grupo av por andrea velame | foto lucas assis
Quando comecei a escrever este editorial passou pela minha cabeça tudo o que a Bahia me deu. A minha terra tem uma luz intensa e uma cor própria, tem um gingado e uma malemolência que nenhuma outra tem. A minha Bahia tem cheiro, tem textura e tem aquele toque apimentado de uma culinária singular. Ah, minha Bahia!... O que mais amo na terra de todos os santos é o jeito baiano de ser. Aqui gostamos de recepcionar nossos visitantes como em poucos lugares. E as portas são abertas pelo simples desejo de criar laços e fazer amigos! Ao mesmo tempo, é preciso dizer que, na nossa Bahia, gastam-se dois para não ver o vizinho ganhar um. Mas o que fazer? Desde cedo decidimos: vamos trabalhar em dobro, vamos colocar alma, sentimento, musicalidade, vamos colocar aquela energia que só a Bahia tem em todos os nossos sonhos. A revista Nossa Bahia surgiu de um desejo de reverenciar esta terra mágica, com suas igrejas, fortes, casarões e vielas. O que seria da nossa Bahia se não fosse este celeiro de mistérios e amores? Obrigada, Bahia, por nos deixar, de alguma forma, contribuir para enaltecer a sua relevância e sabedoria. Axé!
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no Humaitá, uma breve paletada -- passando pelo Forte Mont Serrat -- e chega na Pedra Furada, com vista pras ilhas e acesso a uma moqueca sem miséria. Inema e São Tomé fazem um aceno, mas se preferir algo mais ameno faça uma prece pra Dulce no Largo de Roma. Quando subir, me avise, que te encontro na Mouraria pra bater uma lambreta, ou no Santo Antônio, na frente do Forte da Capoeira -- chego lá e lhe dou uma rasteira. Na queda, o sol vai junto, e a gente corre pra ver o crepúsculo no terraço do Cine Glauber. Se o filme tiver ruim, dá pra ir no Balé Folclórico, ou n’A Bofetada, ou talvez no Jam no MAM, pra tomar umas piriguetes até depois das sete. De lá, a gente estica pro Imbuí, ainda passa rápido no Rio Vermelho, logo ali, e deixa a sipiqueira pros Barris ou pro Dois de Julho. POR João Galdea
Entra em beco, sai em beco, desce e sobe ladeira, a
Bahia, estação primeira do Brasil, tem tantos cantos pra mostrar que é até difícil de listar. E se você nunca mais veio à Bahia, nêga, chegou a hora de voltar pra ver que há muito mais que Pelourinho, Elevador e Farol pra conhecer. Vou começar por Salvador, minha flor, terra de Nosso Senhor do Bonfim, que é pra sorte nos acompanhar do olá ao tchau nesse ínterim. Quando acordar, sem pestanejar, bata um café e vá na Rua K, em Itapuã, procurar um SUP pra boiar. Sim, uma manhã em Itapuã também é legal. E um rolê de bike em Pituaçu, depois, não é nada mau.
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Pra poder manter o pique, vale demais um piquenique no Parque da Cidade, no Itaigara, ou no São Bartolomeu, em Pirajá. Se me chamar, também colo na Prainha do MAM ou da Gamboa, pra ficar de buenas, ou na Ponta de Humaitá, pra ver a cidade de lá pra cá (ou daqui pra lá, basta ver e curtir). E quando a fome bater, na hora que tiver tirando selfie
A propósito, tem tanto lugar que remete à data da Independência da Bahia que é melhor deixar pro outro dia: te levo lá na Lapinha, Soledade, Convento da Lapa e Barroquinha. De baterias recarregadas, recordando as mentiras contadas pelos pescadores na colônia da Pituba, dá pra ficar de alma lavada com uma visita à Pedra de Xangô ou um pulo no candomblé de Mãe Carmen, no Gantois, ou de Mãe Mirinha, em Portão, se me chamar eu vou. A partir daí, é hora de viajar: mas pra onde ir, com tanto destino assim? Se for pra cima, tem o Raso da Catarina. Se for pra baixo, um banho na Cachoeira de Pancada Grande, em Ituberá, também dá pra aproveitar. Se for pro Centro-Sul, Cachoeira das Moendas, em Ituaçu. A Bahia dá um banho. Mas é bom escolher por região. Se quer passeio histórico, proponho Cachoeira, Maragogipe, São Roque do Paraguassu e Santo Amaro da Purificação. Se quer rapel, aventura e pedalada, a dica é descer pra algum pico da Chapada. Bom, se for de praia, aí o bicho pegou. É tanta, pivete: tem Moreré, Itacaré, Santo André, São José, e em toda e qualquer rima que você imagina.
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Qual a sua praia? Praia do Rio da Barra, em Trancoso. Porto da Barra e Inema, em Salvador, e Ponta de Nossa Senhora de Guadalupe, na Ilha dos Frades. Melhor pôr do sol? O do Porto da Barra. A Bahia me ensinou... Fácil é uma palavra que só existe no dicionário. Baiano já nasce, acredito, sendo forte e tendo que resistir às adversidades que são muitas e constantes. Melhor Roska: No Amado ou no Mistura de Itapuã. Bons drinks: LarriBar, no Garcia. Acarajé preferido: O de Cira, no Rio Vermelho. Carne do sol: A do Mercosul do Gama, de preferência sentado sob as árvores. Maniçoba boa: Em Dona Mariquita, no Rio Vermelho. Bolinho de estudante: O de Regina, na Graça. Comida caseira: Solange Café. Melhor peixe frito: A do Mar Aberto, em Arembepe.
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