diferentes formas de amarração representam a altivez da mulher negra, que porta sua coroa de lenços com atitude e empoderamento. O turbante faz parte de um leque de culturas orientais, africanas e, claro, brasileira. A forma com que foi criado e seu objetivo variam de um povo para outro e, inclusive, já foi introduzido na alta costura dos anos 30, pelo estilista francês Paul Poiret, fazendo a cabeça de grandes mulheres, como Simone de Beauvoir, Greta Garbo e Carmen Miranda. Mas foi a partir dos anos 60, através do movimento do orgulho negro, nos Estados Unidos, que o uso do turbante voltou a significar uma forma de afirmação do povo negro, resgatando a coroa têxtil usada pelas rainhas africanas, como a egípcia Nefertiti, a nigeriana Amina e a ganense Nanny. Para as culturas africanas, afro-americanas e afro-brasileiras usar o turbante é mais que um estilo, sé um símbolo de identidade cultural e de luta contra o preconceito racial. “Além de toda a função utilitária de proteção espiritual e contra o sol, a simbologia que acompanha o turbante nesse momento

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atual, em que ele tem sido reapropriado na indumentária contemporânea, é a do resgate de um símbolo de resistência, realeza e beleza da cultura negra”, afirma a designer e turbanteira Thaís Muniz. A baiana de 28 anos é a fundadora do projeto Turbante.se, que há quatro anos explora as formas de usos e significados das amarrações de tecido para as diferentes culturas através de workshops, performances, ações sociais e artísticas e shootings de moda. O projeto, ainda que lúdico, deixa claro o seu objetivo: reverenciar e espalhar a beleza da cultura estética negra e, mais ainda, propor o turbante como meio de resgate da autoestima, associando design, antropologia e garimpo têxtil em todos os seus trabalhos. “Depois de fazer o primeiro workshop, eu me senti muito bem e via todas as meninas da turma mais radiantes, empoderadas pela estética não embranquecida, que nós, mulheres negras, geralmente somos submetidas. Todas pareciam estar mais preenchidas delas mesmas. Depois da primeira turma, eu senti necessidade de pesquisar mais para que não fosse algo meramente estético, ainda que muito forte. Pouco a pouco, o que era uma atividade paralela se tornou minha atividade principal”, conta Thaís, que agora leva a baianidade e seus turbantes para Dublin, na Irlanda, e já fez mais de dez workshops pela Europa.


“Turbantando-se” Para fazer as amarrações é necessário paciência, vontade e um pouco de prática. Se o turbante não está ficando da forma que imaginou, vá consertando à medida que o amarra, até ficar do seu gosto. Se o tamanho da sua coroa não está suficiente, você pode crescê-la colocando um pano dobrado no topo da cabeça. Para aquelas com cabelo liso, Thaís explica que as amarrações não são turbantes, mas sim headwrap. “São coisas completamente diferentes. Mas dá sim para utilizar lenços nos cabelos lisos, é só uma questão de intimidade e de escolher o lenço com o tecido certo”. Há quem diga que, para locais formais, as amarrações devem ser discretas, com tons pastéis e escuros ou, ainda, que o turbante deve ser deixado em casa, mas, para Thaís, não há momento inapropriado. “Existe um dizer dos Iorubás da Nigéria que afirma que ‘O turbante só enfeita quando é apropriado’. Ele vai ser apropriado sempre que utilizado com propriedade, com verdade. Vai sempre ser apropriado, independentemente do tipo de roupa ou de ocasião para ser utilizado”. Seja com estampas, cores pálidas ou vivazes, tecidos de helanca ou algodão, altos ou discretos, o turbante está na cabeça e no coração das mulheres. Com tanto significado e história, a indumentária é, ainda, uma forte voz do poder feminino. Amarre-se!



conceito fotografia

{ T ANDREA V ELA M E | f CHRISTIAN CRAVO }

Christian Cravo Uma África plástica. Uma África inventiva. Uma África anticlichê.

“A minha proposta é mostrar uma África diversa daquela que estamos acostumados a ver. A África não é apenas o continente negro, berço da cultura baiana, mas também é o solo que deu origem à vida”, afirma o fotógrafo. Nascido em 1974, Christian Cravo foi criado num ambiente artístico, em Salvador. Ele é filho do artista brasileiro Mario Cravo Neto (1947-2009) e da dinamarquesa Eva Christensen; e neto do renomado artista baiano Mario Cravo Jr. (1923). Christian Cravo começou suas experiências com a técnica da fotografia aos 11 anos, na Dinamarca, onde passou grande parte da

sua adolescência. Com 22 anos, voltou ao Brasil e se dedicou ao aprendizado da arte fotográfica. “Há muito tempo apreciada em São Paulo, a fotografia de Christian Cravo é marcada pelo tratamento cuidadoso da luz e pela afro-brasilidade de uma Bahia que ele soube celebrar, até mesmo pela influência de seu pai, Mário Cravo Neto”, comenta Emanoel Araújo. “As fotos nos revelam, em ângulos inesperados, animais e paisagem, de maneira insólita, importante e luminosa. Uma África que ele retrata com estes dois espíritos amalgamados, o baiano e o nórdico. Luz e sombra em contrastes, pretos, brancos e cinzas”, acrescenta.

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conceito fotografia


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MANIA AFRO Dessa vez selecionamos os clicks do #tonaconceito que mostram a influência africana em nossa vida. Direto do seu insta pra Conceito AV! Quer ver sua foto na próxima Conceito? Siga nosso instagram @conceitoav e fique ligado nas instruções!

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{ T LUCAS ASSIS | F EST Ú DIO GATO LOUC O }

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Nádia Taquary é artista plástica e tem a cultura afro-brasileira como uma constante inspiração para o seu trabalho e estilo de vida

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1. Livros: Amo livros! Não canso de buscar novas literaturas e revisitar aquelas que já tenho. A cultura afro-brasileira é muito rica, os livros ajudam na imersão dos conhecimentos, estreitando laços no contexto histórico da nossa origem. 2. Miçangas: Utilizo miçangas de vidro russas, elas têm uma paleta de cores riquíssima. As contas me remetem aos fios sagrados com os quais tenho o prazer de saudar o divino através da cor. Elas são uma paixão, ponto forte da coleção que segue com pesquisa sobre as expressões do povo Dinka. 3. A cabeça: Faz parte de uma instalação chamada “Oriki” – Saudação à cabeça. Esta obra foi inspirada na fotografia de Pierre Verger, que se refere à saída de Iaôs. Sempre reverencio com gratidão minha herança ancestral, atitudes assim me fortalecem. 4. Búzios: Sempre muitos búzios! Sejam ao natural ou em prata, estão sempre presentes no meu trabalho. 5. Mania: Amo uma mesa bem posta e cheia de mimos. Estava prestes a receber meus sogros paulistas para um almoço e caprichei numa produção naturalmente baiana. Usei rendas da Ilha de Maré, desenvolvi três tipos de porta-guardanapos em prata, com peixes, figas e balangandãs. Ficou elegante e casual, expressando Axé na mesa! 6. Ferramentas: É impossível ficar no ateliê sem ferramentas! Pode até faltar batom, mas minha bolsa sempre tem um kit com alicates, fios extras e tesouras. 7. Colar de figas: Me inspirei nos joalheiros afro-brasileiros, usei um pedaço de jacarandá que um amigo me deu e trabalhei com bolinhas confeitadas em prata.

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grupo av por andrea velame | foto aderbal freire

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{ T nat h á l i a v e l a m e }

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Perfume Carolina Herrera Africa

A batida da África ecoou nas nossas escolhas... Nosso radar captou tendências afros, dicas e novidades pra você! Escarpim sensação da Valentino

Livro África by Michael Poliza

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Nestrest by Daniel Pouzet & Fred Frety por Collectania

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Alma Africana O canto do negro veio lá do alto! Entre elementos da cultura ancestral, como os turbantes e as contas, a África imprime sua força atemporal, além das tendências fashion. Ao som do batuque, no repique e no choque do aço, os acessórios se transformam em elementos de expressão majestosa, prontos para acompanhar a riqueza maximalista dos tecidos estampados. A beleza da nossa Deusa do Ébano chega com o ritmo da música. Entre na dança e evoque esse laço afro que é meu e seu. Por Lucas Assis

Foto Estúdio Gato Louco Edição de moda José Almir Jr. e Marcelo Gomes

Adereço cabeça inspirado em Mestre Didi Luis Valasco Guias e búzios Palácio de Oxóssi

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F ich a Técn ica T u r ba n t e s e a m a r r aç õe s Af ro – I n stit u to M ata m ba C once p ção de f igu r i no e st y l i ng – Jo sé Almir J r . e M a rcelo Gome s Ex e c ução de f igu r i no – Son i a F imi n el a Be l e z a – R ica r d o Br a n dão A r t e e t r ata m en t o de i m age m – E st ú dio Gato L ouco Mode l o – L orr a i n e C ru z / Model C lu be Age nc y



grupo av por andrea velame | foto Natรกlia Figueiredo

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“Esther (...) resolveu pintar todas as casas da tribo com a técnica que aprendeu aos 10 anos com a avó, para mostrar que ali moravam pessoas tão vivas quanto as cores”

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conceito design

{ T ANDREA V ELA M E }

esther mahlangu Uma referência na arte sul-africana

Para conseguir um contato com Esther Mahalangu é preciso pegar uma estrada de terra no meio da pálida savana da África do Sul e só parar quando encontrar a placa colorida que diz “Esther está aqui”. Ela vive no vilarejo Ndebele, em Kwamhlanga, a 40 km a oeste de Pretoria, conhecido pelos muros pintados com desenhos geométricos e por abrigar a primeira mulher da tribo a atravessar o oceano para mostrar a arte do seu povo. Nascida em 1935, Esther foi descoberta na década de 80, quando, durante o apartheid, resolveu pintar todas as casas da tribo com a técnica que aprendeu aos 10 anos com a avó, para mostrar que ali moravam pessoas tão vivas quanto as cores, tentando, com isso, evitar que alguém fosse desalojado. Em 1986, pesquisadores franceses que viajavam em busca de movimentos artísticos tradicionais chegaram em Kwamhlanga e se impressionaram com o trabalho de Esther. Três anos depois, ela, que não conhecia nada fora dos limites de sua tribo, estava abrindo uma exposição coletiva em Paris, no Centro Pompidou. A fama mudou um monte de coisas na província. “Com a minha fundação, fui capaz de proporcionar estudo para muitos jovens”, conta Esther. A pintura também mudou.

“Antigamente, usávamos penas de galinha como pincel. Hoje, só usamos as penas quando vamos ensinar como nossos antepassados faziam”. E Esther faz questão de ensinar. Ela dá muita importância à herança e ao conhecimento de quem já viveu muito. “A cultura Ndebele depende do que é passado de geração em geração para existir. A minha herança é a técnica da minha arte”, garante ela, uma das poucas da tribo que usam diariamente os trajes típicos. As mulheres que trabalham fora da vila vestem os trajes apenas nos fins de semana. “Sou eu mesma que faço e não tiro nunca”. Depois de Paris, Esther participou de exposições por todo o mundo, levou os seus traços para meios tão variados quanto pôde: da sapatilha Melissa a um BMW (foi convidada pela Art Car Collection na mesma edição em que estavam Frank Stella e David Hockney). “Adorei pintar os carros, tanto o BMW quando um da Fiat. O Fórum Nelson Mandela, na Itália, também foi marcante”, enumera a artista, que ainda sonha em estampar um avião, um trem e um estádio (imagina um Maracanã Ndebele, que sensacional!).

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Além disso, ela inspirou o estilista Alexandre Herchcovitch na coleção da primavera/ verão 2007, e agora faz pinturas especiais para o festival Back2Black, que acontece no próximo fim de semana, na Cidade das Artes. “As pinturas entrarão na cenografia e nas peças de divulgação. Também serão vendidos souvenires com a arte Ndebele”, conta Connie Lopes, a idealizadora do festival. “O nosso objetivo é apresentar uma arte africana contemporânea vinda das tradições”. Esther veio ao Brasil pela segunda vez, visitar o Rio de Janeiro. Em 2009, ela esteve em São Paulo para badalar o lançamento da sua Melissa no SPFW, e aproveitou para conhecer Salvador. “O que mais gostei foi o Mercado Modelo de Salvador”, pinça Esther e completa: “foi a melhor lembrança brasileira”. Um orgulho para Salvador, uma cidade com tantas influências africanas.



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{ T ANDREA V ELA M E | F M ARCELO NE GROMONTE }

rogério menezes Assina a nova residência do “Rei da Sofrência”

A nova residência da família de Pablo, em Salvador, foi um dos últimos projetos saídos da prancheta de Rogério Menezes. Uma casa com quatro suítes, planejada para receber a família, que sonhou com cada cantinho e não imaginava tanta criatividade espalhada por cada cômodo. Logo à entrada da casa, um foyer de pé direito duplo recebe o piano de cauda branco do artista, com direito a um tapete branco e a um belíssimo pendente de cristal da Omni Light, tornando aquele canto uma espécie de santuário. No living, uma referência contemporânea, com pegadas clássicas, define o espaço com muita sofisticação. Um sofá capitoné branco e clássicos do mobiliário francês se misturam a peças de design, todas cuidadosamente garimpadas na Home Design. Cinza, preto, branco e madeira harmonizam-se ao off white, conferindo ao espaço uma sensação de conforto e sobriedade. As cores ficaram por conta das obras de arte, escolhidas na galeria de Eva Pena Cal.

Na área externa da casa, Rogério Menezes mesclou a madeira natural com a fibra sintética e o bege, e trouxe o amarelo como cor para pontuar a alegria. No espaço gourmet, um grande painel da Divina Parede deu alma ao espaço. Luminárias da Omni Light deram um toque de descontração e charme ao espaço. Na suíte do casal, Rogério teve a possibilidade de realizar a sala de banho dos sonhos, com a utilização de mármore marrom imperial e muitos espelhos. No quarto do casal, o piso em madeira, o branco, o cinza e o bege foram delicadamente pontuados com o marsala no enxoval executado pela Trix Baby. O quarto dos meninos foi um capítulo à parte no projeto. Um dos filhos, com 4 aninhos, sonhava com o quarto da Tartaruga Ninja e o mais velho, com 8 anos, pediu ao arquiteto um lego gigante na construção dos seus sonhos. Rogério Menezes deu show e desenvolveu os dois quartos dignos de uma Mostra de Decoração, onde o lúdico e o funcional se encontram com maestria. Parabéns, Rogério!

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VAMOS ALÉM DO BABY,

FOTO: TARSO FIGUEIRA

A TRIX TAMBÉM É HOME.



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{ T ANDREA V ELA M E | F x ic o di n i z }

Flávio Moura Ondina

O ponto de partida deste projeto, um apartamento de 308 m², foi sintetizar elegância, amplitude, tecnologia e funcionalidade. Flavio Moura, mais uma vez, surpreendeu os clientes e amigos. Logo no hall social, pode-se sentir a imponência do apartamento a partir da porta principal pivotante, em espelho bronze. Na parede, escultura em alumínio, 220 cm x 50 cm, de Paulo de Tarso, dão as boas-vindas aos amigos. Casal sofisticado e que adora receber, levou o arquiteto a criar um apartamento completamente integrado. O espaço é composto por uma mesa de jantar e cadeiras assinadas por R. O. Schmitt, da Home Design. O lustre em vidro soprado de Murano foi encontrado na Venexino, acentuando o estilo clássico do casal. O living foi criado com móveis de linhas retas, em que a neutralidade e a modernidade de peças, simples e elegantes, deixam, mais uma vez, a marca da HD. O arquiteto utilizou-se da mistura de materiais como:

linho, couro, mármore e madeira, buscando aconchego para o espaço. A adega foi uma solicitação do cliente, grande apreciador de vinhos. A varanda, totalmente integrada ao living, adota uma seleção de móveis de designers consagrados, a exemplo de Jacqueline Terpins, Graça Kazan e Luiz Mário Moura e Rejane Carvalho Leite, todos parceiros da Home Design. O pendente Mamma Mia da Omni Light, finalizou a concepção do espaço, onde a iluminação cênica e pontual valorizou objetos e obras de arte, e rasgos de luz definiram uma iluminação geral, difusa e aconchegante. Apreciador de obras de arte, o cliente já possuía um grande acervo pessoal, como Calasans Neto, Carybé e Floriano Teixeira, que foi complementado por aquarela de Waldemberg; escultura em madeira Felino, de Mário Cravo Jr e vários outros trabalhos, como os de Florian Raiss, Wagner Paiva e Alba Vasconcelos. Todas as obras recentes foram adquiridas com Eva Pena Cal.

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{ T ANDREA V ELA M E | F M ARCELO NE GROMONTE }

NATHÁLIA VELAME Residencial Adelaide II

Seu estilo é marcado pela elegância e por muito cuidado nos detalhes. Considera fundamental fechar o ciclo em cada projeto. Utiliza muito o branco, o preto, o cinza, o bege e pontua com o dourado. A designer Nathália Velame aposta no estilo contemporâneo com muita influência do clássico, por acreditar em projetos sem modismos, com uma linguagem atemporal. Desenvolver um segundo projeto no mesmo prédio, para clientes amigos e com muitas afinidades, é uma grande responsabilidade, que só aumenta a cada dia. O primeiro projeto, realizado no Adelaide, foi premiado e extremamente reverenciado. O segundo fez com que Nathália Velame mostrasse a importância da régua e do compasso, apresentando outro case de sucesso junto ao mar, com todos os mimos e referências, executado em 135 dias. Integração dos ambientes é sempre o principal pedido dos clientes. Neste projeto: estar, jantar, varanda e home dividem o espaço com a louçaria e a adega. Alguns elementos são marcantes, entre eles um painel de arandelas, mostrando a importância de um projeto luminotécnico desenvolvido em total sintonia com a Casa Kaiada. O forro revestido em papel de parede na cor madeira, fornecido pela

Decoran, tira um pouco do excesso de luminosidade do apartamento, imprimindo elegância e sofisticação ao projeto. E, por fim, um painel em madeira desenhado pelo escritório recebe uma coleção de velas, paixão da proprietária. Os móveis foram escolhidos em diversas empresas do mercado, destaque para Home Design e Casa Kaiada, e os tapetes foram especificados na Baú Mais. A produção passeou por diversas lojas, sendo a coleção de Muranos adquirida na Casa Kaiada e diversas peças e quadros, na Vintage Decor. O antiquariato também se fez presente neste projeto, no qual José Sérgio Caloula deixou a sua marca em um busto de mármore e um lustre Baccarat. As obras de arte também foram fundamentais para vestir as paredes: artistas como Ricardo Teixeira, Josilton Tom, Eckenberger, Almandrade e Akira Cravo foram selecionados pela galeria de Rita Câmara. A S.C.A. foi a marca de planejados selecionada para atender ao projeto. Painéis em laca, lâminas de madeira e portas da Cinex foram fundamentais na composição. O quarto do casal, o quarto das filhas e dos netos foram cuidadosamente mobiliados com armários e estantes da S.C.A., camas da Casa Kaiada, cortinas motorizadas da Única e enxoval desenvolvido pela Trix Baby.

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{ T ANDREA V ELA M E | F m a rce l o n e gromon t e }

marlon gama Residencial Adelaide

O projeto deste apartamento para um jovem casal recém-casado teve a vista da Baía de Todos os Santos como premissa em sua concepção. Os clientes adoram receber, portanto, ter o apartamento com vãos livres generosos foi uma preocupação do arquiteto Marlon Gama. O piso utilizado na sala foi o Limestone polido. Nos quartos, o arquiteto optou por um taco em madeira clara, com acabamento em espinha de peixe. Todas as portas do apartamento foram revestidas em couro lesar na tonalidade caramelo, denotando um estilo elegante, marca do arquiteto. No living, algumas paredes foram revestidas em lâmina de madeira pau ferro, com acabamento alto brilho. Um dos destaques ficou por conta da adega, onde materiais como aço, vidro e iluminação de led determinaram um estilo altamente contemporâneo ao projeto. A iluminação ganhou lustres em cristal que deram um ar sofisticado ao projeto. A escolha do mobiliário mostra uma admiração do arquiteto pelo design nacional: peças de Marcos Ferreira, Jader Almeida e Sergio Rodrigues vestem o projeto. Outra paixão do arquiteto são as fotografias de azulejaria portuguesa assinadas pelo fotografo Marcelo Negromonte e quadros a óleo do artista Oscar Brasileiro, fornecidos pela galerista Eva Pena Cal.

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{ T ANDREA V ELA M E | F M ARCELO NE GROMONTE }

nágila andrade Fecomércio

Nágila Andrade, considerada um dos grandes nomes da decoração na Bahia e diretora da Escola Bahiana de Arte e Decoração (EBADE), tem uma forte característica no seu trabalho: a atualização constante e a busca pelo novo! Com um dos traços mais contemporâneos do mercado, Nagila acabou de assinar a nova sede da Federação do Comércio, localizada na Casa do Comércio, e conseguiu imprimir modernidade, tecnologia e aconchego ao espaço. Aliás, aconchego é uma das palavras-chaves desta profissional, que mistura elementos e mantém um toque personificado em cada projeto. O lounge principal da sede da Fecomércio mescla sofás capitonés revisitados com clássicos do mobiliário nacional. A sala de reunião combina clássicos da escola Bauhaus, como as poltronas Charles e Ray Eames, com uma belíssima mesa em madeira na tonalidade castanho. Divisórias em vidro com persianas embutidas determinam o estilo avant-garde de Nágila Andrade. As divisórias, assim como o mobiliário de escritório, foram fornecidas pela Home Design Office. A sala do presidente recebeu grandes sofás em linho cru, para reuniões mais informais e persianas em madeira da Única, que valorizam o skyline do espaço nobre. O projeto luminotécnico foi pensado e executado, junto com Nágila Andrade, pela Omni Light.

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{ T ANDREA V ELA M E | F WAGNER PAI VA }

wagner paiva Casa Patamares

Um casal jovem, duas filhas e residência fixa em Miami. No Brasil, sua casa de férias e a oportunidade de passar mais tempo com a família, que mora na Bahia. Uma casa ímpar: formas surpreendentes, arcos, volumes conectados e assimetrias. Que grande desafio, um projeto de arquitetura de interiores que explorasse e separasse melhor cada ambiente e, ainda assim, mantivesse tudo conectado. “Todos os espaços são muito generosos, e eram totalmente interligados. Nossa primeira providência foi separar o home theater com grandes painéis em laca branca e portas de correr.”, conta o arquiteto. No nicho sobre o sofá, desenhos da própria cliente, Charlotte Coutinho, que é artista, e fotos de Wagner Paiva. O living permaneceu com revestimentos originais: piso em mármore de Carrara e uma grande parede curva em pastilha de vidro preta. Nada foi modificado do projeto original. A sala tornou-se impactante, com grandes peças de design: sofá Guilherme Torres, mesa de centro Jader Almeida, poltronas Auckland Cassina (designer

Jean-Marie Massaud) e a eterna poltrona Oyster (1954), de Pierre Paulin. A chaise, que já existia na casa, ganhou tecido novo e deixou tudo mais descontraído. Todos os móveis receberam assinatura da Home Design. A escultura em mármore do século XIX, de um anjo (sim, uma pena, as asas se foram!) que se apaixona por uma jovem, é a peça de destaque do projeto. Ainda no living, um segundo ambiente foi criado por Wagner Paiva, próprio para jogar e tomar um drink com os amigos. Mesa laranja para acender o fundo da sala, com centro giratório e poltronas Tulipa revestidas em couro. A tela que retrata o mar ao fundo é de autoria de Charlotte Coutinho. O mar sempre foi uma forte referência na vida da cliente, então Wagner seguiu esse indicativo na sala de jantar – os tons dourados da areia e o verde da água. “A sala de jantar é uma grande praia! Bem iluminada e com uma supermesa off white (nossa areia), de Jader Almeida , e aparador na cor água marinha (nosso mar). Sobre ele, fotos de areia da minha autoria”, descreve Wagner. As luminárias Tom Dixon têm o interior dourado, o que dá uma luz muito especial à noite e cria um volume longo e suave no teto.

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{ T ANDREA V ELA M E | F X IC O DINI Z }

GABRIEL E LUIZ CLÁUDIO Panamby - Horto

Sete meses após o início das obras, o escritório Gabriel Magalhães e Luiz Cláudio Souza Arquitetos entrega mais um projeto residencial. Localizado no bairro do Horto Florestal, em Salvador, o apartamento de 318 m² passou por profundas transformações neste período, segundo os arquitetos. O resultado da reforma é uma morada fluída, com layout versátil, bases neutras e atmosfera jovial, que refletem o estilo de vida dos futuros moradores, um jovem empresário e sua família. Tudo exatamente como eles desejavam. O projeto aposta na simplicidade das formas e nos materiais de acabamento, uma vez que a austeridade volumétrica e espacial do apartamento destaca-se por si só. Além da iluminação natural abundante que invade o espaço através do imenso pano de vidro da sala de estar, persianas motorizadas da Única trazem contemporaneidade ao projeto. Esse ambiente, aliás, foi um dos mais desafiadores, no sentido de imprimir mais aconchego diante do contexto inicial, associado ao luminotécnico desenvolvido em parceria com a Omni Light. Com pé-direito de 6,5 metros e integrado à varanda, o espaço ganhou uma parede totalmente revestida com tijolo inglês, da FonsecaShop. Compõem o estar quatro poltronas Daff (Jader Almeida/Home Design) em veludo cinza, posicionadas estrategicamente para a contemplação do skyline da cidade, móvel de marcenaria e vegetação

em cachepots vietnamitas, trazendo a sensação de jardim para o 28º andar. No ambiente, também estão duas poltronas Slow (Nada Se Leva/Home Design) revestidas de couro natural e ladeadas por luminárias de pé (acervo do cliente), um sofá todo em linho branco e, na parede acima, tela de Paulo Whitaker. Logo na entrada do apartamento, chama a atenção o marmoglass que reveste o piso, unindo visualmente o estar com o home theater e a sala de jantar. Nas costas do sofá, a estante serve de apoio e demarca o início da sala de jantar. Para este espaço, em especial, a ideia era abusar de elementos majestosos, como a mesa Fifties (Guilherme Torres) e pendentes Crown Minor (Jehs + Laub). Envelopando todas as paredes do ambiente, painéis de laca cinza camuflam as portas de entrada, do lavabo e da cozinha, e ressaltam a tela de Maria Lynch. A cozinha, totalmente reformada, ganhou ilha de preparo e bancadas em Corian branco, mesa de refeição e painéis de madeira. Armários S.C.A., pastilha das paredes e porcelanato no piso, todos na cor branca, criam a base neutra para destacar as cadeiras amarelas do designer Índio da Costa. O banheiro do casal foi transformado em uma sofisticada sala de banho. Piso, bancadas e cuba especial são em mármore branco sunny white. As paredes, revestidas com pastilha de vidro 2x2, e a hidromassagem da jacuzzi garantem os momentos de relaxamento com direito a vista para a capital baiana.

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{ T ANDREA V ELA M E | F X IC O DINI Z }

DANIELA LOPES Ladeira da Barra

Um apartamento de um jovem casal, localizado na Barra, recebe a assinatura da designer de interiores Daniela Lopes. Com a integração dos ambientes, Daniela usa o bege como a cor predominante do projeto. Apesar de jovem, o casal já carrega uma paixão por obras de arte, o que fez com que fossem selecionadas obras de Menotti, Waldemberg, Floriano Teixeira, Florian Raiss e fotos de Wagner Paiva, sempre com a consultoria de amiga galerista Eva Pena Cal. Os móveis foram selecionados entre a Home Design e a Casabella, e o projeto de iluminação recebeu a assinatura da Omni Light. Daniela Lopes vem destacando-se nos últimos anos com um trabalho maduro, de característica clássica. Sempre premiada entre as profissionais mais atuantes do mercado, ela se destaca pela riqueza de detalhes em todos os seus projetos.

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www.casabellamovelaria.com.br


{ T ANDREA V ELA M E | F M ARCELO NE GROMONTE }

aline cangussú Alagoinhas

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Uma casa de 500m² em Alagoinhas teve a arquitetura de interiores assinada por Aline Cangussú. Cinco suítes foram construídas para atender esta família com três filhas. A arquiteta utilizou o branco como base de seu projeto, elegendo desde peças de designers consagrados, como Ricardo Fasanello, a objetos que se perpetuam pelo conforto e design atemporal. Aline Cangussú, uma das arquitetas mais reverenciadas de Salvador, opta sempre por projetos limpos, com a valorização de um bom luminotécnico, este especialmente desenvolvido pela Omni Light. Os móveis desta casa foram adquiridos em diversas lojas, entre elas, Home Design e Casabella. O home theater foi projetado em preto e cinza, dando um toque mais masculino ao ambiente preferido pelo proprietário da casa. As persianas foram adquiridas na Única, buscando sempre soluções que mais se adequassem a cada ambiente. As obras de arte foram selecionadas com Eva Pena Cal, que se preocupou em buscar peças com as quais os clientes se identificassem. Uma das áreas mais agradáveis do projeto é a varanda, que une a área de lazer com a brinquedoteca projetada para as filhas.

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{ T ANDREA V ELA M E | F ca rol i na m i l a no }

CAIO BANDEIRA Miami

No dia 04 de agosto de 2015, o restaurante de cozinha italiana Fornaro Miami abriu oficialmente suas portas, no bairro de Coconut Grove. A proposta é oferecer a Miami pratos tradicionais da cozinha italiana a preços acessíveis, em meio à atmosfera aconchegante e descolada assinada pelo arquiteto Caio Bandeira. O espaço é do brasileiro Lorenzo Ramon, que vive com a família na cidade americana há três anos e levou do Brasil sua expertise no ramo da gastronomia, adquirido na sociedade do L’Entrecôte D’Olivier, de Olivier Anquier, e do baiano Tempo Rei, em Trancoso. “A arquitetura e a decoração do restaurante Fornaro Miami foram inspiradas num conceito que lembrasse antigos lofts estadunidenses e antigas fábricas, como se o lugar tivesse sido ocupado pela máfia italiana dos anos 40 e se transformado em um restaurante para suas reuniões. Algo despojado, mas com um ar glamouroso, composto por elementos clássicos e contemporâneos, como o piso xadrez, que é uma mistura de mármore Carrara e mármore Carmani, a madeira exposta e os dutos com pé direito alto. Temos ainda o tijolinho pintado de branco, lembrando um galpão portuário, o couro do sofá e as luminárias, que têm um tom bem tradicional, com luzes douradas em contraste com luzes incandescentes. A intenção de criar esta arquitetura é oferecer um pouco de tradição tanto para os moradores da região como para turistas que visitam o bairro”, explica Caio Bandeira.

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grupo av por andrea velame | foto estúdio gato louco

in loco

“Em nossos projetos, é fundamental especificar revestimentos que atendam a estética e a função, associados a durabilidade, por isso escolhemos a Fonsecashop!” ArquitetAs

Paula Moura & Carla ribeiro

fonsecashop


“Além dos animais, fique atento também às árvores centenárias e, à noite, não se esqueça de olhar para o céu”


ele

{ T CARLA TRABA Z O }

UM CHAMADO SELVAGEM

Originalmente usado para designar uma expedição de caça pelas florestas da África central e sul, o termo safári hoje é sinônimo de aventura – e um instigante atrativo para o público masculino. As excursões assim nomeadas levam seus visitantes ao habitat de diversas espécies animais, como leões, elefantes e rinocerontes, que podem ser observadas nos famosos passeios em carros abertos, em reservas de países como Kenya, Tanzânia, Zimbabwe, Namíbia e África do Sul. Nesses paraísos preservados, os observadores encontram paisagens arrebatadoras e “moradores” selvagens, que se mostram de forma surpreendente. Interessou? Então, confira aqui as dicas valiosas que reunimos para quem quer viver uma jornada de peripécias pela fauna e a flora do vasto e multifacetado continente africano! Viaje com estilo A África é enorme – são 54 países, e os safáris oferecem experiências de todos os tipos, que variam de acordo com a região escolhida. O primeiro passo, portanto, é escolher que animais você gostaria de ver, em que tipo de acomodação quer ficar e que trajetos deseja fazer (com mais infraestrutura ou mais paisagens selvagens, com trilhas a pé ou apenas passeios de carro, e por aí vai). A maioria das nações africanas conta com parques e reservas, mas, como as distâncias são grandes, não dá para conhecer tudo, a menos que se tenha bastante tempo para viajar. Os roteiros do Kenya são mais fáceis e contam com boa estrutura turística, com diversas opções de voos e de acomodação disponíveis. Já os destinos como Tanzânia

(que costuma ter como ponto de partida a cidade de Arusha) e Uganda – conhecido pela presença dos gorilas – são mais rústicos e recebem menos pessoas, enquanto no Zimbabwe estão os safáris ainda mais exóticos e exclusivos e, consequentemente, com preços mais elevados. Ao fechar um pacote, é importante observar as referências da agência de viagens e também pedir informações sobre os guias que irão acompanhar os passeios (verifique se eles falam inglês), para conhecer melhor suas experiências profissionais anteriores. Fique de olho em agências que oferecem os mesmos pacotes o ano inteiro: como os animais migram de acordo com a época e as estações, os melhores safáris oferecem roteiros ajustados, evitando frustrações para os viajantes. Pergunte também sobre os carros utilizados nos passeios – jipes antigos podem apresentar problemas, então, é bom saber o modelo e o ano do automóvel. Assim, além de evitar sustos durante os percursos, dá para aproveitar melhor o clima de rally – um plus para aqueles que têm alma off road. Outra dica é deixar as selfies e cliques um pouco de lado e focar na experiência. Observe a olho nu a grandiosidade da natureza em seu estado mais bruto – enquanto procura o ângulo perfeito, você pode acabar perdendo um momento único. Além dos animais, fique atento também às árvores centenárias e, à noite, não se esqueça de olhar para o céu – uma chance única de exercitar os conhecimentos em astronomia e de se orientar pelas estrelas e constelações.

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#ootd Hora de encarar um safári com o boy! Selecionamos algumas dicas de moda para não faltar nada na mala. Os passeios são atividades de aventura, então deixe as joias caras em casa e suba no nosso Jeep!

E, para quem se interessa por descobrir mais sobre a cultura local, vale a pena solicitar também uma visita a alguma vila próxima, para ter contato com o povo nativo. Você certamente não voltará o mesmo depois de conhecer um pouco da vida dessas pessoas. Para não esquecer Leve dinheiro em espécie (notas de Dólar americano e da moeda local), pois os cartões de crédito não são aceitos na maioria dos lugares. Verifique que vacinas são necessárias tomar para o país que irá visitar (na Tanzânia, por exemplo, a de febre amarela é obrigatória e a antitetânica, altamente recomendável), e também qual o procedimento para tirar o visto (em alguns países eles podem ser adquiridos no próprio aeroporto, mas o ideal é realizar o procedimento antecipadamente, com a embaixada, evitando filas e atrasos). Se for levar os filhos, não esqueça de checar a idade mínima para os safáris, pois muitos parques não aceitam crianças, e, ao optar pelo seguro de viagem, observe se ele inclui locomoção aérea – o único meio rápido de se chegar a um bom atendimento médico, em caso de acidentes ou urgências. Em relação ao que colocar na mala, repelente é item obrigatório (jaquetas e peças térmicas para encarar o frio da noite também!) e já deve ser levado de casa. Nos países africanos, eles costumam custar caro e nem sempre são fáceis de encontrar. Ah! Muito importante: enquanto estiver por lá, evite o uso de perfumes ou de produtos com cheiro forte, que podem ser sentidos pelos animais a quilômetros de distância, e de roupas chamativas e com cores vibrantes. Também não deixe alimentos dentro do quarto ou da barraca de camping e beba apenas água mineral e de garrafa lacrada, para evitar contaminações. Por fim, para preparar o espírito desbravador, uma indicação de leitura é “Whatever You Do, Don’t Run”, do guia Peter Allison, repleto de histórias divertidas e informações úteis, relatadas por quem viveu na pele o dia a dia dos safáris africanos. Pronto! Agora é só embarcar nessa jornada no melhor estilo “Hakuna Matata”!


agenda

Conce i t o A rqu i t et u r a

Conce i t o De sign

S a ot a : w w w. s a ot a .c om

E s t her M a h l a n g u : w w w.e s t her m a h l a n g u .c o. z a

G av i n M a ddo ck : w w w.g av i n m a ddo ck .c om A d a m L et c h : w w w. a d a m le t c h .c om

I n L oco

A R RC C: w w w. a r r cc .c om

A l i ne C a n g u s s ú : w w w. a c a r q u it e t o s .c om .br C a io B a n dei r a : w w w.c a iob a ndei r a .c om .br

F OTOGRA F IA

D a n iel a L op e s : d a n i .d i a s@ t er r a .c om .br

Ch r i s t i a n C r avo: w w w.c h r i s t i a nc r avo.c om

F l áv io Mou r a : w w w.f l av iomou r a .c om .br G a b r iel M a g a l h ã e s e L u i z Cl áu d io:

Moda

w w w.g a br ielelu i z .c om .br

Pa le s a Mok u bu n g: w w w.m a nt s ho.c o

M a rlon G a m a : w w w.m a rlon g a m a .c om .br Ná g i l a A n d r a de: w w w.n a g i l a a nd r a de.c om .br Nat h á l i a Vel a me: w w w.n a t h a l i avel a me.c om .br

Cl o se Ná d i a Ta qu a r y : w w w.p a u lo d a r z e g a ler i a de a r t e.c om .br

W i sh l i st

R o gér io Mene z e s : c ont a t o @ r oger iome ne z e s . a r q .br Wa g ner Pa iv a : w w w.w a g ner p a i v a .c om .br

B ololô: w w w.b ololo.c om .br

T r en di ng T opic s

C a r ol i n a Her r er a : w w w.c a r ol i n a her r er a .c om

K a g g a k a m m a : w w w.k a g g a k a m m a .c o. z a

C ol le c t a n i a : w w w.c ol le c t a n i a .c om .br

L ion S a n d s : w w w.l ion s a nd s .c om

D ior : w w w.d ior.c om

M a k a n y a ne: w w w.m a k a ny a ne.c om

M ic h a el Pol i z a : w w w.m ic h a elp ol i z a .c om

M a r at a b a : w w w.m a r a t a b a .c o. z a

Mor o s o: w w w.mor o s o.it Ta n i a Bu l hõ e s : w w w.t a n i a bu l ho e s .c om .br

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Bruno Bastos e Victor Duarte


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