cor
2 Foto Marcelo Negromonte  Grupo AV
Projeto Mário Figueiredo e Aline Cangussú
ESTILO DE VIDA A Todeschini completou 70 anos em 2009. Ao longo da sua trajetória buscou investir em design, tecnologia e materiais de vanguarda, e, nunca se afastou da premissa: pessoas felizes, fazem a diferença.
Shopping Paralela, 2o piso – Salvador BA Tel: |71| 3555-6602 Rio Vermelho – Rua Conselheiro Pedro Luiz, 492 Tel: |71| 3334 1413
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ÍNDICE
As cores da Pantone
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Conceito arte
Cinema & Cor
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Conceito arte
Joël Robuchon
183
Conceito gastronomia
Jaime Hayon
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Conceito Design
Arte Contemporânea
49
Conceito Arte
Massimiliano Fucksas
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Conceito arquitetura
In loco
116
Conceito arquitetura & design
Cantos decorados
42
Conceito cantos
Birô de estilo por Thaís Muniz
99
Chiara Gadaleta
112
audhary Poras Cfohtografia
174
Conceito close
Conceito
s Londre m i r a Mando de Charme
74 102
Destin
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editorial
A
cenda a luz, deixe refletir, vamos nos mostrar! Cor é assim. É exposição, movimento, velocidade. É luz! Elas remetem a sensações, sentimentos, emoções. Ainda bem que o sangue não é azul, que somos brancos, pretos, pardos, mestiços, misturados – coloridos, afinal! Temos carros prata, dourado, cinza, e, uns mais ousados, até amarelos – e eles seguem por aí, rasgando as ruas em pura cor e movimento... Respeitamos o azul do céu e do mar, que insistem em se separar e se completar, em assustar e encantar. E, nessa de viver, vamos pintando nossas casas, salas e quartos. Plotamos escritórios, banheiros e cozinhas. Tingimos cabelos, pêlos e móveis... Atribuimos cores até às cidades. São Paulo é cinza. Paris é a cidade-luz. Sexta-feira, a Bahia veste branco. E a Amazônia? Ah, é verde, diriam... E o amor é lindo e rosa! Nos prendemos em algo, fechamos os olhos, nos apaixonamos perdidamente por qualquer coisa, chocados ou assustados, temos elas, as cores, transformando traços, preenchendo a forma, dando volume, irriadiando luzes – excessivas ou não. Vai dizer que as mulheres pintam os cabelos à toa? E um pretinho básico, quem não tem? Cores ousadas e metidas a besta! Que ibope inventei de dar a elas... Uma revista inteira! E, sabe por que? Porque elas podem tudo! Quentes, frias, púrpuras e encorpadas. Sensuais, pastéis e surreais. Vivemos colorindo o mundo, porque, afinal de contas, ele é feito de todas as cores. E a sua cor, qual é? Uma edição para quem faz o mundo mais lindo do que ele já é: as cores. Andrea Velame – editora coordenadora
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\\QUEM FAZ
I
II
IV
III
V
Direção geral Andrea Velame Design gráfico Tiago Nery Fotografia de arquitetura Marcelo Negromonte Produção Thaís Muniz e Nyala Cardoso Colunistas Charlô Whately, Patrícia Rollo, Tininha Viana, Nando Queiroz Distribuição Salvador e São Paulo Departamento financeiro Maíza Fernandes lustração Túlio Carapiá Impressão Vox Editora Revisão textual Lílian Reichert Secretária Mary Santos Departamento comercial comercial@andreavelame.com.br TUDO AV Editor-chefe de vídeo Eduardo Monteiro Editor de vídeo Hudison Vieira Assistente de produção Mário Fernandes Fotografia de capa Michel Reis
~ a p r e s e n ta ~
Alameda das Espatódeas, 515 Caminho das Árvores. Tel.: (71) 3341-2953
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Torradeira, batedeira e chopeira em aço inox da Viking
é Viking
No Espaço Gourmet acima, coifas, fornos, cooktop e churrasqueira da Viking
Granito Forest Black Importado
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é MGM Mármores
ArmĂĄrios em laca auto brilho na cor grafite da Brumol
ĂŠ Brumol
Sofá Chesterfield em tecido adamascado branco da Jocal
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é Jocal
Cabeceira da cama em madeira na tonalidade castanho da Madeira Bonita
ĂŠ Madeira Bonita
Roupa de cama e mesa, jogos americanos, louças, abajures e livros fazem parte da produção Nair Oliveira
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é produção
Fotos Marcelo Negromonte Grupo AV
Tecido cetim trabalhado em flores, assinado pelo estilista Cláudio Chaves
é Atelier
conceito arquitetura
MASSIMILIANO FUCKSAS POR tiago nery
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conceito arquitetura
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A
primeira vez que Massimiliano Fuksas veio ao Brasil, foi na cidade maravilhosa onde ele aterrissou. E foi de lá, do Rio de Janeiro, que Fuksas e Doriana, sua mulher, na época grávida de oito meses, cortaram uma parte do litorial brasileiro e chegaram aqui, em “San Salvatore”, movidos por um Fusca à álcool. Sim, Fucksas veio de Fusca! Maximiliano Fuksas é arquiteto formado pela Universidade La Sapienza, em Roma, onde nasceu em 1944. É também professor da Akademie der Bildenden Kusten, de Viena, e consultor das comissões urbanas de Berlim e Salzburgo. Aos seis anos, perdeu o pai, médico lituano, e, desde então, se considera uma auto-referência. “Quem me influencia? Nunca entendi o que é influência!” A arquitetura dele realizase através da construção dinâmica do olhar do espaço. As obras são a mais pura tensão entre os volumes. Além de arquiteto, há quem creia que Fuksas é pintor de paisagens sobre transparências e vazios, vistos em muitos projetos. É muito preocupado com a sociedade: “Eu acredito que o que é realmente importa sobre a ética é a responsabilidade que um arquiteto tem com toda a comunidade. Os arquitetos não podem resolver tudo, mas são parte da solução. Como arquiteto urbano acredito que o que realmente importa é começar com o vazio. Com a geografia e a paisagem. Só depois que você verifica se é possível construir ou não”. E dispara: “Não resta tempo para coisas estúpidas. Por causa do medo, as pessoas precisam informar-se, precisam mover-se. O tempo acabou. Tudo é real time”. O arquiteto ainda acredita na função social da profissão e sobre isso, em entrevista à Conceito AV, declarou: “Os bons arquitetos analisam o que é melhor para o lugar. Se um arquiteto é ético e comprometido com o trabalho e com a comunidade, é absolutamente possível dar às pessoas um lugar melhor e boas soluções. É parte do trabalho em arquitetura convencer e mostrar às pessoas responsáveis o que é melhor e o que não é.”
No projeto da loja Armani, na Quinta Avenida, em New York, muitas luzes, cores, vidros e formas
A escultórica escada que dá acesso ao restaurante Armani, no piso superior, desenho de Fucksas
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conceito arquitetura
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No Centro da Paz, em Israel, o projeto apresenta fachada em vidro. As laterais, também em vidro, são totoalmente revestidas por faixas em concreto
Instituto Italiano di Cultura
No projeto há um jardim de inverno para relembrar de edifícios antigos que quase desapareceram em São Paulo
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Para o Instituto Italiano di Cultura, em São Paulo, Fuksas promete construir duas enormes lagartas de madeira, submersas na água esverdeada, integradas à floresta nativa que sobrou num terreno com um casarão na avenida Higienópolis, área nobre de São Paulo. Será um projeto que acredita na sustentabilidade e que respeita o meio ambiente, tudo no mesmo terreno, na mesma idéia. As duas construções em madeira lembram dois animais. Talvez estranhos, talvez domésticos. Mas, certamente, orgânicos! Sobre inspirações, afirma: “Mais importante do que cores ou materiais utilizados no projeto, sempre é preciso envolver-se com o respectivo contexto. O local tem um enorme potencial para inspirar”.
FEIRA DE MIlão Fuksas, que acredita que a arquitetura serve para “criar emoções a partir da topografia”, cria prédios que se ligam ao entorno de maneira natural. Na Itália, por exemplo, o pavilhão que o arquiteto fez para a Feira de Milão lembra uma avalanche de vidro esbranquiçado. A cobertura em filigrama, que é um trabalho ornamental feito de fios finos e bolas de metal, soldadas de forma a compor um desenho, protege a galeria central entre os pavilhões. Em alguns pontos, a Vela, como é conhecida, toca o solo. Em outros, ultrapassa a altura dos Mais de 1 km de extensão de vidro se apresenta no pavilhão
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edifícios e atinge 26 m. Com 1,3 mil m de extensão, a cobertura tem estrutura de aço composta de 38 barras e 16,5 mil nós. A sustentação da Vela é feita por 183 pilares de aço de 50 cm de diâmetro com ramificações do tipo árvore que também ocultam o sistema de drenagem da cobertura, que dispensou calhas e tubulações. A iluminação do complexo utiliza um sistema específico, criado por Massimiliano e Doriana Fucksas. O complexo foi pensado para proporcionar a máxima flexibilidade dos espações e a realização de vários eventos ao mesmo tempo.
O Shenzhen Sao se trata de um aeroporto internacional na China. Extensões monocromáticas, texturas e composições, como no projeto da Feira de Milão
Fuksas se ocupa ainda com os problemas urbanos nas áreas metropolitanas das grandes cidades. Concentra as práticas profissionais sobretudo na realização de obras públicas. A maneira do arquiteto de projetar acontece a partir de uma série de modelos bidimensionais, que seguem para os tridimensionais até serem realizados. Sobrevoando São Paulo, ficou surpreso com a periferia paulistana e então, comentou: “É como um tecido cujos veios se formam pelo deslocamento de pessoas. Precisamos entender essas tantas pessoas, ansiosas por viver e consumir como nós.” Este italiano, que acredita que a obra-prima dele será sempre a próxima, deseja construir um prédio para 30 mil pessoas, ama todos os filmes de Stanley Kubrick e foi amigo de Glauber Rocha, quem conheceu em Roma, nos anos 60. Gostaria de ter uma vida entre Gordon Matta-Clark – artista plástico nova-iorquino com formação arquitetônica – e Oscar Niemeyer.
Os materiais que são utilizados nos projetos não importam para mim. Para os artistas, o importante é o conceito e o tema Massimiliano Fucksas
Sobre o modelo de vida ideal, afirma sem hesitação: “O certo seria aquele que oferece às pessoas a possibilidade de viver melhor. Trabalhar melhor. Fazer amor melhor. Para isso, precisamos entender melhor nossa sociedade. Então, nos daremos conta de que nela não há emoção suficiente. E, sem paixão, nós, criadores, não podemos oferecer emoção.” Precisa mais?
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Sim! Ele é hoje um dos maiores nomes da arquitetura contemporânea: são dele a fábrica da Ferrari, na Itália, o Centro da Paz, em Israel, além de projetos sob medida para Giorgio Armani e Alessi. Todas são construções que têm como eixo principal a tentativa, sempre feliz, de emocionar. Prescinde do modernismo, escola que, segundo ele, ficou no século passado e hoje deu lugar a uma espécie de “teoria do caos” na arquitetura, a desordem total. “Ainda bem que não há um só estilo hoje”, diz Fucksas, que compara a construção à cozinha molecular de Ferran Adrià. “ O moderno é uma coisa do século passado. Podemos dizer que aquele foi o século do moderno. Este século tem outros elementos, que, podemos dizer, são mais próximos da imprevisibilidade do que faz o homem, começando com a meteorologia e chegando até a economia”. Para um leitor de Asimov, não se faz exótica a afirmação: “A arquitetura, na minha opinião, é uma filosofia científica.” E quem duvida?
Foto Marcelo Negromonte Grupo AV
§ Boulevard 161 – |71| 3359-8784 §
no 201, Alameda das Espatódeas 2-0535 Salvador BA Tel: |71| 327 m.br t.co gh nili om ial@ comerc
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conceito design
Por nyala cardoso
O
mundo contemporâneo transborda de manifestações visuais espetaculares que vão brindando as janelas da alma com doses lúdicas de surrealismo. São porções diárias de ilusionismos simbólicos que exercitam o nosso olhar ao extraordinário. Talvez seja o reflexo invertido da realidade, de onde explodem notícias cotidianas aterrorizando nosso “cérebro visual” com o extremo hediondo. Um apelo coletivo ao belo nos leva a toda essa oficina de fantasia. Necessária, quiçá. O espanhol Jaime Hayon surge assim, feito súplica de uma era, nos convidando a um mundo paralelo, audaz e versátil. É preciso vestir imaginação para embarcar nessa viagem. Você vem?
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Jaime Hayon A galinha, uma forma bastante inexplorada, encontrou lugar entre meus sonhos verdes. Eu queria retratar esta ave comum como um objeto sensacional, amplificando suas características e dimensões, transformando-a em uma parte moderna, de grande beleza e utilidade: uma cadeira de balanço. Minha galinha verde tinha tomado uma cara, uma forma, um lugar e uma função – Jaime Hayon
A obra e o autor se confundem na fantasia de Hayon
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A coleção “Fantasia”, projetada para Lladró, espelha a fusão entre a marca de porcelana espanhola e a fantasia lúdica que o artista traz para as obras
O palhaço do mon cirque, o design, o artista plástico, o homem, o personagem. Jaime é multiciplicidade híbrida
Designer de interiores, nem artista plástico, nem nada. Jaime Hayon não se rotula. Não gosta. Preferia que as definições fossem extintas de uma vez e afirma que, na realidade, nem existem. “São fronteiras que impusemos a nossa imaginação”. Seus produtos não são peças de design que viram arte, não são objetos de arte funcionais. É tudo isso numa coisa só. Sem dísticos. Uma mescla híbrida que serve para imaginar um mundo novo, cheio de emoções e objetos que contam histórias. Desta maneira desenvolve o seu trabalho: para criar riscos, questionar o existente, sonhar desperto. Jaime aposta na experimentação e no jogo entre materiais ricos e pobres, únicos e seriados. Concebe uma atmosfera sempre limpa, mas nunca minimalista, vezes decorativa, vezes funcional. Batizou uma das tantas facetas do seu conceito estético de “Mediterrâneo Barroco Digital”. A terminologia, que acabou dando nome à sua primeira grande exposição, não esconde outra mensagem que a do apreço por coisas bem feitas, fabricadas com qualidade, como se fazia à antiga.
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Meu trabalho tem um universo criativo e uma indentidade fortes. Valorizo a tradição. Acredito que, compreendendo-a, conhecemos melhor nossa história e, naturalmente, nosso futuro caminho Jaime Hayon
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“Mediterrâneo” por suas inegáveis influências ítalo-espanholas. O “Barroco” é a recusa do minimalismo insípido e a celebração da forma e da cor. “Digital” representa a tecnologia, fiel aliada dos seus processos artesanais. Assim concebe seu ofício. Unindo paralelos, como mão e máquina. Buscando extrair o melhor de cada um. A liberdade que envolve o fazer no universo das instalações
permite a Hayon criar um pedaço do seu multifacetado mundo e expressar publicamente suas inquietudes e sensações. A série de instalações Mon Cirque apresenta um picadeiro bem particular, dominado pelo o uso de materiais nobres e cores sóbrias, declarando a paixão do artista pela sofisticação. Sua coleção de banho para ArtQuitect segue o mesmo curso. “Queria produzir um
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banheiro que não fosse tão clínico e pudesse ficar em qualquer lugar da casa”. Assim, criou um linha de banho com caráter, para ser desfrutado. De requintados pierrôs a cubas de luxo, Jaime mergulhou seu trabalho numa infinidade de coisas e, quando lhe perguntam o que falta desenhar, nem respira: “ainda há muito a fazer”. Agora diz estar especialmente sensibilizado com uma amiga cadeirante e
pensa em fazer uma série de cadeiras de rodas estilizadas e acessórios de luxo. “Dar uma nova estética a esses utilitários com que muitas pessoas são obrigadas a conviver”, explica. A natureza seduz Hayon. Talvez tanto quanto a história da humanidade. O medievo, o renascimento, a cultura dos povos, as formas orgânicas, os trópicos, tudo isso estimula seu criar. Diz ter uma veia tropical impera-
tiva: “gosto da elegância e do colorido tropical”. Reinventa abacaxis e romãs em cristal Baccarat. Converte as fúnebres tumbas do Egito em grandes jarros de porcelana com ar de toy art. Degusta Gaudí, digere, recria. Em outro momento monta o circo. Fantástico, misterioso e cheio de graça. E passeia por tantos mundos voando livre, correndo riscos. “Se me pedem branco, dou preto”. Encanta-se ao desfiar os
À esquerda, Jaime celebra o banheiro como uma peça de mobiliário na coleção de banho feita para ArtQuitect. À direita, peça da coleção de móveis inspirada nos clássicos musicais da MGM
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convencionalismos, se aventurar. Mistura referências com tamanha audácia que conseguiu criar um estilo próprio, autêntico. Sofreu consequências. Rejeitaram suas ideias, duvidaram, riram. Jaime não titubeou. Ria junto. “As pessoas costumam ter medo do que dirão os demais. Eu não. Me dá igual”. Logo os nãos foram retrocedendo e virando propostas. “Por sorte tem cada vez mais Sim!”. Por talento, diríamos.
conceito design
La Terraza del Casino “Eu queria algo elegante, como um conto de fadas. Um clássico moderno que respeitasse o glamour do Palácio do restaurante, acrescentando algo muito novo e chique”, diz Jaime
O projeto vai do clássico ao contemporâneo e transita pelo barroco e moderno sem perder o conceito. Aqui, Jaime mescla uma surpreendente diversidade de estilos e referências com maestría
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conceito design
Octium No projeto da joalheria Octium, Jaime passeia entre o art décor e o clássico. Brinca com as formas e cores, desenhando os mínimos detalhes, das luminárias aos puxadores
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A diversidade na maneira de expor as joias é uma das pérolas do projeto. Em um momento, um expositor de 7 metros sugere uma centopeia de madeira e bronze com detalhes que fazem alusão a Dalí. No outro, de um móvel central, saltam alguns cilindros de exposição iluminados
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conceito design
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conceito design
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Aqui, o b ra vermelh nco e o o divide ma cena com o amare lo e o dour ado.
O proj
Loja de
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rico
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prio Ja
o pró como
conceito design
Cores primรกrias, como o amarelo e vermelho, entram em contraste com o branco quase absoluto do projeto
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Beto Consorte
CANTOS DECORADOS
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Guilherme Torres O arquiteto, designer de móveis e de interiores apresenta um canto apostando na dupla clássica rosa e azul. Cadeiras Panton e lustre em estilo francês emolduram a mesa de autoria de Guilherme
O piso em madeira e a mesa em tons de prata se sobressaem na produção
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3 1 Cadeira em fibra de vidro do designer Verner Panton 2 Lustre em opalina rosa e cristal Baccarat do século XIX 3 Livro do fotógrafo Francês Pierre Verger 4 Mesa em laca açaí de autoria do designer Guilherme Torres
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Fernando Mendes
CANTOS DECORADOS
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Cau Guimarães
& Paulo Pratti A idéia da dupla foi criar um clima oriental, baseado nas cores vermelha e laranja, destacando os budas com mantos em amarelo-curry. Daí a escolha dos raros objetos em “rouge-de-fer”. Abajur, porcelanas Himari, peças em Murano, poltrona anos 50 e livros antigos compõem o canto 2
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1 Mini garden seat estampado 2 Louças da Companhia das Índias 3 Vaso em murano na tonalidade coral 4 Biombo antigo chines com pinturas florais
A vitrine foi criada no Antiquário Juliana Benfatti, em SP, visando destacar a coleção de budas tibetanos, garimpados em uma viagem à China
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Marcelo Negromonte
CANTOS DECORADOS
Adélia Estevez Amarelou no canto de Adélia! Mesa, cadeira, vasos, almofadas! As cores também estão por todas as partes da produção. Colorido e multireferencial!
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As cores se apresentam neste ambiente das mais diferentes formas. Seja em laca, brilho ou transparência
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1 Toy Art Sumô em uma das cores desta edição 2 Gaiola chinesa em louça pintada à mão 3 Relógio clássico dourado 4 Banco dourado F. Akasaka design 5 Baú indiano em madeira talhada 6 Banqueta Fetiche do Estúdio Nada Se Leva
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Foto Marcelo Negromonte Grupo AV
nte lmira Av. A de Leão, ues Marq – Barra 634 BA dor1 Salva 2-717 1 333 7 : l. e @ T asa ntrec lojae ail.com hotm
creditar
Caetano Dias
Obra de Caetano Dias, que faz parte da Série Cabeças
Arte
Contemporânea
na Bahia II Parte
G
rande parte da nova arte baiana mantém um senso de territorialidade concernente à cultura, história e sociedade baianas, e ao que se pode vicejar como um pensamento que permeia uma estrutura arcaica e resistente ao novo ou a qualquer corpo que lhe cause estranhamento. Mas essa ligação não é mais um procedimento de paridade, antes se opõe com manifesta inteligência e aguda sofisticação. Adequa-se aos novos fluxos do tempo tecnológico e acepções de novos pensamentos atentos às dinâmicas que o mundo exige. Neste sentido, parece ser uma arte em suspensão quanto à realidade sócio-cultural baiana mas, por vezes, toca em pontos nevrálgicos que faz reagir a sanha conservadora com todo seu aparato. POR vauluizo bezerra
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Andrew Kemp
Em 2004, o artista visual Daniel Lisboa veiculou um vídeo de sua autoria em que simulava o sequestro do então senador Antonio Carlos Magalhaes. Neste enredo, invade uma TV de canal aberto de propriedade do mesmo senador e expõe um simulacro de tensa dramaticidade de violência e ironia indiscriminada. O conhecido âncora noticiava atônito o “fato” numa língua que remetia aos fonemas árabes, deixando clara alusão ao terrorismo muçulmano dramatizado no 11 de setembro. As consequências foram uma impiedosa repressão ao artista, sumariamente censurado em todas as vias possíveis de exibição de seu trabalho em espaços institucionais em todo o estado da Bahia. Titulo do vídeo: “O Fim do Homem Cordial”. Em 2007, Marcondes Dourado, outro conhecido artista multimídia, articula uma performance por ocasião da abertura do Festival Internacional de Arte Eletrônica SESC Vídeo Brasil, abrindo um acontecimento intitulado “Lavagem da Capela do MAM” , que apontava para os rituais afro-baianos. Eram cinco “baianas” representadas por anões vestidos caracteristicamente - embora seus adereços fossem caracterizados por estranhos adornos como garrafas pet sobre as cabeças no lugar dos turbantes – e a presença de uma cruz de Sonrisal. Esta performance, captada em vídeo, relacionava, através de um criticismo irônico, a utilização política das religiões afrobaianas pelo turismo institucional e privado como um item econômico devidamente paginado em reducionismos para sensos mercadológicos globalizados. As reações a este trabalho por força da desinformação da imprensa local, aliada a um interesse político em desestabilizar as novas políticas culturais recém-inauguradas, mais o conduzido corporativismo de parte das associações de Pais de Santo, legou ao trabalho uma popularidade cômica pelos absurdos reativos da cidade. O artista foi ameaçado por uma artilharia de ebós, a serem desferidos por várias entidades afro-baianas. Estas são algumas das estratégias da arte que se pratica hoje na Bahia. E
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muitas das reações opostas estão associadas a interesses subjacentes na prática de políticas que se confrontam, traduzindo uma sociedade em francos ajustamentos entre o arcaico e o progressivo. Some-se a isso o que a própria natureza da arte contemporânea traz consigo, um problema de reconhecimento por suas refrações que requer um circuito adequado às suas expressões e expansividades. Vale lembrar que a crise do modernismo internacional, com as sucessões das vanguardas, que retiram a ordem positivista ocidental à qual estávamos habituados - a relação da arte com o mundo conforme os procedimentos da duplicidade do real e seu encadeamento de tempo histórico é completamente tornada sem efeito - abrindo, assim, um problema de desordem causada pela volatilidade que é própria da arte de hoje. E, num ambiente como o baiano, em que a circulação das informações dos meios tradicionais como a imprensa e mesmo grande parte do meio acadêmico reagem com violenta reprovação e calculada indiferença, respectivamente. Ainda, a imaturidade dos equipamentos institucionais que, mesmo com as intenções políticas inaugurais – considerando que portem possíveis adequações e pertinências atualizadoras, se vê distante por uma precária dinâmica operatória, por falta de convívio experiencial. Por esta razão, fica a impressão de uma dicotomia cultural, onde, à exceção de uma groza de habitués, paira diversidades na produção de arte sobre a cidade muitas vezes tão inteligível quanto um hieróglifo. Um exemplo emblemático é o caso Marepe, um dos artistas brasileiros mais bem sucedidos do ponto de vista de inserção internacional, referência obrigatória de qualquer avaliação sobre arte contemporânea brasileira no mundo, abrindo o olhar exterior para os movimentos contidos numa obra que alinhava seu rico universo calcado no popular e assentado nas emissões de sua própria cidade natal, suas memórias pessoais, e o universo da arte enquanto processos de compreensão da vida pela sua argamassa poética. Num
Mariana David
Ao lado, objeto da mostra Barroco Reinventado, de Iuri Sarmento, que integra o acervo permanente do MAM BA. O artista mineiro, que mora em Salvador, fez a releitura do barroco a partir de sua memória e experiências pessoais. Acima, a obra Sarcófago, de Daniel Lisboa
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Paulo Pereira
As esculturas em madeira do artista plástico baiano Paulo Pereira corrobora mais um meio tradicional enriquecendo, assim, o contemporâneo
artista desta importância, raros foram os interesses de mediação como o do projeto Axé, por exemplo, em socializar sua poética como forma de estender novas e diferentes maneiras de ver o mundo. Artistas como Yeda Oliveira e Maxim Malhado, pertencentes às mesma matrizes que conduzem Marepe, só se distinguem fora dos seus eixos de origem: um profundo desperdício de talentos formados sob imensos sacrifícios, dispersados pelo desinteresse de um lugar equivocado com a beleza do próprio umbigo e lucros dos que dele lustram, supondo-se paradisíaco. Apesar de tudo, hoje, na Bahia, percebemos uma efervescência no âmbito das artes visuais. Sua origem vem de um movimento feito nos anos 90 com a instituição do Salão da Bahia do Museu de Arte Moderna da Bahia, na gestão do diretor Heitor Reis. Naquela ocasião, a desolação em que se encontravam as
Apesar de tudo, hoje, na Bahia, percebemos uma efervescência no âmbito das artes visuais Vauluizo Bezerra
artes plásticas – hoje denominadas artes visuais – caracterizava uma demanda de desejo entre seus artistas, de qualquer fato ou ocorrência que viesse dirimir uma dramática defasagem de informação e, consequentemente, uma produção deslocada da qualidade existente em outros centros. Os primeiros salões se caracterizaram por flertes tímidos com as noções exteriores, mas é
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justamente ai onde começa a sedimentar-se um intercâmbio produtivo, alterando ano a ano os níveis de aproximação e consequente atualização. Entre 95 e 96, o Salão adquire os melhores resultados de suas realizações como padrão de organização, aumento de competitividade e acentuado crescimento qualitativo da produção local em parelha com o padrão nacional. Mas, a ausência de trabalhos reflexivos sobre o panorama local, tanto quanto o nacional, provocava um vazio de compreensão entre o espectador que não sabia fruir os recortes da arte brasileira contemporânea e as dificuldades imputadas a um meio pouco habituado aos novos comportamentos produtivos. O próprio modelo de salão já era em si desgastado, afinal, tal modelo correspondia às necessidades cujas origens datam do fim do século XIX , para corresponder às especificidades da arte moderna,
Danilo Barata
Danilo Barata é um importante video-maker com vídeo-instalacão dentro e fora do país
Uran Rodrigues
Ieda Oliveira, na Saccharum BA, apresenta a estética popular dos saquinhos das vendas do interior
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sabendo-se, inclusive, de suas parcialidades quanto a suas funções originais. A partir daí, o Salão entra num processo de decadência, pelo esvaziamento e consequente baixa de qualidade. Com a mudança política e implementação de novas e experimentais metodologias aplicadas à política cultural de Estado, são realizadas as duas últimas edições do Salão Nacional, sob a administração da nova diretora do MAM Bahia, Solange Farkas, cujo olhar experiente por uma trajetória como curadora internacional direciona estas duas edições para novos sentidos de expositividade, ajustando as condições técnicas do museu, ampliando seus espaços e configurando o museu a um padrão tecnológico capaz de receber qualquer tipo de obra em qualquer tipo de meio que venha a ser expressa, incluindo as sofisticadas mídias eletrônicas. As duas últimas edições do Salão ganham novos contornos pela presença das novas mídias sem deixar de privilegiar as mídias tradicionais, que portassem conectividades com outras bordas, expandindo novas noções. Prevendo um esvaziamento pelas consequências do formato anacrônico que é o Salão, optou-se por encerrá-lo, considerando que cumpriu sua função de atualização local, mas que já não cabe mais como hospedeiro de vertentes produtivas radicalmente distantes e impertinentes para suas alocações. Em lugar do Salão optou-se por criar uma Bienal baiana onde, ao tempo em que se resgata simbólica e historicamente o lugar perdido pelas Bienais dos anos 60 por força da interrupção política promulgada pelos militares, articulam-se novas possibilidades de expansão e troca internacional como um novo modelo que venha atender as demandas de que o Estado e a nova arte necessitam. Existem novos sentidos de produzir arte disseminados pela Bahia, especialmente Salvador. A arte que se faz aqui já não busca uma relação calcada unicamente em formas tradicionais ou dependências mercadológicas. Além das chamadas performances, em que as noções de corpo/ conceito/ tempo é a matéria com que se expressa, uma
profusão de maneiras distintas e adicionadas a novos elementos extraídos do corpo social, formam-se cada vez mais eventos dos chamados coletivos: grupos de jovens artistas que se articulam a pensar estratégias de intervenção pela cidade ou interior do Estado buscando práticas que buscam ênfase na relação artista/público. Tais práticas são egressas das experimentações de Helio Oiticica e Lygia Clark, ou antes uma radicalização, ou atualização para o tempo presente destas experiências. É preciso levar em conta que o momento cultural é outro, regido por condicionantes recentes de uma sociedade que se transformou radicalmente, novas operações e sentidos estão em curso nesta diminuição de fronteiras que buscam encurtar cada vez mais as distâncias entre arte e vida, arte e política, arte e economia, arte e ambiente etc. Dos Coletivos mais conhecidos em Salvador é obrigatório citar o Grupo Gia e o Coletivo Osso, bem sucedidos em suas estratégias, que gozam como consequência de presenças marcadas em eventos internacionais importantes. Além dos Coletivos, que tratam diretamente desta relação direta entre público e ação, há outras modalidades coparticipativas, estas agenciadas por métodos interativos possibilitados pelos fluxos de redes, criando mais uma noção de possibilidades enriquecedoras. Entretanto, a arte que mais se projeta em presença é o vídeo; pelas facilidades da revolução tecnológica, é a mídia mais presente e, nisso, há um sintoma, visto que ainda se apreende a noção de janela tradicional, mas em movimento, adicionada, portanto, ao tempo e a noções narrativas imprevisíveis além das citadas condutividades interativas. Muitos dos artistas baianos tecem praticas simultâneas de meios. Pintores como Gayo, Joazito, Ayrson Heráclito, Caetano Dias migram com facilidade para o vídeo como extensão de suas experiências plásticas, estendendo seus campos. Mas, há os artistas exclusivos do meio, chamados vídeo-makers, como os reconhecidos e citados Daniel Lisboa, Marcondes Dourado e Danilo Barata que, atualmente, processa uma
Marepe é um dos brasileiros mais bem sucedidos do ponto de vista de inserção internacional
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Galeria Luisa Strina
Valéria Simões
A obra “Canône” do artista plástico baiano Marepe em exposição na Bienal de São Paulo de 2006
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importante vídeo-instalacão na Holanda e que, depois, será exibida aqui. Para finalizar , como pintor e desenhista, não posso me furtar em falar da pintura que, no meio de tantas possibilidades pertencentes ao reino da reprodução que nos falou Walter Benjamin, e afirmações de tantos anúncios de morte da pintura, ela continua viva e renovando suas possibilidades, seja flertando com outras mídias ou sendo ela em seu estado puro, mas enriquecida de ideias que lhe sobrepõem novos filtros, tornando-a ativa. Ouço muitos rumores de jovens artistas migrando para a pintura, fugindo dos ruídos e das facilidades technos, mas isso é outra história. No universo das artes visuais contemporâneas, há uma permissividade boa e ruim, mas no caso da pintura é um suporte como outro qualquer, repleto de possibilidades. Vendo um artista como Yuri Sarmento e suas junções iconográficas, que unem o barroco e o pop numa operação de síntese e o lado bom da permissividade contemporânea; as esculturas em madeira de Paulo Pereira, que corrobora mais um meio tradicional enriquecendo o contemporâneo, ou ainda expressões novas tipicamente urbanas, como a toy art que tem na designer Andreia May uma pioneira, nos grafittis, nos movimentos sticks e no vigor da fotografia estruturada nas presenças de artistas como Christian Cravo, Edgar Oliva, Aristides Alves, David Glat, Adenor Godim, Valeria Simões e Virginia de Medeiros que, além de estender nossos sentidos com suas imagens, aprofunda nossas consciências quando afirma: “Para mim, a arte leva a pensar sobre o sentindo instituído das coisas, ou seja, o sentido oficial, o qual todos nós conhecemos para, então, tentar instituir um outro sentido, através do pensamento artístico. A arte distorce certezas, desequilibra verdades, desloca sentidos, sempre em busca de uma nova possibilidade de nos relacionarmos com o mundo que nos cerca.” Finalizando: há arte contemporânea na Bahia feita com excelência, mas faltam-lhe condutos circulatórios para sua grandeza.
Shopping Boulevard 161, Salvador BA Tel: |71| 3354-3232
Projeto NathĂĄlia Velame
Foto Marcelo Negromonte  Grupo AV
Persianas em madeira branca da linha Country Wood
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Foto Marcelo Negromonte  Grupo AV
Estrada do Coco, Km 0 Lauro de Freitas, no 1176  Tel: (71) 3377-2777
I Mostra de decoração Alameda das Espatódeas Loja Conceito – coordenação Andréa Velame
fachada
Coke Home
Arquiteta Márcia Mecciadeiros Homenageada Maíra Me
foyer
Arquiteto Marlon Gama ges Homenageado Paulo Bor
quarto de casal
e Designer Nágila Andrad Homenageada Irá Salles
s e t n e i b 19 am
s i a n o i s s fi o r 28 p
Escada
Loja
e Designer Nathália Velam tesz Homenageada Eliana Kér
Arquiteto Wagner Paiva tado Homenageada Sabrina Fur
Home office
Arquiteto Flávio Moura Homenageado Bel Borba
gourmeteria
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sú e Mário Figueiredo Arquitetos Aline Cangus tai e Jorge Amado Gat lia Zé dos gea ena Hom
banheiro
e Marcelo Mello Arquitetos Bruno Sgrillo Homenageado Júlio Costa
consultório
lo Pratti e Cau Arquitetura e Design Pau Lídia Magalhães Guimarães Homenageada
área de serviço
Sala vip
Cozinha
Sala vip
Arquiteto Cátia Bacelar ame Homenageada Andréa Vel
es Arquiteto Rogério Menez thô Bar do gea ena Hom
e Daniela Arquitetas Cláudia Lopes niz Homenageado Roberto Mu
e Paula Arquitetas Carla Ribeiro os Homenageado Lázaro Ram
Lopes
Moura
Quarto de solteirooverde
living
s e Ivane Barbosa Arquitetura e Design Marcu Gil rto ilbe do G Homenagea
tina Arc Arquitetura e Design Cris e Tuvinha Papaléo na Homenageado Chico Sen
Quarto do estilista
cozinha
ardo Colares Arquitetura Jussimar e Edupaio Sam via Flá da gea Homena
ro Designer Dolores Landei pos Homenageado Vitorino Cam
banheiro
o Arquiteto Edilson Campelncer Homenageada Nilda Spe
Cozinha
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o e Adriana Varandas Arquitetas Adriana Lorenz za Sou ho ezin do Z gea ena Hom
Pantone: Quem pinta o mundo POR tiago nery
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final, cabem quantas cores no mundo? No princípio, eram seis. Agora já passam de mil. Aristóteles propôs que cor não é um fenômeno físico, ela é subjetiva e individual. O filósofo concluiu que as cores eram uma propriedade dos objetos; assim como peso e textura, eles tinham cores, e, pautado pela mágica dos números, assim como Lawrence Herbert, fundador da Pantone, disse que eram em número de seis: o vermelho, o verde, azul, amarelo, branco e preto. Alguns séculos depois, tem início a história da Pantone. Mais precisamente no ano de 1962, quando Lawrence Herbert assumiu o controle de uma pequena empresa onde trabalhava desde a década de 50, na cidade de Manoochie, New Jersey, EUA. Fabricando cartões de cores para empresas de cosméticos, Herbert percebeu o potencial que tinha em mãos e desenvolveu o primeiro sistema de cores em setembro de 1963, causando transformações dramáticas na indústria gráfica, adotadas posteriormente em todos os segmentos que utilizam cores. Esse sistema inovador de identificação, combinação e comunicação de cores foi desenvolvido para resolver problemas associados com produção precisa de combinações de cores na comunidade de artes gráficas.
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Mais sobre a Pantone: As cores Pantone, descritas pelo número, encontraram também lugar na legislação, particularmente na descrição das cores das bandeiras. O Parlamento da Escócia definiu que a Bandeira escocesa seja definida como Pantone 300. Outros países como Canadá e Coreia do Sul indicam cores Pantone específicas para produção de suas bandeiras. A lista de números de cor e valores da Pantone é de propriedade intelectual da Pantone e o uso gratuito da lista não é autorizado. É por este motivo que as cores não são suportadas em software livre e, muitas vezes, não estão presentes em soluções de software de baixo custo. O sistema Pantone é uma forma de garantir impressão a cor 95%– 100% estabilizada. É mais caro imprimir com tons Pantone do que com o sistema CMYK. Distinguem-se variantes: Pantone coated, uncoated, metalic, etc (com verniz, sem verniz, metalizado). De modo a promover um guia de cores da Pantone entre estudantes de arte, a Basheer Graphic Books - sob direção artística de Andreas Junus e Irawandhani Kamarga - instalou, no jardim de uma universidade em Jacarta, um enorme arco-íris com 8m de comprimento por 4,5m de altura composto por mais de 5000 fichas Pantone de cores diferentes.
Dados corporativos: Origem Estados Unidos Fundação 1962 Fundador Lawrence Herbert Sede mundial Carlstadt, New Jersey Proprietário da marca X-Rite Inc. CEO & Presidente Thomas Vacchiano Jr. Presença global 100 países Presença no Brasil Sim Funcionários 800 Segmento Tecnologia de cores Principais produtos Guias de cores para impressão Ícones A escala de cores Slogan The color of ideas. Website www.pantone.com
PANTONE ® Process63 Red C
Sua visão de que o espectro de cores é visto e interpretado diferentemente por cada indivíduo conduziu à invenção do Pantone Matching System ou Guia Pantone, um manual de cores padrão em formato de leque. A ideia era estabelecer um parâmetro para que fosse possível determinar uma certa cor com exatidão em qualquer lugar do mundo. Atualmente seu leque de design simples provê uma conveniente e portátil biblioteca de referência de cores, um espectro completo de 1.114 cores do Pantone Matching System, com as correspondentes fórmulas de mistura de tintas em partes e porcentagens. A Pantone é considerada hoje uma autoridade em cores, mundialmente conhecida pelos sistemas e tecnologias de ponta criada para os processos que envolvem cores com reprodução precisa, nas etapas de seleção, comunicação e controle de cores. O nome Pantone é conhecido mundialmente como a linguagem padrão para a comunicação em todas as fases do processo de gerenciamento de cores, desde o designer até o fabricante, desde o revendedor até o consumidor, em vários setores da indústria, em vários tipos de indústrias. Enquanto o processo CMYK é o método padrão para impressão da maioria dos materiais gráficos do mundo, o sistema Pantone é baseado em uma mistura específica de pigmentos para se criar novas cores. O sistema também permite que cores especiais sejam impressas, tais como as cores metálicas e fluorescentes. Mas, por que a Pantone se tornou sinônimo de cor? Simples: porque desenvolveu um sistema numérico de cores e conseguiu manter uma alta regularidade e padrão na produção destas. Assim, sem nomes regionais ou de aplicação restrita, tornou-se muito mais confiável falar-se em números, que, não são, ou estão, sujeitos à subjetividade humana, do que em nomes, que variam e denominam diferentes coisas de lugar para lugar. ERA ASSIM... O sistema consistia em um grande número de pequenos e finos cartões (aproximadamente com 5 cm), impressos num dos lados com uma série de cores relacionadas e então unidos em um pequeno livro. Cada um dos tons de cor tinha um código e, com ele, era possível especificar de que forma iria se imprimir alguma coisa. Por exemplo, uma determinada página poderia conter certo número de amarelos variando em luminância desde claro a escuro. Em teoria, a ideia do sistema Pantone era escolher as cores desejadas dos guias e então utilizar os números para especificar de que forma deveriam ser impressos. Por exemplo, podiase pedir à gráfica que imprimisse o trabalho utilizando a cor Pantone 655 e a empresa teria instruções sobre como produzir a cor 655, no seu equipamento. Desta forma, o produto final seria exatamente o pretendido em termos de coloração. Eram dois os tipos de produtos desenvolvidos pela Pantone no início: os leques ou escalas e as amostras destacáveis. Os leques/escalas eram guias de referência rápida que traziam o número da cor e como obtê-la, tendo como grande diferencial portabilidade e fácil manuseio. As amostras destacáveis eram derivadas destas escalas e tinham por objetivo a comunicação precisa e inequívoca da cor. No restante da década, a Pantone adaptou seu sistema não somente para ser utilizado na impressão, como também na área de design e artes plásticas. Nos anos seguintes, desenvolveu e aprimorou o conceito do seu sistema de combinação de cores, adaptando-o para outros segmentos e indústrias, onde a reprodução fiel das cores são críticas, incluindo tecnologia digital, têxteis, plásticos, arquitetura e interiores.
PANTONE ® Process Yellow C
ABRINDO O LEQUE Recentemente, a marca Pantone virou muito mais do que o sistema de cor mais utilizado pela indústria gráfica. A marca se aliou a marcas do mundo da moda, inspirando coleções atrativas e coloridas. Depois de lançar parceria com a grife americana de vestuário GAP, que criou camisetas utilizando as cores da escala Pantone, e com a suíça Nespresso, coleção de xícaras, foi a vez da Pantone se associar a uma empresa para produzir uma coleção de bolsas. Tais associações tornaram a Pantone mais real e presente na vida das pessoas a cada dia, indo além de seus guias de cores. No dia 23 de agosto de 2007 a XRite, empresa líder em prover soluções para medição, formulação, comparação e simulação de cores, comprou a Pantone por US$ 180 milhões. E, já que estamos falando em números e cores: nada mal... É, cores luxentas!
Ao lado, um exemplo de cartela Pantone com cores e números correlatos
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Natalie Klein Vos apresento a elegante, bem vestida e bem nascida Natalie Klein, empresária em incrível ascensão na moda em São Paulo Conte um pouco da sua infância Desde criança, aprendi a ser uma pessoa organizada. Meus pais se separaram quando eu era criança; então, tomava conta dos meus irmãos, corrigia a lição de casa e, se tivesse algo errado, os mandava refazer. Contratava empregadas, exigia organização delas em tudo. Também fui uma menina bem “moleca” por ter convívio com dois meninos, meus irmãos. Andávamos de mobilete, fazíamos trilhas... Eu estava sempre com um machucado. Foi uma infância muito feliz e tenho ótimas memórias. Quando percebeu aflorar o seu talento para os negócios da moda? Quando adolescente, dava conselhos para minhas amigas, com opiniões próprias sobre o que achava que ficava melhor vestirem. Como viajava muito, tinha acesso a novidades bacanas, via o que as pessoas vestiam lá fora, frequentava
Natalie tem como referência uma frase do avô: “Não basta vestir a camisa, tem que suá-la”
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Patrícia Rollo
socialite
diversas lojas de marcas importadas... Assim, fui apurando meu gosto para moda e percebendo que as pessoas gostavam dos meus conselhos. Como define a elegância? Acho que a elegância pode ser caracterizada por um conjunto de simplicidade e harmonia e está sempre relacionada a comportamento. Uma pessoa é elegante não só pelo modo como se veste, mas também pelo modo como se porta e é naturalmente educada e espontânea. Como foi o seu primeiro contato com a marca que hoje é sua franquia no Brasil? O primeiro contato com a Marc Jacobs foi há 9 anos. Os pedidos eram bem menores e cautelosos, assim como fazemos com todas as marcas novas. Mas, aos poucos, nossa relação foi crescendo e se tornou muito produtiva devido aos nossos ótimos resultados. Assim, eles nos propuseram a parceria com a NK. Não é uma franquia, pois não temos que pagar royalties à marca. Hoje representamos a Marc Jacobs na América Latina, com a flagship em São Paulo, no bairro Jardins, onde temos as duas linhas do estilista: Marc Jacobs Collection e Marc by Marc Jacobs. Em que momento encontra maior realização no trabalho?
Todos os dias, ao entrar na loja e ao ver o que construí, me sinto realizada, mas a maior realização é ver a nk e a talienk, nossa marca de atacado, em constante evolução. A NK tem uma seleção de marcas importadas cada dia mais incrível, e a Talie NK está presente cada vez mais nas melhores butiques multimarcas do país. Algum momento você já pensou em desistir de tudo? Nunca. Quando você faz o que gosta e luta por isso, não desiste nunca. Quando sente frio na barriga? Quando estamos prestes a lançar uma coleção. Nossas marcas, NK e Talie NK, têm 4 coleções: inverno, alto inverno, verão e alto verão. É nesse momento que vemos, através dos resultados, como foi a aceitação do nosso trabalho. E para o futuro? O que pensa? Pensar no crescimento é inevitável, mas tudo com muita calma e a seu tempo. Temos a talienk no mercado atacadista e é um grande desejo que nossa marca se fortaleça solidamente.
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Além disso, estamos analisando propostas de abrirmos uma outra nk, num outro estado. Uma frase que sempre diz Gosto muito de uma frase que meu avô costuma dizer: “Não basta vestir a camisa, tem que suá-la.” Natalie posa ao lado do estilista Marc Jacobs
Clericot, um show de cores e sabores
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olorida e refrescante, o clericot é a bebida oficial em Punta Del Este. É parente da sangria espanhola, mas sua origem é mais exótica .Foi inventada na Índia, no tempo da rainha Victória, pelos ingleses que trabalhavam na administração colonial. Era a bebida do fim da tarde e o primeiro brinde era sempre para a rainha. Seu verdadeiro nome é "claret cup" pois, na receita original, levava o vinho clarete. Super refrescante, não é estranho ter se tornado popular; era o drink ideal para as tardes quentíssimas da Índia. Levada para o Uruguai pelos ingleses, virou clericot e é preparado ou com vinho branco, ou com espumante, ou ainda com vinho rosé. É uma ótima ideia para servir num happy hour.
Faça você mesmo! Clericot com vinho branco • 1 garrafa de vinho branco • 25 ml de cointreau • 2 garrafinhas de club soda • 3 pêssegos picadinhos • 2 maças picadinhas • ¼ de abacaxi em cubinhos • 1 pêra picadinha • 1 cacho de uva Itália. Cortar ao meio e retirar o caroço Modo de fazer Macere todas as frutas com o cointreau por 30 minutos. Em seguida, acrescente o club soda, o gelo e misture bastante. Acrescente ainda o vinho branco e mexa ligeiramente, com bailarina ou colher de cabo comprido. No final, você terá seu clericot pronto!
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Vinho branco é indispensável para fazer a bebida
Charlô Whately
restauranteur
Clericot com espumante rosé • 1 garrafa de espumante rose • 25 ml de cherry brand • 2 garrafinhas de club soda • 2 pêssegos picadinhos • 2 maças picadinhas • ¼ de abacaxi em cubinhos • ½ manga picadinha • 8 morangos picadinhos • 1 cacho de uva Itália. Cortar ao meio e retirar o caroço
Frutas e bebidas como espumante rosé compõem um dos moderlos de Clericot
Modo de fazer Macerar todas as frutas (menos o morango) com o cherry brand por 30 minutos. Acrescentar os morangos, club soda, o gelo, misture bem. Acrescente o espumante rosé e mexa ligeiramente, com bailarina ou colher de cabo comprido.
Aqui, a simplicidade, textura e riqueza de cores das frutas
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à The Sartorialist O The Sartorialist, criado por Scott Schuman há quatro anos, é o melhor e mais famoso blog de moda de rua do mundo. Scott passeia por metrópoles como Milão, Londres, Paris, Nova York, Tókio, fotografando estilos e trazendo as grandes referências em moda de rua para sua página virtual. Schuman foi considerado uma das 100 pessoas mais influentes do mundo e seu blog fez tanto sucesso que virou livro!
Blog é o novo preto!
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ontemporâneo é compartilhar experiências, informações, interesses, sensações, imagens e segredos através do mundo virtual. Nele, os blogs vêm conquistando cada vez mais espaço na discussão de temas específicos. Para alguns, já se tornou meio de vida. Para muitos, fonte de diversão e informação. O crescente poder de influenciar seus leitores faz as empresas jornalísticas invistirem cada vez mais nessa nova forma de mídia. Para a doutora e pesquisadora em artes plásticas pela UFRJ, Virgínia Todeschini Borges, “as mudanças estão transformando as estruturas da mídia convencional e mudando até mesmo a forma de fazer publicidade”. Na primeira fila do desfile de D&G, na semana de moda de Milão, não estava Anne Wintour, editora de moda mais poderosa do mundo, mas sim superbloggers de moda como Schuman e a namorada, Garance Dore, criadora do blog garancedore.fr; Tommy Ton, do jakandjil.com, e Bryan Boy do bryanboy.com. No Brasil, o“Garotas Estúpidas”, da pernambucana Camila Coutinho, é um dos mais acessados do gênero e tem jeito de conversa entre amigas, e o Fashion Bubbles tem pitadas de crítica, dicas e opiniões pessoais bem interessantes. Com tantas dicas, só não navega o “novo preto” quem não quer! A seguir, outros “queridinhos”.
Scott Schuman é o idealizador do The Sartorialist
Tininha Viana
produtora de moda
à Joy Cho Ultrapassando as fronteiras da moda para o mundo do design, a americana Joy Cho tem um dos blogs mais deliciosos de se acompanhar! Designer gráfica com seleção de coisas lindíssimas, Joy desenvolve embalagens, marcas, logos e estampas para vários clientes como Urban Outfitters, Target e Charlotte Ronson. O “Oh, Joy’ foi eleito pela Times como um dos 100 blogs de design mais interessantes.
à Tavi G Tamanho não é documento e blogueiro não tem idade! Tavi G, uma menina de 12 anos, já escreve um blog com críticas incríveis sobre os maiores desfiles do mundo. Seus seguidores ficam encantados, principalmente pelo fato da gracinha ter apenas 12 anos. E, pelo visto, não são só os leitores de olho nela. A Dior recentemente a convidou para assistir ao desfile na fila A. Privilégio ofertado a poucos, baby!
à Le blog de Betty A francesa Betty Autier tornou-se uma das embaixadoras na Web da marca Chanel depois de ser seguida por bloggers do mundo inteiro. Sua criação, o Le blog de Betty, é visitado por uma média de 10 mil pessoas por dia. Nele, Betty faz uma espécie de auto-editorial, postando fotos suas com produção de moda feita por ela mesma. O blog tem anunciantes como a American Apparel e o Net-a-Porter, marcas mundiais.
Betty Autier fotografa sempre os próprios looks
à Fashionismo No Brasil, as “Luluzinhas” dominam a cena dos blogs de moda. Muito dedicadas ao assunto, são a-pai-xo-nadas por moda, “meu bem”! Vaidosas, gostam de compartilhar looks e segredinhos de moda. A exemplo está a arquiteta Thereza Chammas, do blog Fashionismo, cujo subtítulo foi inspiração para o nome desta matéria. E ainda possui um guia virtual de NYC com excelentes dicas da cidade.
Acima, Thereza Chammas, do blog Fashionismo
Tavi G., aos 12 anos escreve críticas sobre desfiles
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Foto Estúdio Gato Louco Thaís Muniz
www.patriciafrancomoda.com.br
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Rua Professor Lemos de Brito, 28, Loja 02 – Barra. Tel.: 71 3016-3571 Showroom 71 3362-3499
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destino de charme
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Londres Mandarim
Por Tiago nery
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qui, você é a majestade. Situado no exclusivo distrito residencial e comercial de Knightsbridge e junto ao melhor parque real da capital, o Mandarin Oriental Hyde Park tem excelente localização, combinando a impressionante fachada vitoriana e os interiores ingleses clássicos para reproduzir a realeza que Londres inspira e expira. Localizado em Knightsbridge, ao final da Sloane Street, bem no meio das melhores butiques de design de Londres, o hotel fica exatamente em frente a Harvey Nichols e a apenas dois minutos a pé da Harrods. Com excelentes opções de transporte ao redor, está bem conectado aos principais distritos culturais, de entretenimento e de negócios. Trens expressos para os aeroportos de Gatwick e Heathrow estão a apenas uma curta corrida de táxi de distância. Heathrow, inclusive, é o aeroporto mais movimentado do mundo em número de passageiros internacionais. Não é de se impressionar que todos queiram conhecer Londres. E você, não vai lá também?
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A face norte está privilegiadamente de frente para o Hyde Park, com vista panorâmica da área verde. Fachada vitoriana e os interiores ingleses clássicos, com pisos em preto e branco, tapetes, lustres, acabamentos em mármore rosso verona e verde alpes denotam a exclusividade da experiência única que o Mandarim Oriental Hyde Park pode oferecer a seus hóspedes. Inesquecível
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destino de charme
Os hóspedes também podem optar entre 25 espaçosas suítes, com vistas espetaculares. As suítes são identificadas por design individual e algumas peculiaridades. Ainda contam com televisões de tela plana, quartos interligados e produtos aromáticos de luxo da marca Jo Malone nos banheiros. Ser hóspede Mandarim é uma experiência singular e plural
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Shopping Passeo - Itaigara, Salvador |71 . 3354 - 9458 79
Acontece no mundo Las Vegas por Nando Queiroz 42 Rue des Lombards, 7º
Las Vegas é neon, agitada e viciada em jogos. Na Las Vegas Boulevard, mais conhecida como Strip – avenida principal que corta a cidade – se dispõem espetáculos, jogos, badalação e hotéis luxosos; Belaggio, The Venetian, Wynn e Paris são alguns deles... Entre nesse cassino gigante & have fun!
à Para não deixar de assistir o espetáculo “O”, do Circ de Soleil. É realizado dentro d’água. E, sem esquecer, do maior mágico do mundo: David Coperfield. E o show da diva Cher
à Para estarrar Colocar uma nota preta no número 29 da roleta
à Para degustar Restaurante TAO no The Venetian, para os apaixonados pela gastronomia oriental. Prime Steak, no Hotel Bellagio (foto), para os apaixonados por carne, e o L’Atelier, de Joel Robuchon, no Hotel MGM, para os apixonados por alta gastronomia
à Para Jogar Um cassino clássico é o do Hotel Bellagio. Badaladíssimo, característico, foi, ainda,cenário do famoso filme 11 Homens e um Segredo
Ribeira
à Para Dançar Boate do restaurante TAO, no Hotel The Venetian, e a Boate XS, do Hotel Encore
Estrada do Coco – Km 8
Cachoeira do Roncador
à Para Bebericar Em todos os hotéis, nos cassinos, há bares. E, se você estiver jogando, a bebida é por conta do cassino
à Para Apreciar O famoso show das águas em frente ao Hotel Bellagio. Não precisa estar hospedado para poder apreciar este espetáculo. Em Vegas, o espetáculo é para todos!
à Para se hospedar Vegas tem hotéis maravilhosos. Recentemente, acabou de inaugurar o Mandarim Oriental Las Vegas e o Vdara, ambos no complexo City Center. Gosto muito também do Wynn (foto). Escondido atrás de uma montanha artificial, o hotel tem reflexos em tom de cobre e se apresenta através de cachoeiras, árvores e milhares de litros de água, dispersos em suas estratosféricas piscinas... Rio Paraguaçu
à Para se surpreender Um passeio de helicóptero pelo Grand Cânion. É inesquecível!
à Para Comprar Las Vegas é um grande centro de consumo. Agora, acabou de inaugurar o Cristal, um shopping de griffes no Complexo City Center. Outra dica bacana é o Outlet Premium
à SÓ tem em Vegas Jogo, jogo, jogo: por todos os cantos, nas esquinas, em todas as curvas da cidade!
à Para não gastar muito Desfrute a deslumbrante visão de uma cidade no meio de um deserto, e, à noite, os grandes luminosos e neons de Vegas. Lá, a city é assim, fervilhante, cheia de pessoas e de luxuosas limusines
à Para levar pra casa A experiência única de uma cidade voltada para os adultos, uma parque de diversão gigante!
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à Para um encontro Um passeio nas gôndolas do Hotel Venezzia. Lá é possível passear por todo o hotel pela água, sendo conduzido por um “típico gondoleiro!”
conceito arquitetura
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City Center V ocê não entende o que é o City Center. Ainda! Antes, te dou um minutinho para já adiantar a sua pré-reserva. Ah, reconhece Las Vegas, eu sei, pelas luzes... É lá..! POR tatiana maria dourado
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s imponentes luzes não se apagam, são infinitas. Colorem os luxuosos prédios modernos da noturna metrópole americana, propriamente na Las Vegas Strip, a avenida principal, em Paradise, Nevada. De modo mais efusivo, seis prédios, altos e baixos, elípticos, retos e tortos, ou contorcidos, trazem suspeitas. É, é mesmo lá o City Center. Após cinco anos de estudos, foi aberto há pouco, em 16 de dezembro de 2009, com números faraônicos. As
construções dessa comunidade urbana receberam investimento de US$ 8,7 bilhões, tornando-se o maior gasto privado que os Estados Unidos já viram vivo e cheio de cores. “City Center irá integrar talentos de artistas conhecidos mundialmente: arquitetos e designers em uma única obra. Será o maior ícone de gosto e estilo", amansava a ansiedade dos entusiásticos o diretor-geral Jim Murren, da MGM Mirage – líder em desenvolvimento de resorts-cassino no mundo.
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E neste mundo a MGM se lançou atrás dos arquitetos certos para compor o dream time, todos bem dispostos para o desafio de projetar os tais redutos futurísticos, e concretizaram. São residências, serviços, entretenimento e hotéis, revestidos de luxo e recheados de minúcias sustentáveis. Está estonteante e, melhor, atestaram o maior complexo turístico-hoteleiro do mundo, com seis do rigoroso LEED de Ouro – Leadership in Energy and Environmental Design, prêmio ambiental.
Entrada alta! O lobby está no 23° andar. Para chegar lá, há recepcionistas que te acompanha, em serviço personalizado, habitual ao grupo Mandarim
Mandarim Oriental Em Las Vegas, projeto do escritório de arquitetura Kohn Pedersen Fox Associates (Kpf) Lead Architect
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ão é preciso muito para chegar até o Mandarim Oriental. Basta estar no surpreendente varejo de luxo, o Crystals, e atravessar a ponte que dá passagem. Pronto, já dá para usufruir do design e conforto que não precisam contar estrelas: o luminoso condo-hotel Mandarim. Você pode morar, passar um tempo, visitar, o que preferir. De tudo, vale a sensação de experimentar o terceiro empreendimento lançado pela revolução do design sustentável do City Center, o Mandarim Oriental, que angariou o prêmio-eco, a certificação LEED Ouro. Os 27 mil m² do Mandarim da Las Vegas Strip estrearam para o público em 5 de dezembro de 2009, sob os moldes dos arquitetos do escritório de Kohn Pedersen Foz. A vista dos 47 andares proporciona a contemplação panorâmica do deserto e suas montanhas secas, e, paradoxalmente, também das luzes da cidade. Um cenário já habitual dos frequentadores de Las Vegas, cidade construída em meio ao deserto e, nem por isso, menos requisitada pelo luxo dos mais inebriantes hotéis, carros e cassinos. Quem gosta, quer estar lá.
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23 l i m 7 2 47 0
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Neste quarto do Mandarim as atenções se voltam para a vista que o prédio oferece em Las Vegas: de pontos turísticos em miniatura, como a Torre Eiffel
"Queremos ser um hotel íntimo, mas também ser parte de tudo o que CityCenter oferece”, disse o gerente geral Jhingon Rajesh, à véspera da abertura. E acrescenta: “Não poderíamos colocar o hotel em outro lugar antes de Las Vegas”. Para o êxtase, a imponência arquitetônica do Mandarim alia sofisticação com discrição na decoração, ao estilo oriental, dos 227 apartamentos e 168 condomínios residenciais. Os interiores foram concebidos pelas empresas Kay Lang & Associates e Page & Steele Interior Architects. Os quartos também são recheados com alguns aparatos tecnológicos, como fechadura sem chave e painéis de controle que automatizam iluminação, temperatura e sistemas de entretenimento. Bares, restaurantes, salão de baile, academia, espaço para reunião, SPA com 17 salas de tratamento e sete suítes para casais são alguns dos apetrechos. O famoso restaurante Pierri Gagnaire´s Twist, do chef Pierri Gagnaire, pode render o seu paladar por algumas horas. À tarde, o Mandarim dispõe de um salão de chá. Que tal? Dizem que projetaram o “primeiro lugar do céu” e a entrada é até alta, o lobby está no 23° andar... Para chegar lá, recepcionistas com trajes cartola te acompanham em um serviço super personalizado. A área leva o nome de Sky Lobby, bem próprio ao que foi dito. Sejam bem-vindos!
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227 168 17 tos
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Aria
Aria
Projeto inusitado da Pelli Clarke Pelli Architects encobre os quatro mil quartos, que oferecem, em duas torres curvilĂneas equilibradas
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Na cabeceira da cama, painel em madeira escura e tons de cinza nos tecidos e tapete. Destaque para a produção com malas Louis Vuitton
Aria No City Center, em meio a consumo e moradia, um resort e cassino
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milhões de pés
quadrados
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ponto reluzente mais alto no City Center é o do Aria Resort & Casino, com 3,8 milhões de pés quadrados. O projeto inusitado da Pelli Clarke Pelli Architects encobre os quatro mil quartos, dispostos, em duas torres curvilíneas equilibradas, formando um centro aberto, por onde os visitantes entram. Os efeitos do ARIA vão além do design arrojado. À medida que o céu se transforma, o vidro e o aço recebem os reflexos para encantar os visitantes com efeitos bem naturais. Está no pódio: é o primeiro hotel do mundo a receber um LEED de Ouro. Como todo o City Center, as propostas sustentáveis são ousadas. Cálculos oficiais informam que serão 31 milhões de galões de água economizados por ano. Porém, a estratégia considerada carro-chefe é a ‘parede de cortina’, para redução de gastos com energia. Ela é revestida de vidros, que
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deixam entrar a luz do dia e, ao mesmo tempo, bloqueiam os raios solares, que geram calor. Um teatro de 1.800 lugares receberá a estreia do espetáculo Viva, Elvis!, do Cirque Du Soleil. O cassino tem 150 mil pés quadrados, as lojas estão distribuídas em outros 45 mil, restaurantes, bares e áreas de descanso em mais 125 mil, um SPA de dois níveis leva 80 mil, o deck de piscina se espalha em 215 mil, além de contar com um centro de conferência de três níveis, com 300 mil pés quadrados. A escolha das obras de arte, uma das especialidades da Pelli Clarke Pelli Architects, não podia não ser incorporada ao ARIA. Quem passar por lá verá Silver River, de Lin, uma escultura de 84 pés do rio Colorado, além de outras obras de Maya Lin, Jenny Holzer e Tony Cragg, e mais o “Vegas”, de Holzer, que é um sinal de 250 pés montado com luzes de Led.
conceito arquitetura
C
rystal permite o melhor da arquitetura experimental do estúdio dos arquitetos de carreira internacional Daniel Libeskind e David Rockwell, em convívio com as seletas marcas que dimensionam o poder mundial da alta-costura: Louis Vuitton, Paul Smith, Tom Ford, Miu Miu, Tiffany & Co., Bulgari, Ermenegildo Zegna, H. Stern, Christian Dior, Hermes, Prada e Mikimoto. Os 500 mil pés foram
desenhados para simbolizar um cristal, que brilhar os olhos de quem transita entre as suas lojas, restaurantes, espaços de lazer e opções para a noite. “Percebemos que este é um nicho que o mercado estava em falta - uma seleção de lojas com um conceito extremamente elevado. Isso que fomos buscar", disse o vice-presidente e gerente-geral do empreendimento, Farid Matraki. Segundo ele, a arquitetura
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única do Crystal ajudou a trazer os varejistas. “A maioria das marcas europeias estão olhando para isso. Eles estão procurando por algo novo e diferente". A Sin City – “Cidade do Pecado” -, como é vista com ótimos olhos Los Angeles, não via a fachada da Porsche Design desde 2003 - que não vende só aparatos automotivos, também acessórios, como a famosa coleção de óculos, repercutida por Yoko Ono,
Crystals
Um mega projeto do Rockwell Group Interior Architect & Studio Daniel Libeskind Lead Architect
em 1979. Bem, se uma marca preza o melhor do design, como afirma Guergen Gessler, é óbvio que ela teria que participar do City Center. Por isso a Porsche está lá. Além da magnitude arquitetônica, as lojas precisavam se diferenciar mais e mais, mesmo que a concorrência seja com a própria marca. A Louis Vuitton, por exemplo, é maior dentro do Crystal, com 14 mil m², que qualquer outra das
suas lojas da América Latina. O chefe de cozinha austríaco Wolfgang Puck, considerado vanguarda da culinária mundial, estreou no empreendimento com duas opções de estabelecimento para os admiradores: um brasserie francês e um café completo. E o restaurante Beso, da atriz Eva Longoria Parker e do chefe Todd English – que já tem uma filial em Hollywood -, proporciona o desfrute da cozinha latina com
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a steakhouse, na mescla típica das receitas contemporâneas. Para chegar lá, uma estrutura de madeira liga o nível solo a uma varanda para jantar Crystal foi pensado como um parque ao ar livre, porém representado dentro de uma casa. Tem tapetes de flores, claraboias para evocar a luz natural, jardim suspenso, madeira reflorestada e recuperação de 1,8 milhões de litro de água por ano. Precisa de mais?
conceito arquitetura
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Vdara Um cartão-postal realizado pela Rv Architecture, Llc Lead Architect
I
magine-se morar em um edifício de 57 andares de novíssimo cartão-postal do design de século 21, envolvido por recantos gastronômicos, de entretenimento e de compras. Para dormir e acordar assim, só estando no Vdara Hotel & SPA do City Center, o único non-gaming (sem cassinos) dos 61 hectares que compõem o complexo. Todas os 1.495 quartos condo-hotel Vdara têm janelas horizontais, que dão de presente a vista para o deserto e para a cidade. Piscinas, academias, concièrge 24 horas, SPA e restaurantes são os kits básicos do Vdara.
24h 1.495 57 e
de concièrg
quartos
andares
A atenção na entrada se volta para a escultura do artista plástico Claes Oldemburg, um dos mais importantes representantes da Pop Art americana
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conceito arquitetura
No restaurante, o retrô se faz presente nas cores e no sofá curvo que abraça mesas e cadeiras. Destaque também para a iluminação curvilínea
Cores sóbrias e acabamentos finos em um dos quase 1.500 quartos do Vdara. As janelas horizontais oferecem aos hóspedes o desfrute de Vegas
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www.vitorinocampos.com.br
foto Almir Jr.
Thaís Muniz
cool hunter
Inspire-se!
R
osa, Amarelo e Laranja, cores lindas, quentes e vibrantes que descendem do vermelho. Para nortear o Birô dessa edição, compus um mix dessas 3 cores, e a vontade que dá é perfumar a casa, o guardaroupa e a vida, com esses tons, que são pura energia!
Foto Estúdio Gato Louco Produção de moda Thaís Muniz para Maria Preta Stylist Thaís Muniz & Lucas Assis Make up Sonja Levy Modelo Diana de Morais Agradecimento Julio Costa
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à Lomo Diana F. Pink Com uma legião de fãs no mundo inteiro, a Lomo, marca de câmeras analógicas que produz efeito fotográfico de alta sensibilidade, lançou a Diana F Pink, que tem edição limitada. São capazes de registrar cor e movimento sem flash e sem deformação, mas com efeitos artísticos
à Capacete Tod´s A marca italiana Tod´s, expert em sapatos, bolsas e artigos de couro, lançou os capacetes mais estilosos dos últimos tempos! Todo feito em couro resistente, com forro de couro maleável. Dá até vontade de sair de moto por aí!
à Sofá Plastic Fantastic Todas as vezes que o plástico se funde com o design, produz resultados incríveis. O designer Jasper Van Grootel criou a linha Plastic Fantastic, direcionada à praticidade, potencialidade e durabilidade que o plástico oferece. A extensa gama de cores, a impermeabilidade e o conforto acrescem pontos à linha, que além de sofá tem cadeiras, mesas, armários, luminárias e cômodas. Todos provam a combinação ideal entre o clássico e o contemporâneo www.studiojspr.nl
à Forest in new form A marca sueca Swedish Ninja se inspirou no game Tetris para criar a poltrona Forest in New Form. Para ser uma eco-friendly, a designer Maria Gustavsson utilizou o compensado osb criando uma estabilidade na peça e valorizando materiais ecológicos www.swedishninja.com
Coil Lamp - Craighton Berman A luminária Coil Lamp é interessantissima. Tem como base a desconstrução, porque ela é montada a partir de 30 metros de cabos, que enrolados em volta de duas chapas de plástico plexiglass, ganham a forma de luminária
à Derringer Cycles Inteiramente estilosa, as bicicletas a motor, da Derringer Cycle, são uma interpretação neo-clássica das bicicletas de corrida de 1920. Elas podem ser pedaladas como bicicletas tradicionais ou movida na potência de motor. E o melhor: as bicicletas são sempre uma diferente da outra www.derringercycles.com
www.craightonberman.com
à Mirtillo O aparador Mirtillo, da marca portuguesa Mytto, evoca um luxo descontraído, com elegância e encantamento. Com acabamento folheado a Carvalho, a técnica especial de pintura oferece um elegante efeito degradê, fazendo que a luz se apresente de forma mais intensa que a pintura normal www.mytto.pt
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à Camper Shoes por Jaime Hayon Sapatos que parecem ter saído de um musical, com cores sólidas e especiais, dando identidade ao modo de se vestir. Essa foi a intenção de Jaime Hayon ao criar esses sapatos esportivos com toque de elegância para a Camper. Um maravilhosa fusão de formas suaves e orgânicas www.camper.com
à ASUS EeePC Karim Rashid Assinada por Karim Rashid, a nova linha da Asus possui uma estampa com textura ondulada e ligeiramente macia ao toque. Disponível nas cores Hot Pink e Coffee Brown, o PC conta com a bateria bastante fina – similar a de um celular – e utliza polímeros compostos em suas células. Geek chic! br.asus.com
à Gentlemen of Bacongo O fotógrafo italiano Daniele Tamagni, fotografou no distrito de Brazzaville, no Congo, os elegantérrimos membros do Le SAPE, sigla que traduzida do francês significa Sociedade de Pessoas de Atmosfera Elegante. Em 1922 o congolês G.A. Matsoua foi a primeira vez a Paris e retornou de lá vestido como um autêntico cavalheiro francês, causando alvoroço e admiração, e, ditando assim, moda. Os membros, Sapeurs, têm o seu próprio código de honra, de conduta profissional e noções de estrita moralidade! www.amazon.com
à Catch Them All O arquiteto e designer belga Alain Gilles desenhou o cabideiro Catch Them All, peça que funde a funcionalidade e a escultura com muito estilo, e permite penduricar peças que não encaixam em cabides padrões www.alaingilles.com à Refrigerador Smeg Projetado com ares de geladeira da vovó, os refrigeradores da marca italiana Smeg mesclam perfeitamente o apelo vintage com a tecnologia contemporânea. Disponíveis em vermelho, preto, creme e laranja www.smeg.com.br
à Ice Cube Veuve Clicquot Feito em parceria com a Porsche Design Studio, o Ice Cube, é composto por um balde, quatro taças e uma garrafa de champagne Veuve Clicquot Brut. Ideal para reuniões com amigos, pequeniques, passeios de barco, além de um presente muito sofisticado SAC: 11 3062-8388
à Ford 021C por Marc Newson Criado com conceito de veículo urbano para pessoas jovens, o Ford criado pelo maravilhoso designer Marc Newson foi um protótipo apresentado em 1999 e tem o design atualíssimo. Marc desenhou cada elemento do 021C, e sua intenção era criar um carro “leve, agradável e divertido”. O que a Ford ta esperando pra produzir essa belezura?
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black noir por Tiago nery edição de moda almir jr. & marcelo gomes fotografia michel rey
A
ssim, como quem é e ao mesmo tempo não, como quem representa e parece não ser não, o preto absoluto não é só escuridão... É representação do nada, da ausência, da quase solidão. É negação? Talvez ilusão... Quanto a ela? Levanta saia, faz carão! Willy Wonka, Melindrosa, abre o leque, levanta a mão! Esnobe? E quem disse que não? Pensativa, absoluta, essa menina é trovão! Mas o trovão não rasga a escuridão? É, exatamente o que ela faz e com muita perfeição! E esse preto? Que egoísta esse negão! Absorve os luminosos, não refletindo nenhum não. As cores se apresentam como quem não quer nada não. E não é que elas são pura superexposição? Amarelo, rosa e laranja, certamente é união. Perfeito, predileto, correto e inquieto, esse preto adora provocar essa tal de danação. E agora, o nosso preto-colorido, é motivo de admiração!
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Calca – Zoomp Regata – Contempo Tricot e colares – Alphorria
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Vestido – Corporeum Legging de vinil – Acervo Cintos de corrente – Ellus Colar de cristal e casquete – Abx Pingente de cristal shop – 126
Vestido com cristais – Shop 126 Colares – Ellus Braceletes – Abx Adereço de cabeca – Luiz Valasco Luva de cetim – Acervo
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Blusa Renda – Zoomp Vestido de tule com micro-paetê – Contempo Cinto – Alphorria Casquete – Abx
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Body Shop – 126 Colete de Couro – Ellus Segunda pele e meia rede – Lupo Colares – Ellus e Abx Luva de couro – Acervo
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Vestido – Corporeum Cinto – Doc Dog Colares e braceletes – Abx Anel e leque – Acervo
Macacão – Alphorria Cinto de couro – Cantão Cinto de strass – Ellus Colar e braceletes – Abx
Ficha técnica Modelo – Kell Santana (Mega Model) Beleza – Ricardo Brandão Direção de arte e tratamento de imagens – Rodrigo Andrade
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Acessórios Acessórios e mais acessórios. Ela adora! Mas essas pulseiras geométricas tem seu lugar de destaque no coração e nos pulsos de Chiara
PREFERIDA Para Chiara, as lingeries são essenciais. Fazem parte de suas peças preferidas
conceito close
Chiara Gadaleta
MÁGICOS Toda mulher deveria ter cílios postiços! Esses pequenos pêlos falsos possuem poderes quase mágicos.
Imersa por completo no mundo da moda, a ex-modelo paulistana Chiara Gadaleta é stylist, consultora de moda e estilista. Excêntrica, furta olhares por onde passa, porque além dos seus 1.80 metros de altura, é de uma elegância impar. Ela é estampada. Seja nos trajes, seja na pele. Nos seus objetos pessoais, feminilidade, vanguarda e personalidade. Dá uma olhada... SEXY “Óculos escuros, acho sexy!
POR thaís muniz foto e still daniel pinheiro
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HISTÓRIAS REAIS O livro “As 100 melhores histórias da Mitologia Grega” de A. S. Franchini e Carmen Seganfredo é o predileto de Chiara. Nele, os mitos são contados como histórias de pessoas reais, em forma de contos
PISCINÃO O fotografo Daniel Klajmic, marido de Chiara, tem uma serie de foto-arte de clics do Piscinão de Ramos, no Rio de Janeiro. Essa é a sua obra de arte preferida
EXCLUSIVAS As bijoux da Tarântula, marca de Chiara, são exclusivas, feitas a mão e com muita personalidade. Not for anyone, baby!
COMPANHIA Companheira fiel das viagens de Chiara, a câmera Leica, presente de Daniel, fotografa com extrema suavidade e muito silêncio, por não ter espelhos e obturador de pano
COLEÇÃO Feminina, o alvo da coleção de Chiara são os esmaltes
MÓVEL “Essa compramos na feirinha do Bexiga” PRECIOSA Uma jóia? “O colar com meu nome, presente da minha avó”
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Œ Dermatologia
Œ Fisioterapia estética e Dermatofuncional
Œ Odontologia Estética e Restauradora
Œ Dermopigmentação
Œ Cirurgia Plástica e Reparadora
Œ Angiologia (esclerose e laser)
Œ Nutrição
Œ Endocrinologia
Œ Spa Urbano
Rua Aristides Novis, 111 – Federação Tel: 71 3235-1010 / 6221 / 6487 www.sanlazzaro.com.br – Estacionamento próprio e segurança 24h –
Fotos Marcelo Negromonte Grupo AV
Foto Paula Reis
TUDO são
flores
O ambiente não se humaniza só com gente, ele precisa de flores. Com elas, qualquer espaço ganha cor, textura, perfume. Qualquer decoração ganha aura e reforça seu conceito. Seja rústica, chique, balinesa, com orquídeas, lírios, antúrios, cravinas, hortênsias e outras, tantas outras, a vida e a beleza ganham leveza e autenticidade. A Tudo São Flores está presente em Salvador desde dezembro de 2007, com filial em Brasília. Temos o prazer de perceber que, muitos baianos, já não conseguem receber sem flores, muito menos conviver sem elas. Por isso, continuaremos a estimular essa cultura. O cliente traz a necessidade, o flower designer faz a ocasião! ~ Deixe flores onde não houver nada ~
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Shopping Boulevard 161 – Loja 5S – Itaigara Salvador www.tudosaoflores.com.br Tel: 71 3358-5945
IN LOCO
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A poltrona amarela, de Jeffrey Bernett, é um elemento de destaque associado aos sofás e às mesas laterais da B&B Itália e cômoda antiga chinesa
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A nobreza de
m apartamento de 750 m2, na Vila Nova Conceição, em São Paulo. Um duplex cobertura para um jovem casal apaixonado por arte e design. A obra demorou um ano para ser concluída. O apartamento precisava se readequar às necessidades dos novos moradores que solicitaram, além dos ambientes convencionais, um SPA com sauna a vapor, um studio de pilates, uma adega climatizada para uma grande coleção de vinhos, além de home theater e cozinha gourmet. Enfim, um espaço dedicado ao prazer. Um projeto contemporâneo, casual e bastante funcional, valorizando linhas retas e puras.
Antonio Ferreira Junior & Mario Celso Bernardes por ANDREA VELAME fotos Valentino Fialdini
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IN LOCO
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As obras de arte
A dupla de arquitetos trabalham com muita sofisticação entre materiais e estilos imprimindo, desta forma, linguagem autoral a todo o trabalho
são contextualizadas no projeto de forma despretensiosa, sem seguir padrões. A grande mesa de centro em acrílico dá a leveza e transparência necessárias para a utilização de um tapete desenvolvido pelos arquitetos
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IN LOCO
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Aqui, os móveis se integram
No home theater, elegância e sobriedade na escolha dos móveis. No ambiente, sofá em couro marrom e poltronas Charles Eames na cor charuto
ao espaço cuja temática é a valorização da imagem e do som. Na página ao lado, a mesa de jantar em jacarandá, com poltronas giratórias da Atrium e laca glass é a grande vedete do projeto. Um belíssimo pendente em jacarandá, garimpado em um antiquário em Nova Iorque e uma coleção de vasos de murano da década de 50, dão um toque de sofisticação ao ambiente
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IN LOCO
Adega personalizada com rolhas coladas uma a uma da coleção do proprietário recebeu a climatização adequada
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Na cobertura, o traço limpo dos profissionais. O paisagismo se integra ao projeto atravÊs de materiais como o linestone e a madeira de demolição
Ainda na cobertura, as poltronas mademoiselles, design de Philippe Starck, da Kartel, finalizam com charme o projeto de linguagem singular
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IN LOCO
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Estar e home se fundiram para receber o sofá em camurça cinza, mesa de centro em resina de poliéster branco e móvel de home em laca branca
Jovialidade2 em 85 m Adriana Lorenzo & Adriana Varandas por ANDREA VELAME fotos xico diniz
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s 85 m2 no Horto Florestal, projetado para dois jovens irmãos que solicitaram um AP contemporâneo inspirado no conforto e praticidade. Formas retas, cores sóbrias como o branco, preto e cinza foram escolhidos para receber o amarelo, o toque de irreverência, que traduz a jovialidade dos proprietários.
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IN LOCO
Um tapete em relevo cinza, da Avanti, veste este espaço dando aconchego e auxiliando na acústica.
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As vedetes deste apartamento são, sem dúvidas, o móvel bufê em laca amarela e a clássica Swan revestida com tecido exclusivo da estilista Luciana Galeão
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ois trunfos foram utilizados pelas Adriana´s: uma parede revestida em espelho e cortinas embutidas em moldutas que ampliaram e traduziram a sofisticação do apartamento. A mesa de jantar estrela recebe cadeiras em couro preto. Todos os móveis, tecidos e tapetes deste projeto recebem a assinatura Home Design. O projeto luminotécnico deste apartamento foi desenvolvido pela Arqluz. Os arquitetos utilizaram o pendente Polar para dialogar com o ambiente.
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IN LOCO
Casa laranja por Francisco Cálio por ANDREA VELAME fotos Marco Antônio
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Para o apartamento, durante a montagem da cartela de cores, o arquiteto Francisco Cálio optou pelo branco nas paredes, tetos, cortinas e xales
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m apartamento de 300 m2 com vista privilegiada do Parque Ibirapuera assinado por Francisco Cálio, é mais um projeto dele que consegue surpreender com a sua linguagem autoral. Neste projeto, Cálio utilizou recursos técnicos para dar amplitude e focar peças de design consagrado, como a poltrona Mamma Mia, do designer Gaetano Peace, e o móvel do home, assinado por Guilherme Torres. No piso, optou pelo mármore botticino. Grandes espelhos ampliam ainda mais o espaço. Acima, uma gravura de Beatriz Milhazes denota o gosto pela arte contemporânea.
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No mobiliário do apartamento
No living, preto e laranja se misturam aos tons de cinza do tapete e dos sofás. Ao fundo, destaque para a luminária Taccia, dos irmãos Castiglioni
os tons de marinho, grafite e laranja denotam a personalidade da proprietária e do arquiteto. Na sala de jantar, um grande móvel ocupa toda a parede com nichos e serviços de jantar
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IN LOCO
No projeto de iluminação, o profissional utilizou lâmpadas dicróicas e AR 70 intercalados para obter uma iluminação homogênea e intimista
Neste apartamento, as cores sóbrias sempre preparam o cenário para, na sequência, as cores mais vibrantes se apresentem, como nesse painel
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Arte & luxo por Nathália Velame por ANDREA VELAME fotos marcelo negromonte
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m acervo de arte contemporânea define o estilo deste projeto. Nathalia Velame tirou partido de clientes apaixondaos por arte para desenvolver este apartamento de 300 m2 no Rio Vermelho, em Salvador. O conceito foi criar uma caixa branca para receber um projeto clássicocontemporâneo. A utilização de boiserie deu um toque clássico nas paredes, que recebeu a coleção de obras contemporâneas, que conta com fotografias de Mario Cravo Neto, tela à óleo de Vauluízo Bezerra, desenhos de Eneida Sanches, além de uma escultura em bronze do modernista Mario Cravo Junior. Quando iniciou o desenvolvimento deste projeto, a designer de interiores percebeu a responsabilidade de dialogar peças de design com o antiquariato. Escolheu a Home Design como principal fornecedor dos móveis contemporâneos e o antiquario de José Sergio Caloula para o acervo de antiquariato. A mesa em acrílico recebe luminária em bronze, com cúpula em cristal do Armazém de Época.
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O tapete preto delimita uma área do living, que recebe a poltrona Gondola em pele de bicho. Na varanda, móveis LB Home traduz o estilo francês
No outro living, destaque para as obras em origami do artista baiano Ayrson Heráclito e poltrona em capitonê, da Caloula Antiguidades
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Uma mesa antiga
Piso em mármore carrara, sofá branco chesterfield e obras de arte destacadas pelos rasgos no gesso, destaque para as esculturas de Eliana Kértesz
recebe a coleção de vasos Versace com produção da Tudo São Flores. Logo atrás, escultura dourada do modernista Mario Cravo Júnior emoldurada em caixa de acrílico
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Na sala de jantar, mesa em vidro preto da designer Jaqueline Terpins e cadeiras Brno revestidas em seda bordô. Aparadores antigos receberam uma coleção de muranos da Bizâncio Casa
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Destaque para a mistura de referências e para o papel de parede com aplicação de veludo, desenhado pela inglesa Tricia Guild
No quarto do casal, armários e móvel de home em vidro refletente e acabamento em gofrato e bronze foram fornecidos pela Marcato
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A mistura d e materiais foi uma das propostas da designer que brincou com o couro na cama, o croco no criado,uma comoda chinesa como lateral. Poltronas Bert贸ias em veludo amarelo-curry e cadeira Z revestida em folha de ouro
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Rosa e dourado A inspiração para o quarto
era esse o desejo da proprietária Ela queria um quarto elegante e sem nenhuma referência à adolescência. Se apropriando da combinação rosa e dourado, Nathália mesclou as cores no móveis e acabamentos
foi sem dúvida alguma Maria Antonieta., arquiduquesa da Áustria e rainha da França no século XVI. O desejo foi realizado em um quarto digno de princesa!
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No living, a colocação dos quadros e a mistura de estilos comprova o uso das referências pessoais sem se preocupar com estilos predeterminados
O jeito de viver do arquiteto Léo Romano por ANDREA VELAME fotos Edgar Cesar
“C
asa da Ponte”, este foi o nome dado ao projeto desenvolvido por Léo Romano para a sua residência. Uma casa, uma caixa preta, um desvendar de surpresas. Em sua casa, Léo não economizou em referências. Buscou traduzir o seu ideal através de objetos e cores que compõem a sua vida. Adjetivos como irreverência, ousadia, criatividade e originalidade são comumente utilizadas para traduzir as obras de Léo Romano. Cores, objetos pessoais e conhecimentos fazem desta casa um exemplo de autoria e personalidade. Poucos saberiam utilizar uma antiga cômoda laqueada de amarelo como mesa bar, recebendo taças e licoreiras em cristal, um refrigerador laranja na valorização do vintage e o anão dourado de Phillippe Starck como revisteiro e consequente tradução do design.
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IN LOCO
São tantas as cores, são tantas as referências, que percebemos em todos os cantos da casa a reutilização dos espaços com o mix de objetos
Um antigo móvel foi repaginado, laqueado de roxo e virou a bancada da sala. Xadrezes e estampas florais dividem espaço com o sofá maralunga
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Léo reúne suas referências e prazeres sob um grande tapete preto e uma mesa de centro espelhada, para reunir Toy´s, livros e adornos vintage
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O luminotécnico valoriza peças retrô. No espaço, um grande clássico do design, a poltrona red and blue, além de uma lambreta da década de 60
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IN LOCO
No espaço gourmet, armários na cor azul e amarelo recebem uma coleção de relógios antigos. Na bancada, abajur e vasos em cristal lapidado
Destaque para a mesa de jantar em madeira de demolição, cadeiras Ghost, em acrílico branco, de Phillippe Starck e cadeiras anos 50 em madeira
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Em suma, a Casa da Ponte é uma grande caixa negra pela qual o acesso se dá através de uma ponte para desvendar o mundo de Léo Romano
Destaque especial para o fundo da casa, cujo paisagismo com plantas e árvores se fundem à arte, ao design e à irreverência das cores dos móveis
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Em meio a mata atlântica de Trancoso, uma caixa metálica se apresenta enquanto uma oca indígena moderna, um luxuoso refúgio praiano
Trancoso A
por João Filgueiras, o Lelé, Murilo Nascimento e Jô Almeida
“Casa de Ferro”, projetada por João Filgueiras Lima, o Lelé, que recebe arquitetura de interiores assinada por Murilo Nascimento e Jô Almeida, foi como ficou conhecida esta casa completamente inserida na Mata Atlântica, em Trancoso, na Bahia.Uma família com quatro filhos realizou o sonho de ter uma casaretiro ambientada pela dupla de arquitetos que souberam traduzir o conceito do projeto harmonicamente com a arquitetura do conceituado Lelé. por ANDREA VELAME fotos xico diniz
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A idéia de integrar
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exclusividade Básica Home. Os decks em madeira cumaru, das varandas, foram especificados na Casa Amorim, no intuito de harmonizar a casa com o entorno. A casa é voltada para a Mata, tirando partido da contemplação
móveis em madeira da Tamanduá Bandeira
As varandas receberam
a cozinha à sala de jantar foi estratégica Todos os espaços foram estudados para realizar os sonhos da família. O projeto de iluminação foi desenvolvido pela Omni Ligth, associando a preocupação técnica à peças decorativas
Os pisos e revestimentos cerâmicos foram escolhidos de acordo com a praticidade de manutenção e limpeza, a exemplo dos decks em madeira
IN LOCO
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A Diagrama foi responsável por fornecer os móveis. Destaque para as camas dos quarto e para os classicos do design, que pontuaram o projeto
Um diferencial no projeto são as quatro suítes da casa: elas são idênticas e simétricas. Nas imagens, parecem, inclusive, estarem rebatidas
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No primeiro andar o salão foi pensado para encontros, com grandes sofás e mesas de jantar cuja finalidade é criar um espaço lúdico e funcional
Germain
por Indiva Madhavi por ANDREA VELAME fotos Derek Hudson
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m inusitado projeto da arquiteta Indiva Madhavi, nascida no Irã é o Germain, em Paris. Pode-se dizer que o aspecto mais original do restaurante é a escultura amarela criada pelo renomado artista francês Xavier Veilhan. A escultura intitulada “Sophie” se espalha entre os dois andares do restaurante e, apesar da sua ousadia e modernidade, se adequa perfeitamente ao clima geral da decoração do restaurante. Enquanto a metade inferior fica no andar térreo do restaurante, a parte superior aparece na área do salão superior. Isto certamente constitui um ponto central na identidade do restaurante, uma vez que acrescenta algo ao seu status e glamour, mas também atua como uma característica distintiva.
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Destaque no projeto a escultura de Xavier Veilhan
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O restaurante tem como ponto forte a decoração. India tinha como objetivo criar um estilo diferente em cada uma das salas do restaurante
No tĂŠrreo funciona o salĂŁo principal e o bar, ambientes que transmitem humor, com cores vibrantes, principalmente vermelhos e amarelos
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Depois de ter iniciado a carreira profissional em Londres, foi convidada para inúmeros projetos nos Estados Unidos. Hoje, India Mahdavi tem escritório em Paris – e é a partir da cidade luz que projeta muito do seu trabalho para todo o mundo
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la queria ser realizadora e acabou por estudar arquitetura na Escola de Belas Artes de Paris. Talvez por isso, os ambientes que projeta tenham tanto de cinematográfico. Filha de pai persa e mãe meio egípcia, meio britânica, Mahdavi retirou de todas as vivências de infância e da dezena de países onde viveu até à idade adulta, o desejo de seguir carreira no universo cinematográfico. Nasceu no Irã, estudou na França e vive entre a Europa e a América. É assim o percurso de uma designer de interiores que faz parte de uma nova geração de criadores cujo trabalho espelha uma forte personalidade. Em 2004, foi eleita uma das designers do ano, pelo salão de decoração e design de interiores – Maison&Objet. Seis anos depois, o seu trabalho tem projeção internacional.
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Os principais elementos do projeto incluem muitos detalhes como estampas de leopardo, sofås de couro, detalhes de cristal e a utilização de cores
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Milque por Wagner Paiva por ANDREA VELAME fotos marcelo negromonte
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esenvolver um projeto arquitetônico tirando partido da madeira e do vidro, foi o desafio do arquiteto, que trouxe a primeira garagem subterrânea na Alameda das Espatódeas. Uma cafeteria-doceria de 825 m2, um luminotécnico cênico valorizou as cores. Wagner apresentou um projeto contemporâneo provando não ter medo das cores. Listras, flores, amarelos, rosas e laranjas. Plotagens em preto e branco foram utilizadas dentro de uma base neutra. Coincidencia ou não, estas são as cores do último Salão Internacional do Movel de Milão!
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Uma arquitetura verticalizada No lounge
de uma cafeteria-doceria ocupou uma área de 825 m2. Vidro e madeira foram os principais materiais utilizados pelo arquiteto, que assinou o primeiro projeto com garagem subterrânea na Alameda das Espatódeas. O guarda-corpo em madeira ipê se destaca na arquitetura simples e intimista de Wagner Paiva
o arquiteto utilizou cores e estampas alcançando um resultado retrô, cujas cadeiras da Thonart, em laca preta, nos reporta aos antigos cafés. A volumetria do projeto em três pavimentos ressalta uma arquiteutra limpa e de coloridos escuros
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SEGURANÇA & AGILIDADE
TÊM VAGA GARANTIDA
EM SEU EVENTO
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Poras Chaudhary
fotógrafo
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Festival Holi
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otografar pra mim sempre foi um hábito. Ao voltar a minha cidade natal para estudar, me senti entediado e decidi ter a fotografia como um hobby. Comecei a pesquisar na internet inspirações, ideias e tutoriais, além de ver o trabalho dos grandes mestres da Agência Magnum, o que me inspirou a assumir a fotografia profissionalmente. Gosto de fotos preto e branco, mas adoro a cor na fotografia. Talvez por causa da Índia, que é tão brilhante e colorida, com uma paleta de cores própria, assim como o Holi. Aliás, fotografar o Holi, a festa que comemora a chegada da primavera no hemisfério norte, na região da Índia chamada Braj, foi uma experiência fantástica. Lá, o Holi é uma festa espiritual para o povo religioso. Celebra também a lenda de Radha e Krishna, descrevendo o extremo prazer que Krishna tinha na aplicação de cor sobre Radha e outras Gopikas, que são devotas dele. Na Índia, quem tem pele clara é considerado belíssimo. Radha tinha a pele clara e Krishna gostava de brincar com ela, jogando cores no rosto dela, que depois corria atrás dele na brincadeira que deu origem a essa celebração. Durante a cerimônia principal, o ambiente é cheio de emoção, com pessoas sentadas em grupos, cantando apaixonadamente o nome dos deuses e lançando cores e água. Eles têm sacos com pós coloridos, de 5kg cada, que vão sendo esvaziados de uma só vez – e é por isso que há tanta cor, que muda de acordo com o saco que está aberto.
Agradecimento especial à Sabika Shah Povia
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poire paradoxus – paseo itaigara 2o piso |71| 3353-3604  |71| 9987-7439 Breve no apipema center
conceito gastronomia
Joël Robuchon
ochefedoséculo POR nyala cardoso
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conceito gastronomia
No balcão do restaurante é onde se oferece ao paladar as melhores sensações. É de lá, inclusive, de onde se observa os cozinheiros em ação
T
ruffas, sem dúvidas. Ou 500 gramas de Caviar regado a um bom champanhe! Esse será o último banquete de Joel Robuchon, caso a morte lhe dê escolha. Aclamado cozinheiro do século, o mestre nega a existência do prato perfeito. Para ele, a comida sempre poderia estar melhor. A busca da excelência está em dedicar toda emoção e sensibilidade no preparo, aguçar os sentidos. “Assim, cozinha vira arte”, decreta. Aos 15 anos, enquanto se preparava para ser padre, Joel costumava passar horas acompanhando a culinária das freiras. O subterfúgio para escapar da disciplina religiosa acabou o conduzindo ao que seria, futuramente, sua razão de vida. Desistiu do seminário e foi em busca da verdadeira vocação. Em seu primeiro trabalho, como aprendiz de cozinheiro, lavou panela e chão. Descobriu que uma tarefa modesta, como a boa limpeza de uma panela, é essencial para fazer um molho maestral. Aprendeu que, para ser um grande cozinheiro, é preciso saber valorizar pequenas coisas. O mundialmente renomado chef e restauranter nasceu na França de 1945 e, hoje, acumula uma constelação recorde no guia Michelin (25 estrelas!) , além de inumeráveis títulos e premiações. Quando questionado sobre qual a regra para ser um bom chef, diz que o respeito ao prazer do cliente e aos ingredientes é fundamental. “É uma questão de emoção e sensibilidade que vai no prato”. Robuchon inovou a arte de cozinhar fugindo dos sobejos da cozinha tradicional e do reducionismo
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No letreiro dos restaurantes do badalado chefe, seu nome dá as boas-vindas aos clientes
Em sentido horário: Daurade avec crème de citronnelle, Caviar Osciètre dans une délicate gelée e Sphère de sucre à la violette et litchi, glace au lait
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conceito gastronomia
No restaurante Le Atelier de Las Vegas, no salão principal, a atenção se volta para a parede viva que emoldura o espaço com achonchego
No detalhe, a lateral do balcão principal que cotorna toda a cozinha, exposta aos clientes
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excessivo da nouvelle cuisine, criando uma identidade culinária autêntica, conhecida pelo perfeccionismo implacável que se concentra em preservar o sabor de cada ingrediente. Joel já era um mito em 1996, quando decidiu tapar as panelas e entregar seu estrelado restaurante Jamin, em Paris. “Muitos grandes chefs morreram de problemas cardíacos perto dos 50 anos. Achei que o caminho seria procurar fazer outra coisa”, explica. Sua credibilidade lhe rendeu um programa de televisão que deveria durar 6 meses, mas se tornou a contemporânea bíblia eletrônica da cozinha francesa, com direito a bordão: bon appetit, Bien Sûr! Em bom português, “bom apetite, com certeza!” Joel dizia estar feliz,
mas sentia falta das pessoas famosas que frequentavam sua casa. Certa vez o grande violoncelista e compositor russo Mstislav Rostropovich entrou em sua cozinha e lhe estalou um beijo na boca, tamanha era sua satisfação pós-manjar. “São coisas inesquecíveis”. Mas, como é impossível prever o futuro, ainda que de nossas próprias vontades, Joel freou no meio do premeditado percurso, pegou o atalho de volta e, para ventura de tantos ávidos paladares, voltou a comandar fogões em 2003, criando um novo conceito de restaurante. Num formato bem mais descontraído que o anterior, o L’Atelier dissipou seus prosélitos pelos quatro cantos do mundo – de Tókio à efervescente Las Vegas, onde reside a mais nova filial da rede. Com ar de pub avantgarde, o projeto traz um balcão que se estende por todo o contorno de uma cozinha aberta. Tem salão de mesas para os mais tradicionais, mas o singular do L’Atelier é presentear o paladar no balcão mesmo, de onde se pode apreciar a alquimia dos cozinheiros. A maneira mais indubitável de avaliar um bom chef, segundo Joel, é através de pratos comuns, com ingredientes simples e sem muito requinte ou tempero. Diz não haver como julgar o mérito de um chef pelos pratos rebuscados. “O mérito está justamente em reinventar pratos que todo mundo sabe fazer”, avalia. Sendo assim, não há dúvidas quanto à maestria de Robuchon. O trivial purê de batatas é a quintessência do sabor na cozinha do chef. Ele disfarça: “Meu purê não tem segredo: é batata, leite e manteiga”, mas logo confessa: “A diferença está na maneira de preparar”. Quem provou, declara: não tem igual. Joel é exigente também na hora de escolher o que comer: diz que não há nada como caviar. “Mas posso dizer que gosto muito de trufas. Para mim, comer trufas tem algo de místico”. Truffas, caviar ou purê de batatas, não importa. Contanto que levem no preparo a magia das mãos de Joel Robuchon, terá um bon appetit qualquer um que tenha o privilégio dessa memorável experiência. Bien sûr!
Além do balcão onde os clientes podem ficar, há ainda salão de mesas para os mais tradicionais
Para Joel, não há segredos, só a qualidade dos bons ingredientes e muito capricho no preparo
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conceito arte
CINE&
COR POR joana rizério
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I
magine-se em um barco, num rio, com pés de tangerina e um céu de goiabada. Imaginou? Esta é apenas uma tradução livre de um verso da canção Lucy in The Sky With Diamonds, dos Beatles. Mas, poderia facilmente ser a sinopse de um dos filmes do mestre em transformar viagens lisérgicas em metarrealidade aquarela, David Lynch. Há quem se apegue à era pré-colorida do cinema como quem se recusa a trocar a velha vitrola por um mp3 com som portátil. Francamente, é fácil compreender quando não é apenas a qualidade o que conta, mas certo teor de charme e décadence avec élégance. Um “viva” àqueles que ainda não trocaram suas Rolleiflex por frias e compactas câmeras digitais. Mas, um outro “viva”, e, dessa vez, clamado em coro, acompanhado de flamejantes bandeiras cor-de-rosa, de caju, amarelo manga e cor do entardecer na Ribeira, àqueles que não abandonaram o velho, mas se abriram para o novo e se encantaram por filmes como Frida, Laranja Mecânica e Volver. Bem colocada ou deliberadamente explosiva, radiante ou indecente, a cor seria o último elemento a sair se houvesse uma caixa de Pandora da sétima arte.
Manifesto E por falar nisto, foi o Manifesto das Sete Artes de 1911 que avisou que ela é a última. Mas, talvez, o cinema tenha levado este título por também agregar todas as seis anteriores. Só ela, a sétima, poderia ser, ao mesmo tempo, uma tela de Dalí, um romance de García Marquez, uma fotografia de Lachapelle e a nona sinfonia de Beethoven. Aguçar, ao mesmo tempo, tantos sentidos provoca uma combinação tão sedutora que faz da invenção dos Irmãos Lumière uma quase injustiça com as demais. Mas, ora... Se fosse necessário cometer injustiças só para assistir a um filme, de certo haveria cada vez menos juízes no mundo. Seja em cores ou em p&b, cinema é a expressão bruta do poder visual. Uma trilha sonora escolhida a dedo como a do excelente Alta Fidelidade pode ser estonteante, mas nada se compara ao impacto que causam os sanguinolentos filtros do vermelho de Quentin Tarantino. O corpo humano tem apenas seis litros de sangue mas, para filmar Cães de Aluguel o diretor revelou que regava, literalmente, suas cenas com uma mangueira. Em Kill Bill I, um inteligente recurso de cor passa quase despercebido: para evitar que a longa sequência ficasse cansativa, Tarantino usa filtros de lente em três cores diferentes numa mesma cena.
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À esquerda, ilustração de Laranja Mecânica e a atriz Penélope Cruz atuando no filme de Almodóvar, Volver
O soberbo em retratar tragicomédias privadas de Manhattan ao som de Billie Holiday, Woody Allen era monótono no uso imperativo das nuances de uma palheta até conceber Vicky Cristina Barcelona, de 2008. Metade do filme se passa na cidade natal de Gaudí; a outra parte é rodada em uma cidade espanhola pequenina e cheia de charme. Com as coloridas por nascença e definição Penélope Cruz e Scarlett Johansson no elenco, mais uma fotografia saturada e a saudação à arte visual eternizada nos quadros filmados no Parque Guell, este último filme do americano pode deixar a desejar em enredo, mas entrou definitivamente
para o rol das películas que, por si só, são um deleite para os olhos.
É um filme todo vermelho Esta foi a descrição que a prima de Alexander Vancellote, um dos responsáveis pela programação da sala de cinema da Universidade Federal Fluminense (UFF), fez quando ele estava prestes a assistir a Gritos e Sussurros, de Ingmar Bergman, num dia de natal perdido na década de 70. O filme, de fato, é predominantemente vermelho e o uso da cor não foi à toa. Vancellote descobriu o porquê alguns anos mais tarde, como explica na sinopse publicada na edição comemorativa dos 35 anos do Cine Arte UFF: “O diretor falou
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que usou muito o vermelho porque é assim que ele imagina a cor da alma e que, de qualquer maneira, vermelho é a cor do interior do corpo humano”. Como definir ao que remetem os muros turquesa e as janelas cereja da explosão de cores nas películas de Almodóvar? Para muitos, inclusive o próprio diretor, é uma mescla entre nostalgia e saudade. Mas, a verdade é que a escolha das cores, ou da falta delas, jamais é feita sem um firme propósito. Para o cineasta baiano André Setaro, a cor deve cumprir intenções essencialmente psicológicas - ou seja: pode ser bela, mas deve ser, sobretudo, significativa. "Se tal não acontece, a cor não apenas resulta
Penélope Cruz atuando em Tudo sobre minha mãe e Reservoir Dogs
À esquerda, poster de Reservoir Dogs e Pleasantville. À direita, as cores de Across The Universe e o fundo vermelho de David Lynch
nociva para o filme como corre o risco de empobrecê-lo, a ponto de fazêlo regredir para um nível inferior ao alcançado no velho preto e branco", afirma o também professor em seu Setaro’s Blog. Alguns cineastas, entretanto, defendem que a maior expressão poética no cinema continua a ser o preto e o branco. “Hoje em dia, é praticamente compulsório o ditame das cores na obra cinematográfica dirigida ao mercado”, diz em entrevista o também cineasta baiano Tuna Espinheira. Para ele, a chegada das cores na tela não representou exatamente uma revolução: “Em termos de linguagem, o período em preto e branco já havia feito
o dever de casa, a exemplo dos filmes de Orson Welles e Alain Resnais”. Em Quanto Mais Quente Melhor, de 1949, Billy Wilder escolheu o preto e branco para disfarçar a maquiagem dos atores Jack Lemmon e Tony Curtis, cujos papéis eram femininos. Já nos contemporâneos Velvet Goldmine, que relata o coloridíssimo gênero musical Glam Rock; Across the Universe, romance lisérgico baseado nas canções dos Beatles; e Sin City, uma aventura de HQ filmada em tons de preto e branco de alto contraste com certeiros golpes de cor, o recurso serve pra brincar com a imaginação. Em Sin City há, inclusive, uma sacada simbólica genial que dispensa explicações: o vi-
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lão é retratado com a cor do elemento cujo cheiro é atribuído ao diabo – amarelo-enxofre. Difícil, mas não impossível, é o exercício de imaginar como seria a vida sem determinadas coisas. O diretor Win Wenders tinha uma tia cega e, quando criança, saía correndo pelos campos com os olhos fechados para descobrir qual era a sensação. Podemos imaginar uma vida sem televisão, sem computador, sem comidas com carne, sem sapatos, até sem roupas. E podemos imaginar um cinema em que cores não existissem. Ainda haveria cinema? Sim. Espectadores? Provavelmente. Mas, com certeza, seria uma arte infinitamente menos apaixonante.
conceito indica
sofá literário
Sofás
Desvendamos os universos de alguns convidados para saber o que neles habita. Livro, música e cinema, vamos compartilhar!
Acabo de ler Clarice, de Benjamin Moser. A vida de Clarice é um romance, drama e tristeza lado a lado com o talento da escritora. Benjamin Moser fez um excelente trabalho. Bem documentado, o livro passeia pela vida intelectual do Brasil dos anos 40, 50 e 60. Entre os ‘meus” clássicos está Tristes Trópicos, de Claude LéviStrauss. Li quando jovem e ajudou-me muito a entender meu país. Ele descreve a sociedade, o caos urbano, a natureza. Sempre lembro do livro quando estou nas periferias das cidades brasileiras ou atravesso a mata atlântica. Ele diz que, no Brasil, não existe o antigo, existe o novo e o velho. E quando começa a ficar velho, logo derrubam para fazer algo novo. Somos um país sem memória. Verdade. Pinky Wainer, artista plástica
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Um livro que sempre tento reler e manter o mais próximo de mim é Cem Anos de Solidão, do colombiano Gabriel García Márquez, considerado a segunda mais importante obra da literatura hispânica. Me fascina o realismo fantástico, onde o real e o sobrenatural se complementam e prendem o leitor. A obra, que retrata a realidade latino-americana, conta a saga da família Buendia durante sete gerações, num espaço de tempo de 100 anos. O livro é simplesmente extraordinário, tanto assim que 50 milhões de pessoas já o leram. Acabo de ler dois livros que se complementam e que ajudam a entender e questionar a nossa civilização. Uma Breve História do Mundo, de Geoffrey Blainey, relata de forma bastante suscinta a saga da humanidade, desde o surgimento dos primeiros habitantes até os dias atuais. É um livro que passeia pelos mais importantes acontecimentos, como a ocupação dos continentes, o legado do império chinês, etc. O outro livro, Os Próximos 100 Anos, é uma análise política das transformações pelas quais o mundo deverá passar no século XXI, escrito por George Friedman, fundador da Stratfor, maior empresa do setor de inteligência do mundo. Sara Barnuevo, jornalista
sofá musical
sofá com pipoca
Meu clássico é Festim Diabólico (Rope), do Hitchcock. O filme é de 1948 e se passa dentro de um apartamento em Nova York. A trama é tensa, mas simples, e o grande trunfo do diretor é fazer o mínino de cortes possíveis durante as filmagens. São somente oito, muito bem escondidos, nos oitenta minutos de filme. Gostei muito do último filme do Tarantino, Bastardos Inglórios (Inglorious Bastards). Humor negro na medida certa e, um novo final, daqueles de filme italiano, para os desmandos de Hitler durante a segunda grande guerra. Divertidíssimo! Larissa Martina – produtora cultural Um Clássico, para mim, é Pink Flamingos, do diretor John Waters anos 70. Gosto muito, pois a história do filme trata alguns estereótipos da sociedade e seus sintomas, além, é claro, da trilha sonora, e a estética, que são adoráveis. Um filme mais recente é o Antichrist, do diretor Lars Von Trier, que trata a perda, a loucura e a imaginação como elementos subjetivos e reais ao mesmo tempo. Muitas referências de artes plásticas e uma bela fotografia. Rodolpho Parigi – artista plástico
O primeiro disco escuto não sei mais há quanto tempo, se chama Brasil. Com João Gilberto, Bethânia, Caetano e Gil, é um clássico. Apenas seis músicas, mas que tocam a alma de qualquer pessoa. Compositores como Ary Barroso e Dorival Caymmi, intérpretes consagrados... Um louvor à Bahia e ao Brasil. O segundo acabou de sair, é o novo CD de Sade, a sofisticada inglesa que estudou design de moda na St. Martin’s School of Art, em Londres, antes de ganhar o mundo com sua voz de veludo. Soldier of Love é o álbum! E tenho certeza que esse CD será um clássico daqui a alguns anos... Ana Bitencourt – estilista Ghosts, o álbum instrumental de 36 músicas do Nine Inch Nails, é um dos melhores do gênio. Trent Reznor é, para mim, um Tchaikovsky da atualidade. Neste álbum de 2008, explora um lado intimista, em músicas sensíveis que descolam o couro cabeludo de tanto que arrepiam! Come on Die Young, de 1999, é o segundo álbum lançado pelo MOGWAI, banda Escocesa. A banda, com músicas cheias de distorções e guitarras melódicas, nos tiram do lugar comum, da zona de conforto. Guil Macedo – estilista, artista plástico e fotógrafo
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