Ano I - No 7- Outubro/ 2010
Pet Saúde
Células-tronco na medicina veterinária
Pet Comportamento
Pets quase humanos
Pet Evento
Blumenau terá semana de moda dedicada aos animais
Pet Entrevista
Uma atriz que ama e respeita os animais
Os adultos também merecem um lar Está pensando em adotar um pet? Já considerou levar para casa um adulto?
Editorial
Expediente
Sumário
Direção e Edição:
Queridos leitores, Em nossa edição de outubro, resolvemos falar de um tema muito importante: a adoção de animais adultos. Adotar é muito importante, seja em que fase for, mas sabemos que os animais adultos sofrem um certo preconceito e muitas vezes ficam condenados a nunca mais deixarem os abrigos. Esperamos contribuir para uma mudança de consciência! Falamos também da utilização de célulastronco na medicina veterinária. A ciência avança cada vez mais para que nossos amigos possam ter qualidade de vida e quem sabe a cura de muitas enfermidades que até então não tinham solução? Você mima o seu pet? Aposto que sim, e quem não o faz? Mas é importante saber que até os mimos têm limites, e que muitas vezes estamos fazendo um grande mal para nossos animais, achando que estamos dando amor. Confira os riscos da humanização dos pets. Espero que vocês gostem de mais uma edição preparada com muito cuidado e carinho para vocês.
Grande abraço, Vivian Lemos Editora vivian@conexaopet.com.br
Vivian Lemos – MTB: 26122/RJ vivian@conexaopet.com.br
Criação e Design:
Daniele Knofel daniknofel@gmail.com
Comercial:
comercial@conexaopet.com.br
Sugestões, críticas e dúvidas: faleconosco@conexaopet.com.br
A revista virtual Conexão Pet é uma publicação da Múltipla Edições. Todos os direitos reservados. Cópia de matérias são autorizadas desde que citada a devida fonte.
Agradecimentos:
Adriane Heiko Tomimassu Bianca Castro Bruna Brandão Carla Alessandra Claudino Dóris Munhoz Enrico Santos Gustavo Campelo Karina Hauer Larissa Maciel Lívia Fernanda Luana Thais Kessler Margareth Krause Martha Bormann Marúcia de Andrade Cruz Monique Gonçalves Nailane Koloski Nathana Lacerda Yanê Carvalho
4
Mensagens dos Leitores
6
Pet Notas
10
Pet Saúde
12
Pet Educação
14
Pet Comportamento
18
Os adultos também merecem um lar
30
Celebridades do Bem
32
Meu Pet é Estrela
40
Entrevista
44
Felinos em Foco
46
Pet Evento
50
Pet Curiosidades
56
Pet Dicas
60 64
Pet Ação Pet Risadas
Editorial
Expediente
Sumário
Direção e Edição:
Queridos leitores, Em nossa edição de outubro, resolvemos falar de um tema muito importante: a adoção de animais adultos. Adotar é muito importante, seja em que fase for, mas sabemos que os animais adultos sofrem um certo preconceito e muitas vezes ficam condenados a nunca mais deixarem os abrigos. Esperamos contribuir para uma mudança de consciência! Falamos também da utilização de célulastronco na medicina veterinária. A ciência avança cada vez mais para que nossos amigos possam ter qualidade de vida e quem sabe a cura de muitas enfermidades que até então não tinham solução? Você mima o seu pet? Aposto que sim, e quem não o faz? Mas é importante saber que até os mimos têm limites, e que muitas vezes estamos fazendo um grande mal para nossos animais, achando que estamos dando amor. Confira os riscos da humanização dos pets. Espero que vocês gostem de mais uma edição preparada com muito cuidado e carinho para vocês.
Grande abraço, Vivian Lemos Editora vivian@conexaopet.com.br
Vivian Lemos – MTB: 26122/RJ vivian@conexaopet.com.br
Criação e Design:
Daniele Knofel daniknofel@gmail.com
Comercial:
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Agradecimentos:
Adriane Heiko Tomimassu Bianca Castro Bruna Brandão Carla Alessandra Claudino Dóris Munhoz Enrico Santos Gustavo Campelo Karina Hauer Larissa Maciel Lívia Fernanda Luana Thais Kessler Margareth Krause Martha Bormann Marúcia de Andrade Cruz Monique Gonçalves Nailane Koloski Nathana Lacerda Yanê Carvalho
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Mensagens dos Leitores
6
Pet Notas
10
Pet Saúde
12
Pet Educação
14
Pet Comportamento
18
Os adultos também merecem um lar
30
Celebridades do Bem
32
Meu Pet é Estrela
40
Entrevista
44
Felinos em Foco
46
Pet Evento
50
Pet Curiosidades
56
Pet Dicas
60 64
Pet Ação Pet Risadas
Se você tiver alguma dúvida, crítica ou sugestão envie sua mensagem para faleconosco@conexaopet.com.br e ela poderá ser publicada aqui.
Mensagens dos leitores
Admiro muito o trabalho de vocês e o cuidado com a seleção de matérias e com o visual da revista. Também acompanho as notícias no portal, diariamente. Parabéns! Rosana Cerqueira Rio de Janeiro/ RJ
Adorei ter visto a minha dúvida respondida na coluna do Gustavo Campelo. Realmente meu cão estava praticando poucos exercícios e desde que comecei a andar mais com ele, tenho percebido uma melhora em sua ansiedade. Muito obrigada Gustavo e Conexão Pet, vocês são demais! Silvana Svacz Recife/PE
4
A cada edição vocês estão melhores! Gosto muito do foco na proteção dos animais, acho muito importante lembramos que os animais também têm sentimentos. Mauro Souza São Paulo/SP
O portal Conexão Pet é uma excelente fonte de informação sobre os animais. A revista também é muito boa, podemos perceber que quem faz realmente ama os animais! André de Paula Santo André/SP
Vi que na edição passada, o Gustavo Campelo respondeu algumas perguntas sobre comportamento animal, e sugiro que vocês façam o mesmo na coluna Felinos em Foco. Os gatos despertam muitas dúvidas e acho que seria um bom canal para nós, amantes de felinos. Patrícia Lucena São Paulo/SP
Se você tiver alguma dúvida, crítica ou sugestão envie sua mensagem para faleconosco@conexaopet.com.br e ela poderá ser publicada aqui.
Mensagens dos leitores
Admiro muito o trabalho de vocês e o cuidado com a seleção de matérias e com o visual da revista. Também acompanho as notícias no portal, diariamente. Parabéns! Rosana Cerqueira Rio de Janeiro/ RJ
Adorei ter visto a minha dúvida respondida na coluna do Gustavo Campelo. Realmente meu cão estava praticando poucos exercícios e desde que comecei a andar mais com ele, tenho percebido uma melhora em sua ansiedade. Muito obrigada Gustavo e Conexão Pet, vocês são demais! Silvana Svacz Recife/PE
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A cada edição vocês estão melhores! Gosto muito do foco na proteção dos animais, acho muito importante lembramos que os animais também têm sentimentos. Mauro Souza São Paulo/SP
O portal Conexão Pet é uma excelente fonte de informação sobre os animais. A revista também é muito boa, podemos perceber que quem faz realmente ama os animais! André de Paula Santo André/SP
Vi que na edição passada, o Gustavo Campelo respondeu algumas perguntas sobre comportamento animal, e sugiro que vocês façam o mesmo na coluna Felinos em Foco. Os gatos despertam muitas dúvidas e acho que seria um bom canal para nós, amantes de felinos. Patrícia Lucena São Paulo/SP
Pet Notas
Crônicas de amor aos bichos Os animais e o meio ambiente são temas do livro de crônicas Planeta Vivo, primeira obra da médica veterinária paranaense Ana Caro lina Santos. Recém-lançado pela editora Artes & Textos, ele busca despertar a consciência ambiental contando pequenas histórias do dia a dia, com foco no amor do animal pelo dono e vice-versa. O impacto da destruição da natureza causada pelo homem também é tema presente. Preço sugerido: R$ 22. Informações pelo site www.artesetextos.com.br
Reprodução
Reprodução
Bicicleta cavalar A "Horsey", nome deste inacreditável acessório para bicilcetas, foi criada pelo sul-coreano Eungi Kim e é uma das finalistas do Seoul Cycle Design Competition 2010, organizado pelo Designboom e a Seoul Design Foundation. Transformando bicicletas em cavalos, o designer disse que gostaria de ver as pessoas pensando em suas bikes não só como meios de transporte, mas como um adorado animal. Estranho ou não, vamos aguardar o resultado da competição que sairá em outubro.
Dispenser canino O "PEZ for PETS" como o nome diz é um dispenser maiorzão criado exclusivamente para o seu amigão de quatro patas! Um jeito diferente e divertido de recompensar os bichinhos. Cada "PEZÃO" tem capacidade para seis "balas-ossinhos" com sabores 6
BBC
8
Paulo Toledo Piza/G1
parecidos aos dos biscoitos caninos comuns. São dois modelos diferentes com cabeça de cachorro, claro, e o único risco é que o seu melhor amigo surrupie o dispenser e enterre no quintal. Cada "PEZ for PETS" custa 7,99 dólares.
Casas de passarinho bem humoradas Ultimamente as casinhas de passarinho estão sendo alvo de divertidas intervenções (lembram da casinha em forma de balão da última edição?). Só que nada barra estas criações da dupla de artistas de São Francisco Luke Bartels e Jeff Canham. São diversos modelos simplesmente incríveis que fazem das casas diversos tipos de "estabelecimentos". Tem de casa noturna e motel até cadeia e loja de bebidas. Elas só perdem um pouco a graça quando se descobre o preço que é de fazer voar pena da carteira: 675 dólares cada.
Reprodução
Caminha inspirada em bolas de tênis A empresa Hugh Hayden Design elaborou uma caminha para pets feita de bolas de tênis recicladas. Uma almofada removível está inclusa. O produto suporta pets de até 11 quilos. O que não é lá muito legal é o preço: 285 dólares. O Wall Mart norteamericano tem uma versão mais em conta, porém sem graça, da cama de bolinhas: é uma bola gigante de tênis. Os preços variam de 40 a 60 dólares.
Reprodução
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Pet Notas
Crônicas de amor aos bichos Os animais e o meio ambiente são temas do livro de crônicas Planeta Vivo, primeira obra da médica veterinária paranaense Ana Caro lina Santos. Recém-lançado pela editora Artes & Textos, ele busca despertar a consciência ambiental contando pequenas histórias do dia a dia, com foco no amor do animal pelo dono e vice-versa. O impacto da destruição da natureza causada pelo homem também é tema presente. Preço sugerido: R$ 22. Informações pelo site. Reprodução
Reprodução
Bicicleta cavalar A "Horsey", nome deste inacreditável acessório para bicilcetas, foi criada pelo sul-coreano Eungi Kim e é uma das finalistas do Seoul Cycle Design Competition 2010, organizado pelo Designboom e a Seoul Design Foundation. Transformando bicicletas em cavalos, o designer disse que gostaria de ver as pessoas pensando em suas bikes não só como meios de transporte, mas como um adorado animal. Estranho ou não, vamos aguardar o resultado da competição que sairá em outubro.
Dispenser canino O "PEZ for PETS" como o nome diz é um dispenser maiorzão criado exclusivamente para o seu amigão de quatro patas! Um jeito diferente e divertido de recompensar os bichinhos. Cada "PEZÃO" tem capacidade para seis "balas-ossinhos" com sabores 6
BBC
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Paulo Toledo Piza/G1
parecidos aos dos biscoitos caninos comuns. São dois modelos diferentes com cabeça de cachorro, claro, e o único risco é que o seu melhor amigo surrupie o dispenser e enterre no quintal. Cada "PEZ for PETS" custa 7,99 dólares.
Casas de passarinho bem humoradas Ultimamente as casinhas de passarinho estão sendo alvo de divertidas intervenções (lembram da casinha em forma de balão da última edição?). Só que nada barra estas criações da dupla de artistas de São Francisco Luke Bartels e Jeff Canham. São diversos modelos simplesmente incríveis que fazem das casas diversos tipos de "estabelecimentos". Tem de casa noturna e motel até cadeia e loja de bebidas. Elas só perdem um pouco a graça quando se descobre o preço que é de fazer voar pena da carteira: 675 dólares cada.
Reprodução
Caminha inspirada em bolas de tênis A empresa Hugh Hayden Design elaborou uma caminha para pets feita de bolas de tênis recicladas. Uma almofada removível está inclusa. O produto suporta pets de até 11 quilos. O que não é lá muito legal é o preço: 285 dólares. O Wall Mart norteamericano tem uma versão mais em conta, porém sem graça, da cama de bolinhas: é uma bola gigante de tênis. Os preços variam de 40 a 60 dólares.
Reprodução
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Pet Notas
Crônicas de amor aos bichos Os animais e o meio ambiente são temas do livro de crônicas Planeta Vivo, primeira obra da médica veterinária paranaense Ana Caro lina Santos. Recém-lançado pela editora Artes & Textos, ele busca despertar a consciência ambiental contando pequenas histórias do dia a dia, com foco no amor do animal pelo dono e vice-versa. O impacto da destruição da natureza causada pelo homem também é tema presente. Preço sugerido: R$ 22. Informações pelo site. Reprodução
Reprodução
Bicicleta cavalar A "Horsey", nome deste inacreditável acessório para bicilcetas, foi criada pelo sul-coreano Eungi Kim e é uma das finalistas do Seoul Cycle Design Competition 2010, organizado pelo Designboom e a Seoul Design Foundation. Transformando bicicletas em cavalos, o designer disse que gostaria de ver as pessoas pensando em suas bikes não só como meios de transporte, mas como um adorado animal. Estranho ou não, vamos aguardar o resultado da competição que sairá em outubro.
Dispenser canino O "PEZ for PETS" como o nome diz é um dispenser maiorzão criado exclusivamente para o seu amigão de quatro patas! Um jeito diferente e divertido de recompensar os bichinhos. Cada "PEZÃO" tem capacidade para seis "balas-ossinhos" com sabores 6
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Paulo Toledo Piza/G1
parecidos aos dos biscoitos caninos comuns. São dois modelos diferentes com cabeça de cachorro, claro, e o único risco é que o seu melhor amigo surrupie o dispenser e enterre no quintal. Cada "PEZ for PETS" custa 7,99 dólares.
Casas de passarinho bem humoradas Ultimamente as casinhas de passarinho estão sendo alvo de divertidas intervenções (lembram da casinha em forma de balão da última edição?). Só que nada barra estas criações da dupla de artistas de São Francisco Luke Bartels e Jeff Canham. São diversos modelos simplesmente incríveis que fazem das casas diversos tipos de "estabelecimentos". Tem de casa noturna e motel até cadeia e loja de bebidas. Elas só perdem um pouco a graça quando se descobre o preço que é de fazer voar pena da carteira: 675 dólares cada.
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Caminha inspirada em bolas de tênis A empresa Hugh Hayden Design elaborou uma caminha para pets feita de bolas de tênis recicladas. Uma almofada removível está inclusa. O produto suporta pets de até 11 quilos. O que não é lá muito legal é o preço: 285 dólares. O Wall Mart norteamericano tem uma versão mais em conta, porém sem graça, da cama de bolinhas: é uma bola gigante de tênis. Os preços variam de 40 a 60 dólares.
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Pet Notas
Crônicas de amor aos bichos Os animais e o meio ambiente são temas do livro de crônicas Planeta Vivo, primeira obra da médica veterinária paranaense Ana Caro lina Santos. Recém-lançado pela editora Artes & Textos, ele busca despertar a consciência ambiental contando pequenas histórias do dia a dia, com foco no amor do animal pelo dono e vice-versa. O impacto da destruição da natureza causada pelo homem também é tema presente. Preço sugerido: R$ 22. Informações pelo site. Reprodução
Reprodução
Bicicleta cavalar A "Horsey", nome deste inacreditável acessório para bicilcetas, foi criada pelo sul-coreano Eungi Kim e é uma das finalistas do Seoul Cycle Design Competition 2010, organizado pelo Designboom e a Seoul Design Foundation. Transformando bicicletas em cavalos, o designer disse que gostaria de ver as pessoas pensando em suas bikes não só como meios de transporte, mas como um adorado animal. Estranho ou não, vamos aguardar o resultado da competição que sairá em outubro.
Dispenser canino O "PEZ for PETS" como o nome diz é um dispenser maiorzão criado exclusivamente para o seu amigão de quatro patas! Um jeito diferente e divertido de recompensar os bichinhos. Cada "PEZÃO" tem capacidade para seis "balas-ossinhos" com sabores 6
BBC
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Paulo Toledo Piza/G1
parecidos aos dos biscoitos caninos comuns. São dois modelos diferentes com cabeça de cachorro, claro, e o único risco é que o seu melhor amigo surrupie o dispenser e enterre no quintal. Cada "PEZ for PETS" custa 7,99 dólares.
Casas de passarinho bem humoradas Ultimamente as casinhas de passarinho estão sendo alvo de divertidas intervenções (lembram da casinha em forma de balão da última edição?). Só que nada barra estas criações da dupla de artistas de São Francisco Luke Bartels e Jeff Canham. São diversos modelos simplesmente incríveis que fazem das casas diversos tipos de "estabelecimentos". Tem de casa noturna e motel até cadeia e loja de bebidas. Elas só perdem um pouco a graça quando se descobre o preço que é de fazer voar pena da carteira: 675 dólares cada.
Reprodução
Caminha inspirada em bolas de tênis A empresa Hugh Hayden Design elaborou uma caminha para pets feita de bolas de tênis recicladas. Uma almofada removível está inclusa. O produto suporta pets de até 11 quilos. O que não é lá muito legal é o preço: 285 dólares. O Wall Mart norteamericano tem uma versão mais em conta, porém sem graça, da cama de bolinhas: é uma bola gigante de tênis. Os preços variam de 40 a 60 dólares.
Reprodução
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Pet Saúde Células-tronco na medicina veterinária Você sabia que as tão faladas células-tronco agora podem ajudar nossos pets? Com certeza você já ouviu falar em células-tronco e em todas as possibilidades que elas trazem para a nossa saúde. Elas são células que possuem a melhor capacidade de se dividir dando origem a células semelhantes às progenitoras. As células-tronco dos embriões têm ainda a capacidade de se transformar, num processo também conhecido por diferenciação celular, em outros tecidos do corpo, como ossos, nervos, músculos e sangue. Devido a essa característica, elas são importantes, principalmente na aplicação terapêutica, sendo potencialmente úteis em terapias de combate a doenças cardiovasculares, neurodegenerativas, diabetes tipo-1, acidentes vasculares cerebrais, doenças hematológicas, traumas na medula espinhal, entre outras aplicações. O principal objetivo das pesquisas com células-tronco é usá-las para recuperar tecidos danificados por essas doenças e traumas. São encontradas em células embrionárias e em vários locais do corpo, como no
cordão umbilical, na medula óssea, no sangue, no fígado, na placenta e no líquido amniótico. Nesse último local, conforme descoberta de pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Wake Forest, no estado norte-americano da Carolina do Norte, noticiada pela imprensa mundial nos primeiros dias de 2007. A grande novidade é que a medicina ve-
terinária
avança
também nesta área, permitindo experiências bem-sucedidas com as célulastronco de animais. “A terapia utilizando células célulastronco é uma tecnologia recente que vem sendo utilizada em grandes animais a nível comercial desde 2001 nos Estados Unidos e a partir de 2007 no Brasil. Em pequenos animais a terapia com células-tronco teve os seus primeiros resultados no Brasil com partir de 2008”, explica Enrico Santos, Diretor de Inovação Tecnológica da Celltrovet, empresa pioneira no tratamento de células-tronco em pets no Brasil. A tecnologia tem sido bem-sucedida
quando aplicada em pets com os seguintes quadros: osteoartrites, lesões tendíneas e ligamentares, fraturas e fissuras ósseas, lesões renais, aplasia de medula e displasia coxofemoral. Porém, é preciso ter cuidado: o tratamento com células-tronco não é indicado em animais com câncer. Para a coleta do material, há clínicas credenciadas para fazer o trabalho. É preciso que o tutor do animal busque informações sobre os profissionais e estabelecimentos que estão devidamente habilitados para o procedimento. Como o tratamento é complexo, ele ainda não é acessível a todos. “Nossas pesquisas continuam em pleno desenvolvimento de forma a otimizar cada vez mais o procedimento. A otimização pode vir a resultar em uma diminuição do custo ou não uma vez que o mais importante é o resultado do tratamento, ou seja, a saúde do animal”, afirma Enrico Santos. Em parceria com a Celltrovet, o Hospital Veterinário Sena Madureira, em São Paulo, começou neste ano a selecionar cães e gatos para testes clínicos com células-tronco adultas. A meta inicial é escolher 40 animais por-
tadores de cardiopatias e 40 com insuficiência renal para os primeiros experimentos, nos próximos meses. Animais com outras doenças ou traumas também poderão ser incluídos no estudo, desde que estejam em estado terminal e já tenham esgotado as opções de tratamento convencional. O veterinário Mário Marcondes, diretor clínico do Hospital Veterinário Sena Madureira, faz questão de ressaltar que o tratamento, por ser experimental, é gratuito. E não há resultado garantido. “Não se pode cobrar por uma terapia antes que sua eficácia esteja comprovada”, explica. As células-tronco que serão usadas no estudo não são dos próprios animais. Elas foram isoladas da polpa de dente e do tecido adiposo (gordura) de outros cães e gatos. Mas não há risco de rejeição, segundo os pesquisadores da empresa Celltrovet. Mesmo ainda em fase experimental, as células-tronco representam uma grande esperança para dar qualidade de vida e obter cura em doenças até então consideradas incuráveis nos pets. Estamos torcendo pelo avanço breve desta pesquisa.
10
11
12
15 Fabricação própria, revenda para atacados e lojistas em todo Brasil. Estamos cadastrando novos vendedores.
Pet Saúde Células-tronco na medicina veterinária Você sabia que as tão faladas células-tronco agora podem ajudar nossos pets? Com certeza você já ouviu falar em células-tronco e em todas as possibilidades que elas trazem para a nossa saúde. Elas são células que possuem a melhor capacidade de se dividir dando origem a células semelhantes às progenitoras. As células-tronco dos embriões têm ainda a capacidade de se transformar, num processo também conhecido por diferenciação celular, em outros tecidos do corpo, como ossos, nervos, músculos e sangue. Devido a essa característica, elas são importantes, principalmente na aplicação terapêutica, sendo potencialmente úteis em terapias de combate a doenças cardiovasculares, neurodegenerativas, diabetes tipo-1, acidentes vasculares cerebrais, doenças hematológicas, traumas na medula espinhal, entre outras aplicações. O principal objetivo das pesquisas com células-tronco é usá-las para recuperar tecidos danificados por essas doenças e traumas. São encontradas em células embrionárias e em vários locais do corpo, como no
cordão umbilical, na medula óssea, no sangue, no fígado, na placenta e no líquido amniótico. Nesse último local, conforme descoberta de pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Wake Forest, no estado norte-americano da Carolina do Norte, noticiada pela imprensa mundial nos primeiros dias de 2007. A grande novidade é que a medicina ve-
terinária
avança
também nesta área, permitindo experiências bem-sucedidas com as célulastronco de animais. “A terapia utilizando células célulastronco é uma tecnologia recente que vem sendo utilizada em grandes animais a nível comercial desde 2001 nos Estados Unidos e a partir de 2007 no Brasil. Em pequenos animais a terapia com células-tronco teve os seus primeiros resultados no Brasil com partir de 2008”, explica Enrico Santos, Diretor de Inovação Tecnológica da Celltrovet, empresa pioneira no tratamento de células-tronco em pets no Brasil. A tecnologia tem sido bem-sucedida
quando aplicada em pets com os seguintes quadros: osteoartrites, lesões tendíneas e ligamentares, fraturas e fissuras ósseas, lesões renais, aplasia de medula e displasia coxofemoral. Porém, é preciso ter cuidado: o tratamento com células-tronco não é indicado em animais com câncer. Para a coleta do material, há clínicas credenciadas para fazer o trabalho. É preciso que o tutor do animal busque informações sobre os profissionais e estabelecimentos que estão devidamente habilitados para o procedimento. Como o tratamento é complexo, ele ainda não é acessível a todos. “Nossas pesquisas continuam em pleno desenvolvimento de forma a otimizar cada vez mais o procedimento. A otimização pode vir a resultar em uma diminuição do custo ou não uma vez que o mais importante é o resultado do tratamento, ou seja, a saúde do animal”, afirma Enrico Santos. Em parceria com a Celltrovet, o Hospital Veterinário Sena Madureira, em São Paulo, começou neste ano a selecionar cães e gatos para testes clínicos com células-tronco adultas. A meta inicial é escolher 40 animais por-
tadores de cardiopatias e 40 com insuficiência renal para os primeiros experimentos, nos próximos meses. Animais com outras doenças ou traumas também poderão ser incluídos no estudo, desde que estejam em estado terminal e já tenham esgotado as opções de tratamento convencional. O veterinário Mário Marcondes, diretor clínico do Hospital Veterinário Sena Madureira, faz questão de ressaltar que o tratamento, por ser experimental, é gratuito. E não há resultado garantido. “Não se pode cobrar por uma terapia antes que sua eficácia esteja comprovada”, explica. As células-tronco que serão usadas no estudo não são dos próprios animais. Elas foram isoladas da polpa de dente e do tecido adiposo (gordura) de outros cães e gatos. Mas não há risco de rejeição, segundo os pesquisadores da empresa Celltrovet. Mesmo ainda em fase experimental, as células-tronco representam uma grande esperança para dar qualidade de vida e obter cura em doenças até então consideradas incuráveis nos pets. Estamos torcendo pelo avanço breve desta pesquisa.
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15 Fabricação própria, revenda para atacados e lojistas em todo Brasil. Estamos cadastrando novos vendedores.
Educação Pet Como proporcionar uma melhor qualidade de vida ao seu cão
Por Gustavo Campelo* Os cães podem ser quase perfeitos para quase todas as famílias. São companheiros, divertidos, protetores e carinhosos. No entanto, se não forem devidamente treinados, eles podem também ser um pesadelo. É preciso que os tutores entendam melhor seu melhor amigo e seria muito interessante que o cão tivesse treinamento desde filhote. Cães, assim como nós, possuem energia física e mental. Um animal com excesso de qualquer uma delas apresentará comportamentos indesejáveis como pular em pessoas, morder objetos, latidos em excesso, tentativas de chamar atenção. Ambas as energias precisam ser gastas para manter o animal equilibrado. Não podemos nos esquecer de que todo cão é um potencial caçador e por isso, possuem corpos projetados para longas cami-
nhadas, saltos e corridas. Eles precisam disso! Uns mais, outros menos. Passeios, corridas são excelentes para gastar a energia física de seu cão. Não há desculpas para não dar atividade física ao cão. Quem não tem tempo, pode contratar um passeador ou ensinar um cão a andar em uma esteira. Todo cão precisa de, no mínimo, 30 minutos diários de exercício. Como vimos nos artigos anteriores, cães se organizam em grupos, com hierarquia. As regras para a manutenção da hierarquia, o contato entre os cães da mesma casa, a utilização do olfato, audição, visão para receber informações e interagir com o ambiente, são maneiras naturais de gastar energia mental dos cães. Uma excelente maneira de reforçar o relacionamento e a hierarquia de uma forma super divertida para cães e donos é praticar exercícios de obediência. Ensinar o cão a se sentar, deitar etc. Se feito da maneira certa, orientada por bons profissionais, os cães certamente vão adorar e para os donos pode se tornar uma terapia, uma maneira a mais de interagir e curtir o cão. Minha sugestão é iniciar com a ajuda de um treinador e depois de cão e dono adquirirem prática, continuarem sozinhos. O treinador deve ser experiente, ter conhecimento teórico e prático, gostar de pessoas e animais e utilizar técnicas positivas, que pre-
ferem elogiar e recompensar o cão por um comportamento correto. O primeiro passo do treino é construir uma sólida relação de confiança com o animal. Iniciar ensinando comportamentos simples como o comando “senta” e aos poucos ir dificultando o treino e exigindo do cão cada vez mais a capacidade de solução de problemas. Duas sessões semanais com o treinador é o suficiente. Se o proprietário quiser, poderá praticar nos outros dias da semana o que aprendeu na aula. Um cão bem treinado é uma verdadeira alegria. Com certeza vocês receberão elogios por onde passarem. Procure já um treinador
de confiança e proporcione ao seu amigo uma melhor qualidade de vida!
Você tem dúvidas sobre o comportamento do seu pet? Envie sua pergunta para faleconosco@conexaopet.com.br que Gustavo Campelo irá responder. Publicaremos as respostas em nossa próxima edição. * Gustavo Campelo é especialista em comportamento animal e palestrante. Ele é diretor da empresa que leva seu nome, e é especialista em educação e socialização de pets – www.gustavocampelo.com.br
Quer ter um cão ideal?
Conviver com o seu melhor amigo é mais fácil do que você imagina. Consulta e terapia comportamental Socialização de filhotes Obediência Ajuda para escolha de filhotes Prevenção de problemas Segurança Passeios
Entre em contato 12
w w w.g us t a voc a mp e l o.c om .b r (11) 9626.4787
Educação Pet Como proporcionar uma melhor qualidade de vida ao seu cão
Por Gustavo Campelo* Os cães podem ser quase perfeitos para quase todas as famílias. São companheiros, divertidos, protetores e carinhosos. No entanto, se não forem devidamente treinados, eles podem também ser um pesadelo. É preciso que os tutores entendam melhor seu melhor amigo e seria muito interessante que o cão tivesse treinamento desde filhote. Cães, assim como nós, possuem energia física e mental. Um animal com excesso de qualquer uma delas apresentará comportamentos indesejáveis como pular em pessoas, morder objetos, latidos em excesso, tentativas de chamar atenção. Ambas as energias precisam ser gastas para manter o animal equilibrado. Não podemos nos esquecer de que todo cão é um potencial caçador e por isso, possuem corpos projetados para longas cami-
nhadas, saltos e corridas. Eles precisam disso! Uns mais, outros menos. Passeios, corridas são excelentes para gastar a energia física de seu cão. Não há desculpas para não dar atividade física ao cão. Quem não tem tempo, pode contratar um passeador ou ensinar um cão a andar em uma esteira. Todo cão precisa de, no mínimo, 30 minutos diários de exercício. Como vimos nos artigos anteriores, cães se organizam em grupos, com hierarquia. As regras para a manutenção da hierarquia, o contato entre os cães da mesma casa, a utilização do olfato, audição, visão para receber informações e interagir com o ambiente, são maneiras naturais de gastar energia mental dos cães. Uma excelente maneira de reforçar o relacionamento e a hierarquia de uma forma super divertida para cães e donos é praticar exercícios de obediência. Ensinar o cão a se sentar, deitar etc. Se feito da maneira certa, orientada por bons profissionais, os cães certamente vão adorar e para os donos pode se tornar uma terapia, uma maneira a mais de interagir e curtir o cão. Minha sugestão é iniciar com a ajuda de um treinador e depois de cão e dono adquirirem prática, continuarem sozinhos. O treinador deve ser experiente, ter conhecimento teórico e prático, gostar de pessoas e animais e utilizar técnicas positivas, que pre-
ferem elogiar e recompensar o cão por um comportamento correto. O primeiro passo do treino é construir uma sólida relação de confiança com o animal. Iniciar ensinando comportamentos simples como o comando “senta” e aos poucos ir dificultando o treino e exigindo do cão cada vez mais a capacidade de solução de problemas. Duas sessões semanais com o treinador é o suficiente. Se o proprietário quiser, poderá praticar nos outros dias da semana o que aprendeu na aula. Um cão bem treinado é uma verdadeira alegria. Com certeza vocês receberão elogios por onde passarem. Procure já um treinador
de confiança e proporcione ao seu amigo uma melhor qualidade de vida!
Você tem dúvidas sobre o comportamento do seu pet? Envie sua pergunta para faleconosco@conexaopet.com.br que Gustavo Campelo irá responder. Publicaremos as respostas em nossa próxima edição. * Gustavo Campelo é especialista em comportamento animal e palestrante. Ele é diretor da empresa que leva seu nome, e é especialista em educação e socialização de pets – www.gustavocampelo.com.br
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Pet Comportamento Pets quase humanos Humanizar os animais pode trazer inúmeros problemas. Saiba quais Nós já sabemos que cada vez mais os animais fazem parte das nossas vidas e tomam um espaço importante em nossas famílias: dormem em nossas camas, usam roupinhas, alguns até passeiam em carrinhos de bebês. É claro que a intenção é sempre a melhor: cobrir o pet de amor e carinho, proporcionar tudo de melhor aos nossos amiguinhos. Só que tem um detalhe fundamental que não podemos esquecer: eles são animais e apresentam necessidades diferentes de nós, humanos. Em programas como o ‘Encantador de Cães’, apresentado por César Millan, vemos inúmeros exemplos destrutivos da humanização de animais: donos que não sabem impor limites a seus pets por medo de traumatizarem o bicho, os que dão comida humana aos animais deixando-os acima do peso ideal, donos que desenvolvem uma relação de codependência doentia com o animal, entre outras situações. Em todas elas, há um traço comum: a infelicidade de humanos e animais.
“Pessoas que aboliram a simplicidade de suas vidas procuram, por meio de seus cães, reencontrá-la. Elas precisam, no entanto, se educar para isso", afirma Cesar. A consequência da falta de preparo dos tutores logo aparece em cães que não foram ensinados a ter limites: são agressivos com outros animais e pessoas nas ruas, dominam a família, destroem objetos e fazem suas necessidades fora do lugar. Como Millan sempre diz em seus programas, educar é dar amor. Muitas pessoas acham que ao impor limites a seus animais, eles deixarão de amá-las o que não é verdade. O animal, para ter uma
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tas, o que à primeira vista talvez parecesse mais lógico", diz Barbara Smuts, da Universidade Harvard. Os gatos, apesar de sofrerem alguns impactos com o estilo de vida moderno, são mais independentes e nunca abriram mão da independência e do instinto de caçadores. No outro extremo dessa bajulação excessiva, está a falta total de cuidados com os animais. Muitos são vítimas de violência, não têm uma alimentação adequada e vivem nas ruas doentes e
vida plena e feliz, precisa de limites e de ter uma liderança clara, que os guie. Gustavo Campelo, educador de animais e colunista da Conexão Pet, enumera algus riscos no processo da humanização dos pets: “É arriscado os donos medicarem animais como crianças (uso inapropriado de medicamentos). O uso de roupinhas sem necessidade também pode prejudicar o pet, especialmente em dias quentes. A obesidade também está presente nesta relação doentia (oferecer ração em demasia, pois imagina-se que o cão tem fome), e há também a diabetes (especialmente quando oferece-se alimentação de humanos para cães)”. Ao cometer esses atos de negligência em nome de um suposto amor, os tutores podem estar seriamente comprometendo
a vida de seus animais. As consequências da falta de controle tanto com o aspecto físico quanto com o emocional pode levar à diminuição da expectativa de vida do animal, ao relacionamento conturbado, a donos que ficam dependentes dos animais (deixam de viajar, não participam de reuniões sociais para ficar com os cães) e que não recebem mais visitas de parentes e amigos. Nos casos mais graves, os animais são até mesmo vítimas de abandono, quando tudo poderia ser contornado com disciplina. Os cães são mesmo as grandes vítimas dessa humanização sem limites: “Os cães demonstraram grande capacidade de assimilar nosso estilo de vida. Isso talvez explique porque a evolução nos fez tão amigos deles, e não de outros prima-
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com frio. O importante é encontrar um equilíbrio, respeitando as características de cada animal. Logicamente, devemos cuidar de nossos amigos animais, dar amor e carinho, mas sempre lembrando que suas necessidades são diferentes das nossas. Devemos liderar nossos animais, pois é isso que eles esperam de nós. O verdadeiro líder é aquele que conduz com segurança, e sabe valorizar e amar seus seguidores.
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Pet Comportamento Pets quase humanos Humanizar os animais pode trazer inúmeros problemas. Saiba quais Nós já sabemos que cada vez mais os animais fazem parte das nossas vidas e tomam um espaço importante em nossas famílias: dormem em nossas camas, usam roupinhas, alguns até passeiam em carrinhos de bebês. É claro que a intenção é sempre a melhor: cobrir o pet de amor e carinho, proporcionar tudo de melhor aos nossos amiguinhos. Só que tem um detalhe fundamental que não podemos esquecer: eles são animais e apresentam necessidades diferentes de nós, humanos. Em programas como o ‘Encantador de Cães’, apresentado por César Millan, vemos inúmeros exemplos destrutivos da humanização de animais: donos que não sabem impor limites a seus pets por medo de traumatizarem o bicho, os que dão comida humana aos animais deixando-os acima do peso ideal, donos que desenvolvem uma relação de codependência doentia com o animal, entre outras situações. Em todas elas, há um traço comum: a infelicidade de humanos e animais.
“Pessoas que aboliram a simplicidade de suas vidas procuram, por meio de seus cães, reencontrá-la. Elas precisam, no entanto, se educar para isso", afirma Cesar. A consequência da falta de preparo dos tutores logo aparece em cães que não foram ensinados a ter limites: são agressivos com outros animais e pessoas nas ruas, dominam a família, destroem objetos e fazem suas necessidades fora do lugar. Como Millan sempre diz em seus programas, educar é dar amor. Muitas pessoas acham que ao impor limites a seus animais, eles deixarão de amá-las o que não é verdade. O animal, para ter uma
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tas, o que à primeira vista talvez parecesse mais lógico", diz Barbara Smuts, da Universidade Harvard. Os gatos, apesar de sofrerem alguns impactos com o estilo de vida moderno, são mais independentes e nunca abriram mão da independência e do instinto de caçadores. No outro extremo dessa bajulação excessiva, está a falta total de cuidados com os animais. Muitos são vítimas de violência, não têm uma alimentação adequada e vivem nas ruas doentes e
vida plena e feliz, precisa de limites e de ter uma liderança clara, que os guie. Gustavo Campelo, educador de animais e colunista da Conexão Pet, enumera algus riscos no processo da humanização dos pets: “É arriscado os donos medicarem animais como crianças (uso inapropriado de medicamentos). O uso de roupinhas sem necessidade também pode prejudicar o pet, especialmente em dias quentes. A obesidade também está presente nesta relação doentia (oferecer ração em demasia, pois imagina-se que o cão tem fome), e há também a diabetes (especialmente quando oferece-se alimentação de humanos para cães)”. Ao cometer esses atos de negligência em nome de um suposto amor, os tutores podem estar seriamente comprometendo
a vida de seus animais. As consequências da falta de controle tanto com o aspecto físico quanto com o emocional pode levar à diminuição da expectativa de vida do animal, ao relacionamento conturbado, a donos que ficam dependentes dos animais (deixam de viajar, não participam de reuniões sociais para ficar com os cães) e que não recebem mais visitas de parentes e amigos. Nos casos mais graves, os animais são até mesmo vítimas de abandono, quando tudo poderia ser contornado com disciplina. Os cães são mesmo as grandes vítimas dessa humanização sem limites: “Os cães demonstraram grande capacidade de assimilar nosso estilo de vida. Isso talvez explique porque a evolução nos fez tão amigos deles, e não de outros prima-
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com frio. O importante é encontrar um equilíbrio, respeitando as características de cada animal. Logicamente, devemos cuidar de nossos amigos animais, dar amor e carinho, mas sempre lembrando que suas necessidades são diferentes das nossas. Devemos liderar nossos animais, pois é isso que eles esperam de nós. O verdadeiro líder é aquele que conduz com segurança, e sabe valorizar e amar seus seguidores.
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Pet Comportamento Pets quase humanos Humanizar os animais pode trazer inúmeros problemas. Saiba quais Nós já sabemos que cada vez mais os animais fazem parte das nossas vidas e tomam um espaço importante em nossas famílias: dormem em nossas camas, usam roupinhas, alguns até passeiam em carrinhos de bebês. É claro que a intenção é sempre a melhor: cobrir o pet de amor e carinho, proporcionar tudo de melhor aos nossos amiguinhos. Só que tem um detalhe fundamental que não podemos esquecer: eles são animais e apresentam necessidades diferentes de nós, humanos. Em programas como o ‘Encantador de Cães’, apresentado por César Millan, vemos inúmeros exemplos destrutivos da humanização de animais: donos que não sabem impor limites a seus pets por medo de traumatizarem o bicho, os que dão comida humana aos animais deixando-os acima do peso ideal, donos que desenvolvem uma relação de codependência doentia com o animal, entre outras situações. Em todas elas, há um traço comum: a infelicidade de humanos e animais.
“Pessoas que aboliram a simplicidade de suas vidas procuram, por meio de seus cães, reencontrá-la. Elas precisam, no entanto, se educar para isso", afirma Cesar. A consequência da falta de preparo dos tutores logo aparece em cães que não foram ensinados a ter limites: são agressivos com outros animais e pessoas nas ruas, dominam a família, destroem objetos e fazem suas necessidades fora do lugar. Como Millan sempre diz em seus programas, educar é dar amor. Muitas pessoas acham que ao impor limites a seus animais, eles deixarão de amá-las o que não é verdade. O animal, para ter uma
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tas, o que à primeira vista talvez parecesse mais lógico", diz Barbara Smuts, da Universidade Harvard. Os gatos, apesar de sofrerem alguns impactos com o estilo de vida moderno, são mais independentes e nunca abriram mão da independência e do instinto de caçadores. No outro extremo dessa bajulação excessiva, está a falta total de cuidados com os animais. Muitos são vítimas de violência, não têm uma alimentação adequada e vivem nas ruas doentes e
vida plena e feliz, precisa de limites e de ter uma liderança clara, que os guie. Gustavo Campelo, educador de animais e colunista da Conexão Pet, enumera algus riscos no processo da humanização dos pets: “É arriscado os donos medicarem animais como crianças (uso inapropriado de medicamentos). O uso de roupinhas sem necessidade também pode prejudicar o pet, especialmente em dias quentes. A obesidade também está presente nesta relação doentia (oferecer ração em demasia, pois imagina-se que o cão tem fome), e há também a diabetes (especialmente quando oferece-se alimentação de humanos para cães)”. Ao cometer esses atos de negligência em nome de um suposto amor, os tutores podem estar seriamente comprometendo
a vida de seus animais. As consequências da falta de controle tanto com o aspecto físico quanto com o emocional pode levar à diminuição da expectativa de vida do animal, ao relacionamento conturbado, a donos que ficam dependentes dos animais (deixam de viajar, não participam de reuniões sociais para ficar com os cães) e que não recebem mais visitas de parentes e amigos. Nos casos mais graves, os animais são até mesmo vítimas de abandono, quando tudo poderia ser contornado com disciplina. Os cães são mesmo as grandes vítimas dessa humanização sem limites: “Os cães demonstraram grande capacidade de assimilar nosso estilo de vida. Isso talvez explique porque a evolução nos fez tão amigos deles, e não de outros prima-
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com frio. O importante é encontrar um equilíbrio, respeitando as características de cada animal. Logicamente, devemos cuidar de nossos amigos animais, dar amor e carinho, mas sempre lembrando que suas necessidades são diferentes das nossas. Devemos liderar nossos animais, pois é isso que eles esperam de nós. O verdadeiro líder é aquele que conduz com segurança, e sabe valorizar e amar seus seguidores.
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“Pessoas que aboliram a simplicidade de suas vidas procuram, por meio de seus cães, reencontrá-la. Elas precisam, no entanto, se educar para isso", afirma Cesar. A consequência da falta de preparo dos tutores logo aparece em cães que não foram ensinados a ter limites: são agressivos com outros animais e pessoas nas ruas, dominam a família, destroem objetos e fazem suas necessidades fora do lugar. Como Millan sempre diz em seus programas, educar é dar amor. Muitas pessoas acham que ao impor limites a seus animais, eles deixarão de amá-las o que não é verdade. O animal, para ter uma
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vida plena e feliz, precisa de limites e de ter uma liderança clara, que os guie. Gustavo Campelo, educador de animais e colunista da Conexão Pet, enumera algus riscos no processo da humanização dos pets: “É arriscado os donos medicarem animais como crianças (uso inapropriado de medicamentos). O uso de roupinhas sem necessidade também pode prejudicar o pet, especialmente em dias quentes. A obesidade também está presente nesta relação doentia (oferecer ração em demasia, pois imagina-se que o cão tem fome), e há também a diabetes (especialmente quando oferece-se alimentação de humanos para cães)”. Ao cometer esses atos de negligência em nome de um suposto amor, os tutores podem estar seriamente comprometendo
a vida de seus animais. As consequências da falta de controle tanto com o aspecto físico quanto com o emocional pode levar à diminuição da expectativa de vida do animal, ao relacionamento conturbado, a donos que ficam dependentes dos animais (deixam de viajar, não participam de reuniões sociais para ficar com os cães) e que não recebem mais visitas de parentes e amigos. Nos casos mais graves, os animais são até mesmo vítimas de abandono, quando tudo poderia ser contornado com disciplina. Os cães são mesmo as grandes vítimas dessa humanização sem limites: “Os cães demonstraram grande capacidade de assimilar nosso estilo de vida. Isso talvez explique porque a evolução nos fez tão amigos deles, e não de outros prima-
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Os adultos também merecem um lar Está pensando em adotar um pet? Já considerou levar para casa um adulto? Apesar de todos os pesares, vemos que a adoção de animais é cada vez mais incentivada. Vemos grandes empresas que incentivam a adoção de animais através de suas campanhas publicitárias, ONGs e cidadãos levantando a questão da necessidade de dar um lar a animais que muito sofreram e foram descartados como objetos. Há mais pessoas adotando os animais, mas assim como acontece com os humanos, os mais velhos vão ficando para trás. Muitas pessoas acreditam que ao adotar um animal adulto não conseguirão discipliná-lo ou terão problema com os animais que já tenham em suas casas. Há também o indiscutível apelo do olhar doce e da cara fofinha de um filhote. Quem não se encanta com lindos bebês? No entanto, as crianças de hoje serão os adultos de amanhã. Os filhotes também crescerão, e muitas vezes além do esperado. Quando se adota um animal adulto, seu temperamento já está bem delineado e seu tamanho já é o definitivo: você sabe que ele não ultrapassará aquele tamanho. E também é importante lembrar que não é impossível adestrar animais adultos, basta vermos que figuras como Cesar Millan conseguem ser bem-sucedidos mesmo nos casos mais complicados envolvendo animais adultos. Para dar uma chance a esses animais tão especiais e amorosos, que necessitam de um lar e muito carinho, Conexão Pet resolveu trazer para vocês histórias mais do que felizes de pessoas que adotaram animais adultos.
Dóris Munhoz, Mia e Leo A professora Dóris Munhoz tinha uma gatinha em Santa Catarina, mas quando se mudou para Curitiba não pode trazê-la. Logo pensou em adotar um gatinho e foi ao abrigo Beco da Esperança. O que aconteceu, foi que ela apaixonou-se por dois bichanos e resolveu leva-los para casa. Os dois já eram adultos. “Não pensei em adotar adulto nem filhote, pensei em adotar aquele por quem eu me apaixonasse ´de cara´ (me apaixonei por dois, vieram os dois...). Acredito que existe uma espécie de ´química´ nessa nossa relação com os animais, como existe entre os humanos”, afirma Dóris. Para ela, uma das grandes vantagens de adotar um animal já crescido, é a possibilidade de já conhecer o temperamento do bicho: “Cada bichinho tem uma personalidade própria, independentemente da educação que receberá, que influi muito na sua relação com as pessoas. Muitas vezes, quando adotamos ou, principalmente, compramos um bebê, podemos nos deixar levar pelas suas ´gracinhas´ e não nos lembrar de que ele ficará adulto e mudará bastante, em vários aspectos. Além disso, ao adotar adultos, me senti feliz e realizada por estar dando uma chance a animais que não encontrariam um lar tão facilmente, estariam condenados a viver no abrigo”, conclui. A casa já tinha outra habitante de quatro patas, a Canela, uma buldogue francesa que também foi adotada por Dóris e pelo marido. “Ela estranhou no começo, mas logo foi dominada pelos gatos”, diverte-se Dóris.
Hoje os gatos, Mia e Leo, e a buldogue Canela vivem em perfeita harmonia e adaptaram-se à rotina da família: “Todo animal precisa de uma fase de adaptação, mesmo filhotes, que são tirados de suas mães. O que todos precisam é de carinho e atenção. O cuidado para evitar fugas, por exemplo, deve ser permanente, qualquer que seja a idade do animal”, salienta a professora. Dóris dá um conselho aos futuros adotantes que tenham algum preconceito em adotar adultos: “Adote segundo seu coração. Mas não tenha preconceitos. Talvez aquele que será seu grande amigo já está crescidinho... Que mal há nisso se vocês podem se dar bem?”.
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Carla Alessandra Claudino e vários pets! “Se for gato - ele te escolhe, então independente de filhote ou adulto vá sempre ao local conhecer todos que estiverem para a adoção. Você pode chegar com a ideia de um filhote e sair com um adulto ou até com os dois. No caso de cachorro, se teu espaço é pequeno e não tem certeza do tamanho que ficará o filhote, pegue um adulto, você pode educá-lo como a um filhote, tenho quatro cadelas, três adotadas adultas e foram educadas e se dão bem, principalmente com os gatos. Não me arrependo nem um minuto das adoções que fiz, meus 17 filhos (mis e aus) são minha grande paixão e me trazem muitas alegrias. Gatos e cães são muito companheiros e carinhos e podem viver em harmonia sim”. A publicitária Carla Alessandra Claudino tem 17 pets em sua casa, entre cães e gatos. Vários deles foram adotados já adultos. Ela foi à contramão da maioria, justamente por achar que animais adultos têm mais dificuldade para encontrar um lar: “Acredito que é bem mais fácil conseguir achar uma casa para um filhotinho, os adultos também precisam de carinho. Quando adotei o Toulouse, que foi o primeiro gato adulto e tinha 18 anos, queria dar um pouco de felicidade pra ele e fiquei triste pelo abandono do dono depois de tanto tempo. Com a Jéssika e o Salém foi bem parecido, iam ficar seis meses em casa e o dono os abandonou. Eu já pego amor no primeiro dia de convivência, independente se é filhote ou adulto, o carinho de ambos não têm explicação, cada um retribui de um jeito, mas retribui”, afirma. Para Carla poder saber o tamanho do animal, seu temperamento e ter um companheiro mais tranquilo em casa são algumas das vantagens em se adotar um animal mais velho. No momento de adotar, Carla diz que o futuro tutor, deve levar alguns pontos em consideração:
Luana Thais Kessler, Nina, Gigi e Lili Luana Thais Kessler é voluntária da ONG Amigo Animal, em Curitiba. A instituição abriga cerca de 2500 cães e Luana tem contato com muitas histórias tristes, de abandono e sofrimento. Atualmente, ela tem seis cães, quatro deles adotados. Destes quatro, Nina, Gigi e Lili foram para a casa da protetora já adultas. “Uma (a Valentina) eu adotei aos 9 meses, portanto ainda jovem, não totalmente adulta. Já Nina, Gigi e Lili foram adotadas já adultas. Gigi e Lili eu mesma encontrei nas ruas. “ A Lili é uma daschund, encontrada em profundo estado de desnutrição, muito magra e com piometra. Morreria em poucos dias se não fosse socorrida. “Hoje é super saudável, ciumenta e querida. Já está comigo há cinco anos”, conta Luana. Gigi foi a segunda. “Encontrei-a nas ruas com muita sarna, também desnutrida, e principalmente muito assustada”, relata a protetora. Valentina e a Nina viviam em um abrigo, uma chácara com mais de dois mil cães. “Eu as adotei porque acredito que abrigo não é a solução, e por mais que as pessoas tenham boa vontade, um abrigo nunca é tão bom quanto um lar verdadeiro”, explica. Valentina ainda não era adulta quando foi adotada. Tinha nove meses. Sobre adotar adultos, Luana diz que a experiência é bastante gratificante: “A gratidão de um cão adulto, quando retirado das ruas ou de um abrigo, é impressionante. Há uma diferença enorme entre adotar um adulto ou um filhote. O adulto, que já passou por situações de privação, maus tratos etc., nitidamente parece saber que foi acolhido, parece dar maior valor ao conforto e amor que hoje desfruta num lar de verdade. É quase unanimidade entre os que adotam cães adultos: eles realmente são diferentes”. Luana também destaca que a maturidade do cão na fase adulta contribui para que ele se ajuste à rotina da nova família: “Ao contrário do que
muitos pensam, a adaptação é muito mais rápida do que a de um filhote. Exatamente porque o cão adulto entende o que está acontecendo, se sente acolhido e é grato por isso. Além disso, ele já sabe onde deve fazer suas necessidades, e se não sabe, aprende bem mais rápido que um filhote. Um cão adulto não é tão dependente quanto um filhote, portanto se você precisa se ausentar por algumas horas do dia ele não vai ficar chorando e incomodando os vizinhos, como faz um filhote”. A maior resistência a enfermidades é outro ponto positivo destacado pela protetora: “Um cão adulto é bem menos suscetível a doenças e viroses, que comumente atacam mais filhotes, que tem menos imunidade que um cão adulto”, salienta. Além de toda a praticidade que um cão adulto pode ter em relação a um filhote, são critérios bem mais subjetivos que aquecem o coração de Luana: “Enfim, a sensação de ver aquele ser, antes abandonado, maltratado, desnutrido, com medo e apavorado, agora na sua casa, alimentado, aquecido, confortavelmente instalado e, principalmente, amado, é algo que não tem preço. Você pode ver, nos seus olhinhos, toda gratidão. E isso é algo que nos enche o coração de ternura e de esperança de que, se cada um adotasse um cãozinho de um abrigo ou das ruas, muitos que ainda estão por aí sofrendo, poderiam estar em um lar”, finaliza.
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Martha Bormann, Fuçuda e Smeagol Apesar de tardia, a aproximação da funcionária pública Martha Bormann com os gatos rendeu muitas histórias. “Aos 30 anos de idade eu não tinha muito contato com animais. Sempre achei os gatos lindos. Sou apaixonada por felinos em geral. Para mim são a perfeição da natureza. Mas conhecia pouco da personalidade deles. Tinha um pouco aquela ideia de que os gatos são independentes e não se apegam aos donos”, explica. Um dia dois lindos gatinhos de uns seis meses se mudaram para o condomínio em que Martha morava. Um branco e um preto. O gato branco era um macho e sempre vinha roubar ração de cachorro. Com o tempo passamos a colocar um pote pra ele na frente de casa. Martha adotou uma gatinha filhote que viu passeando por seu condomínio. Era uma gatinha preta e recebeu o nome de Morgana. “Com a Morgana aprendi a amar os gatos e a ver todos os animais de forma muito diferente. Aprendi como eles têm sentimentos, fidelidade, amor, dedicação, saudade. A Morgana é minha super companheira há oito anos. É incrível como a convivência com uma gatinha pode mudar tanto nossa percepção dos animais. Nunca mais consegui ser indiferente a um animal abandonado na rua”, relata Martha. Depois da Morgana, Martha adotou mais um gatinho (o Tiger). Um gato branco que eles alimentavam há tempos no condomínio apareceu com uma companheira. “Um dia ele trouxe a companheira e sua filhinha para comer na minha casa. A gata adulta era muito magra, pretinha também, só pelo e osso... E eu falava: o gato branco trouxe aquela gata fuçuda pra comer de novo... E assim ficou a Fuçuda. A Morgana e o Tiger nunca briga-
Margareth Krause e Otelo
ram com o gato branco ou a Fuçuda. Um dia o gato branco apareceu na porta de casa quase morto, havia sido envenenado. Levamos ao veterinário, mas era muito tarde. Fuçudinha e sua filha ficaram lá em casa desde então”, revela. Infelizmente, devido a um câncer no pulmão, Fuçuda faleceu três anos após seu resgate. Porém, Martha disse notar uma grande gratidão por parte da bichana por ter sido acolhida com tanto amor. Martha ainda resgatou outro gato adulto, que estava no estacionamento de um banco. Estava muito magro com dificuldade de respirar. “Levei pra casa, ele tinha água no pulmão por causa de algum acidente e tinha muita febre. Novamente foi um mês de tratamento com antibióticos, indo ao vet tirar a água do pulmão e tudo mais. Quando melhorou se juntou aos outros gatos da casa de forma bem natural também. Com este gato – o Smeagol - eu pude sentir a gratidão pela vida extra que lhe demos. Ele se apegou a nós e se adaptou perfeitamente à casa a aos outros animais”, lembra.
Otelo foi abandonado já adulto em uma pet shop. Quando a designer Margareth Krause o conheceu, logo se apaixonou: “Há uns quatro anos eu pensava em adotar um gato mas não tinha nada muito claro se seria adulto ou filhote. E eu não escolhi, ele me escolheu. O Otelo está comigo há quatro anos e eu sabia que ele era adulto quando fui conhecê-lo. Foi amor à primeira vista, fiquei louca quando o vi. Um gatão grandão e fofo!”, lembra. Para Margareth, a calma do animal adulto está entre as principais vantagens em se adotar nesta fase: “Com certeza eles são mais calmos que filhotes. Um animal adulto não tem tanto interesse em brincadeiras, não que não brinquem, eles brincam sim, mas eles já estão um pouco mais tranquilos. O filhote precisa de muito mais atenção e cuidados para o desenvolvimento e tem muita energia para correr e pular”. Quando adotou Otelo, a designer não tinha outros animais, mas recentemente incorporou mais um felino à família: “Recentemente adotei uma gata de nove meses e eles estão se entendendo muito bem. Eu tinha receio de que seria problemático, afinal o Otelo já era adulto quando o adotei e pensava que ele não aceitaria uma companhia. Engano o meu! Lógico que houve um período de adaptação, mas eles já estão super unidos, brincando e à vontade”, afirma. Otelo rapidamente se adaptou à nova casa: “A primeira coisa que ele fez quando chegou foi dar uma volta pelo apartamento e já reconheceu o
local. Verificou onde ficava sua lilteira e também a sua comida. Sem falar que tornou-se muito carinhoso comigo conforme adquiria confiança na nossa relação”, fala Margareth. Para Margareth, na hora de decidir entre um filhote ou um adulto, o que vale é pensar no seu ritmo e no coração: “O amor é o mesmo, tanto faz se é filhote ou não, garanto que o animal vai demonstrar todo seu afeto. Acredito que filhotes são mais ativos, por ainda brincarem muito, então este é o detalhe que acho mais importante. Eu digo que adotar um animal adulto é tão encantador quanto um filhote”.
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Karina Hauer, Madona, Willie e Geovana
Nailane Koloski e Moja Nailane Koloski adotou a gatinha Moja no abrigo Beco da Esperança, em Curitiba. Ela nasceu e viveu nas ruas durante toda sua vida, e por isso era extremamente arisca. “Esse tipo de gata não vai para adoção, passa o resto da vida no abrigo por ser arisca”, fala Nailane. Ela foi até o abrigo para adotar um filhotinho, e encantou-se com a Tangerina, que é filha da Moja. “Eu e a Lúcia (mantenedora do abrigo) tínhamos dó de separar ela de sua mãe, era a única gatinha que tinha sobrevivido dos quatro que nasceram, então pensei em levar as duas pra casa e assim que a Tangerina estivesse desapegada da mãe eu a devolveria para o abrigo. Como minha casa é toda telada não tinha perigo da Moja fugir. Depois de passar algum tempo com a Moja me apeguei muito a ela, e não tive coragem de devolvê-la para o abrigo, mesmo ela sendo tão diferente dos outros (mais assustada, arisca) eu passei a amar ela tanto quanto eles. Quando ela chegou aqui achei que ela nunca mais sairia de baixo da cama, agora ela dorme tranquila em cima da minha cama, do sofá, brinca, e se sente em casa. Eu fico muito feliz vendo como a Moja é feliz aqui, e pensando que
Karina Hauer tem quatro cães e três deles foram adotados adultos. Madona é uma mestiça de pastor alemão, que foi adotada numa feira de adoção, em Curitiba. Ela havia sido resgatada de uma construção, era usada pra guarda. Já Willie estava na esquina da casa de Karina machucado. “Ele tem um gênio maravilhoso, é o mais bonzinho de todos”, afirma a tutora. Geovana morou a vida inteira num abrigo com mais 2000 cães – a Associação Amigo Animal. “Ela me escolheu desde a primeira vez que eu fui visitar a ONG. Ela chorava e gritava cada vez que eu ia lá, tanto na chegada quanto na saída. Ficamos oito anos nesse sofrimento até que eu casei, fui morar numa casa e pude adotá-la”, lembra Karina. Como a pópria Karina trabalha na doação de muitos cães, ela sabe exatamente o tipo de animal que ninguém quer: “Sempre penso em adotar um cão que esteja precisando mais e que ninguém quer. Geralmente são adultos, não tão bonitos e porte médio. Resumindo, como eu faço muita doação de cães deixo os mais bonitinhos, pequenos e peludos para as pessoas adotarem, que é o perfil que a maioria prefere. As pessoas olham só o exterior e não entendem que se doa uma vida e todos querem e precisam de um lar com respeito e amor”, constata. Karina ainda ressalta os aspectos positivos da adoção de adultos: “Adultos são mais independentes e a adaptação é mais rápida e fácil, não dão tanto trabalho e o principal é que quando o filhote é mestiço, não sabemos o tamanho que vai ficar. Para quem exige que o cão seja de porte pequeno tem que adotar um cão adulto que não cresce mais”.
provavelmente ela nunca teria a chance de achar um lar, porque além de adulta era arisca”, lembra Nailane. Como a maioria das pessoas, Nailane inicialmente havia pensando em adotar um filhote, por achar que a adaptação de um animal adulto seria difícil: “Já adotei dois gatos e um cachorro adultos, e eles são tão apegados a mim quanto os que adotei filhotes, e os adultos se adaptaram tão rápido ao novo ambiente e a rotina quanto os filhotes. Não vi nenhuma desvantagem na adoção de um animal adulto”, afirma. Para ela, a resistência a adoção de adultos passa pelo aspecto cultural: “Uma coisa a se pensar é que culturalmente está enraizada a ideia de que é melhor adotar filhotes, por pensarem que eles se adaptam melhor que os adultos. Então, se você tem consciência disso, e sabe que devido a essa cultura os animais adultos acabam tendo menos chances de serem adotados, e podem acabar passado toda sua vida em abrigos ou nas ruas, por que não dar a chance a um desses animais de encontrar um lar? Não adote só pela idade, cor ou raça. Adote para dar uma chance àquele que mais precisa, uma chance de ter uma lar confortável e receber amor”, avalia Nailane.
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Yanê Carvalho, Guida, Haley e Mirna
A história de Monique Gonçalves com os bichanos já vem de longa data. O primeiro gatinho adotado por ela chama-se Xixo. Ele era adulto, mas Monique não: “Ele estava na cantina da minha escola, mas eu era criança. Minha mãe concordou e o levamos pra casa. Era um amor de gato, ficava grudado em mim o tempo todo, mas como não sabíamos muito como cuidar, acabamos não castrando ele, e como ele era um gato de rua, ele queria sempre dar umas voltinhas. Na primeira noite ele fez um escândalo para sair e minha mãe acabou deixando. Eu chorei, fiquei triste. Mas no dia seguinte, a surpresa: eu estava na janela, toda chororô, quando ouvi uns miadinhos no condomínio. Desci correndo, e tchans! O Xixo estava na porta, esperando que alguém abrisse pra ele! Foi assim durante um tempo, até que ele saiu e não voltou mais. Fiquei inconsolável, aí meus pais adotaram uma gatinha filhote para mim, a Natasha, que viveu comigo por 15 anos, e virou estrelinha ano passado”, conta Monique. Quando mudaram-se para uma casa, adotaram uma gatinha chamada Poxa, na Sociedade Protetora dos Animais, de Curitiba. Ela era adulta. “Ela era muito inteligente, companheira e leal! Acho que ela estava tão feliz de ter sido resgatada que queria nos agradecer de todos os jeitos (ainda me emociono lembrando dela). Eu nunca tinha tido um vira-lata, mas foi uma das experiências que mais me ensinaram! Aprendi que a beleza está nos olhos de quem vê, que amor não se compra, que amor incondicional existe mesmo! Infelizmente ela ficou pouco tempo conosco, ela não era castrada, aí acabou ficando prenhe de um husky que resgatamos na rua e que era bem maior que ela. Ela não resistiu ao parto, nem os filhotes. Foi muito triste, mas aprendi muito sobre adoção responsável. Na
Após perder duas cachorrinhas, uma vítima de câncer e outra de uma doença cardíaca, Yanê Carvalho ficou com apenas um cão. Ela o achava muito solitário e queria uma companhia para ele. “Eu queria uma fêmea, de pequeno porte, branca com manchas marrons ou pretas. E antes de dormir pedi para o meu anjo da guarda. No outro dia ao sair do ônibus no terminal do quase pisei nela, igualzinha a que eu pedi, peguei no colo tomei um taxi e voltei para casa! Isto foi há seis anos”, relata Yanê. A cadelinha foi batizada de Mirna. Guida apareceu por causa de um atropelamento. A irmã de Yanê avisou que na esquina da casa dela havia um cãozinho atropelado. “Eu a levei ao veterinário, não tinha nada quebrado! Tratei dela e era para encontrar um adotante, mas nos apaixonamos por ela (inclusive a Mirna!). Foi há cinco anos, ela é uma mistura e tanto, pura SRD!”, conta. Haley foi mais um resgatado da rua em condições nada favoráveis e tem uma história inusitada: “Passando em frente a minha casa vi um cão preto peludo, que era só sarna e sangue e quase sem pelos e com dó tentei dar ração pra ele, mas ele tinha tanta coceira que não conseguia comer, minha irmã viu e disse: ´Vamos dar um banho!´ Eu pensei: ´Pronto, mais um!’ Também era para adoção (já resgatei outros que doei). Mas nos apaixonamos novamente... depois um ano e meio que ele estava conosco, minha irmã estava mostrando a foto dele para uma amiga, que o reconheceu como seu! Ela o deu para uma amiga porque mora em apartamento e ‘ele ficou grande’. O Haley veio da Alemanha, na barriga da sua mamãe, e passou por seis donos até chegar a mim!”, conta Yanê.
época eu tinha 16 anos, meu pai não queria ´gastar com o cachorro´ e, por nossa culpa, ela não viveu tudo o que merecia. Felizmente hoje meus pais também mudaram. Ele castra, vacina e encontra lares responsáveis para todos os bichinhos que resgata. Meus tios também fazem isso, fico bem feliz”, afirma Monique. Quando foi morar sozinha, Monique adotou Bolinho, ainda filhote. “Como eu moro sozinha, comecei a pensar em adotar um companheiro pra ele, para ele não passar o dia sozinho. Eu ia esperar até as minhas férias deste ano, em março, para buscar um gatinho, para acompanhar a adaptação dos dois. E achava que se fosse um filhote seria mais fácil”. Porém, a mãe de Monique contou para ela que havia uma gatinha em situação de risco na escola em que dava aula. A gatinha era cuidada por algumas funcionárias, porém o segurança já havia até mesmo atingir a bichana com tiros. “Ela contou a história e perguntou se eu queria a gatinha. Não pensei duas vezes. À noite ela levou a gatinha. Magrinha, carente, chorona, se esfregava em mim, me dava beijo, deitava de barriguinha pra cima, como quem diz ´fica comigo, você não vai se arrepender´. Ela é uma mistura de siamês e escaminha de tartaruga. No começo cheguei a pensar ‘ tadinha, que feinha’. Hoje bato na boca quando lembro disso, ela está muito linda, não canso de olhar para ela. A Tampinha ficava no banheiro, e o Bolinho pela casa. Achei que ia ser fácil eles se adaptarem. Ledo engano. Comigo a Tampinha era uma fofa, mas quando decidi deixar os dois frente a frente, ela botou o Bolinho pra correr! Dava uns miados altos, pareciam gritos! Durante um tempo a Tampinha ficou na lavanderia, mas a porta era de vidro e eles ficavam miando, um
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de cada lado da porta, e enfiando a patinha por baixo. Aí, resolvi trocar os paninhos, para eles se acostumarem com o cheiro um do outro. No começo davam aqueles miadões apavorantes, mas depois passava. Finalmente, comecei a soltar os dois no mesmo ambiente, mas sempre junto e com um spray de água”, lembra Monique. A adaptação demorou, mas Monique não estava disposta a desistir: “Ela não é uma roupa que não serviu, um sapato que não ficou bom que eu posso simplesmente devolver. O que vou fazer? Jogá-la na rua de volta? Nunca mais conseguiria dormir, imaginando aquela carinha, que ficou tão feliz aqui em casa, na rua, passando frio, fome. Pode demorar, mas ela vai ficar aqui, no lar dela", afirma Monique.
Monique Gonçalves, Xixo, Poxa e Tampinha
Monique ainda adotou outra gatinha, Nalinha, e os três vivem em harmonia. “A pessoa que adotar um adulto deve ter paciência. Aquela história de ‘cachorro velho não parende truque novo’ é uma grande besteira. Aprende sim, mas você tem que ter carinho e paciência. E a recompensa é um amor infinito, um olhar de gratidão que só quem já adotou um adulto conhece e, claro, a consciência de que você contribuiu pra tirar pelo menos um bichinho da rua. Claro que é pouco, mas se todo mundo pensar assim, não sobrará mais um animalzinho desabrigado e sofrendo nas ruas”, comenta.
Conexão Pet espera que esta matéria tenha servido para quebrar alguns preconceitos e faça com que as pessoas repensem seus critérios na hora de escolher um animal. Não importa se ele é filhote ou adulto, o importante é ter a mente aberta e saber que qualquer animal que estejamos dispostos a amar, nos dará afeição em dobro!
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Os adultos também merecem um lar Está pensando em adotar um pet? Já considerou levar para casa um adulto? Apesar de todos os pesares, vemos que a adoção de animais é cada vez mais incentivada. Vemos grandes empresas que incentivam a adoção de animais através de suas campanhas publicitárias, ONGs e cidadãos levantando a questão da necessidade de dar um lar a animais que muito sofreram e foram descartados como objetos. Há mais pessoas adotando os animais, mas assim como acontece com os humanos, os mais velhos vão ficando para trás. Muitas pessoas acreditam que ao adotar um animal adulto não conseguirão discipliná-lo ou terão problema com os animais que já tenham em suas casas. Há também o indiscutível apelo do olhar doce e da cara fofinha de um filhote. Quem não se encanta com lindos bebês? No entanto, as crianças de hoje serão os adultos de amanhã. Os filhotes também crescerão, e muitas vezes além do esperado. Quando se adota um animal adulto, seu temperamento já está bem delineado e seu tamanho já é o definitivo: você sabe que ele não ultrapassará aquele tamanho. E também é importante lembrar que não é impossível adestrar animais adultos, basta vermos que figuras como Cesar Millan conseguem ser bem-sucedidos mesmo nos casos mais complicados envolvendo animais adultos. Para dar uma chance a esses animais tão especiais e amorosos, que necessitam de um lar e muito carinho, Conexão Pet resolveu trazer para vocês histórias mais do que felizes de pessoas que adotaram animais adultos.
Dóris Munhoz, Mia e Leo A professora Dóris Munhoz tinha uma gatinha em Santa Catarina, mas quando se mudou para Curitiba não pode trazê-la. Logo pensou em adotar um gatinho e foi ao abrigo Beco da Esperança. O que aconteceu, foi que ela apaixonou-se por dois bichanos e resolveu leva-los para casa. Os dois já eram adultos. “Não pensei em adotar adulto nem filhote, pensei em adotar aquele por quem eu me apaixonasse ´de cara´ (me apaixonei por dois, vieram os dois...). Acredito que existe uma espécie de ´química´ nessa nossa relação com os animais, como existe entre os humanos”, afirma Dóris. Para ela, uma das grandes vantagens de adotar um animal já crescido, é a possibilidade de já conhecer o temperamento do bicho: “Cada bichinho tem uma personalidade própria, independentemente da educação que receberá, que influi muito na sua relação com as pessoas. Muitas vezes, quando adotamos ou, principalmente, compramos um bebê, podemos nos deixar levar pelas suas ´gracinhas´ e não nos lembrar de que ele ficará adulto e mudará bastante, em vários aspectos. Além disso, ao adotar adultos, me senti feliz e realizada por estar dando uma chance a animais que não encontrariam um lar tão facilmente, estariam condenados a viver no abrigo”, conclui. A casa já tinha outra habitante de quatro patas, a Canela, uma buldogue francesa que também foi adotada por Dóris e pelo marido. “Ela estranhou no começo, mas logo foi dominada pelos gatos”, diverte-se Dóris.
Hoje os gatos, Mia e Leo, e a buldogue Canela vivem em perfeita harmonia e adaptaram-se à rotina da família: “Todo animal precisa de uma fase de adaptação, mesmo filhotes, que são tirados de suas mães. O que todos precisam é de carinho e atenção. O cuidado para evitar fugas, por exemplo, deve ser permanente, qualquer que seja a idade do animal”, salienta a professora. Dóris dá um conselho aos futuros adotantes que tenham algum preconceito em adotar adultos: “Adote segundo seu coração. Mas não tenha preconceitos. Talvez aquele que será seu grande amigo já está crescidinho... Que mal há nisso se vocês podem se dar bem?”.
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Carla Alessandra Claudino e vários pets! “Se for gato - ele te escolhe, então independente de filhote ou adulto vá sempre ao local conhecer todos que estiverem para a adoção. Você pode chegar com a ideia de um filhote e sair com um adulto ou até com os dois. No caso de cachorro, se teu espaço é pequeno e não tem certeza do tamanho que ficará o filhote, pegue um adulto, você pode educá-lo como a um filhote, tenho quatro cadelas, três adotadas adultas e foram educadas e se dão bem, principalmente com os gatos. Não me arrependo nem um minuto das adoções que fiz, meus 17 filhos (mis e aus) são minha grande paixão e me trazem muitas alegrias. Gatos e cães são muito companheiros e carinhos e podem viver em harmonia sim”. A publicitária Carla Alessandra Claudino tem 17 pets em sua casa, entre cães e gatos. Vários deles foram adotados já adultos. Ela foi à contramão da maioria, justamente por achar que animais adultos têm mais dificuldade para encontrar um lar: “Acredito que é bem mais fácil conseguir achar uma casa para um filhotinho, os adultos também precisam de carinho. Quando adotei o Toulouse, que foi o primeiro gato adulto e tinha 18 anos, queria dar um pouco de felicidade pra ele e fiquei triste pelo abandono do dono depois de tanto tempo. Com a Jéssika e o Salém foi bem parecido, iam ficar seis meses em casa e o dono os abandonou. Eu já pego amor no primeiro dia de convivência, independente se é filhote ou adulto, o carinho de ambos não têm explicação, cada um retribui de um jeito, mas retribui”, afirma. Para Carla poder saber o tamanho do animal, seu temperamento e ter um companheiro mais tranquilo em casa são algumas das vantagens em se adotar um animal mais velho. No momento de adotar, Carla diz que o futuro tutor, deve levar alguns pontos em consideração:
Luana Thais Kessler, Nina, Gigi e Lili Luana Thais Kessler é voluntária da ONG Amigo Animal, em Curitiba. A instituição abriga cerca de 2500 cães e Luana tem contato com muitas histórias tristes, de abandono e sofrimento. Atualmente, ela tem seis cães, quatro deles adotados. Destes quatro, Nina, Gigi e Lili foram para a casa da protetora já adultas. “Uma (a Valentina) eu adotei aos 9 meses, portanto ainda jovem, não totalmente adulta. Já Nina, Gigi e Lili foram adotadas já adultas. Gigi e Lili eu mesma encontrei nas ruas. “ A Lili é uma daschund, encontrada em profundo estado de desnutrição, muito magra e com piometra. Morreria em poucos dias se não fosse socorrida. “Hoje é super saudável, ciumenta e querida. Já está comigo há cinco anos”, conta Luana. Gigi foi a segunda. “Encontrei-a nas ruas com muita sarna, também desnutrida, e principalmente muito assustada”, relata a protetora. Valentina e a Nina viviam em um abrigo, uma chácara com mais de dois mil cães. “Eu as adotei porque acredito que abrigo não é a solução, e por mais que as pessoas tenham boa vontade, um abrigo nunca é tão bom quanto um lar verdadeiro”, explica. Valentina ainda não era adulta quando foi adotada. Tinha nove meses. Sobre adotar adultos, Luana diz que a experiência é bastante gratificante: “A gratidão de um cão adulto, quando retirado das ruas ou de um abrigo, é impressionante. Há uma diferença enorme entre adotar um adulto ou um filhote. O adulto, que já passou por situações de privação, maus tratos etc., nitidamente parece saber que foi acolhido, parece dar maior valor ao conforto e amor que hoje desfruta num lar de verdade. É quase unanimidade entre os que adotam cães adultos: eles realmente são diferentes”. Luana também destaca que a maturidade do cão na fase adulta contribui para que ele se ajuste à rotina da nova família: “Ao contrário do que
muitos pensam, a adaptação é muito mais rápida do que a de um filhote. Exatamente porque o cão adulto entende o que está acontecendo, se sente acolhido e é grato por isso. Além disso, ele já sabe onde deve fazer suas necessidades, e se não sabe, aprende bem mais rápido que um filhote. Um cão adulto não é tão dependente quanto um filhote, portanto se você precisa se ausentar por algumas horas do dia ele não vai ficar chorando e incomodando os vizinhos, como faz um filhote”. A maior resistência a enfermidades é outro ponto positivo destacado pela protetora: “Um cão adulto é bem menos suscetível a doenças e viroses, que comumente atacam mais filhotes, que tem menos imunidade que um cão adulto”, salienta. Além de toda a praticidade que um cão adulto pode ter em relação a um filhote, são critérios bem mais subjetivos que aquecem o coração de Luana: “Enfim, a sensação de ver aquele ser, antes abandonado, maltratado, desnutrido, com medo e apavorado, agora na sua casa, alimentado, aquecido, confortavelmente instalado e, principalmente, amado, é algo que não tem preço. Você pode ver, nos seus olhinhos, toda gratidão. E isso é algo que nos enche o coração de ternura e de esperança de que, se cada um adotasse um cãozinho de um abrigo ou das ruas, muitos que ainda estão por aí sofrendo, poderiam estar em um lar”, finaliza.
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Martha Bormann, Fuçuda e Smeagol Apesar de tardia, a aproximação da funcionária pública Martha Bormann com os gatos rendeu muitas histórias. “Aos 30 anos de idade eu não tinha muito contato com animais. Sempre achei os gatos lindos. Sou apaixonada por felinos em geral. Para mim são a perfeição da natureza. Mas conhecia pouco da personalidade deles. Tinha um pouco aquela ideia de que os gatos são independentes e não se apegam aos donos”, explica. Um dia dois lindos gatinhos de uns seis meses se mudaram para o condomínio em que Martha morava. Um branco e um preto. O gato branco era um macho e sempre vinha roubar ração de cachorro. Com o tempo passamos a colocar um pote pra ele na frente de casa. Martha adotou uma gatinha filhote que viu passeando por seu condomínio. Era uma gatinha preta e recebeu o nome de Morgana. “Com a Morgana aprendi a amar os gatos e a ver todos os animais de forma muito diferente. Aprendi como eles têm sentimentos, fidelidade, amor, dedicação, saudade. A Morgana é minha super companheira há oito anos. É incrível como a convivência com uma gatinha pode mudar tanto nossa percepção dos animais. Nunca mais consegui ser indiferente a um animal abandonado na rua”, relata Martha. Depois da Morgana, Martha adotou mais um gatinho (o Tiger). Um gato branco que eles alimentavam há tempos no condomínio apareceu com uma companheira. “Um dia ele trouxe a companheira e sua filhinha para comer na minha casa. A gata adulta era muito magra, pretinha também, só pelo e osso... E eu falava: o gato branco trouxe aquela gata fuçuda pra comer de novo... E assim ficou a Fuçuda. A Morgana e o Tiger nunca briga-
Margareth Krause e Otelo
ram com o gato branco ou a Fuçuda. Um dia o gato branco apareceu na porta de casa quase morto, havia sido envenenado. Levamos ao veterinário, mas era muito tarde. Fuçudinha e sua filha ficaram lá em casa desde então”, revela. Infelizmente, devido a um câncer no pulmão, Fuçuda faleceu três anos após seu resgate. Porém, Martha disse notar uma grande gratidão por parte da bichana por ter sido acolhida com tanto amor. Martha ainda resgatou outro gato adulto, que estava no estacionamento de um banco. Estava muito magro com dificuldade de respirar. “Levei pra casa, ele tinha água no pulmão por causa de algum acidente e tinha muita febre. Novamente foi um mês de tratamento com antibióticos, indo ao vet tirar a água do pulmão e tudo mais. Quando melhorou se juntou aos outros gatos da casa de forma bem natural também. Com este gato – o Smeagol - eu pude sentir a gratidão pela vida extra que lhe demos. Ele se apegou a nós e se adaptou perfeitamente à casa a aos outros animais”, lembra.
Otelo foi abandonado já adulto em uma pet shop. Quando a designer Margareth Krause o conheceu, logo se apaixonou: “Há uns quatro anos eu pensava em adotar um gato mas não tinha nada muito claro se seria adulto ou filhote. E eu não escolhi, ele me escolheu. O Otelo está comigo há quatro anos e eu sabia que ele era adulto quando fui conhecê-lo. Foi amor à primeira vista, fiquei louca quando o vi. Um gatão grandão e fofo!”, lembra. Para Margareth, a calma do animal adulto está entre as principais vantagens em se adotar nesta fase: “Com certeza eles são mais calmos que filhotes. Um animal adulto não tem tanto interesse em brincadeiras, não que não brinquem, eles brincam sim, mas eles já estão um pouco mais tranquilos. O filhote precisa de muito mais atenção e cuidados para o desenvolvimento e tem muita energia para correr e pular”. Quando adotou Otelo, a designer não tinha outros animais, mas recentemente incorporou mais um felino à família: “Recentemente adotei uma gata de nove meses e eles estão se entendendo muito bem. Eu tinha receio de que seria problemático, afinal o Otelo já era adulto quando o adotei e pensava que ele não aceitaria uma companhia. Engano o meu! Lógico que houve um período de adaptação, mas eles já estão super unidos, brincando e à vontade”, afirma. Otelo rapidamente se adaptou à nova casa: “A primeira coisa que ele fez quando chegou foi dar uma volta pelo apartamento e já reconheceu o
local. Verificou onde ficava sua lilteira e também a sua comida. Sem falar que tornou-se muito carinhoso comigo conforme adquiria confiança na nossa relação”, fala Margareth. Para Margareth, na hora de decidir entre um filhote ou um adulto, o que vale é pensar no seu ritmo e no coração: “O amor é o mesmo, tanto faz se é filhote ou não, garanto que o animal vai demonstrar todo seu afeto. Acredito que filhotes são mais ativos, por ainda brincarem muito, então este é o detalhe que acho mais importante. Eu digo que adotar um animal adulto é tão encantador quanto um filhote”.
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Karina Hauer, Madona, Willie e Geovana
Nailane Koloski e Moja Nailane Koloski adotou a gatinha Moja no abrigo Beco da Esperança, em Curitiba. Ela nasceu e viveu nas ruas durante toda sua vida, e por isso era extremamente arisca. “Esse tipo de gata não vai para adoção, passa o resto da vida no abrigo por ser arisca”, fala Nailane. Ela foi até o abrigo para adotar um filhotinho, e encantou-se com a Tangerina, que é filha da Moja. “Eu e a Lúcia (mantenedora do abrigo) tínhamos dó de separar ela de sua mãe, era a única gatinha que tinha sobrevivido dos quatro que nasceram, então pensei em levar as duas pra casa e assim que a Tangerina estivesse desapegada da mãe eu a devolveria para o abrigo. Como minha casa é toda telada não tinha perigo da Moja fugir. Depois de passar algum tempo com a Moja me apeguei muito a ela, e não tive coragem de devolvê-la para o abrigo, mesmo ela sendo tão diferente dos outros (mais assustada, arisca) eu passei a amar ela tanto quanto eles. Quando ela chegou aqui achei que ela nunca mais sairia de baixo da cama, agora ela dorme tranquila em cima da minha cama, do sofá, brinca, e se sente em casa. Eu fico muito feliz vendo como a Moja é feliz aqui, e pensando que
Karina Hauer tem quatro cães e três deles foram adotados adultos. Madona é uma mestiça de pastor alemão, que foi adotada numa feira de adoção, em Curitiba. Ela havia sido resgatada de uma construção, era usada pra guarda. Já Willie estava na esquina da casa de Karina machucado. “Ele tem um gênio maravilhoso, é o mais bonzinho de todos”, afirma a tutora. Geovana morou a vida inteira num abrigo com mais 2000 cães – a Associação Amigo Animal. “Ela me escolheu desde a primeira vez que eu fui visitar a ONG. Ela chorava e gritava cada vez que eu ia lá, tanto na chegada quanto na saída. Ficamos oito anos nesse sofrimento até que eu casei, fui morar numa casa e pude adotá-la”, lembra Karina. Como a pópria Karina trabalha na doação de muitos cães, ela sabe exatamente o tipo de animal que ninguém quer: “Sempre penso em adotar um cão que esteja precisando mais e que ninguém quer. Geralmente são adultos, não tão bonitos e porte médio. Resumindo, como eu faço muita doação de cães deixo os mais bonitinhos, pequenos e peludos para as pessoas adotarem, que é o perfil que a maioria prefere. As pessoas olham só o exterior e não entendem que se doa uma vida e todos querem e precisam de um lar com respeito e amor”, constata. Karina ainda ressalta os aspectos positivos da adoção de adultos: “Adultos são mais independentes e a adaptação é mais rápida e fácil, não dão tanto trabalho e o principal é que quando o filhote é mestiço, não sabemos o tamanho que vai ficar. Para quem exige que o cão seja de porte pequeno tem que adotar um cão adulto que não cresce mais”.
provavelmente ela nunca teria a chance de achar um lar, porque além de adulta era arisca”, lembra Nailane. Como a maioria das pessoas, Nailane inicialmente havia pensando em adotar um filhote, por achar que a adaptação de um animal adulto seria difícil: “Já adotei dois gatos e um cachorro adultos, e eles são tão apegados a mim quanto os que adotei filhotes, e os adultos se adaptaram tão rápido ao novo ambiente e a rotina quanto os filhotes. Não vi nenhuma desvantagem na adoção de um animal adulto”, afirma. Para ela, a resistência a adoção de adultos passa pelo aspecto cultural: “Uma coisa a se pensar é que culturalmente está enraizada a ideia de que é melhor adotar filhotes, por pensarem que eles se adaptam melhor que os adultos. Então, se você tem consciência disso, e sabe que devido a essa cultura os animais adultos acabam tendo menos chances de serem adotados, e podem acabar passado toda sua vida em abrigos ou nas ruas, por que não dar a chance a um desses animais de encontrar um lar? Não adote só pela idade, cor ou raça. Adote para dar uma chance àquele que mais precisa, uma chance de ter uma lar confortável e receber amor”, avalia Nailane.
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Yanê Carvalho, Guida, Haley e Mirna
A história de Monique Gonçalves com os bichanos já vem de longa data. O primeiro gatinho adotado por ela chama-se Xixo. Ele era adulto, mas Monique não: “Ele estava na cantina da minha escola, mas eu era criança. Minha mãe concordou e o levamos pra casa. Era um amor de gato, ficava grudado em mim o tempo todo, mas como não sabíamos muito como cuidar, acabamos não castrando ele, e como ele era um gato de rua, ele queria sempre dar umas voltinhas. Na primeira noite ele fez um escândalo para sair e minha mãe acabou deixando. Eu chorei, fiquei triste. Mas no dia seguinte, a surpresa: eu estava na janela, toda chororô, quando ouvi uns miadinhos no condomínio. Desci correndo, e tchans! O Xixo estava na porta, esperando que alguém abrisse pra ele! Foi assim durante um tempo, até que ele saiu e não voltou mais. Fiquei inconsolável, aí meus pais adotaram uma gatinha filhote para mim, a Natasha, que viveu comigo por 15 anos, e virou estrelinha ano passado”, conta Monique. Quando mudaram-se para uma casa, adotaram uma gatinha chamada Poxa, na Sociedade Protetora dos Animais, de Curitiba. Ela era adulta. “Ela era muito inteligente, companheira e leal! Acho que ela estava tão feliz de ter sido resgatada que queria nos agradecer de todos os jeitos (ainda me emociono lembrando dela). Eu nunca tinha tido um vira-lata, mas foi uma das experiências que mais me ensinaram! Aprendi que a beleza está nos olhos de quem vê, que amor não se compra, que amor incondicional existe mesmo! Infelizmente ela ficou pouco tempo conosco, ela não era castrada, aí acabou ficando prenhe de um husky que resgatamos na rua e que era bem maior que ela. Ela não resistiu ao parto, nem os filhotes. Foi muito triste, mas aprendi muito sobre adoção responsável. Na
Após perder duas cachorrinhas, uma vítima de câncer e outra de uma doença cardíaca, Yanê Carvalho ficou com apenas um cão. Ela o achava muito solitário e queria uma companhia para ele. “Eu queria uma fêmea, de pequeno porte, branca com manchas marrons ou pretas. E antes de dormir pedi para o meu anjo da guarda. No outro dia ao sair do ônibus no terminal do quase pisei nela, igualzinha a que eu pedi, peguei no colo tomei um taxi e voltei para casa! Isto foi há seis anos”, relata Yanê. A cadelinha foi batizada de Mirna. Guida apareceu por causa de um atropelamento. A irmã de Yanê avisou que na esquina da casa dela havia um cãozinho atropelado. “Eu a levei ao veterinário, não tinha nada quebrado! Tratei dela e era para encontrar um adotante, mas nos apaixonamos por ela (inclusive a Mirna!). Foi há cinco anos, ela é uma mistura e tanto, pura SRD!”, conta. Haley foi mais um resgatado da rua em condições nada favoráveis e tem uma história inusitada: “Passando em frente a minha casa vi um cão preto peludo, que era só sarna e sangue e quase sem pelos e com dó tentei dar ração pra ele, mas ele tinha tanta coceira que não conseguia comer, minha irmã viu e disse: ´Vamos dar um banho!´ Eu pensei: ´Pronto, mais um!’ Também era para adoção (já resgatei outros que doei). Mas nos apaixonamos novamente... depois um ano e meio que ele estava conosco, minha irmã estava mostrando a foto dele para uma amiga, que o reconheceu como seu! Ela o deu para uma amiga porque mora em apartamento e ‘ele ficou grande’. O Haley veio da Alemanha, na barriga da sua mamãe, e passou por seis donos até chegar a mim!”, conta Yanê.
época eu tinha 16 anos, meu pai não queria ´gastar com o cachorro´ e, por nossa culpa, ela não viveu tudo o que merecia. Felizmente hoje meus pais também mudaram. Ele castra, vacina e encontra lares responsáveis para todos os bichinhos que resgata. Meus tios também fazem isso, fico bem feliz”, afirma Monique. Quando foi morar sozinha, Monique adotou Bolinho, ainda filhote. “Como eu moro sozinha, comecei a pensar em adotar um companheiro pra ele, para ele não passar o dia sozinho. Eu ia esperar até as minhas férias deste ano, em março, para buscar um gatinho, para acompanhar a adaptação dos dois. E achava que se fosse um filhote seria mais fácil”. Porém, a mãe de Monique contou para ela que havia uma gatinha em situação de risco na escola em que dava aula. A gatinha era cuidada por algumas funcionárias, porém o segurança já havia até mesmo atingir a bichana com tiros. “Ela contou a história e perguntou se eu queria a gatinha. Não pensei duas vezes. À noite ela levou a gatinha. Magrinha, carente, chorona, se esfregava em mim, me dava beijo, deitava de barriguinha pra cima, como quem diz ´fica comigo, você não vai se arrepender´. Ela é uma mistura de siamês e escaminha de tartaruga. No começo cheguei a pensar ‘ tadinha, que feinha’. Hoje bato na boca quando lembro disso, ela está muito linda, não canso de olhar para ela. A Tampinha ficava no banheiro, e o Bolinho pela casa. Achei que ia ser fácil eles se adaptarem. Ledo engano. Comigo a Tampinha era uma fofa, mas quando decidi deixar os dois frente a frente, ela botou o Bolinho pra correr! Dava uns miados altos, pareciam gritos! Durante um tempo a Tampinha ficou na lavanderia, mas a porta era de vidro e eles ficavam miando, um
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de cada lado da porta, e enfiando a patinha por baixo. Aí, resolvi trocar os paninhos, para eles se acostumarem com o cheiro um do outro. No começo davam aqueles miadões apavorantes, mas depois passava. Finalmente, comecei a soltar os dois no mesmo ambiente, mas sempre junto e com um spray de água”, lembra Monique. A adaptação demorou, mas Monique não estava disposta a desistir: “Ela não é uma roupa que não serviu, um sapato que não ficou bom que eu posso simplesmente devolver. O que vou fazer? Jogá-la na rua de volta? Nunca mais conseguiria dormir, imaginando aquela carinha, que ficou tão feliz aqui em casa, na rua, passando frio, fome. Pode demorar, mas ela vai ficar aqui, no lar dela", afirma Monique.
Monique Gonçalves, Xixo, Poxa e Tampinha
Monique ainda adotou outra gatinha, Nalinha, e os três vivem em harmonia. “A pessoa que adotar um adulto deve ter paciência. Aquela história de ‘cachorro velho não parende truque novo’ é uma grande besteira. Aprende sim, mas você tem que ter carinho e paciência. E a recompensa é um amor infinito, um olhar de gratidão que só quem já adotou um adulto conhece e, claro, a consciência de que você contribuiu pra tirar pelo menos um bichinho da rua. Claro que é pouco, mas se todo mundo pensar assim, não sobrará mais um animalzinho desabrigado e sofrendo nas ruas”, comenta.
Conexão Pet espera que esta matéria tenha servido para quebrar alguns preconceitos e faça com que as pessoas repensem seus critérios na hora de escolher um animal. Não importa se ele é filhote ou adulto, o importante é ter a mente aberta e saber que qualquer animal que estejamos dispostos a amar, nos dará afeição em dobro!
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Os adultos também merecem um lar Está pensando em adotar um pet? Já considerou levar para casa um adulto? Apesar de todos os pesares, vemos que a adoção de animais é cada vez mais incentivada. Vemos grandes empresas que incentivam a adoção de animais através de suas campanhas publicitárias, ONGs e cidadãos levantando a questão da necessidade de dar um lar a animais que muito sofreram e foram descartados como objetos. Há mais pessoas adotando os animais, mas assim como acontece com os humanos, os mais velhos vão ficando para trás. Muitas pessoas acreditam que ao adotar um animal adulto não conseguirão discipliná-lo ou terão problema com os animais que já tenham em suas casas. Há também o indiscutível apelo do olhar doce e da cara fofinha de um filhote. Quem não se encanta com lindos bebês? No entanto, as crianças de hoje serão os adultos de amanhã. Os filhotes também crescerão, e muitas vezes além do esperado. Quando se adota um animal adulto, seu temperamento já está bem delineado e seu tamanho já é o definitivo: você sabe que ele não ultrapassará aquele tamanho. E também é importante lembrar que não é impossível adestrar animais adultos, basta vermos que figuras como Cesar Millan conseguem ser bem-sucedidos mesmo nos casos mais complicados envolvendo animais adultos. Para dar uma chance a esses animais tão especiais e amorosos, que necessitam de um lar e muito carinho, Conexão Pet resolveu trazer para vocês histórias mais do que felizes de pessoas que adotaram animais adultos.
Dóris Munhoz, Mia e Leo A professora Dóris Munhoz tinha uma gatinha em Santa Catarina, mas quando se mudou para Curitiba não pode trazê-la. Logo pensou em adotar um gatinho e foi ao abrigo Beco da Esperança. O que aconteceu, foi que ela apaixonou-se por dois bichanos e resolveu leva-los para casa. Os dois já eram adultos. “Não pensei em adotar adulto nem filhote, pensei em adotar aquele por quem eu me apaixonasse ´de cara´ (me apaixonei por dois, vieram os dois...). Acredito que existe uma espécie de ´química´ nessa nossa relação com os animais, como existe entre os humanos”, afirma Dóris. Para ela, uma das grandes vantagens de adotar um animal já crescido, é a possibilidade de já conhecer o temperamento do bicho: “Cada bichinho tem uma personalidade própria, independentemente da educação que receberá, que influi muito na sua relação com as pessoas. Muitas vezes, quando adotamos ou, principalmente, compramos um bebê, podemos nos deixar levar pelas suas ´gracinhas´ e não nos lembrar de que ele ficará adulto e mudará bastante, em vários aspectos. Além disso, ao adotar adultos, me senti feliz e realizada por estar dando uma chance a animais que não encontrariam um lar tão facilmente, estariam condenados a viver no abrigo”, conclui. A casa já tinha outra habitante de quatro patas, a Canela, uma buldogue francesa que também foi adotada por Dóris e pelo marido. “Ela estranhou no começo, mas logo foi dominada pelos gatos”, diverte-se Dóris.
Hoje os gatos, Mia e Leo, e a buldogue Canela vivem em perfeita harmonia e adaptaram-se à rotina da família: “Todo animal precisa de uma fase de adaptação, mesmo filhotes, que são tirados de suas mães. O que todos precisam é de carinho e atenção. O cuidado para evitar fugas, por exemplo, deve ser permanente, qualquer que seja a idade do animal”, salienta a professora. Dóris dá um conselho aos futuros adotantes que tenham algum preconceito em adotar adultos: “Adote segundo seu coração. Mas não tenha preconceitos. Talvez aquele que será seu grande amigo já está crescidinho... Que mal há nisso se vocês podem se dar bem?”.
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Carla Alessandra Claudino e vários pets! “Se for gato - ele te escolhe, então independente de filhote ou adulto vá sempre ao local conhecer todos que estiverem para a adoção. Você pode chegar com a ideia de um filhote e sair com um adulto ou até com os dois. No caso de cachorro, se teu espaço é pequeno e não tem certeza do tamanho que ficará o filhote, pegue um adulto, você pode educá-lo como a um filhote, tenho quatro cadelas, três adotadas adultas e foram educadas e se dão bem, principalmente com os gatos. Não me arrependo nem um minuto das adoções que fiz, meus 17 filhos (mis e aus) são minha grande paixão e me trazem muitas alegrias. Gatos e cães são muito companheiros e carinhos e podem viver em harmonia sim”. A publicitária Carla Alessandra Claudino tem 17 pets em sua casa, entre cães e gatos. Vários deles foram adotados já adultos. Ela foi à contramão da maioria, justamente por achar que animais adultos têm mais dificuldade para encontrar um lar: “Acredito que é bem mais fácil conseguir achar uma casa para um filhotinho, os adultos também precisam de carinho. Quando adotei o Toulouse, que foi o primeiro gato adulto e tinha 18 anos, queria dar um pouco de felicidade pra ele e fiquei triste pelo abandono do dono depois de tanto tempo. Com a Jéssika e o Salém foi bem parecido, iam ficar seis meses em casa e o dono os abandonou. Eu já pego amor no primeiro dia de convivência, independente se é filhote ou adulto, o carinho de ambos não têm explicação, cada um retribui de um jeito, mas retribui”, afirma. Para Carla poder saber o tamanho do animal, seu temperamento e ter um companheiro mais tranquilo em casa são algumas das vantagens em se adotar um animal mais velho. No momento de adotar, Carla diz que o futuro tutor, deve levar alguns pontos em consideração:
Luana Thais Kessler, Nina, Gigi e Lili Luana Thais Kessler é voluntária da ONG Amigo Animal, em Curitiba. A instituição abriga cerca de 2500 cães e Luana tem contato com muitas histórias tristes, de abandono e sofrimento. Atualmente, ela tem seis cães, quatro deles adotados. Destes quatro, Nina, Gigi e Lili foram para a casa da protetora já adultas. “Uma (a Valentina) eu adotei aos 9 meses, portanto ainda jovem, não totalmente adulta. Já Nina, Gigi e Lili foram adotadas já adultas. Gigi e Lili eu mesma encontrei nas ruas. “ A Lili é uma daschund, encontrada em profundo estado de desnutrição, muito magra e com piometra. Morreria em poucos dias se não fosse socorrida. “Hoje é super saudável, ciumenta e querida. Já está comigo há cinco anos”, conta Luana. Gigi foi a segunda. “Encontrei-a nas ruas com muita sarna, também desnutrida, e principalmente muito assustada”, relata a protetora. Valentina e a Nina viviam em um abrigo, uma chácara com mais de dois mil cães. “Eu as adotei porque acredito que abrigo não é a solução, e por mais que as pessoas tenham boa vontade, um abrigo nunca é tão bom quanto um lar verdadeiro”, explica. Valentina ainda não era adulta quando foi adotada. Tinha nove meses. Sobre adotar adultos, Luana diz que a experiência é bastante gratificante: “A gratidão de um cão adulto, quando retirado das ruas ou de um abrigo, é impressionante. Há uma diferença enorme entre adotar um adulto ou um filhote. O adulto, que já passou por situações de privação, maus tratos etc., nitidamente parece saber que foi acolhido, parece dar maior valor ao conforto e amor que hoje desfruta num lar de verdade. É quase unanimidade entre os que adotam cães adultos: eles realmente são diferentes”. Luana também destaca que a maturidade do cão na fase adulta contribui para que ele se ajuste à rotina da nova família: “Ao contrário do que
muitos pensam, a adaptação é muito mais rápida do que a de um filhote. Exatamente porque o cão adulto entende o que está acontecendo, se sente acolhido e é grato por isso. Além disso, ele já sabe onde deve fazer suas necessidades, e se não sabe, aprende bem mais rápido que um filhote. Um cão adulto não é tão dependente quanto um filhote, portanto se você precisa se ausentar por algumas horas do dia ele não vai ficar chorando e incomodando os vizinhos, como faz um filhote”. A maior resistência a enfermidades é outro ponto positivo destacado pela protetora: “Um cão adulto é bem menos suscetível a doenças e viroses, que comumente atacam mais filhotes, que tem menos imunidade que um cão adulto”, salienta. Além de toda a praticidade que um cão adulto pode ter em relação a um filhote, são critérios bem mais subjetivos que aquecem o coração de Luana: “Enfim, a sensação de ver aquele ser, antes abandonado, maltratado, desnutrido, com medo e apavorado, agora na sua casa, alimentado, aquecido, confortavelmente instalado e, principalmente, amado, é algo que não tem preço. Você pode ver, nos seus olhinhos, toda gratidão. E isso é algo que nos enche o coração de ternura e de esperança de que, se cada um adotasse um cãozinho de um abrigo ou das ruas, muitos que ainda estão por aí sofrendo, poderiam estar em um lar”, finaliza.
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Martha Bormann, Fuçuda e Smeagol Apesar de tardia, a aproximação da funcionária pública Martha Bormann com os gatos rendeu muitas histórias. “Aos 30 anos de idade eu não tinha muito contato com animais. Sempre achei os gatos lindos. Sou apaixonada por felinos em geral. Para mim são a perfeição da natureza. Mas conhecia pouco da personalidade deles. Tinha um pouco aquela ideia de que os gatos são independentes e não se apegam aos donos”, explica. Um dia dois lindos gatinhos de uns seis meses se mudaram para o condomínio em que Martha morava. Um branco e um preto. O gato branco era um macho e sempre vinha roubar ração de cachorro. Com o tempo passamos a colocar um pote pra ele na frente de casa. Martha adotou uma gatinha filhote que viu passeando por seu condomínio. Era uma gatinha preta e recebeu o nome de Morgana. “Com a Morgana aprendi a amar os gatos e a ver todos os animais de forma muito diferente. Aprendi como eles têm sentimentos, fidelidade, amor, dedicação, saudade. A Morgana é minha super companheira há oito anos. É incrível como a convivência com uma gatinha pode mudar tanto nossa percepção dos animais. Nunca mais consegui ser indiferente a um animal abandonado na rua”, relata Martha. Depois da Morgana, Martha adotou mais um gatinho (o Tiger). Um gato branco que eles alimentavam há tempos no condomínio apareceu com uma companheira. “Um dia ele trouxe a companheira e sua filhinha para comer na minha casa. A gata adulta era muito magra, pretinha também, só pelo e osso... E eu falava: o gato branco trouxe aquela gata fuçuda pra comer de novo... E assim ficou a Fuçuda. A Morgana e o Tiger nunca briga-
Margareth Krause e Otelo
ram com o gato branco ou a Fuçuda. Um dia o gato branco apareceu na porta de casa quase morto, havia sido envenenado. Levamos ao veterinário, mas era muito tarde. Fuçudinha e sua filha ficaram lá em casa desde então”, revela. Infelizmente, devido a um câncer no pulmão, Fuçuda faleceu três anos após seu resgate. Porém, Martha disse notar uma grande gratidão por parte da bichana por ter sido acolhida com tanto amor. Martha ainda resgatou outro gato adulto, que estava no estacionamento de um banco. Estava muito magro com dificuldade de respirar. “Levei pra casa, ele tinha água no pulmão por causa de algum acidente e tinha muita febre. Novamente foi um mês de tratamento com antibióticos, indo ao vet tirar a água do pulmão e tudo mais. Quando melhorou se juntou aos outros gatos da casa de forma bem natural também. Com este gato – o Smeagol - eu pude sentir a gratidão pela vida extra que lhe demos. Ele se apegou a nós e se adaptou perfeitamente à casa a aos outros animais”, lembra.
Otelo foi abandonado já adulto em uma pet shop. Quando a designer Margareth Krause o conheceu, logo se apaixonou: “Há uns quatro anos eu pensava em adotar um gato mas não tinha nada muito claro se seria adulto ou filhote. E eu não escolhi, ele me escolheu. O Otelo está comigo há quatro anos e eu sabia que ele era adulto quando fui conhecê-lo. Foi amor à primeira vista, fiquei louca quando o vi. Um gatão grandão e fofo!”, lembra. Para Margareth, a calma do animal adulto está entre as principais vantagens em se adotar nesta fase: “Com certeza eles são mais calmos que filhotes. Um animal adulto não tem tanto interesse em brincadeiras, não que não brinquem, eles brincam sim, mas eles já estão um pouco mais tranquilos. O filhote precisa de muito mais atenção e cuidados para o desenvolvimento e tem muita energia para correr e pular”. Quando adotou Otelo, a designer não tinha outros animais, mas recentemente incorporou mais um felino à família: “Recentemente adotei uma gata de nove meses e eles estão se entendendo muito bem. Eu tinha receio de que seria problemático, afinal o Otelo já era adulto quando o adotei e pensava que ele não aceitaria uma companhia. Engano o meu! Lógico que houve um período de adaptação, mas eles já estão super unidos, brincando e à vontade”, afirma. Otelo rapidamente se adaptou à nova casa: “A primeira coisa que ele fez quando chegou foi dar uma volta pelo apartamento e já reconheceu o
local. Verificou onde ficava sua lilteira e também a sua comida. Sem falar que tornou-se muito carinhoso comigo conforme adquiria confiança na nossa relação”, fala Margareth. Para Margareth, na hora de decidir entre um filhote ou um adulto, o que vale é pensar no seu ritmo e no coração: “O amor é o mesmo, tanto faz se é filhote ou não, garanto que o animal vai demonstrar todo seu afeto. Acredito que filhotes são mais ativos, por ainda brincarem muito, então este é o detalhe que acho mais importante. Eu digo que adotar um animal adulto é tão encantador quanto um filhote”.
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Karina Hauer, Madona, Willie e Geovana
Nailane Koloski e Moja Nailane Koloski adotou a gatinha Moja no abrigo Beco da Esperança, em Curitiba. Ela nasceu e viveu nas ruas durante toda sua vida, e por isso era extremamente arisca. “Esse tipo de gata não vai para adoção, passa o resto da vida no abrigo por ser arisca”, fala Nailane. Ela foi até o abrigo para adotar um filhotinho, e encantou-se com a Tangerina, que é filha da Moja. “Eu e a Lúcia (mantenedora do abrigo) tínhamos dó de separar ela de sua mãe, era a única gatinha que tinha sobrevivido dos quatro que nasceram, então pensei em levar as duas pra casa e assim que a Tangerina estivesse desapegada da mãe eu a devolveria para o abrigo. Como minha casa é toda telada não tinha perigo da Moja fugir. Depois de passar algum tempo com a Moja me apeguei muito a ela, e não tive coragem de devolvê-la para o abrigo, mesmo ela sendo tão diferente dos outros (mais assustada, arisca) eu passei a amar ela tanto quanto eles. Quando ela chegou aqui achei que ela nunca mais sairia de baixo da cama, agora ela dorme tranquila em cima da minha cama, do sofá, brinca, e se sente em casa. Eu fico muito feliz vendo como a Moja é feliz aqui, e pensando que
Karina Hauer tem quatro cães e três deles foram adotados adultos. Madona é uma mestiça de pastor alemão, que foi adotada numa feira de adoção, em Curitiba. Ela havia sido resgatada de uma construção, era usada pra guarda. Já Willie estava na esquina da casa de Karina machucado. “Ele tem um gênio maravilhoso, é o mais bonzinho de todos”, afirma a tutora. Geovana morou a vida inteira num abrigo com mais 2000 cães – a Associação Amigo Animal. “Ela me escolheu desde a primeira vez que eu fui visitar a ONG. Ela chorava e gritava cada vez que eu ia lá, tanto na chegada quanto na saída. Ficamos oito anos nesse sofrimento até que eu casei, fui morar numa casa e pude adotá-la”, lembra Karina. Como a pópria Karina trabalha na doação de muitos cães, ela sabe exatamente o tipo de animal que ninguém quer: “Sempre penso em adotar um cão que esteja precisando mais e que ninguém quer. Geralmente são adultos, não tão bonitos e porte médio. Resumindo, como eu faço muita doação de cães deixo os mais bonitinhos, pequenos e peludos para as pessoas adotarem, que é o perfil que a maioria prefere. As pessoas olham só o exterior e não entendem que se doa uma vida e todos querem e precisam de um lar com respeito e amor”, constata. Karina ainda ressalta os aspectos positivos da adoção de adultos: “Adultos são mais independentes e a adaptação é mais rápida e fácil, não dão tanto trabalho e o principal é que quando o filhote é mestiço, não sabemos o tamanho que vai ficar. Para quem exige que o cão seja de porte pequeno tem que adotar um cão adulto que não cresce mais”.
provavelmente ela nunca teria a chance de achar um lar, porque além de adulta era arisca”, lembra Nailane. Como a maioria das pessoas, Nailane inicialmente havia pensando em adotar um filhote, por achar que a adaptação de um animal adulto seria difícil: “Já adotei dois gatos e um cachorro adultos, e eles são tão apegados a mim quanto os que adotei filhotes, e os adultos se adaptaram tão rápido ao novo ambiente e a rotina quanto os filhotes. Não vi nenhuma desvantagem na adoção de um animal adulto”, afirma. Para ela, a resistência a adoção de adultos passa pelo aspecto cultural: “Uma coisa a se pensar é que culturalmente está enraizada a ideia de que é melhor adotar filhotes, por pensarem que eles se adaptam melhor que os adultos. Então, se você tem consciência disso, e sabe que devido a essa cultura os animais adultos acabam tendo menos chances de serem adotados, e podem acabar passado toda sua vida em abrigos ou nas ruas, por que não dar a chance a um desses animais de encontrar um lar? Não adote só pela idade, cor ou raça. Adote para dar uma chance àquele que mais precisa, uma chance de ter uma lar confortável e receber amor”, avalia Nailane.
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Yanê Carvalho, Guida, Haley e Mirna
A história de Monique Gonçalves com os bichanos já vem de longa data. O primeiro gatinho adotado por ela chama-se Xixo. Ele era adulto, mas Monique não: “Ele estava na cantina da minha escola, mas eu era criança. Minha mãe concordou e o levamos pra casa. Era um amor de gato, ficava grudado em mim o tempo todo, mas como não sabíamos muito como cuidar, acabamos não castrando ele, e como ele era um gato de rua, ele queria sempre dar umas voltinhas. Na primeira noite ele fez um escândalo para sair e minha mãe acabou deixando. Eu chorei, fiquei triste. Mas no dia seguinte, a surpresa: eu estava na janela, toda chororô, quando ouvi uns miadinhos no condomínio. Desci correndo, e tchans! O Xixo estava na porta, esperando que alguém abrisse pra ele! Foi assim durante um tempo, até que ele saiu e não voltou mais. Fiquei inconsolável, aí meus pais adotaram uma gatinha filhote para mim, a Natasha, que viveu comigo por 15 anos, e virou estrelinha ano passado”, conta Monique. Quando mudaram-se para uma casa, adotaram uma gatinha chamada Poxa, na Sociedade Protetora dos Animais, de Curitiba. Ela era adulta. “Ela era muito inteligente, companheira e leal! Acho que ela estava tão feliz de ter sido resgatada que queria nos agradecer de todos os jeitos (ainda me emociono lembrando dela). Eu nunca tinha tido um vira-lata, mas foi uma das experiências que mais me ensinaram! Aprendi que a beleza está nos olhos de quem vê, que amor não se compra, que amor incondicional existe mesmo! Infelizmente ela ficou pouco tempo conosco, ela não era castrada, aí acabou ficando prenhe de um husky que resgatamos na rua e que era bem maior que ela. Ela não resistiu ao parto, nem os filhotes. Foi muito triste, mas aprendi muito sobre adoção responsável. Na
Após perder duas cachorrinhas, uma vítima de câncer e outra de uma doença cardíaca, Yanê Carvalho ficou com apenas um cão. Ela o achava muito solitário e queria uma companhia para ele. “Eu queria uma fêmea, de pequeno porte, branca com manchas marrons ou pretas. E antes de dormir pedi para o meu anjo da guarda. No outro dia ao sair do ônibus no terminal do quase pisei nela, igualzinha a que eu pedi, peguei no colo tomei um taxi e voltei para casa! Isto foi há seis anos”, relata Yanê. A cadelinha foi batizada de Mirna. Guida apareceu por causa de um atropelamento. A irmã de Yanê avisou que na esquina da casa dela havia um cãozinho atropelado. “Eu a levei ao veterinário, não tinha nada quebrado! Tratei dela e era para encontrar um adotante, mas nos apaixonamos por ela (inclusive a Mirna!). Foi há cinco anos, ela é uma mistura e tanto, pura SRD!”, conta. Haley foi mais um resgatado da rua em condições nada favoráveis e tem uma história inusitada: “Passando em frente a minha casa vi um cão preto peludo, que era só sarna e sangue e quase sem pelos e com dó tentei dar ração pra ele, mas ele tinha tanta coceira que não conseguia comer, minha irmã viu e disse: ´Vamos dar um banho!´ Eu pensei: ´Pronto, mais um!’ Também era para adoção (já resgatei outros que doei). Mas nos apaixonamos novamente... depois um ano e meio que ele estava conosco, minha irmã estava mostrando a foto dele para uma amiga, que o reconheceu como seu! Ela o deu para uma amiga porque mora em apartamento e ‘ele ficou grande’. O Haley veio da Alemanha, na barriga da sua mamãe, e passou por seis donos até chegar a mim!”, conta Yanê.
época eu tinha 16 anos, meu pai não queria ´gastar com o cachorro´ e, por nossa culpa, ela não viveu tudo o que merecia. Felizmente hoje meus pais também mudaram. Ele castra, vacina e encontra lares responsáveis para todos os bichinhos que resgata. Meus tios também fazem isso, fico bem feliz”, afirma Monique. Quando foi morar sozinha, Monique adotou Bolinho, ainda filhote. “Como eu moro sozinha, comecei a pensar em adotar um companheiro pra ele, para ele não passar o dia sozinho. Eu ia esperar até as minhas férias deste ano, em março, para buscar um gatinho, para acompanhar a adaptação dos dois. E achava que se fosse um filhote seria mais fácil”. Porém, a mãe de Monique contou para ela que havia uma gatinha em situação de risco na escola em que dava aula. A gatinha era cuidada por algumas funcionárias, porém o segurança já havia até mesmo atingir a bichana com tiros. “Ela contou a história e perguntou se eu queria a gatinha. Não pensei duas vezes. À noite ela levou a gatinha. Magrinha, carente, chorona, se esfregava em mim, me dava beijo, deitava de barriguinha pra cima, como quem diz ´fica comigo, você não vai se arrepender´. Ela é uma mistura de siamês e escaminha de tartaruga. No começo cheguei a pensar ‘ tadinha, que feinha’. Hoje bato na boca quando lembro disso, ela está muito linda, não canso de olhar para ela. A Tampinha ficava no banheiro, e o Bolinho pela casa. Achei que ia ser fácil eles se adaptarem. Ledo engano. Comigo a Tampinha era uma fofa, mas quando decidi deixar os dois frente a frente, ela botou o Bolinho pra correr! Dava uns miados altos, pareciam gritos! Durante um tempo a Tampinha ficou na lavanderia, mas a porta era de vidro e eles ficavam miando, um
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de cada lado da porta, e enfiando a patinha por baixo. Aí, resolvi trocar os paninhos, para eles se acostumarem com o cheiro um do outro. No começo davam aqueles miadões apavorantes, mas depois passava. Finalmente, comecei a soltar os dois no mesmo ambiente, mas sempre junto e com um spray de água”, lembra Monique. A adaptação demorou, mas Monique não estava disposta a desistir: “Ela não é uma roupa que não serviu, um sapato que não ficou bom que eu posso simplesmente devolver. O que vou fazer? Jogá-la na rua de volta? Nunca mais conseguiria dormir, imaginando aquela carinha, que ficou tão feliz aqui em casa, na rua, passando frio, fome. Pode demorar, mas ela vai ficar aqui, no lar dela", afirma Monique.
Monique Gonçalves, Xixo, Poxa e Tampinha
Monique ainda adotou outra gatinha, Nalinha, e os três vivem em harmonia. “A pessoa que adotar um adulto deve ter paciência. Aquela história de ‘cachorro velho não parende truque novo’ é uma grande besteira. Aprende sim, mas você tem que ter carinho e paciência. E a recompensa é um amor infinito, um olhar de gratidão que só quem já adotou um adulto conhece e, claro, a consciência de que você contribuiu pra tirar pelo menos um bichinho da rua. Claro que é pouco, mas se todo mundo pensar assim, não sobrará mais um animalzinho desabrigado e sofrendo nas ruas”, comenta.
Conexão Pet espera que esta matéria tenha servido para quebrar alguns preconceitos e faça com que as pessoas repensem seus critérios na hora de escolher um animal. Não importa se ele é filhote ou adulto, o importante é ter a mente aberta e saber que qualquer animal que estejamos dispostos a amar, nos dará afeição em dobro!
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Os adultos também merecem um lar Está pensando em adotar um pet? Já considerou levar para casa um adulto? Apesar de todos os pesares, vemos que a adoção de animais é cada vez mais incentivada. Vemos grandes empresas que incentivam a adoção de animais através de suas campanhas publicitárias, ONGs e cidadãos levantando a questão da necessidade de dar um lar a animais que muito sofreram e foram descartados como objetos. Há mais pessoas adotando os animais, mas assim como acontece com os humanos, os mais velhos vão ficando para trás. Muitas pessoas acreditam que ao adotar um animal adulto não conseguirão discipliná-lo ou terão problema com os animais que já tenham em suas casas. Há também o indiscutível apelo do olhar doce e da cara fofinha de um filhote. Quem não se encanta com lindos bebês? No entanto, as crianças de hoje serão os adultos de amanhã. Os filhotes também crescerão, e muitas vezes além do esperado. Quando se adota um animal adulto, seu temperamento já está bem delineado e seu tamanho já é o definitivo: você sabe que ele não ultrapassará aquele tamanho. E também é importante lembrar que não é impossível adestrar animais adultos, basta vermos que figuras como Cesar Millan conseguem ser bem-sucedidos mesmo nos casos mais complicados envolvendo animais adultos. Para dar uma chance a esses animais tão especiais e amorosos, que necessitam de um lar e muito carinho, Conexão Pet resolveu trazer para vocês histórias mais do que felizes de pessoas que adotaram animais adultos.
Dóris Munhoz, Mia e Leo A professora Dóris Munhoz tinha uma gatinha em Santa Catarina, mas quando se mudou para Curitiba não pode trazê-la. Logo pensou em adotar um gatinho e foi ao abrigo Beco da Esperança. O que aconteceu, foi que ela apaixonou-se por dois bichanos e resolveu leva-los para casa. Os dois já eram adultos. “Não pensei em adotar adulto nem filhote, pensei em adotar aquele por quem eu me apaixonasse ´de cara´ (me apaixonei por dois, vieram os dois...). Acredito que existe uma espécie de ´química´ nessa nossa relação com os animais, como existe entre os humanos”, afirma Dóris. Para ela, uma das grandes vantagens de adotar um animal já crescido, é a possibilidade de já conhecer o temperamento do bicho: “Cada bichinho tem uma personalidade própria, independentemente da educação que receberá, que influi muito na sua relação com as pessoas. Muitas vezes, quando adotamos ou, principalmente, compramos um bebê, podemos nos deixar levar pelas suas ´gracinhas´ e não nos lembrar de que ele ficará adulto e mudará bastante, em vários aspectos. Além disso, ao adotar adultos, me senti feliz e realizada por estar dando uma chance a animais que não encontrariam um lar tão facilmente, estariam condenados a viver no abrigo”, conclui. A casa já tinha outra habitante de quatro patas, a Canela, uma buldogue francesa que também foi adotada por Dóris e pelo marido. “Ela estranhou no começo, mas logo foi dominada pelos gatos”, diverte-se Dóris.
Hoje os gatos, Mia e Leo, e a buldogue Canela vivem em perfeita harmonia e adaptaram-se à rotina da família: “Todo animal precisa de uma fase de adaptação, mesmo filhotes, que são tirados de suas mães. O que todos precisam é de carinho e atenção. O cuidado para evitar fugas, por exemplo, deve ser permanente, qualquer que seja a idade do animal”, salienta a professora. Dóris dá um conselho aos futuros adotantes que tenham algum preconceito em adotar adultos: “Adote segundo seu coração. Mas não tenha preconceitos. Talvez aquele que será seu grande amigo já está crescidinho... Que mal há nisso se vocês podem se dar bem?”.
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Carla Alessandra Claudino e vários pets! “Se for gato - ele te escolhe, então independente de filhote ou adulto vá sempre ao local conhecer todos que estiverem para a adoção. Você pode chegar com a ideia de um filhote e sair com um adulto ou até com os dois. No caso de cachorro, se teu espaço é pequeno e não tem certeza do tamanho que ficará o filhote, pegue um adulto, você pode educá-lo como a um filhote, tenho quatro cadelas, três adotadas adultas e foram educadas e se dão bem, principalmente com os gatos. Não me arrependo nem um minuto das adoções que fiz, meus 17 filhos (mis e aus) são minha grande paixão e me trazem muitas alegrias. Gatos e cães são muito companheiros e carinhos e podem viver em harmonia sim”. A publicitária Carla Alessandra Claudino tem 17 pets em sua casa, entre cães e gatos. Vários deles foram adotados já adultos. Ela foi à contramão da maioria, justamente por achar que animais adultos têm mais dificuldade para encontrar um lar: “Acredito que é bem mais fácil conseguir achar uma casa para um filhotinho, os adultos também precisam de carinho. Quando adotei o Toulouse, que foi o primeiro gato adulto e tinha 18 anos, queria dar um pouco de felicidade pra ele e fiquei triste pelo abandono do dono depois de tanto tempo. Com a Jéssika e o Salém foi bem parecido, iam ficar seis meses em casa e o dono os abandonou. Eu já pego amor no primeiro dia de convivência, independente se é filhote ou adulto, o carinho de ambos não têm explicação, cada um retribui de um jeito, mas retribui”, afirma. Para Carla poder saber o tamanho do animal, seu temperamento e ter um companheiro mais tranquilo em casa são algumas das vantagens em se adotar um animal mais velho. No momento de adotar, Carla diz que o futuro tutor, deve levar alguns pontos em consideração:
Luana Thais Kessler, Nina, Gigi e Lili Luana Thais Kessler é voluntária da ONG Amigo Animal, em Curitiba. A instituição abriga cerca de 2500 cães e Luana tem contato com muitas histórias tristes, de abandono e sofrimento. Atualmente, ela tem seis cães, quatro deles adotados. Destes quatro, Nina, Gigi e Lili foram para a casa da protetora já adultas. “Uma (a Valentina) eu adotei aos 9 meses, portanto ainda jovem, não totalmente adulta. Já Nina, Gigi e Lili foram adotadas já adultas. Gigi e Lili eu mesma encontrei nas ruas. ” A Lili é uma daschund, encontrada em profundo estado de desnutrição, muito magra e com piometra. Morreria em poucos dias se não fosse socorrida. “Hoje é super saudável, ciumenta e querida. Já está comigo há cinco anos”, conta Luana. Gigi foi a segunda. “Encontrei-a nas ruas com muita sarna, também desnutrida, e principalmente muito assustada”, relata a protetora. Valentina e a Nina viviam em um abrigo, uma chácara com mais de dois mil cães. “Eu as adotei porque acredito que abrigo não é a solução, e por mais que as pessoas tenham boa vontade, um abrigo nunca é tão bom quanto um lar verdadeiro”, explica. Valentina ainda não era adulta quando foi adotada. Tinha nove meses. Sobre adotar adultos, Luana diz que a experiência é bastante gratificante: “A gratidão de um cão adulto, quando retirado das ruas ou de um abrigo, é impressionante. Há uma diferença enorme entre adotar um adulto ou um filhote. O adulto, que já passou por situações de privação, maus tratos etc., nitidamente parece saber que foi acolhido, parece dar maior valor ao conforto e amor que hoje desfruta num lar de verdade. É quase unanimidade entre os que adotam cães adultos: eles realmente são diferentes”. Luana também destaca que a maturidade do cão na fase adulta contribui para que ele se ajuste à rotina da nova família: “Ao contrário do que
muitos pensam, a adaptação é muito mais rápida do que a de um filhote. Exatamente porque o cão adulto entende o que está acontecendo, se sente acolhido e é grato por isso. Além disso, ele já sabe onde deve fazer suas necessidades, e se não sabe, aprende bem mais rápido que um filhote. Um cão adulto não é tão dependente quanto um filhote, portanto se você precisa se ausentar por algumas horas do dia ele não vai ficar chorando e incomodando os vizinhos, como faz um filhote”. A maior resistência a enfermidades é outro ponto positivo destacado pela protetora: “Um cão adulto é bem menos suscetível a doenças e viroses, que comumente atacam mais filhotes, que tem menos imunidade que um cão adulto”, salienta. Além de toda a praticidade que um cão adulto pode ter em relação a um filhote, são critérios bem mais subjetivos que aquecem o coração de Luana: “Enfim, a sensação de ver aquele ser, antes abandonado, maltratado, desnutrido, com medo e apavorado, agora na sua casa, alimentado, aquecido, confortavelmente instalado e, principalmente, amado, é algo que não tem preço. Você pode ver, nos seus olhinhos, toda gratidão. E isso é algo que nos enche o coração de ternura e de esperança de que, se cada um adotasse um cãozinho de um abrigo ou das ruas, muitos que ainda estão por aí sofrendo, poderiam estar em um lar”, finaliza.
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Martha Bormann, Fuçuda e Smeagol Apesar de tardia, a aproximação da funcionária pública Martha Bormann com os gatos rendeu muitas histórias. “Aos 30 anos de idade eu não tinha muito contato com animais. Sempre achei os gatos lindos. Sou apaixonada por felinos em geral. Para mim são a perfeição da natureza. Mas conhecia pouco da personalidade deles. Tinha um pouco aquela ideia de que os gatos são independentes e não se apegam aos donos”, explica. Um dia dois lindos gatinhos de uns seis meses se mudaram para o condomínio em que Martha morava. Um branco e um preto. O gato branco era um macho e sempre vinha roubar ração de cachorro. Com o tempo passamos a colocar um pote pra ele na frente de casa. Martha adotou uma gatinha filhote que viu passeando por seu condomínio. Era uma gatinha preta e recebeu o nome de Morgana. “Com a Morgana aprendi a amar os gatos e a ver todos os animais de forma muito diferente. Aprendi como eles têm sentimentos, fidelidade, amor, dedicação, saudade. A Morgana é minha super companheira há oito anos. É incrível como a convivência com uma gatinha pode mudar tanto nossa percepção dos animais. Nunca mais consegui ser indiferente a um animal abandonado na rua”, relata Martha. Depois da Morgana, Martha adotou mais um gatinho (o Tiger). Um gato branco que eles alimentavam há tempos no condomínio apareceu com uma companheira. “Um dia ele trouxe a companheira e sua filhinha para comer na minha casa. A gata adulta era muito magra, pretinha também, só pelo e osso... E eu falava: o gato branco trouxe aquela gata fuçuda pra comer de novo... E assim ficou a Fuçuda. A Morgana e o Tiger nunca briga-
Margareth Krause e Otelo
ram com o gato branco ou a Fuçuda. Um dia o gato branco apareceu na porta de casa quase morto, havia sido envenenado. Levamos ao veterinário, mas era muito tarde. Fuçudinha e sua filha ficaram lá em casa desde então”, revela. Infelizmente, devido a um câncer no pulmão, Fuçuda faleceu três anos após seu resgate. Porém, Martha disse notar uma grande gratidão por parte da bichana por ter sido acolhida com tanto amor. Martha ainda resgatou outro gato adulto, que estava no estacionamento de um banco. Estava muito magro com dificuldade de respirar. “Levei pra casa, ele tinha água no pulmão por causa de algum acidente e tinha muita febre. Novamente foi um mês de tratamento com antibióticos, indo ao vet tirar a água do pulmão e tudo mais. Quando melhorou se juntou aos outros gatos da casa de forma bem natural também. Com este gato – o Smeagol - eu pude sentir a gratidão pela vida extra que lhe demos. Ele se apegou a nós e se adaptou perfeitamente à casa a aos outros animais”, lembra.
Otelo foi abandonado já adulto em uma pet shop. Quando a designer Margareth Krause o conheceu, logo se apaixonou: “Há uns quatro anos eu pensava em adotar um gato mas não tinha nada muito claro se seria adulto ou filhote. E eu não escolhi, ele me escolheu. O Otelo está comigo há quatro anos e eu sabia que ele era adulto quando fui conhecê-lo. Foi amor à primeira vista, fiquei louca quando o vi. Um gatão grandão e fofo!”, lembra. Para Margareth, a calma do animal adulto está entre as principais vantagens em se adotar nesta fase: “Com certeza eles são mais calmos que filhotes. Um animal adulto não tem tanto interesse em brincadeiras, não que não brinquem, eles brincam sim, mas eles já estão um pouco mais tranquilos. O filhote precisa de muito mais atenção e cuidados para o desenvolvimento e tem muita energia para correr e pular”. Quando adotou Otelo, a designer não tinha outros animais, mas recentemente incorporou mais um felino à família: “Recentemente adotei uma gata de nove meses e eles estão se entendendo muito bem. Eu tinha receio de que seria problemático, afinal o Otelo já era adulto quando o adotei e pensava que ele não aceitaria uma companhia. Engano o meu! Lógico que houve um período de adaptação, mas eles já estão super unidos, brincando e à vontade”, afirma. Otelo rapidamente se adaptou à nova casa: “A primeira coisa que ele fez quando chegou foi dar uma volta pelo apartamento e já reconheceu o
local. Verificou onde ficava sua lilteira e também a sua comida. Sem falar que tornou-se muito carinhoso comigo conforme adquiria confiança na nossa relação”, fala Margareth. Para Margareth, na hora de decidir entre um filhote ou um adulto, o que vale é pensar no seu ritmo e no coração: “O amor é o mesmo, tanto faz se é filhote ou não, garanto que o animal vai demonstrar todo seu afeto. Acredito que filhotes são mais ativos, por ainda brincarem muito, então este é o detalhe que acho mais importante. Eu digo que adotar um animal adulto é tão encantador quanto um filhote”.
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Karina Hauer, Madona, Willie e Geovana
Nailane Koloski e Moja Nailane Koloski adotou a gatinha Moja no abrigo Beco da Esperança, em Curitiba. Ela nasceu e viveu nas ruas durante toda sua vida, e por isso era extremamente arisca. “Esse tipo de gata não vai para adoção, passa o resto da vida no abrigo por ser arisca”, fala Nailane. Ela foi até o abrigo para adotar um filhotinho, e encantou-se com a Tangerina, que é filha da Moja. “Eu e a Lúcia (mantenedora do abrigo) tínhamos dó de separar ela de sua mãe, era a única gatinha que tinha sobrevivido dos quatro que nasceram, então pensei em levar as duas pra casa e assim que a Tangerina estivesse desapegada da mãe eu a devolveria para o abrigo. Como minha casa é toda telada não tinha perigo da Moja fugir. Depois de passar algum tempo com a Moja me apeguei muito a ela, e não tive coragem de devolvê-la para o abrigo, mesmo ela sendo tão diferente dos outros (mais assustada, arisca) eu passei a amar ela tanto quanto eles. Quando ela chegou aqui achei que ela nunca mais sairia de baixo da cama, agora ela dorme tranquila em cima da minha cama, do sofá, brinca, e se sente em casa. Eu fico muito feliz vendo como a Moja é feliz aqui, e pensando que
Karina Hauer tem quatro cães e três deles foram adotados adultos. Madona é uma mestiça de pastor alemão, que foi adotada numa feira de adoção, em Curitiba. Ela havia sido resgatada de uma construção, era usada pra guarda. Já Willie estava na esquina da casa de Karina machucado. “Ele tem um gênio maravilhoso, é o mais bonzinho de todos”, afirma a tutora. Geovana morou a vida inteira num abrigo com mais 2000 cães – a Associação Amigo Animal. “Ela me escolheu desde a primeira vez que eu fui visitar a ONG. Ela chorava e gritava cada vez que eu ia lá, tanto na chegada quanto na saída. Ficamos oito anos nesse sofrimento até que eu casei, fui morar numa casa e pude adotá-la”, lembra Karina. Como a pópria Karina trabalha na doação de muitos cães, ela sabe exatamente o tipo de animal que ninguém quer: “Sempre penso em adotar um cão que esteja precisando mais e que ninguém quer. Geralmente são adultos, não tão bonitos e porte médio. Resumindo, como eu faço muita doação de cães deixo os mais bonitinhos, pequenos e peludos para as pessoas adotarem, que é o perfil que a maioria prefere. As pessoas olham só o exterior e não entendem que se doa uma vida e todos querem e precisam de um lar com respeito e amor”, constata. Karina ainda ressalta os aspectos positivos da adoção de adultos: “Adultos são mais independentes e a adaptação é mais rápida e fácil, não dão tanto trabalho e o principal é que quando o filhote é mestiço, não sabemos o tamanho que vai ficar. Para quem exige que o cão seja de porte pequeno tem que adotar um cão adulto que não cresce mais”.
provavelmente ela nunca teria a chance de achar um lar, porque além de adulta era arisca”, lembra Nailane. Como a maioria das pessoas, Nailane inicialmente havia pensando em adotar um filhote, por achar que a adaptação de um animal adulto seria difícil: “Já adotei dois gatos e um cachorro adultos, e eles são tão apegados a mim quanto os que adotei filhotes, e os adultos se adaptaram tão rápido ao novo ambiente e a rotina quanto os filhotes. Não vi nenhuma desvantagem na adoção de um animal adulto”, afirma. Para ela, a resistência a adoção de adultos passa pelo aspecto cultural: “Uma coisa a se pensar é que culturalmente está enraizada a ideia de que é melhor adotar filhotes, por pensarem que eles se adaptam melhor que os adultos. Então, se você tem consciência disso, e sabe que devido a essa cultura os animais adultos acabam tendo menos chances de serem adotados, e podem acabar passado toda sua vida em abrigos ou nas ruas, por que não dar a chance a um desses animais de encontrar um lar? Não adote só pela idade, cor ou raça. Adote para dar uma chance àquele que mais precisa, uma chance de ter uma lar confortável e receber amor”, avalia Nailane.
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Yanê Carvalho, Guida, Haley e Mirna
A história de Monique Gonçalves com os bichanos já vem de longa data. O primeiro gatinho adotado por ela chama-se Xixo. Ele era adulto, mas Monique não: “Ele estava na cantina da minha escola, mas eu era criança. Minha mãe concordou e o levamos pra casa. Era um amor de gato, ficava grudado em mim o tempo todo, mas como não sabíamos muito como cuidar, acabamos não castrando ele, e como ele era um gato de rua, ele queria sempre dar umas voltinhas. Na primeira noite ele fez um escândalo para sair e minha mãe acabou deixando. Eu chorei, fiquei triste. Mas no dia seguinte, a surpresa: eu estava na janela, toda chororô, quando ouvi uns miadinhos no condomínio. Desci correndo, e tchans! O Xixo estava na porta, esperando que alguém abrisse pra ele! Foi assim durante um tempo, até que ele saiu e não voltou mais. Fiquei inconsolável, aí meus pais adotaram uma gatinha filhote para mim, a Natasha, que viveu comigo por 15 anos, e virou estrelinha ano passado”, conta Monique. Quando mudaram-se para uma casa, adotaram uma gatinha chamada Poxa, na Sociedade Protetora dos Animais, de Curitiba. Ela era adulta. “Ela era muito inteligente, companheira e leal! Acho que ela estava tão feliz de ter sido resgatada que queria nos agradecer de todos os jeitos (ainda me emociono lembrando dela). Eu nunca tinha tido um vira-lata, mas foi uma das experiências que mais me ensinaram! Aprendi que a beleza está nos olhos de quem vê, que amor não se compra, que amor incondicional existe mesmo! Infelizmente ela ficou pouco tempo conosco, ela não era castrada, aí acabou ficando prenhe de um husky que resgatamos na rua e que era bem maior que ela. Ela não resistiu ao parto, nem os filhotes. Foi muito triste, mas aprendi muito sobre adoção responsável. Na
Após perder duas cachorrinhas, uma vítima de câncer e outra de uma doença cardíaca, Yanê Carvalho ficou com apenas um cão. Ela o achava muito solitário e queria uma companhia para ele. “Eu queria uma fêmea, de pequeno porte, branca com manchas marrons ou pretas. E antes de dormir pedi para o meu anjo da guarda. No outro dia ao sair do ônibus no terminal do quase pisei nela, igualzinha a que eu pedi, peguei no colo tomei um taxi e voltei para casa! Isto foi há seis anos”, relata Yanê. A cadelinha foi batizada de Mirna. Guida apareceu por causa de um atropelamento. A irmã de Yanê avisou que na esquina da casa dela havia um cãozinho atropelado. “Eu a levei ao veterinário, não tinha nada quebrado! Tratei dela e era para encontrar um adotante, mas nos apaixonamos por ela (inclusive a Mirna!). Foi há cinco anos, ela é uma mistura e tanto, pura SRD!”, conta. Haley foi mais um resgatado da rua em condições nada favoráveis e tem uma história inusitada: “Passando em frente a minha casa vi um cão preto peludo, que era só sarna e sangue e quase sem pelos e com dó tentei dar ração pra ele, mas ele tinha tanta coceira que não conseguia comer, minha irmã viu e disse: ´Vamos dar um banho!´ Eu pensei: ´Pronto, mais um!’ Também era para adoção (já resgatei outros que doei). Mas nos apaixonamos novamente... depois um ano e meio que ele estava conosco, minha irmã estava mostrando a foto dele para uma amiga, que o reconheceu como seu! Ela o deu para uma amiga porque mora em apartamento e ‘ele ficou grande’. O Haley veio da Alemanha, na barriga da sua mamãe, e passou por seis donos até chegar a mim!”, conta Yanê.
época eu tinha 16 anos, meu pai não queria ´gastar com o cachorro´ e, por nossa culpa, ela não viveu tudo o que merecia. Felizmente hoje meus pais também mudaram. Ele castra, vacina e encontra lares responsáveis para todos os bichinhos que resgata. Meus tios também fazem isso, fico bem feliz”, afirma Monique. Quando foi morar sozinha, Monique adotou Bolinho, ainda filhote. “Como eu moro sozinha, comecei a pensar em adotar um companheiro pra ele, para ele não passar o dia sozinho. Eu ia esperar até as minhas férias deste ano, em março, para buscar um gatinho, para acompanhar a adaptação dos dois. E achava que se fosse um filhote seria mais fácil”. Porém, a mãe de Monique contou para ela que havia uma gatinha em situação de risco na escola em que dava aula. A gatinha era cuidada por algumas funcionárias, porém o segurança já havia até mesmo atingir a bichana com tiros. “Ela contou a história e perguntou se eu queria a gatinha. Não pensei duas vezes. À noite ela levou a gatinha. Magrinha, carente, chorona, se esfregava em mim, me dava beijo, deitava de barriguinha pra cima, como quem diz ´fica comigo, você não vai se arrepender´. Ela é uma mistura de siamês e escaminha de tartaruga. No começo cheguei a pensar ‘ tadinha, que feinha’. Hoje bato na boca quando lembro disso, ela está muito linda, não canso de olhar para ela. A Tampinha ficava no banheiro, e o Bolinho pela casa. Achei que ia ser fácil eles se adaptarem. Ledo engano. Comigo a Tampinha era uma fofa, mas quando decidi deixar os dois frente a frente, ela botou o Bolinho pra correr! Dava uns miados altos, pareciam gritos! Durante um tempo a Tampinha ficou na lavanderia, mas a porta era de vidro e eles ficavam miando, um
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de cada lado da porta, e enfiando a patinha por baixo. Aí, resolvi trocar os paninhos, para eles se acostumarem com o cheiro um do outro. No começo davam aqueles miadões apavorantes, mas depois passava. Finalmente, comecei a soltar os dois no mesmo ambiente, mas sempre junto e com um spray de água”, lembra Monique. A adaptação demorou, mas Monique não estava disposta a desistir: “Ela não é uma roupa que não serviu, um sapato que não ficou bom que eu posso simplesmente devolver. O que vou fazer? Jogá-la na rua de volta? Nunca mais conseguiria dormir, imaginando aquela carinha, que ficou tão feliz aqui em casa, na rua, passando frio, fome. Pode demorar, mas ela vai ficar aqui, no lar dela", afirma Monique.
Monique Gonçalves, Xixo, Poxa e Tampinha
Monique ainda adotou outra gatinha, Nalinha, e os três vivem em harmonia. “A pessoa que adotar um adulto deve ter paciência. Aquela história de ‘cachorro velho não parende truque novo’ é uma grande besteira. Aprende sim, mas você tem que ter carinho e paciência. E a recompensa é um amor infinito, um olhar de gratidão que só quem já adotou um adulto conhece e, claro, a consciência de que você contribuiu pra tirar pelo menos um bichinho da rua. Claro que é pouco, mas se todo mundo pensar assim, não sobrará mais um animalzinho desabrigado e sofrendo nas ruas”, comenta.
Conexão Pet espera que esta matéria tenha servido para quebrar alguns preconceitos e faça com que as pessoas repensem seus critérios na hora de escolher um animal. Não importa se ele é filhote ou adulto, o importante é ter a mente aberta e saber que qualquer animal que estejamos dispostos a amar, nos dará afeição em dobro!
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Os adultos também merecem um lar Está pensando em adotar um pet? Já considerou levar para casa um adulto? Apesar de todos os pesares, vemos que a adoção de animais é cada vez mais incentivada. Vemos grandes empresas que incentivam a adoção de animais através de suas campanhas publicitárias, ONGs e cidadãos levantando a questão da necessidade de dar um lar a animais que muito sofreram e foram descartados como objetos. Há mais pessoas adotando os animais, mas assim como acontece com os humanos, os mais velhos vão ficando para trás. Muitas pessoas acreditam que ao adotar um animal adulto não conseguirão discipliná-lo ou terão problema com os animais que já tenham em suas casas. Há também o indiscutível apelo do olhar doce e da cara fofinha de um filhote. Quem não se encanta com lindos bebês? No entanto, as crianças de hoje serão os adultos de amanhã. Os filhotes também crescerão, e muitas vezes além do esperado. Quando se adota um animal adulto, seu temperamento já está bem delineado e seu tamanho já é o definitivo: você sabe que ele não ultrapassará aquele tamanho. E também é importante lembrar que não é impossível adestrar animais adultos, basta vermos que figuras como Cesar Millan conseguem ser bem-sucedidos mesmo nos casos mais complicados envolvendo animais adultos. Para dar uma chance a esses animais tão especiais e amorosos, que necessitam de um lar e muito carinho, Conexão Pet resolveu trazer para vocês histórias mais do que felizes de pessoas que adotaram animais adultos.
Dóris Munhoz, Mia e Leo A professora Dóris Munhoz tinha uma gatinha em Santa Catarina, mas quando se mudou para Curitiba não pode trazê-la. Logo pensou em adotar um gatinho e foi ao abrigo Beco da Esperança. O que aconteceu, foi que ela apaixonou-se por dois bichanos e resolveu leva-los para casa. Os dois já eram adultos. “Não pensei em adotar adulto nem filhote, pensei em adotar aquele por quem eu me apaixonasse ´de cara´ (me apaixonei por dois, vieram os dois...). Acredito que existe uma espécie de ´química´ nessa nossa relação com os animais, como existe entre os humanos”, afirma Dóris. Para ela, uma das grandes vantagens de adotar um animal já crescido, é a possibilidade de já conhecer o temperamento do bicho: “Cada bichinho tem uma personalidade própria, independentemente da educação que receberá, que influi muito na sua relação com as pessoas. Muitas vezes, quando adotamos ou, principalmente, compramos um bebê, podemos nos deixar levar pelas suas ´gracinhas´ e não nos lembrar de que ele ficará adulto e mudará bastante, em vários aspectos. Além disso, ao adotar adultos, me senti feliz e realizada por estar dando uma chance a animais que não encontrariam um lar tão facilmente, estariam condenados a viver no abrigo”, conclui. A casa já tinha outra habitante de quatro patas, a Canela, uma buldogue francesa que também foi adotada por Dóris e pelo marido. “Ela estranhou no começo, mas logo foi dominada pelos gatos”, diverte-se Dóris.
Hoje os gatos, Mia e Leo, e a buldogue Canela vivem em perfeita harmonia e adaptaram-se à rotina da família: “Todo animal precisa de uma fase de adaptação, mesmo filhotes, que são tirados de suas mães. O que todos precisam é de carinho e atenção. O cuidado para evitar fugas, por exemplo, deve ser permanente, qualquer que seja a idade do animal”, salienta a professora. Dóris dá um conselho aos futuros adotantes que tenham algum preconceito em adotar adultos: “Adote segundo seu coração. Mas não tenha preconceitos. Talvez aquele que será seu grande amigo já está crescidinho... Que mal há nisso se vocês podem se dar bem?”.
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Carla Alessandra Claudino e vários pets! “Se for gato - ele te escolhe, então independente de filhote ou adulto vá sempre ao local conhecer todos que estiverem para a adoção. Você pode chegar com a ideia de um filhote e sair com um adulto ou até com os dois. No caso de cachorro, se teu espaço é pequeno e não tem certeza do tamanho que ficará o filhote, pegue um adulto, você pode educá-lo como a um filhote, tenho quatro cadelas, três adotadas adultas e foram educadas e se dão bem, principalmente com os gatos. Não me arrependo nem um minuto das adoções que fiz, meus 17 filhos (mis e aus) são minha grande paixão e me trazem muitas alegrias. Gatos e cães são muito companheiros e carinhos e podem viver em harmonia sim”. A publicitária Carla Alessandra Claudino tem 17 pets em sua casa, entre cães e gatos. Vários deles foram adotados já adultos. Ela foi à contramão da maioria, justamente por achar que animais adultos têm mais dificuldade para encontrar um lar: “Acredito que é bem mais fácil conseguir achar uma casa para um filhotinho, os adultos também precisam de carinho. Quando adotei o Toulouse, que foi o primeiro gato adulto e tinha 18 anos, queria dar um pouco de felicidade pra ele e fiquei triste pelo abandono do dono depois de tanto tempo. Com a Jéssika e o Salém foi bem parecido, iam ficar seis meses em casa e o dono os abandonou. Eu já pego amor no primeiro dia de convivência, independente se é filhote ou adulto, o carinho de ambos não têm explicação, cada um retribui de um jeito, mas retribui”, afirma. Para Carla poder saber o tamanho do animal, seu temperamento e ter um companheiro mais tranquilo em casa são algumas das vantagens em se adotar um animal mais velho. No momento de adotar, Carla diz que o futuro tutor, deve levar alguns pontos em consideração:
Luana Thais Kessler, Nina, Gigi e Lili Luana Thais Kessler é voluntária da ONG Amigo Animal, em Curitiba. A instituição abriga cerca de 2500 cães e Luana tem contato com muitas histórias tristes, de abandono e sofrimento. Atualmente, ela tem seis cães, quatro deles adotados. Destes quatro, Nina, Gigi e Lili foram para a casa da protetora já adultas. “Uma (a Valentina) eu adotei aos 9 meses, portanto ainda jovem, não totalmente adulta. Já Nina, Gigi e Lili foram adotadas já adultas. Gigi e Lili eu mesma encontrei nas ruas. “ A Lili é uma daschund, encontrada em profundo estado de desnutrição, muito magra e com piometra. Morreria em poucos dias se não fosse socorrida. “Hoje é super saudável, ciumenta e querida. Já está comigo há cinco anos”, conta Luana. Gigi foi a segunda. “Encontrei-a nas ruas com muita sarna, também desnutrida, e principalmente muito assustada”, relata a protetora. Valentina e a Nina viviam em um abrigo, uma chácara com mais de dois mil cães. “Eu as adotei porque acredito que abrigo não é a solução, e por mais que as pessoas tenham boa vontade, um abrigo nunca é tão bom quanto um lar verdadeiro”, explica. Valentina ainda não era adulta quando foi adotada. Tinha nove meses. Sobre adotar adultos, Luana diz que a experiência é bastante gratificante: “A gratidão de um cão adulto, quando retirado das ruas ou de um abrigo, é impressionante. Há uma diferença enorme entre adotar um adulto ou um filhote. O adulto, que já passou por situações de privação, maus tratos etc., nitidamente parece saber que foi acolhido, parece dar maior valor ao conforto e amor que hoje desfruta num lar de verdade. É quase unanimidade entre os que adotam cães adultos: eles realmente são diferentes”. Luana também destaca que a maturidade do cão na fase adulta contribui para que ele se ajuste à rotina da nova família: “Ao contrário do que
muitos pensam, a adaptação é muito mais rápida do que a de um filhote. Exatamente porque o cão adulto entende o que está acontecendo, se sente acolhido e é grato por isso. Além disso, ele já sabe onde deve fazer suas necessidades, e se não sabe, aprende bem mais rápido que um filhote. Um cão adulto não é tão dependente quanto um filhote, portanto se você precisa se ausentar por algumas horas do dia ele não vai ficar chorando e incomodando os vizinhos, como faz um filhote”. A maior resistência a enfermidades é outro ponto positivo destacado pela protetora: “Um cão adulto é bem menos suscetível a doenças e viroses, que comumente atacam mais filhotes, que tem menos imunidade que um cão adulto”, salienta. Além de toda a praticidade que um cão adulto pode ter em relação a um filhote, são critérios bem mais subjetivos que aquecem o coração de Luana: “Enfim, a sensação de ver aquele ser, antes abandonado, maltratado, desnutrido, com medo e apavorado, agora na sua casa, alimentado, aquecido, confortavelmente instalado e, principalmente, amado, é algo que não tem preço. Você pode ver, nos seus olhinhos, toda gratidão. E isso é algo que nos enche o coração de ternura e de esperança de que, se cada um adotasse um cãozinho de um abrigo ou das ruas, muitos que ainda estão por aí sofrendo, poderiam estar em um lar”, finaliza.
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Martha Bormann, Fuçuda e Smeagol Apesar de tardia, a aproximação da funcionária pública Martha Bormann com os gatos rendeu muitas histórias. “Aos 30 anos de idade eu não tinha muito contato com animais. Sempre achei os gatos lindos. Sou apaixonada por felinos em geral. Para mim são a perfeição da natureza. Mas conhecia pouco da personalidade deles. Tinha um pouco aquela ideia de que os gatos são independentes e não se apegam aos donos”, explica. Um dia dois lindos gatinhos de uns seis meses se mudaram para o condomínio em que Martha morava. Um branco e um preto. O gato branco era um macho e sempre vinha roubar ração de cachorro. Com o tempo passamos a colocar um pote pra ele na frente de casa. Martha adotou uma gatinha filhote que viu passeando por seu condomínio. Era uma gatinha preta e recebeu o nome de Morgana. “Com a Morgana aprendi a amar os gatos e a ver todos os animais de forma muito diferente. Aprendi como eles têm sentimentos, fidelidade, amor, dedicação, saudade. A Morgana é minha super companheira há oito anos. É incrível como a convivência com uma gatinha pode mudar tanto nossa percepção dos animais. Nunca mais consegui ser indiferente a um animal abandonado na rua”, relata Martha. Depois da Morgana, Martha adotou mais um gatinho (o Tiger). Um gato branco que eles alimentavam há tempos no condomínio apareceu com uma companheira. “Um dia ele trouxe a companheira e sua filhinha para comer na minha casa. A gata adulta era muito magra, pretinha também, só pelo e osso... E eu falava: o gato branco trouxe aquela gata fuçuda pra comer de novo... E assim ficou a Fuçuda. A Morgana e o Tiger nunca briga-
Margareth Krause e Otelo
ram com o gato branco ou a Fuçuda. Um dia o gato branco apareceu na porta de casa quase morto, havia sido envenenado. Levamos ao veterinário, mas era muito tarde. Fuçudinha e sua filha ficaram lá em casa desde então”, revela. Infelizmente, devido a um câncer no pulmão, Fuçuda faleceu três anos após seu resgate. Porém, Martha disse notar uma grande gratidão por parte da bichana por ter sido acolhida com tanto amor. Martha ainda resgatou outro gato adulto, que estava no estacionamento de um banco. Estava muito magro com dificuldade de respirar. “Levei pra casa, ele tinha água no pulmão por causa de algum acidente e tinha muita febre. Novamente foi um mês de tratamento com antibióticos, indo ao vet tirar a água do pulmão e tudo mais. Quando melhorou se juntou aos outros gatos da casa de forma bem natural também. Com este gato – o Smeagol - eu pude sentir a gratidão pela vida extra que lhe demos. Ele se apegou a nós e se adaptou perfeitamente à casa a aos outros animais”, lembra.
Otelo foi abandonado já adulto em uma pet shop. Quando a designer Margareth Krause o conheceu, logo se apaixonou: “Há uns quatro anos eu pensava em adotar um gato mas não tinha nada muito claro se seria adulto ou filhote. E eu não escolhi, ele me escolheu. O Otelo está comigo há quatro anos e eu sabia que ele era adulto quando fui conhecê-lo. Foi amor à primeira vista, fiquei louca quando o vi. Um gatão grandão e fofo!”, lembra. Para Margareth, a calma do animal adulto está entre as principais vantagens em se adotar nesta fase: “Com certeza eles são mais calmos que filhotes. Um animal adulto não tem tanto interesse em brincadeiras, não que não brinquem, eles brincam sim, mas eles já estão um pouco mais tranquilos. O filhote precisa de muito mais atenção e cuidados para o desenvolvimento e tem muita energia para correr e pular”. Quando adotou Otelo, a designer não tinha outros animais, mas recentemente incorporou mais um felino à família: “Recentemente adotei uma gata de nove meses e eles estão se entendendo muito bem. Eu tinha receio de que seria problemático, afinal o Otelo já era adulto quando o adotei e pensava que ele não aceitaria uma companhia. Engano o meu! Lógico que houve um período de adaptação, mas eles já estão super unidos, brincando e à vontade”, afirma. Otelo rapidamente se adaptou à nova casa: “A primeira coisa que ele fez quando chegou foi dar uma volta pelo apartamento e já reconheceu o
local. Verificou onde ficava sua lilteira e também a sua comida. Sem falar que tornou-se muito carinhoso comigo conforme adquiria confiança na nossa relação”, fala Margareth. Para Margareth, na hora de decidir entre um filhote ou um adulto, o que vale é pensar no seu ritmo e no coração: “O amor é o mesmo, tanto faz se é filhote ou não, garanto que o animal vai demonstrar todo seu afeto. Acredito que filhotes são mais ativos, por ainda brincarem muito, então este é o detalhe que acho mais importante. Eu digo que adotar um animal adulto é tão encantador quanto um filhote”.
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Karina Hauer, Madona, Willie e Geovana
Nailane Koloski e Moja Nailane Koloski adotou a gatinha Moja no abrigo Beco da Esperança, em Curitiba. Ela nasceu e viveu nas ruas durante toda sua vida, e por isso era extremamente arisca. “Esse tipo de gata não vai para adoção, passa o resto da vida no abrigo por ser arisca”, fala Nailane. Ela foi até o abrigo para adotar um filhotinho, e encantou-se com a Tangerina, que é filha da Moja. “Eu e a Lúcia (mantenedora do abrigo) tínhamos dó de separar ela de sua mãe, era a única gatinha que tinha sobrevivido dos quatro que nasceram, então pensei em levar as duas pra casa e assim que a Tangerina estivesse desapegada da mãe eu a devolveria para o abrigo. Como minha casa é toda telada não tinha perigo da Moja fugir. Depois de passar algum tempo com a Moja me apeguei muito a ela, e não tive coragem de devolvê-la para o abrigo, mesmo ela sendo tão diferente dos outros (mais assustada, arisca) eu passei a amar ela tanto quanto eles. Quando ela chegou aqui achei que ela nunca mais sairia de baixo da cama, agora ela dorme tranquila em cima da minha cama, do sofá, brinca, e se sente em casa. Eu fico muito feliz vendo como a Moja é feliz aqui, e pensando que
Karina Hauer tem quatro cães e três deles foram adotados adultos. Madona é uma mestiça de pastor alemão, que foi adotada numa feira de adoção, em Curitiba. Ela havia sido resgatada de uma construção, era usada pra guarda. Já Willie estava na esquina da casa de Karina machucado. “Ele tem um gênio maravilhoso, é o mais bonzinho de todos”, afirma a tutora. Geovana morou a vida inteira num abrigo com mais 2000 cães – a Associação Amigo Animal. “Ela me escolheu desde a primeira vez que eu fui visitar a ONG. Ela chorava e gritava cada vez que eu ia lá, tanto na chegada quanto na saída. Ficamos oito anos nesse sofrimento até que eu casei, fui morar numa casa e pude adotá-la”, lembra Karina. Como a pópria Karina trabalha na doação de muitos cães, ela sabe exatamente o tipo de animal que ninguém quer: “Sempre penso em adotar um cão que esteja precisando mais e que ninguém quer. Geralmente são adultos, não tão bonitos e porte médio. Resumindo, como eu faço muita doação de cães deixo os mais bonitinhos, pequenos e peludos para as pessoas adotarem, que é o perfil que a maioria prefere. As pessoas olham só o exterior e não entendem que se doa uma vida e todos querem e precisam de um lar com respeito e amor”, constata. Karina ainda ressalta os aspectos positivos da adoção de adultos: “Adultos são mais independentes e a adaptação é mais rápida e fácil, não dão tanto trabalho e o principal é que quando o filhote é mestiço, não sabemos o tamanho que vai ficar. Para quem exige que o cão seja de porte pequeno tem que adotar um cão adulto que não cresce mais”.
provavelmente ela nunca teria a chance de achar um lar, porque além de adulta era arisca”, lembra Nailane. Como a maioria das pessoas, Nailane inicialmente havia pensando em adotar um filhote, por achar que a adaptação de um animal adulto seria difícil: “Já adotei dois gatos e um cachorro adultos, e eles são tão apegados a mim quanto os que adotei filhotes, e os adultos se adaptaram tão rápido ao novo ambiente e a rotina quanto os filhotes. Não vi nenhuma desvantagem na adoção de um animal adulto”, afirma. Para ela, a resistência a adoção de adultos passa pelo aspecto cultural: “Uma coisa a se pensar é que culturalmente está enraizada a ideia de que é melhor adotar filhotes, por pensarem que eles se adaptam melhor que os adultos. Então, se você tem consciência disso, e sabe que devido a essa cultura os animais adultos acabam tendo menos chances de serem adotados, e podem acabar passado toda sua vida em abrigos ou nas ruas, por que não dar a chance a um desses animais de encontrar um lar? Não adote só pela idade, cor ou raça. Adote para dar uma chance àquele que mais precisa, uma chance de ter uma lar confortável e receber amor”, avalia Nailane.
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Yanê Carvalho, Guida, Haley e Mirna
A história de Monique Gonçalves com os bichanos já vem de longa data. O primeiro gatinho adotado por ela chama-se Xixo. Ele era adulto, mas Monique não: “Ele estava na cantina da minha escola, mas eu era criança. Minha mãe concordou e o levamos pra casa. Era um amor de gato, ficava grudado em mim o tempo todo, mas como não sabíamos muito como cuidar, acabamos não castrando ele, e como ele era um gato de rua, ele queria sempre dar umas voltinhas. Na primeira noite ele fez um escândalo para sair e minha mãe acabou deixando. Eu chorei, fiquei triste. Mas no dia seguinte, a surpresa: eu estava na janela, toda chororô, quando ouvi uns miadinhos no condomínio. Desci correndo, e tchans! O Xixo estava na porta, esperando que alguém abrisse pra ele! Foi assim durante um tempo, até que ele saiu e não voltou mais. Fiquei inconsolável, aí meus pais adotaram uma gatinha filhote para mim, a Natasha, que viveu comigo por 15 anos, e virou estrelinha ano passado”, conta Monique. Quando mudaram-se para uma casa, adotaram uma gatinha chamada Poxa, na Sociedade Protetora dos Animais, de Curitiba. Ela era adulta. “Ela era muito inteligente, companheira e leal! Acho que ela estava tão feliz de ter sido resgatada que queria nos agradecer de todos os jeitos (ainda me emociono lembrando dela). Eu nunca tinha tido um vira-lata, mas foi uma das experiências que mais me ensinaram! Aprendi que a beleza está nos olhos de quem vê, que amor não se compra, que amor incondicional existe mesmo! Infelizmente ela ficou pouco tempo conosco, ela não era castrada, aí acabou ficando prenhe de um husky que resgatamos na rua e que era bem maior que ela. Ela não resistiu ao parto, nem os filhotes. Foi muito triste, mas aprendi muito sobre adoção responsável. Na
Após perder duas cachorrinhas, uma vítima de câncer e outra de uma doença cardíaca, Yanê Carvalho ficou com apenas um cão. Ela o achava muito solitário e queria uma companhia para ele. “Eu queria uma fêmea, de pequeno porte, branca com manchas marrons ou pretas. E antes de dormir pedi para o meu anjo da guarda. No outro dia ao sair do ônibus no terminal do quase pisei nela, igualzinha a que eu pedi, peguei no colo tomei um taxi e voltei para casa! Isto foi há seis anos”, relata Yanê. A cadelinha foi batizada de Mirna. Guida apareceu por causa de um atropelamento. A irmã de Yanê avisou que na esquina da casa dela havia um cãozinho atropelado. “Eu a levei ao veterinário, não tinha nada quebrado! Tratei dela e era para encontrar um adotante, mas nos apaixonamos por ela (inclusive a Mirna!). Foi há cinco anos, ela é uma mistura e tanto, pura SRD!”, conta. Haley foi mais um resgatado da rua em condições nada favoráveis e tem uma história inusitada: “Passando em frente a minha casa vi um cão preto peludo, que era só sarna e sangue e quase sem pelos e com dó tentei dar ração pra ele, mas ele tinha tanta coceira que não conseguia comer, minha irmã viu e disse: ´Vamos dar um banho!´ Eu pensei: ´Pronto, mais um!’ Também era para adoção (já resgatei outros que doei). Mas nos apaixonamos novamente... depois um ano e meio que ele estava conosco, minha irmã estava mostrando a foto dele para uma amiga, que o reconheceu como seu! Ela o deu para uma amiga porque mora em apartamento e ‘ele ficou grande’. O Haley veio da Alemanha, na barriga da sua mamãe, e passou por seis donos até chegar a mim!”, conta Yanê.
época eu tinha 16 anos, meu pai não queria ´gastar com o cachorro´ e, por nossa culpa, ela não viveu tudo o que merecia. Felizmente hoje meus pais também mudaram. Ele castra, vacina e encontra lares responsáveis para todos os bichinhos que resgata. Meus tios também fazem isso, fico bem feliz”, afirma Monique. Quando foi morar sozinha, Monique adotou Bolinho, ainda filhote. “Como eu moro sozinha, comecei a pensar em adotar um companheiro pra ele, para ele não passar o dia sozinho. Eu ia esperar até as minhas férias deste ano, em março, para buscar um gatinho, para acompanhar a adaptação dos dois. E achava que se fosse um filhote seria mais fácil”. Porém, a mãe de Monique contou para ela que havia uma gatinha em situação de risco na escola em que dava aula. A gatinha era cuidada por algumas funcionárias, porém o segurança já havia até mesmo atingir a bichana com tiros. “Ela contou a história e perguntou se eu queria a gatinha. Não pensei duas vezes. À noite ela levou a gatinha. Magrinha, carente, chorona, se esfregava em mim, me dava beijo, deitava de barriguinha pra cima, como quem diz ´fica comigo, você não vai se arrepender´. Ela é uma mistura de siamês e escaminha de tartaruga. No começo cheguei a pensar ‘ tadinha, que feinha’. Hoje bato na boca quando lembro disso, ela está muito linda, não canso de olhar para ela. A Tampinha ficava no banheiro, e o Bolinho pela casa. Achei que ia ser fácil eles se adaptarem. Ledo engano. Comigo a Tampinha era uma fofa, mas quando decidi deixar os dois frente a frente, ela botou o Bolinho pra correr! Dava uns miados altos, pareciam gritos! Durante um tempo a Tampinha ficou na lavanderia, mas a porta era de vidro e eles ficavam miando, um
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de cada lado da porta, e enfiando a patinha por baixo. Aí, resolvi trocar os paninhos, para eles se acostumarem com o cheiro um do outro. No começo davam aqueles miadões apavorantes, mas depois passava. Finalmente, comecei a soltar os dois no mesmo ambiente, mas sempre junto e com um spray de água”, lembra Monique. A adaptação demorou, mas Monique não estava disposta a desistir: “Ela não é uma roupa que não serviu, um sapato que não ficou bom que eu posso simplesmente devolver. O que vou fazer? Jogá-la na rua de volta? Nunca mais conseguiria dormir, imaginando aquela carinha, que ficou tão feliz aqui em casa, na rua, passando frio, fome. Pode demorar, mas ela vai ficar aqui, no lar dela", afirma Monique.
Monique Gonçalves, Xixo, Poxa e Tampinha
Monique ainda adotou outra gatinha, Nalinha, e os três vivem em harmonia. “A pessoa que adotar um adulto deve ter paciência. Aquela história de ‘cachorro velho não parende truque novo’ é uma grande besteira. Aprende sim, mas você tem que ter carinho e paciência. E a recompensa é um amor infinito, um olhar de gratidão que só quem já adotou um adulto conhece e, claro, a consciência de que você contribuiu pra tirar pelo menos um bichinho da rua. Claro que é pouco, mas se todo mundo pensar assim, não sobrará mais um animalzinho desabrigado e sofrendo nas ruas”, comenta.
Conexão Pet espera que esta matéria tenha servido para quebrar alguns preconceitos e faça com que as pessoas repensem seus critérios na hora de escolher um animal. Não importa se ele é filhote ou adulto, o importante é ter a mente aberta e saber que qualquer animal que estejamos dispostos a amar, nos dará afeição em dobro!
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Os adultos também merecem um lar Está pensando em adotar um pet? Já considerou levar para casa um adulto? Apesar de todos os pesares, vemos que a adoção de animais é cada vez mais incentivada. Vemos grandes empresas que incentivam a adoção de animais através de suas campanhas publicitárias, ONGs e cidadãos levantando a questão da necessidade de dar um lar a animais que muito sofreram e foram descartados como objetos. Há mais pessoas adotando os animais, mas assim como acontece com os humanos, os mais velhos vão ficando para trás. Muitas pessoas acreditam que ao adotar um animal adulto não conseguirão discipliná-lo ou terão problema com os animais que já tenham em suas casas. Há também o indiscutível apelo do olhar doce e da cara fofinha de um filhote. Quem não se encanta com lindos bebês? No entanto, as crianças de hoje serão os adultos de amanhã. Os filhotes também crescerão, e muitas vezes além do esperado. Quando se adota um animal adulto, seu temperamento já está bem delineado e seu tamanho já é o definitivo: você sabe que ele não ultrapassará aquele tamanho. E também é importante lembrar que não é impossível adestrar animais adultos, basta vermos que figuras como Cesar Millan conseguem ser bem-sucedidos mesmo nos casos mais complicados envolvendo animais adultos. Para dar uma chance a esses animais tão especiais e amorosos, que necessitam de um lar e muito carinho, Conexão Pet resolveu trazer para vocês histórias mais do que felizes de pessoas que adotaram animais adultos.
Dóris Munhoz, Mia e Leo A professora Dóris Munhoz tinha uma gatinha em Santa Catarina, mas quando se mudou para Curitiba não pode trazê-la. Logo pensou em adotar um gatinho e foi ao abrigo Beco da Esperança. O que aconteceu, foi que ela apaixonou-se por dois bichanos e resolveu leva-los para casa. Os dois já eram adultos. “Não pensei em adotar adulto nem filhote, pensei em adotar aquele por quem eu me apaixonasse ´de cara´ (me apaixonei por dois, vieram os dois...). Acredito que existe uma espécie de ´química´ nessa nossa relação com os animais, como existe entre os humanos”, afirma Dóris. Para ela, uma das grandes vantagens de adotar um animal já crescido, é a possibilidade de já conhecer o temperamento do bicho: “Cada bichinho tem uma personalidade própria, independentemente da educação que receberá, que influi muito na sua relação com as pessoas. Muitas vezes, quando adotamos ou, principalmente, compramos um bebê, podemos nos deixar levar pelas suas ´gracinhas´ e não nos lembrar de que ele ficará adulto e mudará bastante, em vários aspectos. Além disso, ao adotar adultos, me senti feliz e realizada por estar dando uma chance a animais que não encontrariam um lar tão facilmente, estariam condenados a viver no abrigo”, conclui. A casa já tinha outra habitante de quatro patas, a Canela, uma buldogue francesa que também foi adotada por Dóris e pelo marido. “Ela estranhou no começo, mas logo foi dominada pelos gatos”, diverte-se Dóris.
Hoje os gatos, Mia e Leo, e a buldogue Canela vivem em perfeita harmonia e adaptaram-se à rotina da família: “Todo animal precisa de uma fase de adaptação, mesmo filhotes, que são tirados de suas mães. O que todos precisam é de carinho e atenção. O cuidado para evitar fugas, por exemplo, deve ser permanente, qualquer que seja a idade do animal”, salienta a professora. Dóris dá um conselho aos futuros adotantes que tenham algum preconceito em adotar adultos: “Adote segundo seu coração. Mas não tenha preconceitos. Talvez aquele que será seu grande amigo já está crescidinho... Que mal há nisso se vocês podem se dar bem?”.
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Carla Alessandra Claudino e vários pets! “Se for gato - ele te escolhe, então independente de filhote ou adulto vá sempre ao local conhecer todos que estiverem para a adoção. Você pode chegar com a ideia de um filhote e sair com um adulto ou até com os dois. No caso de cachorro, se teu espaço é pequeno e não tem certeza do tamanho que ficará o filhote, pegue um adulto, você pode educá-lo como a um filhote, tenho quatro cadelas, três adotadas adultas e foram educadas e se dão bem, principalmente com os gatos. Não me arrependo nem um minuto das adoções que fiz, meus 17 filhos (mis e aus) são minha grande paixão e me trazem muitas alegrias. Gatos e cães são muito companheiros e carinhos e podem viver em harmonia sim”. A publicitária Carla Alessandra Claudino tem 17 pets em sua casa, entre cães e gatos. Vários deles foram adotados já adultos. Ela foi à contramão da maioria, justamente por achar que animais adultos têm mais dificuldade para encontrar um lar: “Acredito que é bem mais fácil conseguir achar uma casa para um filhotinho, os adultos também precisam de carinho. Quando adotei o Toulouse, que foi o primeiro gato adulto e tinha 18 anos, queria dar um pouco de felicidade pra ele e fiquei triste pelo abandono do dono depois de tanto tempo. Com a Jéssika e o Salém foi bem parecido, iam ficar seis meses em casa e o dono os abandonou. Eu já pego amor no primeiro dia de convivência, independente se é filhote ou adulto, o carinho de ambos não têm explicação, cada um retribui de um jeito, mas retribui”, afirma. Para Carla poder saber o tamanho do animal, seu temperamento e ter um companheiro mais tranquilo em casa são algumas das vantagens em se adotar um animal mais velho. No momento de adotar, Carla diz que o futuro tutor, deve levar alguns pontos em consideração:
Luana Thais Kessler, Nina, Gigi e Lili Luana Thais Kessler é voluntária da ONG Amigo Animal, em Curitiba. A instituição abriga cerca de 2500 cães e Luana tem contato com muitas histórias tristes, de abandono e sofrimento. Atualmente, ela tem seis cães, quatro deles adotados. Destes quatro, Nina, Gigi e Lili foram para a casa da protetora já adultas. “Uma (a Valentina) eu adotei aos 9 meses, portanto ainda jovem, não totalmente adulta. Já Nina, Gigi e Lili foram adotadas já adultas. Gigi e Lili eu mesma encontrei nas ruas. “ A Lili é uma daschund, encontrada em profundo estado de desnutrição, muito magra e com piometra. Morreria em poucos dias se não fosse socorrida. “Hoje é super saudável, ciumenta e querida. Já está comigo há cinco anos”, conta Luana. Gigi foi a segunda. “Encontrei-a nas ruas com muita sarna, também desnutrida, e principalmente muito assustada”, relata a protetora. Valentina e a Nina viviam em um abrigo, uma chácara com mais de dois mil cães. “Eu as adotei porque acredito que abrigo não é a solução, e por mais que as pessoas tenham boa vontade, um abrigo nunca é tão bom quanto um lar verdadeiro”, explica. Valentina ainda não era adulta quando foi adotada. Tinha nove meses. Sobre adotar adultos, Luana diz que a experiência é bastante gratificante: “A gratidão de um cão adulto, quando retirado das ruas ou de um abrigo, é impressionante. Há uma diferença enorme entre adotar um adulto ou um filhote. O adulto, que já passou por situações de privação, maus tratos etc., nitidamente parece saber que foi acolhido, parece dar maior valor ao conforto e amor que hoje desfruta num lar de verdade. É quase unanimidade entre os que adotam cães adultos: eles realmente são diferentes”. Luana também destaca que a maturidade do cão na fase adulta contribui para que ele se ajuste à rotina da nova família: “Ao contrário do que
muitos pensam, a adaptação é muito mais rápida do que a de um filhote. Exatamente porque o cão adulto entende o que está acontecendo, se sente acolhido e é grato por isso. Além disso, ele já sabe onde deve fazer suas necessidades, e se não sabe, aprende bem mais rápido que um filhote. Um cão adulto não é tão dependente quanto um filhote, portanto se você precisa se ausentar por algumas horas do dia ele não vai ficar chorando e incomodando os vizinhos, como faz um filhote”. A maior resistência a enfermidades é outro ponto positivo destacado pela protetora: “Um cão adulto é bem menos suscetível a doenças e viroses, que comumente atacam mais filhotes, que tem menos imunidade que um cão adulto”, salienta. Além de toda a praticidade que um cão adulto pode ter em relação a um filhote, são critérios bem mais subjetivos que aquecem o coração de Luana: “Enfim, a sensação de ver aquele ser, antes abandonado, maltratado, desnutrido, com medo e apavorado, agora na sua casa, alimentado, aquecido, confortavelmente instalado e, principalmente, amado, é algo que não tem preço. Você pode ver, nos seus olhinhos, toda gratidão. E isso é algo que nos enche o coração de ternura e de esperança de que, se cada um adotasse um cãozinho de um abrigo ou das ruas, muitos que ainda estão por aí sofrendo, poderiam estar em um lar”, finaliza.
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Martha Bormann, Fuçuda e Smeagol Apesar de tardia, a aproximação da funcionária pública Martha Bormann com os gatos rendeu muitas histórias. “Aos 30 anos de idade eu não tinha muito contato com animais. Sempre achei os gatos lindos. Sou apaixonada por felinos em geral. Para mim são a perfeição da natureza. Mas conhecia pouco da personalidade deles. Tinha um pouco aquela ideia de que os gatos são independentes e não se apegam aos donos”, explica. Um dia dois lindos gatinhos de uns seis meses se mudaram para o condomínio em que Martha morava. Um branco e um preto. O gato branco era um macho e sempre vinha roubar ração de cachorro. Com o tempo passamos a colocar um pote pra ele na frente de casa. Martha adotou uma gatinha filhote que viu passeando por seu condomínio. Era uma gatinha preta e recebeu o nome de Morgana. “Com a Morgana aprendi a amar os gatos e a ver todos os animais de forma muito diferente. Aprendi como eles têm sentimentos, fidelidade, amor, dedicação, saudade. A Morgana é minha super companheira há oito anos. É incrível como a convivência com uma gatinha pode mudar tanto nossa percepção dos animais. Nunca mais consegui ser indiferente a um animal abandonado na rua”, relata Martha. Depois da Morgana, Martha adotou mais um gatinho (o Tiger). Um gato branco que eles alimentavam há tempos no condomínio apareceu com uma companheira. “Um dia ele trouxe a companheira e sua filhinha para comer na minha casa. A gata adulta era muito magra, pretinha também, só pelo e osso... E eu falava: o gato branco trouxe aquela gata fuçuda pra comer de novo... E assim ficou a Fuçuda. A Morgana e o Tiger nunca briga-
Margareth Krause e Otelo
ram com o gato branco ou a Fuçuda. Um dia o gato branco apareceu na porta de casa quase morto, havia sido envenenado. Levamos ao veterinário, mas era muito tarde. Fuçudinha e sua filha ficaram lá em casa desde então”, revela. Infelizmente, devido a um câncer no pulmão, Fuçuda faleceu três anos após seu resgate. Porém, Martha disse notar uma grande gratidão por parte da bichana por ter sido acolhida com tanto amor. Martha ainda resgatou outro gato adulto, que estava no estacionamento de um banco. Estava muito magro com dificuldade de respirar. “Levei pra casa, ele tinha água no pulmão por causa de algum acidente e tinha muita febre. Novamente foi um mês de tratamento com antibióticos, indo ao vet tirar a água do pulmão e tudo mais. Quando melhorou se juntou aos outros gatos da casa de forma bem natural também. Com este gato – o Smeagol - eu pude sentir a gratidão pela vida extra que lhe demos. Ele se apegou a nós e se adaptou perfeitamente à casa a aos outros animais”, lembra.
Otelo foi abandonado já adulto em uma pet shop. Quando a designer Margareth Krause o conheceu, logo se apaixonou: “Há uns quatro anos eu pensava em adotar um gato mas não tinha nada muito claro se seria adulto ou filhote. E eu não escolhi, ele me escolheu. O Otelo está comigo há quatro anos e eu sabia que ele era adulto quando fui conhecê-lo. Foi amor à primeira vista, fiquei louca quando o vi. Um gatão grandão e fofo!”, lembra. Para Margareth, a calma do animal adulto está entre as principais vantagens em se adotar nesta fase: “Com certeza eles são mais calmos que filhotes. Um animal adulto não tem tanto interesse em brincadeiras, não que não brinquem, eles brincam sim, mas eles já estão um pouco mais tranquilos. O filhote precisa de muito mais atenção e cuidados para o desenvolvimento e tem muita energia para correr e pular”. Quando adotou Otelo, a designer não tinha outros animais, mas recentemente incorporou mais um felino à família: “Recentemente adotei uma gata de nove meses e eles estão se entendendo muito bem. Eu tinha receio de que seria problemático, afinal o Otelo já era adulto quando o adotei e pensava que ele não aceitaria uma companhia. Engano o meu! Lógico que houve um período de adaptação, mas eles já estão super unidos, brincando e à vontade”, afirma. Otelo rapidamente se adaptou à nova casa: “A primeira coisa que ele fez quando chegou foi dar uma volta pelo apartamento e já reconheceu o
local. Verificou onde ficava sua lilteira e também a sua comida. Sem falar que tornou-se muito carinhoso comigo conforme adquiria confiança na nossa relação”, fala Margareth. Para Margareth, na hora de decidir entre um filhote ou um adulto, o que vale é pensar no seu ritmo e no coração: “O amor é o mesmo, tanto faz se é filhote ou não, garanto que o animal vai demonstrar todo seu afeto. Acredito que filhotes são mais ativos, por ainda brincarem muito, então este é o detalhe que acho mais importante. Eu digo que adotar um animal adulto é tão encantador quanto um filhote”.
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Karina Hauer, Madona, Willie e Geovana
Nailane Koloski e Moja Nailane Koloski adotou a gatinha Moja no abrigo Beco da Esperança, em Curitiba. Ela nasceu e viveu nas ruas durante toda sua vida, e por isso era extremamente arisca. “Esse tipo de gata não vai para adoção, passa o resto da vida no abrigo por ser arisca”, fala Nailane. Ela foi até o abrigo para adotar um filhotinho, e encantou-se com a Tangerina, que é filha da Moja. “Eu e a Lúcia (mantenedora do abrigo) tínhamos dó de separar ela de sua mãe, era a única gatinha que tinha sobrevivido dos quatro que nasceram, então pensei em levar as duas pra casa e assim que a Tangerina estivesse desapegada da mãe eu a devolveria para o abrigo. Como minha casa é toda telada não tinha perigo da Moja fugir. Depois de passar algum tempo com a Moja me apeguei muito a ela, e não tive coragem de devolvê-la para o abrigo, mesmo ela sendo tão diferente dos outros (mais assustada, arisca) eu passei a amar ela tanto quanto eles. Quando ela chegou aqui achei que ela nunca mais sairia de baixo da cama, agora ela dorme tranquila em cima da minha cama, do sofá, brinca, e se sente em casa. Eu fico muito feliz vendo como a Moja é feliz aqui, e pensando que
Karina Hauer tem quatro cães e três deles foram adotados adultos. Madona é uma mestiça de pastor alemão, que foi adotada numa feira de adoção, em Curitiba. Ela havia sido resgatada de uma construção, era usada pra guarda. Já Willie estava na esquina da casa de Karina machucado. “Ele tem um gênio maravilhoso, é o mais bonzinho de todos”, afirma a tutora. Geovana morou a vida inteira num abrigo com mais 2000 cães – a Associação Amigo Animal. “Ela me escolheu desde a primeira vez que eu fui visitar a ONG. Ela chorava e gritava cada vez que eu ia lá, tanto na chegada quanto na saída. Ficamos oito anos nesse sofrimento até que eu casei, fui morar numa casa e pude adotá-la”, lembra Karina. Como a pópria Karina trabalha na doação de muitos cães, ela sabe exatamente o tipo de animal que ninguém quer: “Sempre penso em adotar um cão que esteja precisando mais e que ninguém quer. Geralmente são adultos, não tão bonitos e porte médio. Resumindo, como eu faço muita doação de cães deixo os mais bonitinhos, pequenos e peludos para as pessoas adotarem, que é o perfil que a maioria prefere. As pessoas olham só o exterior e não entendem que se doa uma vida e todos querem e precisam de um lar com respeito e amor”, constata. Karina ainda ressalta os aspectos positivos da adoção de adultos: “Adultos são mais independentes e a adaptação é mais rápida e fácil, não dão tanto trabalho e o principal é que quando o filhote é mestiço, não sabemos o tamanho que vai ficar. Para quem exige que o cão seja de porte pequeno tem que adotar um cão adulto que não cresce mais”.
provavelmente ela nunca teria a chance de achar um lar, porque além de adulta era arisca”, lembra Nailane. Como a maioria das pessoas, Nailane inicialmente havia pensando em adotar um filhote, por achar que a adaptação de um animal adulto seria difícil: “Já adotei dois gatos e um cachorro adultos, e eles são tão apegados a mim quanto os que adotei filhotes, e os adultos se adaptaram tão rápido ao novo ambiente e a rotina quanto os filhotes. Não vi nenhuma desvantagem na adoção de um animal adulto”, afirma. Para ela, a resistência a adoção de adultos passa pelo aspecto cultural: “Uma coisa a se pensar é que culturalmente está enraizada a ideia de que é melhor adotar filhotes, por pensarem que eles se adaptam melhor que os adultos. Então, se você tem consciência disso, e sabe que devido a essa cultura os animais adultos acabam tendo menos chances de serem adotados, e podem acabar passado toda sua vida em abrigos ou nas ruas, por que não dar a chance a um desses animais de encontrar um lar? Não adote só pela idade, cor ou raça. Adote para dar uma chance àquele que mais precisa, uma chance de ter uma lar confortável e receber amor”, avalia Nailane.
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Yanê Carvalho, Guida, Haley e Mirna
A história de Monique Gonçalves com os bichanos já vem de longa data. O primeiro gatinho adotado por ela chama-se Xixo. Ele era adulto, mas Monique não: “Ele estava na cantina da minha escola, mas eu era criança. Minha mãe concordou e o levamos pra casa. Era um amor de gato, ficava grudado em mim o tempo todo, mas como não sabíamos muito como cuidar, acabamos não castrando ele, e como ele era um gato de rua, ele queria sempre dar umas voltinhas. Na primeira noite ele fez um escândalo para sair e minha mãe acabou deixando. Eu chorei, fiquei triste. Mas no dia seguinte, a surpresa: eu estava na janela, toda chororô, quando ouvi uns miadinhos no condomínio. Desci correndo, e tchans! O Xixo estava na porta, esperando que alguém abrisse pra ele! Foi assim durante um tempo, até que ele saiu e não voltou mais. Fiquei inconsolável, aí meus pais adotaram uma gatinha filhote para mim, a Natasha, que viveu comigo por 15 anos, e virou estrelinha ano passado”, conta Monique. Quando mudaram-se para uma casa, adotaram uma gatinha chamada Poxa, na Sociedade Protetora dos Animais, de Curitiba. Ela era adulta. “Ela era muito inteligente, companheira e leal! Acho que ela estava tão feliz de ter sido resgatada que queria nos agradecer de todos os jeitos (ainda me emociono lembrando dela). Eu nunca tinha tido um vira-lata, mas foi uma das experiências que mais me ensinaram! Aprendi que a beleza está nos olhos de quem vê, que amor não se compra, que amor incondicional existe mesmo! Infelizmente ela ficou pouco tempo conosco, ela não era castrada, aí acabou ficando prenhe de um husky que resgatamos na rua e que era bem maior que ela. Ela não resistiu ao parto, nem os filhotes. Foi muito triste, mas aprendi muito sobre adoção responsável. Na
Após perder duas cachorrinhas, uma vítima de câncer e outra de uma doença cardíaca, Yanê Carvalho ficou com apenas um cão. Ela o achava muito solitário e queria uma companhia para ele. “Eu queria uma fêmea, de pequeno porte, branca com manchas marrons ou pretas. E antes de dormir pedi para o meu anjo da guarda. No outro dia ao sair do ônibus no terminal do quase pisei nela, igualzinha a que eu pedi, peguei no colo tomei um taxi e voltei para casa! Isto foi há seis anos”, relata Yanê. A cadelinha foi batizada de Mirna. Guida apareceu por causa de um atropelamento. A irmã de Yanê avisou que na esquina da casa dela havia um cãozinho atropelado. “Eu a levei ao veterinário, não tinha nada quebrado! Tratei dela e era para encontrar um adotante, mas nos apaixonamos por ela (inclusive a Mirna!). Foi há cinco anos, ela é uma mistura e tanto, pura SRD!”, conta. Haley foi mais um resgatado da rua em condições nada favoráveis e tem uma história inusitada: “Passando em frente a minha casa vi um cão preto peludo, que era só sarna e sangue e quase sem pelos e com dó tentei dar ração pra ele, mas ele tinha tanta coceira que não conseguia comer, minha irmã viu e disse: ´Vamos dar um banho!´ Eu pensei: ´Pronto, mais um!’ Também era para adoção (já resgatei outros que doei). Mas nos apaixonamos novamente... depois um ano e meio que ele estava conosco, minha irmã estava mostrando a foto dele para uma amiga, que o reconheceu como seu! Ela o deu para uma amiga porque mora em apartamento e ‘ele ficou grande’. O Haley veio da Alemanha, na barriga da sua mamãe, e passou por seis donos até chegar a mim!”, conta Yanê.
época eu tinha 16 anos, meu pai não queria ´gastar com o cachorro´ e, por nossa culpa, ela não viveu tudo o que merecia. Felizmente hoje meus pais também mudaram. Ele castra, vacina e encontra lares responsáveis para todos os bichinhos que resgata. Meus tios também fazem isso, fico bem feliz”, afirma Monique. Quando foi morar sozinha, Monique adotou Bolinho, ainda filhote. “Como eu moro sozinha, comecei a pensar em adotar um companheiro pra ele, para ele não passar o dia sozinho. Eu ia esperar até as minhas férias deste ano, em março, para buscar um gatinho, para acompanhar a adaptação dos dois. E achava que se fosse um filhote seria mais fácil”. Porém, a mãe de Monique contou para ela que havia uma gatinha em situação de risco na escola em que dava aula. A gatinha era cuidada por algumas funcionárias, porém o segurança já havia até mesmo atingir a bichana com tiros. “Ela contou a história e perguntou se eu queria a gatinha. Não pensei duas vezes. À noite ela levou a gatinha. Magrinha, carente, chorona, se esfregava em mim, me dava beijo, deitava de barriguinha pra cima, como quem diz ´fica comigo, você não vai se arrepender´. Ela é uma mistura de siamês e escaminha de tartaruga. No começo cheguei a pensar ‘ tadinha, que feinha’. Hoje bato na boca quando lembro disso, ela está muito linda, não canso de olhar para ela. A Tampinha ficava no banheiro, e o Bolinho pela casa. Achei que ia ser fácil eles se adaptarem. Ledo engano. Comigo a Tampinha era uma fofa, mas quando decidi deixar os dois frente a frente, ela botou o Bolinho pra correr! Dava uns miados altos, pareciam gritos! Durante um tempo a Tampinha ficou na lavanderia, mas a porta era de vidro e eles ficavam miando, um
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de cada lado da porta, e enfiando a patinha por baixo. Aí, resolvi trocar os paninhos, para eles se acostumarem com o cheiro um do outro. No começo davam aqueles miadões apavorantes, mas depois passava. Finalmente, comecei a soltar os dois no mesmo ambiente, mas sempre junto e com um spray de água”, lembra Monique. A adaptação demorou, mas Monique não estava disposta a desistir: “Ela não é uma roupa que não serviu, um sapato que não ficou bom que eu posso simplesmente devolver. O que vou fazer? Jogá-la na rua de volta? Nunca mais conseguiria dormir, imaginando aquela carinha, que ficou tão feliz aqui em casa, na rua, passando frio, fome. Pode demorar, mas ela vai ficar aqui, no lar dela", afirma Monique.
Monique Gonçalves, Xixo, Poxa e Tampinha
Monique ainda adotou outra gatinha, Nalinha, e os três vivem em harmonia. “A pessoa que adotar um adulto deve ter paciência. Aquela história de ‘cachorro velho não parende truque novo’ é uma grande besteira. Aprende sim, mas você tem que ter carinho e paciência. E a recompensa é um amor infinito, um olhar de gratidão que só quem já adotou um adulto conhece e, claro, a consciência de que você contribuiu pra tirar pelo menos um bichinho da rua. Claro que é pouco, mas se todo mundo pensar assim, não sobrará mais um animalzinho desabrigado e sofrendo nas ruas”, comenta.
Conexão Pet espera que esta matéria tenha servido para quebrar alguns preconceitos e faça com que as pessoas repensem seus critérios na hora de escolher um animal. Não importa se ele é filhote ou adulto, o importante é ter a mente aberta e saber que qualquer animal que estejamos dispostos a amar, nos dará afeição em dobro!
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Os adultos também merecem um lar Está pensando em adotar um pet? Já considerou levar para casa um adulto? Apesar de todos os pesares, vemos que a adoção de animais é cada vez mais incentivada. Vemos grandes empresas que incentivam a adoção de animais através de suas campanhas publicitárias, ONGs e cidadãos levantando a questão da necessidade de dar um lar a animais que muito sofreram e foram descartados como objetos. Há mais pessoas adotando os animais, mas assim como acontece com os humanos, os mais velhos vão ficando para trás. Muitas pessoas acreditam que ao adotar um animal adulto não conseguirão discipliná-lo ou terão problema com os animais que já tenham em suas casas. Há também o indiscutível apelo do olhar doce e da cara fofinha de um filhote. Quem não se encanta com lindos bebês? No entanto, as crianças de hoje serão os adultos de amanhã. Os filhotes também crescerão, e muitas vezes além do esperado. Quando se adota um animal adulto, seu temperamento já está bem delineado e seu tamanho já é o definitivo: você sabe que ele não ultrapassará aquele tamanho. E também é importante lembrar que não é impossível adestrar animais adultos, basta vermos que figuras como Cesar Millan conseguem ser bem-sucedidos mesmo nos casos mais complicados envolvendo animais adultos. Para dar uma chance a esses animais tão especiais e amorosos, que necessitam de um lar e muito carinho, Conexão Pet resolveu trazer para vocês histórias mais do que felizes de pessoas que adotaram animais adultos.
Dóris Munhoz, Mia e Leo A professora Dóris Munhoz tinha uma gatinha em Santa Catarina, mas quando se mudou para Curitiba não pode trazê-la. Logo pensou em adotar um gatinho e foi ao abrigo Beco da Esperança. O que aconteceu, foi que ela apaixonou-se por dois bichanos e resolveu leva-los para casa. Os dois já eram adultos. “Não pensei em adotar adulto nem filhote, pensei em adotar aquele por quem eu me apaixonasse ´de cara´ (me apaixonei por dois, vieram os dois...). Acredito que existe uma espécie de ´química´ nessa nossa relação com os animais, como existe entre os humanos”, afirma Dóris. Para ela, uma das grandes vantagens de adotar um animal já crescido, é a possibilidade de já conhecer o temperamento do bicho: “Cada bichinho tem uma personalidade própria, independentemente da educação que receberá, que influi muito na sua relação com as pessoas. Muitas vezes, quando adotamos ou, principalmente, compramos um bebê, podemos nos deixar levar pelas suas ´gracinhas´ e não nos lembrar de que ele ficará adulto e mudará bastante, em vários aspectos. Além disso, ao adotar adultos, me senti feliz e realizada por estar dando uma chance a animais que não encontrariam um lar tão facilmente, estariam condenados a viver no abrigo”, conclui. A casa já tinha outra habitante de quatro patas, a Canela, uma buldogue francesa que também foi adotada por Dóris e pelo marido. “Ela estranhou no começo, mas logo foi dominada pelos gatos”, diverte-se Dóris.
Hoje os gatos, Mia e Leo, e a buldogue Canela vivem em perfeita harmonia e adaptaram-se à rotina da família: “Todo animal precisa de uma fase de adaptação, mesmo filhotes, que são tirados de suas mães. O que todos precisam é de carinho e atenção. O cuidado para evitar fugas, por exemplo, deve ser permanente, qualquer que seja a idade do animal”, salienta a professora. Dóris dá um conselho aos futuros adotantes que tenham algum preconceito em adotar adultos: “Adote segundo seu coração. Mas não tenha preconceitos. Talvez aquele que será seu grande amigo já está crescidinho... Que mal há nisso se vocês podem se dar bem?”.
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Carla Alessandra Claudino e vários pets! “Se for gato - ele te escolhe, então independente de filhote ou adulto vá sempre ao local conhecer todos que estiverem para a adoção. Você pode chegar com a ideia de um filhote e sair com um adulto ou até com os dois. No caso de cachorro, se teu espaço é pequeno e não tem certeza do tamanho que ficará o filhote, pegue um adulto, você pode educá-lo como a um filhote, tenho quatro cadelas, três adotadas adultas e foram educadas e se dão bem, principalmente com os gatos. Não me arrependo nem um minuto das adoções que fiz, meus 17 filhos (mis e aus) são minha grande paixão e me trazem muitas alegrias. Gatos e cães são muito companheiros e carinhos e podem viver em harmonia sim”. A publicitária Carla Alessandra Claudino tem 17 pets em sua casa, entre cães e gatos. Vários deles foram adotados já adultos. Ela foi à contramão da maioria, justamente por achar que animais adultos têm mais dificuldade para encontrar um lar: “Acredito que é bem mais fácil conseguir achar uma casa para um filhotinho, os adultos também precisam de carinho. Quando adotei o Toulouse, que foi o primeiro gato adulto e tinha 18 anos, queria dar um pouco de felicidade pra ele e fiquei triste pelo abandono do dono depois de tanto tempo. Com a Jéssika e o Salém foi bem parecido, iam ficar seis meses em casa e o dono os abandonou. Eu já pego amor no primeiro dia de convivência, independente se é filhote ou adulto, o carinho de ambos não têm explicação, cada um retribui de um jeito, mas retribui”, afirma. Para Carla poder saber o tamanho do animal, seu temperamento e ter um companheiro mais tranquilo em casa são algumas das vantagens em se adotar um animal mais velho. No momento de adotar, Carla diz que o futuro tutor, deve levar alguns pontos em consideração:
Luana Thais Kessler, Nina, Gigi e Lili Luana Thais Kessler é voluntária da ONG Amigo Animal, em Curitiba. A instituição abriga cerca de 2500 cães e Luana tem contato com muitas histórias tristes, de abandono e sofrimento. Atualmente, ela tem seis cães, quatro deles adotados. Destes quatro, Nina, Gigi e Lili foram para a casa da protetora já adultas. “Uma (a Valentina) eu adotei aos 9 meses, portanto ainda jovem, não totalmente adulta. Já Nina, Gigi e Lili foram adotadas já adultas. Gigi e Lili eu mesma encontrei nas ruas. “ A Lili é uma daschund, encontrada em profundo estado de desnutrição, muito magra e com piometra. Morreria em poucos dias se não fosse socorrida. “Hoje é super saudável, ciumenta e querida. Já está comigo há cinco anos”, conta Luana. Gigi foi a segunda. “Encontrei-a nas ruas com muita sarna, também desnutrida, e principalmente muito assustada”, relata a protetora. Valentina e a Nina viviam em um abrigo, uma chácara com mais de dois mil cães. “Eu as adotei porque acredito que abrigo não é a solução, e por mais que as pessoas tenham boa vontade, um abrigo nunca é tão bom quanto um lar verdadeiro”, explica. Valentina ainda não era adulta quando foi adotada. Tinha nove meses. Sobre adotar adultos, Luana diz que a experiência é bastante gratificante: “A gratidão de um cão adulto, quando retirado das ruas ou de um abrigo, é impressionante. Há uma diferença enorme entre adotar um adulto ou um filhote. O adulto, que já passou por situações de privação, maus tratos etc., nitidamente parece saber que foi acolhido, parece dar maior valor ao conforto e amor que hoje desfruta num lar de verdade. É quase unanimidade entre os que adotam cães adultos: eles realmente são diferentes”. Luana também destaca que a maturidade do cão na fase adulta contribui para que ele se ajuste à rotina da nova família: “Ao contrário do que
muitos pensam, a adaptação é muito mais rápida do que a de um filhote. Exatamente porque o cão adulto entende o que está acontecendo, se sente acolhido e é grato por isso. Além disso, ele já sabe onde deve fazer suas necessidades, e se não sabe, aprende bem mais rápido que um filhote. Um cão adulto não é tão dependente quanto um filhote, portanto se você precisa se ausentar por algumas horas do dia ele não vai ficar chorando e incomodando os vizinhos, como faz um filhote”. A maior resistência a enfermidades é outro ponto positivo destacado pela protetora: “Um cão adulto é bem menos suscetível a doenças e viroses, que comumente atacam mais filhotes, que tem menos imunidade que um cão adulto”, salienta. Além de toda a praticidade que um cão adulto pode ter em relação a um filhote, são critérios bem mais subjetivos que aquecem o coração de Luana: “Enfim, a sensação de ver aquele ser, antes abandonado, maltratado, desnutrido, com medo e apavorado, agora na sua casa, alimentado, aquecido, confortavelmente instalado e, principalmente, amado, é algo que não tem preço. Você pode ver, nos seus olhinhos, toda gratidão. E isso é algo que nos enche o coração de ternura e de esperança de que, se cada um adotasse um cãozinho de um abrigo ou das ruas, muitos que ainda estão por aí sofrendo, poderiam estar em um lar”, finaliza.
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Martha Bormann, Fuçuda e Smeagol Apesar de tardia, a aproximação da funcionária pública Martha Bormann com os gatos rendeu muitas histórias. “Aos 30 anos de idade eu não tinha muito contato com animais. Sempre achei os gatos lindos. Sou apaixonada por felinos em geral. Para mim são a perfeição da natureza. Mas conhecia pouco da personalidade deles. Tinha um pouco aquela ideia de que os gatos são independentes e não se apegam aos donos”, explica. Um dia dois lindos gatinhos de uns seis meses se mudaram para o condomínio em que Martha morava. Um branco e um preto. O gato branco era um macho e sempre vinha roubar ração de cachorro. Com o tempo passamos a colocar um pote pra ele na frente de casa. Martha adotou uma gatinha filhote que viu passeando por seu condomínio. Era uma gatinha preta e recebeu o nome de Morgana. “Com a Morgana aprendi a amar os gatos e a ver todos os animais de forma muito diferente. Aprendi como eles têm sentimentos, fidelidade, amor, dedicação, saudade. A Morgana é minha super companheira há oito anos. É incrível como a convivência com uma gatinha pode mudar tanto nossa percepção dos animais. Nunca mais consegui ser indiferente a um animal abandonado na rua”, relata Martha. Depois da Morgana, Martha adotou mais um gatinho (o Tiger). Um gato branco que eles alimentavam há tempos no condomínio apareceu com uma companheira. “Um dia ele trouxe a companheira e sua filhinha para comer na minha casa. A gata adulta era muito magra, pretinha também, só pelo e osso... E eu falava: o gato branco trouxe aquela gata fuçuda pra comer de novo... E assim ficou a Fuçuda. A Morgana e o Tiger nunca briga-
Margareth Krause e Otelo
ram com o gato branco ou a Fuçuda. Um dia o gato branco apareceu na porta de casa quase morto, havia sido envenenado. Levamos ao veterinário, mas era muito tarde. Fuçudinha e sua filha ficaram lá em casa desde então”, revela. Infelizmente, devido a um câncer no pulmão, Fuçuda faleceu três anos após seu resgate. Porém, Martha disse notar uma grande gratidão por parte da bichana por ter sido acolhida com tanto amor. Martha ainda resgatou outro gato adulto, que estava no estacionamento de um banco. Estava muito magro com dificuldade de respirar. “Levei pra casa, ele tinha água no pulmão por causa de algum acidente e tinha muita febre. Novamente foi um mês de tratamento com antibióticos, indo ao vet tirar a água do pulmão e tudo mais. Quando melhorou se juntou aos outros gatos da casa de forma bem natural também. Com este gato – o Smeagol - eu pude sentir a gratidão pela vida extra que lhe demos. Ele se apegou a nós e se adaptou perfeitamente à casa a aos outros animais”, lembra.
Otelo foi abandonado já adulto em uma pet shop. Quando a designer Margareth Krause o conheceu, logo se apaixonou: “Há uns quatro anos eu pensava em adotar um gato mas não tinha nada muito claro se seria adulto ou filhote. E eu não escolhi, ele me escolheu. O Otelo está comigo há quatro anos e eu sabia que ele era adulto quando fui conhecê-lo. Foi amor à primeira vista, fiquei louca quando o vi. Um gatão grandão e fofo!”, lembra. Para Margareth, a calma do animal adulto está entre as principais vantagens em se adotar nesta fase: “Com certeza eles são mais calmos que filhotes. Um animal adulto não tem tanto interesse em brincadeiras, não que não brinquem, eles brincam sim, mas eles já estão um pouco mais tranquilos. O filhote precisa de muito mais atenção e cuidados para o desenvolvimento e tem muita energia para correr e pular”. Quando adotou Otelo, a designer não tinha outros animais, mas recentemente incorporou mais um felino à família: “Recentemente adotei uma gata de nove meses e eles estão se entendendo muito bem. Eu tinha receio de que seria problemático, afinal o Otelo já era adulto quando o adotei e pensava que ele não aceitaria uma companhia. Engano o meu! Lógico que houve um período de adaptação, mas eles já estão super unidos, brincando e à vontade”, afirma. Otelo rapidamente se adaptou à nova casa: “A primeira coisa que ele fez quando chegou foi dar uma volta pelo apartamento e já reconheceu o
local. Verificou onde ficava sua lilteira e também a sua comida. Sem falar que tornou-se muito carinhoso comigo conforme adquiria confiança na nossa relação”, fala Margareth. Para Margareth, na hora de decidir entre um filhote ou um adulto, o que vale é pensar no seu ritmo e no coração: “O amor é o mesmo, tanto faz se é filhote ou não, garanto que o animal vai demonstrar todo seu afeto. Acredito que filhotes são mais ativos, por ainda brincarem muito, então este é o detalhe que acho mais importante. Eu digo que adotar um animal adulto é tão encantador quanto um filhote”.
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Karina Hauer, Madona, Willie e Geovana
Nailane Koloski e Moja Nailane Koloski adotou a gatinha Moja no abrigo Beco da Esperança, em Curitiba. Ela nasceu e viveu nas ruas durante toda sua vida, e por isso era extremamente arisca. “Esse tipo de gata não vai para adoção, passa o resto da vida no abrigo por ser arisca”, fala Nailane. Ela foi até o abrigo para adotar um filhotinho, e encantou-se com a Tangerina, que é filha da Moja. “Eu e a Lúcia (mantenedora do abrigo) tínhamos dó de separar ela de sua mãe, era a única gatinha que tinha sobrevivido dos quatro que nasceram, então pensei em levar as duas pra casa e assim que a Tangerina estivesse desapegada da mãe eu a devolveria para o abrigo. Como minha casa é toda telada não tinha perigo da Moja fugir. Depois de passar algum tempo com a Moja me apeguei muito a ela, e não tive coragem de devolvê-la para o abrigo, mesmo ela sendo tão diferente dos outros (mais assustada, arisca) eu passei a amar ela tanto quanto eles. Quando ela chegou aqui achei que ela nunca mais sairia de baixo da cama, agora ela dorme tranquila em cima da minha cama, do sofá, brinca, e se sente em casa. Eu fico muito feliz vendo como a Moja é feliz aqui, e pensando que
Karina Hauer tem quatro cães e três deles foram adotados adultos. Madona é uma mestiça de pastor alemão, que foi adotada numa feira de adoção, em Curitiba. Ela havia sido resgatada de uma construção, era usada pra guarda. Já Willie estava na esquina da casa de Karina machucado. “Ele tem um gênio maravilhoso, é o mais bonzinho de todos”, afirma a tutora. Geovana morou a vida inteira num abrigo com mais 2000 cães – a Associação Amigo Animal. “Ela me escolheu desde a primeira vez que eu fui visitar a ONG. Ela chorava e gritava cada vez que eu ia lá, tanto na chegada quanto na saída. Ficamos oito anos nesse sofrimento até que eu casei, fui morar numa casa e pude adotá-la”, lembra Karina. Como a pópria Karina trabalha na doação de muitos cães, ela sabe exatamente o tipo de animal que ninguém quer: “Sempre penso em adotar um cão que esteja precisando mais e que ninguém quer. Geralmente são adultos, não tão bonitos e porte médio. Resumindo, como eu faço muita doação de cães deixo os mais bonitinhos, pequenos e peludos para as pessoas adotarem, que é o perfil que a maioria prefere. As pessoas olham só o exterior e não entendem que se doa uma vida e todos querem e precisam de um lar com respeito e amor”, constata. Karina ainda ressalta os aspectos positivos da adoção de adultos: “Adultos são mais independentes e a adaptação é mais rápida e fácil, não dão tanto trabalho e o principal é que quando o filhote é mestiço, não sabemos o tamanho que vai ficar. Para quem exige que o cão seja de porte pequeno tem que adotar um cão adulto que não cresce mais”.
provavelmente ela nunca teria a chance de achar um lar, porque além de adulta era arisca”, lembra Nailane. Como a maioria das pessoas, Nailane inicialmente havia pensando em adotar um filhote, por achar que a adaptação de um animal adulto seria difícil: “Já adotei dois gatos e um cachorro adultos, e eles são tão apegados a mim quanto os que adotei filhotes, e os adultos se adaptaram tão rápido ao novo ambiente e a rotina quanto os filhotes. Não vi nenhuma desvantagem na adoção de um animal adulto”, afirma. Para ela, a resistência a adoção de adultos passa pelo aspecto cultural: “Uma coisa a se pensar é que culturalmente está enraizada a ideia de que é melhor adotar filhotes, por pensarem que eles se adaptam melhor que os adultos. Então, se você tem consciência disso, e sabe que devido a essa cultura os animais adultos acabam tendo menos chances de serem adotados, e podem acabar passado toda sua vida em abrigos ou nas ruas, por que não dar a chance a um desses animais de encontrar um lar? Não adote só pela idade, cor ou raça. Adote para dar uma chance àquele que mais precisa, uma chance de ter uma lar confortável e receber amor”, avalia Nailane.
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Yanê Carvalho, Guida, Haley e Mirna
A história de Monique Gonçalves com os bichanos já vem de longa data. O primeiro gatinho adotado por ela chama-se Xixo. Ele era adulto, mas Monique não: “Ele estava na cantina da minha escola, mas eu era criança. Minha mãe concordou e o levamos pra casa. Era um amor de gato, ficava grudado em mim o tempo todo, mas como não sabíamos muito como cuidar, acabamos não castrando ele, e como ele era um gato de rua, ele queria sempre dar umas voltinhas. Na primeira noite ele fez um escândalo para sair e minha mãe acabou deixando. Eu chorei, fiquei triste. Mas no dia seguinte, a surpresa: eu estava na janela, toda chororô, quando ouvi uns miadinhos no condomínio. Desci correndo, e tchans! O Xixo estava na porta, esperando que alguém abrisse pra ele! Foi assim durante um tempo, até que ele saiu e não voltou mais. Fiquei inconsolável, aí meus pais adotaram uma gatinha filhote para mim, a Natasha, que viveu comigo por 15 anos, e virou estrelinha ano passado”, conta Monique. Quando mudaram-se para uma casa, adotaram uma gatinha chamada Poxa, na Sociedade Protetora dos Animais, de Curitiba. Ela era adulta. “Ela era muito inteligente, companheira e leal! Acho que ela estava tão feliz de ter sido resgatada que queria nos agradecer de todos os jeitos (ainda me emociono lembrando dela). Eu nunca tinha tido um vira-lata, mas foi uma das experiências que mais me ensinaram! Aprendi que a beleza está nos olhos de quem vê, que amor não se compra, que amor incondicional existe mesmo! Infelizmente ela ficou pouco tempo conosco, ela não era castrada, aí acabou ficando prenhe de um husky que resgatamos na rua e que era bem maior que ela. Ela não resistiu ao parto, nem os filhotes. Foi muito triste, mas aprendi muito sobre adoção responsável. Na
Após perder duas cachorrinhas, uma vítima de câncer e outra de uma doença cardíaca, Yanê Carvalho ficou com apenas um cão. Ela o achava muito solitário e queria uma companhia para ele. “Eu queria uma fêmea, de pequeno porte, branca com manchas marrons ou pretas. E antes de dormir pedi para o meu anjo da guarda. No outro dia ao sair do ônibus no terminal do quase pisei nela, igualzinha a que eu pedi, peguei no colo tomei um taxi e voltei para casa! Isto foi há seis anos”, relata Yanê. A cadelinha foi batizada de Mirna. Guida apareceu por causa de um atropelamento. A irmã de Yanê avisou que na esquina da casa dela havia um cãozinho atropelado. “Eu a levei ao veterinário, não tinha nada quebrado! Tratei dela e era para encontrar um adotante, mas nos apaixonamos por ela (inclusive a Mirna!). Foi há cinco anos, ela é uma mistura e tanto, pura SRD!”, conta. Haley foi mais um resgatado da rua em condições nada favoráveis e tem uma história inusitada: “Passando em frente a minha casa vi um cão preto peludo, que era só sarna e sangue e quase sem pelos e com dó tentei dar ração pra ele, mas ele tinha tanta coceira que não conseguia comer, minha irmã viu e disse: ´Vamos dar um banho!´ Eu pensei: ´Pronto, mais um!’ Também era para adoção (já resgatei outros que doei). Mas nos apaixonamos novamente... depois um ano e meio que ele estava conosco, minha irmã estava mostrando a foto dele para uma amiga, que o reconheceu como seu! Ela o deu para uma amiga porque mora em apartamento e ‘ele ficou grande’. O Haley veio da Alemanha, na barriga da sua mamãe, e passou por seis donos até chegar a mim!”, conta Yanê.
época eu tinha 16 anos, meu pai não queria ´gastar com o cachorro´ e, por nossa culpa, ela não viveu tudo o que merecia. Felizmente hoje meus pais também mudaram. Ele castra, vacina e encontra lares responsáveis para todos os bichinhos que resgata. Meus tios também fazem isso, fico bem feliz”, afirma Monique. Quando foi morar sozinha, Monique adotou Bolinho, ainda filhote. “Como eu moro sozinha, comecei a pensar em adotar um companheiro pra ele, para ele não passar o dia sozinho. Eu ia esperar até as minhas férias deste ano, em março, para buscar um gatinho, para acompanhar a adaptação dos dois. E achava que se fosse um filhote seria mais fácil”. Porém, a mãe de Monique contou para ela que havia uma gatinha em situação de risco na escola em que dava aula. A gatinha era cuidada por algumas funcionárias, porém o segurança já havia até mesmo atingir a bichana com tiros. “Ela contou a história e perguntou se eu queria a gatinha. Não pensei duas vezes. À noite ela levou a gatinha. Magrinha, carente, chorona, se esfregava em mim, me dava beijo, deitava de barriguinha pra cima, como quem diz ´fica comigo, você não vai se arrepender´. Ela é uma mistura de siamês e escaminha de tartaruga. No começo cheguei a pensar ‘ tadinha, que feinha’. Hoje bato na boca quando lembro disso, ela está muito linda, não canso de olhar para ela. A Tampinha ficava no banheiro, e o Bolinho pela casa. Achei que ia ser fácil eles se adaptarem. Ledo engano. Comigo a Tampinha era uma fofa, mas quando decidi deixar os dois frente a frente, ela botou o Bolinho pra correr! Dava uns miados altos, pareciam gritos! Durante um tempo a Tampinha ficou na lavanderia, mas a porta era de vidro e eles ficavam miando, um
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de cada lado da porta, e enfiando a patinha por baixo. Aí, resolvi trocar os paninhos, para eles se acostumarem com o cheiro um do outro. No começo davam aqueles miadões apavorantes, mas depois passava. Finalmente, comecei a soltar os dois no mesmo ambiente, mas sempre junto e com um spray de água”, lembra Monique. A adaptação demorou, mas Monique não estava disposta a desistir: “Ela não é uma roupa que não serviu, um sapato que não ficou bom que eu posso simplesmente devolver. O que vou fazer? Jogá-la na rua de volta? Nunca mais conseguiria dormir, imaginando aquela carinha, que ficou tão feliz aqui em casa, na rua, passando frio, fome. Pode demorar, mas ela vai ficar aqui, no lar dela", afirma Monique.
Monique Gonçalves, Xixo, Poxa e Tampinha
Monique ainda adotou outra gatinha, Nalinha, e os três vivem em harmonia. “A pessoa que adotar um adulto deve ter paciência. Aquela história de ‘cachorro velho não parende truque novo’ é uma grande besteira. Aprende sim, mas você tem que ter carinho e paciência. E a recompensa é um amor infinito, um olhar de gratidão que só quem já adotou um adulto conhece e, claro, a consciência de que você contribuiu pra tirar pelo menos um bichinho da rua. Claro que é pouco, mas se todo mundo pensar assim, não sobrará mais um animalzinho desabrigado e sofrendo nas ruas”, comenta.
Conexão Pet espera que esta matéria tenha servido para quebrar alguns preconceitos e faça com que as pessoas repensem seus critérios na hora de escolher um animal. Não importa se ele é filhote ou adulto, o importante é ter a mente aberta e saber que qualquer animal que estejamos dispostos a amar, nos dará afeição em dobro!
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Os adultos também merecem um lar Está pensando em adotar um pet? Já considerou levar para casa um adulto? Apesar de todos os pesares, vemos que a adoção de animais é cada vez mais incentivada. Vemos grandes empresas que incentivam a adoção de animais através de suas campanhas publicitárias, ONGs e cidadãos levantando a questão da necessidade de dar um lar a animais que muito sofreram e foram descartados como objetos. Há mais pessoas adotando os animais, mas assim como acontece com os humanos, os mais velhos vão ficando para trás. Muitas pessoas acreditam que ao adotar um animal adulto não conseguirão discipliná-lo ou terão problema com os animais que já tenham em suas casas. Há também o indiscutível apelo do olhar doce e da cara fofinha de um filhote. Quem não se encanta com lindos bebês? No entanto, as crianças de hoje serão os adultos de amanhã. Os filhotes também crescerão, e muitas vezes além do esperado. Quando se adota um animal adulto, seu temperamento já está bem delineado e seu tamanho já é o definitivo: você sabe que ele não ultrapassará aquele tamanho. E também é importante lembrar que não é impossível adestrar animais adultos, basta vermos que figuras como Cesar Millan conseguem ser bem-sucedidos mesmo nos casos mais complicados envolvendo animais adultos. Para dar uma chance a esses animais tão especiais e amorosos, que necessitam de um lar e muito carinho, Conexão Pet resolveu trazer para vocês histórias mais do que felizes de pessoas que adotaram animais adultos.
Dóris Munhoz, Mia e Leo A professora Dóris Munhoz tinha uma gatinha em Santa Catarina, mas quando se mudou para Curitiba não pode trazê-la. Logo pensou em adotar um gatinho e foi ao abrigo Beco da Esperança. O que aconteceu, foi que ela apaixonou-se por dois bichanos e resolveu leva-los para casa. Os dois já eram adultos. “Não pensei em adotar adulto nem filhote, pensei em adotar aquele por quem eu me apaixonasse ´de cara´ (me apaixonei por dois, vieram os dois...). Acredito que existe uma espécie de ´química´ nessa nossa relação com os animais, como existe entre os humanos”, afirma Dóris. Para ela, uma das grandes vantagens de adotar um animal já crescido, é a possibilidade de já conhecer o temperamento do bicho: “Cada bichinho tem uma personalidade própria, independentemente da educação que receberá, que influi muito na sua relação com as pessoas. Muitas vezes, quando adotamos ou, principalmente, compramos um bebê, podemos nos deixar levar pelas suas ´gracinhas´ e não nos lembrar de que ele ficará adulto e mudará bastante, em vários aspectos. Além disso, ao adotar adultos, me senti feliz e realizada por estar dando uma chance a animais que não encontrariam um lar tão facilmente, estariam condenados a viver no abrigo”, conclui. A casa já tinha outra habitante de quatro patas, a Canela, uma buldogue francesa que também foi adotada por Dóris e pelo marido. “Ela estranhou no começo, mas logo foi dominada pelos gatos”, diverte-se Dóris.
Hoje os gatos, Mia e Leo, e a buldogue Canela vivem em perfeita harmonia e adaptaram-se à rotina da família: “Todo animal precisa de uma fase de adaptação, mesmo filhotes, que são tirados de suas mães. O que todos precisam é de carinho e atenção. O cuidado para evitar fugas, por exemplo, deve ser permanente, qualquer que seja a idade do animal”, salienta a professora. Dóris dá um conselho aos futuros adotantes que tenham algum preconceito em adotar adultos: “Adote segundo seu coração. Mas não tenha preconceitos. Talvez aquele que será seu grande amigo já está crescidinho... Que mal há nisso se vocês podem se dar bem?”.
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Carla Alessandra Claudino e vários pets! “Se for gato - ele te escolhe, então independente de filhote ou adulto vá sempre ao local conhecer todos que estiverem para a adoção. Você pode chegar com a ideia de um filhote e sair com um adulto ou até com os dois. No caso de cachorro, se teu espaço é pequeno e não tem certeza do tamanho que ficará o filhote, pegue um adulto, você pode educá-lo como a um filhote, tenho quatro cadelas, três adotadas adultas e foram educadas e se dão bem, principalmente com os gatos. Não me arrependo nem um minuto das adoções que fiz, meus 17 filhos (mis e aus) são minha grande paixão e me trazem muitas alegrias. Gatos e cães são muito companheiros e carinhos e podem viver em harmonia sim”. A publicitária Carla Alessandra Claudino tem 17 pets em sua casa, entre cães e gatos. Vários deles foram adotados já adultos. Ela foi à contramão da maioria, justamente por achar que animais adultos têm mais dificuldade para encontrar um lar: “Acredito que é bem mais fácil conseguir achar uma casa para um filhotinho, os adultos também precisam de carinho. Quando adotei o Toulouse, que foi o primeiro gato adulto e tinha 18 anos, queria dar um pouco de felicidade pra ele e fiquei triste pelo abandono do dono depois de tanto tempo. Com a Jéssika e o Salém foi bem parecido, iam ficar seis meses em casa e o dono os abandonou. Eu já pego amor no primeiro dia de convivência, independente se é filhote ou adulto, o carinho de ambos não têm explicação, cada um retribui de um jeito, mas retribui”, afirma. Para Carla poder saber o tamanho do animal, seu temperamento e ter um companheiro mais tranquilo em casa são algumas das vantagens em se adotar um animal mais velho. No momento de adotar, Carla diz que o futuro tutor, deve levar alguns pontos em consideração:
Luana Thais Kessler, Nina, Gigi e Lili Luana Thais Kessler é voluntária da ONG Amigo Animal, em Curitiba. A instituição abriga cerca de 2500 cães e Luana tem contato com muitas histórias tristes, de abandono e sofrimento. Atualmente, ela tem seis cães, quatro deles adotados. Destes quatro, Nina, Gigi e Lili foram para a casa da protetora já adultas. “Uma (a Valentina) eu adotei aos 9 meses, portanto ainda jovem, não totalmente adulta. Já Nina, Gigi e Lili foram adotadas já adultas. Gigi e Lili eu mesma encontrei nas ruas. “ A Lili é uma daschund, encontrada em profundo estado de desnutrição, muito magra e com piometra. Morreria em poucos dias se não fosse socorrida. “Hoje é super saudável, ciumenta e querida. Já está comigo há cinco anos”, conta Luana. Gigi foi a segunda. “Encontrei-a nas ruas com muita sarna, também desnutrida, e principalmente muito assustada”, relata a protetora. Valentina e a Nina viviam em um abrigo, uma chácara com mais de dois mil cães. “Eu as adotei porque acredito que abrigo não é a solução, e por mais que as pessoas tenham boa vontade, um abrigo nunca é tão bom quanto um lar verdadeiro”, explica. Valentina ainda não era adulta quando foi adotada. Tinha nove meses. Sobre adotar adultos, Luana diz que a experiência é bastante gratificante: “A gratidão de um cão adulto, quando retirado das ruas ou de um abrigo, é impressionante. Há uma diferença enorme entre adotar um adulto ou um filhote. O adulto, que já passou por situações de privação, maus tratos etc., nitidamente parece saber que foi acolhido, parece dar maior valor ao conforto e amor que hoje desfruta num lar de verdade. É quase unanimidade entre os que adotam cães adultos: eles realmente são diferentes”. Luana também destaca que a maturidade do cão na fase adulta contribui para que ele se ajuste à rotina da nova família: “Ao contrário do que
muitos pensam, a adaptação é muito mais rápida do que a de um filhote. Exatamente porque o cão adulto entende o que está acontecendo, se sente acolhido e é grato por isso. Além disso, ele já sabe onde deve fazer suas necessidades, e se não sabe, aprende bem mais rápido que um filhote. Um cão adulto não é tão dependente quanto um filhote, portanto se você precisa se ausentar por algumas horas do dia ele não vai ficar chorando e incomodando os vizinhos, como faz um filhote”. A maior resistência a enfermidades é outro ponto positivo destacado pela protetora: “Um cão adulto é bem menos suscetível a doenças e viroses, que comumente atacam mais filhotes, que tem menos imunidade que um cão adulto”, salienta. Além de toda a praticidade que um cão adulto pode ter em relação a um filhote, são critérios bem mais subjetivos que aquecem o coração de Luana: “Enfim, a sensação de ver aquele ser, antes abandonado, maltratado, desnutrido, com medo e apavorado, agora na sua casa, alimentado, aquecido, confortavelmente instalado e, principalmente, amado, é algo que não tem preço. Você pode ver, nos seus olhinhos, toda gratidão. E isso é algo que nos enche o coração de ternura e de esperança de que, se cada um adotasse um cãozinho de um abrigo ou das ruas, muitos que ainda estão por aí sofrendo, poderiam estar em um lar”, finaliza.
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Martha Bormann, Fuçuda e Smeagol Apesar de tardia, a aproximação da funcionária pública Martha Bormann com os gatos rendeu muitas histórias. “Aos 30 anos de idade eu não tinha muito contato com animais. Sempre achei os gatos lindos. Sou apaixonada por felinos em geral. Para mim são a perfeição da natureza. Mas conhecia pouco da personalidade deles. Tinha um pouco aquela ideia de que os gatos são independentes e não se apegam aos donos”, explica. Um dia dois lindos gatinhos de uns seis meses se mudaram para o condomínio em que Martha morava. Um branco e um preto. O gato branco era um macho e sempre vinha roubar ração de cachorro. Com o tempo passamos a colocar um pote pra ele na frente de casa. Martha adotou uma gatinha filhote que viu passeando por seu condomínio. Era uma gatinha preta e recebeu o nome de Morgana. “Com a Morgana aprendi a amar os gatos e a ver todos os animais de forma muito diferente. Aprendi como eles têm sentimentos, fidelidade, amor, dedicação, saudade. A Morgana é minha super companheira há oito anos. É incrível como a convivência com uma gatinha pode mudar tanto nossa percepção dos animais. Nunca mais consegui ser indiferente a um animal abandonado na rua”, relata Martha. Depois da Morgana, Martha adotou mais um gatinho (o Tiger). Um gato branco que eles alimentavam há tempos no condomínio apareceu com uma companheira. “Um dia ele trouxe a companheira e sua filhinha para comer na minha casa. A gata adulta era muito magra, pretinha também, só pelo e osso... E eu falava: o gato branco trouxe aquela gata fuçuda pra comer de novo... E assim ficou a Fuçuda. A Morgana e o Tiger nunca briga-
Margareth Krause e Otelo
ram com o gato branco ou a Fuçuda. Um dia o gato branco apareceu na porta de casa quase morto, havia sido envenenado. Levamos ao veterinário, mas era muito tarde. Fuçudinha e sua filha ficaram lá em casa desde então”, revela. Infelizmente, devido a um câncer no pulmão, Fuçuda faleceu três anos após seu resgate. Porém, Martha disse notar uma grande gratidão por parte da bichana por ter sido acolhida com tanto amor. Martha ainda resgatou outro gato adulto, que estava no estacionamento de um banco. Estava muito magro com dificuldade de respirar. “Levei pra casa, ele tinha água no pulmão por causa de algum acidente e tinha muita febre. Novamente foi um mês de tratamento com antibióticos, indo ao vet tirar a água do pulmão e tudo mais. Quando melhorou se juntou aos outros gatos da casa de forma bem natural também. Com este gato – o Smeagol - eu pude sentir a gratidão pela vida extra que lhe demos. Ele se apegou a nós e se adaptou perfeitamente à casa a aos outros animais”, lembra.
Otelo foi abandonado já adulto em uma pet shop. Quando a designer Margareth Krause o conheceu, logo se apaixonou: “Há uns quatro anos eu pensava em adotar um gato mas não tinha nada muito claro se seria adulto ou filhote. E eu não escolhi, ele me escolheu. O Otelo está comigo há quatro anos e eu sabia que ele era adulto quando fui conhecê-lo. Foi amor à primeira vista, fiquei louca quando o vi. Um gatão grandão e fofo!”, lembra. Para Margareth, a calma do animal adulto está entre as principais vantagens em se adotar nesta fase: “Com certeza eles são mais calmos que filhotes. Um animal adulto não tem tanto interesse em brincadeiras, não que não brinquem, eles brincam sim, mas eles já estão um pouco mais tranquilos. O filhote precisa de muito mais atenção e cuidados para o desenvolvimento e tem muita energia para correr e pular”. Quando adotou Otelo, a designer não tinha outros animais, mas recentemente incorporou mais um felino à família: “Recentemente adotei uma gata de nove meses e eles estão se entendendo muito bem. Eu tinha receio de que seria problemático, afinal o Otelo já era adulto quando o adotei e pensava que ele não aceitaria uma companhia. Engano o meu! Lógico que houve um período de adaptação, mas eles já estão super unidos, brincando e à vontade”, afirma. Otelo rapidamente se adaptou à nova casa: “A primeira coisa que ele fez quando chegou foi dar uma volta pelo apartamento e já reconheceu o
local. Verificou onde ficava sua lilteira e também a sua comida. Sem falar que tornou-se muito carinhoso comigo conforme adquiria confiança na nossa relação”, fala Margareth. Para Margareth, na hora de decidir entre um filhote ou um adulto, o que vale é pensar no seu ritmo e no coração: “O amor é o mesmo, tanto faz se é filhote ou não, garanto que o animal vai demonstrar todo seu afeto. Acredito que filhotes são mais ativos, por ainda brincarem muito, então este é o detalhe que acho mais importante. Eu digo que adotar um animal adulto é tão encantador quanto um filhote”.
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Karina Hauer, Madona, Willie e Geovana
Nailane Koloski e Moja Nailane Koloski adotou a gatinha Moja no abrigo Beco da Esperança, em Curitiba. Ela nasceu e viveu nas ruas durante toda sua vida, e por isso era extremamente arisca. “Esse tipo de gata não vai para adoção, passa o resto da vida no abrigo por ser arisca”, fala Nailane. Ela foi até o abrigo para adotar um filhotinho, e encantou-se com a Tangerina, que é filha da Moja. “Eu e a Lúcia (mantenedora do abrigo) tínhamos dó de separar ela de sua mãe, era a única gatinha que tinha sobrevivido dos quatro que nasceram, então pensei em levar as duas pra casa e assim que a Tangerina estivesse desapegada da mãe eu a devolveria para o abrigo. Como minha casa é toda telada não tinha perigo da Moja fugir. Depois de passar algum tempo com a Moja me apeguei muito a ela, e não tive coragem de devolvê-la para o abrigo, mesmo ela sendo tão diferente dos outros (mais assustada, arisca) eu passei a amar ela tanto quanto eles. Quando ela chegou aqui achei que ela nunca mais sairia de baixo da cama, agora ela dorme tranquila em cima da minha cama, do sofá, brinca, e se sente em casa. Eu fico muito feliz vendo como a Moja é feliz aqui, e pensando que
Karina Hauer tem quatro cães e três deles foram adotados adultos. Madona é uma mestiça de pastor alemão, que foi adotada numa feira de adoção, em Curitiba. Ela havia sido resgatada de uma construção, era usada pra guarda. Já Willie estava na esquina da casa de Karina machucado. “Ele tem um gênio maravilhoso, é o mais bonzinho de todos”, afirma a tutora. Geovana morou a vida inteira num abrigo com mais 2000 cães – a Associação Amigo Animal. “Ela me escolheu desde a primeira vez que eu fui visitar a ONG. Ela chorava e gritava cada vez que eu ia lá, tanto na chegada quanto na saída. Ficamos oito anos nesse sofrimento até que eu casei, fui morar numa casa e pude adotá-la”, lembra Karina. Como a pópria Karina trabalha na doação de muitos cães, ela sabe exatamente o tipo de animal que ninguém quer: “Sempre penso em adotar um cão que esteja precisando mais e que ninguém quer. Geralmente são adultos, não tão bonitos e porte médio. Resumindo, como eu faço muita doação de cães deixo os mais bonitinhos, pequenos e peludos para as pessoas adotarem, que é o perfil que a maioria prefere. As pessoas olham só o exterior e não entendem que se doa uma vida e todos querem e precisam de um lar com respeito e amor”, constata. Karina ainda ressalta os aspectos positivos da adoção de adultos: “Adultos são mais independentes e a adaptação é mais rápida e fácil, não dão tanto trabalho e o principal é que quando o filhote é mestiço, não sabemos o tamanho que vai ficar. Para quem exige que o cão seja de porte pequeno tem que adotar um cão adulto que não cresce mais”.
provavelmente ela nunca teria a chance de achar um lar, porque além de adulta era arisca”, lembra Nailane. Como a maioria das pessoas, Nailane inicialmente havia pensando em adotar um filhote, por achar que a adaptação de um animal adulto seria difícil: “Já adotei dois gatos e um cachorro adultos, e eles são tão apegados a mim quanto os que adotei filhotes, e os adultos se adaptaram tão rápido ao novo ambiente e a rotina quanto os filhotes. Não vi nenhuma desvantagem na adoção de um animal adulto”, afirma. Para ela, a resistência a adoção de adultos passa pelo aspecto cultural: “Uma coisa a se pensar é que culturalmente está enraizada a ideia de que é melhor adotar filhotes, por pensarem que eles se adaptam melhor que os adultos. Então, se você tem consciência disso, e sabe que devido a essa cultura os animais adultos acabam tendo menos chances de serem adotados, e podem acabar passado toda sua vida em abrigos ou nas ruas, por que não dar a chance a um desses animais de encontrar um lar? Não adote só pela idade, cor ou raça. Adote para dar uma chance àquele que mais precisa, uma chance de ter uma lar confortável e receber amor”, avalia Nailane.
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Yanê Carvalho, Guida, Haley e Mirna
A história de Monique Gonçalves com os bichanos já vem de longa data. O primeiro gatinho adotado por ela chama-se Xixo. Ele era adulto, mas Monique não: “Ele estava na cantina da minha escola, mas eu era criança. Minha mãe concordou e o levamos pra casa. Era um amor de gato, ficava grudado em mim o tempo todo, mas como não sabíamos muito como cuidar, acabamos não castrando ele, e como ele era um gato de rua, ele queria sempre dar umas voltinhas. Na primeira noite ele fez um escândalo para sair e minha mãe acabou deixando. Eu chorei, fiquei triste. Mas no dia seguinte, a surpresa: eu estava na janela, toda chororô, quando ouvi uns miadinhos no condomínio. Desci correndo, e tchans! O Xixo estava na porta, esperando que alguém abrisse pra ele! Foi assim durante um tempo, até que ele saiu e não voltou mais. Fiquei inconsolável, aí meus pais adotaram uma gatinha filhote para mim, a Natasha, que viveu comigo por 15 anos, e virou estrelinha ano passado”, conta Monique. Quando mudaram-se para uma casa, adotaram uma gatinha chamada Poxa, na Sociedade Protetora dos Animais, de Curitiba. Ela era adulta. “Ela era muito inteligente, companheira e leal! Acho que ela estava tão feliz de ter sido resgatada que queria nos agradecer de todos os jeitos (ainda me emociono lembrando dela). Eu nunca tinha tido um vira-lata, mas foi uma das experiências que mais me ensinaram! Aprendi que a beleza está nos olhos de quem vê, que amor não se compra, que amor incondicional existe mesmo! Infelizmente ela ficou pouco tempo conosco, ela não era castrada, aí acabou ficando prenhe de um husky que resgatamos na rua e que era bem maior que ela. Ela não resistiu ao parto, nem os filhotes. Foi muito triste, mas aprendi muito sobre adoção responsável. Na
Após perder duas cachorrinhas, uma vítima de câncer e outra de uma doença cardíaca, Yanê Carvalho ficou com apenas um cão. Ela o achava muito solitário e queria uma companhia para ele. “Eu queria uma fêmea, de pequeno porte, branca com manchas marrons ou pretas. E antes de dormir pedi para o meu anjo da guarda. No outro dia ao sair do ônibus no terminal do quase pisei nela, igualzinha a que eu pedi, peguei no colo tomei um taxi e voltei para casa! Isto foi há seis anos”, relata Yanê. A cadelinha foi batizada de Mirna. Guida apareceu por causa de um atropelamento. A irmã de Yanê avisou que na esquina da casa dela havia um cãozinho atropelado. “Eu a levei ao veterinário, não tinha nada quebrado! Tratei dela e era para encontrar um adotante, mas nos apaixonamos por ela (inclusive a Mirna!). Foi há cinco anos, ela é uma mistura e tanto, pura SRD!”, conta. Haley foi mais um resgatado da rua em condições nada favoráveis e tem uma história inusitada: “Passando em frente a minha casa vi um cão preto peludo, que era só sarna e sangue e quase sem pelos e com dó tentei dar ração pra ele, mas ele tinha tanta coceira que não conseguia comer, minha irmã viu e disse: ´Vamos dar um banho!´ Eu pensei: ´Pronto, mais um!’ Também era para adoção (já resgatei outros que doei). Mas nos apaixonamos novamente... depois um ano e meio que ele estava conosco, minha irmã estava mostrando a foto dele para uma amiga, que o reconheceu como seu! Ela o deu para uma amiga porque mora em apartamento e ‘ele ficou grande’. O Haley veio da Alemanha, na barriga da sua mamãe, e passou por seis donos até chegar a mim!”, conta Yanê.
época eu tinha 16 anos, meu pai não queria ´gastar com o cachorro´ e, por nossa culpa, ela não viveu tudo o que merecia. Felizmente hoje meus pais também mudaram. Ele castra, vacina e encontra lares responsáveis para todos os bichinhos que resgata. Meus tios também fazem isso, fico bem feliz”, afirma Monique. Quando foi morar sozinha, Monique adotou Bolinho, ainda filhote. “Como eu moro sozinha, comecei a pensar em adotar um companheiro pra ele, para ele não passar o dia sozinho. Eu ia esperar até as minhas férias deste ano, em março, para buscar um gatinho, para acompanhar a adaptação dos dois. E achava que se fosse um filhote seria mais fácil”. Porém, a mãe de Monique contou para ela que havia uma gatinha em situação de risco na escola em que dava aula. A gatinha era cuidada por algumas funcionárias, porém o segurança já havia até mesmo atingir a bichana com tiros. “Ela contou a história e perguntou se eu queria a gatinha. Não pensei duas vezes. À noite ela levou a gatinha. Magrinha, carente, chorona, se esfregava em mim, me dava beijo, deitava de barriguinha pra cima, como quem diz ´fica comigo, você não vai se arrepender´. Ela é uma mistura de siamês e escaminha de tartaruga. No começo cheguei a pensar ‘ tadinha, que feinha’. Hoje bato na boca quando lembro disso, ela está muito linda, não canso de olhar para ela. A Tampinha ficava no banheiro, e o Bolinho pela casa. Achei que ia ser fácil eles se adaptarem. Ledo engano. Comigo a Tampinha era uma fofa, mas quando decidi deixar os dois frente a frente, ela botou o Bolinho pra correr! Dava uns miados altos, pareciam gritos! Durante um tempo a Tampinha ficou na lavanderia, mas a porta era de vidro e eles ficavam miando, um
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de cada lado da porta, e enfiando a patinha por baixo. Aí, resolvi trocar os paninhos, para eles se acostumarem com o cheiro um do outro. No começo davam aqueles miadões apavorantes, mas depois passava. Finalmente, comecei a soltar os dois no mesmo ambiente, mas sempre junto e com um spray de água”, lembra Monique. A adaptação demorou, mas Monique não estava disposta a desistir: “Ela não é uma roupa que não serviu, um sapato que não ficou bom que eu posso simplesmente devolver. O que vou fazer? Jogá-la na rua de volta? Nunca mais conseguiria dormir, imaginando aquela carinha, que ficou tão feliz aqui em casa, na rua, passando frio, fome. Pode demorar, mas ela vai ficar aqui, no lar dela", afirma Monique.
Monique Gonçalves, Xixo, Poxa e Tampinha
Monique ainda adotou outra gatinha, Nalinha, e os três vivem em harmonia. “A pessoa que adotar um adulto deve ter paciência. Aquela história de ‘cachorro velho não parende truque novo’ é uma grande besteira. Aprende sim, mas você tem que ter carinho e paciência. E a recompensa é um amor infinito, um olhar de gratidão que só quem já adotou um adulto conhece e, claro, a consciência de que você contribuiu pra tirar pelo menos um bichinho da rua. Claro que é pouco, mas se todo mundo pensar assim, não sobrará mais um animalzinho desabrigado e sofrendo nas ruas”, comenta.
Conexão Pet espera que esta matéria tenha servido para quebrar alguns preconceitos e faça com que as pessoas repensem seus critérios na hora de escolher um animal. Não importa se ele é filhote ou adulto, o importante é ter a mente aberta e saber que qualquer animal que estejamos dispostos a amar, nos dará afeição em dobro!
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Os adultos também merecem um lar Está pensando em adotar um pet? Já considerou levar para casa um adulto? Apesar de todos os pesares, vemos que a adoção de animais é cada vez mais incentivada. Vemos grandes empresas que incentivam a adoção de animais através de suas campanhas publicitárias, ONGs e cidadãos levantando a questão da necessidade de dar um lar a animais que muito sofreram e foram descartados como objetos. Há mais pessoas adotando os animais, mas assim como acontece com os humanos, os mais velhos vão ficando para trás. Muitas pessoas acreditam que ao adotar um animal adulto não conseguirão discipliná-lo ou terão problema com os animais que já tenham em suas casas. Há também o indiscutível apelo do olhar doce e da cara fofinha de um filhote. Quem não se encanta com lindos bebês? No entanto, as crianças de hoje serão os adultos de amanhã. Os filhotes também crescerão, e muitas vezes além do esperado. Quando se adota um animal adulto, seu temperamento já está bem delineado e seu tamanho já é o definitivo: você sabe que ele não ultrapassará aquele tamanho. E também é importante lembrar que não é impossível adestrar animais adultos, basta vermos que figuras como Cesar Millan conseguem ser bem-sucedidos mesmo nos casos mais complicados envolvendo animais adultos. Para dar uma chance a esses animais tão especiais e amorosos, que necessitam de um lar e muito carinho, Conexão Pet resolveu trazer para vocês histórias mais do que felizes de pessoas que adotaram animais adultos.
Dóris Munhoz, Mia e Leo A professora Dóris Munhoz tinha uma gatinha em Santa Catarina, mas quando se mudou para Curitiba não pode trazê-la. Logo pensou em adotar um gatinho e foi ao abrigo Beco da Esperança. O que aconteceu, foi que ela apaixonou-se por dois bichanos e resolveu leva-los para casa. Os dois já eram adultos. “Não pensei em adotar adulto nem filhote, pensei em adotar aquele por quem eu me apaixonasse ´de cara´ (me apaixonei por dois, vieram os dois...). Acredito que existe uma espécie de ´química´ nessa nossa relação com os animais, como existe entre os humanos”, afirma Dóris. Para ela, uma das grandes vantagens de adotar um animal já crescido, é a possibilidade de já conhecer o temperamento do bicho: “Cada bichinho tem uma personalidade própria, independentemente da educação que receberá, que influi muito na sua relação com as pessoas. Muitas vezes, quando adotamos ou, principalmente, compramos um bebê, podemos nos deixar levar pelas suas ´gracinhas´ e não nos lembrar de que ele ficará adulto e mudará bastante, em vários aspectos. Além disso, ao adotar adultos, me senti feliz e realizada por estar dando uma chance a animais que não encontrariam um lar tão facilmente, estariam condenados a viver no abrigo”, conclui. A casa já tinha outra habitante de quatro patas, a Canela, uma buldogue francesa que também foi adotada por Dóris e pelo marido. “Ela estranhou no começo, mas logo foi dominada pelos gatos”, diverte-se Dóris.
Hoje os gatos, Mia e Leo, e a buldogue Canela vivem em perfeita harmonia e adaptaram-se à rotina da família: “Todo animal precisa de uma fase de adaptação, mesmo filhotes, que são tirados de suas mães. O que todos precisam é de carinho e atenção. O cuidado para evitar fugas, por exemplo, deve ser permanente, qualquer que seja a idade do animal”, salienta a professora. Dóris dá um conselho aos futuros adotantes que tenham algum preconceito em adotar adultos: “Adote segundo seu coração. Mas não tenha preconceitos. Talvez aquele que será seu grande amigo já está crescidinho... Que mal há nisso se vocês podem se dar bem?”.
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Carla Alessandra Claudino e vários pets! “Se for gato - ele te escolhe, então independente de filhote ou adulto vá sempre ao local conhecer todos que estiverem para a adoção. Você pode chegar com a ideia de um filhote e sair com um adulto ou até com os dois. No caso de cachorro, se teu espaço é pequeno e não tem certeza do tamanho que ficará o filhote, pegue um adulto, você pode educá-lo como a um filhote, tenho quatro cadelas, três adotadas adultas e foram educadas e se dão bem, principalmente com os gatos. Não me arrependo nem um minuto das adoções que fiz, meus 17 filhos (mis e aus) são minha grande paixão e me trazem muitas alegrias. Gatos e cães são muito companheiros e carinhos e podem viver em harmonia sim”. A publicitária Carla Alessandra Claudino tem 17 pets em sua casa, entre cães e gatos. Vários deles foram adotados já adultos. Ela foi à contramão da maioria, justamente por achar que animais adultos têm mais dificuldade para encontrar um lar: “Acredito que é bem mais fácil conseguir achar uma casa para um filhotinho, os adultos também precisam de carinho. Quando adotei o Toulouse, que foi o primeiro gato adulto e tinha 18 anos, queria dar um pouco de felicidade pra ele e fiquei triste pelo abandono do dono depois de tanto tempo. Com a Jéssika e o Salém foi bem parecido, iam ficar seis meses em casa e o dono os abandonou. Eu já pego amor no primeiro dia de convivência, independente se é filhote ou adulto, o carinho de ambos não têm explicação, cada um retribui de um jeito, mas retribui”, afirma. Para Carla poder saber o tamanho do animal, seu temperamento e ter um companheiro mais tranquilo em casa são algumas das vantagens em se adotar um animal mais velho. No momento de adotar, Carla diz que o futuro tutor, deve levar alguns pontos em consideração:
Luana Thais Kessler, Nina, Gigi e Lili Luana Thais Kessler é voluntária da ONG Amigo Animal, em Curitiba. A instituição abriga cerca de 2500 cães e Luana tem contato com muitas histórias tristes, de abandono e sofrimento. Atualmente, ela tem seis cães, quatro deles adotados. Destes quatro, Nina, Gigi e Lili foram para a casa da protetora já adultas. “Uma (a Valentina) eu adotei aos 9 meses, portanto ainda jovem, não totalmente adulta. Já Nina, Gigi e Lili foram adotadas já adultas. Gigi e Lili eu mesma encontrei nas ruas. “ A Lili é uma daschund, encontrada em profundo estado de desnutrição, muito magra e com piometra. Morreria em poucos dias se não fosse socorrida. “Hoje é super saudável, ciumenta e querida. Já está comigo há cinco anos”, conta Luana. Gigi foi a segunda. “Encontrei-a nas ruas com muita sarna, também desnutrida, e principalmente muito assustada”, relata a protetora. Valentina e a Nina viviam em um abrigo, uma chácara com mais de dois mil cães. “Eu as adotei porque acredito que abrigo não é a solução, e por mais que as pessoas tenham boa vontade, um abrigo nunca é tão bom quanto um lar verdadeiro”, explica. Valentina ainda não era adulta quando foi adotada. Tinha nove meses. Sobre adotar adultos, Luana diz que a experiência é bastante gratificante: “A gratidão de um cão adulto, quando retirado das ruas ou de um abrigo, é impressionante. Há uma diferença enorme entre adotar um adulto ou um filhote. O adulto, que já passou por situações de privação, maus tratos etc., nitidamente parece saber que foi acolhido, parece dar maior valor ao conforto e amor que hoje desfruta num lar de verdade. É quase unanimidade entre os que adotam cães adultos: eles realmente são diferentes”. Luana também destaca que a maturidade do cão na fase adulta contribui para que ele se ajuste à rotina da nova família: “Ao contrário do que
muitos pensam, a adaptação é muito mais rápida do que a de um filhote. Exatamente porque o cão adulto entende o que está acontecendo, se sente acolhido e é grato por isso. Além disso, ele já sabe onde deve fazer suas necessidades, e se não sabe, aprende bem mais rápido que um filhote. Um cão adulto não é tão dependente quanto um filhote, portanto se você precisa se ausentar por algumas horas do dia ele não vai ficar chorando e incomodando os vizinhos, como faz um filhote”. A maior resistência a enfermidades é outro ponto positivo destacado pela protetora: “Um cão adulto é bem menos suscetível a doenças e viroses, que comumente atacam mais filhotes, que tem menos imunidade que um cão adulto”, salienta. Além de toda a praticidade que um cão adulto pode ter em relação a um filhote, são critérios bem mais subjetivos que aquecem o coração de Luana: “Enfim, a sensação de ver aquele ser, antes abandonado, maltratado, desnutrido, com medo e apavorado, agora na sua casa, alimentado, aquecido, confortavelmente instalado e, principalmente, amado, é algo que não tem preço. Você pode ver, nos seus olhinhos, toda gratidão. E isso é algo que nos enche o coração de ternura e de esperança de que, se cada um adotasse um cãozinho de um abrigo ou das ruas, muitos que ainda estão por aí sofrendo, poderiam estar em um lar”, finaliza.
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Martha Bormann, Fuçuda e Smeagol Apesar de tardia, a aproximação da funcionária pública Martha Bormann com os gatos rendeu muitas histórias. “Aos 30 anos de idade eu não tinha muito contato com animais. Sempre achei os gatos lindos. Sou apaixonada por felinos em geral. Para mim são a perfeição da natureza. Mas conhecia pouco da personalidade deles. Tinha um pouco aquela ideia de que os gatos são independentes e não se apegam aos donos”, explica. Um dia dois lindos gatinhos de uns seis meses se mudaram para o condomínio em que Martha morava. Um branco e um preto. O gato branco era um macho e sempre vinha roubar ração de cachorro. Com o tempo passamos a colocar um pote pra ele na frente de casa. Martha adotou uma gatinha filhote que viu passeando por seu condomínio. Era uma gatinha preta e recebeu o nome de Morgana. “Com a Morgana aprendi a amar os gatos e a ver todos os animais de forma muito diferente. Aprendi como eles têm sentimentos, fidelidade, amor, dedicação, saudade. A Morgana é minha super companheira há oito anos. É incrível como a convivência com uma gatinha pode mudar tanto nossa percepção dos animais. Nunca mais consegui ser indiferente a um animal abandonado na rua”, relata Martha. Depois da Morgana, Martha adotou mais um gatinho (o Tiger). Um gato branco que eles alimentavam há tempos no condomínio apareceu com uma companheira. “Um dia ele trouxe a companheira e sua filhinha para comer na minha casa. A gata adulta era muito magra, pretinha também, só pelo e osso... E eu falava: o gato branco trouxe aquela gata fuçuda pra comer de novo... E assim ficou a Fuçuda. A Morgana e o Tiger nunca briga-
Margareth Krause e Otelo
ram com o gato branco ou a Fuçuda. Um dia o gato branco apareceu na porta de casa quase morto, havia sido envenenado. Levamos ao veterinário, mas era muito tarde. Fuçudinha e sua filha ficaram lá em casa desde então”, revela. Infelizmente, devido a um câncer no pulmão, Fuçuda faleceu três anos após seu resgate. Porém, Martha disse notar uma grande gratidão por parte da bichana por ter sido acolhida com tanto amor. Martha ainda resgatou outro gato adulto, que estava no estacionamento de um banco. Estava muito magro com dificuldade de respirar. “Levei pra casa, ele tinha água no pulmão por causa de algum acidente e tinha muita febre. Novamente foi um mês de tratamento com antibióticos, indo ao vet tirar a água do pulmão e tudo mais. Quando melhorou se juntou aos outros gatos da casa de forma bem natural também. Com este gato – o Smeagol - eu pude sentir a gratidão pela vida extra que lhe demos. Ele se apegou a nós e se adaptou perfeitamente à casa a aos outros animais”, lembra.
Otelo foi abandonado já adulto em uma pet shop. Quando a designer Margareth Krause o conheceu, logo se apaixonou: “Há uns quatro anos eu pensava em adotar um gato mas não tinha nada muito claro se seria adulto ou filhote. E eu não escolhi, ele me escolheu. O Otelo está comigo há quatro anos e eu sabia que ele era adulto quando fui conhecê-lo. Foi amor à primeira vista, fiquei louca quando o vi. Um gatão grandão e fofo!”, lembra. Para Margareth, a calma do animal adulto está entre as principais vantagens em se adotar nesta fase: “Com certeza eles são mais calmos que filhotes. Um animal adulto não tem tanto interesse em brincadeiras, não que não brinquem, eles brincam sim, mas eles já estão um pouco mais tranquilos. O filhote precisa de muito mais atenção e cuidados para o desenvolvimento e tem muita energia para correr e pular”. Quando adotou Otelo, a designer não tinha outros animais, mas recentemente incorporou mais um felino à família: “Recentemente adotei uma gata de nove meses e eles estão se entendendo muito bem. Eu tinha receio de que seria problemático, afinal o Otelo já era adulto quando o adotei e pensava que ele não aceitaria uma companhia. Engano o meu! Lógico que houve um período de adaptação, mas eles já estão super unidos, brincando e à vontade”, afirma. Otelo rapidamente se adaptou à nova casa: “A primeira coisa que ele fez quando chegou foi dar uma volta pelo apartamento e já reconheceu o
local. Verificou onde ficava sua lilteira e também a sua comida. Sem falar que tornou-se muito carinhoso comigo conforme adquiria confiança na nossa relação”, fala Margareth. Para Margareth, na hora de decidir entre um filhote ou um adulto, o que vale é pensar no seu ritmo e no coração: “O amor é o mesmo, tanto faz se é filhote ou não, garanto que o animal vai demonstrar todo seu afeto. Acredito que filhotes são mais ativos, por ainda brincarem muito, então este é o detalhe que acho mais importante. Eu digo que adotar um animal adulto é tão encantador quanto um filhote”.
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Karina Hauer, Madona, Willie e Geovana
Nailane Koloski e Moja Nailane Koloski adotou a gatinha Moja no abrigo Beco da Esperança, em Curitiba. Ela nasceu e viveu nas ruas durante toda sua vida, e por isso era extremamente arisca. “Esse tipo de gata não vai para adoção, passa o resto da vida no abrigo por ser arisca”, fala Nailane. Ela foi até o abrigo para adotar um filhotinho, e encantou-se com a Tangerina, que é filha da Moja. “Eu e a Lúcia (mantenedora do abrigo) tínhamos dó de separar ela de sua mãe, era a única gatinha que tinha sobrevivido dos quatro que nasceram, então pensei em levar as duas pra casa e assim que a Tangerina estivesse desapegada da mãe eu a devolveria para o abrigo. Como minha casa é toda telada não tinha perigo da Moja fugir. Depois de passar algum tempo com a Moja me apeguei muito a ela, e não tive coragem de devolvê-la para o abrigo, mesmo ela sendo tão diferente dos outros (mais assustada, arisca) eu passei a amar ela tanto quanto eles. Quando ela chegou aqui achei que ela nunca mais sairia de baixo da cama, agora ela dorme tranquila em cima da minha cama, do sofá, brinca, e se sente em casa. Eu fico muito feliz vendo como a Moja é feliz aqui, e pensando que
Karina Hauer tem quatro cães e três deles foram adotados adultos. Madona é uma mestiça de pastor alemão, que foi adotada numa feira de adoção, em Curitiba. Ela havia sido resgatada de uma construção, era usada pra guarda. Já Willie estava na esquina da casa de Karina machucado. “Ele tem um gênio maravilhoso, é o mais bonzinho de todos”, afirma a tutora. Geovana morou a vida inteira num abrigo com mais 2000 cães – a Associação Amigo Animal. “Ela me escolheu desde a primeira vez que eu fui visitar a ONG. Ela chorava e gritava cada vez que eu ia lá, tanto na chegada quanto na saída. Ficamos oito anos nesse sofrimento até que eu casei, fui morar numa casa e pude adotá-la”, lembra Karina. Como a pópria Karina trabalha na doação de muitos cães, ela sabe exatamente o tipo de animal que ninguém quer: “Sempre penso em adotar um cão que esteja precisando mais e que ninguém quer. Geralmente são adultos, não tão bonitos e porte médio. Resumindo, como eu faço muita doação de cães deixo os mais bonitinhos, pequenos e peludos para as pessoas adotarem, que é o perfil que a maioria prefere. As pessoas olham só o exterior e não entendem que se doa uma vida e todos querem e precisam de um lar com respeito e amor”, constata. Karina ainda ressalta os aspectos positivos da adoção de adultos: “Adultos são mais independentes e a adaptação é mais rápida e fácil, não dão tanto trabalho e o principal é que quando o filhote é mestiço, não sabemos o tamanho que vai ficar. Para quem exige que o cão seja de porte pequeno tem que adotar um cão adulto que não cresce mais”.
provavelmente ela nunca teria a chance de achar um lar, porque além de adulta era arisca”, lembra Nailane. Como a maioria das pessoas, Nailane inicialmente havia pensando em adotar um filhote, por achar que a adaptação de um animal adulto seria difícil: “Já adotei dois gatos e um cachorro adultos, e eles são tão apegados a mim quanto os que adotei filhotes, e os adultos se adaptaram tão rápido ao novo ambiente e a rotina quanto os filhotes. Não vi nenhuma desvantagem na adoção de um animal adulto”, afirma. Para ela, a resistência a adoção de adultos passa pelo aspecto cultural: “Uma coisa a se pensar é que culturalmente está enraizada a ideia de que é melhor adotar filhotes, por pensarem que eles se adaptam melhor que os adultos. Então, se você tem consciência disso, e sabe que devido a essa cultura os animais adultos acabam tendo menos chances de serem adotados, e podem acabar passado toda sua vida em abrigos ou nas ruas, por que não dar a chance a um desses animais de encontrar um lar? Não adote só pela idade, cor ou raça. Adote para dar uma chance àquele que mais precisa, uma chance de ter uma lar confortável e receber amor”, avalia Nailane.
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Yanê Carvalho, Guida, Haley e Mirna
A história de Monique Gonçalves com os bichanos já vem de longa data. O primeiro gatinho adotado por ela chama-se Xixo. Ele era adulto, mas Monique não: “Ele estava na cantina da minha escola, mas eu era criança. Minha mãe concordou e o levamos pra casa. Era um amor de gato, ficava grudado em mim o tempo todo, mas como não sabíamos muito como cuidar, acabamos não castrando ele, e como ele era um gato de rua, ele queria sempre dar umas voltinhas. Na primeira noite ele fez um escândalo para sair e minha mãe acabou deixando. Eu chorei, fiquei triste. Mas no dia seguinte, a surpresa: eu estava na janela, toda chororô, quando ouvi uns miadinhos no condomínio. Desci correndo, e tchans! O Xixo estava na porta, esperando que alguém abrisse pra ele! Foi assim durante um tempo, até que ele saiu e não voltou mais. Fiquei inconsolável, aí meus pais adotaram uma gatinha filhote para mim, a Natasha, que viveu comigo por 15 anos, e virou estrelinha ano passado”, conta Monique. Quando mudaram-se para uma casa, adotaram uma gatinha chamada Poxa, na Sociedade Protetora dos Animais, de Curitiba. Ela era adulta. “Ela era muito inteligente, companheira e leal! Acho que ela estava tão feliz de ter sido resgatada que queria nos agradecer de todos os jeitos (ainda me emociono lembrando dela). Eu nunca tinha tido um vira-lata, mas foi uma das experiências que mais me ensinaram! Aprendi que a beleza está nos olhos de quem vê, que amor não se compra, que amor incondicional existe mesmo! Infelizmente ela ficou pouco tempo conosco, ela não era castrada, aí acabou ficando prenhe de um husky que resgatamos na rua e que era bem maior que ela. Ela não resistiu ao parto, nem os filhotes. Foi muito triste, mas aprendi muito sobre adoção responsável. Na
Após perder duas cachorrinhas, uma vítima de câncer e outra de uma doença cardíaca, Yanê Carvalho ficou com apenas um cão. Ela o achava muito solitário e queria uma companhia para ele. “Eu queria uma fêmea, de pequeno porte, branca com manchas marrons ou pretas. E antes de dormir pedi para o meu anjo da guarda. No outro dia ao sair do ônibus no terminal do quase pisei nela, igualzinha a que eu pedi, peguei no colo tomei um taxi e voltei para casa! Isto foi há seis anos”, relata Yanê. A cadelinha foi batizada de Mirna. Guida apareceu por causa de um atropelamento. A irmã de Yanê avisou que na esquina da casa dela havia um cãozinho atropelado. “Eu a levei ao veterinário, não tinha nada quebrado! Tratei dela e era para encontrar um adotante, mas nos apaixonamos por ela (inclusive a Mirna!). Foi há cinco anos, ela é uma mistura e tanto, pura SRD!”, conta. Haley foi mais um resgatado da rua em condições nada favoráveis e tem uma história inusitada: “Passando em frente a minha casa vi um cão preto peludo, que era só sarna e sangue e quase sem pelos e com dó tentei dar ração pra ele, mas ele tinha tanta coceira que não conseguia comer, minha irmã viu e disse: ´Vamos dar um banho!´ Eu pensei: ´Pronto, mais um!’ Também era para adoção (já resgatei outros que doei). Mas nos apaixonamos novamente... depois um ano e meio que ele estava conosco, minha irmã estava mostrando a foto dele para uma amiga, que o reconheceu como seu! Ela o deu para uma amiga porque mora em apartamento e ‘ele ficou grande’. O Haley veio da Alemanha, na barriga da sua mamãe, e passou por seis donos até chegar a mim!”, conta Yanê.
época eu tinha 16 anos, meu pai não queria ´gastar com o cachorro´ e, por nossa culpa, ela não viveu tudo o que merecia. Felizmente hoje meus pais também mudaram. Ele castra, vacina e encontra lares responsáveis para todos os bichinhos que resgata. Meus tios também fazem isso, fico bem feliz”, afirma Monique. Quando foi morar sozinha, Monique adotou Bolinho, ainda filhote. “Como eu moro sozinha, comecei a pensar em adotar um companheiro pra ele, para ele não passar o dia sozinho. Eu ia esperar até as minhas férias deste ano, em março, para buscar um gatinho, para acompanhar a adaptação dos dois. E achava que se fosse um filhote seria mais fácil”. Porém, a mãe de Monique contou para ela que havia uma gatinha em situação de risco na escola em que dava aula. A gatinha era cuidada por algumas funcionárias, porém o segurança já havia até mesmo atingir a bichana com tiros. “Ela contou a história e perguntou se eu queria a gatinha. Não pensei duas vezes. À noite ela levou a gatinha. Magrinha, carente, chorona, se esfregava em mim, me dava beijo, deitava de barriguinha pra cima, como quem diz ´fica comigo, você não vai se arrepender´. Ela é uma mistura de siamês e escaminha de tartaruga. No começo cheguei a pensar ‘ tadinha, que feinha’. Hoje bato na boca quando lembro disso, ela está muito linda, não canso de olhar para ela. A Tampinha ficava no banheiro, e o Bolinho pela casa. Achei que ia ser fácil eles se adaptarem. Ledo engano. Comigo a Tampinha era uma fofa, mas quando decidi deixar os dois frente a frente, ela botou o Bolinho pra correr! Dava uns miados altos, pareciam gritos! Durante um tempo a Tampinha ficou na lavanderia, mas a porta era de vidro e eles ficavam miando, um
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de cada lado da porta, e enfiando a patinha por baixo. Aí, resolvi trocar os paninhos, para eles se acostumarem com o cheiro um do outro. No começo davam aqueles miadões apavorantes, mas depois passava. Finalmente, comecei a soltar os dois no mesmo ambiente, mas sempre junto e com um spray de água”, lembra Monique. A adaptação demorou, mas Monique não estava disposta a desistir: “Ela não é uma roupa que não serviu, um sapato que não ficou bom que eu posso simplesmente devolver. O que vou fazer? Jogá-la na rua de volta? Nunca mais conseguiria dormir, imaginando aquela carinha, que ficou tão feliz aqui em casa, na rua, passando frio, fome. Pode demorar, mas ela vai ficar aqui, no lar dela", afirma Monique.
Monique Gonçalves, Xixo, Poxa e Tampinha
Monique ainda adotou outra gatinha, Nalinha, e os três vivem em harmonia. “A pessoa que adotar um adulto deve ter paciência. Aquela história de ‘cachorro velho não parende truque novo’ é uma grande besteira. Aprende sim, mas você tem que ter carinho e paciência. E a recompensa é um amor infinito, um olhar de gratidão que só quem já adotou um adulto conhece e, claro, a consciência de que você contribuiu pra tirar pelo menos um bichinho da rua. Claro que é pouco, mas se todo mundo pensar assim, não sobrará mais um animalzinho desabrigado e sofrendo nas ruas”, comenta.
Conexão Pet espera que esta matéria tenha servido para quebrar alguns preconceitos e faça com que as pessoas repensem seus critérios na hora de escolher um animal. Não importa se ele é filhote ou adulto, o importante é ter a mente aberta e saber que qualquer animal que estejamos dispostos a amar, nos dará afeição em dobro!
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Os adultos também merecem um lar Está pensando em adotar um pet? Já considerou levar para casa um adulto? Apesar de todos os pesares, vemos que a adoção de animais é cada vez mais incentivada. Vemos grandes empresas que incentivam a adoção de animais através de suas campanhas publicitárias, ONGs e cidadãos levantando a questão da necessidade de dar um lar a animais que muito sofreram e foram descartados como objetos. Há mais pessoas adotando os animais, mas assim como acontece com os humanos, os mais velhos vão ficando para trás. Muitas pessoas acreditam que ao adotar um animal adulto não conseguirão discipliná-lo ou terão problema com os animais que já tenham em suas casas. Há também o indiscutível apelo do olhar doce e da cara fofinha de um filhote. Quem não se encanta com lindos bebês? No entanto, as crianças de hoje serão os adultos de amanhã. Os filhotes também crescerão, e muitas vezes além do esperado. Quando se adota um animal adulto, seu temperamento já está bem delineado e seu tamanho já é o definitivo: você sabe que ele não ultrapassará aquele tamanho. E também é importante lembrar que não é impossível adestrar animais adultos, basta vermos que figuras como Cesar Millan conseguem ser bem-sucedidos mesmo nos casos mais complicados envolvendo animais adultos. Para dar uma chance a esses animais tão especiais e amorosos, que necessitam de um lar e muito carinho, Conexão Pet resolveu trazer para vocês histórias mais do que felizes de pessoas que adotaram animais adultos.
Dóris Munhoz, Mia e Leo A professora Dóris Munhoz tinha uma gatinha em Santa Catarina, mas quando se mudou para Curitiba não pode trazê-la. Logo pensou em adotar um gatinho e foi ao abrigo Beco da Esperança. O que aconteceu, foi que ela apaixonou-se por dois bichanos e resolveu leva-los para casa. Os dois já eram adultos. “Não pensei em adotar adulto nem filhote, pensei em adotar aquele por quem eu me apaixonasse ´de cara´ (me apaixonei por dois, vieram os dois...). Acredito que existe uma espécie de ´química´ nessa nossa relação com os animais, como existe entre os humanos”, afirma Dóris. Para ela, uma das grandes vantagens de adotar um animal já crescido, é a possibilidade de já conhecer o temperamento do bicho: “Cada bichinho tem uma personalidade própria, independentemente da educação que receberá, que influi muito na sua relação com as pessoas. Muitas vezes, quando adotamos ou, principalmente, compramos um bebê, podemos nos deixar levar pelas suas ´gracinhas´ e não nos lembrar de que ele ficará adulto e mudará bastante, em vários aspectos. Além disso, ao adotar adultos, me senti feliz e realizada por estar dando uma chance a animais que não encontrariam um lar tão facilmente, estariam condenados a viver no abrigo”, conclui. A casa já tinha outra habitante de quatro patas, a Canela, uma buldogue francesa que também foi adotada por Dóris e pelo marido. “Ela estranhou no começo, mas logo foi dominada pelos gatos”, diverte-se Dóris.
Hoje os gatos, Mia e Leo, e a buldogue Canela vivem em perfeita harmonia e adaptaram-se à rotina da família: “Todo animal precisa de uma fase de adaptação, mesmo filhotes, que são tirados de suas mães. O que todos precisam é de carinho e atenção. O cuidado para evitar fugas, por exemplo, deve ser permanente, qualquer que seja a idade do animal”, salienta a professora. Dóris dá um conselho aos futuros adotantes que tenham algum preconceito em adotar adultos: “Adote segundo seu coração. Mas não tenha preconceitos. Talvez aquele que será seu grande amigo já está crescidinho... Que mal há nisso se vocês podem se dar bem?”.
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Carla Alessandra Claudino e vários pets! “Se for gato - ele te escolhe, então independente de filhote ou adulto vá sempre ao local conhecer todos que estiverem para a adoção. Você pode chegar com a ideia de um filhote e sair com um adulto ou até com os dois. No caso de cachorro, se teu espaço é pequeno e não tem certeza do tamanho que ficará o filhote, pegue um adulto, você pode educá-lo como a um filhote, tenho quatro cadelas, três adotadas adultas e foram educadas e se dão bem, principalmente com os gatos. Não me arrependo nem um minuto das adoções que fiz, meus 17 filhos (mis e aus) são minha grande paixão e me trazem muitas alegrias. Gatos e cães são muito companheiros e carinhos e podem viver em harmonia sim”. A publicitária Carla Alessandra Claudino tem 17 pets em sua casa, entre cães e gatos. Vários deles foram adotados já adultos. Ela foi à contramão da maioria, justamente por achar que animais adultos têm mais dificuldade para encontrar um lar: “Acredito que é bem mais fácil conseguir achar uma casa para um filhotinho, os adultos também precisam de carinho. Quando adotei o Toulouse, que foi o primeiro gato adulto e tinha 18 anos, queria dar um pouco de felicidade pra ele e fiquei triste pelo abandono do dono depois de tanto tempo. Com a Jéssika e o Salém foi bem parecido, iam ficar seis meses em casa e o dono os abandonou. Eu já pego amor no primeiro dia de convivência, independente se é filhote ou adulto, o carinho de ambos não têm explicação, cada um retribui de um jeito, mas retribui”, afirma. Para Carla poder saber o tamanho do animal, seu temperamento e ter um companheiro mais tranquilo em casa são algumas das vantagens em se adotar um animal mais velho. No momento de adotar, Carla diz que o futuro tutor, deve levar alguns pontos em consideração:
Luana Thais Kessler, Nina, Gigi e Lili Luana Thais Kessler é voluntária da ONG Amigo Animal, em Curitiba. A instituição abriga cerca de 2500 cães e Luana tem contato com muitas histórias tristes, de abandono e sofrimento. Atualmente, ela tem seis cães, quatro deles adotados. Destes quatro, Nina, Gigi e Lili foram para a casa da protetora já adultas. “Uma (a Valentina) eu adotei aos 9 meses, portanto ainda jovem, não totalmente adulta. Já Nina, Gigi e Lili foram adotadas já adultas. Gigi e Lili eu mesma encontrei nas ruas. “ A Lili é uma daschund, encontrada em profundo estado de desnutrição, muito magra e com piometra. Morreria em poucos dias se não fosse socorrida. “Hoje é super saudável, ciumenta e querida. Já está comigo há cinco anos”, conta Luana. Gigi foi a segunda. “Encontrei-a nas ruas com muita sarna, também desnutrida, e principalmente muito assustada”, relata a protetora. Valentina e a Nina viviam em um abrigo, uma chácara com mais de dois mil cães. “Eu as adotei porque acredito que abrigo não é a solução, e por mais que as pessoas tenham boa vontade, um abrigo nunca é tão bom quanto um lar verdadeiro”, explica. Valentina ainda não era adulta quando foi adotada. Tinha nove meses. Sobre adotar adultos, Luana diz que a experiência é bastante gratificante: “A gratidão de um cão adulto, quando retirado das ruas ou de um abrigo, é impressionante. Há uma diferença enorme entre adotar um adulto ou um filhote. O adulto, que já passou por situações de privação, maus tratos etc., nitidamente parece saber que foi acolhido, parece dar maior valor ao conforto e amor que hoje desfruta num lar de verdade. É quase unanimidade entre os que adotam cães adultos: eles realmente são diferentes”. Luana também destaca que a maturidade do cão na fase adulta contribui para que ele se ajuste à rotina da nova família: “Ao contrário do que
muitos pensam, a adaptação é muito mais rápida do que a de um filhote. Exatamente porque o cão adulto entende o que está acontecendo, se sente acolhido e é grato por isso. Além disso, ele já sabe onde deve fazer suas necessidades, e se não sabe, aprende bem mais rápido que um filhote. Um cão adulto não é tão dependente quanto um filhote, portanto se você precisa se ausentar por algumas horas do dia ele não vai ficar chorando e incomodando os vizinhos, como faz um filhote”. A maior resistência a enfermidades é outro ponto positivo destacado pela protetora: “Um cão adulto é bem menos suscetível a doenças e viroses, que comumente atacam mais filhotes, que tem menos imunidade que um cão adulto”, salienta. Além de toda a praticidade que um cão adulto pode ter em relação a um filhote, são critérios bem mais subjetivos que aquecem o coração de Luana: “Enfim, a sensação de ver aquele ser, antes abandonado, maltratado, desnutrido, com medo e apavorado, agora na sua casa, alimentado, aquecido, confortavelmente instalado e, principalmente, amado, é algo que não tem preço. Você pode ver, nos seus olhinhos, toda gratidão. E isso é algo que nos enche o coração de ternura e de esperança de que, se cada um adotasse um cãozinho de um abrigo ou das ruas, muitos que ainda estão por aí sofrendo, poderiam estar em um lar”, finaliza.
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Martha Bormann, Fuçuda e Smeagol Apesar de tardia, a aproximação da funcionária pública Martha Bormann com os gatos rendeu muitas histórias. “Aos 30 anos de idade eu não tinha muito contato com animais. Sempre achei os gatos lindos. Sou apaixonada por felinos em geral. Para mim são a perfeição da natureza. Mas conhecia pouco da personalidade deles. Tinha um pouco aquela ideia de que os gatos são independentes e não se apegam aos donos”, explica. Um dia dois lindos gatinhos de uns seis meses se mudaram para o condomínio em que Martha morava. Um branco e um preto. O gato branco era um macho e sempre vinha roubar ração de cachorro. Com o tempo passamos a colocar um pote pra ele na frente de casa. Martha adotou uma gatinha filhote que viu passeando por seu condomínio. Era uma gatinha preta e recebeu o nome de Morgana. “Com a Morgana aprendi a amar os gatos e a ver todos os animais de forma muito diferente. Aprendi como eles têm sentimentos, fidelidade, amor, dedicação, saudade. A Morgana é minha super companheira há oito anos. É incrível como a convivência com uma gatinha pode mudar tanto nossa percepção dos animais. Nunca mais consegui ser indiferente a um animal abandonado na rua”, relata Martha. Depois da Morgana, Martha adotou mais um gatinho (o Tiger). Um gato branco que eles alimentavam há tempos no condomínio apareceu com uma companheira. “Um dia ele trouxe a companheira e sua filhinha para comer na minha casa. A gata adulta era muito magra, pretinha também, só pelo e osso... E eu falava: o gato branco trouxe aquela gata fuçuda pra comer de novo... E assim ficou a Fuçuda. A Morgana e o Tiger nunca briga-
Margareth Krause e Otelo
ram com o gato branco ou a Fuçuda. Um dia o gato branco apareceu na porta de casa quase morto, havia sido envenenado. Levamos ao veterinário, mas era muito tarde. Fuçudinha e sua filha ficaram lá em casa desde então”, revela. Infelizmente, devido a um câncer no pulmão, Fuçuda faleceu três anos após seu resgate. Porém, Martha disse notar uma grande gratidão por parte da bichana por ter sido acolhida com tanto amor. Martha ainda resgatou outro gato adulto, que estava no estacionamento de um banco. Estava muito magro com dificuldade de respirar. “Levei pra casa, ele tinha água no pulmão por causa de algum acidente e tinha muita febre. Novamente foi um mês de tratamento com antibióticos, indo ao vet tirar a água do pulmão e tudo mais. Quando melhorou se juntou aos outros gatos da casa de forma bem natural também. Com este gato – o Smeagol - eu pude sentir a gratidão pela vida extra que lhe demos. Ele se apegou a nós e se adaptou perfeitamente à casa a aos outros animais”, lembra.
Otelo foi abandonado já adulto em uma pet shop. Quando a designer Margareth Krause o conheceu, logo se apaixonou: “Há uns quatro anos eu pensava em adotar um gato mas não tinha nada muito claro se seria adulto ou filhote. E eu não escolhi, ele me escolheu. O Otelo está comigo há quatro anos e eu sabia que ele era adulto quando fui conhecê-lo. Foi amor à primeira vista, fiquei louca quando o vi. Um gatão grandão e fofo!”, lembra. Para Margareth, a calma do animal adulto está entre as principais vantagens em se adotar nesta fase: “Com certeza eles são mais calmos que filhotes. Um animal adulto não tem tanto interesse em brincadeiras, não que não brinquem, eles brincam sim, mas eles já estão um pouco mais tranquilos. O filhote precisa de muito mais atenção e cuidados para o desenvolvimento e tem muita energia para correr e pular”. Quando adotou Otelo, a designer não tinha outros animais, mas recentemente incorporou mais um felino à família: “Recentemente adotei uma gata de nove meses e eles estão se entendendo muito bem. Eu tinha receio de que seria problemático, afinal o Otelo já era adulto quando o adotei e pensava que ele não aceitaria uma companhia. Engano o meu! Lógico que houve um período de adaptação, mas eles já estão super unidos, brincando e à vontade”, afirma. Otelo rapidamente se adaptou à nova casa: “A primeira coisa que ele fez quando chegou foi dar uma volta pelo apartamento e já reconheceu o
local. Verificou onde ficava sua lilteira e também a sua comida. Sem falar que tornou-se muito carinhoso comigo conforme adquiria confiança na nossa relação”, fala Margareth. Para Margareth, na hora de decidir entre um filhote ou um adulto, o que vale é pensar no seu ritmo e no coração: “O amor é o mesmo, tanto faz se é filhote ou não, garanto que o animal vai demonstrar todo seu afeto. Acredito que filhotes são mais ativos, por ainda brincarem muito, então este é o detalhe que acho mais importante. Eu digo que adotar um animal adulto é tão encantador quanto um filhote”.
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Karina Hauer, Madona, Willie e Geovana
Nailane Koloski e Moja Nailane Koloski adotou a gatinha Moja no abrigo Beco da Esperança, em Curitiba. Ela nasceu e viveu nas ruas durante toda sua vida, e por isso era extremamente arisca. “Esse tipo de gata não vai para adoção, passa o resto da vida no abrigo por ser arisca”, fala Nailane. Ela foi até o abrigo para adotar um filhotinho, e encantou-se com a Tangerina, que é filha da Moja. “Eu e a Lúcia (mantenedora do abrigo) tínhamos dó de separar ela de sua mãe, era a única gatinha que tinha sobrevivido dos quatro que nasceram, então pensei em levar as duas pra casa e assim que a Tangerina estivesse desapegada da mãe eu a devolveria para o abrigo. Como minha casa é toda telada não tinha perigo da Moja fugir. Depois de passar algum tempo com a Moja me apeguei muito a ela, e não tive coragem de devolvê-la para o abrigo, mesmo ela sendo tão diferente dos outros (mais assustada, arisca) eu passei a amar ela tanto quanto eles. Quando ela chegou aqui achei que ela nunca mais sairia de baixo da cama, agora ela dorme tranquila em cima da minha cama, do sofá, brinca, e se sente em casa. Eu fico muito feliz vendo como a Moja é feliz aqui, e pensando que
Karina Hauer tem quatro cães e três deles foram adotados adultos. Madona é uma mestiça de pastor alemão, que foi adotada numa feira de adoção, em Curitiba. Ela havia sido resgatada de uma construção, era usada pra guarda. Já Willie estava na esquina da casa de Karina machucado. “Ele tem um gênio maravilhoso, é o mais bonzinho de todos”, afirma a tutora. Geovana morou a vida inteira num abrigo com mais 2000 cães – a Associação Amigo Animal. “Ela me escolheu desde a primeira vez que eu fui visitar a ONG. Ela chorava e gritava cada vez que eu ia lá, tanto na chegada quanto na saída. Ficamos oito anos nesse sofrimento até que eu casei, fui morar numa casa e pude adotá-la”, lembra Karina. Como a pópria Karina trabalha na doação de muitos cães, ela sabe exatamente o tipo de animal que ninguém quer: “Sempre penso em adotar um cão que esteja precisando mais e que ninguém quer. Geralmente são adultos, não tão bonitos e porte médio. Resumindo, como eu faço muita doação de cães deixo os mais bonitinhos, pequenos e peludos para as pessoas adotarem, que é o perfil que a maioria prefere. As pessoas olham só o exterior e não entendem que se doa uma vida e todos querem e precisam de um lar com respeito e amor”, constata. Karina ainda ressalta os aspectos positivos da adoção de adultos: “Adultos são mais independentes e a adaptação é mais rápida e fácil, não dão tanto trabalho e o principal é que quando o filhote é mestiço, não sabemos o tamanho que vai ficar. Para quem exige que o cão seja de porte pequeno tem que adotar um cão adulto que não cresce mais”.
provavelmente ela nunca teria a chance de achar um lar, porque além de adulta era arisca”, lembra Nailane. Como a maioria das pessoas, Nailane inicialmente havia pensando em adotar um filhote, por achar que a adaptação de um animal adulto seria difícil: “Já adotei dois gatos e um cachorro adultos, e eles são tão apegados a mim quanto os que adotei filhotes, e os adultos se adaptaram tão rápido ao novo ambiente e a rotina quanto os filhotes. Não vi nenhuma desvantagem na adoção de um animal adulto”, afirma. Para ela, a resistência a adoção de adultos passa pelo aspecto cultural: “Uma coisa a se pensar é que culturalmente está enraizada a ideia de que é melhor adotar filhotes, por pensarem que eles se adaptam melhor que os adultos. Então, se você tem consciência disso, e sabe que devido a essa cultura os animais adultos acabam tendo menos chances de serem adotados, e podem acabar passado toda sua vida em abrigos ou nas ruas, por que não dar a chance a um desses animais de encontrar um lar? Não adote só pela idade, cor ou raça. Adote para dar uma chance àquele que mais precisa, uma chance de ter uma lar confortável e receber amor”, avalia Nailane.
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Yanê Carvalho, Guida, Haley e Mirna
A história de Monique Gonçalves com os bichanos já vem de longa data. O primeiro gatinho adotado por ela chama-se Xixo. Ele era adulto, mas Monique não: “Ele estava na cantina da minha escola, mas eu era criança. Minha mãe concordou e o levamos pra casa. Era um amor de gato, ficava grudado em mim o tempo todo, mas como não sabíamos muito como cuidar, acabamos não castrando ele, e como ele era um gato de rua, ele queria sempre dar umas voltinhas. Na primeira noite ele fez um escândalo para sair e minha mãe acabou deixando. Eu chorei, fiquei triste. Mas no dia seguinte, a surpresa: eu estava na janela, toda chororô, quando ouvi uns miadinhos no condomínio. Desci correndo, e tchans! O Xixo estava na porta, esperando que alguém abrisse pra ele! Foi assim durante um tempo, até que ele saiu e não voltou mais. Fiquei inconsolável, aí meus pais adotaram uma gatinha filhote para mim, a Natasha, que viveu comigo por 15 anos, e virou estrelinha ano passado”, conta Monique. Quando mudaram-se para uma casa, adotaram uma gatinha chamada Poxa, na Sociedade Protetora dos Animais, de Curitiba. Ela era adulta. “Ela era muito inteligente, companheira e leal! Acho que ela estava tão feliz de ter sido resgatada que queria nos agradecer de todos os jeitos (ainda me emociono lembrando dela). Eu nunca tinha tido um vira-lata, mas foi uma das experiências que mais me ensinaram! Aprendi que a beleza está nos olhos de quem vê, que amor não se compra, que amor incondicional existe mesmo! Infelizmente ela ficou pouco tempo conosco, ela não era castrada, aí acabou ficando prenhe de um husky que resgatamos na rua e que era bem maior que ela. Ela não resistiu ao parto, nem os filhotes. Foi muito triste, mas aprendi muito sobre adoção responsável. Na
Após perder duas cachorrinhas, uma vítima de câncer e outra de uma doença cardíaca, Yanê Carvalho ficou com apenas um cão. Ela o achava muito solitário e queria uma companhia para ele. “Eu queria uma fêmea, de pequeno porte, branca com manchas marrons ou pretas. E antes de dormir pedi para o meu anjo da guarda. No outro dia ao sair do ônibus no terminal do quase pisei nela, igualzinha a que eu pedi, peguei no colo tomei um taxi e voltei para casa! Isto foi há seis anos”, relata Yanê. A cadelinha foi batizada de Mirna. Guida apareceu por causa de um atropelamento. A irmã de Yanê avisou que na esquina da casa dela havia um cãozinho atropelado. “Eu a levei ao veterinário, não tinha nada quebrado! Tratei dela e era para encontrar um adotante, mas nos apaixonamos por ela (inclusive a Mirna!). Foi há cinco anos, ela é uma mistura e tanto, pura SRD!”, conta. Haley foi mais um resgatado da rua em condições nada favoráveis e tem uma história inusitada: “Passando em frente a minha casa vi um cão preto peludo, que era só sarna e sangue e quase sem pelos e com dó tentei dar ração pra ele, mas ele tinha tanta coceira que não conseguia comer, minha irmã viu e disse: ´Vamos dar um banho!´ Eu pensei: ´Pronto, mais um!’ Também era para adoção (já resgatei outros que doei). Mas nos apaixonamos novamente... depois um ano e meio que ele estava conosco, minha irmã estava mostrando a foto dele para uma amiga, que o reconheceu como seu! Ela o deu para uma amiga porque mora em apartamento e ‘ele ficou grande’. O Haley veio da Alemanha, na barriga da sua mamãe, e passou por seis donos até chegar a mim!”, conta Yanê.
época eu tinha 16 anos, meu pai não queria ´gastar com o cachorro´ e, por nossa culpa, ela não viveu tudo o que merecia. Felizmente hoje meus pais também mudaram. Ele castra, vacina e encontra lares responsáveis para todos os bichinhos que resgata. Meus tios também fazem isso, fico bem feliz”, afirma Monique. Quando foi morar sozinha, Monique adotou Bolinho, ainda filhote. “Como eu moro sozinha, comecei a pensar em adotar um companheiro pra ele, para ele não passar o dia sozinho. Eu ia esperar até as minhas férias deste ano, em março, para buscar um gatinho, para acompanhar a adaptação dos dois. E achava que se fosse um filhote seria mais fácil”. Porém, a mãe de Monique contou para ela que havia uma gatinha em situação de risco na escola em que dava aula. A gatinha era cuidada por algumas funcionárias, porém o segurança já havia até mesmo atingir a bichana com tiros. “Ela contou a história e perguntou se eu queria a gatinha. Não pensei duas vezes. À noite ela levou a gatinha. Magrinha, carente, chorona, se esfregava em mim, me dava beijo, deitava de barriguinha pra cima, como quem diz ´fica comigo, você não vai se arrepender´. Ela é uma mistura de siamês e escaminha de tartaruga. No começo cheguei a pensar ‘ tadinha, que feinha’. Hoje bato na boca quando lembro disso, ela está muito linda, não canso de olhar para ela. A Tampinha ficava no banheiro, e o Bolinho pela casa. Achei que ia ser fácil eles se adaptarem. Ledo engano. Comigo a Tampinha era uma fofa, mas quando decidi deixar os dois frente a frente, ela botou o Bolinho pra correr! Dava uns miados altos, pareciam gritos! Durante um tempo a Tampinha ficou na lavanderia, mas a porta era de vidro e eles ficavam miando, um
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de cada lado da porta, e enfiando a patinha por baixo. Aí, resolvi trocar os paninhos, para eles se acostumarem com o cheiro um do outro. No começo davam aqueles miadões apavorantes, mas depois passava. Finalmente, comecei a soltar os dois no mesmo ambiente, mas sempre junto e com um spray de água”, lembra Monique. A adaptação demorou, mas Monique não estava disposta a desistir: “Ela não é uma roupa que não serviu, um sapato que não ficou bom que eu posso simplesmente devolver. O que vou fazer? Jogá-la na rua de volta? Nunca mais conseguiria dormir, imaginando aquela carinha, que ficou tão feliz aqui em casa, na rua, passando frio, fome. Pode demorar, mas ela vai ficar aqui, no lar dela", afirma Monique.
Monique Gonçalves, Xixo, Poxa e Tampinha
Monique ainda adotou outra gatinha, Nalinha, e os três vivem em harmonia. “A pessoa que adotar um adulto deve ter paciência. Aquela história de ‘cachorro velho não parende truque novo’ é uma grande besteira. Aprende sim, mas você tem que ter carinho e paciência. E a recompensa é um amor infinito, um olhar de gratidão que só quem já adotou um adulto conhece e, claro, a consciência de que você contribuiu pra tirar pelo menos um bichinho da rua. Claro que é pouco, mas se todo mundo pensar assim, não sobrará mais um animalzinho desabrigado e sofrendo nas ruas”, comenta.
Conexão Pet espera que esta matéria tenha servido para quebrar alguns preconceitos e faça com que as pessoas repensem seus critérios na hora de escolher um animal. Não importa se ele é filhote ou adulto, o importante é ter a mente aberta e saber que qualquer animal que estejamos dispostos a amar, nos dará afeição em dobro!
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Os adultos também merecem um lar Está pensando em adotar um pet? Já considerou levar para casa um adulto? Apesar de todos os pesares, vemos que a adoção de animais é cada vez mais incentivada. Vemos grandes empresas que incentivam a adoção de animais através de suas campanhas publicitárias, ONGs e cidadãos levantando a questão da necessidade de dar um lar a animais que muito sofreram e foram descartados como objetos. Há mais pessoas adotando os animais, mas assim como acontece com os humanos, os mais velhos vão ficando para trás. Muitas pessoas acreditam que ao adotar um animal adulto não conseguirão discipliná-lo ou terão problema com os animais que já tenham em suas casas. Há também o indiscutível apelo do olhar doce e da cara fofinha de um filhote. Quem não se encanta com lindos bebês? No entanto, as crianças de hoje serão os adultos de amanhã. Os filhotes também crescerão, e muitas vezes além do esperado. Quando se adota um animal adulto, seu temperamento já está bem delineado e seu tamanho já é o definitivo: você sabe que ele não ultrapassará aquele tamanho. E também é importante lembrar que não é impossível adestrar animais adultos, basta vermos que figuras como Cesar Millan conseguem ser bem-sucedidos mesmo nos casos mais complicados envolvendo animais adultos. Para dar uma chance a esses animais tão especiais e amorosos, que necessitam de um lar e muito carinho, Conexão Pet resolveu trazer para vocês histórias mais do que felizes de pessoas que adotaram animais adultos.
Dóris Munhoz, Mia e Leo A professora Dóris Munhoz tinha uma gatinha em Santa Catarina, mas quando se mudou para Curitiba não pode trazê-la. Logo pensou em adotar um gatinho e foi ao abrigo Beco da Esperança. O que aconteceu, foi que ela apaixonou-se por dois bichanos e resolveu leva-los para casa. Os dois já eram adultos. “Não pensei em adotar adulto nem filhote, pensei em adotar aquele por quem eu me apaixonasse ´de cara´ (me apaixonei por dois, vieram os dois...). Acredito que existe uma espécie de ´química´ nessa nossa relação com os animais, como existe entre os humanos”, afirma Dóris. Para ela, uma das grandes vantagens de adotar um animal já crescido, é a possibilidade de já conhecer o temperamento do bicho: “Cada bichinho tem uma personalidade própria, independentemente da educação que receberá, que influi muito na sua relação com as pessoas. Muitas vezes, quando adotamos ou, principalmente, compramos um bebê, podemos nos deixar levar pelas suas ´gracinhas´ e não nos lembrar de que ele ficará adulto e mudará bastante, em vários aspectos. Além disso, ao adotar adultos, me senti feliz e realizada por estar dando uma chance a animais que não encontrariam um lar tão facilmente, estariam condenados a viver no abrigo”, conclui. A casa já tinha outra habitante de quatro patas, a Canela, uma buldogue francesa que também foi adotada por Dóris e pelo marido. “Ela estranhou no começo, mas logo foi dominada pelos gatos”, diverte-se Dóris.
Hoje os gatos, Mia e Leo, e a buldogue Canela vivem em perfeita harmonia e adaptaram-se à rotina da família: “Todo animal precisa de uma fase de adaptação, mesmo filhotes, que são tirados de suas mães. O que todos precisam é de carinho e atenção. O cuidado para evitar fugas, por exemplo, deve ser permanente, qualquer que seja a idade do animal”, salienta a professora. Dóris dá um conselho aos futuros adotantes que tenham algum preconceito em adotar adultos: “Adote segundo seu coração. Mas não tenha preconceitos. Talvez aquele que será seu grande amigo já está crescidinho... Que mal há nisso se vocês podem se dar bem?”.
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Carla Alessandra Claudino e vários pets! “Se for gato - ele te escolhe, então independente de filhote ou adulto vá sempre ao local conhecer todos que estiverem para a adoção. Você pode chegar com a ideia de um filhote e sair com um adulto ou até com os dois. No caso de cachorro, se teu espaço é pequeno e não tem certeza do tamanho que ficará o filhote, pegue um adulto, você pode educá-lo como a um filhote, tenho quatro cadelas, três adotadas adultas e foram educadas e se dão bem, principalmente com os gatos. Não me arrependo nem um minuto das adoções que fiz, meus 17 filhos (mis e aus) são minha grande paixão e me trazem muitas alegrias. Gatos e cães são muito companheiros e carinhos e podem viver em harmonia sim”. A publicitária Carla Alessandra Claudino tem 17 pets em sua casa, entre cães e gatos. Vários deles foram adotados já adultos. Ela foi à contramão da maioria, justamente por achar que animais adultos têm mais dificuldade para encontrar um lar: “Acredito que é bem mais fácil conseguir achar uma casa para um filhotinho, os adultos também precisam de carinho. Quando adotei o Toulouse, que foi o primeiro gato adulto e tinha 18 anos, queria dar um pouco de felicidade pra ele e fiquei triste pelo abandono do dono depois de tanto tempo. Com a Jéssika e o Salém foi bem parecido, iam ficar seis meses em casa e o dono os abandonou. Eu já pego amor no primeiro dia de convivência, independente se é filhote ou adulto, o carinho de ambos não têm explicação, cada um retribui de um jeito, mas retribui”, afirma. Para Carla poder saber o tamanho do animal, seu temperamento e ter um companheiro mais tranquilo em casa são algumas das vantagens em se adotar um animal mais velho. No momento de adotar, Carla diz que o futuro tutor, deve levar alguns pontos em consideração:
Luana Thais Kessler, Nina, Gigi e Lili Luana Thais Kessler é voluntária da ONG Amigo Animal, em Curitiba. A instituição abriga cerca de 2500 cães e Luana tem contato com muitas histórias tristes, de abandono e sofrimento. Atualmente, ela tem seis cães, quatro deles adotados. Destes quatro, Nina, Gigi e Lili foram para a casa da protetora já adultas. “Uma (a Valentina) eu adotei aos 9 meses, portanto ainda jovem, não totalmente adulta. Já Nina, Gigi e Lili foram adotadas já adultas. Gigi e Lili eu mesma encontrei nas ruas. “ A Lili é uma daschund, encontrada em profundo estado de desnutrição, muito magra e com piometra. Morreria em poucos dias se não fosse socorrida. “Hoje é super saudável, ciumenta e querida. Já está comigo há cinco anos”, conta Luana. Gigi foi a segunda. “Encontrei-a nas ruas com muita sarna, também desnutrida, e principalmente muito assustada”, relata a protetora. Valentina e a Nina viviam em um abrigo, uma chácara com mais de dois mil cães. “Eu as adotei porque acredito que abrigo não é a solução, e por mais que as pessoas tenham boa vontade, um abrigo nunca é tão bom quanto um lar verdadeiro”, explica. Valentina ainda não era adulta quando foi adotada. Tinha nove meses. Sobre adotar adultos, Luana diz que a experiência é bastante gratificante: “A gratidão de um cão adulto, quando retirado das ruas ou de um abrigo, é impressionante. Há uma diferença enorme entre adotar um adulto ou um filhote. O adulto, que já passou por situações de privação, maus tratos etc., nitidamente parece saber que foi acolhido, parece dar maior valor ao conforto e amor que hoje desfruta num lar de verdade. É quase unanimidade entre os que adotam cães adultos: eles realmente são diferentes”. Luana também destaca que a maturidade do cão na fase adulta contribui para que ele se ajuste à rotina da nova família: “Ao contrário do que
muitos pensam, a adaptação é muito mais rápida do que a de um filhote. Exatamente porque o cão adulto entende o que está acontecendo, se sente acolhido e é grato por isso. Além disso, ele já sabe onde deve fazer suas necessidades, e se não sabe, aprende bem mais rápido que um filhote. Um cão adulto não é tão dependente quanto um filhote, portanto se você precisa se ausentar por algumas horas do dia ele não vai ficar chorando e incomodando os vizinhos, como faz um filhote”. A maior resistência a enfermidades é outro ponto positivo destacado pela protetora: “Um cão adulto é bem menos suscetível a doenças e viroses, que comumente atacam mais filhotes, que tem menos imunidade que um cão adulto”, salienta. Além de toda a praticidade que um cão adulto pode ter em relação a um filhote, são critérios bem mais subjetivos que aquecem o coração de Luana: “Enfim, a sensação de ver aquele ser, antes abandonado, maltratado, desnutrido, com medo e apavorado, agora na sua casa, alimentado, aquecido, confortavelmente instalado e, principalmente, amado, é algo que não tem preço. Você pode ver, nos seus olhinhos, toda gratidão. E isso é algo que nos enche o coração de ternura e de esperança de que, se cada um adotasse um cãozinho de um abrigo ou das ruas, muitos que ainda estão por aí sofrendo, poderiam estar em um lar”, finaliza.
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Martha Bormann, Fuçuda e Smeagol Apesar de tardia, a aproximação da funcionária pública Martha Bormann com os gatos rendeu muitas histórias. “Aos 30 anos de idade eu não tinha muito contato com animais. Sempre achei os gatos lindos. Sou apaixonada por felinos em geral. Para mim são a perfeição da natureza. Mas conhecia pouco da personalidade deles. Tinha um pouco aquela ideia de que os gatos são independentes e não se apegam aos donos”, explica. Um dia dois lindos gatinhos de uns seis meses se mudaram para o condomínio em que Martha morava. Um branco e um preto. O gato branco era um macho e sempre vinha roubar ração de cachorro. Com o tempo passamos a colocar um pote pra ele na frente de casa. Martha adotou uma gatinha filhote que viu passeando por seu condomínio. Era uma gatinha preta e recebeu o nome de Morgana. “Com a Morgana aprendi a amar os gatos e a ver todos os animais de forma muito diferente. Aprendi como eles têm sentimentos, fidelidade, amor, dedicação, saudade. A Morgana é minha super companheira há oito anos. É incrível como a convivência com uma gatinha pode mudar tanto nossa percepção dos animais. Nunca mais consegui ser indiferente a um animal abandonado na rua”, relata Martha. Depois da Morgana, Martha adotou mais um gatinho (o Tiger). Um gato branco que eles alimentavam há tempos no condomínio apareceu com uma companheira. “Um dia ele trouxe a companheira e sua filhinha para comer na minha casa. A gata adulta era muito magra, pretinha também, só pelo e osso... E eu falava: o gato branco trouxe aquela gata fuçuda pra comer de novo... E assim ficou a Fuçuda. A Morgana e o Tiger nunca briga-
Margareth Krause e Otelo
ram com o gato branco ou a Fuçuda. Um dia o gato branco apareceu na porta de casa quase morto, havia sido envenenado. Levamos ao veterinário, mas era muito tarde. Fuçudinha e sua filha ficaram lá em casa desde então”, revela. Infelizmente, devido a um câncer no pulmão, Fuçuda faleceu três anos após seu resgate. Porém, Martha disse notar uma grande gratidão por parte da bichana por ter sido acolhida com tanto amor. Martha ainda resgatou outro gato adulto, que estava no estacionamento de um banco. Estava muito magro com dificuldade de respirar. “Levei pra casa, ele tinha água no pulmão por causa de algum acidente e tinha muita febre. Novamente foi um mês de tratamento com antibióticos, indo ao vet tirar a água do pulmão e tudo mais. Quando melhorou se juntou aos outros gatos da casa de forma bem natural também. Com este gato – o Smeagol - eu pude sentir a gratidão pela vida extra que lhe demos. Ele se apegou a nós e se adaptou perfeitamente à casa a aos outros animais”, lembra.
Otelo foi abandonado já adulto em uma pet shop. Quando a designer Margareth Krause o conheceu, logo se apaixonou: “Há uns quatro anos eu pensava em adotar um gato mas não tinha nada muito claro se seria adulto ou filhote. E eu não escolhi, ele me escolheu. O Otelo está comigo há quatro anos e eu sabia que ele era adulto quando fui conhecê-lo. Foi amor à primeira vista, fiquei louca quando o vi. Um gatão grandão e fofo!”, lembra. Para Margareth, a calma do animal adulto está entre as principais vantagens em se adotar nesta fase: “Com certeza eles são mais calmos que filhotes. Um animal adulto não tem tanto interesse em brincadeiras, não que não brinquem, eles brincam sim, mas eles já estão um pouco mais tranquilos. O filhote precisa de muito mais atenção e cuidados para o desenvolvimento e tem muita energia para correr e pular”. Quando adotou Otelo, a designer não tinha outros animais, mas recentemente incorporou mais um felino à família: “Recentemente adotei uma gata de nove meses e eles estão se entendendo muito bem. Eu tinha receio de que seria problemático, afinal o Otelo já era adulto quando o adotei e pensava que ele não aceitaria uma companhia. Engano o meu! Lógico que houve um período de adaptação, mas eles já estão super unidos, brincando e à vontade”, afirma. Otelo rapidamente se adaptou à nova casa: “A primeira coisa que ele fez quando chegou foi dar uma volta pelo apartamento e já reconheceu o
local. Verificou onde ficava sua lilteira e também a sua comida. Sem falar que tornou-se muito carinhoso comigo conforme adquiria confiança na nossa relação”, fala Margareth. Para Margareth, na hora de decidir entre um filhote ou um adulto, o que vale é pensar no seu ritmo e no coração: “O amor é o mesmo, tanto faz se é filhote ou não, garanto que o animal vai demonstrar todo seu afeto. Acredito que filhotes são mais ativos, por ainda brincarem muito, então este é o detalhe que acho mais importante. Eu digo que adotar um animal adulto é tão encantador quanto um filhote”.
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Karina Hauer, Madona, Willie e Geovana
Nailane Koloski e Moja Nailane Koloski adotou a gatinha Moja no abrigo Beco da Esperança, em Curitiba. Ela nasceu e viveu nas ruas durante toda sua vida, e por isso era extremamente arisca. “Esse tipo de gata não vai para adoção, passa o resto da vida no abrigo por ser arisca”, fala Nailane. Ela foi até o abrigo para adotar um filhotinho, e encantou-se com a Tangerina, que é filha da Moja. “Eu e a Lúcia (mantenedora do abrigo) tínhamos dó de separar ela de sua mãe, era a única gatinha que tinha sobrevivido dos quatro que nasceram, então pensei em levar as duas pra casa e assim que a Tangerina estivesse desapegada da mãe eu a devolveria para o abrigo. Como minha casa é toda telada não tinha perigo da Moja fugir. Depois de passar algum tempo com a Moja me apeguei muito a ela, e não tive coragem de devolvê-la para o abrigo, mesmo ela sendo tão diferente dos outros (mais assustada, arisca) eu passei a amar ela tanto quanto eles. Quando ela chegou aqui achei que ela nunca mais sairia de baixo da cama, agora ela dorme tranquila em cima da minha cama, do sofá, brinca, e se sente em casa. Eu fico muito feliz vendo como a Moja é feliz aqui, e pensando que
Karina Hauer tem quatro cães e três deles foram adotados adultos. Madona é uma mestiça de pastor alemão, que foi adotada numa feira de adoção, em Curitiba. Ela havia sido resgatada de uma construção, era usada pra guarda. Já Willie estava na esquina da casa de Karina machucado. “Ele tem um gênio maravilhoso, é o mais bonzinho de todos”, afirma a tutora. Geovana morou a vida inteira num abrigo com mais 2000 cães – a Associação Amigo Animal. “Ela me escolheu desde a primeira vez que eu fui visitar a ONG. Ela chorava e gritava cada vez que eu ia lá, tanto na chegada quanto na saída. Ficamos oito anos nesse sofrimento até que eu casei, fui morar numa casa e pude adotá-la”, lembra Karina. Como a pópria Karina trabalha na doação de muitos cães, ela sabe exatamente o tipo de animal que ninguém quer: “Sempre penso em adotar um cão que esteja precisando mais e que ninguém quer. Geralmente são adultos, não tão bonitos e porte médio. Resumindo, como eu faço muita doação de cães deixo os mais bonitinhos, pequenos e peludos para as pessoas adotarem, que é o perfil que a maioria prefere. As pessoas olham só o exterior e não entendem que se doa uma vida e todos querem e precisam de um lar com respeito e amor”, constata. Karina ainda ressalta os aspectos positivos da adoção de adultos: “Adultos são mais independentes e a adaptação é mais rápida e fácil, não dão tanto trabalho e o principal é que quando o filhote é mestiço, não sabemos o tamanho que vai ficar. Para quem exige que o cão seja de porte pequeno tem que adotar um cão adulto que não cresce mais”.
provavelmente ela nunca teria a chance de achar um lar, porque além de adulta era arisca”, lembra Nailane. Como a maioria das pessoas, Nailane inicialmente havia pensando em adotar um filhote, por achar que a adaptação de um animal adulto seria difícil: “Já adotei dois gatos e um cachorro adultos, e eles são tão apegados a mim quanto os que adotei filhotes, e os adultos se adaptaram tão rápido ao novo ambiente e a rotina quanto os filhotes. Não vi nenhuma desvantagem na adoção de um animal adulto”, afirma. Para ela, a resistência a adoção de adultos passa pelo aspecto cultural: “Uma coisa a se pensar é que culturalmente está enraizada a ideia de que é melhor adotar filhotes, por pensarem que eles se adaptam melhor que os adultos. Então, se você tem consciência disso, e sabe que devido a essa cultura os animais adultos acabam tendo menos chances de serem adotados, e podem acabar passado toda sua vida em abrigos ou nas ruas, por que não dar a chance a um desses animais de encontrar um lar? Não adote só pela idade, cor ou raça. Adote para dar uma chance àquele que mais precisa, uma chance de ter uma lar confortável e receber amor”, avalia Nailane.
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Yanê Carvalho, Guida, Haley e Mirna
A história de Monique Gonçalves com os bichanos já vem de longa data. O primeiro gatinho adotado por ela chama-se Xixo. Ele era adulto, mas Monique não: “Ele estava na cantina da minha escola, mas eu era criança. Minha mãe concordou e o levamos pra casa. Era um amor de gato, ficava grudado em mim o tempo todo, mas como não sabíamos muito como cuidar, acabamos não castrando ele, e como ele era um gato de rua, ele queria sempre dar umas voltinhas. Na primeira noite ele fez um escândalo para sair e minha mãe acabou deixando. Eu chorei, fiquei triste. Mas no dia seguinte, a surpresa: eu estava na janela, toda chororô, quando ouvi uns miadinhos no condomínio. Desci correndo, e tchans! O Xixo estava na porta, esperando que alguém abrisse pra ele! Foi assim durante um tempo, até que ele saiu e não voltou mais. Fiquei inconsolável, aí meus pais adotaram uma gatinha filhote para mim, a Natasha, que viveu comigo por 15 anos, e virou estrelinha ano passado”, conta Monique. Quando mudaram-se para uma casa, adotaram uma gatinha chamada Poxa, na Sociedade Protetora dos Animais, de Curitiba. Ela era adulta. “Ela era muito inteligente, companheira e leal! Acho que ela estava tão feliz de ter sido resgatada que queria nos agradecer de todos os jeitos (ainda me emociono lembrando dela). Eu nunca tinha tido um vira-lata, mas foi uma das experiências que mais me ensinaram! Aprendi que a beleza está nos olhos de quem vê, que amor não se compra, que amor incondicional existe mesmo! Infelizmente ela ficou pouco tempo conosco, ela não era castrada, aí acabou ficando prenhe de um husky que resgatamos na rua e que era bem maior que ela. Ela não resistiu ao parto, nem os filhotes. Foi muito triste, mas aprendi muito sobre adoção responsável. Na
Após perder duas cachorrinhas, uma vítima de câncer e outra de uma doença cardíaca, Yanê Carvalho ficou com apenas um cão. Ela o achava muito solitário e queria uma companhia para ele. “Eu queria uma fêmea, de pequeno porte, branca com manchas marrons ou pretas. E antes de dormir pedi para o meu anjo da guarda. No outro dia ao sair do ônibus no terminal do quase pisei nela, igualzinha a que eu pedi, peguei no colo tomei um taxi e voltei para casa! Isto foi há seis anos”, relata Yanê. A cadelinha foi batizada de Mirna. Guida apareceu por causa de um atropelamento. A irmã de Yanê avisou que na esquina da casa dela havia um cãozinho atropelado. “Eu a levei ao veterinário, não tinha nada quebrado! Tratei dela e era para encontrar um adotante, mas nos apaixonamos por ela (inclusive a Mirna!). Foi há cinco anos, ela é uma mistura e tanto, pura SRD!”, conta. Haley foi mais um resgatado da rua em condições nada favoráveis e tem uma história inusitada: “Passando em frente a minha casa vi um cão preto peludo, que era só sarna e sangue e quase sem pelos e com dó tentei dar ração pra ele, mas ele tinha tanta coceira que não conseguia comer, minha irmã viu e disse: ´Vamos dar um banho!´ Eu pensei: ´Pronto, mais um!’ Também era para adoção (já resgatei outros que doei). Mas nos apaixonamos novamente... depois um ano e meio que ele estava conosco, minha irmã estava mostrando a foto dele para uma amiga, que o reconheceu como seu! Ela o deu para uma amiga porque mora em apartamento e ‘ele ficou grande’. O Haley veio da Alemanha, na barriga da sua mamãe, e passou por seis donos até chegar a mim!”, conta Yanê.
época eu tinha 16 anos, meu pai não queria ´gastar com o cachorro´ e, por nossa culpa, ela não viveu tudo o que merecia. Felizmente hoje meus pais também mudaram. Ele castra, vacina e encontra lares responsáveis para todos os bichinhos que resgata. Meus tios também fazem isso, fico bem feliz”, afirma Monique. Quando foi morar sozinha, Monique adotou Bolinho, ainda filhote. “Como eu moro sozinha, comecei a pensar em adotar um companheiro pra ele, para ele não passar o dia sozinho. Eu ia esperar até as minhas férias deste ano, em março, para buscar um gatinho, para acompanhar a adaptação dos dois. E achava que se fosse um filhote seria mais fácil”. Porém, a mãe de Monique contou para ela que havia uma gatinha em situação de risco na escola em que dava aula. A gatinha era cuidada por algumas funcionárias, porém o segurança já havia até mesmo atingir a bichana com tiros. “Ela contou a história e perguntou se eu queria a gatinha. Não pensei duas vezes. À noite ela levou a gatinha. Magrinha, carente, chorona, se esfregava em mim, me dava beijo, deitava de barriguinha pra cima, como quem diz ´fica comigo, você não vai se arrepender´. Ela é uma mistura de siamês e escaminha de tartaruga. No começo cheguei a pensar ‘ tadinha, que feinha’. Hoje bato na boca quando lembro disso, ela está muito linda, não canso de olhar para ela. A Tampinha ficava no banheiro, e o Bolinho pela casa. Achei que ia ser fácil eles se adaptarem. Ledo engano. Comigo a Tampinha era uma fofa, mas quando decidi deixar os dois frente a frente, ela botou o Bolinho pra correr! Dava uns miados altos, pareciam gritos! Durante um tempo a Tampinha ficou na lavanderia, mas a porta era de vidro e eles ficavam miando, um
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de cada lado da porta, e enfiando a patinha por baixo. Aí, resolvi trocar os paninhos, para eles se acostumarem com o cheiro um do outro. No começo davam aqueles miadões apavorantes, mas depois passava. Finalmente, comecei a soltar os dois no mesmo ambiente, mas sempre junto e com um spray de água”, lembra Monique. A adaptação demorou, mas Monique não estava disposta a desistir: “Ela não é uma roupa que não serviu, um sapato que não ficou bom que eu posso simplesmente devolver. O que vou fazer? Jogá-la na rua de volta? Nunca mais conseguiria dormir, imaginando aquela carinha, que ficou tão feliz aqui em casa, na rua, passando frio, fome. Pode demorar, mas ela vai ficar aqui, no lar dela", afirma Monique.
Monique Gonçalves, Xixo, Poxa e Tampinha
Monique ainda adotou outra gatinha, Nalinha, e os três vivem em harmonia. “A pessoa que adotar um adulto deve ter paciência. Aquela história de ‘cachorro velho não parende truque novo’ é uma grande besteira. Aprende sim, mas você tem que ter carinho e paciência. E a recompensa é um amor infinito, um olhar de gratidão que só quem já adotou um adulto conhece e, claro, a consciência de que você contribuiu pra tirar pelo menos um bichinho da rua. Claro que é pouco, mas se todo mundo pensar assim, não sobrará mais um animalzinho desabrigado e sofrendo nas ruas”, comenta.
Conexão Pet espera que esta matéria tenha servido para quebrar alguns preconceitos e faça com que as pessoas repensem seus critérios na hora de escolher um animal. Não importa se ele é filhote ou adulto, o importante é ter a mente aberta e saber que qualquer animal que estejamos dispostos a amar, nos dará afeição em dobro!
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Os adultos também merecem um lar Está pensando em adotar um pet? Já considerou levar para casa um adulto? Apesar de todos os pesares, vemos que a adoção de animais é cada vez mais incentivada. Vemos grandes empresas que incentivam a adoção de animais através de suas campanhas publicitárias, ONGs e cidadãos levantando a questão da necessidade de dar um lar a animais que muito sofreram e foram descartados como objetos. Há mais pessoas adotando os animais, mas assim como acontece com os humanos, os mais velhos vão ficando para trás. Muitas pessoas acreditam que ao adotar um animal adulto não conseguirão discipliná-lo ou terão problema com os animais que já tenham em suas casas. Há também o indiscutível apelo do olhar doce e da cara fofinha de um filhote. Quem não se encanta com lindos bebês? No entanto, as crianças de hoje serão os adultos de amanhã. Os filhotes também crescerão, e muitas vezes além do esperado. Quando se adota um animal adulto, seu temperamento já está bem delineado e seu tamanho já é o definitivo: você sabe que ele não ultrapassará aquele tamanho. E também é importante lembrar que não é impossível adestrar animais adultos, basta vermos que figuras como Cesar Millan conseguem ser bem-sucedidos mesmo nos casos mais complicados envolvendo animais adultos. Para dar uma chance a esses animais tão especiais e amorosos, que necessitam de um lar e muito carinho, Conexão Pet resolveu trazer para vocês histórias mais do que felizes de pessoas que adotaram animais adultos.
Dóris Munhoz, Mia e Leo A professora Dóris Munhoz tinha uma gatinha em Santa Catarina, mas quando se mudou para Curitiba não pode trazê-la. Logo pensou em adotar um gatinho e foi ao abrigo Beco da Esperança. O que aconteceu, foi que ela apaixonou-se por dois bichanos e resolveu leva-los para casa. Os dois já eram adultos. “Não pensei em adotar adulto nem filhote, pensei em adotar aquele por quem eu me apaixonasse ´de cara´ (me apaixonei por dois, vieram os dois...). Acredito que existe uma espécie de ´química´ nessa nossa relação com os animais, como existe entre os humanos”, afirma Dóris. Para ela, uma das grandes vantagens de adotar um animal já crescido, é a possibilidade de já conhecer o temperamento do bicho: “Cada bichinho tem uma personalidade própria, independentemente da educação que receberá, que influi muito na sua relação com as pessoas. Muitas vezes, quando adotamos ou, principalmente, compramos um bebê, podemos nos deixar levar pelas suas ´gracinhas´ e não nos lembrar de que ele ficará adulto e mudará bastante, em vários aspectos. Além disso, ao adotar adultos, me senti feliz e realizada por estar dando uma chance a animais que não encontrariam um lar tão facilmente, estariam condenados a viver no abrigo”, conclui. A casa já tinha outra habitante de quatro patas, a Canela, uma buldogue francesa que também foi adotada por Dóris e pelo marido. “Ela estranhou no começo, mas logo foi dominada pelos gatos”, diverte-se Dóris.
Hoje os gatos, Mia e Leo, e a buldogue Canela vivem em perfeita harmonia e adaptaram-se à rotina da família: “Todo animal precisa de uma fase de adaptação, mesmo filhotes, que são tirados de suas mães. O que todos precisam é de carinho e atenção. O cuidado para evitar fugas, por exemplo, deve ser permanente, qualquer que seja a idade do animal”, salienta a professora. Dóris dá um conselho aos futuros adotantes que tenham algum preconceito em adotar adultos: “Adote segundo seu coração. Mas não tenha preconceitos. Talvez aquele que será seu grande amigo já está crescidinho... Que mal há nisso se vocês podem se dar bem?”.
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Carla Alessandra Claudino e vários pets! “Se for gato - ele te escolhe, então independente de filhote ou adulto vá sempre ao local conhecer todos que estiverem para a adoção. Você pode chegar com a ideia de um filhote e sair com um adulto ou até com os dois. No caso de cachorro, se teu espaço é pequeno e não tem certeza do tamanho que ficará o filhote, pegue um adulto, você pode educá-lo como a um filhote, tenho quatro cadelas, três adotadas adultas e foram educadas e se dão bem, principalmente com os gatos. Não me arrependo nem um minuto das adoções que fiz, meus 17 filhos (mis e aus) são minha grande paixão e me trazem muitas alegrias. Gatos e cães são muito companheiros e carinhos e podem viver em harmonia sim”. A publicitária Carla Alessandra Claudino tem 17 pets em sua casa, entre cães e gatos. Vários deles foram adotados já adultos. Ela foi à contramão da maioria, justamente por achar que animais adultos têm mais dificuldade para encontrar um lar: “Acredito que é bem mais fácil conseguir achar uma casa para um filhotinho, os adultos também precisam de carinho. Quando adotei o Toulouse, que foi o primeiro gato adulto e tinha 18 anos, queria dar um pouco de felicidade pra ele e fiquei triste pelo abandono do dono depois de tanto tempo. Com a Jéssika e o Salém foi bem parecido, iam ficar seis meses em casa e o dono os abandonou. Eu já pego amor no primeiro dia de convivência, independente se é filhote ou adulto, o carinho de ambos não têm explicação, cada um retribui de um jeito, mas retribui”, afirma. Para Carla poder saber o tamanho do animal, seu temperamento e ter um companheiro mais tranquilo em casa são algumas das vantagens em se adotar um animal mais velho. No momento de adotar, Carla diz que o futuro tutor, deve levar alguns pontos em consideração:
Luana Thais Kessler, Nina, Gigi e Lili Luana Thais Kessler é voluntária da ONG Amigo Animal, em Curitiba. A instituição abriga cerca de 2500 cães e Luana tem contato com muitas histórias tristes, de abandono e sofrimento. Atualmente, ela tem seis cães, quatro deles adotados. Destes quatro, Nina, Gigi e Lili foram para a casa da protetora já adultas. “Uma (a Valentina) eu adotei aos 9 meses, portanto ainda jovem, não totalmente adulta. Já Nina, Gigi e Lili foram adotadas já adultas. Gigi e Lili eu mesma encontrei nas ruas. “ A Lili é uma daschund, encontrada em profundo estado de desnutrição, muito magra e com piometra. Morreria em poucos dias se não fosse socorrida. “Hoje é super saudável, ciumenta e querida. Já está comigo há cinco anos”, conta Luana. Gigi foi a segunda. “Encontrei-a nas ruas com muita sarna, também desnutrida, e principalmente muito assustada”, relata a protetora. Valentina e a Nina viviam em um abrigo, uma chácara com mais de dois mil cães. “Eu as adotei porque acredito que abrigo não é a solução, e por mais que as pessoas tenham boa vontade, um abrigo nunca é tão bom quanto um lar verdadeiro”, explica. Valentina ainda não era adulta quando foi adotada. Tinha nove meses. Sobre adotar adultos, Luana diz que a experiência é bastante gratificante: “A gratidão de um cão adulto, quando retirado das ruas ou de um abrigo, é impressionante. Há uma diferença enorme entre adotar um adulto ou um filhote. O adulto, que já passou por situações de privação, maus tratos etc., nitidamente parece saber que foi acolhido, parece dar maior valor ao conforto e amor que hoje desfruta num lar de verdade. É quase unanimidade entre os que adotam cães adultos: eles realmente são diferentes”. Luana também destaca que a maturidade do cão na fase adulta contribui para que ele se ajuste à rotina da nova família: “Ao contrário do que
muitos pensam, a adaptação é muito mais rápida do que a de um filhote. Exatamente porque o cão adulto entende o que está acontecendo, se sente acolhido e é grato por isso. Além disso, ele já sabe onde deve fazer suas necessidades, e se não sabe, aprende bem mais rápido que um filhote. Um cão adulto não é tão dependente quanto um filhote, portanto se você precisa se ausentar por algumas horas do dia ele não vai ficar chorando e incomodando os vizinhos, como faz um filhote”. A maior resistência a enfermidades é outro ponto positivo destacado pela protetora: “Um cão adulto é bem menos suscetível a doenças e viroses, que comumente atacam mais filhotes, que tem menos imunidade que um cão adulto”, salienta. Além de toda a praticidade que um cão adulto pode ter em relação a um filhote, são critérios bem mais subjetivos que aquecem o coração de Luana: “Enfim, a sensação de ver aquele ser, antes abandonado, maltratado, desnutrido, com medo e apavorado, agora na sua casa, alimentado, aquecido, confortavelmente instalado e, principalmente, amado, é algo que não tem preço. Você pode ver, nos seus olhinhos, toda gratidão. E isso é algo que nos enche o coração de ternura e de esperança de que, se cada um adotasse um cãozinho de um abrigo ou das ruas, muitos que ainda estão por aí sofrendo, poderiam estar em um lar”, finaliza.
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Martha Bormann, Fuçuda e Smeagol Apesar de tardia, a aproximação da funcionária pública Martha Bormann com os gatos rendeu muitas histórias. “Aos 30 anos de idade eu não tinha muito contato com animais. Sempre achei os gatos lindos. Sou apaixonada por felinos em geral. Para mim são a perfeição da natureza. Mas conhecia pouco da personalidade deles. Tinha um pouco aquela ideia de que os gatos são independentes e não se apegam aos donos”, explica. Um dia dois lindos gatinhos de uns seis meses se mudaram para o condomínio em que Martha morava. Um branco e um preto. O gato branco era um macho e sempre vinha roubar ração de cachorro. Com o tempo passamos a colocar um pote pra ele na frente de casa. Martha adotou uma gatinha filhote que viu passeando por seu condomínio. Era uma gatinha preta e recebeu o nome de Morgana. “Com a Morgana aprendi a amar os gatos e a ver todos os animais de forma muito diferente. Aprendi como eles têm sentimentos, fidelidade, amor, dedicação, saudade. A Morgana é minha super companheira há oito anos. É incrível como a convivência com uma gatinha pode mudar tanto nossa percepção dos animais. Nunca mais consegui ser indiferente a um animal abandonado na rua”, relata Martha. Depois da Morgana, Martha adotou mais um gatinho (o Tiger). Um gato branco que eles alimentavam há tempos no condomínio apareceu com uma companheira. “Um dia ele trouxe a companheira e sua filhinha para comer na minha casa. A gata adulta era muito magra, pretinha também, só pelo e osso... E eu falava: o gato branco trouxe aquela gata fuçuda pra comer de novo... E assim ficou a Fuçuda. A Morgana e o Tiger nunca briga-
Margareth Krause e Otelo
ram com o gato branco ou a Fuçuda. Um dia o gato branco apareceu na porta de casa quase morto, havia sido envenenado. Levamos ao veterinário, mas era muito tarde. Fuçudinha e sua filha ficaram lá em casa desde então”, revela. Infelizmente, devido a um câncer no pulmão, Fuçuda faleceu três anos após seu resgate. Porém, Martha disse notar uma grande gratidão por parte da bichana por ter sido acolhida com tanto amor. Martha ainda resgatou outro gato adulto, que estava no estacionamento de um banco. Estava muito magro com dificuldade de respirar. “Levei pra casa, ele tinha água no pulmão por causa de algum acidente e tinha muita febre. Novamente foi um mês de tratamento com antibióticos, indo ao vet tirar a água do pulmão e tudo mais. Quando melhorou se juntou aos outros gatos da casa de forma bem natural também. Com este gato – o Smeagol - eu pude sentir a gratidão pela vida extra que lhe demos. Ele se apegou a nós e se adaptou perfeitamente à casa a aos outros animais”, lembra.
Otelo foi abandonado já adulto em uma pet shop. Quando a designer Margareth Krause o conheceu, logo se apaixonou: “Há uns quatro anos eu pensava em adotar um gato mas não tinha nada muito claro se seria adulto ou filhote. E eu não escolhi, ele me escolheu. O Otelo está comigo há quatro anos e eu sabia que ele era adulto quando fui conhecê-lo. Foi amor à primeira vista, fiquei louca quando o vi. Um gatão grandão e fofo!”, lembra. Para Margareth, a calma do animal adulto está entre as principais vantagens em se adotar nesta fase: “Com certeza eles são mais calmos que filhotes. Um animal adulto não tem tanto interesse em brincadeiras, não que não brinquem, eles brincam sim, mas eles já estão um pouco mais tranquilos. O filhote precisa de muito mais atenção e cuidados para o desenvolvimento e tem muita energia para correr e pular”. Quando adotou Otelo, a designer não tinha outros animais, mas recentemente incorporou mais um felino à família: “Recentemente adotei uma gata de nove meses e eles estão se entendendo muito bem. Eu tinha receio de que seria problemático, afinal o Otelo já era adulto quando o adotei e pensava que ele não aceitaria uma companhia. Engano o meu! Lógico que houve um período de adaptação, mas eles já estão super unidos, brincando e à vontade”, afirma. Otelo rapidamente se adaptou à nova casa: “A primeira coisa que ele fez quando chegou foi dar uma volta pelo apartamento e já reconheceu o
local. Verificou onde ficava sua lilteira e também a sua comida. Sem falar que tornou-se muito carinhoso comigo conforme adquiria confiança na nossa relação”, fala Margareth. Para Margareth, na hora de decidir entre um filhote ou um adulto, o que vale é pensar no seu ritmo e no coração: “O amor é o mesmo, tanto faz se é filhote ou não, garanto que o animal vai demonstrar todo seu afeto. Acredito que filhotes são mais ativos, por ainda brincarem muito, então este é o detalhe que acho mais importante. Eu digo que adotar um animal adulto é tão encantador quanto um filhote”.
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Karina Hauer, Madona, Willie e Geovana
Nailane Koloski e Moja Nailane Koloski adotou a gatinha Moja no abrigo Beco da Esperança, em Curitiba. Ela nasceu e viveu nas ruas durante toda sua vida, e por isso era extremamente arisca. “Esse tipo de gata não vai para adoção, passa o resto da vida no abrigo por ser arisca”, fala Nailane. Ela foi até o abrigo para adotar um filhotinho, e encantou-se com a Tangerina, que é filha da Moja. “Eu e a Lúcia (mantenedora do abrigo) tínhamos dó de separar ela de sua mãe, era a única gatinha que tinha sobrevivido dos quatro que nasceram, então pensei em levar as duas pra casa e assim que a Tangerina estivesse desapegada da mãe eu a devolveria para o abrigo. Como minha casa é toda telada não tinha perigo da Moja fugir. Depois de passar algum tempo com a Moja me apeguei muito a ela, e não tive coragem de devolvê-la para o abrigo, mesmo ela sendo tão diferente dos outros (mais assustada, arisca) eu passei a amar ela tanto quanto eles. Quando ela chegou aqui achei que ela nunca mais sairia de baixo da cama, agora ela dorme tranquila em cima da minha cama, do sofá, brinca, e se sente em casa. Eu fico muito feliz vendo como a Moja é feliz aqui, e pensando que
Karina Hauer tem quatro cães e três deles foram adotados adultos. Madona é uma mestiça de pastor alemão, que foi adotada numa feira de adoção, em Curitiba. Ela havia sido resgatada de uma construção, era usada pra guarda. Já Willie estava na esquina da casa de Karina machucado. “Ele tem um gênio maravilhoso, é o mais bonzinho de todos”, afirma a tutora. Geovana morou a vida inteira num abrigo com mais 2000 cães – a Associação Amigo Animal. “Ela me escolheu desde a primeira vez que eu fui visitar a ONG. Ela chorava e gritava cada vez que eu ia lá, tanto na chegada quanto na saída. Ficamos oito anos nesse sofrimento até que eu casei, fui morar numa casa e pude adotá-la”, lembra Karina. Como a pópria Karina trabalha na doação de muitos cães, ela sabe exatamente o tipo de animal que ninguém quer: “Sempre penso em adotar um cão que esteja precisando mais e que ninguém quer. Geralmente são adultos, não tão bonitos e porte médio. Resumindo, como eu faço muita doação de cães deixo os mais bonitinhos, pequenos e peludos para as pessoas adotarem, que é o perfil que a maioria prefere. As pessoas olham só o exterior e não entendem que se doa uma vida e todos querem e precisam de um lar com respeito e amor”, constata. Karina ainda ressalta os aspectos positivos da adoção de adultos: “Adultos são mais independentes e a adaptação é mais rápida e fácil, não dão tanto trabalho e o principal é que quando o filhote é mestiço, não sabemos o tamanho que vai ficar. Para quem exige que o cão seja de porte pequeno tem que adotar um cão adulto que não cresce mais”.
provavelmente ela nunca teria a chance de achar um lar, porque além de adulta era arisca”, lembra Nailane. Como a maioria das pessoas, Nailane inicialmente havia pensando em adotar um filhote, por achar que a adaptação de um animal adulto seria difícil: “Já adotei dois gatos e um cachorro adultos, e eles são tão apegados a mim quanto os que adotei filhotes, e os adultos se adaptaram tão rápido ao novo ambiente e a rotina quanto os filhotes. Não vi nenhuma desvantagem na adoção de um animal adulto”, afirma. Para ela, a resistência a adoção de adultos passa pelo aspecto cultural: “Uma coisa a se pensar é que culturalmente está enraizada a ideia de que é melhor adotar filhotes, por pensarem que eles se adaptam melhor que os adultos. Então, se você tem consciência disso, e sabe que devido a essa cultura os animais adultos acabam tendo menos chances de serem adotados, e podem acabar passado toda sua vida em abrigos ou nas ruas, por que não dar a chance a um desses animais de encontrar um lar? Não adote só pela idade, cor ou raça. Adote para dar uma chance àquele que mais precisa, uma chance de ter uma lar confortável e receber amor”, avalia Nailane.
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Yanê Carvalho, Guida, Haley e Mirna
A história de Monique Gonçalves com os bichanos já vem de longa data. O primeiro gatinho adotado por ela chama-se Xixo. Ele era adulto, mas Monique não: “Ele estava na cantina da minha escola, mas eu era criança. Minha mãe concordou e o levamos pra casa. Era um amor de gato, ficava grudado em mim o tempo todo, mas como não sabíamos muito como cuidar, acabamos não castrando ele, e como ele era um gato de rua, ele queria sempre dar umas voltinhas. Na primeira noite ele fez um escândalo para sair e minha mãe acabou deixando. Eu chorei, fiquei triste. Mas no dia seguinte, a surpresa: eu estava na janela, toda chororô, quando ouvi uns miadinhos no condomínio. Desci correndo, e tchans! O Xixo estava na porta, esperando que alguém abrisse pra ele! Foi assim durante um tempo, até que ele saiu e não voltou mais. Fiquei inconsolável, aí meus pais adotaram uma gatinha filhote para mim, a Natasha, que viveu comigo por 15 anos, e virou estrelinha ano passado”, conta Monique. Quando mudaram-se para uma casa, adotaram uma gatinha chamada Poxa, na Sociedade Protetora dos Animais, de Curitiba. Ela era adulta. “Ela era muito inteligente, companheira e leal! Acho que ela estava tão feliz de ter sido resgatada que queria nos agradecer de todos os jeitos (ainda me emociono lembrando dela). Eu nunca tinha tido um vira-lata, mas foi uma das experiências que mais me ensinaram! Aprendi que a beleza está nos olhos de quem vê, que amor não se compra, que amor incondicional existe mesmo! Infelizmente ela ficou pouco tempo conosco, ela não era castrada, aí acabou ficando prenhe de um husky que resgatamos na rua e que era bem maior que ela. Ela não resistiu ao parto, nem os filhotes. Foi muito triste, mas aprendi muito sobre adoção responsável. Na
Após perder duas cachorrinhas, uma vítima de câncer e outra de uma doença cardíaca, Yanê Carvalho ficou com apenas um cão. Ela o achava muito solitário e queria uma companhia para ele. “Eu queria uma fêmea, de pequeno porte, branca com manchas marrons ou pretas. E antes de dormir pedi para o meu anjo da guarda. No outro dia ao sair do ônibus no terminal do quase pisei nela, igualzinha a que eu pedi, peguei no colo tomei um taxi e voltei para casa! Isto foi há seis anos”, relata Yanê. A cadelinha foi batizada de Mirna. Guida apareceu por causa de um atropelamento. A irmã de Yanê avisou que na esquina da casa dela havia um cãozinho atropelado. “Eu a levei ao veterinário, não tinha nada quebrado! Tratei dela e era para encontrar um adotante, mas nos apaixonamos por ela (inclusive a Mirna!). Foi há cinco anos, ela é uma mistura e tanto, pura SRD!”, conta. Haley foi mais um resgatado da rua em condições nada favoráveis e tem uma história inusitada: “Passando em frente a minha casa vi um cão preto peludo, que era só sarna e sangue e quase sem pelos e com dó tentei dar ração pra ele, mas ele tinha tanta coceira que não conseguia comer, minha irmã viu e disse: ´Vamos dar um banho!´ Eu pensei: ´Pronto, mais um!’ Também era para adoção (já resgatei outros que doei). Mas nos apaixonamos novamente... depois um ano e meio que ele estava conosco, minha irmã estava mostrando a foto dele para uma amiga, que o reconheceu como seu! Ela o deu para uma amiga porque mora em apartamento e ‘ele ficou grande’. O Haley veio da Alemanha, na barriga da sua mamãe, e passou por seis donos até chegar a mim!”, conta Yanê.
época eu tinha 16 anos, meu pai não queria ´gastar com o cachorro´ e, por nossa culpa, ela não viveu tudo o que merecia. Felizmente hoje meus pais também mudaram. Ele castra, vacina e encontra lares responsáveis para todos os bichinhos que resgata. Meus tios também fazem isso, fico bem feliz”, afirma Monique. Quando foi morar sozinha, Monique adotou Bolinho, ainda filhote. “Como eu moro sozinha, comecei a pensar em adotar um companheiro pra ele, para ele não passar o dia sozinho. Eu ia esperar até as minhas férias deste ano, em março, para buscar um gatinho, para acompanhar a adaptação dos dois. E achava que se fosse um filhote seria mais fácil”. Porém, a mãe de Monique contou para ela que havia uma gatinha em situação de risco na escola em que dava aula. A gatinha era cuidada por algumas funcionárias, porém o segurança já havia até mesmo atingir a bichana com tiros. “Ela contou a história e perguntou se eu queria a gatinha. Não pensei duas vezes. À noite ela levou a gatinha. Magrinha, carente, chorona, se esfregava em mim, me dava beijo, deitava de barriguinha pra cima, como quem diz ´fica comigo, você não vai se arrepender´. Ela é uma mistura de siamês e escaminha de tartaruga. No começo cheguei a pensar ‘ tadinha, que feinha’. Hoje bato na boca quando lembro disso, ela está muito linda, não canso de olhar para ela. A Tampinha ficava no banheiro, e o Bolinho pela casa. Achei que ia ser fácil eles se adaptarem. Ledo engano. Comigo a Tampinha era uma fofa, mas quando decidi deixar os dois frente a frente, ela botou o Bolinho pra correr! Dava uns miados altos, pareciam gritos! Durante um tempo a Tampinha ficou na lavanderia, mas a porta era de vidro e eles ficavam miando, um
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de cada lado da porta, e enfiando a patinha por baixo. Aí, resolvi trocar os paninhos, para eles se acostumarem com o cheiro um do outro. No começo davam aqueles miadões apavorantes, mas depois passava. Finalmente, comecei a soltar os dois no mesmo ambiente, mas sempre junto e com um spray de água”, lembra Monique. A adaptação demorou, mas Monique não estava disposta a desistir: “Ela não é uma roupa que não serviu, um sapato que não ficou bom que eu posso simplesmente devolver. O que vou fazer? Jogá-la na rua de volta? Nunca mais conseguiria dormir, imaginando aquela carinha, que ficou tão feliz aqui em casa, na rua, passando frio, fome. Pode demorar, mas ela vai ficar aqui, no lar dela", afirma Monique.
Monique Gonçalves, Xixo, Poxa e Tampinha
Monique ainda adotou outra gatinha, Nalinha, e os três vivem em harmonia. “A pessoa que adotar um adulto deve ter paciência. Aquela história de ‘cachorro velho não parende truque novo’ é uma grande besteira. Aprende sim, mas você tem que ter carinho e paciência. E a recompensa é um amor infinito, um olhar de gratidão que só quem já adotou um adulto conhece e, claro, a consciência de que você contribuiu pra tirar pelo menos um bichinho da rua. Claro que é pouco, mas se todo mundo pensar assim, não sobrará mais um animalzinho desabrigado e sofrendo nas ruas”, comenta.
Conexão Pet espera que esta matéria tenha servido para quebrar alguns preconceitos e faça com que as pessoas repensem seus critérios na hora de escolher um animal. Não importa se ele é filhote ou adulto, o importante é ter a mente aberta e saber que qualquer animal que estejamos dispostos a amar, nos dará afeição em dobro!
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Celebridades do bem Famosos de bom coração Como de costume, vamos dar espaço aos famosos que utilizam sua imagem em prol dos animais. Eles provam que ser celebridade vai muito além de estampar revistas de fofocas, envolve dar bons exemplos.
Katherine Heigl A atriz apoia diversas causas relacionadas aos animais. Ela comparece a várias campanhas de adoção de animais, e chegou a resgatar 25 filhotes de Chihuahuas adotados de Los Angeles para Boston. De acordo com nota publicada pela revista "People", a atriz doou US$ 25 mil dólares para pagar o transporte dos animais, que não teriam chances de sobreviver se enfrentassem a longa viagem de carro. A estrela tem uma fundação que leva seu nome em prol dos animais.
Sean Kingston Sean Kingston, o cantor americano que influencia milhares de adolescentes pelo mundo, participou recentemente de uma campanha contra maus-tratos de cães. O rapper posou com sua amiguinha Stella para um anúncio da PETA (People For The Ethical Treatment of Animals) que diz: “Nunca acorrente seus cães”. ação
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Lea Michele Paul McCartney O eterno beatle é um ferrenho defensor dos animais. Vegetariano convicto, passou suas crenças aos filhos, o caso mais famoso é o da estilista Stella McCartney que não utiliza peles em suas coleções. Recentemente o músico está envolvido em uma campanha que pede o fim da utilização de animais em experiências da NASA (Agência Espacial Americana).
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gaçã
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A atriz já é um rosto conhecido no Brasil, graças à sua personagem Rachel Berry da série ‘Glee’. Lea se declara grande amante de animais, e certa vez resgatou seis gatinhos de uma vez, no estacionamento do estúdio onde a série é gravada. Ela doou os gatinhos para um dos diretores da série e uma colega de elenco e ficou com dois. Em outra ocasião, ao ver um cão preso em uma cerca, fez a equipe de ‘Glee´ levar o animal ao veterinário e cuidou de sua limpeza. Ela doou o cão para um colega de elenco.
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Celebridades do bem Famosos de bom coração Como de costume, vamos dar espaço aos famosos que utilizam sua imagem em prol dos animais. Eles provam que ser celebridade vai muito além de estampar revistas de fofocas, envolve dar bons exemplos.
Katherine Heigl A atriz apoia diversas causas relacionadas aos animais. Ela comparece a várias campanhas de adoção de animais, e chegou a resgatar 25 filhotes de Chihuahuas adotados de Los Angeles para Boston. De acordo com nota publicada pela revista "People", a atriz doou US$ 25 mil dólares para pagar o transporte dos animais, que não teriam chances de sobreviver se enfrentassem a longa viagem de carro. A estrela tem uma fundação que leva seu nome em prol dos animais.
Sean Kingston Sean Kingston, o cantor americano que influencia milhares de adolescentes pelo mundo, participou recentemente de uma campanha contra maus-tratos de cães. O rapper posou com sua amiguinha Stella para um anúncio da PETA (People For The Ethical Treatment of Animals) que diz: “Nunca acorrente seus cães”. ação
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Lea Michele Paul McCartney O eterno beatle é um ferrenho defensor dos animais. Vegetariano convicto, passou suas crenças aos filhos, o caso mais famoso é o da estilista Stella McCartney que não utiliza peles em suas coleções. Recentemente o músico está envolvido em uma campanha que pede o fim da utilização de animais em experiências da NASA (Agência Espacial Americana).
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A atriz já é um rosto conhecido no Brasil, graças à sua personagem Rachel Berry da série ‘Glee’. Lea se declara grande amante de animais, e certa vez resgatou seis gatinhos de uma vez, no estacionamento do estúdio onde a série é gravada. Ela doou os gatinhos para um dos diretores da série e uma colega de elenco e ficou com dois. Em outra ocasião, ao ver um cão preso em uma cerca, fez a equipe de ‘Glee´ levar o animal ao veterinário e cuidou de sua limpeza. Ela doou o cão para um colega de elenco.
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OS SEMIFINALISTAS
Última Conheça semifinal: Meu Pet é Estrela os últimos concorrentes à capa de dezembro Na última semifinal do concurso Meu Pet é Estrela, tivemos que abrir espaço para mais pets figurarem na grande votação final em novembro. Nada mais do que quatro animais ficaram empatados no terceiro lugar! As fotos foram tão diferentes e interessantes, que decidimos mantê-los na disputa! Conexão Pet gostaria de agradecer aos
nossos queridos jurados pelo carinho com que abraçaram nosso concurso e pelo profissionalismo com que avaliaram as imagens. Muito obrigada, Fabiana Fernandez, Lionel Falcon e Manuel Cortijo! A seguir, você lembra um pouco mais do trabalho dos nossos jurados e conhece os últimos semifinalistas do concurso Meu Pet é Estrela.
OS JURADOS
4º Xuxu – São Paulo/SP
Fabiana Fernandez Fabiana Fernandez é especialista em fotografar pets e proprietária da Photopets (www.photopets.com.br), empresa que nasceu fotografando somente animais de estimação e hoje vem crescendo significativamente no mercado pet, tendo seu nome reconhecido em quase todos os pet shops do Brasil.
Lionel Falcon O argentino Lionel Falcon (www.lionelfalcon.com) é fotógrafo profissional desde a década de 60 e começou a sua carreira fotografando celebridades na Argentina, Brasil e EUA, mas por motivos pessoais, o fotógrafo se especializou em fotografias de pet e com isso adquiriu muita experiência e know-how. Em poucos cliques (e tempo) ele consegue arrancar caras e bocas de seus modelos.
O pinscher miniatura Max é o xodó da família de Nilza Zerbinat de Oliveira da Silva. Nilza ia comprar um cãozinho, porem uma amiga dela ficou sabendo e disse que iria dar um filhotinho a ela. “Só que a cadelinha que ela iria me dar faleceu, e a dona da mãe deste filhote disse que os outros dois já tinham donos. Não é que a minha amiga foi lá e pegou o Max ‘a força’?” diverte-se a tutora do simpático cãozinho. Max tem dois anos e vive cheio de mimos!
3º Quatro pets empatados!
Manuel Cortijo Manuel Cortijo é analista de sistemas e sempre foi amante dos gatos e fotografia. Atua no Gatil Delaunay junto com sua esposa Isabel Facchini. Em 2009 resolveu aliar o seu conhecimento em fotografia e a paixão pelos gatos, e montou o seu estúdio especialmente projetado para fotografar os felinos. Seu trabalho pode ser conferido em www.olhares.com/cortijo.
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A história do Xuxu nem sempre envolveu uma família amorosa e uma casa feliz. “Xuxu foi abandonado e uma amiga me ligou para vê-lo e foi amor a primeira vista. Resolvi trazê-lo para ficar comigo, e assim ele passou a ser o meu fofinho”, lembra a tutora, Clarice de Jesus Pamponet do Carmo. Todas as manhãs o simpático pet acorda Clarice dando leves patadinhas em sua cabeça pedindo para passear.
Max – Nova Iguaçu/RJ
Neste mês de outubro, aconteceu algo que não esperávamos: tivemos quatro fotos com a mesma soma de pontos – 24 – e as mesmas notas, só que alternadas, de acordo com o jurado. Como um pet não recebeu notas mais baixas do que outros, e as fotos são lindas, resolvemos decretar o empate.
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Max – Campo Grande/MT
Nick – Caiobá/PR Analuci Marques tem verdadeira paixão pelo cãozinho Nick, a quem chama de ‘Chocolate Branco’. Segundo ela, o menino é muito sapeca e brincalhão, fazendo a casa parecer que tem várias crianças, devido à quantidade de brinquedos espalhados pelo chão. “Ele está sempre pronto pra passear, ama andar de carro e fica sozinho na janela se achando o tal”, diverte-se Analuci. A tutora diz que o cachorro é seu grande amigo e companheiro: “Ele fica sempre olhando, sabe quando não estou bem, e quando estou alegre. Eu sempre falo que se o Nick falasse teríamos muitas coisas pra conversar. Ele é um fofuxo”, derrete-se Analuci.
Xuxinha Vida – Salto de Pirapora/SP Apesar de estar concorrendo no Meu Pet é Estrela, Xuxinha parece não se encantar com a vida de celebridade. Segundo sua tutora, Patrícia Cristina Corêa, a yorkshire de dois anos não gosta nada de tirar fotos. Conseguir boas imagens como a do concurso é sempre um desafio. “A Xuxinha é cachorrinha mais elétrica da casa. Desde bem novinha ela sempre foi a mais bravinha e enfrentava a labradora e o rotweiller. Ela já me deu um grande susto quando pulou de uma altura de quase 3 metros e graças a Deus nada aconteceu”, relata Patrícia.
Realização
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Safira – Jaú/SP A simpática gatinha Safira, também conhecida por Sasá, adora sentar no sofá para assistir TV, segundo sua tutora, Gabriela de Toledo Zotin. “Ela adora brincar de bolinha e quando você pede para ela dar cambalhotas, ela sai rolando pelo chão, fazendo charme. Ela é muito meiga e traz muita alegria para nossa família. Só falta este concurso para ela virar uma estrela de verdade!”, afirma Gabriela.
2ºCharlotte – São Paulo/SP A bela cadela Charlotte é fruto de uma realidade infelizmente ainda muito comum em nosso país: o comércio ilegal de animais. “A Charlotte foi comprada em um canil junto com outros animais da mesma raça, por uma mulher que fazia comércio ilegal. A mulher não teve condições de sustenta-los e decidiu devolver para o canil, o qual não aceitou a devolução. Ela então ameaçou jogar nas ruas. Eu sou protetora e junto com outras protetoras, retiramos os animais de lá”, conta a tutora Mariana Bastos. Ainda segundo a protetora de Charlotte, a bela cadela tem uma pelagem macia e brilhante, tem um temperamento maravilhoso e é muito dócil.
Patrocínio
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1º Belle – São Paulo/SP Belle é uma cadela rara. Segundo sua tutora, Laura Girardelli Leal, ela é a única fêmea da raça Ibizan Hound, na América Latina. Além dela, há um macho da mesma raça na Colômbia. Ibizan Hound é a raça que origina do Anubis do Egito. A raça surgiu no Egito, mas por causa das guerras foi transferida para Ibiza, e lá foi descoberta. Por isso o nome. A família de Laura é criadora da raça dobermann. Quando tinha seis anos, ela ganhou uma cadela da raça whippet, mas a convivência entre cães de raças tão diferentes acabou não dando certo, e eles resolveram doar a whippet. Laura ficou muito triste e queria outro cão da mesma raça, mesmo tendo vivenciado os problemas anteriores devidos à convivência com os dobermanns: “Quando tinha 14 anos minha dobermann veio a falecer; eu não tinha mais chão. Mesmo sabendo que dobermanns e whippets não dariam certo, insisti tanto que um dia o Hunter estava em uma exposição em Santos (SP) e quando eu o conheci me apaixonei pela raça. Eu e minha mãe procuramos criadores, filhotes, e nada. Até que encontramos pela internet uma criadora de Detroit (EUA), conversamos, entramos em um acordo, e em maio de 2009 fomos buscar minha nova filha, Belle. Hoje com 1 ano, ela convive com 3 dobermanns e 1 airedale terrier; e eu com 18 anos tenho meus dobermanns e finalmente minha por assim dizer ‘whippet gigante’ ’’, diz Laura.
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* Gostaríamos de lembrar que os jurados avaliam estritamente as fotos, dentro de critérios técnicos e não têm nenhum acesso às histórias dos animais e dados dos proprietários. * As fotos utilizadas na divulgação deste concurso pertencem à empresa Photo Pets.
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OS SEMIFINALISTAS
Última Conheça semifinal: Meu Pet é Estrela os últimos concorrentes à capa de dezembro Na última semifinal do concurso Meu Pet é Estrela, tivemos que abrir espaço para mais pets figurarem na grande votação final em novembro. Nada mais do que quatro animais ficaram empatados no terceiro lugar! As fotos foram tão diferentes e interessantes, que decidimos mantê-los na disputa! Conexão Pet gostaria de agradecer aos
nossos queridos jurados pelo carinho com que abraçaram nosso concurso e pelo profissionalismo com que avaliaram as imagens. Muito obrigada, Fabiana Fernandez, Lionel Falcon e Manuel Cortijo! A seguir, você lembra um pouco mais do trabalho dos nossos jurados e conhece os últimos semifinalistas do concurso Meu Pet é Estrela.
OS JURADOS
4º Xuxu – São Paulo/SP
Fabiana Fernandez Fabiana Fernandez é especialista em fotografar pets e proprietária da Photopets (www.photopets.com.br), empresa que nasceu fotografando somente animais de estimação e hoje vem crescendo significativamente no mercado pet, tendo seu nome reconhecido em quase todos os pet shops do Brasil.
Lionel Falcon O argentino Lionel Falcon (www.lionelfalcon.com) é fotógrafo profissional desde a década de 60 e começou a sua carreira fotografando celebridades na Argentina, Brasil e EUA, mas por motivos pessoais, o fotógrafo se especializou em fotografias de pet e com isso adquiriu muita experiência e know-how. Em poucos cliques (e tempo) ele consegue arrancar caras e bocas de seus modelos.
O pinscher miniatura Max é o xodó da família de Nilza Zerbinat de Oliveira da Silva. Nilza ia comprar um cãozinho, porém uma amiga dela ficou sabendo e disse que iria dar um filhotinho a ela. “Só que a cadelinha que ela iria me dar faleceu, e a dona da mãe deste filhote disse que os outros dois já tinham donos. Não é que a minha amiga foi lá e pegou o Max ‘a força’?” diverte-se a tutora do simpático cãozinho. Max tem dois anos e vive cheio de mimos!
3º Quatro pets empatados!
Manuel Cortijo Manuel Cortijo é analista de sistemas e sempre foi amante dos gatos e fotografia. Atua no Gatil Delaunay junto com sua esposa Isabel Facchini. Em 2009 resolveu aliar o seu conhecimento em fotografia e a paixão pelos gatos, e montou o seu estúdio especialmente projetado para fotografar os felinos. Seu trabalho pode ser conferido em www.olhares.com/cortijo.
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A história do Xuxu nem sempre envolveu uma família amorosa e uma casa feliz. “Xuxu foi abandonado e uma amiga me ligou para vê-lo e foi amor a primeira vista. Resolvi trazê-lo para ficar comigo, e assim ele passou a ser o meu fofinho”, lembra a tutora, Clarice de Jesus Pamponet do Carmo. Todas as manhãs o simpático pet acorda Clarice dando leves patadinhas em sua cabeça pedindo para passear.
Max – Nova Iguaçu/RJ
Neste mês de outubro, aconteceu algo que não esperávamos: tivemos quatro fotos com a mesma soma de pontos – 24 – e as mesmas notas, só que alternadas, de acordo com o jurado. Como um pet não recebeu notas mais baixas do que outros, e as fotos são lindas, resolvemos decretar o empate.
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Max – Campo Grande/MT
Nick – Caiobá/PR Analuci Marques tem verdadeira paixão pelo cãozinho Nick, a quem chama de ‘Chocolate Branco’. Segundo ela, o menino é muito sapeca e brincalhão, fazendo a casa parecer que tem várias crianças, devido à quantidade de brinquedos espalhados pelo chão. “Ele está sempre pronto pra passear, ama andar de carro e fica sozinho na janela se achando o tal”, diverte-se Analuci. A tutora diz que o cachorro é seu grande amigo e companheiro: “Ele fica sempre olhando, sabe quando não estou bem, e quando estou alegre. Eu sempre falo que se o Nick falasse teríamos muitas coisas pra conversar. Ele é um fofuxo”, derrete-se Analuci.
Xuxinha Vida – Salto de Pirapora/SP Apesar de estar concorrendo no Meu Pet é Estrela, Xuxinha parece não se encantar com a vida de celebridade. Segundo sua tutora, Patrícia Cristina Corêa, a yorkshire de dois anos não gosta nada de tirar fotos. Conseguir boas imagens como a do concurso é sempre um desafio. “A Xuxinha é cachorrinha mais elétrica da casa. Desde bem novinha ela sempre foi a mais bravinha e enfrentava a labradora e o rotweiller. Ela já me deu um grande susto quando pulou de uma altura de quase 3 metros e graças a Deus nada aconteceu”, relata Patrícia.
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Safira – Jaú/SP A simpática gatinha Safira, também conhecida por Sasá, adora sentar no sofá para assistir TV, segundo sua tutora, Gabriela de Toledo Zotin. “Ela adora brincar de bolinha e quando você pede para ela dar cambalhotas, ela sai rolando pelo chão, fazendo charme. Ela é muito meiga e traz muita alegria para nossa família. Só falta este concurso para ela virar uma estrela de verdade!”, afirma Gabriela.
2ºCharlotte – São Paulo/SP A bela cadela Charlotte é fruto de uma realidade infelizmente ainda muito comum em nosso país: o comércio ilegal de animais. “A Charlotte foi comprada em um canil junto com outros animais da mesma raça, por uma mulher que fazia comércio ilegal. A mulher não teve condições de sustenta-los e decidiu devolver para o canil, o qual não aceitou a devolução. Ela então ameaçou jogar nas ruas. Eu sou protetora e junto com outras protetoras, retiramos os animais de lá”, conta a tutora Mariana Bastos. Ainda segundo a protetora de Charlotte, a bela cadela tem uma pelagem macia e brilhante, tem um temperamento maravilhoso e é muito dócil.
Patrocínio
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1º Belle – São Paulo/SP Belle é uma cadela rara. Segundo sua tutora, Laura Girardelli Leal, ela é a única fêmea da raça Ibizan Hound, na América Latina. Além dela, há um macho da mesma raça na Colômbia. Ibizan Hound é a raça que origina do Anubis do Egito. A raça surgiu no Egito, mas por causa das guerras foi transferida para Ibiza, e lá foi descoberta. Por isso o nome. A família de Laura é criadora da raça dobermann. Quando tinha seis anos, ela ganhou uma cadela da raça whippet, mas a convivência entre cães de raças tão diferentes acabou não dando certo, e eles resolveram doar a whippet. Laura ficou muito triste e queria outro cão da mesma raça, mesmo tendo vivenciado os problemas anteriores devidos à convivência com os dobermanns: “Quando tinha 14 anos minha dobermann veio a falecer; eu não tinha mais chão. Mesmo sabendo que dobermanns e whippets não dariam certo, insisti tanto que um dia o Hunter estava em uma exposição em Santos (SP) e quando eu o conheci me apaixonei pela raça. Eu e minha mãe procuramos criadores, filhotes, e nada. Até que encontramos pela internet uma criadora de Detroit (EUA), conversamos, entramos em um acordo, e em maio de 2009 fomos buscar minha nova filha, Belle. Hoje com 1 ano, ela convive com 3 dobermanns e 1 airedale terrier; e eu com 18 anos tenho meus dobermanns e finalmente minha por assim dizer ‘whippet gigante’ ’’, diz Laura.
36
* Gostaríamos de lembrar que os jurados avaliam estritamente as fotos, dentro de critérios técnicos e não têm nenhum acesso às histórias dos animais e dados dos proprietários. * As fotos utilizadas na divulgação deste concurso pertencem à empresa Photo Pets.
31
OS SEMIFINALISTAS
Última Conheça semifinal: Meu Pet é Estrela os últimos concorrentes à capa de dezembro Na última semifinal do concurso Meu Pet é Estrela, tivemos que abrir espaço para mais pets figurarem na grande votação final em novembro. Nada mais do que quatro animais ficaram empatados no terceiro lugar! As fotos foram tão diferentes e interessantes, que decidimos mantê-los na disputa! Conexão Pet gostaria de agradecer aos
nossos queridos jurados pelo carinho com que abraçaram nosso concurso e pelo profissionalismo com que avaliaram as imagens. Muito obrigada, Fabiana Fernandez, Lionel Falcon e Manuel Cortijo! A seguir, você lembra um pouco mais do trabalho dos nossos jurados e conhece os últimos semifinalistas do concurso Meu Pet é Estrela.
OS JURADOS
4º Xuxu – São Paulo/SP
Fabiana Fernandez Fabiana Fernandez é especialista em fotografar pets e proprietária da Photopets (www.photopets.com.br), empresa que nasceu fotografando somente animais de estimação e hoje vem crescendo significativamente no mercado pet, tendo seu nome reconhecido em quase todos os pet shops do Brasil.
Lionel Falcon O argentino Lionel Falcon (www.lionelfalcon.com) é fotógrafo profissional desde a década de 60 e começou a sua carreira fotografando celebridades na Argentina, Brasil e EUA, mas por motivos pessoais, o fotógrafo se especializou em fotografias de pet e com isso adquiriu muita experiência e know-how. Em poucos cliques (e tempo) ele consegue arrancar caras e bocas de seus modelos.
O pinscher miniatura Max é o xodó da família de Nilza Zerbinat de Oliveira da Silva. Nilza ia comprar um cãozinho, porem uma amiga dela ficou sabendo e disse que iria dar um filhotinho a ela. “Só que a cadelinha que ela iria me dar faleceu, e a dona da mãe deste filhote disse que os outros dois já tinham donos. Não é que a minha amiga foi lá e pegou o Max ‘a força’?” diverte-se a tutora do simpático cãozinho. Max tem dois anos e vive cheio de mimos!
3º Quatro pets empatados!
Manuel Cortijo Manuel Cortijo é analista de sistemas e sempre foi amante dos gatos e fotografia. Atua no Gatil Delaunay junto com sua esposa Isabel Facchini. Em 2009 resolveu aliar o seu conhecimento em fotografia e a paixão pelos gatos, e montou o seu estúdio especialmente projetado para fotografar os felinos. Seu trabalho pode ser conferido em www.olhares.com/cortijo.
32
A história do Xuxu nem sempre envolveu uma família amorosa e uma casa feliz. “Xuxu foi abandonado e uma amiga me ligou para vê-lo e foi amor a primeira vista. Resolvi trazê-lo para ficar comigo, e assim ele passou a ser o meu fofinho”, lembra a tutora, Clarice de Jesus Pamponet do Carmo. Todas as manhãs o simpático pet acorda Clarice dando leves patadinhas em sua cabeça pedindo para passear.
Max – Nova Iguaçu/RJ
Neste mês de outubro, aconteceu algo que não esperávamos: tivemos quatro fotos com a mesma soma de pontos – 24 – e as mesmas notas, só que alternadas, de acordo com o jurado. Como um pet não recebeu notas mais baixas do que outros, e as fotos são lindas, resolvemos decretar o empate.
33
Max – Campo Grande/MT
Nick – Caiobá/PR Analuci Marques tem verdadeira paixão pelo cãozinho Nick, a quem chama de ‘Chocolate Branco’. Segundo ela, o menino é muito sapeca e brincalhão, fazendo a casa parecer que tem várias crianças, devido à quantidade de brinquedos espalhados pelo chão. “Ele está sempre pronto pra passear, ama andar de carro e fica sozinho na janela se achando o tal”, diverte-se Analuci. A tutora diz que o cachorro é seu grande amigo e companheiro: “Ele fica sempre olhando, sabe quando não estou bem, e quando estou alegre. Eu sempre falo que se o Nick falasse teríamos muitas coisas pra conversar. Ele é um fofuxo”, derrete-se Analuci.
Xuxinha Vida – Salto de Pirapora/SP Apesar de estar concorrendo no Meu Pet é Estrela, Xuxinha parece não se encantar com a vida de celebridade. Segundo sua tutora, Patrícia Cristina Corêa, a yorkshire de dois anos não gosta nada de tirar fotos. Conseguir boas imagens como a do concurso é sempre um desafio. “A Xuxinha é cachorrinha mais elétrica da casa. Desde bem novinha ela sempre foi a mais bravinha e enfrentava a labradora e o rotweiller. Ela já me deu um grande susto quando pulou de uma altura de quase 3 metros e graças a Deus nada aconteceu”, relata Patrícia.
Realização
34
Safira – Jaú/SP A simpática gatinha Safira, também conhecida por Sasá, adora sentar no sofá para assistir TV, segundo sua tutora, Gabriela de Toledo Zotin. “Ela adora brincar de bolinha e quando você pede para ela dar cambalhotas, ela sai rolando pelo chão, fazendo charme. Ela é muito meiga e traz muita alegria para nossa família. Só falta este concurso para ela virar uma estrela de verdade!”, afirma Gabriela.
2ºCharlotte – São Paulo/SP A bela cadela Charlotte é fruto de uma realidade infelizmente ainda muito comum em nosso país: o comércio ilegal de animais. “A Charlotte foi comprada em um canil junto com outros animais da mesma raça, por uma mulher que fazia comércio ilegal. A mulher não teve condições de sustenta-los e decidiu devolver para o canil, o qual não aceitou a devolução. Ela então ameaçou jogar nas ruas. Eu sou protetora e junto com outras protetoras, retiramos os animais de lá”, conta a tutora Mariana Bastos. Ainda segundo a protetora de Charlotte, a bela cadela tem uma pelagem macia e brilhante, tem um temperamento maravilhoso e é muito dócil.
Patrocínio
35
1º Belle – São Paulo/SP Belle é uma cadela rara. Segundo sua tutora, Laura Girardelli Leal, ela é a única fêmea da raça Ibizan Hound, na América Latina. Além dela, há um macho da mesma raça na Colômbia. Ibizan Hound é a raça que origina do Anubis do Egito. A raça surgiu no Egito, mas por causa das guerras foi transferida para Ibiza, e lá foi descoberta. Por isso o nome. A família de Laura é criadora da raça dobermann. Quando tinha seis anos, ela ganhou uma cadela da raça whippet, mas a convivência entre cães de raças tão diferentes acabou não dando certo, e eles resolveram doar a whippet. Laura ficou muito triste e queria outro cão da mesma raça, mesmo tendo vivenciado os problemas anteriores devidos à convivência com os dobermanns: “Quando tinha 14 anos minha dobermann veio a falecer; eu não tinha mais chão. Mesmo sabendo que dobermanns e whippets não dariam certo, insisti tanto que um dia o Hunter estava em uma exposição em Santos (SP) e quando eu o conheci me apaixonei pela raça. Eu e minha mãe procuramos criadores, filhotes, e nada. Até que encontramos pela internet uma criadora de Detroit (EUA), conversamos, entramos em um acordo, e em maio de 2009 fomos buscar minha nova filha, Belle. Hoje com 1 ano, ela convive com 3 dobermanns e 1 airedale terrier; e eu com 18 anos tenho meus dobermanns e finalmente minha por assim dizer ‘whippet gigante’ ’’, diz Laura.
36
* Gostaríamos de lembrar que os jurados avaliam estritamente as fotos, dentro de critérios técnicos e não têm nenhum acesso às histórias dos animais e dados dos proprietários. * As fotos utilizadas na divulgação deste concurso pertencem à empresa Photo Pets.
31
OS SEMIFINALISTAS
Última Conheça semifinal: Meu Pet é Estrela os últimos concorrentes à capa de dezembro Na última semifinal do concurso Meu Pet é Estrela, tivemos que abrir espaço para mais pets figurarem na grande votação final em novembro. Nada mais do que quatro animais ficaram empatados no terceiro lugar! As fotos foram tão diferentes e interessantes, que decidimos mantê-los na disputa! Conexão Pet gostaria de agradecer aos
nossos queridos jurados pelo carinho com que abraçaram nosso concurso e pelo profissionalismo com que avaliaram as imagens. Muito obrigada, Fabiana Fernandez, Lionel Falcon e Manuel Cortijo! A seguir, você lembra um pouco mais do trabalho dos nossos jurados e conhece os últimos semifinalistas do concurso Meu Pet é Estrela.
OS JURADOS
4º Xuxu – São Paulo/SP
Fabiana Fernandez Fabiana Fernandez é especialista em fotografar pets e proprietária da Photopets (www.photopets.com.br), empresa que nasceu fotografando somente animais de estimação e hoje vem crescendo significativamente no mercado pet, tendo seu nome reconhecido em quase todos os pet shops do Brasil.
Lionel Falcon O argentino Lionel Falcon (www.lionelfalcon.com) é fotógrafo profissional desde a década de 60 e começou a sua carreira fotografando celebridades na Argentina, Brasil e EUA, mas por motivos pessoais, o fotógrafo se especializou em fotografias de pet e com isso adquiriu muita experiência e know-how. Em poucos cliques (e tempo) ele consegue arrancar caras e bocas de seus modelos.
O pinscher miniatura Max é o xodó da família de Nilza Zerbinat de Oliveira da Silva. Nilza ia comprar um cãozinho, porem uma amiga dela ficou sabendo e disse que iria dar um filhotinho a ela. “Só que a cadelinha que ela iria me dar faleceu, e a dona da mãe deste filhote disse que os outros dois já tinham donos. Não é que a minha amiga foi lá e pegou o Max ‘a força’?” diverte-se a tutora do simpático cãozinho. Max tem dois anos e vive cheio de mimos!
3º Quatro pets empatados!
Manuel Cortijo Manuel Cortijo é analista de sistemas e sempre foi amante dos gatos e fotografia. Atua no Gatil Delaunay junto com sua esposa Isabel Facchini. Em 2009 resolveu aliar o seu conhecimento em fotografia e a paixão pelos gatos, e montou o seu estúdio especialmente projetado para fotografar os felinos. Seu trabalho pode ser conferido em www.olhares.com/cortijo.
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A história do Xuxu nem sempre envolveu uma família amorosa e uma casa feliz. “Xuxu foi abandonado e uma amiga me ligou para vê-lo e foi amor a primeira vista. Resolvi trazê-lo para ficar comigo, e assim ele passou a ser o meu fofinho”, lembra a tutora, Clarice de Jesus Pamponet do Carmo. Todas as manhãs o simpático pet acorda Clarice dando leves patadinhas em sua cabeça pedindo para passear.
Max – Nova Iguaçu/RJ
Neste mês de outubro, aconteceu algo que não esperávamos: tivemos quatro fotos com a mesma soma de pontos – 24 – e as mesmas notas, só que alternadas, de acordo com o jurado. Como um pet não recebeu notas mais baixas do que outros, e as fotos são lindas, resolvemos decretar o empate.
33
Max – Campo Grande/MT
Nick – Caiobá/PR Analuci Marques tem verdadeira paixão pelo cãozinho Nick, a quem chama de ‘Chocolate Branco’. Segundo ela, o menino é muito sapeca e brincalhão, fazendo a casa parecer que tem várias crianças, devido à quantidade de brinquedos espalhados pelo chão. “Ele está sempre pronto pra passear, ama andar de carro e fica sozinho na janela se achando o tal”, diverte-se Analuci. A tutora diz que o cachorro é seu grande amigo e companheiro: “Ele fica sempre olhando, sabe quando não estou bem, e quando estou alegre. Eu sempre falo que se o Nick falasse teríamos muitas coisas pra conversar. Ele é um fofuxo”, derrete-se Analuci.
Xuxinha Vida – Salto de Pirapora/SP Apesar de estar concorrendo no Meu Pet é Estrela, Xuxinha parece não se encantar com a vida de celebridade. Segundo sua tutora, Patrícia Cristina Corêa, a yorkshire de dois anos não gosta nada de tirar fotos. Conseguir boas imagens como a do concurso é sempre um desafio. “A Xuxinha é cachorrinha mais elétrica da casa. Desde bem novinha ela sempre foi a mais bravinha e enfrentava a labradora e o rotweiller. Ela já me deu um grande susto quando pulou de uma altura de quase 3 metros e graças a Deus nada aconteceu”, relata Patrícia.
Realização
34
Safira – Jaú/SP A simpática gatinha Safira, também conhecida por Sasá, adora sentar no sofá para assistir TV, segundo sua tutora, Gabriela de Toledo Zotin. “Ela adora brincar de bolinha e quando você pede para ela dar cambalhotas, ela sai rolando pelo chão, fazendo charme. Ela é muito meiga e traz muita alegria para nossa família. Só falta este concurso para ela virar uma estrela de verdade!”, afirma Gabriela.
2ºCharlotte – São Paulo/SP A bela cadela Charlotte é fruto de uma realidade infelizmente ainda muito comum em nosso país: o comércio ilegal de animais. “A Charlotte foi comprada em um canil junto com outros animais da mesma raça, por uma mulher que fazia comércio ilegal. A mulher não teve condições de sustenta-los e decidiu devolver para o canil, o qual não aceitou a devolução. Ela então ameaçou jogar nas ruas. Eu sou protetora e junto com outras protetoras, retiramos os animais de lá”, conta a tutora Mariana Bastos. Ainda segundo a protetora de Charlotte, a bela cadela tem uma pelagem macia e brilhante, tem um temperamento maravilhoso e é muito dócil.
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35
1º Belle – São Paulo/SP Belle é uma cadela rara. Segundo sua tutora, Laura Girardelli Leal, ela é a única fêmea da raça Ibizan Hound, na América Latina. Além dela, há um macho da mesma raça na Colômbia. Ibizan Hound é a raça que origina do Anubis do Egito. A raça surgiu no Egito, mas por causa das guerras foi transferida para Ibiza, e lá foi descoberta. Por isso o nome. A família de Laura é criadora da raça dobermann. Quando tinha seis anos, ela ganhou uma cadela da raça whippet, mas a convivência entre cães de raças tão diferentes acabou não dando certo, e eles resolveram doar a whippet. Laura ficou muito triste e queria outro cão da mesma raça, mesmo tendo vivenciado os problemas anteriores devidos à convivência com os dobermanns: “Quando tinha 14 anos minha dobermann veio a falecer; eu não tinha mais chão. Mesmo sabendo que dobermanns e whippets não dariam certo, insisti tanto que um dia o Hunter estava em uma exposição em Santos (SP) e quando eu o conheci me apaixonei pela raça. Eu e minha mãe procuramos criadores, filhotes, e nada. Até que encontramos pela internet uma criadora de Detroit (EUA), conversamos, entramos em um acordo, e em maio de 2009 fomos buscar minha nova filha, Belle. Hoje com 1 ano, ela convive com 3 dobermanns e 1 airedale terrier; e eu com 18 anos tenho meus dobermanns e finalmente minha por assim dizer ‘whippet gigante’ ’’, diz Laura.
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* Gostaríamos de lembrar que os jurados avaliam estritamente as fotos, dentro de critérios técnicos e não têm nenhum acesso às histórias dos animais e dados dos proprietários. * As fotos utilizadas na divulgação deste concurso pertencem à empresa Photo Pets.
31
OS SEMIFINALISTAS
Última Conheça semifinal: Meu Pet é Estrela os últimos concorrentes à capa de dezembro Na última semifinal do concurso Meu Pet é Estrela, tivemos que abrir espaço para mais pets figurarem na grande votação final em novembro. Nada mais do que quatro animais ficaram empatados no terceiro lugar! As fotos foram tão diferentes e interessantes, que decidimos mantê-los na disputa! Conexão Pet gostaria de agradecer aos
nossos queridos jurados pelo carinho com que abraçaram nosso concurso e pelo profissionalismo com que avaliaram as imagens. Muito obrigada, Fabiana Fernandez, Lionel Falcon e Manuel Cortijo! A seguir, você lembra um pouco mais do trabalho dos nossos jurados e conhece os últimos semifinalistas do concurso Meu Pet é Estrela.
OS JURADOS
4º Xuxu – São Paulo/SP
Fabiana Fernandez Fabiana Fernandez é especialista em fotografar pets e proprietária da Photopets (www.photopets.com.br), empresa que nasceu fotografando somente animais de estimação e hoje vem crescendo significativamente no mercado pet, tendo seu nome reconhecido em quase todos os pet shops do Brasil.
Lionel Falcon O argentino Lionel Falcon (www.lionelfalcon.com) é fotógrafo profissional desde a década de 60 e começou a sua carreira fotografando celebridades na Argentina, Brasil e EUA, mas por motivos pessoais, o fotógrafo se especializou em fotografias de pet e com isso adquiriu muita experiência e know-how. Em poucos cliques (e tempo) ele consegue arrancar caras e bocas de seus modelos.
O pinscher miniatura Max é o xodó da família de Nilza Zerbinat de Oliveira da Silva. Nilza ia comprar um cãozinho, porem uma amiga dela ficou sabendo e disse que iria dar um filhotinho a ela. “Só que a cadelinha que ela iria me dar faleceu, e a dona da mãe deste filhote disse que os outros dois já tinham donos. Não é que a minha amiga foi lá e pegou o Max ‘a força’?” diverte-se a tutora do simpático cãozinho. Max tem dois anos e vive cheio de mimos!
3º Quatro pets empatados!
Manuel Cortijo Manuel Cortijo é analista de sistemas e sempre foi amante dos gatos e fotografia. Atua no Gatil Delaunay junto com sua esposa Isabel Facchini. Em 2009 resolveu aliar o seu conhecimento em fotografia e a paixão pelos gatos, e montou o seu estúdio especialmente projetado para fotografar os felinos. Seu trabalho pode ser conferido em www.olhares.com/cortijo.
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A história do Xuxu nem sempre envolveu uma família amorosa e uma casa feliz. “Xuxu foi abandonado e uma amiga me ligou para vê-lo e foi amor a primeira vista. Resolvi trazê-lo para ficar comigo, e assim ele passou a ser o meu fofinho”, lembra a tutora, Clarice de Jesus Pamponet do Carmo. Todas as manhãs o simpático pet acorda Clarice dando leves patadinhas em sua cabeça pedindo para passear.
Max – Nova Iguaçu/RJ
Neste mês de outubro, aconteceu algo que não esperávamos: tivemos quatro fotos com a mesma soma de pontos – 24 – e as mesmas notas, só que alternadas, de acordo com o jurado. Como um pet não recebeu notas mais baixas do que outros, e as fotos são lindas, resolvemos decretar o empate.
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Max – Campo Grande/MT
Nick – Caiobá/PR Analuci Marques tem verdadeira paixão pelo cãozinho Nick, a quem chama de ‘Chocolate Branco’. Segundo ela, o menino é muito sapeca e brincalhão, fazendo a casa parecer que tem várias crianças, devido à quantidade de brinquedos espalhados pelo chão. “Ele está sempre pronto pra passear, ama andar de carro e fica sozinho na janela se achando o tal”, diverte-se Analuci. A tutora diz que o cachorro é seu grande amigo e companheiro: “Ele fica sempre olhando, sabe quando não estou bem, e quando estou alegre. Eu sempre falo que se o Nick falasse teríamos muitas coisas pra conversar. Ele é um fofuxo”, derrete-se Analuci.
Xuxinha Vida – Salto de Pirapora/SP Apesar de estar concorrendo no Meu Pet é Estrela, Xuxinha parece não se encantar com a vida de celebridade. Segundo sua tutora, Patrícia Cristina Corêa, a yorkshire de dois anos não gosta nada de tirar fotos. Conseguir boas imagens como a do concurso é sempre um desafio. “A Xuxinha é cachorrinha mais elétrica da casa. Desde bem novinha ela sempre foi a mais bravinha e enfrentava a labradora e o rotweiller. Ela já me deu um grande susto quando pulou de uma altura de quase 3 metros e graças a Deus nada aconteceu”, relata Patrícia.
Realização
34
Safira – Jaú/SP A simpática gatinha Safira, também conhecida por Sasá, adora sentar no sofá para assistir TV, segundo sua tutora, Gabriela de Toledo Zotin. “Ela adora brincar de bolinha e quando você pede para ela dar cambalhotas, ela sai rolando pelo chão, fazendo charme. Ela é muito meiga e traz muita alegria para nossa família. Só falta este concurso para ela virar uma estrela de verdade!”, afirma Gabriela.
2ºCharlotte – São Paulo/SP A bela cadela Charlotte é fruto de uma realidade infelizmente ainda muito comum em nosso país: o comércio ilegal de animais. “A Charlotte foi comprada em um canil junto com outros animais da mesma raça, por uma mulher que fazia comércio ilegal. A mulher não teve condições de sustenta-los e decidiu devolver para o canil, o qual não aceitou a devolução. Ela então ameaçou jogar nas ruas. Eu sou protetora e junto com outras protetoras, retiramos os animais de lá”, conta a tutora Mariana Bastos. Ainda segundo a protetora de Charlotte, a bela cadela tem uma pelagem macia e brilhante, tem um temperamento maravilhoso e é muito dócil.
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35
1º Belle – São Paulo/SP Belle é uma cadela rara. Segundo sua tutora, Laura Girardelli Leal, ela é a única fêmea da raça Ibizan Hound, na América Latina. Além dela, há um macho da mesma raça na Colômbia. Ibizan Hound é a raça que origina do Anubis do Egito. A raça surgiu no Egito, mas por causa das guerras foi transferida para Ibiza, e lá foi descoberta. Por isso o nome. A família de Laura é criadora da raça dobermann. Quando tinha seis anos, ela ganhou uma cadela da raça whippet, mas a convivência entre cães de raças tão diferentes acabou não dando certo, e eles resolveram doar a whippet. Laura ficou muito triste e queria outro cão da mesma raça, mesmo tendo vivenciado os problemas anteriores devidos à convivência com os dobermanns: “Quando tinha 14 anos minha dobermann veio a falecer; eu não tinha mais chão. Mesmo sabendo que dobermanns e whippets não dariam certo, insisti tanto que um dia o Hunter estava em uma exposição em Santos (SP) e quando eu o conheci me apaixonei pela raça. Eu e minha mãe procuramos criadores, filhotes, e nada. Até que encontramos pela internet uma criadora de Detroit (EUA), conversamos, entramos em um acordo, e em maio de 2009 fomos buscar minha nova filha, Belle. Hoje com 1 ano, ela convive com 3 dobermanns e 1 airedale terrier; e eu com 18 anos tenho meus dobermanns e finalmente minha por assim dizer ‘whippet gigante’ ’’, diz Laura.
36
* Gostaríamos de lembrar que os jurados avaliam estritamente as fotos, dentro de critérios técnicos e não têm nenhum acesso às histórias dos animais e dados dos proprietários. * As fotos utilizadas na divulgação deste concurso pertencem à empresa Photo Pets.
31
“As fotografias utilizadas na divulgação deste concurso são da empresa Photo Pets – www.photopets.com.br”
Você acha que seu pet é uma estrela? Não perca tempo e envie fotos da su a estrela para o e-m ail petestrela@conexa
opet.com.br
Confira o regulam
www.conexaopet.c
ento em:
om.br/promocao
Se você quer tornar o seu pet uma celebridade, participe do concurso Meu Pet é Estrela! Além do seu amigão poder ganhar a capa da edição de dezembro, você concorre a uma cesta repleta de cosméticos da Pet Life!
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“As fotografias utilizadas na divulgação deste concurso são da empresa Photo Pets – www.photopets.com.br”
Você acha que seu pet é uma estrela? Não perca tempo e envie fotos da su a estrela para o e-m ail petestrela@conexa
opet.com.br
Confira o regulam
www.conexaopet.c
ento em:
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Se você quer tornar o seu pet uma celebridade, participe do concurso Meu Pet é Estrela! Além do seu amigão poder ganhar a capa da edição de dezembro, você concorre a uma cesta repleta de cosméticos da Pet Life!
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Entrevista Uma atriz que ama e respeita os animais Larissa Maciel fala com exclusividade à revista Conexão Pet da sua paixão pelos felinos Destaque Consultoria de Imagem
A gaúcha Larissa Maciel ganhou projeção nacional interpretando a polêmica cantora Maysa na minissérie “Maysa – Quando Fala o Coração”. Atualmente ganha destaque no horário nobre ao interpretar a doce e tímida Felícia na novela “Passione”. Além de ter o reconhecimento pelo seu talento nas telas, Larissa é uma grande amante dos animais e recentemente fez questão de ser uma voz ativa a favor da adoção de animais, ao revelar que havia retirado das ruas os gatinhos Manu e Mia. Nesta entrevista, Larissa revela como teve início sua paixão pelos felinos e fala um pouco sobre suas ações para tornar a vida de nossos amigos melhor. Conexão Pet - Gostaria de saber como a paixão por gatos começou? Larissa Maciel - Gosto muito de animais, mas meu encanto é por gatos. Desde pequena sempre fui apaixonada pela beleza, harmonia dos movimentos, leveza, e a personalidade dos felinos!
Larissa Maciel
“Eu adoro a convivência com os felinos! Eles alegram o meu dia a dia, me fazem companhia, demostram seu amor de muitas formas o tempo todo! Eu olho para os meus gatos e não consigo deixar de sorrir!”
Conexão Pet - Sempre teve animais presentes em sua vida? Qual a importância deles em seu dia a dia? Larissa Maciel - Meus pais me deram de presente a minha primeira gatinha, trazida de uma ninhada que estava numa Ferragem perto da minha casa, quando eu tinha 12 anos, e deram para o meu irmão um gatinho macho da mesma ninhada. Eram a Lady e o Pitoco. O Pitoco viveu oito anos e a Lady 13. Depois deles sempre tivemos gatos, adotamos cachorros no sítio também. Eu adoro a convivência com os felinos! Eles alegram o meu dia a dia, me fazem companhia, demostram seu amor de muitas formas o tempo todo! Eu olho para os meus gatos e não consigo deixar de sorrir!
Larissa Maciel e sua gatinha, Mia
41
40
Conexão Pet - Em sua opinião, qual é a importância de pessoas públicas manifestarem-se a favor dos animais? Larissa Maciel - Acho que pessoas públicas podem chamar atenção para algumas coisas porque tem espaço para isso. Eu procuro me envolver com aquilo que eu acredito, e tenho prazer de abraçar causas sociais. Quanto aos animais, eles são indefesos e facilmente vítimas de maus tratos, por isso acho importante manifestar-me em favor da adoção consciente. Conexão Pet - Lembra de alguma história curiosa ou engraçada envolvendo gatos? Larissa Maciel - Ah, muitas! Os gatos são tão engraçados! Vou contar a mais recente do Manu: Ele entrou no meu banheiro sem eu perceber e eu saí deixando-o preso lá dentro. Aí fui jantar com meu marido e não ouvi ele miando. Quando dei pela falta dele e fui olhar no banheiro, ele tinha feito o seu protesto. Derrubou todos os meus cremes dentro da pia! Ele poderia ter jogado tudo no chão, o que seria bem mais fácil. Mas ele foi levando cuidadosamente cada potinho até a pia e derrubou-os lá!
Arquivo Pessoal
Conexão Pet - Quando decidiu apoiar a adoção de animais? Por quê? Larissa Maciel - Meus primeiros gatos já foram adotados. Existem muitos animais que precisam de um lar, e sabendo disso eu não me sinto confortável em comprar um bichinho. Cada um dos meus gatos teve uma história diferente, eu já recolhi gatinhos da rua e achei donos responsáveis pra eles também.
Conexão Pet - Gostaria de deixar alguma mensagem aos leitores sobre adoção de animais? Larissa Maciel - Quando adotamos um animal ganhamos um amigo para sempre, e ele retriburá o nosso gesto com muito amor! Mas é fundamental que a adoção seja consciente, e não um impulso. Pense bem na sua rotina, no seu ritmo de trabalho, no espaço que você dispõe e procure um bichinho que se adapte a sua realidade. Com certeza você terá dias mais felizes na companhia desses seres peludos e fofos! Manu, adotado pela atriz no Rio de Janeiro, com a ajuda de Betty Goffmann, em seu brinquedo favorito.
Conexão Pet - Pretende engajar-se em alguma campanha que envolva animais? Larissa Maciel - Não sei... Se eu achar a campanha bacana pode acontecer sim!
“Os animais são indefesos e facilmente vítimas de maus tratos, por isso acho importante manifestar-me em favor da adoção consciente”.
Arquivo Pessoal
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Larissa Maciel e o gatinho Manu Arquivo Pessoal
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Entrevista Uma atriz que ama e respeita os animais Larissa Maciel fala com exclusividade à revista Conexão Pet da sua paixão pelos felinos Destaque Consultoria de Imagem
A gaúcha Larissa Maciel ganhou projeção nacional interpretando a polêmica cantora Maysa na minissérie “Maysa – Quando Fala o Coração”. Atualmente ganha destaque no horário nobre ao interpretar a doce e tímida Felícia na novela “Passione”. Além de ter o reconhecimento pelo seu talento nas telas, Larissa é uma grande amante dos animais e recentemente fez questão de ser uma voz ativa a favor da adoção de animais, ao revelar que havia retirado das ruas os gatinhos Manu e Mia. Nesta entrevista, Larissa revela como teve início sua paixão pelos felinos e fala um pouco sobre suas ações para tornar a vida de nossos amigos melhor. Conexão Pet - Gostaria de saber como a paixão por gatos começou? Larissa Maciel - Gosto muito de animais, mas meu encanto é por gatos. Desde pequena sempre fui apaixonada pela beleza, harmonia dos movimentos, leveza, e a personalidade dos felinos!
Larissa Maciel
“Eu adoro a convivência com os felinos! Eles alegram o meu dia a dia, me fazem companhia, demostram seu amor de muitas formas o tempo todo! Eu olho para os meus gatos e não consigo deixar de sorrir!”
Conexão Pet - Sempre teve animais presentes em sua vida? Qual a importância deles em seu dia a dia? Larissa Maciel - Meus pais me deram de presente a minha primeira gatinha, trazida de uma ninhada que estava numa Ferragem perto da minha casa, quando eu tinha 12 anos, e deram para o meu irmão um gatinho macho da mesma ninhada. Eram a Lady e o Pitoco. O Pitoco viveu oito anos e a Lady 13. Depois deles sempre tivemos gatos, adotamos cachorros no sítio também. Eu adoro a convivência com os felinos! Eles alegram o meu dia a dia, me fazem companhia, demostram seu amor de muitas formas o tempo todo! Eu olho para os meus gatos e não consigo deixar de sorrir!
Larissa Maciel e sua gatinha, Mia
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Conexão Pet - Em sua opinião, qual é a importância de pessoas públicas manifestarem-se a favor dos animais? Larissa Maciel - Acho que pessoas públicas podem chamar atenção para algumas coisas porque tem espaço para isso. Eu procuro me envolver com aquilo que eu acredito, e tenho prazer de abraçar causas sociais. Quanto aos animais, eles são indefesos e facilmente vítimas de maus tratos, por isso acho importante manifestar-me em favor da adoção consciente. Conexão Pet - Lembra de alguma história curiosa ou engraçada envolvendo gatos? Larissa Maciel - Ah, muitas! Os gatos são tão engraçados! Vou contar a mais recente do Manu: Ele entrou no meu banheiro sem eu perceber e eu saí deixando-o preso lá dentro. Aí fui jantar com meu marido e não ouvi ele miando. Quando dei pela falta dele e fui olhar no banheiro, ele tinha feito o seu protesto. Derrubou todos os meus cremes dentro da pia! Ele poderia ter jogado tudo no chão, o que seria bem mais fácil. Mas ele foi levando cuidadosamente cada potinho até a pia e derrubou-os lá!
Arquivo Pessoal
Conexão Pet - Quando decidiu apoiar a adoção de animais? Por quê? Larissa Maciel - Meus primeiros gatos já foram adotados. Existem muitos animais que precisam de um lar, e sabendo disso eu não me sinto confortável em comprar um bichinho. Cada um dos meus gatos teve uma história diferente, eu já recolhi gatinhos da rua e achei donos responsáveis pra eles também.
Conexão Pet - Gostaria de deixar alguma mensagem aos leitores sobre adoção de animais? Larissa Maciel - Quando adotamos um animal ganhamos um amigo para sempre, e ele retriburá o nosso gesto com muito amor! Mas é fundamental que a adoção seja consciente, e não um impulso. Pense bem na sua rotina, no seu ritmo de trabalho, no espaço que você dispõe e procure um bichinho que se adapte a sua realidade. Com certeza você terá dias mais felizes na companhia desses seres peludos e fofos! Manu, adotado pela atriz no Rio de Janeiro, com a ajuda de Betty Goffmann, em seu brinquedo favorito.
Conexão Pet - Pretende engajar-se em alguma campanha que envolva animais? Larissa Maciel - Não sei... Se eu achar a campanha bacana pode acontecer sim!
“Os animais são indefesos e facilmente vítimas de maus tratos, por isso acho importante manifestar-me em favor da adoção consciente”.
Arquivo Pessoal
42
Larissa Maciel e o gatinho Manu Arquivo Pessoal
43
Entrevista Uma atriz que ama e respeita os animais Larissa Maciel fala com exclusividade à revista Conexão Pet da sua paixão pelos felinos Destaque Consultoria de Imagem
A gaúcha Larissa Maciel ganhou projeção nacional interpretando a polêmica cantora Maysa na minissérie “Maysa – Quando Fala o Coração”. Atualmente ganha destaque no horário nobre ao interpretar a doce e tímida Felícia na novela “Passione”. Além de ter o reconhecimento pelo seu talento nas telas, Larissa é uma grande amante dos animais e recentemente fez questão de ser uma voz ativa a favor da adoção de animais, ao revelar que havia retirado das ruas os gatinhos Manu e Mia. Nesta entrevista, Larissa revela como teve início sua paixão pelos felinos e fala um pouco sobre suas ações para tornar a vida de nossos amigos melhor. Conexão Pet - Gostaria de saber como a paixão por gatos começou? Larissa Maciel - Gosto muito de animais, mas meu encanto é por gatos. Desde pequena sempre fui apaixonada pela beleza, harmonia dos movimentos, leveza, e a personalidade dos felinos!
Larissa Maciel
“Eu adoro a convivência com os felinos! Eles alegram o meu dia a dia, me fazem companhia, demostram seu amor de muitas formas o tempo todo! Eu olho para os meus gatos e não consigo deixar de sorrir!”
Conexão Pet - Sempre teve animais presentes em sua vida? Qual a importância deles em seu dia a dia? Larissa Maciel - Meus pais me deram de presente a minha primeira gatinha, trazida de uma ninhada que estava numa Ferragem perto da minha casa, quando eu tinha 12 anos, e deram para o meu irmão um gatinho macho da mesma ninhada. Eram a Lady e o Pitoco. O Pitoco viveu oito anos e a Lady 13. Depois deles sempre tivemos gatos, adotamos cachorros no sítio também. Eu adoro a convivência com os felinos! Eles alegram o meu dia a dia, me fazem companhia, demostram seu amor de muitas formas o tempo todo! Eu olho para os meus gatos e não consigo deixar de sorrir!
Larissa Maciel e sua gatinha, Mia
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Conexão Pet - Em sua opinião, qual é a importância de pessoas públicas manifestarem-se a favor dos animais? Larissa Maciel - Acho que pessoas públicas podem chamar atenção para algumas coisas porque tem espaço para isso. Eu procuro me envolver com aquilo que eu acredito, e tenho prazer de abraçar causas sociais. Quanto aos animais, eles são indefesos e facilmente vítimas de maus tratos, por isso acho importante manifestar-me em favor da adoção consciente. Conexão Pet - Lembra de alguma história curiosa ou engraçada envolvendo gatos? Larissa Maciel - Ah, muitas! Os gatos são tão engraçados! Vou contar a mais recente do Manu: Ele entrou no meu banheiro sem eu perceber e eu saí deixando-o preso lá dentro. Aí fui jantar com meu marido e não ouvi ele miando. Quando dei pela falta dele e fui olhar no banheiro, ele tinha feito o seu protesto. Derrubou todos os meus cremes dentro da pia! Ele poderia ter jogado tudo no chão, o que seria bem mais fácil. Mas ele foi levando cuidadosamente cada potinho até a pia e derrubou-os lá!
Arquivo Pessoal
Conexão Pet - Quando decidiu apoiar a adoção de animais? Por quê? Larissa Maciel - Meus primeiros gatos já foram adotados. Existem muitos animais que precisam de um lar, e sabendo disso eu não me sinto confortável em comprar um bichinho. Cada um dos meus gatos teve uma história diferente, eu já recolhi gatinhos da rua e achei donos responsáveis pra eles também.
Conexão Pet - Gostaria de deixar alguma mensagem aos leitores sobre adoção de animais? Larissa Maciel - Quando adotamos um animal ganhamos um amigo para sempre, e ele retriburá o nosso gesto com muito amor! Mas é fundamental que a adoção seja consciente, e não um impulso. Pense bem na sua rotina, no seu ritmo de trabalho, no espaço que você dispõe e procure um bichinho que se adapte a sua realidade. Com certeza você terá dias mais felizes na companhia desses seres peludos e fofos! Manu, adotado pela atriz no Rio de Janeiro, com a ajuda de Betty Goffmann, em seu brinquedo favorito.
Conexão Pet - Pretende engajar-se em alguma campanha que envolva animais? Larissa Maciel - Não sei... Se eu achar a campanha bacana pode acontecer sim!
“Os animais são indefesos e facilmente vítimas de maus tratos, por isso acho importante manifestar-me em favor da adoção consciente”.
Arquivo Pessoal
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Larissa Maciel e o gatinho Manu Arquivo Pessoal
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Entrevista Uma atriz que ama e respeita os animais Larissa Maciel fala com exclusividade à revista Conexão Pet da sua paixão pelos felinos Destaque Consultoria de Imagem
A gaúcha Larissa Maciel ganhou projeção nacional interpretando a polêmica cantora Maysa na minissérie “Maysa – Quando Fala o Coração”. Atualmente ganha destaque no horário nobre ao interpretar a doce e tímida Felícia na novela “Passione”. Além de ter o reconhecimento pelo seu talento nas telas, Larissa é uma grande amante dos animais e recentemente fez questão de ser uma voz ativa a favor da adoção de animais, ao revelar que havia retirado das ruas os gatinhos Manu e Mia. Nesta entrevista, Larissa revela como teve início sua paixão pelos felinos e fala um pouco sobre suas ações para tornar a vida de nossos amigos melhor. Conexão Pet - Gostaria de saber como a paixão por gatos começou? Larissa Maciel - Gosto muito de animais, mas meu encanto é por gatos. Desde pequena sempre fui apaixonada pela beleza, harmonia dos movimentos, leveza, e a personalidade dos felinos!
Larissa Maciel
“Eu adoro a convivência com os felinos! Eles alegram o meu dia a dia, me fazem companhia, demostram seu amor de muitas formas o tempo todo! Eu olho para os meus gatos e não consigo deixar de sorrir!”
Conexão Pet - Sempre teve animais presentes em sua vida? Qual a importância deles em seu dia a dia? Larissa Maciel - Meus pais me deram de presente a minha primeira gatinha, trazida de uma ninhada que estava numa Ferragem perto da minha casa, quando eu tinha 12 anos, e deram para o meu irmão um gatinho macho da mesma ninhada. Eram a Lady e o Pitoco. O Pitoco viveu oito anos e a Lady 13. Depois deles sempre tivemos gatos, adotamos cachorros no sítio também. Eu adoro a convivência com os felinos! Eles alegram o meu dia a dia, me fazem companhia, demostram seu amor de muitas formas o tempo todo! Eu olho para os meus gatos e não consigo deixar de sorrir!
Larissa Maciel e sua gatinha, Mia
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Conexão Pet - Em sua opinião, qual é a importância de pessoas públicas manifestarem-se a favor dos animais? Larissa Maciel - Acho que pessoas públicas podem chamar atenção para algumas coisas porque tem espaço para isso. Eu procuro me envolver com aquilo que eu acredito, e tenho prazer de abraçar causas sociais. Quanto aos animais, eles são indefesos e facilmente vítimas de maus tratos, por isso acho importante manifestar-me em favor da adoção consciente. Conexão Pet - Lembra de alguma história curiosa ou engraçada envolvendo gatos? Larissa Maciel - Ah, muitas! Os gatos são tão engraçados! Vou contar a mais recente do Manu: Ele entrou no meu banheiro sem eu perceber e eu saí deixando-o preso lá dentro. Aí fui jantar com meu marido e não ouvi ele miando. Quando dei pela falta dele e fui olhar no banheiro, ele tinha feito o seu protesto. Derrubou todos os meus cremes dentro da pia! Ele poderia ter jogado tudo no chão, o que seria bem mais fácil. Mas ele foi levando cuidadosamente cada potinho até a pia e derrubou-os lá!
Arquivo Pessoal
Conexão Pet - Quando decidiu apoiar a adoção de animais? Por quê? Larissa Maciel - Meus primeiros gatos já foram adotados. Existem muitos animais que precisam de um lar, e sabendo disso eu não me sinto confortável em comprar um bichinho. Cada um dos meus gatos teve uma história diferente, eu já recolhi gatinhos da rua e achei donos responsáveis pra eles também.
Conexão Pet - Gostaria de deixar alguma mensagem aos leitores sobre adoção de animais? Larissa Maciel - Quando adotamos um animal ganhamos um amigo para sempre, e ele retriburá o nosso gesto com muito amor! Mas é fundamental que a adoção seja consciente, e não um impulso. Pense bem na sua rotina, no seu ritmo de trabalho, no espaço que você dispõe e procure um bichinho que se adapte a sua realidade. Com certeza você terá dias mais felizes na companhia desses seres peludos e fofos! Manu, adotado pela atriz no Rio de Janeiro, com a ajuda de Betty Goffmann, em seu brinquedo favorito.
Conexão Pet - Pretende engajar-se em alguma campanha que envolva animais? Larissa Maciel - Não sei... Se eu achar a campanha bacana pode acontecer sim!
“Os animais são indefesos e facilmente vítimas de maus tratos, por isso acho importante manifestar-me em favor da adoção consciente”.
Arquivo Pessoal
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Larissa Maciel e o gatinho Manu Arquivo Pessoal
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Felinos em Foco
Bem-estar para todos!
Por Marúcia de Andrade Cruz* Nos dias atuais se tem falado muito a respeito de bem-estar, este é um tema que está nas pautas de áreas da medicina veterinária e de muitas outras da saúde. O mundo moderno, também tecnificado na área da saúde, com avanços nos métodos de diagnósticos e de tratamento, vem “construindo” profissionais tecnicamente qualificados, porém em contrapartida os têm afastado de seu principal foco e objetivo: O PACIENTE! E deve-se pensar no paciente como um todo: nos aspectos físico e psicológico, comportamental. Na ânsia de solucionar problemas, o foco ficou direcionado muito mais ao problema do que ao paciente propriamente dito. As relações entre o profissional da saúde, pacientes e familiares tornaram-se mais frias e menos preocupadas com o real conforto do paciente. Mas felizmente, atualmente tem-se procurado estimular o resgate a esta preocupação e observação: atenção ao paciente. Afinal o que é ater-se ao bem-estar?
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Preocupar-se com as sensações do indivíduo, se há frio, dor, fome, medo, estresse, ansiedade, depressão. E observa-se neste resgate de ações, muitas vezes tão simples, que a partir do momento em que o paciente é percebido como um todo, sem compartimentalizá-lo ou separá-lo de sua patologia, não sendo deixado em segundo plano, observa-se que o caminhar da evolução de seu quadro clínico apresenta aspectos muito positivos. Assim todos, médicos, pacientes, familiares/responsáveis são beneficiados!
A GUARDA-RESPONSÁVEL É UM ATO DE AMOR!!! SEJA COMPROMETIDO COM O BEMESTAR E A SAÚDE DE SEU COMPANHEIRO!!! * MV, MsC, Marúcia de Andrade Cruz (CRMV 4357/PR) Médica Veterinária, Clínica Veterinária Mania de Gato Professora Clínica de Gatos, UTP
Felinos em Foco
Bem-estar para todos!
Por Marúcia de Andrade Cruz* Nos dias atuais se tem falado muito a respeito de bem-estar, este é um tema que está nas pautas de áreas da medicina veterinária e de muitas outras da saúde. O mundo moderno, também tecnificado na área da saúde, com avanços nos métodos de diagnósticos e de tratamento, vem “construindo” profissionais tecnicamente qualificados, porém em contrapartida os têm afastado de seu principal foco e objetivo: O PACIENTE! E deve-se pensar no paciente como um todo: nos aspectos físico e psicológico, comportamental. Na ânsia de solucionar problemas, o foco ficou direcionado muito mais ao problema do que ao paciente propriamente dito. As relações entre o profissional da saúde, pacientes e familiares tornaram-se mais frias e menos preocupadas com o real conforto do paciente. Mas felizmente, atualmente tem-se procurado estimular o resgate a esta preocupação e observação: atenção ao paciente. Afinal o que é ater-se ao bem-estar?
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Preocupar-se com as sensações do indivíduo, se há frio, dor, fome, medo, estresse, ansiedade, depressão. E observa-se neste resgate de ações, muitas vezes tão simples, que a partir do momento em que o paciente é percebido como um todo, sem compartimentalizá-lo ou separá-lo de sua patologia, não sendo deixado em segundo plano, observa-se que o caminhar da evolução de seu quadro clínico apresenta aspectos muito positivos. Assim todos, médicos, pacientes, familiares/responsáveis são beneficiados!
A GUARDA-RESPONSÁVEL É UM ATO DE AMOR!!! SEJA COMPROMETIDO COM O BEMESTAR E A SAÚDE DE SEU COMPANHEIRO!!! * MV, MsC, Marúcia de Andrade Cruz (CRMV 4357/PR) Médica Veterinária, Clínica Veterinária Mania de Gato Professora Clínica de Gatos, UTP
Pet Evento Blumenau terá semana de moda dedicada aos animais Cãominhada noturna, desfile de modas, concurso de tosa artística, feira de adoção, atendimento veterinário, palestra sobre comportamento canino e saúde e bem-estar de felinos fazem parte da programação do evento, que acontece nos dias 20 e 21 de novembro de 2010
A Blumenau Pet Fashion é a primeira feira voltada para o segmento pet do estado de Santa Catarina. O evento tem uma programação com atividades voltadas tanto para a difusão de informação quanto para o entretenimento do público participante e acontece no Parque Vila Germânica de Blumenau, nos dias 20 e 21 de novembro de 2010. “A feira foi idealizada para levar ao consumidor os mais importantes lançamentos e inovações do mercado pet, visando promover entretenimento e um convívio cada vez mais harmonioso com o animal de estimação”, diz o organizador e idealizador do evento, Flávio de Oliveira, da Paraíso Pet Shop.
O evento pretende atrair um público estimado de 15 mil pessoas. Além de ser voltado para o cuidado, bem-estar e qualidade de vida do animal de estimação, contará com um espaço reservado aos negócios, no qual os donos de pet shops poderão ver de perto as inovações em serviços e produtos para animais de estimação que devem figurar no mercado dentro dos próximos meses. A feira terá 27 stands de empresas de todo o território nacional, abrangendo os segmentos de nutrição, estética, saúde, lazer, cuidados e comportamento, todos voltados para os animais de companhia. Entre as marcas confirmadas estão a Dal Pet e Ridelf –
patrocinadores oficiais – Centagro, Merial, Organnact, Royal Canin, Pet Passion, Pet Society, Ridelf, Paraíso Pet Shop, Cadelin ( Espanha ), Pro Plan, Mundo Animal, Pet Line, Farmina Pet Food, Canil Vitória, Pet In Bag, Lionel Falcon. Atualmente, o mercado de animais de estimação movimenta mais de R$ 9 bilhões por ano de acordo com a Anfal Pet (Associação Nacional dos Fabricantes de Alimentos para Pets). Estima-se que o Brasil tenha uma população de 33 milhões de cães, 17 milhões de gatos de mais de 26 milhões de outros pets. A ideia de fazer o evento surgiu há cinco anos, conforme explica o idealizador. “Estava lendo uma reportagem sobre o São Paulo Fashion Week e naquela época comecei a pensar como poderia trazer isso para o ramo pet. O
47
46
projeto passou por diversas alterações até chegar à configuração ideal, em busca de oferecer algo diferenciado dos eventos existentes no cenário nacional, para uma região até então inexplorada”, afirma Flávio.
A programação traz entretenimento e tendências para o mundo animal Um desfile com as tendências e inovações do mundo fashion para os animais de estimação é a atração mais esperada do evento e está marcada para acontecer nos dois dias. A moda Primavera/Verão será destaque entre as grifes confirmadas, entre elas Pet In Bag, Ridelf, uma novidade internacional em roupas e acessórios – a marca Cadelin da Espanha - e outras que ainda serão confirmadas. Parte da verba arrecadada com a entrada dos desfiles será revertida para as ONGs participantes do evento. As tendências em roupas, acessórios e estética serão clicadas pelo mais famoso retratista de pets do Brasil, o fotógrafo Lionel Falcon, que terá estúdio fotográfico e produzirá books dos pets dos visitantes interessados. A tradicional Cãominhada de Blumenau – organizada em parceria com o próprio Parque Vila Germânica – chega em sua décima edição propondo um passeio noturno no dia 20, às 18h, com saída do centro de eventos Parque Vila Germânica. O
48
público estimado para a cãominhada é de 6.000 pessoas e 1.300 cães. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no site do evento. Os primeiros a se cadastrarem ganham uma camiseta personalizada da Cãominhada e todos concorrem a brindes. Haverá também a primeira edição do Gold Groom, um Concurso Nacional de Tosa organizado pelo grommer Fred Paschoal, vencedor do reality show “Estilo Animal” do programa TV Animal - SBT. Os melhores tosadores do Brasil e suas criações irão concorrer as etapas junior e profissional no dia 21, às 16h – inscrições no site do evento.
Educação e Responsabilidade Social em benefício aos animais dedoestimação O Simpósio Blumenau Pet Fashion traz
técnicas para banho e tosa. A parte sócio-responsável do evento fica por conta do Espaço Cão Terapia, que tem como objetivo mostrar o trabalho de Atividade, Educação e Terapia Assistida por Animais (A/E/TAA) realizado pelo Instituto Cão Amigo & CIA, ONG que trabalha desde 2003 levando animais a asilos, escolas especiais, lares para crianças e escolas regulares em Curitiba e Florianópolis. O público também poderá ver de perto o trabalho de treinamento de cão-guia para cegos, realizado pelo Instituto Cão Guia Brasil. Haverá ainda uma feira de adoção, realizada em parceria com a APRABLU (Associação Protetora dos Animais de Blumenau).
SERVIÇO: Blumenau Pet Fashion Data: 20 e 21 de novembro de 2010 Horário: Sábado das 10:00 as 21:00 e Domingo das 10:00 as 20:00. Local: Parque Vila Germânica - Setor 3 (Pavilhão da Oktoberfest). Endereço: Rua Alberto Stein, 199. Bairro da Velha - Blumenau/SC Entrada: Franca Informações: www.blumenalpetfashion.com.br | www.parquevilagermanica.com.br Twitter: @BluPetFashion
renomados profissionais do mercado para esclarecer dúvidas sobre diferentes áreas do universo pet. Entre os palestrantes confirmados estão: a consultora e gestora de produtos específicos para gatos Cecy Passos, que vai falar sobre os cuidados, estética e bem-estar dos felinos; o cinotécnico e etólogo Jorge Pereira, que abordará questões ligadas ao comportamento canino; a proprietária do Portal Turismo 4 Patas, Larissa Rios, que vai trazer informações sobre os cuidados com os animais domésticos durante viagens e passeios; e um experiente time de groomers brasileiros, formado por Fred Paschoal, Miguel Tomé, William Galharde, Clayton Muniz, Vinicius Lopes e Jonathan Skolimoski, que vai tratar de assuntos relacionados à estética animais e 49
Pet Evento Blumenau terá semana de moda dedicada aos animais Cãominhada noturna, desfile de modas, concurso de tosa artística, feira de adoção, atendimento veterinário, palestra sobre comportamento canino e saúde e bem-estar de felinos fazem parte da programação do evento, que acontece nos dias 20 e 21 de novembro de 2010
A Blumenau Pet Fashion é a primeira feira voltada para o segmento pet do estado de Santa Catarina. O evento tem uma programação com atividades voltadas tanto para a difusão de informação quanto para o entretenimento do público participante e acontece no Parque Vila Germânica de Blumenau, nos dias 20 e 21 de novembro de 2010. “A feira foi idealizada para levar ao consumidor os mais importantes lançamentos e inovações do mercado pet, visando promover entretenimento e um convívio cada vez mais harmonioso com o animal de estimação”, diz o organizador e idealizador do evento, Flávio de Oliveira, da Paraíso Pet Shop.
O evento pretende atrair um público estimado de 15 mil pessoas. Além de ser voltado para o cuidado, bem-estar e qualidade de vida do animal de estimação, contará com um espaço reservado aos negócios, no qual os donos de pet shops poderão ver de perto as inovações em serviços e produtos para animais de estimação que devem figurar no mercado dentro dos próximos meses. A feira terá 27 stands de empresas de todo o território nacional, abrangendo os segmentos de nutrição, estética, saúde, lazer, cuidados e comportamento, todos voltados para os animais de companhia. Entre as marcas confirmadas estão a Dal Pet e Ridelf –
patrocinadores oficiais – Centagro, Merial, Organnact, Royal Canin, Pet Passion, Pet Society, Ridelf, Paraíso Pet Shop, Cadelin (Espanha), Pro Plan, Mundo Animal, Pet Line, Farmina Pet Food, Canil Vitória, Pet In Bag, Lionel Falcon. Atualmente, o mercado de animais de estimação movimenta mais de R$ 9 bilhões por ano de acordo com a Anfal Pet (Associação Nacional dos Fabricantes de Alimentos para Pets). Estima-se que o Brasil tenha uma população de 33 milhões de cães, 17 milhões de gatos de mais de 26 milhões de outros pets. A ideia de fazer o evento surgiu há cinco anos, conforme explica o idealizador. “Estava lendo uma reportagem sobre o São Paulo Fashion Week e naquela época comecei a pensar como poderia trazer isso para o ramo pet. O
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projeto passou por diversas alterações até chegar à configuração ideal, em busca de oferecer algo diferenciado dos eventos existentes no cenário nacional, para uma região até então inexplorada”, afirma Flávio.
A programação traz entretenimento e tendências para o mundo animal Um desfile com as tendências e inovações do mundo fashion para os animais de estimação é a atração mais esperada do evento e está marcada para acontecer nos dois dias. A moda Primavera/Verão será destaque entre as grifes confirmadas, entre elas Pet In Bag, Ridelf, uma novidade internacional em roupas e acessórios – a marca Cadelin da Espanha - e outras que ainda serão confirmadas. Parte da verba arrecadada com a entrada dos desfiles será revertida para as ONGs participantes do evento. As tendências em roupas, acessórios e estética serão clicadas pelo mais famoso retratista de pets do Brasil, o fotógrafo Lionel Falcon, que terá estúdio fotográfico e produzirá books dos pets dos visitantes interessados. A tradicional Cãominhada de Blumenau – organizada em parceria com o próprio Parque Vila Germânica – chega em sua décima edição propondo um passeio noturno no dia 20, às 18h, com saída do centro de eventos Parque Vila Germânica. O
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público estimado para a cãominhada é de 6.000 pessoas e 1.300 cães. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no site do evento. Os primeiros a se cadastrarem ganham uma camiseta personalizada da Cãominhada e todos concorrem a brindes. Haverá também a primeira edição do Gold Groom, um Concurso Nacional de Tosa organizado pelo grommer Fred Paschoal, vencedor do reality show “Estilo Animal” do programa TV Animal - SBT. Os melhores tosadores do Brasil e suas criações irão concorrer as etapas junior e profissional no dia 21, às 16h – inscrições no site do evento.
Educação e Responsabilidade Social em benefício aos animais dedoestimação O Simpósio Blumenau Pet Fashion traz
técnicas para banho e tosa. A parte sócio-responsável do evento fica por conta do Espaço Cão Terapia, que tem como objetivo mostrar o trabalho de Atividade, Educação e Terapia Assistida por Animais (A/E/TAA) realizado pelo Instituto Cão Amigo & CIA, ONG que trabalha desde 2003 levando animais a asilos, escolas especiais, lares para crianças e escolas regulares em Curitiba e Florianópolis. O público também poderá ver de perto o trabalho de treinamento de cão-guia para cegos, realizado pelo Instituto Cão Guia Brasil. Haverá ainda uma feira de adoção, realizada em parceria com a APRABLU (Associação Protetora dos Animais de Blumenau).
SERVIÇO: Blumenau Pet Fashion Data: 20 e 21 de novembro de 2010 Horário: Sábado das 10:00 as 21:00 e Domingo das 10:00 as 20:00. Local: Parque Vila Germânica - Setor 3 (Pavilhão da Oktoberfest). Endereço: Rua Alberto Stein, 199. Bairro da Velha - Blumenau/SC Entrada: Franca Informações: www.blumenalpetfashion.com.br | www.parquevilagermanica.com.br Twitter: @BluPetFashion
renomados profissionais do mercado para esclarecer dúvidas sobre diferentes áreas do universo pet. Entre os palestrantes confirmados estão: a consultora e gestora de produtos específicos para gatos Cecy Passos, que vai falar sobre os cuidados, estética e bem-estar dos felinos; o cinotécnico e etólogo Jorge Pereira, que abordará questões ligadas ao comportamento canino; a proprietária do Portal Turismo 4 Patas, Larissa Rios, que vai trazer informações sobre os cuidados com os animais domésticos durante viagens e passeios; e um experiente time de groomers brasileiros, formado por Fred Paschoal, Miguel Tomé, William Galharde, Clayton Muniz, Vinicius Lopes e Jonathan Skolimoski, que vai tratar de assuntos relacionados à estética animais e 49
Pet Evento Blumenau terá semana de moda dedicada aos animais Cãominhada noturna, desfile de modas, concurso de tosa artística, feira de adoção, atendimento veterinário, palestra sobre comportamento canino e saúde e bem-estar de felinos fazem parte da programação do evento, que acontece nos dias 20 e 21 de novembro de 2010
A Blumenau Pet Fashion é a primeira feira voltada para o segmento pet do estado de Santa Catarina. O evento tem uma programação com atividades voltadas tanto para a difusão de informação quanto para o entretenimento do público participante e acontece no Parque Vila Germânica de Blumenau, nos dias 20 e 21 de novembro de 2010. “A feira foi idealizada para levar ao consumidor os mais importantes lançamentos e inovações do mercado pet, visando promover entretenimento e um convívio cada vez mais harmonioso com o animal de estimação”, diz o organizador e idealizador do evento, Flávio de Oliveira, da Paraíso Pet Shop.
O evento pretende atrair um público estimado de 15 mil pessoas. Além de ser voltado para o cuidado, bem-estar e qualidade de vida do animal de estimação, contará com um espaço reservado aos negócios, no qual os donos de pet shops poderão ver de perto as inovações em serviços e produtos para animais de estimação que devem figurar no mercado dentro dos próximos meses. A feira terá 27 stands de empresas de todo o território nacional, abrangendo os segmentos de nutrição, estética, saúde, lazer, cuidados e comportamento, todos voltados para os animais de companhia. Entre as marcas confirmadas estão a Dal Pet e Ridelf –
patrocinadores oficiais – Centagro, Merial, Organnact, Royal Canin, Pet Passion, Pet Society, Ridelf, Paraíso Pet Shop, Cadelin ( Espanha ), Pro Plan, Mundo Animal, Pet Line, Farmina Pet Food, Canil Vitória, Pet In Bag, Lionel Falcon. Atualmente, o mercado de animais de estimação movimenta mais de R$ 9 bilhões por ano de acordo com a Anfal Pet (Associação Nacional dos Fabricantes de Alimentos para Pets). Estima-se que o Brasil tenha uma população de 33 milhões de cães, 17 milhões de gatos de mais de 26 milhões de outros pets. A ideia de fazer o evento surgiu há cinco anos, conforme explica o idealizador. “Estava lendo uma reportagem sobre o São Paulo Fashion Week e naquela época comecei a pensar como poderia trazer isso para o ramo pet. O
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projeto passou por diversas alterações até chegar à configuração ideal, em busca de oferecer algo diferenciado dos eventos existentes no cenário nacional, para uma região até então inexplorada”, afirma Flávio.
A programação traz entretenimento e tendências para o mundo animal Um desfile com as tendências e inovações do mundo fashion para os animais de estimação é a atração mais esperada do evento e está marcada para acontecer nos dois dias. A moda Primavera/Verão será destaque entre as grifes confirmadas, entre elas Pet In Bag, Ridelf, uma novidade internacional em roupas e acessórios – a marca Cadelin da Espanha - e outras que ainda serão confirmadas. Parte da verba arrecadada com a entrada dos desfiles será revertida para as ONGs participantes do evento. As tendências em roupas, acessórios e estética serão clicadas pelo mais famoso retratista de pets do Brasil, o fotógrafo Lionel Falcon, que terá estúdio fotográfico e produzirá books dos pets dos visitantes interessados. A tradicional Cãominhada de Blumenau – organizada em parceria com o próprio Parque Vila Germânica – chega em sua décima edição propondo um passeio noturno no dia 20, às 18h, com saída do centro de eventos Parque Vila Germânica. O
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público estimado para a cãominhada é de 6.000 pessoas e 1.300 cães. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no site do evento. Os primeiros a se cadastrarem ganham uma camiseta personalizada da Cãominhada e todos concorrem a brindes. Haverá também a primeira edição do Gold Groom, um Concurso Nacional de Tosa organizado pelo grommer Fred Paschoal, vencedor do reality show “Estilo Animal” do programa TV Animal - SBT. Os melhores tosadores do Brasil e suas criações irão concorrer as etapas junior e profissional no dia 21, às 16h – inscrições no site do evento.
Educação e Responsabilidade Social em benefício aos animais dedoestimação O Simpósio Blumenau Pet Fashion traz
técnicas para banho e tosa. A parte sócio-responsável do evento fica por conta do Espaço Cão Terapia, que tem como objetivo mostrar o trabalho de Atividade, Educação e Terapia Assistida por Animais (A/E/TAA) realizado pelo Instituto Cão Amigo & CIA, ONG que trabalha desde 2003 levando animais a asilos, escolas especiais, lares para crianças e escolas regulares em Curitiba e Florianópolis. O público também poderá ver de perto o trabalho de treinamento de cão-guia para cegos, realizado pelo Instituto Cão Guia Brasil. Haverá ainda uma feira de adoção, realizada em parceria com a APRABLU (Associação Protetora dos Animais de Blumenau).
SERVIÇO: Blumenau Pet Fashion Data: 20 e 21 de novembro de 2010 Horário: Sábado das 10:00 as 21:00 e Domingo das 10:00 as 20:00. Local: Parque Vila Germânica - Setor 3 (Pavilhão da Oktoberfest). Endereço: Rua Alberto Stein, 199. Bairro da Velha - Blumenau/SC Entrada: Franca Informações: www.blumenalpetfashion.com.br | www.parquevilagermanica.com.br Twitter: @BluPetFashion
renomados profissionais do mercado para esclarecer dúvidas sobre diferentes áreas do universo pet. Entre os palestrantes confirmados estão: a consultora e gestora de produtos específicos para gatos Cecy Passos, que vai falar sobre os cuidados, estética e bem-estar dos felinos; o cinotécnico e etólogo Jorge Pereira, que abordará questões ligadas ao comportamento canino; a proprietária do Portal Turismo 4 Patas, Larissa Rios, que vai trazer informações sobre os cuidados com os animais domésticos durante viagens e passeios; e um experiente time de groomers brasileiros, formado por Fred Paschoal, Miguel Tomé, William Galharde, Clayton Muniz, Vinicius Lopes e Jonathan Skolimoski, que vai tratar de assuntos relacionados à estética animais e 49
Pet Evento Blumenau terá semana de moda dedicada aos animais Cãominhada noturna, desfile de modas, concurso de tosa artística, feira de adoção, atendimento veterinário, palestra sobre comportamento canino e saúde e bem-estar de felinos fazem parte da programação do evento, que acontece nos dias 20 e 21 de novembro de 2010
A Blumenau Pet Fashion é a primeira feira voltada para o segmento pet do estado de Santa Catarina. O evento tem uma programação com atividades voltadas tanto para a difusão de informação quanto para o entretenimento do público participante e acontece no Parque Vila Germânica de Blumenau, nos dias 20 e 21 de novembro de 2010. “A feira foi idealizada para levar ao consumidor os mais importantes lançamentos e inovações do mercado pet, visando promover entretenimento e um convívio cada vez mais harmonioso com o animal de estimação”, diz o organizador e idealizador do evento, Flávio de Oliveira, da Paraíso Pet Shop.
O evento pretende atrair um público estimado de 15 mil pessoas. Além de ser voltado para o cuidado, bem-estar e qualidade de vida do animal de estimação, contará com um espaço reservado aos negócios, no qual os donos de pet shops poderão ver de perto as inovações em serviços e produtos para animais de estimação que devem figurar no mercado dentro dos próximos meses. A feira terá 27 stands de empresas de todo o território nacional, abrangendo os segmentos de nutrição, estética, saúde, lazer, cuidados e comportamento, todos voltados para os animais de companhia. Entre as marcas confirmadas estão a Dal Pet e Ridelf –
patrocinadores oficiais – Centagro, Merial, Organnact, Royal Canin, Pet Passion, Pet Society, Ridelf, Paraíso Pet Shop, Cadelin ( Espanha ), Pro Plan, Mundo Animal, Pet Line, Farmina Pet Food, Canil Vitória, Pet In Bag, Lionel Falcon. Atualmente, o mercado de animais de estimação movimenta mais de R$ 9 bilhões por ano de acordo com a Anfal Pet (Associação Nacional dos Fabricantes de Alimentos para Pets). Estima-se que o Brasil tenha uma população de 33 milhões de cães, 17 milhões de gatos de mais de 26 milhões de outros pets. A ideia de fazer o evento surgiu há cinco anos, conforme explica o idealizador. “Estava lendo uma reportagem sobre o São Paulo Fashion Week e naquela época comecei a pensar como poderia trazer isso para o ramo pet. O
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projeto passou por diversas alterações até chegar à configuração ideal, em busca de oferecer algo diferenciado dos eventos existentes no cenário nacional, para uma região até então inexplorada”, afirma Flávio.
A programação traz entretenimento e tendências para o mundo animal Um desfile com as tendências e inovações do mundo fashion para os animais de estimação é a atração mais esperada do evento e está marcada para acontecer nos dois dias. A moda Primavera/Verão será destaque entre as grifes confirmadas, entre elas Pet In Bag, Ridelf, uma novidade internacional em roupas e acessórios – a marca Cadelin da Espanha - e outras que ainda serão confirmadas. Parte da verba arrecadada com a entrada dos desfiles será revertida para as ONGs participantes do evento. As tendências em roupas, acessórios e estética serão clicadas pelo mais famoso retratista de pets do Brasil, o fotógrafo Lionel Falcon, que terá estúdio fotográfico e produzirá books dos pets dos visitantes interessados. A tradicional Cãominhada de Blumenau – organizada em parceria com o próprio Parque Vila Germânica – chega em sua décima edição propondo um passeio noturno no dia 20, às 18h, com saída do centro de eventos Parque Vila Germânica. O
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público estimado para a cãominhada é de 6.000 pessoas e 1.300 cães. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no site do evento. Os primeiros a se cadastrarem ganham uma camiseta personalizada da Cãominhada e todos concorrem a brindes. Haverá também a primeira edição do Gold Groom, um Concurso Nacional de Tosa organizado pelo grommer Fred Paschoal, vencedor do reality show “Estilo Animal” do programa TV Animal - SBT. Os melhores tosadores do Brasil e suas criações irão concorrer as etapas junior e profissional no dia 21, às 16h – inscrições no site do evento.
Educação e Responsabilidade Social em benefício aos animais dedoestimação O Simpósio Blumenau Pet Fashion traz
técnicas para banho e tosa. A parte sócio-responsável do evento fica por conta do Espaço Cão Terapia, que tem como objetivo mostrar o trabalho de Atividade, Educação e Terapia Assistida por Animais (A/E/TAA) realizado pelo Instituto Cão Amigo & CIA, ONG que trabalha desde 2003 levando animais a asilos, escolas especiais, lares para crianças e escolas regulares em Curitiba e Florianópolis. O público também poderá ver de perto o trabalho de treinamento de cão-guia para cegos, realizado pelo Instituto Cão Guia Brasil. Haverá ainda uma feira de adoção, realizada em parceria com a APRABLU (Associação Protetora dos Animais de Blumenau).
SERVIÇO: Blumenau Pet Fashion Data: 20 e 21 de novembro de 2010 Horário: Sábado das 10:00 as 21:00 e Domingo das 10:00 as 20:00. Local: Parque Vila Germânica - Setor 3 (Pavilhão da Oktoberfest). Endereço: Rua Alberto Stein, 199. Bairro da Velha - Blumenau/SC Entrada: Franca Informações: www.blumenalpetfashion.com.br | www.parquevilagermanica.com.br Twitter: @BluPetFashion
renomados profissionais do mercado para esclarecer dúvidas sobre diferentes áreas do universo pet. Entre os palestrantes confirmados estão: a consultora e gestora de produtos específicos para gatos Cecy Passos, que vai falar sobre os cuidados, estética e bem-estar dos felinos; o cinotécnico e etólogo Jorge Pereira, que abordará questões ligadas ao comportamento canino; a proprietária do Portal Turismo 4 Patas, Larissa Rios, que vai trazer informações sobre os cuidados com os animais domésticos durante viagens e passeios; e um experiente time de groomers brasileiros, formado por Fred Paschoal, Miguel Tomé, William Galharde, Clayton Muniz, Vinicius Lopes e Jonathan Skolimoski, que vai tratar de assuntos relacionados à estética animais e 49
Pet Curiosidade A história do Padroeiro dos Animais No dia 4 de outubro celebramos São Francisco de Assis. Você conhece a história do homem que pregou o amor a todas as criaturas?
Todo mundo sabe que São Francisco de Assis tem a sua imagem fortemente atrelada aos animais. Os protetores dos nossos amigos frequentemente citam frases ou o exemplo do homem de família nobre que abdicou de tudo em nome de uma vida simples e de caridade, para pautar suas ações em prol dos anjos de quatro patas. Mesmo que você não acredite em São Francisco, não há como negar que sua história de desprendimento material e amor a todas as criaturas é uma bela inspiração. E como em 4 de outubro comemora-se o dia do Protetor dos Animais, resolvemos trazer para vocês um pouco da história do homem que é a imagem da compaixão com todos os bichos. Giovanni di Pietro di Bernardone, mais conhecido como São Francisco de Assis (Assis, 5 de julho 1182 — 3 de outubro de 1226), foi um frade católico da Itália. Depois de uma juventude irrequieta e mundana, voltou-se para uma vida religiosa de completa pobreza, fundando a ordem mendicante dos Frades Menores, mais conhecidos como Franciscanos, que renovaram o Catolicismo de seu
tempo. Com o hábito da pregação itinerante, quando os religiosos de seu tempo estavam mais ligados aos mosteiros rurais, e com sua crença de que o Evan-
gelho devia ser seguido à risca, imitando-se a vida de Cristo, desenvolveu uma profunda identificação com os problemas de seus semelhantes e com a humanidade do próprio Cristo. Sua atitude foi original também quando afirmou a bondade e a maravilha da Criação, quando se dedicou aos mais pobres dos pobres, e quando amou todas as criaturas chamando-as de irmãos. Alguns estudiosos afirmam que sua visão positiva da natureza e do homem, que impregnou a imaginação de toda a sociedade de sua época, foi uma das forças primeiras que levaram à formação da filosofia da Renascença.
A proximidade de Francisco com a natureza sempre foi a faceta mais conhecida deste santo. Seu amor universalista abrangia toda a Criação, e simbolizava pra muitos um retorno a um estado de inocência, como Adão e Eva no Jardim do
Éden. Entretanto, esta não foi uma
característica apenas de Francisco, havendo casos semelhantes de santos Casa onde nasceu São Francisco de Assis na Itália
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nheiros: "aguarde por mim enquanto eu vou pregar aos meus irmãos pássaros". Os pássaros o cercaram, atraídos por sua voz, e nenhum deles voou. Francisco falou a eles: "Meus irmãos pássaros, vocês devem muito a Deus, por isso devem sempre e em todo lugar dar seu louvor a Ele; porque Ele lhe deu liberdade para voar pelo céu e Ele o vestiu. Vocês nem semeiam nem colhem, e Deus os alimenta e lhes dá rios e fontes para sua sede, montanhas e vales para abrigo e árvores altas para seus ninhos. E embora vocês nem saibam como tecer, Deus os veste e a suas crianças, pois o Criador os ama grandemente e o abençoa abundantemente. Então, sempre busquem louvar a Deus." Outra lenda do Fioretti nos fala que na cidade de Gubbio, onde Francisco viveu durante algum tempo, havia um lobo "terrível e feroz, que devorava homens e animais". Francisco teve compaixão pela população local e foi para as colinas achar o lobo. Logo, o medo do animal fez todos os seus companheiros fugirem, mas Francisco continuou e, quando achou o lobo, fez o sinal da cruz e ordenou ao animal para vir até ele e não ferir ninguém. Milagrosamente, o lobo fechou suas mandíbulas e se colocou aos pés de Francisco. "Irmão lobo, você prejudica a muitos nestas paragens e faz um grande mal" disse Francisco. "Todas estas pessoas o acusam e o amaldiçoam. Mas, irmão lobo, eu gostaria de fazer a paz
entre você e essas pessoas". Então Francisco conduziu o lobo para a cidade e, cercado pelos cidadãos assustados, fez um pacto entre eles e o lobo. Porque o lobo tinha "feito o mal pela fome", a obrigação da população era alimentar o lobo regularmente e, em retorno, o lobo já não os atacaria ou aos rebanhos deles. Desta maneira Gubbio ficou livre da ameaça do predador. Também se conta que, quando Francisco agradeceu ao seu burrinho por tê-lo carregado e ajudado durante a vida, o burrinho chorou.
Anos finais e morte Seus anos finais foram passados em tranquilidade interior, quando segundo seus biógrafos primitivos seu amor e compaixão por todas as criaturas fluíam abundantes, ao mesmo tempo em que ele experimentava repetidas visões e êxtases místicos, fazia outros milagres, continuava a percorrer a região em pregações, e multidões acorriam para vê-lo e tocá-lo. Enquanto rezava no Monte La Verna, em 1224, durante um jejum na quaresma, Francisco teve a visão de um Seraph, um anjo de seis asas numa cruz. Este anjo deu a ele um "presente": as cinco chagas de Cristo (relativas às marcas feitas pelos pregos na cruz). Foi o primeiro caso de stigmata (estigma) registrado na história. Entretanto, Fran-
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Na atualidade O legado de São Francisco de Assis é o amor a todas às criaturas e a prática da paciência e da humildade em nosso dia a dia. Por fim, o outro aspecto importante a ser analisado no seu misticismo é sua intensa e amorosa relação com a natu-
Reprodução/ Wikipédia
Os animais
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cisco manteve segredo e o caso só ficou conhecido dos próprios franciscanos dois anos depois, após sua morte, quando uma testemunha resolveu contar. Logo após receber as chagas, Francisco ficou muito doente, e no ano seguinte ficou cego. Sofreu muito com as formas primitivas de cirurgias e tratamentos medievais, mas foi por esta época que ele escreveu seus mais belos textos - sendo considerado por muitos o primeiro poeta italiano - deixando registrado seu amor universal em lindos versos (assim como os sufis o fazem), como o O cântico do Sol (também conhecido como "Cântico das criaturas"), escrito em companhia de sua alma gêmea, Clara, em São Damião, por volta de 1224/1225, quando já sofria muitas dores e estava quase cego. A estrofe que fala da paz foi acrescentada um mês depois, a fim de reconciliar o bispo e o prefeito de Assis, que estavam em discórdia. Francisco defendia que o povo devia poder rezar a Deus em sua própria língua, por isso ele escreveu sempre no dialeto da Umbria, ao invés de Latim.
ingleses e irlandeses. Muitas histórias com animais cercam a vida de Francisco de Assis. Elas estão contadas no Fioretti (pequenas flores, em italiano), uma coleção póstuma de contos populares sobre este santo. Certa vez ele viajava com seus irmãos e eis que viram ao lado da estrada árvores lotadas de passarinhos. Francisco disse a seus compa-
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reza, relação que o tornou modernamente em um patrono dos animais e do meio ambiente. Este aspecto é um dos que mais acusam a originalidade de sua concepção de mundo em relação ao contexto de seu tempo. Embora muitas características de seu misticismo não fossem novas, sendo encontradas nas vidas de vários espirituais anteriores, outras eram inéditas até ali - sua relação direta, pessoal e familiar com todos os elementos constituintes da Criação, sua ênfase no caráter beneficente e não neutro ou ambivalente de todas as coisas e seres do mundo natural, sua exortação literal, e não alegórica, a animais, plantas e objetos inanimados para que servissem e louvassem a Deus, sua proposta de que se criasse legislação para que o povo alimentasse as aves selvagens no inverno no mesmo espírito em que davam esmolas aos pobres, e a inclusão de animais na celebração da missa. Para Francisco toda a Criação estava intimamente interconectada, e para ele era fácil transitar de um nível espiritual para outro e apreciar os múltiplos significados que extraía de sua leitura do "livro da natureza". Eric Voegelin pensa que foi por descobrir e aceitar os mais baixos estratos da Criação como partes do mundo dotadas de significado e dignidade inerentes que ele se tornou uma das figuras mais importantes da história ocidental. informações do Wikipédia.
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Pet Curiosidade A história do Padroeiro dos Animais No dia 4 de outubro celebramos São Francisco de Assis. Você conhece a história do homem que pregou o amor a todas as criaturas?
Todo mundo sabe que São Francisco de Assis tem a sua imagem fortemente atrelada aos animais. Os protetores dos nossos amigos frequentemente citam frases ou o exemplo do homem de família nobre que abdicou de tudo em nome de uma vida simples e de caridade, para pautar suas ações em prol dos anjos de quatro patas. Mesmo que você não acredite em São Francisco, não há como negar que sua história de desprendimento material e amor a todas as criaturas é uma bela inspiração. E como em 4 de outubro comemora-se o dia do Protetor dos Animais, resolvemos trazer para vocês um pouco da história do homem que é a imagem da compaixão com todos os bichos. Giovanni di Pietro di Bernardone, mais conhecido como São Francisco de Assis (Assis, 5 de julho 1182 — 3 de outubro de 1226), foi um frade católico da Itália. Depois de uma juventude irrequieta e mundana, voltou-se para uma vida religiosa de completa pobreza, fundando a ordem mendicante dos Frades Menores, mais conhecidos como Franciscanos, que renovaram o Catolicismo de seu
tempo. Com o hábito da pregação itinerante, quando os religiosos de seu tempo estavam mais ligados aos mosteiros rurais, e com sua crença de que o Evan-
gelho devia ser seguido à risca, imitando-se a vida de Cristo, desenvolveu uma profunda identificação com os problemas de seus semelhantes e com a humanidade do próprio Cristo. Sua atitude foi original também quando afirmou a bondade e a maravilha da Criação, quando se dedicou aos mais pobres dos pobres, e quando amou todas as criaturas chamando-as de irmãos. Alguns estudiosos afirmam que sua visão positiva da natureza e do homem, que impregnou a imaginação de toda a sociedade de sua época, foi uma das forças primeiras que levaram à formação da filosofia da Renascença.
A proximidade de Francisco com a natureza sempre foi a faceta mais conhecida deste santo. Seu amor universalista abrangia toda a Criação, e simbolizava pra muitos um retorno a um estado de inocência, como Adão e Eva no Jardim do
Éden. Entretanto, esta não foi uma
característica apenas de Francisco, havendo casos semelhantes de santos Casa onde nasceu São Francisco de Assis na Itália
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nheiros: "aguarde por mim enquanto eu vou pregar aos meus irmãos pássaros". Os pássaros o cercaram, atraídos por sua voz, e nenhum deles voou. Francisco falou a eles: "Meus irmãos pássaros, vocês devem muito a Deus, por isso devem sempre e em todo lugar dar seu louvor a Ele; porque Ele lhe deu liberdade para voar pelo céu e Ele o vestiu. Vocês nem semeiam nem colhem, e Deus os alimenta e lhes dá rios e fontes para sua sede, montanhas e vales para abrigo e árvores altas para seus ninhos. E embora vocês nem saibam como tecer, Deus os veste e a suas crianças, pois o Criador os ama grandemente e o abençoa abundantemente. Então, sempre busquem louvar a Deus." Outra lenda do Fioretti nos fala que na cidade de Gubbio, onde Francisco viveu durante algum tempo, havia um lobo "terrível e feroz, que devorava homens e animais". Francisco teve compaixão pela população local e foi para as colinas achar o lobo. Logo, o medo do animal fez todos os seus companheiros fugirem, mas Francisco continuou e, quando achou o lobo, fez o sinal da cruz e ordenou ao animal para vir até ele e não ferir ninguém. Milagrosamente, o lobo fechou suas mandíbulas e se colocou aos pés de Francisco. "Irmão lobo, você prejudica a muitos nestas paragens e faz um grande mal" disse Francisco. "Todas estas pessoas o acusam e o amaldiçoam. Mas, irmão lobo, eu gostaria de fazer a paz
entre você e essas pessoas". Então Francisco conduziu o lobo para a cidade e, cercado pelos cidadãos assustados, fez um pacto entre eles e o lobo. Porque o lobo tinha "feito o mal pela fome", a obrigação da população era alimentar o lobo regularmente e, em retorno, o lobo já não os atacaria ou aos rebanhos deles. Desta maneira Gubbio ficou livre da ameaça do predador. Também se conta que, quando Francisco agradeceu ao seu burrinho por tê-lo carregado e ajudado durante a vida, o burrinho chorou.
Anos finais e morte Seus anos finais foram passados em tranquilidade interior, quando segundo seus biógrafos primitivos seu amor e compaixão por todas as criaturas fluíam abundantes, ao mesmo tempo em que ele experimentava repetidas visões e êxtases místicos, fazia outros milagres, continuava a percorrer a região em pregações, e multidões acorriam para vê-lo e tocá-lo. Enquanto rezava no Monte La Verna, em 1224, durante um jejum na quaresma, Francisco teve a visão de um Seraph, um anjo de seis asas numa cruz. Este anjo deu a ele um "presente": as cinco chagas de Cristo (relativas às marcas feitas pelos pregos na cruz). Foi o primeiro caso de stigmata (estigma) registrado na história. Entretanto, Fran-
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Na atualidade O legado de São Francisco de Assis é o amor a todas às criaturas e a prática da paciência e da humildade em nosso dia a dia. Por fim, o outro aspecto importante a ser analisado no seu misticismo é sua intensa e amorosa relação com a natu-
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ingleses e irlandeses. Muitas histórias com animais cercam a vida de Francisco de Assis. Elas estão contadas no Fioretti (pequenas flores, em italiano), uma coleção póstuma de contos populares sobre este santo. Certa vez ele viajava com seus irmãos e eis que viram ao lado da estrada árvores lotadas de passarinhos. Francisco disse a seus compa-
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reza, relação que o tornou modernamente em um patrono dos animais e do meio ambiente. Este aspecto é um dos que mais acusam a originalidade de sua concepção de mundo em relação ao contexto de seu tempo. Embora muitas características de seu misticismo não fossem novas, sendo encontradas nas vidas de vários espirituais anteriores, outras eram inéditas até ali - sua relação direta, pessoal e familiar com todos os elementos constituintes da Criação, sua ênfase no caráter beneficente e não neutro ou ambivalente de todas as coisas e seres do mundo natural, sua exortação literal, e não alegórica, a animais, plantas e objetos inanimados para que servissem e louvassem a Deus, sua proposta de que se criasse legislação para que o povo alimentasse as aves selvagens no inverno no mesmo espírito em que davam esmolas aos pobres, e a inclusão de animais na celebração da missa. Para Francisco toda a Criação estava intimamente interconectada, e para ele era fácil transitar de um nível espiritual para outro e apreciar os múltiplos significados que extraía de sua leitura do "livro da natureza". Eric Voegelin pensa que foi por descobrir e aceitar os mais baixos estratos da Criação como partes do mundo dotadas de significado e dignidade inerentes que ele se tornou uma das figuras mais importantes da história ocidental. informações do Wikipédia.
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Todo mundo sabe que São Francisco de Assis tem a sua imagem fortemente atrelada aos animais. Os protetores dos nossos amigos frequentemente citam frases ou o exemplo do homem de família nobre que abdicou de tudo em nome de uma vida simples e de caridade, para pautar suas ações em prol dos anjos de quatro patas. Mesmo que você não acredite em São Francisco, não há como negar que sua história de desprendimento material e amor a todas as criaturas é uma bela inspiração. E como em 4 de outubro comemora-se o dia do Protetor dos Animais, resolvemos trazer para vocês um pouco da história do homem que é a imagem da compaixão com todos os bichos. Giovanni di Pietro di Bernardone, mais conhecido como São Francisco de Assis (Assis, 5 de julho 1182 — 3 de outubro de 1226), foi um frade católico da Itália. Depois de uma juventude irrequieta e mundana, voltou-se para uma vida religiosa de completa pobreza, fundando a ordem mendicante dos Frades Menores, mais conhecidos como Franciscanos, que renovaram o Catolicismo de seu
tempo. Com o hábito da pregação itinerante, quando os religiosos de seu tempo estavam mais ligados aos mosteiros rurais, e com sua crença de que o Evan-
gelho devia ser seguido à risca, imitando-se a vida de Cristo, desenvolveu uma profunda identificação com os problemas de seus semelhantes e com a humanidade do próprio Cristo. Sua atitude foi original também quando afirmou a bondade e a maravilha da Criação, quando se dedicou aos mais pobres dos pobres, e quando amou todas as criaturas chamando-as de irmãos. Alguns estudiosos afirmam que sua visão positiva da natureza e do homem, que impregnou a imaginação de toda a sociedade de sua época, foi uma das forças primeiras que levaram à formação da filosofia da Renascença.
A proximidade de Francisco com a natureza sempre foi a faceta mais conhecida deste santo. Seu amor universalista abrangia toda a Criação, e simbolizava pra muitos um retorno a um estado de inocência, como Adão e Eva no Jardim do
Éden. Entretanto, esta não foi uma
característica apenas de Francisco, havendo casos semelhantes de santos Casa onde nasceu São Francisco de Assis na Itália
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nheiros: "aguarde por mim enquanto eu vou pregar aos meus irmãos pássaros". Os pássaros o cercaram, atraídos por sua voz, e nenhum deles voou. Francisco falou a eles: "Meus irmãos pássaros, vocês devem muito a Deus, por isso devem sempre e em todo lugar dar seu louvor a Ele; porque Ele lhe deu liberdade para voar pelo céu e Ele o vestiu. Vocês nem semeiam nem colhem, e Deus os alimenta e lhes dá rios e fontes para sua sede, montanhas e vales para abrigo e árvores altas para seus ninhos. E embora vocês nem saibam como tecer, Deus os veste e a suas crianças, pois o Criador os ama grandemente e o abençoa abundantemente. Então, sempre busquem louvar a Deus." Outra lenda do Fioretti nos fala que na cidade de Gubbio, onde Francisco viveu durante algum tempo, havia um lobo "terrível e feroz, que devorava homens e animais". Francisco teve compaixão pela população local e foi para as colinas achar o lobo. Logo, o medo do animal fez todos os seus companheiros fugirem, mas Francisco continuou e, quando achou o lobo, fez o sinal da cruz e ordenou ao animal para vir até ele e não ferir ninguém. Milagrosamente, o lobo fechou suas mandíbulas e se colocou aos pés de Francisco. "Irmão lobo, você prejudica a muitos nestas paragens e faz um grande mal" disse Francisco. "Todas estas pessoas o acusam e o amaldiçoam. Mas, irmão lobo, eu gostaria de fazer a paz
entre você e essas pessoas". Então Francisco conduziu o lobo para a cidade e, cercado pelos cidadãos assustados, fez um pacto entre eles e o lobo. Porque o lobo tinha "feito o mal pela fome", a obrigação da população era alimentar o lobo regularmente e, em retorno, o lobo já não os atacaria ou aos rebanhos deles. Desta maneira Gubbio ficou livre da ameaça do predador. Também se conta que, quando Francisco agradeceu ao seu burrinho por tê-lo carregado e ajudado durante a vida, o burrinho chorou.
Anos finais e morte Seus anos finais foram passados em tranquilidade interior, quando segundo seus biógrafos primitivos seu amor e compaixão por todas as criaturas fluíam abundantes, ao mesmo tempo em que ele experimentava repetidas visões e êxtases místicos, fazia outros milagres, continuava a percorrer a região em pregações, e multidões acorriam para vê-lo e tocá-lo. Enquanto rezava no Monte La Verna, em 1224, durante um jejum na quaresma, Francisco teve a visão de um Seraph, um anjo de seis asas numa cruz. Este anjo deu a ele um "presente": as cinco chagas de Cristo (relativas às marcas feitas pelos pregos na cruz). Foi o primeiro caso de stigmata (estigma) registrado na história. Entretanto, Fran-
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Na atualidade O legado de São Francisco de Assis é o amor a todas às criaturas e a prática da paciência e da humildade em nosso dia a dia. Por fim, o outro aspecto importante a ser analisado no seu misticismo é sua intensa e amorosa relação com a natu-
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Os animais
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cisco manteve segredo e o caso só ficou conhecido dos próprios franciscanos dois anos depois, após sua morte, quando uma testemunha resolveu contar. Logo após receber as chagas, Francisco ficou muito doente, e no ano seguinte ficou cego. Sofreu muito com as formas primitivas de cirurgias e tratamentos medievais, mas foi por esta época que ele escreveu seus mais belos textos - sendo considerado por muitos o primeiro poeta italiano - deixando registrado seu amor universal em lindos versos (assim como os sufis o fazem), como o O cântico do Sol (também conhecido como "Cântico das criaturas"), escrito em companhia de sua alma gêmea, Clara, em São Damião, por volta de 1224/1225, quando já sofria muitas dores e estava quase cego. A estrofe que fala da paz foi acrescentada um mês depois, a fim de reconciliar o bispo e o prefeito de Assis, que estavam em discórdia. Francisco defendia que o povo devia poder rezar a Deus em sua própria língua, por isso ele escreveu sempre no dialeto da Umbria, ao invés de Latim.
ingleses e irlandeses. Muitas histórias com animais cercam a vida de Francisco de Assis. Elas estão contadas no Fioretti (pequenas flores, em italiano), uma coleção póstuma de contos populares sobre este santo. Certa vez ele viajava com seus irmãos e eis que viram ao lado da estrada árvores lotadas de passarinhos. Francisco disse a seus compa-
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reza, relação que o tornou modernamente em um patrono dos animais e do meio ambiente. Este aspecto é um dos que mais acusam a originalidade de sua concepção de mundo em relação ao contexto de seu tempo. Embora muitas características de seu misticismo não fossem novas, sendo encontradas nas vidas de vários espirituais anteriores, outras eram inéditas até ali - sua relação direta, pessoal e familiar com todos os elementos constituintes da Criação, sua ênfase no caráter beneficente e não neutro ou ambivalente de todas as coisas e seres do mundo natural, sua exortação literal, e não alegórica, a animais, plantas e objetos inanimados para que servissem e louvassem a Deus, sua proposta de que se criasse legislação para que o povo alimentasse as aves selvagens no inverno no mesmo espírito em que davam esmolas aos pobres, e a inclusão de animais na celebração da missa. Para Francisco toda a Criação estava intimamente interconectada, e para ele era fácil transitar de um nível espiritual para outro e apreciar os múltiplos significados que extraía de sua leitura do "livro da natureza". Eric Voegelin pensa que foi por descobrir e aceitar os mais baixos estratos da Criação como partes do mundo dotadas de significado e dignidade inerentes que ele se tornou uma das figuras mais importantes da história ocidental. informações do Wikipédia.
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Pet Curiosidade A história do Padroeiro dos Animais No dia 4 de outubro celebramos São Francisco de Assis. Você conhece a história do homem que pregou o amor a todas as criaturas?
Todo mundo sabe que São Francisco de Assis tem a sua imagem fortemente atrelada aos animais. Os protetores dos nossos amigos frequentemente citam frases ou o exemplo do homem de família nobre que abdicou de tudo em nome de uma vida simples e de caridade, para pautar suas ações em prol dos anjos de quatro patas. Mesmo que você não acredite em São Francisco, não há como negar que sua história de desprendimento material e amor a todas as criaturas é uma bela inspiração. E como em 4 de outubro comemora-se o dia do Protetor dos Animais, resolvemos trazer para vocês um pouco da história do homem que é a imagem da compaixão com todos os bichos. Giovanni di Pietro di Bernardone, mais conhecido como São Francisco de Assis (Assis, 5 de julho 1182 — 3 de outubro de 1226), foi um frade católico da Itália. Depois de uma juventude irrequieta e mundana, voltou-se para uma vida religiosa de completa pobreza, fundando a ordem mendicante dos Frades Menores, mais conhecidos como Franciscanos, que renovaram o Catolicismo de seu
tempo. Com o hábito da pregação itinerante, quando os religiosos de seu tempo estavam mais ligados aos mosteiros rurais, e com sua crença de que o Evan-
gelho devia ser seguido à risca, imitando-se a vida de Cristo, desenvolveu uma profunda identificação com os problemas de seus semelhantes e com a humanidade do próprio Cristo. Sua atitude foi original também quando afirmou a bondade e a maravilha da Criação, quando se dedicou aos mais pobres dos pobres, e quando amou todas as criaturas chamando-as de irmãos. Alguns estudiosos afirmam que sua visão positiva da natureza e do homem, que impregnou a imaginação de toda a sociedade de sua época, foi uma das forças primeiras que levaram à formação da filosofia da Renascença.
A proximidade de Francisco com a natureza sempre foi a faceta mais conhecida deste santo. Seu amor universalista abrangia toda a Criação, e simbolizava pra muitos um retorno a um estado de inocência, como Adão e Eva no Jardim do
Éden. Entretanto, esta não foi uma
característica apenas de Francisco, havendo casos semelhantes de santos Casa onde nasceu São Francisco de Assis na Itália
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nheiros: "aguarde por mim enquanto eu vou pregar aos meus irmãos pássaros". Os pássaros o cercaram, atraídos por sua voz, e nenhum deles voou. Francisco falou a eles: "Meus irmãos pássaros, vocês devem muito a Deus, por isso devem sempre e em todo lugar dar seu louvor a Ele; porque Ele lhe deu liberdade para voar pelo céu e Ele o vestiu. Vocês nem semeiam nem colhem, e Deus os alimenta e lhes dá rios e fontes para sua sede, montanhas e vales para abrigo e árvores altas para seus ninhos. E embora vocês nem saibam como tecer, Deus os veste e a suas crianças, pois o Criador os ama grandemente e o abençoa abundantemente. Então, sempre busquem louvar a Deus." Outra lenda do Fioretti nos fala que na cidade de Gubbio, onde Francisco viveu durante algum tempo, havia um lobo "terrível e feroz, que devorava homens e animais". Francisco teve compaixão pela população local e foi para as colinas achar o lobo. Logo, o medo do animal fez todos os seus companheiros fugirem, mas Francisco continuou e, quando achou o lobo, fez o sinal da cruz e ordenou ao animal para vir até ele e não ferir ninguém. Milagrosamente, o lobo fechou suas mandíbulas e se colocou aos pés de Francisco. "Irmão lobo, você prejudica a muitos nestas paragens e faz um grande mal" disse Francisco. "Todas estas pessoas o acusam e o amaldiçoam. Mas, irmão lobo, eu gostaria de fazer a paz
entre você e essas pessoas". Então Francisco conduziu o lobo para a cidade e, cercado pelos cidadãos assustados, fez um pacto entre eles e o lobo. Porque o lobo tinha "feito o mal pela fome", a obrigação da população era alimentar o lobo regularmente e, em retorno, o lobo já não os atacaria ou aos rebanhos deles. Desta maneira Gubbio ficou livre da ameaça do predador. Também se conta que, quando Francisco agradeceu ao seu burrinho por tê-lo carregado e ajudado durante a vida, o burrinho chorou.
Anos finais e morte Seus anos finais foram passados em tranquilidade interior, quando segundo seus biógrafos primitivos seu amor e compaixão por todas as criaturas fluíam abundantes, ao mesmo tempo em que ele experimentava repetidas visões e êxtases místicos, fazia outros milagres, continuava a percorrer a região em pregações, e multidões acorriam para vê-lo e tocá-lo. Enquanto rezava no Monte La Verna, em 1224, durante um jejum na quaresma, Francisco teve a visão de um Seraph, um anjo de seis asas numa cruz. Este anjo deu a ele um "presente": as cinco chagas de Cristo (relativas às marcas feitas pelos pregos na cruz). Foi o primeiro caso de stigmata (estigma) registrado na história. Entretanto, Fran-
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Na atualidade O legado de São Francisco de Assis é o amor a todas às criaturas e a prática da paciência e da humildade em nosso dia a dia. Por fim, o outro aspecto importante a ser analisado no seu misticismo é sua intensa e amorosa relação com a natu-
Reprodução/ Wikipédia
Os animais
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cisco manteve segredo e o caso só ficou conhecido dos próprios franciscanos dois anos depois, após sua morte, quando uma testemunha resolveu contar. Logo após receber as chagas, Francisco ficou muito doente, e no ano seguinte ficou cego. Sofreu muito com as formas primitivas de cirurgias e tratamentos medievais, mas foi por esta época que ele escreveu seus mais belos textos - sendo considerado por muitos o primeiro poeta italiano - deixando registrado seu amor universal em lindos versos (assim como os sufis o fazem), como o O cântico do Sol (também conhecido como "Cântico das criaturas"), escrito em companhia de sua alma gêmea, Clara, em São Damião, por volta de 1224/1225, quando já sofria muitas dores e estava quase cego. A estrofe que fala da paz foi acrescentada um mês depois, a fim de reconciliar o bispo e o prefeito de Assis, que estavam em discórdia. Francisco defendia que o povo devia poder rezar a Deus em sua própria língua, por isso ele escreveu sempre no dialeto da Umbria, ao invés de Latim.
ingleses e irlandeses. Muitas histórias com animais cercam a vida de Francisco de Assis. Elas estão contadas no Fioretti (pequenas flores, em italiano), uma coleção póstuma de contos populares sobre este santo. Certa vez ele viajava com seus irmãos e eis que viram ao lado da estrada árvores lotadas de passarinhos. Francisco disse a seus compa-
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reza, relação que o tornou modernamente em um patrono dos animais e do meio ambiente. Este aspecto é um dos que mais acusam a originalidade de sua concepção de mundo em relação ao contexto de seu tempo. Embora muitas características de seu misticismo não fossem novas, sendo encontradas nas vidas de vários espirituais anteriores, outras eram inéditas até ali - sua relação direta, pessoal e familiar com todos os elementos constituintes da Criação, sua ênfase no caráter beneficente e não neutro ou ambivalente de todas as coisas e seres do mundo natural, sua exortação literal, e não alegórica, a animais, plantas e objetos inanimados para que servissem e louvassem a Deus, sua proposta de que se criasse legislação para que o povo alimentasse as aves selvagens no inverno no mesmo espírito em que davam esmolas aos pobres, e a inclusão de animais na celebração da missa. Para Francisco toda a Criação estava intimamente interconectada, e para ele era fácil transitar de um nível espiritual para outro e apreciar os múltiplos significados que extraía de sua leitura do "livro da natureza". Eric Voegelin pensa que foi por descobrir e aceitar os mais baixos estratos da Criação como partes do mundo dotadas de significado e dignidade inerentes que ele se tornou uma das figuras mais importantes da história ocidental. informações do Wikipédia.
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Pet Curiosidade A história do Padroeiro dos Animais No dia 4 de outubro celebramos São Francisco de Assis. Você conhece a história do homem que pregou o amor a todas as criaturas?
Todo mundo sabe que São Francisco de Assis tem a sua imagem fortemente atrelada aos animais. Os protetores dos nossos amigos frequentemente citam frases ou o exemplo do homem de família nobre que abdicou de tudo em nome de uma vida simples e de caridade, para pautar suas ações em prol dos anjos de quatro patas. Mesmo que você não acredite em São Francisco, não há como negar que sua história de desprendimento material e amor a todas as criaturas é uma bela inspiração. E como em 4 de outubro comemora-se o dia do Protetor dos Animais, resolvemos trazer para vocês um pouco da história do homem que é a imagem da compaixão com todos os bichos. Giovanni di Pietro di Bernardone, mais conhecido como São Francisco de Assis (Assis, 5 de julho 1182 — 3 de outubro de 1226), foi um frade católico da Itália. Depois de uma juventude irrequieta e mundana, voltou-se para uma vida religiosa de completa pobreza, fundando a ordem mendicante dos Frades Menores, mais conhecidos como Franciscanos, que renovaram o Catolicismo de seu
tempo. Com o hábito da pregação itinerante, quando os religiosos de seu tempo estavam mais ligados aos mosteiros rurais, e com sua crença de que o Evan-
gelho devia ser seguido à risca, imitando-se a vida de Cristo, desenvolveu uma profunda identificação com os problemas de seus semelhantes e com a humanidade do próprio Cristo. Sua atitude foi original também quando afirmou a bondade e a maravilha da Criação, quando se dedicou aos mais pobres dos pobres, e quando amou todas as criaturas chamando-as de irmãos. Alguns estudiosos afirmam que sua visão positiva da natureza e do homem, que impregnou a imaginação de toda a sociedade de sua época, foi uma das forças primeiras que levaram à formação da filosofia da Renascença.
A proximidade de Francisco com a natureza sempre foi a faceta mais conhecida deste santo. Seu amor universalista abrangia toda a Criação, e simbolizava pra muitos um retorno a um estado de inocência, como Adão e Eva no Jardim do
Éden. Entretanto, esta não foi uma
característica apenas de Francisco, havendo casos semelhantes de santos Casa onde nasceu São Francisco de Assis na Itália
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nheiros: "aguarde por mim enquanto eu vou pregar aos meus irmãos pássaros". Os pássaros o cercaram, atraídos por sua voz, e nenhum deles voou. Francisco falou a eles: "Meus irmãos pássaros, vocês devem muito a Deus, por isso devem sempre e em todo lugar dar seu louvor a Ele; porque Ele lhe deu liberdade para voar pelo céu e Ele o vestiu. Vocês nem semeiam nem colhem, e Deus os alimenta e lhes dá rios e fontes para sua sede, montanhas e vales para abrigo e árvores altas para seus ninhos. E embora vocês nem saibam como tecer, Deus os veste e a suas crianças, pois o Criador os ama grandemente e o abençoa abundantemente. Então, sempre busquem louvar a Deus." Outra lenda do Fioretti nos fala que na cidade de Gubbio, onde Francisco viveu durante algum tempo, havia um lobo "terrível e feroz, que devorava homens e animais". Francisco teve compaixão pela população local e foi para as colinas achar o lobo. Logo, o medo do animal fez todos os seus companheiros fugirem, mas Francisco continuou e, quando achou o lobo, fez o sinal da cruz e ordenou ao animal para vir até ele e não ferir ninguém. Milagrosamente, o lobo fechou suas mandíbulas e se colocou aos pés de Francisco. "Irmão lobo, você prejudica a muitos nestas paragens e faz um grande mal" disse Francisco. "Todas estas pessoas o acusam e o amaldiçoam. Mas, irmão lobo, eu gostaria de fazer a paz
entre você e essas pessoas". Então Francisco conduziu o lobo para a cidade e, cercado pelos cidadãos assustados, fez um pacto entre eles e o lobo. Porque o lobo tinha "feito o mal pela fome", a obrigação da população era alimentar o lobo regularmente e, em retorno, o lobo já não os atacaria ou aos rebanhos deles. Desta maneira Gubbio ficou livre da ameaça do predador. Também se conta que, quando Francisco agradeceu ao seu burrinho por tê-lo carregado e ajudado durante a vida, o burrinho chorou.
Anos finais e morte Seus anos finais foram passados em tranquilidade interior, quando segundo seus biógrafos primitivos seu amor e compaixão por todas as criaturas fluíam abundantes, ao mesmo tempo em que ele experimentava repetidas visões e êxtases místicos, fazia outros milagres, continuava a percorrer a região em pregações, e multidões acorriam para vê-lo e tocá-lo. Enquanto rezava no Monte La Verna, em 1224, durante um jejum na quaresma, Francisco teve a visão de um Seraph, um anjo de seis asas numa cruz. Este anjo deu a ele um "presente": as cinco chagas de Cristo (relativas às marcas feitas pelos pregos na cruz). Foi o primeiro caso de stigmata (estigma) registrado na história. Entretanto, Fran-
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Na atualidade O legado de São Francisco de Assis é o amor a todas às criaturas e a prática da paciência e da humildade em nosso dia a dia. Por fim, o outro aspecto importante a ser analisado no seu misticismo é sua intensa e amorosa relação com a natu-
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cisco manteve segredo e o caso só ficou conhecido dos próprios franciscanos dois anos depois, após sua morte, quando uma testemunha resolveu contar. Logo após receber as chagas, Francisco ficou muito doente, e no ano seguinte ficou cego. Sofreu muito com as formas primitivas de cirurgias e tratamentos medievais, mas foi por esta época que ele escreveu seus mais belos textos - sendo considerado por muitos o primeiro poeta italiano - deixando registrado seu amor universal em lindos versos (assim como os sufis o fazem), como o O cântico do Sol (também conhecido como "Cântico das criaturas"), escrito em companhia de sua alma gêmea, Clara, em São Damião, por volta de 1224/1225, quando já sofria muitas dores e estava quase cego. A estrofe que fala da paz foi acrescentada um mês depois, a fim de reconciliar o bispo e o prefeito de Assis, que estavam em discórdia. Francisco defendia que o povo devia poder rezar a Deus em sua própria língua, por isso ele escreveu sempre no dialeto da Umbria, ao invés de Latim.
ingleses e irlandeses. Muitas histórias com animais cercam a vida de Francisco de Assis. Elas estão contadas no Fioretti (pequenas flores, em italiano), uma coleção póstuma de contos populares sobre este santo. Certa vez ele viajava com seus irmãos e eis que viram ao lado da estrada árvores lotadas de passarinhos. Francisco disse a seus compa-
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reza, relação que o tornou modernamente em um patrono dos animais e do meio ambiente. Este aspecto é um dos que mais acusam a originalidade de sua concepção de mundo em relação ao contexto de seu tempo. Embora muitas características de seu misticismo não fossem novas, sendo encontradas nas vidas de vários espirituais anteriores, outras eram inéditas até ali - sua relação direta, pessoal e familiar com todos os elementos constituintes da Criação, sua ênfase no caráter beneficente e não neutro ou ambivalente de todas as coisas e seres do mundo natural, sua exortação literal, e não alegórica, a animais, plantas e objetos inanimados para que servissem e louvassem a Deus, sua proposta de que se criasse legislação para que o povo alimentasse as aves selvagens no inverno no mesmo espírito em que davam esmolas aos pobres, e a inclusão de animais na celebração da missa. Para Francisco toda a Criação estava intimamente interconectada, e para ele era fácil transitar de um nível espiritual para outro e apreciar os múltiplos significados que extraía de sua leitura do "livro da natureza". Eric Voegelin pensa que foi por descobrir e aceitar os mais baixos estratos da Criação como partes do mundo dotadas de significado e dignidade inerentes que ele se tornou uma das figuras mais importantes da história ocidental. informações do Wikipédia.
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Pet Curiosidade A história do Padroeiro dos Animais No dia 4 de outubro celebramos São Francisco de Assis. Você conhece a história do homem que pregou o amor a todas as criaturas?
Todo mundo sabe que São Francisco de Assis tem a sua imagem fortemente atrelada aos animais. Os protetores dos nossos amigos frequentemente citam frases ou o exemplo do homem de família nobre que abdicou de tudo em nome de uma vida simples e de caridade, para pautar suas ações em prol dos anjos de quatro patas. Mesmo que você não acredite em São Francisco, não há como negar que sua história de desprendimento material e amor a todas as criaturas é uma bela inspiração. E como em 4 de outubro comemora-se o dia do Protetor dos Animais, resolvemos trazer para vocês um pouco da história do homem que é a imagem da compaixão com todos os bichos. Giovanni di Pietro di Bernardone, mais conhecido como São Francisco de Assis (Assis, 5 de julho 1182 — 3 de outubro de 1226), foi um frade católico da Itália. Depois de uma juventude irrequieta e mundana, voltou-se para uma vida religiosa de completa pobreza, fundando a ordem mendicante dos Frades Menores, mais conhecidos como Franciscanos, que renovaram o Catolicismo de seu
tempo. Com o hábito da pregação itinerante, quando os religiosos de seu tempo estavam mais ligados aos mosteiros rurais, e com sua crença de que o Evan-
gelho devia ser seguido à risca, imitando-se a vida de Cristo, desenvolveu uma profunda identificação com os problemas de seus semelhantes e com a humanidade do próprio Cristo. Sua atitude foi original também quando afirmou a bondade e a maravilha da Criação, quando se dedicou aos mais pobres dos pobres, e quando amou todas as criaturas chamando-as de irmãos. Alguns estudiosos afirmam que sua visão positiva da natureza e do homem, que impregnou a imaginação de toda a sociedade de sua época, foi uma das forças primeiras que levaram à formação da filosofia da Renascença.
A proximidade de Francisco com a natureza sempre foi a faceta mais conhecida deste santo. Seu amor universalista abrangia toda a Criação, e simbolizava pra muitos um retorno a um estado de inocência, como Adão e Eva no Jardim do
Éden. Entretanto, esta não foi uma
característica apenas de Francisco, havendo casos semelhantes de santos Casa onde nasceu São Francisco de Assis na Itália
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nheiros: "aguarde por mim enquanto eu vou pregar aos meus irmãos pássaros". Os pássaros o cercaram, atraídos por sua voz, e nenhum deles voou. Francisco falou a eles: "Meus irmãos pássaros, vocês devem muito a Deus, por isso devem sempre e em todo lugar dar seu louvor a Ele; porque Ele lhe deu liberdade para voar pelo céu e Ele o vestiu. Vocês nem semeiam nem colhem, e Deus os alimenta e lhes dá rios e fontes para sua sede, montanhas e vales para abrigo e árvores altas para seus ninhos. E embora vocês nem saibam como tecer, Deus os veste e a suas crianças, pois o Criador os ama grandemente e o abençoa abundantemente. Então, sempre busquem louvar a Deus." Outra lenda do Fioretti nos fala que na cidade de Gubbio, onde Francisco viveu durante algum tempo, havia um lobo "terrível e feroz, que devorava homens e animais". Francisco teve compaixão pela população local e foi para as colinas achar o lobo. Logo, o medo do animal fez todos os seus companheiros fugirem, mas Francisco continuou e, quando achou o lobo, fez o sinal da cruz e ordenou ao animal para vir até ele e não ferir ninguém. Milagrosamente, o lobo fechou suas mandíbulas e se colocou aos pés de Francisco. "Irmão lobo, você prejudica a muitos nestas paragens e faz um grande mal" disse Francisco. "Todas estas pessoas o acusam e o amaldiçoam. Mas, irmão lobo, eu gostaria de fazer a paz
entre você e essas pessoas". Então Francisco conduziu o lobo para a cidade e, cercado pelos cidadãos assustados, fez um pacto entre eles e o lobo. Porque o lobo tinha "feito o mal pela fome", a obrigação da população era alimentar o lobo regularmente e, em retorno, o lobo já não os atacaria ou aos rebanhos deles. Desta maneira Gubbio ficou livre da ameaça do predador. Também se conta que, quando Francisco agradeceu ao seu burrinho por tê-lo carregado e ajudado durante a vida, o burrinho chorou.
Anos finais e morte Seus anos finais foram passados em tranquilidade interior, quando segundo seus biógrafos primitivos seu amor e compaixão por todas as criaturas fluíam abundantes, ao mesmo tempo em que ele experimentava repetidas visões e êxtases místicos, fazia outros milagres, continuava a percorrer a região em pregações, e multidões acorriam para vê-lo e tocá-lo. Enquanto rezava no Monte La Verna, em 1224, durante um jejum na quaresma, Francisco teve a visão de um Seraph, um anjo de seis asas numa cruz. Este anjo deu a ele um "presente": as cinco chagas de Cristo (relativas às marcas feitas pelos pregos na cruz). Foi o primeiro caso de stigmata (estigma) registrado na história. Entretanto, Fran-
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Na atualidade O legado de São Francisco de Assis é o amor a todas às criaturas e a prática da paciência e da humildade em nosso dia a dia. Por fim, o outro aspecto importante a ser analisado no seu misticismo é sua intensa e amorosa relação com a natu-
Reprodução/ Wikipédia
Os animais
16 50
cisco manteve segredo e o caso só ficou conhecido dos próprios franciscanos dois anos depois, após sua morte, quando uma testemunha resolveu contar. Logo após receber as chagas, Francisco ficou muito doente, e no ano seguinte ficou cego. Sofreu muito com as formas primitivas de cirurgias e tratamentos medievais, mas foi por esta época que ele escreveu seus mais belos textos - sendo considerado por muitos o primeiro poeta italiano - deixando registrado seu amor universal em lindos versos (assim como os sufis o fazem), como o O cântico do Sol (também conhecido como "Cântico das criaturas"), escrito em companhia de sua alma gêmea, Clara, em São Damião, por volta de 1224/1225, quando já sofria muitas dores e estava quase cego. A estrofe que fala da paz foi acrescentada um mês depois, a fim de reconciliar o bispo e o prefeito de Assis, que estavam em discórdia. Francisco defendia que o povo devia poder rezar a Deus em sua própria língua, por isso ele escreveu sempre no dialeto da Umbria, ao invés de Latim.
ingleses e irlandeses. Muitas histórias com animais cercam a vida de Francisco de Assis. Elas estão contadas no Fioretti (pequenas flores, em italiano), uma coleção póstuma de contos populares sobre este santo. Certa vez ele viajava com seus irmãos e eis que viram ao lado da estrada árvores lotadas de passarinhos. Francisco disse a seus compa-
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reza, relação que o tornou modernamente em um patrono dos animais e do meio ambiente. Este aspecto é um dos que mais acusam a originalidade de sua concepção de mundo em relação ao contexto de seu tempo. Embora muitas características de seu misticismo não fossem novas, sendo encontradas nas vidas de vários espirituais anteriores, outras eram inéditas até ali - sua relação direta, pessoal e familiar com todos os elementos constituintes da Criação, sua ênfase no caráter beneficente e não neutro ou ambivalente de todas as coisas e seres do mundo natural, sua exortação literal, e não alegórica, a animais, plantas e objetos inanimados para que servissem e louvassem a Deus, sua proposta de que se criasse legislação para que o povo alimentasse as aves selvagens no inverno no mesmo espírito em que davam esmolas aos pobres, e a inclusão de animais na celebração da missa. Para Francisco toda a Criação estava intimamente interconectada, e para ele era fácil transitar de um nível espiritual para outro e apreciar os múltiplos significados que extraía de sua leitura do "livro da natureza". Eric Voegelin pensa que foi por descobrir e aceitar os mais baixos estratos da Criação como partes do mundo dotadas de significado e dignidade inerentes que ele se tornou uma das figuras mais importantes da história ocidental. informações do Wikipédia.
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Pet Dicas Cuidado com carrapatos sua proliferação no calor é acelerada Os carrapatos são indiscutivelmente um inimigo temido - nenhum de nós quer encontrar um carrapato em nossos animais de estimação ou em nós mesmos. Esses parasitas podem transmitir doenças e até mesmo causar anemia ou paralisia. Existem algumas noções básicas que todos devem saber sobre os riscos, prevenção e remoção de carrapatos. Alguns dados técnicos sobre os carrapatos • As espécies mais comuns são: Rhipicephalus sanguineus, Ixodes ricinus, Ixodes hexagonus e Dermacentor reticulatus. • Medem entre 0,35 e 1,5 centímetros • Uma fêmea adulta coloca entre 2.000 e 4.000 ovos. • Estes ovos podem sobreviver até três anos no meio ambiente. • Quando jovens têm seis patas, mas na idade adulta crescem mais duas patas. • Os carrapatos se escondem até em árvores à espera de um hospedeiro. Quando um cão se aproxima de um carrapato, o danado saltará em cima dele, caminhando por sua pelagem até chegar a seu lugar favorito, que costuma ser: • A região das orelhas; • Entre os dedos do pé; • Próximo aos olhos, nuca e pescoço.
São nesses lugares que a pele do cão é mais fina e com maior fluxo sangüíneo. Se o cão não for tratado com um produto antiparasitário é normal encontrarmos carrapatos. Não se preocupe, não tem nada a ver com a higiene do cão. Um simples passeio é suficiente para que seu cão tenha carrapatos. Não há cão no Brasil livre desses bichos. De qualquer forma, é provável que não detecte o carrapato se não procurar. Seu sucesso evolutivo está justamente no fato de passarem despercebidos. Quando picam seu cão, ele não sente, pois, antes de introduzir sua boca, parecida com um estilete, o carrapato deposita uma pequena quantidade de saliva com propriedades anestésicas. Ao picar não causará nenhuma dor. Mas ainda assim, a picada causará danos. Sobre Carrapatos Carrapatos são artrópodes parasitas que se alimentam do sangue de seus hospedeiros. Eles são atraídos pelo calor e movimento, muitas vezes buscam mamíferos incluindo cães. Carrapatos tendem a se esconder na grama alta ou planta em áreas arborizadas a espera dos anfitriões em potencial. Uma vez ele encontra uma vítima, o carrapato sobe no animal e começa a sugar seu sangue até que fique satisfeito. Pode continuar a alimentar durante várias horas ou
Riscos Embora sejam conhecidos como vetores da doença, nem todos os carrapatos a transmitem - na verdade, muitos nem sequer são portadores de doenças. No entanto, a ameaça está sempre presente onde os carrapatos estão. Por isso, os donos de animais devem ficar atentos a estes parasitas. Quanto mais cedo um carrapato é encontrado e removido, menor o risco da doença. Alguns sintomas de doença são: febre e letargia, fraqueza, inchaço das articulações e/ou anemia. Os sinais podem levar dias, semanas ou meses para aparecer. Alguns carrapatos podem causar uma condição temporária chamada "paralisia do carrapato", que se manifesta por um início gradual de dificuldade para caminhar, que evolui para paralisia.
As doenças mais comuns transmitidas por carrapatos Babesiose canina – é uma grave doença causada por um protozoário capaz de causar infecção dos glóbulos vermelhos dos cachorros e anemia grave. Erliquiose canina - é uma doença infecciosa severa que acomete os cães, causada por bactérias. Doença de Lyme - A infecção pode causar o acometimento de diversos órgãos, inclusive a pele, o sistema nervoso, o coração e as articulações. Febre maculosa - é uma doença febril aguda, de gravidade variável. Sintomas Febre (39,5 - 41,5 oC), perda de apetite e de peso, fraqueza muscular. Menos freqüentemente observam-se secreção nasal, perda total do apetite, depressão, sangramentos pela pele, nariz e urina, vômitos, dificuldade respiratória ou ainda edema nos membros. Pode ser assintomática, podendo ocorrer algumas complicações tais como depressão, hemorragias, edema de membros, perda de apetite e palidez de mucosas.
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Em casos graves, há o comprometimento do sistema imunológico, apresentando sintomas secundários como: pneumonias, diarréias, problemas de pele dentre outras. O animal pode também apresentar sangramentos crônicos devido ao baixo número de plaquetas (células responsáveis pela coagulação do sangue), ou cansaço e apatia devidos à anemia. Remoção dos carrapatos Em primeiro lugar, arrancar o carrapato é contra indicado. O máximo que fazemos é eliminar parte do corpo, sendo que o resto fica ainda aderido ao cão, podendo provocar infecções. O ideal é aplicar umas gotas de vaselina ou parafina ao redor, esfregá-lo um momento até que amacie um pouco a pele e depois tentar retirá-lo suavemente. Depois podemos nos desfazer do carrapato colocando-o no álcool para que não escapem os ovos e morram. É importante lavar as mãos depois de manipulá-los. Corra as mãos por todo o corpo de seu animal, dando atenção especial para o pescoço, orelhas, pregas cutâneas e outras fendas. Dependendo da espécie e fase da vida, uma marca pode ser tão pequena como uma ponta de lápis ou tão grande quanto um grão de feijão. Se você mora em uma área onde os carrapatos são prevalentes, ou o seu
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dias, dependendo do tipo de carrapato. Em cães, os carrapatos, muitas vezes se unem em fendas e / ou áreas com pouco ou nenhum pelo - normalmente em torno das orelhas, nos interiores das pernas, entre os dedos, e dentro de dobras cutâneas. A maioria das espécies de carrapatos passa por quatro fases da vida - ovos, larvas, ninfas e adultos.
cão passa muito tempo na grama alta ou em áreas arborizadas, você deve verificar se há carrapatos uma vez ou duas vezes por dia. Se você encontrar um carrapato preso, remova-o imediatamente. Use uma pinça ou uma ferramenta de remoção para agarrar o carrapato no ponto de fixação. Isto deve ser feito o mais próximo da pele possível. Após a remoção de carrapatos, limpe a pele do seu cão na área da picada com água e sabão neutro. Prevenção Uma das maneiras mais eficazes para manter os carrapatos fora de seu cão é para aplicar diretamente um produto de prevenção carrapato para seu animal de estimação. Como não existe uma vacina que previna qualquer uma das doenças causadas por carrapatos, a prevenção é realizada através do tratamento dos animais doentes e do controle do vetor da doença: carrapato. Existem hoje no mercado diversos tipos de produtos, estes devem ser aplicados 1x/mês ou a cada 15 dias, varia conforme o local onde o animal mora e a época do ano, pois o verão é a época de infestação desses parasitas externos.
Fonte: Dra. Adriane Heiko Tomimassu CRMV-SP 15.693 Médica Veterinária especialista em cirurgia de pequenos animais Proprietária do Centro Veterinário Pacaembu www.centroveterinariopacaembu.com.br
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Pet Dicas Cuidado com carrapatos sua proliferação no calor é acelerada Os carrapatos são indiscutivelmente um inimigo temido - nenhum de nós quer encontrar um carrapato em nossos animais de estimação ou em nós mesmos. Esses parasitas podem transmitir doenças e até mesmo causar anemia ou paralisia. Existem algumas noções básicas que todos devem saber sobre os riscos, prevenção e remoção de carrapatos. Alguns dados técnicos sobre os carrapatos • As espécies mais comuns são: Rhipicephalus sanguineus, Ixodes ricinus, Ixodes hexagonus e Dermacentor reticulatus. • Medem entre 0,35 e 1,5 centímetros • Uma fêmea adulta coloca entre 2.000 e 4.000 ovos. • Estes ovos podem sobreviver até três anos no meio ambiente. • Quando jovens têm seis patas, mas na idade adulta crescem mais duas patas. • Os carrapatos se escondem até em árvores à espera de um hospedeiro. Quando um cão se aproxima de um carrapato, o danado saltará em cima dele, caminhando por sua pelagem até chegar a seu lugar favorito, que costuma ser: • A região das orelhas; • Entre os dedos do pé; • Próximo aos olhos, nuca e pescoço.
São nesses lugares que a pele do cão é mais fina e com maior fluxo sangüíneo. Se o cão não for tratado com um produto antiparasitário é normal encontrarmos carrapatos. Não se preocupe, não tem nada a ver com a higiene do cão. Um simples passeio é suficiente para que seu cão tenha carrapatos. Não há cão no Brasil livre desses bichos. De qualquer forma, é provável que não detecte o carrapato se não procurar. Seu sucesso evolutivo está justamente no fato de passarem despercebidos. Quando picam seu cão, ele não sente, pois, antes de introduzir sua boca, parecida com um estilete, o carrapato deposita uma pequena quantidade de saliva com propriedades anestésicas. Ao picar não causará nenhuma dor. Mas ainda assim, a picada causará danos. Sobre Carrapatos Carrapatos são artrópodes parasitas que se alimentam do sangue de seus hospedeiros. Eles são atraídos pelo calor e movimento, muitas vezes buscam mamíferos incluindo cães. Carrapatos tendem a se esconder na grama alta ou planta em áreas arborizadas a espera dos anfitriões em potencial. Uma vez ele encontra uma vítima, o carrapato sobe no animal e começa a sugar seu sangue até que fique satisfeito. Pode continuar a alimentar durante várias horas ou
Riscos Embora sejam conhecidos como vetores da doença, nem todos os carrapatos a transmitem - na verdade, muitos nem sequer são portadores de doenças. No entanto, a ameaça está sempre presente onde os carrapatos estão. Por isso, os donos de animais devem ficar atentos a estes parasitas. Quanto mais cedo um carrapato é encontrado e removido, menor o risco da doença. Alguns sintomas de doença são: febre e letargia, fraqueza, inchaço das articulações e/ou anemia. Os sinais podem levar dias, semanas ou meses para aparecer. Alguns carrapatos podem causar uma condição temporária chamada "paralisia do carrapato", que se manifesta por um início gradual de dificuldade para caminhar, que evolui para paralisia.
As doenças mais comuns transmitidas por carrapatos Babesiose canina – é uma grave doença causada por um protozoário capaz de causar infecção dos glóbulos vermelhos dos cachorros e anemia grave. Erliquiose canina - é uma doença infecciosa severa que acomete os cães, causada por bactérias. Doença de Lyme - A infecção pode causar o acometimento de diversos órgãos, inclusive a pele, o sistema nervoso, o coração e as articulações. Febre maculosa - é uma doença febril aguda, de gravidade variável. Sintomas Febre (39,5 - 41,5 oC), perda de apetite e de peso, fraqueza muscular. Menos freqüentemente observam-se secreção nasal, perda total do apetite, depressão, sangramentos pela pele, nariz e urina, vômitos, dificuldade respiratória ou ainda edema nos membros. Pode ser assintomática, podendo ocorrer algumas complicações tais como depressão, hemorragias, edema de membros, perda de apetite e palidez de mucosas.
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Em casos graves, há o comprometimento do sistema imunológico, apresentando sintomas secundários como: pneumonias, diarréias, problemas de pele dentre outras. O animal pode também apresentar sangramentos crônicos devido ao baixo número de plaquetas (células responsáveis pela coagulação do sangue), ou cansaço e apatia devidos à anemia. Remoção dos carrapatos Em primeiro lugar, arrancar o carrapato é contra indicado. O máximo que fazemos é eliminar parte do corpo, sendo que o resto fica ainda aderido ao cão, podendo provocar infecções. O ideal é aplicar umas gotas de vaselina ou parafina ao redor, esfregá-lo um momento até que amacie um pouco a pele e depois tentar retirá-lo suavemente. Depois podemos nos desfazer do carrapato colocando-o no álcool para que não escapem os ovos e morram. É importante lavar as mãos depois de manipulá-los. Corra as mãos por todo o corpo de seu animal, dando atenção especial para o pescoço, orelhas, pregas cutâneas e outras fendas. Dependendo da espécie e fase da vida, uma marca pode ser tão pequena como uma ponta de lápis ou tão grande quanto um grão de feijão. Se você mora em uma área onde os carrapatos são prevalentes, ou o seu
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dias, dependendo do tipo de carrapato. Em cães, os carrapatos, muitas vezes se unem em fendas e / ou áreas com pouco ou nenhum pelo - normalmente em torno das orelhas, nos interiores das pernas, entre os dedos, e dentro de dobras cutâneas. A maioria das espécies de carrapatos passa por quatro fases da vida - ovos, larvas, ninfas e adultos.
cão passa muito tempo na grama alta ou em áreas arborizadas, você deve verificar se há carrapatos uma vez ou duas vezes por dia. Se você encontrar um carrapato preso, remova-o imediatamente. Use uma pinça ou uma ferramenta de remoção para agarrar o carrapato no ponto de fixação. Isto deve ser feito o mais próximo da pele possível. Após a remoção de carrapatos, limpe a pele do seu cão na área da picada com água e sabão neutro. Prevenção Uma das maneiras mais eficazes para manter os carrapatos fora de seu cão é para aplicar diretamente um produto de prevenção carrapato para seu animal de estimação. Como não existe uma vacina que previna qualquer uma das doenças causadas por carrapatos, a prevenção é realizada através do tratamento dos animais doentes e do controle do vetor da doença: carrapato. Existem hoje no mercado diversos tipos de produtos, estes devem ser aplicados 1x/mês ou a cada 15 dias, varia conforme o local onde o animal mora e a época do ano, pois o verão é a época de infestação desses parasitas externos.
Fonte: Dra. Adriane Heiko Tomimassu CRMV-SP 15.693 Médica Veterinária especialista em cirurgia de pequenos animais Proprietária do Centro Veterinário Pacaembu www.centroveterinariopacaembu.com.br
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Pet Dicas Cuidado com carrapatos sua proliferação no calor é acelerada Os carrapatos são indiscutivelmente um inimigo temido - nenhum de nós quer encontrar um carrapato em nossos animais de estimação ou em nós mesmos. Esses parasitas podem transmitir doenças e até mesmo causar anemia ou paralisia. Existem algumas noções básicas que todos devem saber sobre os riscos, prevenção e remoção de carrapatos. Alguns dados técnicos sobre os carrapatos • As espécies mais comuns são: Rhipicephalus sanguineus, Ixodes ricinus, Ixodes hexagonus e Dermacentor reticulatus. • Medem entre 0,35 e 1,5 centímetros • Uma fêmea adulta coloca entre 2.000 e 4.000 ovos. • Estes ovos podem sobreviver até três anos no meio ambiente. • Quando jovens têm seis patas, mas na idade adulta crescem mais duas patas. • Os carrapatos se escondem até em árvores à espera de um hospedeiro. Quando um cão se aproxima de um carrapato, o danado saltará em cima dele, caminhando por sua pelagem até chegar a seu lugar favorito, que costuma ser: • A região das orelhas; • Entre os dedos do pé; • Próximo aos olhos, nuca e pescoço.
São nesses lugares que a pele do cão é mais fina e com maior fluxo sangüíneo. Se o cão não for tratado com um produto antiparasitário é normal encontrarmos carrapatos. Não se preocupe, não tem nada a ver com a higiene do cão. Um simples passeio é suficiente para que seu cão tenha carrapatos. Não há cão no Brasil livre desses bichos. De qualquer forma, é provável que não detecte o carrapato se não procurar. Seu sucesso evolutivo está justamente no fato de passarem despercebidos. Quando picam seu cão, ele não sente, pois, antes de introduzir sua boca, parecida com um estilete, o carrapato deposita uma pequena quantidade de saliva com propriedades anestésicas. Ao picar não causará nenhuma dor. Mas ainda assim, a picada causará danos. Sobre Carrapatos Carrapatos são artrópodes parasitas que se alimentam do sangue de seus hospedeiros. Eles são atraídos pelo calor e movimento, muitas vezes buscam mamíferos incluindo cães. Carrapatos tendem a se esconder na grama alta ou planta em áreas arborizadas a espera dos anfitriões em potencial. Uma vez ele encontra uma vítima, o carrapato sobe no animal e começa a sugar seu sangue até que fique satisfeito. Pode continuar a alimentar durante várias horas ou
Riscos Embora sejam conhecidos como vetores da doença, nem todos os carrapatos a transmitem - na verdade, muitos nem sequer são portadores de doenças. No entanto, a ameaça está sempre presente onde os carrapatos estão. Por isso, os donos de animais devem ficar atentos a estes parasitas. Quanto mais cedo um carrapato é encontrado e removido, menor o risco da doença. Alguns sintomas de doença são: febre e letargia, fraqueza, inchaço das articulações e/ou anemia. Os sinais podem levar dias, semanas ou meses para aparecer. Alguns carrapatos podem causar uma condição temporária chamada "paralisia do carrapato", que se manifesta por um início gradual de dificuldade para caminhar, que evolui para paralisia.
As doenças mais comuns transmitidas por carrapatos Babesiose canina – é uma grave doença causada por um protozoário capaz de causar infecção dos glóbulos vermelhos dos cachorros e anemia grave. Erliquiose canina - é uma doença infecciosa severa que acomete os cães, causada por bactérias. Doença de Lyme - A infecção pode causar o acometimento de diversos órgãos, inclusive a pele, o sistema nervoso, o coração e as articulações. Febre maculosa - é uma doença febril aguda, de gravidade variável. Sintomas Febre (39,5 - 41,5 oC), perda de apetite e de peso, fraqueza muscular. Menos freqüentemente observam-se secreção nasal, perda total do apetite, depressão, sangramentos pela pele, nariz e urina, vômitos, dificuldade respiratória ou ainda edema nos membros. Pode ser assintomática, podendo ocorrer algumas complicações tais como depressão, hemorragias, edema de membros, perda de apetite e palidez de mucosas.
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Em casos graves, há o comprometimento do sistema imunológico, apresentando sintomas secundários como: pneumonias, diarréias, problemas de pele dentre outras. O animal pode também apresentar sangramentos crônicos devido ao baixo número de plaquetas (células responsáveis pela coagulação do sangue), ou cansaço e apatia devidos à anemia. Remoção dos carrapatos Em primeiro lugar, arrancar o carrapato é contra indicado. O máximo que fazemos é eliminar parte do corpo, sendo que o resto fica ainda aderido ao cão, podendo provocar infecções. O ideal é aplicar umas gotas de vaselina ou parafina ao redor, esfregá-lo um momento até que amacie um pouco a pele e depois tentar retirá-lo suavemente. Depois podemos nos desfazer do carrapato colocando-o no álcool para que não escapem os ovos e morram. É importante lavar as mãos depois de manipulá-los. Corra as mãos por todo o corpo de seu animal, dando atenção especial para o pescoço, orelhas, pregas cutâneas e outras fendas. Dependendo da espécie e fase da vida, uma marca pode ser tão pequena como uma ponta de lápis ou tão grande quanto um grão de feijão. Se você mora em uma área onde os carrapatos são prevalentes, ou o seu
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dias, dependendo do tipo de carrapato. Em cães, os carrapatos, muitas vezes se unem em fendas e / ou áreas com pouco ou nenhum pelo - normalmente em torno das orelhas, nos interiores das pernas, entre os dedos, e dentro de dobras cutâneas. A maioria das espécies de carrapatos passa por quatro fases da vida - ovos, larvas, ninfas e adultos.
cão passa muito tempo na grama alta ou em áreas arborizadas, você deve verificar se há carrapatos uma vez ou duas vezes por dia. Se você encontrar um carrapato preso, remova-o imediatamente. Use uma pinça ou uma ferramenta de remoção para agarrar o carrapato no ponto de fixação. Isto deve ser feito o mais próximo da pele possível. Após a remoção de carrapatos, limpe a pele do seu cão na área da picada com água e sabão neutro. Prevenção Uma das maneiras mais eficazes para manter os carrapatos fora de seu cão é para aplicar diretamente um produto de prevenção carrapato para seu animal de estimação. Como não existe uma vacina que previna qualquer uma das doenças causadas por carrapatos, a prevenção é realizada através do tratamento dos animais doentes e do controle do vetor da doença: carrapato. Existem hoje no mercado diversos tipos de produtos, estes devem ser aplicados 1x/mês ou a cada 15 dias, varia conforme o local onde o animal mora e a época do ano, pois o verão é a época de infestação desses parasitas externos.
Fonte: Dra. Adriane Heiko Tomimassu CRMV-SP 15.693 Médica Veterinária especialista em cirurgia de pequenos animais Proprietária do Centro Veterinário Pacaembu www.centroveterinariopacaembu.com.br
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Pet Dicas Cuidado com carrapatos sua proliferação no calor é acelerada Os carrapatos são indiscutivelmente um inimigo temido - nenhum de nós quer encontrar um carrapato em nossos animais de estimação ou em nós mesmos. Esses parasitas podem transmitir doenças e até mesmo causar anemia ou paralisia. Existem algumas noções básicas que todos devem saber sobre os riscos, prevenção e remoção de carrapatos. Alguns dados técnicos sobre os carrapatos • As espécies mais comuns são: Rhipicephalus sanguineus, Ixodes ricinus, Ixodes hexagonus e Dermacentor reticulatus. • Medem entre 0,35 e 1,5 centímetros • Uma fêmea adulta coloca entre 2.000 e 4.000 ovos. • Estes ovos podem sobreviver até três anos no meio ambiente. • Quando jovens têm seis patas, mas na idade adulta crescem mais duas patas. • Os carrapatos se escondem até em árvores à espera de um hospedeiro. Quando um cão se aproxima de um carrapato, o danado saltará em cima dele, caminhando por sua pelagem até chegar a seu lugar favorito, que costuma ser: • A região das orelhas; • Entre os dedos do pé; • Próximo aos olhos, nuca e pescoço.
São nesses lugares que a pele do cão é mais fina e com maior fluxo sangüíneo. Se o cão não for tratado com um produto antiparasitário é normal encontrarmos carrapatos. Não se preocupe, não tem nada a ver com a higiene do cão. Um simples passeio é suficiente para que seu cão tenha carrapatos. Não há cão no Brasil livre desses bichos. De qualquer forma, é provável que não detecte o carrapato se não procurar. Seu sucesso evolutivo está justamente no fato de passarem despercebidos. Quando picam seu cão, ele não sente, pois, antes de introduzir sua boca, parecida com um estilete, o carrapato deposita uma pequena quantidade de saliva com propriedades anestésicas. Ao picar não causará nenhuma dor. Mas ainda assim, a picada causará danos. Sobre Carrapatos Carrapatos são artrópodes parasitas que se alimentam do sangue de seus hospedeiros. Eles são atraídos pelo calor e movimento, muitas vezes buscam mamíferos incluindo cães. Carrapatos tendem a se esconder na grama alta ou planta em áreas arborizadas a espera dos anfitriões em potencial. Uma vez ele encontra uma vítima, o carrapato sobe no animal e começa a sugar seu sangue até que fique satisfeito. Pode continuar a alimentar durante várias horas ou
Riscos Embora sejam conhecidos como vetores da doença, nem todos os carrapatos a transmitem - na verdade, muitos nem sequer são portadores de doenças. No entanto, a ameaça está sempre presente onde os carrapatos estão. Por isso, os donos de animais devem ficar atentos a estes parasitas. Quanto mais cedo um carrapato é encontrado e removido, menor o risco da doença. Alguns sintomas de doença são: febre e letargia, fraqueza, inchaço das articulações e/ou anemia. Os sinais podem levar dias, semanas ou meses para aparecer. Alguns carrapatos podem causar uma condição temporária chamada "paralisia do carrapato", que se manifesta por um início gradual de dificuldade para caminhar, que evolui para paralisia.
As doenças mais comuns transmitidas por carrapatos Babesiose canina – é uma grave doença causada por um protozoário capaz de causar infecção dos glóbulos vermelhos dos cachorros e anemia grave. Erliquiose canina - é uma doença infecciosa severa que acomete os cães, causada por bactérias. Doença de Lyme - A infecção pode causar o acometimento de diversos órgãos, inclusive a pele, o sistema nervoso, o coração e as articulações. Febre maculosa - é uma doença febril aguda, de gravidade variável. Sintomas Febre (39,5 - 41,5 oC), perda de apetite e de peso, fraqueza muscular. Menos freqüentemente observam-se secreção nasal, perda total do apetite, depressão, sangramentos pela pele, nariz e urina, vômitos, dificuldade respiratória ou ainda edema nos membros. Pode ser assintomática, podendo ocorrer algumas complicações tais como depressão, hemorragias, edema de membros, perda de apetite e palidez de mucosas.
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Em casos graves, há o comprometimento do sistema imunológico, apresentando sintomas secundários como: pneumonias, diarréias, problemas de pele dentre outras. O animal pode também apresentar sangramentos crônicos devido ao baixo número de plaquetas (células responsáveis pela coagulação do sangue), ou cansaço e apatia devidos à anemia. Remoção dos carrapatos Em primeiro lugar, arrancar o carrapato é contra indicado. O máximo que fazemos é eliminar parte do corpo, sendo que o resto fica ainda aderido ao cão, podendo provocar infecções. O ideal é aplicar umas gotas de vaselina ou parafina ao redor, esfregá-lo um momento até que amacie um pouco a pele e depois tentar retirá-lo suavemente. Depois podemos nos desfazer do carrapato colocando-o no álcool para que não escapem os ovos e morram. É importante lavar as mãos depois de manipulá-los. Corra as mãos por todo o corpo de seu animal, dando atenção especial para o pescoço, orelhas, pregas cutâneas e outras fendas. Dependendo da espécie e fase da vida, uma marca pode ser tão pequena como uma ponta de lápis ou tão grande quanto um grão de feijão. Se você mora em uma área onde os carrapatos são prevalentes, ou o seu
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dias, dependendo do tipo de carrapato. Em cães, os carrapatos, muitas vezes se unem em fendas e / ou áreas com pouco ou nenhum pelo - normalmente em torno das orelhas, nos interiores das pernas, entre os dedos, e dentro de dobras cutâneas. A maioria das espécies de carrapatos passa por quatro fases da vida - ovos, larvas, ninfas e adultos.
cão passa muito tempo na grama alta ou em áreas arborizadas, você deve verificar se há carrapatos uma vez ou duas vezes por dia. Se você encontrar um carrapato preso, remova-o imediatamente. Use uma pinça ou uma ferramenta de remoção para agarrar o carrapato no ponto de fixação. Isto deve ser feito o mais próximo da pele possível. Após a remoção de carrapatos, limpe a pele do seu cão na área da picada com água e sabão neutro. Prevenção Uma das maneiras mais eficazes para manter os carrapatos fora de seu cão é para aplicar diretamente um produto de prevenção carrapato para seu animal de estimação. Como não existe uma vacina que previna qualquer uma das doenças causadas por carrapatos, a prevenção é realizada através do tratamento dos animais doentes e do controle do vetor da doença: carrapato. Existem hoje no mercado diversos tipos de produtos, estes devem ser aplicados 1x/mês ou a cada 15 dias, varia conforme o local onde o animal mora e a época do ano, pois o verão é a época de infestação desses parasitas externos.
Fonte: Dra. Adriane Heiko Tomimassu CRMV-SP 15.693 Médica Veterinária especialista em cirurgia de pequenos animais Proprietária do Centro Veterinário Pacaembu www.centroveterinariopacaembu.com.br
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Pet Ação Caboodle: a cidade dos gatos
Reprodução/ Rancho Caboodle
puderam ficar com eles. A manutenção do rancho consume cerca de 6.000 dólares por mês, que Grant consegue às vezes com muito sacrifício, tudo para conseguir dar uma boa vida para os bichanos que tanto ama. Na verdade esse grande herói dos gatos afirma que às vezes ele nem tem dinheiro para comer, mas não deixa faltar aos gatos. Em seu blog – Um dia na fazenda – ele descreve os desafios cotidianos da manutenção de seus gatos, de suas preocupações quando tem que viajar e deixar os gatos e muitas outras coisas. Apesar dos sacrifícios, e da pouca ajuda que recebe, os gatos são bem cuidados. Castrados, com atendimento veterinário para cada um deles, alimentação, água e um lugar Reprodução/ Rancho Caboodle
Um paraíso na terra para os gatos. Um lugar que deixa qualquer pessoa amante de gatos ou dos animais em geral extremamente feliz. Depois que se passa uma vida inteira vendo os maus tratos aos animais, o sofrimento de gatos de ruas e muitas outras tragédias, conhecer o Rancho Caboodle mesmo por fotos ou vídeo - é um colírio para os olhos, é um Oasis em meio ao deserto. E pensar que esse paraíso surgiu da ideia de uma única pessoa é fantástico. A ideia do rancho ou fazenda para os gatos, que na verdade mais parece uma cidade dos gatos, localizada em Jacksonville, Florida, surgiu por acaso em 2003 e de lá para cá se expandiu para um verdadeiro
santuário de 30 acres que abriga mais de 500 gatos abandonados ou sem lar. Seu fundador, Craig Grant, é que mantém o custeio quase que total do santuário. Esse senhor simpático grande amante dos animais vê toda sua felicidade e realização em ver a felicidade e boa vida que levam os gatos neste local. Com muita habilidade e criatividade o próprio Grant construiu a maior parte do lugar e o mantém embora precise trabalhar fora para manter-se e aos gatos. A maioria dos gatos que vivem no local era gatos de rua ou abandonados que viviam vagueando sem teto. Outros ainda vieram parar no local porque por algum motivo seus donos não
Reprodução/ Rancho Caboodle
de sonho que inclui árvores e até casinhas para abrigá-los das intempéries. Claro que com tudo isso os gatos o adoram, basta ver que o seguem por toda parte e o reconhecem de longe. É algo maravilhoso de se ver quando Grant está no meio deles.
Por incrível que pareça, a história desse homem maravilhoso e seus gatos nasceu por acaso. Aliás, ele nem sequer gostava de gatos. Eis como ele narra sua história no site Rancho dos Gatos: “Eu estava alugando uma casa de condomínio a dois passos da praia com meu filho. Tinha todos os confortos e conveniências do lar. Quarto mobiliado, a um curto passeio até a praia e perto do trabalho. Então, meu filho saiu por conta própria pela primeira vez. Ele deixou sua gata comigo, porque ele não podia levá-la com ele. Eu não gostava de gatos, mas concordei em ficar com ela. Eu não estava acostumado a ficar sozinho e a gata Pepper não era qualquer uma. Nós lentamente começamos nos dar bem. Alguns meses se passaram e eu descobri que ela estava grávida. Oh grande, e agora? Ela teve cinco gatinhos. Eu queria dar-lhes sumiço, porque eu não queria a minha linda casa destruída, mas meu filho disse-me que tinha que ficar com a mãe durante 8 semanas. Durante esse tempo eu aprendi que cada gato tem sua personali-
60
Reprodução/ Rancho Caboodle
dade própria e não demorou muito para que os gatinhos estivessem balançando as minhas cortinas. Eu não me importava. Algo tinha mudado... Eu não queria abandoná-los. Mas, com seis gatos, as reclamações começaram com o proprietário do condomínio e os vizinhos. Eu sabia que tinha que procurar outro lugar para ir. Eles não estavam seguros na vizinhança. Encontrei um de meus gatos machucado e outro foi mordido por um pitbull que eu sei que foi solto para esse fim. Algo precisava ser feito. Eu não sabia o que fazer em primeiro lugar, assim eu construí um barracão no quintal do meu filho e vivi nele por um tempo. Então eu encontrei um anúncio de um corretor de imóveis oferecendo cinco acres em uma fazenda com árvores; financiada direto do proprietário, a baixo custo mensal... O problema era que ele estava 100 quilômetros a oeste de Jacksonville.
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Saí para ver e adorei. Ao longo dos próximos meses, eu comprei mais cinco terrenos. Agora tenho 25 acres. Limpei uma pequena área e comprei um trailer como um refúgio para meus gatos. Eu coloquei nele uma porta de animal de estimação e prateleiras acolchoadas para eles. Nessa época eu tinha 11 gatos. Eu tinha ficado com gatos abandonados e errantes da vizinhança e das áreas que eu trabalho como um empreiteiro. Eu tinha 22 gatos até a primavera de 2004. Não tenho mais nenhum dos meus móveis antigos; itens materiais não são importantes para mim mais. Meus gatos me fizeram mais feliz do que nunca. Eles realmente são os melhores amigos que eu já tive. O Rancho Caboodle agora é um santuário permanente para os gatos que têm sido chutados por pessoas sem coração. Há muitas histórias tristes entre todos os gatos que eu adotei. Alguns quase morreram de fome, alguns deles se encontravam feridos. Eu vi muitos fechados em jaulas durante meses em abrigos de animais e fiquei com alguns deles também. Os gatos devem ser capazes de andar livremente, e em Caboodle Ranch, é o que eles fazem. Estamos no meio de 100 hectares de fauna. Os gatos me seguem através das trilhas naturais que eu coloquei e mantenho, sobem em árvores fortes que eu construí e se escondem em tocas escavadas no subsolo que tenho feito para eles. Todos os gatos foram esterilizados ou cas-
trados, todas as vacinas são atualizadas e eu mantenho as visitas regulares ao veterinário para cada um deles. Eu viajo a 250 milhas de ida e volta várias vezes por semana para trabalhar e voltar para manter um porto seguro para se viver. Cada um dos meus gastos saíram do meu próprio bolso e faço com muito pouco para que eu possa dar-lhes uma vida feliz, mas nem sempre é fácil”. Se você quiser conhecer um pouco mais desse fantástico trabalho, acesse www.caboodleranch.com.
Fonte: jornaldosanimais.blogspot.com
Reprodução/ Rancho Caboodle
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15 Fabricação própria, revenda para atacados e lojistas em todo Brasil. Estamos cadastrando novos vendedores.
Pet Ação Caboodle: a cidade dos gatos
Reprodução/ Rancho Caboodle
puderam ficar com eles. A manutenção do rancho consume cerca de 6.000 dólares por mês, que Grant consegue às vezes com muito sacrifício, tudo para conseguir dar uma boa vida para os bichanos que tanto ama. Na verdade esse grande herói dos gatos afirma que às vezes ele nem tem dinheiro para comer, mas não deixa faltar aos gatos. Em seu blog – Um dia na fazenda – ele descreve os desafios cotidianos da manutenção de seus gatos, de suas preocupações quando tem que viajar e deixar os gatos e muitas outras coisas. Apesar dos sacrifícios, e da pouca ajuda que recebe, os gatos são bem cuidados. Castrados, com atendimento veterinário para cada um deles, alimentação, água e um lugar Reprodução/ Rancho Caboodle
Um paraíso na terra para os gatos. Um lugar que deixa qualquer pessoa amante de gatos ou dos animais em geral extremamente feliz. Depois que se passa uma vida inteira vendo os maus tratos aos animais, o sofrimento de gatos de ruas e muitas outras tragédias, conhecer o Rancho Caboodle mesmo por fotos ou vídeo - é um colírio para os olhos, é um Oasis em meio ao deserto. E pensar que esse paraíso surgiu da ideia de uma única pessoa é fantástico. A ideia do rancho ou fazenda para os gatos, que na verdade mais parece uma cidade dos gatos, localizada em Jacksonville, Florida, surgiu por acaso em 2003 e de lá para cá se expandiu para um verdadeiro
santuário de 30 acres que abriga mais de 500 gatos abandonados ou sem lar. Seu fundador, Craig Grant, é que mantém o custeio quase que total do santuário. Esse senhor simpático grande amante dos animais vê toda sua felicidade e realização em ver a felicidade e boa vida que levam os gatos neste local. Com muita habilidade e criatividade o próprio Grant construiu a maior parte do lugar e o mantém embora precise trabalhar fora para manter-se e aos gatos. A maioria dos gatos que vivem no local era gatos de rua ou abandonados que viviam vagueando sem teto. Outros ainda vieram parar no local porque por algum motivo seus donos não
Reprodução/ Rancho Caboodle
de sonho que inclui árvores e até casinhas para abrigá-los das intempéries. Claro que com tudo isso os gatos o adoram, basta ver que o seguem por toda parte e o reconhecem de longe. É algo maravilhoso de se ver quando Grant está no meio deles.
Por incrível que pareça, a história desse homem maravilhoso e seus gatos nasceu por acaso. Aliás, ele nem sequer gostava de gatos. Eis como ele narra sua história no site Rancho dos Gatos: “Eu estava alugando uma casa de condomínio a dois passos da praia com meu filho. Tinha todos os confortos e conveniências do lar. Quarto mobiliado, a um curto passeio até a praia e perto do trabalho. Então, meu filho saiu por conta própria pela primeira vez. Ele deixou sua gata comigo, porque ele não podia levá-la com ele. Eu não gostava de gatos, mas concordei em ficar com ela. Eu não estava acostumado a ficar sozinho e a gata Pepper não era qualquer uma. Nós lentamente começamos nos dar bem. Alguns meses se passaram e eu descobri que ela estava grávida. Oh grande, e agora? Ela teve cinco gatinhos. Eu queria dar-lhes sumiço, porque eu não queria a minha linda casa destruída, mas meu filho disse-me que tinha que ficar com a mãe durante 8 semanas. Durante esse tempo eu aprendi que cada gato tem sua personali-
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Reprodução/ Rancho Caboodle
dade própria e não demorou muito para que os gatinhos estivessem balançando as minhas cortinas. Eu não me importava. Algo tinha mudado... Eu não queria abandoná-los. Mas, com seis gatos, as reclamações começaram com o proprietário do condomínio e os vizinhos. Eu sabia que tinha que procurar outro lugar para ir. Eles não estavam seguros na vizinhança. Encontrei um de meus gatos machucado e outro foi mordido por um pitbull que eu sei que foi solto para esse fim. Algo precisava ser feito. Eu não sabia o que fazer em primeiro lugar, assim eu construí um barracão no quintal do meu filho e vivi nele por um tempo. Então eu encontrei um anúncio de um corretor de imóveis oferecendo cinco acres em uma fazenda com árvores; financiada direto do proprietário, a baixo custo mensal... O problema era que ele estava 100 quilômetros a oeste de Jacksonville.
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Saí para ver e adorei. Ao longo dos próximos meses, eu comprei mais cinco terrenos. Agora tenho 25 acres. Limpei uma pequena área e comprei um trailer como um refúgio para meus gatos. Eu coloquei nele uma porta de animal de estimação e prateleiras acolchoadas para eles. Nessa época eu tinha 11 gatos. Eu tinha ficado com gatos abandonados e errantes da vizinhança e das áreas que eu trabalho como um empreiteiro. Eu tinha 22 gatos até a primavera de 2004. Não tenho mais nenhum dos meus móveis antigos; itens materiais não são importantes para mim mais. Meus gatos me fizeram mais feliz do que nunca. Eles realmente são os melhores amigos que eu já tive. O Rancho Caboodle agora é um santuário permanente para os gatos que têm sido chutados por pessoas sem coração. Há muitas histórias tristes entre todos os gatos que eu adotei. Alguns quase morreram de fome, alguns deles se encontravam feridos. Eu vi muitos fechados em jaulas durante meses em abrigos de animais e fiquei com alguns deles também. Os gatos devem ser capazes de andar livremente, e em Caboodle Ranch, é o que eles fazem. Estamos no meio de 100 hectares de fauna. Os gatos me seguem através das trilhas naturais que eu coloquei e mantenho, sobem em árvores fortes que eu construí e se escondem em tocas escavadas no subsolo que tenho feito para eles. Todos os gatos foram esterilizados ou cas-
trados, todas as vacinas são atualizadas e eu mantenho as visitas regulares ao veterinário para cada um deles. Eu viajo a 250 milhas de ida e volta várias vezes por semana para trabalhar e voltar para manter um porto seguro para se viver. Cada um dos meus gastos saíram do meu próprio bolso e faço com muito pouco para que eu possa dar-lhes uma vida feliz, mas nem sempre é fácil”. Se você quiser conhecer um pouco mais desse fantástico trabalho, acesse www.caboodleranch.com.
Fonte: jornaldosanimais.blogspot.com
Reprodução/ Rancho Caboodle
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15 Fabricação própria, revenda para atacados e lojistas em todo Brasil. Estamos cadastrando novos vendedores.
Pet Ação Caboodle: a cidade dos gatos
Reprodução/ Rancho Caboodle
puderam ficar com eles. A manutenção do rancho consume cerca de 6.000 dólares por mês, que Grant consegue às vezes com muito sacrifício, tudo para conseguir dar uma boa vida para os bichanos que tanto ama. Na verdade esse grande herói dos gatos afirma que às vezes ele nem tem dinheiro para comer, mas não deixa faltar aos gatos. Em seu blog – Um dia na fazenda – ele descreve os desafios cotidianos da manutenção de seus gatos, de suas preocupações quando tem que viajar e deixar os gatos e muitas outras coisas. Apesar dos sacrifícios, e da pouca ajuda que recebe, os gatos são bem cuidados. Castrados, com atendimento veterinário para cada um deles, alimentação, água e um lugar Reprodução/ Rancho Caboodle
Um paraíso na terra para os gatos. Um lugar que deixa qualquer pessoa amante de gatos ou dos animais em geral extremamente feliz. Depois que se passa uma vida inteira vendo os maus tratos aos animais, o sofrimento de gatos de ruas e muitas outras tragédias, conhecer o Rancho Caboodle mesmo por fotos ou vídeo - é um colírio para os olhos, é um Oasis em meio ao deserto. E pensar que esse paraíso surgiu da ideia de uma única pessoa é fantástico. A ideia do rancho ou fazenda para os gatos, que na verdade mais parece uma cidade dos gatos, localizada em Jacksonville, Florida, surgiu por acaso em 2003 e de lá para cá se expandiu para um verdadeiro
santuário de 30 acres que abriga mais de 500 gatos abandonados ou sem lar. Seu fundador, Craig Grant, é que mantém o custeio quase que total do santuário. Esse senhor simpático grande amante dos animais vê toda sua felicidade e realização em ver a felicidade e boa vida que levam os gatos neste local. Com muita habilidade e criatividade o próprio Grant construiu a maior parte do lugar e o mantém embora precise trabalhar fora para manter-se e aos gatos. A maioria dos gatos que vivem no local era gatos de rua ou abandonados que viviam vagueando sem teto. Outros ainda vieram parar no local porque por algum motivo seus donos não
Reprodução/ Rancho Caboodle
de sonho que inclui árvores e até casinhas para abrigá-los das intempéries. Claro que com tudo isso os gatos o adoram, basta ver que o seguem por toda parte e o reconhecem de longe. É algo maravilhoso de se ver quando Grant está no meio deles.
Por incrível que pareça, a história desse homem maravilhoso e seus gatos nasceu por acaso. Aliás, ele nem sequer gostava de gatos. Eis como ele narra sua história no site Rancho dos Gatos: “Eu estava alugando uma casa de condomínio a dois passos da praia com meu filho. Tinha todos os confortos e conveniências do lar. Quarto mobiliado, a um curto passeio até a praia e perto do trabalho. Então, meu filho saiu por conta própria pela primeira vez. Ele deixou sua gata comigo, porque ele não podia levá-la com ele. Eu não gostava de gatos, mas concordei em ficar com ela. Eu não estava acostumado a ficar sozinho e a gata Pepper não era qualquer uma. Nós lentamente começamos nos dar bem. Alguns meses se passaram e eu descobri que ela estava grávida. Oh grande, e agora? Ela teve cinco gatinhos. Eu queria dar-lhes sumiço, porque eu não queria a minha linda casa destruída, mas meu filho disse-me que tinha que ficar com a mãe durante 8 semanas. Durante esse tempo eu aprendi que cada gato tem sua personali-
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Reprodução/ Rancho Caboodle
dade própria e não demorou muito para que os gatinhos estivessem balançando as minhas cortinas. Eu não me importava. Algo tinha mudado... Eu não queria abandoná-los. Mas, com seis gatos, as reclamações começaram com o proprietário do condomínio e os vizinhos. Eu sabia que tinha que procurar outro lugar para ir. Eles não estavam seguros na vizinhança. Encontrei um de meus gatos machucado e outro foi mordido por um pitbull que eu sei que foi solto para esse fim. Algo precisava ser feito. Eu não sabia o que fazer em primeiro lugar, assim eu construí um barracão no quintal do meu filho e vivi nele por um tempo. Então eu encontrei um anúncio de um corretor de imóveis oferecendo cinco acres em uma fazenda com árvores; financiada direto do proprietário, a baixo custo mensal... O problema era que ele estava 100 quilômetros a oeste de Jacksonville.
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Saí para ver e adorei. Ao longo dos próximos meses, eu comprei mais cinco terrenos. Agora tenho 25 acres. Limpei uma pequena área e comprei um trailer como um refúgio para meus gatos. Eu coloquei nele uma porta de animal de estimação e prateleiras acolchoadas para eles. Nessa época eu tinha 11 gatos. Eu tinha ficado com gatos abandonados e errantes da vizinhança e das áreas que eu trabalho como um empreiteiro. Eu tinha 22 gatos até a primavera de 2004. Não tenho mais nenhum dos meus móveis antigos; itens materiais não são importantes para mim mais. Meus gatos me fizeram mais feliz do que nunca. Eles realmente são os melhores amigos que eu já tive. O Rancho Caboodle agora é um santuário permanente para os gatos que têm sido chutados por pessoas sem coração. Há muitas histórias tristes entre todos os gatos que eu adotei. Alguns quase morreram de fome, alguns deles se encontravam feridos. Eu vi muitos fechados em jaulas durante meses em abrigos de animais e fiquei com alguns deles também. Os gatos devem ser capazes de andar livremente, e em Caboodle Ranch, é o que eles fazem. Estamos no meio de 100 hectares de fauna. Os gatos me seguem através das trilhas naturais que eu coloquei e mantenho, sobem em árvores fortes que eu construí e se escondem em tocas escavadas no subsolo que tenho feito para eles. Todos os gatos foram esterilizados ou cas-
trados, todas as vacinas são atualizadas e eu mantenho as visitas regulares ao veterinário para cada um deles. Eu viajo a 250 milhas de ida e volta várias vezes por semana para trabalhar e voltar para manter um porto seguro para se viver. Cada um dos meus gastos saíram do meu próprio bolso e faço com muito pouco para que eu possa dar-lhes uma vida feliz, mas nem sempre é fácil”. Se você quiser conhecer um pouco mais desse fantástico trabalho, acesse www.caboodleranch.com.
Fonte: jornaldosanimais.blogspot.com
Reprodução/ Rancho Caboodle
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15 Fabricação própria, revenda para atacados e lojistas em todo Brasil. Estamos cadastrando novos vendedores.
Pet Ação Caboodle: a cidade dos gatos
Reprodução/ Rancho Caboodle
puderam ficar com eles. A manutenção do rancho consume cerca de 6.000 dólares por mês, que Grant consegue às vezes com muito sacrifício, tudo para conseguir dar uma boa vida para os bichanos que tanto ama. Na verdade esse grande herói dos gatos afirma que às vezes ele nem tem dinheiro para comer, mas não deixa faltar aos gatos. Em seu blog – Um dia na fazenda – ele descreve os desafios cotidianos da manutenção de seus gatos, de suas preocupações quando tem que viajar e deixar os gatos e muitas outras coisas. Apesar dos sacrifícios, e da pouca ajuda que recebe, os gatos são bem cuidados. Castrados, com atendimento veterinário para cada um deles, alimentação, água e um lugar Reprodução/ Rancho Caboodle
Um paraíso na terra para os gatos. Um lugar que deixa qualquer pessoa amante de gatos ou dos animais em geral extremamente feliz. Depois que se passa uma vida inteira vendo os maus tratos aos animais, o sofrimento de gatos de ruas e muitas outras tragédias, conhecer o Rancho Caboodle mesmo por fotos ou vídeo - é um colírio para os olhos, é um Oasis em meio ao deserto. E pensar que esse paraíso surgiu da ideia de uma única pessoa é fantástico. A ideia do rancho ou fazenda para os gatos, que na verdade mais parece uma cidade dos gatos, localizada em Jacksonville, Florida, surgiu por acaso em 2003 e de lá para cá se expandiu para um verdadeiro
santuário de 30 acres que abriga mais de 500 gatos abandonados ou sem lar. Seu fundador, Craig Grant, é que mantém o custeio quase que total do santuário. Esse senhor simpático grande amante dos animais vê toda sua felicidade e realização em ver a felicidade e boa vida que levam os gatos neste local. Com muita habilidade e criatividade o próprio Grant construiu a maior parte do lugar e o mantém embora precise trabalhar fora para manter-se e aos gatos. A maioria dos gatos que vivem no local era gatos de rua ou abandonados que viviam vagueando sem teto. Outros ainda vieram parar no local porque por algum motivo seus donos não
Reprodução/ Rancho Caboodle
de sonho que inclui árvores e até casinhas para abrigá-los das intempéries. Claro que com tudo isso os gatos o adoram, basta ver que o seguem por toda parte e o reconhecem de longe. É algo maravilhoso de se ver quando Grant está no meio deles.
Por incrível que pareça, a história desse homem maravilhoso e seus gatos nasceu por acaso. Aliás, ele nem sequer gostava de gatos. Eis como ele narra sua história no site Rancho dos Gatos: “Eu estava alugando uma casa de condomínio a dois passos da praia com meu filho. Tinha todos os confortos e conveniências do lar. Quarto mobiliado, a um curto passeio até a praia e perto do trabalho. Então, meu filho saiu por conta própria pela primeira vez. Ele deixou sua gata comigo, porque ele não podia levá-la com ele. Eu não gostava de gatos, mas concordei em ficar com ela. Eu não estava acostumado a ficar sozinho e a gata Pepper não era qualquer uma. Nós lentamente começamos nos dar bem. Alguns meses se passaram e eu descobri que ela estava grávida. Oh grande, e agora? Ela teve cinco gatinhos. Eu queria dar-lhes sumiço, porque eu não queria a minha linda casa destruída, mas meu filho disse-me que tinha que ficar com a mãe durante 8 semanas. Durante esse tempo eu aprendi que cada gato tem sua personali-
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Reprodução/ Rancho Caboodle
dade própria e não demorou muito para que os gatinhos estivessem balançando as minhas cortinas. Eu não me importava. Algo tinha mudado... Eu não queria abandoná-los. Mas, com seis gatos, as reclamações começaram com o proprietário do condomínio e os vizinhos. Eu sabia que tinha que procurar outro lugar para ir. Eles não estavam seguros na vizinhança. Encontrei um de meus gatos machucado e outro foi mordido por um pitbull que eu sei que foi solto para esse fim. Algo precisava ser feito. Eu não sabia o que fazer em primeiro lugar, assim eu construí um barracão no quintal do meu filho e vivi nele por um tempo. Então eu encontrei um anúncio de um corretor de imóveis oferecendo cinco acres em uma fazenda com árvores; financiada direto do proprietário, a baixo custo mensal... O problema era que ele estava 100 quilômetros a oeste de Jacksonville.
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Saí para ver e adorei. Ao longo dos próximos meses, eu comprei mais cinco terrenos. Agora tenho 25 acres. Limpei uma pequena área e comprei um trailer como um refúgio para meus gatos. Eu coloquei nele uma porta de animal de estimação e prateleiras acolchoadas para eles. Nessa época eu tinha 11 gatos. Eu tinha ficado com gatos abandonados e errantes da vizinhança e das áreas que eu trabalho como um empreiteiro. Eu tinha 22 gatos até a primavera de 2004. Não tenho mais nenhum dos meus móveis antigos; itens materiais não são importantes para mim mais. Meus gatos me fizeram mais feliz do que nunca. Eles realmente são os melhores amigos que eu já tive. O Rancho Caboodle agora é um santuário permanente para os gatos que têm sido chutados por pessoas sem coração. Há muitas histórias tristes entre todos os gatos que eu adotei. Alguns quase morreram de fome, alguns deles se encontravam feridos. Eu vi muitos fechados em jaulas durante meses em abrigos de animais e fiquei com alguns deles também. Os gatos devem ser capazes de andar livremente, e em Caboodle Ranch, é o que eles fazem. Estamos no meio de 100 hectares de fauna. Os gatos me seguem através das trilhas naturais que eu coloquei e mantenho, sobem em árvores fortes que eu construí e se escondem em tocas escavadas no subsolo que tenho feito para eles. Todos os gatos foram esterilizados ou cas-
trados, todas as vacinas são atualizadas e eu mantenho as visitas regulares ao veterinário para cada um deles. Eu viajo a 250 milhas de ida e volta várias vezes por semana para trabalhar e voltar para manter um porto seguro para se viver. Cada um dos meus gastos saíram do meu próprio bolso e faço com muito pouco para que eu possa dar-lhes uma vida feliz, mas nem sempre é fácil”. Se você quiser conhecer um pouco mais desse fantástico trabalho, acesse www.caboodleranch.com.
Fonte: jornaldosanimais.blogspot.com
Reprodução/ Rancho Caboodle
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Pet Risadas Cuidado com o cão
Pet Risadas Piadas do mundo animal!
Gato invasor
Charada animal
Porque um cachorro entrou na igreja no meio de uma missa? R: Porque ele era um pastor
O policial do 190 atendeu o telefone e foi anotando o pedido de socorro: - Por favor, mandem alguém urgente, entrou um gato em casa! - Mas como assim? Um gato em casa? Um gato! Ele invadiu minha casa e está caminhando em minha direção! - Mas como assim? Você quer dizer um ladrão? - NÃO! Estou falando de um gato mesmo, desse que faz 'miau, miau', e ele está vindo em minha direção! - Vocês têm que vir agora ! - Mas o que tem de mais um gato ir na sua direção? - Ele vai me matar, ora bolas! E vocês serão os culpados! - Quem está falando? - O papagaio, oras!
Telegrama animal
Um cachorro Pastor Alemão entrou numa agência dos correios, pegou um formulário de telegrama e escreveu: - Wof...Woof..Woof..Woof...Woof...Woof... Woof...Woof...Woof. O atendente examinou o papel. - Só tem nove palavras aqui - ele disse. - Você poderia mandar outro Woof pelo mesmo preço. - Mas aí - respondeu o cachorro - perderia todo o sentido...
O rato roeu...
Dois ratos entraram num cinema e foram direto para a sala de projeção. Roeram todo o rolo do filme. Terminado o jantar, um perguntou para o outro: - Gostou do filme? - Não, gostei mais do livro!
O sujeito entra numa loja onde há um cartaz: “Cuidado com o cão!”. Dentro ele vê um cachorrinho mínimo com uma cara de manso, deitado no chão ao lado do caixa. - Hei - exclama o sujeito - É este o cachorro com o qual eu tenho que tomar cuidado? - É esse mesmo - responde o caixa. - Mas ele não parece nem um pouco perigoso. Por que o senhor pôs este cartaz? O caixa explica: - Porque antes todo mundo pisava nele.
Ladrão descuidado
Tarde da noite, um ladrão entrou numa casa que ele achava que estava vazia. Com cuidado, na ponta dos pés, atravessou a sala, mas de repente parou, apavorado, quando ouviu uma voz dizer: “Jesus está te olhando.” - A casa ficou silenciosa de novo, e o ladrão continuou a andar. “Jesus está te olhando”, a voz falou de novo. O ladrão parou de novo. Ele estava apavorado. Nervoso, ele olhou em volta. Num canto escuro, ele notou uma gaiola, e um papagaio dentro dela. Ele perguntou para o papagaio: - Foi você que disse que Jesus esta me olhando? - Sim. - respondeu o papagaio. O ladrão deu um suspiro de alívio, daí perguntou ao papagaio: - Qual é seu nome? - Clarence. disse o papagaio. - Este é um nome muito besta para um papagaio. - disse o ladrão - Quem foi o idiota que te deu este nome? - O mesmo idiota que deu o nome de Jesus para o rottweiler
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Pet Risadas Cuidado com o cão
Pet Risadas Piadas do mundo animal.
Gato invasor
Charada animal
Porque um cachorro entrou na igreja no meio de uma missa? R: Porque ele era um pastor
O policial do 190 atendeu o telefone e foi anotando o pedido de socorro: - Por favor, mandem alguém urgente, entrou um gato em casa! - Mas como assim? Um gato em casa? Um gato! Ele invadiu minha casa e está caminhando em minha direção! - Mas como assim? Você quer dizer um ladrão? - NÃO! Estou falando de um gato mesmo, desse que faz 'miau, miau', e ele está vindo em minha direção! - Vocês têm que vir agora ! - Mas o que tem de mais um gato ir na sua direção? - Ele vai me matar, ora bolas! E vocês serão os culpados! - Quem está falando? - O papagaio, oras!
Telegrama animal
Um cachorro Pastor Alemão entrou numa agência dos correios, pegou um formulário de telegrama e escreveu: - Wof...Woof..Woof..Woof...Woof...Woof... Woof...Woof...Woof. O atendente examinou o papel. - Só tem nove palavras aqui - ele disse. - Você poderia mandar outro Woof pelo mesmo preço. - Mas aí - respondeu o cachorro - perderia todo o sentido...
O rato roeu...
Dois ratos entraram num cinema e foram direto para a sala de projeção. Roeram todo o rolo do filme. Terminado o jantar, um perguntou para o outro: - Gostou do filme? - Não, gostei mais do livro!
O sujeito entra numa loja onde há um cartaz: “Cuidado com o cão!”. Dentro ele vê um cachorrinho mínimo com uma cara de manso, deitado no chão ao lado do caixa. - Hei - exclama o sujeito - É este o cachorro com o qual eu tenho que tomar cuidado? - É esse mesmo - responde o caixa. - Mas ele não parece nem um pouco perigoso. Por que o senhor pôs este cartaz? O caixa explica: - Porque antes todo mundo pisava nele.
Ladrão descuidado
Tarde da noite, um ladrão entrou numa casa que ele achava que estava vazia. Com cuidado, na ponta dos pés, atravessou a sala, mas de repente parou, apavorado, quando ouviu uma voz dizer: “Jesus está te olhando.” - A casa ficou silenciosa de novo, e o ladrão continuou a andar. “Jesus está te olhando”, a voz falou de novo. O ladrão parou de novo. Ele estava apavorado. Nervoso, ele olhou em volta. Num canto escuro, ele notou uma gaiola, e um papagaio dentro dela. Ele perguntou para o papagaio: - Foi você que disse que Jesus esta me olhando? - Sim. - respondeu o papagaio. O ladrão deu um suspiro de alívio, daí perguntou ao papagaio: - Qual é seu nome? - Clarence. disse o papagaio. - Este é um nome muito besta para um papagaio. - disse o ladrão - Quem foi o idiota que te deu este nome? - O mesmo idiota que deu o nome de Jesus para o rottweiler
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Doutores da alegria e da amizade Dizer que eles são fiéis é pouco para descrever o que um animal de estimação significa na vida de pessoas mais velhas. A companhia de um bichinho melhora a autoestima, traz alegria e estimula a prática de exercícios “Os animais de estimação funcionam como um suporte emocional. Com o tempo, acumulamos perdas afetivas, físicas e até de papel na sociedade. A companhia de um mascote dá estabilidade e faz com que a pessoa recupere funções”, explica Ceres Berger Faraco, médica veterinária, doutora em psicologia e autora de trabalhos sobre terapia assistida por animais.
Cuidados
A saúde do idoso é frágil e precisa de algumas medidas para evitar acidentes
Quedas
Cachorros muito pequenos podem fazer com que o idoso tropece em casa. É preciso educar o animal e deixar os cômodos sem obstáculos.
Unhas bem cortadas
A pele da pessoa mais velha é frágil e pode machucar facilmente. As unhas dos animais devem estar sempre aparadas para evitar acidentes.
Sol
É sempre bom lembrar: passeios devem ser feitos em horários em que o sol é mais fraco, no início da manhã ou no fim da tarde. Isso vale para o idoso e para o cão. Também é preciso usar protetor solar.
Mordidas
Alguns cães têm o hábito de morder. O costume é mais comum nos de pequeno porte. A única solução é o adestramento. Fontes: Cristina Coelho Neto, médica veterinária do Consultório Veterinário Vetclin; Roberto Luiz Lange, médico veterinário da Clínica Santa Mônica.
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Na alegria e na tristeza Um animal de estimação trata da mesma forma as crianças, os jovens ou idosos. Ele ouve todas as histórias sem criticar e, se preciso, não liga de passear todo dia no mesmo lugar. “É uma amizade incondicional, eles aceitam o dono indiscriminadamente e demonstram afeto sempre. O resultado é a promoção da autoestima”, afirma a médica veterinária Ceres. A alegria que os pequineses Nuno, Nina e Bebel trazem para a vida de Norma Amaral, de 70 e poucos anos (como ela gosta de dizer), pode ser percebida em dois minutos de conversa. É só ouvi-la contar sobre quando Nina, de 3 anos, brinca de esconde-esconde ou quando os três resolvem sentar no sofá na hora do noticiário da tevê. “Eles assistem comigo. Cada um tem seu lugar no sofá. Às vezes, Bebel, de 1 ano, quer pegar o lugar de outro e dá briga”, conta. Norma mora sozinha e não consegue mais imaginar sua vida sem os cachorrinhos. “Só quem tem sabe a alegria que eles podem dar. É só chegar em casa e ver que estão me esperando e o dia fica mais bonito. Não vou dizer que eles não me dão trabalho, porque dão sim, mas é compensador.” Vivian Hauer, de 77 anos, também não consegue imaginar como seriam suas manhãs sem a cantoria animada do seu canarinho de 4 anos. O nome dele? Roberto Carlos. “Quando ganhei o Roberto logo vi que ia ser um ótimo cantor, então dei o nome. Ele anima a casa. Já tive outros passarinhos, mas eles não viveram muito tempo. Espero que o Roberto viva muito ainda.”
Amigo ideal Não importa se é um cachorro de raça ou um vira-latas, um gato ou mesmo um passarinho. A preferência por um ou outro depende dos hábitos da pessoa. Saiba como escolher o companheiro perfeito:
Tamanho:
O porte é definitivo na hora de adotar o animal. Cães de raça grande são muito fortes e podem arrastar o idoso em uma caminhada. O ideal são as raças médias, de mais ou menos oito quilos.
Idade:
Filhotes, não! Além de ter de educar o animalzinho, vai ser difícil acompanhar o ritmo dele. Cães adultos são mais indicados. Que tal adotar um vira-latas mais velho? A vantagem de ter cães adultos, de 5 ou 6 anos, é que tanto o dono quanto o animal estarão no mesmo ritmo.
Raças:
Alguns cães de médio porte são muito agitados, como o beagle e o cocker spaniel. Essas raças precisam ser educadas. Lhasa apso, poodle ou mesmo os cães de focinho curto – pug e buldogue inglês – são mais tranquilos.
Bichano:
Gatos também demonstram carinho, mas não gostam de passear e são menos sociáveis. Por isso são os amigos ideais de idosos que têm menos mobilidade e não podem andar muito.
Pequeninos:
Os pássaros podem ser ótimos companheiros, principalmente as espécies que têm o costume de cantar, como canário ou pintassilgo. A calopsita também é uma boa opção, pela interação com o dono. Fontes: Cristina Coelho Neto, médica veterinária do Consultório Veterinário Vetclin; Roberto Luiz Lange, médico veterinário da Clínica Santa Mônica.
Além de mandar a solidão embora, quem tem um animal de estimação tem uma rotina mais saudável. Imagine o quanto é preciso se movimentar para cuidar de um bichinho: colocar comida, limpar a casa ou gaiola, brincar. “São estímulos para as atividades físicas. Isso pressupõe um ganho em mobilidade”, afirma Ceres. Recuperar funções pode significar um recomeço. “É um novo sentido para a vida do idoso, que geralmente fica bastante tempo sozinho. Faz com que ele sinta menos a ausência de familiares e também se considere útil para alguém”, diz Fernanda Cidral, psicóloga clínica e terapeuta. Não é à toa que existem vários estudos científicos que comprovam os benefícios que um animal de companhia pode trazer à saúde do idoso, entre eles a melhoria de quadros de doenças crônicas, como diabete ou hipertensão. A médica veterinária Leticia Séra Castanho, fundadora e coordenadora do Projeto Amigo Bicho, de Curitiba, promove encontros entre animais e idosos em tratamento de mal de Alzheimer ou Parkinson. “Há uma melhor resposta a terapias de um modo geral, porque aumenta a resposta imunológica e a sensação de bem-estar. Ao contar as histórias de seus animais e falar sobre o passado, os idosos estimulam a memória. Quando eles escovam os pelos dos cachorrinhos ou fazem carinho, treinam a coordenação motora.” 27
O vínculo entre o idoso e o animal de estimação pode ser muito mais forte do que em outras fases da vida. “O animal torna-se a própria família da pessoa”, diz a psicóloga e terapeuta Fernanda. O medo de perder o amigo animal pode ser maior, mas deve ser enfrentado da mesma forma, como em qualquer outra fase. “É preciso lidar com o luto. É bom sempre olhar pelo lado positivo, para o que o idoso ganhou com a convivência.” Há também o outro lado: o risco de o bichinho perder o dono. “As pessoas precisam pensar por outra perspectiva, no lado do animal, que também sofre. Há o risco das duas coisas acontecerem e a família deve estar preparada para adotar esse animal ou dar suporte caso o idoso perca seu amigo”, afirma Ceres. u
Parceiro de vida saudável O companheiro de caminhada de Luiz Fernando Ribeiro de Campos, 65 anos, é Pudim, um yorkshire terrier de 8 anos e meio. Os dois andam, em média, uma hora por dia. Antes de o yorkshire ser adotado pela família, há três anos, Luiz não tinha o hábito de caminhar. “Ele precisa caminhar e eu também. É um incentivo. Passei a ir com ele e criei o hábito.” A médica veterinária Cristina Coelho Neto, do Consultório Veterinário Vetclin, considera a caminhada uma das melhores formas de o cachorro e o dono compartilharem momentos de lazer e se exercitarem. “O idoso se anima e se cuida mais porque precisa estar bem para acompanhar o cachorro. Ele sabe que o bichinho depende dele.” O médico de Luiz Fernando ficou feliz com a rotina trazida pelo yorkshire. Depois de dez anos, a diabete e a hipertensão estão controladas. “A atividade física foi fundamental. Quando Pudim desanima, pego ele no colo e continuo caminhando, mas normalmente nós dois seguimos o mesmo ritmo, ele é ligeirinho.”
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Mais sociáveis Não falta assunto para quem tem animais de estimação. É por isso que os especialistas dizem que eles são como facilitadores sociais. “É diferente passear sozinho e com um cachorro, por exemplo. Sempre vai ter alguém para perguntar alguma coisa ou trocar experiências. Assim essas pessoas acabam aumentando o círculo de amigos”, diz a médica vererinária Ceres Faraco. Quando Lilian Nogueira resolveu comprar um gatinho persa para a sua mãe, Marlene Gon çal ves Dias, de 73 anos, a ideia era que ela se sentisse menos sozinha. “Eu viajava muito e ficava preocupada. No começo, ela não gostou, mas foi só eu levar Joy para casa e vi que se dariam bem. Ela briga, brinca com o gato, educa. Antes minha mãe era mais quietinha e fechada, hoje está bem mais ativa.” Marlene concorda: “Fico mais alegre com Joy”. Agora Lilian não viaja tanto, mesmo assim, quem cuida de tudo, inclusive dos mimos, é sua mãe. “Refogo almeirão e escarola para misturar na ração, ele gosta muito.” A psicóloga Fernanda Cidral alerta para o fato de que a pessoa mais velha não deve se restringir somente à relação com o animal e evitar o contato com outras pessoas. “Um cachorro não vai substituir a família ou os filhos. O contato humano é indispensável. A pessoa pode dosar isso e não se fechar muito, mas aproveitar o contato para treinar habilidades sociais, como se comunicar ou demonstrar afeto.” * Esta matéria foi originalmente publicada no site do jornal Gazeta do Povo.
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