T1697 revista de seguros maio de 1980 ocr

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60 ANOS EM CIRCULAÇAO

Não é só nas horas difíceis que você _ deve se lembrar do seu corretor de seguros.

- - Haú

. ~ ~ltaú/, Seguradora/ r

"r

RIO DE JANEIRO

MAIO

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1980


Segure seus amores. Você trabalha e constrói: é um vitorioso. Sua mulher e seus fllhos contam com você. Podem contar com você. E você, conta com quem? A Atlântica-Boavista lhe dá a tranqüilidade de também poder contar com alguém. Entre, com sua família, no círculo de proteção da Atlântica-Boavista. As pessoas que você ama terão o seu amor para sempre.

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MACHISMO

Nossa legislação de previdlncia social é do glnaro masculino - ou IIIIChista, para quem ptefere eiSI8 termo. Continua dominada por uma ll iNirsm~ cultural anacrômica, que coloca o homem no trono do reino

fwnilisr (com as prerrogativas, mas também com as responsabilidades posição de relevo). No panorama social de hoje, entretanto a verdade é que a figura do Cllbeça do casal vai-se tornando cada vez mais esvaziada. Isso porque a ~ lllrlidlde econômica vem retirando dos ombros do homem, para reparti-la com a mulher, a carga pesada do orçamento doméstico. Se ainda por vezes ocupa o trono, o homem reina, mas não governa. A atual união familiar, que também virou comunhão de trabalho e dl renda, permanece ignorada pela previdência social. Para esta, segundo a lei, a mulher pode ser dependente e beneficiária do homem. A reciproca, no entanto, nunca pode ser verdadeira. O viúvo não ,.em direito 1 pensão, mesmo que se Vi, com a mulher., .um arrimo também financeiro. Quem foi o artlfice dessa legislaçlol O próprio homem. Mas em outra ~poca, porque agora, - quando ele assiste a criatura se voltõr contrl o criador- sua concepção é outra. Se tudo comecasse de novo, o regime de beneflcio do seguro social nlo faria distinçÍo de sexo. Essa itMia, aliás, está preparando o terreno para uma desejada reforma da lei. Na área do seguro privado faz bastante tempo que o problema deixou de existir. Aqui mesmo, no Braiil, o homem pode fazer par com a mulher, na apólice de vid1 em grupo, os dois constituindo-se beneficiários reclprocos: qualquer dos dois, enviuvando, recebe o capital segurado 10bre a vida do outro. Na Inglaterra há planos mais avançados. Ainda existem casais que dividem as atribuiç6es da vida em comum, reservando à mulher a execuçlo dos trabalhos dom4sticos · em regime integral. No entanto, em IThJitos desses casais o marido nlo tem condiç8es financeiras para, na viuvez, manter ~m boa ordtlm os illrviços da casa. Para esses casos existe um seguro especlfico, que garante ao viúvo uma pensão equivalente 10 custo mensal de uma empregada doméstica. Outro testemunho da declldlncia do mlchismo, em termos de seguro, é dado pelas estatlstiCBI japonesas. Na terra de Hirohito, o crescimento real do mercado de 111guros de vida (Compra de apólices novas) é liderado pelas mulheres.

A DE SEGUROS

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COI\JSELHO DE ADMIN _ISTRAÇAO Pârnphilo Pedreira Freire de Carvalho- Presidente Paulo Sér:.Jio Freire de Carvalho Gonçalves Tourinno Francisco de Sá Junior- Vice-Presidente DIRETORIA Paulo Sérgio Freire de Carvalho Gonçalves Tourinho- Diretor Superint~>~lrl• Luiz Carlos Freire de Carvalho Gonçalves Tourinho- Diretor José Maria de Souza Teixeira Costa - Diretor Antonio Tavares da Câmara- Diretor Fernando Antonio Sodré Faria - Diretor Sérgio Charles Túbero -- Diretor MATA IZ:

Salvador/B;~hi.t

SUCURSAIS NAS CIDADES DE: São Paulo - Rio Je Janeiro- Porto Alegre- Fortaleza - Recife:.... Belo Horizonte- Manaus- Teresina- São Luiz - Maceió - Belém - Natal - Aráca'ju -João Pessoa -CuritibaVitória- Brasília- Goiânia- Cuiabá ·:.:_ Cámpo Gra_nde. AG~NCIAS EM TODO O PAIS

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REVISTA DE S


POLUIÇÃO E SEGURO LUIZ MENDONÇA

A poluiçio desconhece fronteiras geográfiReno é um exemplo, banhando diferentes com suas águas contaminadas. Outro • o superpetroleiro, derramando carga _......... mar na rota das suas longas travesà poluição nuclear, desta . ~nhum • necessário. Aslim, não foi á toa que a ONU se julgou llftllnet:lda com o problema, se· não para re: 10 menos para tentar o consenso de painuma ação comum. Com essa espec(fica, sua primeira Conferência foi em Estocolmo, no ano de 1972. Ali se o Dia Mundial do Meio-Ambiente, mais comemorado inclusive no Brasil. A defesa da ecologia, entretanto, não é wna questão pol ítica, nacional e internaEstende-se também ao campo econômipor sinal costuma enfrentar as mais difírenitentes barreiras. Equ ipamentos entiporepresentam custos adicionais sobre a industrial. E nenhuma empresa, qÜandas concorrentes. Seja no mercado inmenos, no internacional. Daí a antiga da poluição que se pode conceitudtliberada. 11mbém a contaminação sinérgica ou Cada indústria lança seus efiuentes, e extenso rio, em níveis cientificamenE todas, em conjunto, terminam a ecologia, em prejuízo da qualidade dls populações ribeirinhas. ainda a poluição inconsciente, colf'l11ndida a que somente é descoberta depois. Um caso, entre muitos outros: deAssuã, marco de uma revolução inno Egito. Além de suprir energia hidreléconquistar extensa área desértica, ele25% a superfície cultivável cjo pr.ís. depois que a barrag~m re1inha o 16 fertilizador de fazendas situadas

ou, ainda

abaixo dela, mas também compensador da erosão do solo. Mais ainda: com a represa, o delta do Nilo perdeu o volume normal de nutrientes. Como resultado caiu a produtividade dos pesqueiros e a indústria da pesca engatou marcha-à-ré. Na verdade, hoje em dia há soluções tecnológicas para quase todos os problemas de poluição. O que ainda não existe, em muitos pa íses (Brasil inclusive), é a firme decisão política de executar amplos e eficazes programas de preservação do meio-ambiente. Para essa decisão, aliás, não falta o suporte nem a conscientização da opinião pública. Com uma legislação bem feita e a vigilância efetiva de órgãos especializados (aplicando severas punições, quando necessário). o Estado possuirá armas suficientes para reduzir de maneira expressiva os índices de contaminação. Pode-se perguntar: e a poluição inconsciente? Para preveni-lá, o simples bom-senso sugere que o melhor caminho, na implantação de todo grande projeto industrial, é completá-lo com sérios estudos prévios de suas repercussões ecológicas. Quem sabe se estudos dessa natureza não evita· riam o episódio de Love Canal, no vale do Niágara? Ali, pouco antes do recente Dia Mundial do Meio-Ambiente, descobriu-se a poluição genética do lixo químico de uma industria local : crianças nascendo defeituosas pela contaminação de cromossomas dos pais. Uma forma de poluição, no entanto, haverá sempre em estado potencial: a poluição que se pode chamar de fortuita . Acidentes ocorrem e deles não estarão livres os equipamentos antipoluentes. Para esse tipo de poluição, que acontece quando o equipamento avariado não evita a liberação de efluentes, existe o seguro, cuja função é a de indenizar as v(timas dos danos então provocados. Em alguns países, como os Estados Unidos e a Alemanha, tal seguro está em franca expansão. Na semana passada, toda ela dedicada pelo Brasil à defesa do meio-ambiente, duas notfcias importantes vieram a público: 1) o projeto de

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··...

·.

Çomo j' disse alguém, uma criaçio do Conselho Nacional do Meio-Ambiente, traem dr.c:Hnio quando se revela incapaz dentro de lei oue ampliaria nossas armas atuais de servar o meio-ambiente de que depende defesa ecológica; 2) a concluslo do projeto de · · tentar-se. seguro contra a poluiçlo, a ser encaminhado pelas empresas seguradoras à aprovaçlo do Governo.

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SEGURADORES COMEMORAM "DIA CONTINENTAL DO SEGURO" E ASSISTEM À POSSE DA NOVA DIRETORIA DO SINDICATO DE SAO PAULO

Sob o patrocínio do Sindicato das de Seguros Privados no Estado Slo Paulo, realizou-se no dia 8 de capital paulista, a solenidade IMI'IN'\r::.tiva do transcurso do "O ia -'"""'~"'1 do Seguro". O evento desenno Hotel Maksoud Plaza e concom a presença do Presidente do Insde Resseguros do Brasil, Sr. Ernesto Superintendente da SUSEP, Sr. de Assis Figueira, Presidente da G, Sr. Clínio Silva, Presidente do das Empresas de Seguros Privano RJ, Sr. Victor Arthur Renault, auseguradores e representantes demais entidades ligadas ao Sistema de Seguros Privados. Na oportunidade, houve a cerimônia da nova Diretoria do Sindicato ,,.,.,,nr<"' naquele Estado, para o 1980/83. O sr. Ernesto Albrecht, discurso, congratulou-se com a seguradora pelo transcurso de mais Continental do Seguro" e com a Diretoria do Sindicato local. Por sua Sr. Clínio Silva formulou votos de

URO E SOLIDARIEDADE

o seguinte o discurso pronunciado Ernesto A lbrecht: DIA DO SEGURO, entre nós dacontinental, deixa transpareprópria geografia das suas come-

morações, a tendência dos mercados seguradores para a comunhão internacional. Aliás, essa é a vocação mesma de toda a economia, reconhecida e sintetizada no velho princípio da divisão internacional do trabalho. Uma distinção, a meu ver, é no entanto particularmente significativa. Nas demais áreas, o comércio internacional promove a troca de riquezas, sem dúvida útil e necessária a cada parceiro desse intercâmbio. Com o seguro, todavia, mais do que uma j)arceria comercial, o que se promove é a participação solidária da comunidade internacional, em perdas e desinvestimentos que a nenhuma economia nacional, isoladamente, convém ou é possível suportar. Hoje, a própria economia internacional enfrenta graves vicissitudes e, em cada nação, atingem magnitudes nunca antes conhecidas, os interesses em busca de segurança econômica. A julgar pelos esforços que realizam, creio que os seguradores se dão plena conta do papel do seguro nesse novo quadro histórico. Creio que se dão conta, igualmente da importância do desempenho de cada mercado, não só em cada economia nacional, mas também na comunidade internacional. Por tudo rsso, e fazendo votos pela continuação dos êxitos até aqui alcançados, congratulo-me com a classe seguradora pelo transcurso de mais esse "Dia Continental do Seguro". Congratulo-me com a nova Diretoria do Sindicato local dos Seguradores e com o seu Presidente, augurando todo sucesso na sua gestão".

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A presidência da Diretoria do eato das Empresas de Seguros O Sr. Clínio Silva proferiu o segunte de Capitalização no Estado de Sio discurso: na qual tivemos a honra de ser "Minhas palavras serão breves e terão dos há pouco, o que muito ag apenas a finalidade de saudar e agradecer permite-nos saudar os ilustres aos Seguradores paulistas por terem trans- t: . nesta noite de confraternização formado a sua festa familiar, de posse so- juntos comemoramos o "Dia Iene da nova Diretoria do seu Sindicato, do Seguro". numa festa, oferecida a todos os Segura- ~ com orgulho que São dores do Brasil, em que se · comemora promove esta reunião e com honra também o "Dia Continental do Seguro". cebe, entre o utras personalidades, o Não nos surpreende essa generosida- dente do IR B, Dr. Ernesto de. Já nos habituamos a ela. Já nos habi- Superintendente da SUSEP, Dr. tua mos, brasileiros de todos os quadrantes de Assis Figueira e o Presidente da a sermos aqui recebidos de forma a nos SEG, Dr. Clínio Silva. sentirmos em nossa casa. Este "Dia Continental do Nesse mundo atual de inseguranças, ano de 1980 constitui um marco torna-se cada vez mais importante o papel tivo. ~ o primeiro da década de da instituição do seguro. Por isso mesmo, meiro após o decênio mais rico de folgo em registrar, aqui no Brasil, a classe ções que o nosso Mercado ~>vn.Prillll seguradora tem agido, sempre, com plena desde o remoto ano de 1808, consciência das suas responsabilidades, ho- gênio do Visconde de Cairu, je bem maiores. E por isso o Mercado de Cia. Boa Fé, deu início à história Seguros tem ft!ito tábua rasa de um teore- ro no Brasil. ma emergido de experiência .histórica de Acabamos de viver a década outras economias: o teorema de que a in- na qual o seguro deu um salto fiação se conjuga com a desaceleração da . que o do Produto Interno Bruto: atividade produtiva e com o declínio O Pl 8 crescendo de : 145% ainda maior da venda de seguros. Entre O Seguro crescendo de : 224% nós, a inflação desenvolveu-se e a taxa Ativo Líquido do Mercado anual de crescTmente do PIB diminuiu, do: 346%, tud'> no decênio 1970 mas o seguro cresceu acima dessa taxa. E esse feito , que nos enche Ao comemorarmos o "Dia Continen- deve conduzir-nos à posição de tal do Seguro", regi~remos a nossa espe- do caminhante que, ao atingir o rança e a nossa fé d~ que seja ainda me- montanha , sem ali se deter, lhor nosso desempenho neste ano de olhar para a persp~ctiva mais 1980. horizonte sem fim, a caminhada A nossos fidalgos anfitriões, a nova empreender. Diretoria dos Seguradores paulistas e seu A história não guardou o Presidente Ney Martins, nossos parabéns personagem, mas registra o fato. e votos de uma profícua gestão. o Diretor do Registro de Estados Un idos pediu sua Secretário de Estado do Co NOVA CAMINHADA ficando-a com a inut ilidade de Agradecendo a presença das autori- "Já não havia mais nada para ser dades, seguradores e demais representan- do". Sentia, nas palavras de M tes do setor, o Sr. Walmiro Ney Cova no fim da aventura, a náusea do Martins, pronunciou o seguinte discurso: triunfo de sua geração. "Os encargos por mais pesados que Furtemo-nos à "náusea do sejam, trazem também grandes satisfações. concentrando-nos na busca do INFLAÇÃO E SEGURO

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entre nós está para ser "inventado": o aperfeiçoamento das operações e procedimentos administrativos, face aos seus custos crescentes: a busca de negócios internacionais que carreem saldo positivo em moeda forte para o nosso país; a integração da Previdência Privada ao nosso Sistema: e, os mais desafios, inclusive o da harmonização entre os interesses sociais e privados que estão presentes à espera de nos&> toque criador. Por fim, agradecendo mais uma v._ _ o prazer do nosso encontro, as palavras do Dr. Clínio Silva e do Dr. Ernesto Albrecht a presença dos nossos convidados, a colaboração dos nossos companheiros de Diretoria, a colaboração da Associação das Companhias de Seguros, na pessoa do seu M.D. Presidente, o Dr. Caio Cardoso de Almeida; por fim, como dissemos, gostaríamos que cada um levasse consigo a lembrança do que diz um autor contemporâneo. "O futuro não está absolutamente predeterminado como alguma coisa secretamente codificada no livro maior do destino que deveríamos tratar de decodificar.

REVISTA DE SEGUROS

Contudo, também não é um aconteciment o fortuíto ao azar e que obedece a fatores do nosso controle. Muito ao contrário, o futuro emergirá como resultado da ação ao homem, como uma construção humana". Dentro dessa linha de pensamento, deveremos nos unir e trabalhar para construir o seguro do amanhã que já hoje começou. Com os nossos agradecimentos, damos por encerrada as festividades do "Dia Continental do Seguro", comemorado nesta data". Eleita para o triênio de 1980/83, a nova Diretoria do Sindicato das Empresas de Seguros Privados em São Paulo é constituida .dos seguintes nomes : Walmiro Ney Cova Martins-Presidente; Diretores Pedro Pereira de Freitas, Nélson Roncaratti Octávio Cés:.r do Nascimento, Jayme Brasil Garfinkel, Waldemar Lopes Martins, Suplentes: Alberico Ravedutti Bulcão, Gilson Cortines de Freitas, Rubens dos Santos Dias, Sérgio Túbero,Ryuia Toita e Sérgio Carlos Faggion.

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......

OPINIAO DA REVISTA Política de pessoal na empresa moderna

ergonomia. Abrem-se com isso largos horizontes à gestão de pessoal e às relaDizem os mestres que a economia é a ções humanas, dois ramos importantes da ciência da escassez. Tal afirmativa decorre Administração que se vem ocupando da do conceito de bem econômico, reservado tarefa de valorizar o trabalho e otimizar à utilidade que preenche a condição es- sua eficiência, cercando-o para tanto dos sencial de ser escassa e, assim, capaz de requisitos de influenciar-lhe o rendimento. Anima a avançada empresa moderna tornar-se dotada de valor. O exemplo contumaz, usado para ilustrar essa verda- o propósito racional de criar adequado deira teórica, é o do ar que ohomemespira ambiente de trabalho, em termos não só - bem sem valor econômico porque, pelo materiais, mas também e psicológicos. Nos dias de hoje dificilmente se obtém da formenos por enquanto, ainda é abundante e livre. Escassez, portanto é também ça de trabalho o máximo do seu efetivo o signo da empresa econômica. Por isso potencial de produtividade pelo simples mesmo, a chave do seu êxito gerencia l está ajuste financeiros dos nlveis salariais. O na sabedoria com que se combinem, para homem quer mais do que isso, pois já ado máximo de rendimento comercial, os es- quiriu consciência de que suas necessidacams fatores produtivos de que ela dis- des não se confinam a despesas orçamenponha. tárias correntes que o produto do seu traEssa premissa básica, se outras fortes balho atual passa cobrir. Em escala cresrazões não existissem, por si mesmas bas- cente, a ele preocupa a idéia de carência taria para explicar e justificar a moderna de novas conquistas sociais. Não importendência empresarial para a valorização tanto o grau de avanço atingido pela legisdo trabalho Afinal de contas, esse é o mais lação do trabalho e da previdência, o fato importante fator de produção e seu agente é que o desenvolvimento econômico desativo - o homem - constitui o fim do perta na força de trabalho tanto aquele último de toda atividade ecónômica, pois senso de carência como seu correspondené para seu bem-estar que se montam e te ânimo reivindicatório. acionam os sistemas produtivos. r; de observação corrente que a meValorizar o trabalho, porém, não é lhoria das condições de trabalho já não se 16 recompensá-lo em estrita medida mo- processa apenas por via lega I. A empresa netária. Isso seria atirá-lo ao livre jogo das tem assumido cada vez mais papel salienforças do mercado. O tema é bem mais te nessa evolução, concedendo vantagens rico, já que envolve agente produtivo "sui para fortalecer o relacionamento com o generis", cuja análise não se e~ota na sim- seu quadro de pessoal e assim conduzi-lo à ples dimensão de um ente econômico. Aí maximização de produtividade. O seguro está em foco o homem, ser complexo que serve bem como exemplo desses novos rutranscende os critérios rígidos e quantita- mos de um crescente número de empresas. tivos das formulações unilateralmente eco- Já não satisfaz ao homem o trabalho que nométricas. lhe garanta o provimento de necessidades Hoje, tende-se menos para ajustar o presentes. Ele sabe que terá necessidades homem ao trabalho, do que para adaptar- futuras para as quais deverá preparar-se, se inversamente o trabalho ao homem, como a da incapacidade profissional por através de nova ciência em expansão- a doença, velhice ou acidente, ou como a da REVISTA DE SEGUROS

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justa aposentadoria por tempo de serviço. Por sua vez, a empresa também sabe que para tudo isso existe a Previdência Social, mas reconhece que só esse esquema não basta e, para complementá-lo institui em favor dos seus empregados os benefícios dos seguros de vida e de acidentes pessoais. Essa é uma das razões que explica, sem dúvida, o ext raordinário impulso atual do seguro de vida em grupo, no País. Tal seguro,por sua extrema versatilidade, tem condições de atender pratica mente a toda extensa e variada gama das situações e dos problemas financeiros que se vinculam ao risco da incerteza da duração da vida humana. É um avançado e eficiente mecanismo de poupança que pode, como nenhum outro instrumento de acumulação de recursos financeiros, solucionar de forma adequada e correta os problemas daquele risco a que a vida humana está em permanente exposição.

Mudança de sexo O seguro é um contrato formal (solene, na linguagem jurídica). Dizendo de outra maneira: é um contrato que só existe e produz efeitos, quando reduzido a escrito. Seu objeto - o risco - tem a particularidade de ser extramamente versátil. Costuma assumir as mais variadas formas e, por vezes, chegar até mesmo a surpreender, vestindo-se de inusitado. Como reduzir a escrito, numa definição estática; essa figura tão dinâmica? Pensando bem, toda definição é uma espécie de cárcere, onde se tenta aprisionar a realidade. Mas o risco (objeto do seguro) tem as asas da versatilidade e, por isso, dificilll}9nte se deixa ficar imobilizado, submisso à prisão definitiva a terminante do palavreado das definições. Mesmo assim, no contrato de seguro é possível definí-lo com razoável abrangência; o bastante para a inclusão de satisfatório espectro de suas manifestações habituais. Qual o segredo dessas definições elásticas, no seguro? Simplesmente a experiência, a longa experiência (no tempo e

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no espaço) das empresas seguradoras, permitindo volumosa acumulação de fatos, quase tão ampla quanto o próprio caleidoscópio das formas de expressão do risco segurável: evidentemente, aí não entra o inusitado, o excepcional, que é por natureza incompatível com as bases estatís· ticas do seguro. No entanto, a própria definição de inusitado (que exclui a responsabilidade contratual da seguradora) nem sempre é fácil, completa e precisa. Às vezes deixa dúvidas e brechas, por onde têm acesso a polêmica, o conflito, o antagonismo entre as partes contratantes. A esse respeito, bom exemplo é o caso que acaba de ser julgado pela Suprema Corte de New York. A Oxford Chemi· cal contratara para seus empregados, com a Aetna Life? Casuality lnsurance Co., um seguro-saúde (assistência méd ico-cirúr· gica). A intenção das partes- diz o bom senso - não terá ido além do amparo dos beneficiários em caso de enfermidade (mal de origem orgânica e interna) ou de traumatismo resultante de acidente (causa súbita, violenta e externa). Diga-se para confirmar isso, que a apólice chegou ao detalhe de excluir expressamente a cirur· gia estética, salvo a exigida para reparar lesões oriundas de acidentes. Fugindo a esse quadro pacífico das garantias do seguro-saúde, um empregado da Oxford Chemical surgiu com o inusitado, o sui-generis Ele, um andrógino, padecia de angústia e depressão. O tratamento clínico não teve a menor eficácia para a cura dos seus tormentos e, a certa altura, os especialistas concluiram que só uma in· tervenção cirúrgica teria probab ilidade de restituí-lo a uma vida normal. Em suma o paciente teria que mudar o sexo aparente, a fim de resolver seus problemas. A empresa seguradora a legou e pon· derou que esse tipo de cirurgia não tinha guarida na apólice de seguro e, assim, não poderia custear as despesas com o tra· tamento nesse caso indicado pelos médi· cus. O beneficiário da apólice, movido pelo desejo veemente de operar-se, bateu às portas da Justiça. REVISTA DE SEGUROS


Nos a~tos, a seguradora sustentou a tese de que a operação questionada equiparava-se à cirurgia plástica, excluída das garantias do seguro. Mas não teve êxito. O Tribunal decidiu que a hipótese da demanda não era de simples melhoria da aparência física, mas de um processo psicológico que impedia o paciente de ter vida normal. E condenou a seguradora ao custeio da operação. Aparência física - é sempre um problema simples? O nariz de Cyrano de Bergerac pode não ter incomodado aquele per~nagem, mas certas pessoas, como um tal apêndice, talvez sejam arrastadas à psicose e a uma vida nada normal. Como a polêmica não aproveitada à boa imagem do seguro, o melhor é mesmo que as apólices passem a excluir, categórica e claramente, a cirurgia para mudança de sexo. Salvo se outra for a vontade das partes (empregador e seguradora). Essa é mais uma experiência que vem enriquecer a definição de risco segurável.

Acidentes, com humor Os Estados Unidos lideram com larga margem o seguro mundial. Suas empresas seguradoras faturam, no mercado interno, quase o equivalente à soma dos mercados de todos os demais países (excluídos os de economias estatizadas). Por que essa liderança? Simplesmente porque os Estados Unidos possuem o maior PNB, uma brutal renda per capita e, logicame11te, o maior volume de investimentos. É claro que atrás desses indicadores necessariamente existe elevado gráu de 'cultura econômica. Tudo isso reunido gera, decerto, maior propensão nacional para o "consumo" de seguro; melhor dizendo, propensão para a poupança mascarado de seguro. No entanto, mesmo aquele país onde tanto se cultiva o seguro, as empresas seguradoras não deixam de lutar -- e como! - contra distorçõel! e incompreensões. Lá, como em toda a parte, existe de tudo, inclusive o pitoresco. Quanto a esse últiREVISTA DE SEGUROS

mo ângulo, alguns bons exemplos acabam de sair do recesso dos arquivos de uma seguradora (A Metropolitan Life Insurance Company), para um passeio ao ar livre, isto é, nas colunas da imprensa. Esses exemplos são os de curiosas causas de acidentes, tais como as descreveram os próprios segurados ao solicitarem indenizações para os prejuízos ocorridos. Essas descrições, aliás, retratam melhor seus autores do que os fatos narrados. Um deles assim reuniu o seu caso: "O outro carro colidiu com o meu sem dar sina I das suas intenções". Trata-se de reclamante que não consegue esconder seu espírito de ordem e disciplina. Quer um trânsito tão bem organizado, a ponto de incluir o aviso prévio de acidente. Há também a legião dos distraídos, como se vê dos três seguintes casos: 1. "Pensei que minha janela estava aberta. Depois que enfiei a mão, senti que não estava". 2. "A causa indireta do acidente foi um rapaz num pequeno carro e uma boca enorme". 3. "Olhando para minha sogra, enquanto me afastava, bati çom a cabeça na parede do dique". Que sogra! O genro bem o sabe, mas preferiu conservar em segredo o motivo por que ela tanto o distraiu. Há ainda os que são capazes de acreditar até mesmo em bruxas. Vejam-se três exemplos~ 1. "Quando me aproximei do cruzamento, um sinal vermelho apareceu onde nunca aparecera antes". 2. "Um carro invisível surgiu de repente, bateu no meu veículo e desapareceu". 3. "Colidi com um caminhão estacionado, que vinha em sentido contrário". Falta de visibilidade por má arrumação da carga. Disso tem mu'ito. Exemplo: "Passei o dia comprando plantas e já estava indo para casa. Assim que cheguei a ur.1 cruzamento, pularam na minha frente alguns gálhos. Não vi o outro carro". No capítulo freudiano dos atos falha351


dos, um acidente típico: "Voltando para o lar, entrei na casa errada e colidi com uma árvore que eu não tinha". Além de Freud, quem mais pode explicar esse erro? Baco?

reção antes de atropelá-lo".

Por um momento, coloque-se o leitor na posição do profissional de seguro que vai lidar com alguns desses tipos de aciNa pequena coletânea extraída das dentes. Lembre-se de que distrações acongavetas da Metropolitan há muitas coisas tecem e algumas são perdoáveis; mas oumais. Até mesmo alegações nada estranhá- tras não, porque as leis de trânsito as veis de que os veículos foram atropelados- caracterizam como culposas e os motopor pedestres. "O rapaz não sabia para ristas (réus de culpa in vigilando) são resonde ir e por causa disso passei por cima ponsabilizados por suas consequencias. dele". Outro motorista , além do susto Em bruxas, você acredita? E quanto a (como é natural), ainda fez tudo pa ra eviBaco, deve ser venerado? tar o acidente: "O homem estava longe da A palavra é sua, leitor -e as condupista. Eu tive que dar vários golpes de di- sões também.

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ANUÁRIO DE SEGUROS Ainda temos a Edição de 1979 PREÇO Cr$ 250,00

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SOFISMAS PERIGOSOS A. Henry Chester

Em junho passado, realizou-se no London Hilton o colóquio "Shipping 2.000", do British Shippers' Council. Henry Chester, segurador marítimo·d o Lloyd's e membro do comité, de 1975 a 1978, falou sobre as tendências passadas e futuras dos seguros marítimos. O trabalho que se ~ue foi extraído de seu discurso. O "South Sea Bubble Act", de 1720, autorizou companhias de seguros, a London Assurance e a Royal Exchange, e outros "seguradores privados que negociavam por sua conta e risco" a subscreverem seguros marítimos. Esta autorização era um reconhecimento tático de que as atividades dos seguros marítimos não estavam sujeitas, naquela época, aos piores abusos, para cujo controle o ato foi planejado. O Lloyd's existiu, então, durante uns cinquenta anos de forma embrionária. Fo i só com a mudança para a Bolsa Real, em 1773, qu~ começaram a surgir o sistema os controles de qualidade que são conhecidos hoje. Os seguros marítimos têm mais de Dl anos. Há 3.000 anos, os fenícios faziam algum tipo de seguro, enquanto, há 800 anos atrás, Eleonor de Aquitânia publicou as Leis de Oleron, que codificavam a lei marítima existente e fixavam uma base para se lidar com avarias. Os seguros de cascos, no que seria hoje uma forma abrangente, tem sido feitos há séculos; e foi há 200 anos que houve a primeira emissão da S.G. Form, cuja enunciação ainda está subjacente a todos os seguros rnar(timos subscritos no Lloyd' s. REVISTA DE SEGUROS

PERSPECTIVA O que foi relatado dá apenas uma perspectiva do assunto. O futuro pode ser apenas uma questão de quarto de século ou de meio século, caso quaisquer comentários venham a ser significativos, ainda que um período tão curto não signifique qua~ nada em relação à história geral dos seguros marítimos e signifique bem pouco se comparado ao período de 300 anos em que Londres dominou como centro da indústria. Antes de 1960, as mudanças foram lentas e pouco freqüêntes; mas, a partir dessa data, tem havido uma certa mudança. A mudança não tem sido tanto um desenvolvimento da ciência, mas sim uma modificação da ênfase dada, a qual tem de ser revista em qualquer análise sobre o que o futuro deve conter. Da mesma forma que se deve considerar que o período de tempo é peq•Jeno em relação aos séculos já passados, também se deve levar em conta que o conhecimento e a capacidade de uma pessoa para explicar este assunto está sujeita às mesmas restrições. Tenho uma experiência direta de apenas 40 anos nos seguros de cascos e terei de contar com os livros de História para traçar os caminhos prováveis que nossa ciência vai seguir. É bastante fácil dizer apenas que o negócio tem sido cíclico. Certamente, estes ciclos se apresentam extremamente regulares nos últimos 75 anos. Sem considerar a "saúde" ou "doença" da indústria de navegação, condições que podem aprofundar ou diminuir nosso problema, mas que nunca o elimi353


nam pode-se notar que os anos correspondentes à metade de cada uma das últimas 8 décadas têm sido ruins para os seguradores de cascos. Diante de tal evidência, só um afoito poderia afirmar que a História é uma trapaça ou que ela nunca se repete. UM NOVO FENÔMENO Uma outra idéia do passado recente não é apenas um perigoso engano, mas parece estar prestes a se tornar parte da opinião comum - é a de que quase todos sabem melhor sobre seguros marítimos do que o segurador. Este fenômeno é comparativamente novo, mas acredita-se que não vai deixar marcas no futuro. Se continuarmos a inserir entre o segurador e os administradores de seguros contratados, agentes, seguradores de companhias subsidiárias, e mais do que um ou dois corretores, o futuro poderá ser bastante curioso; os proprietários de navios e embarcadores correrão um certo risco de perderem para sempre nossa experiência (a qual existe realmente) por ficarem tão longe de nós. Quando você consulta um médico ou um advogado, não espera instruí-lo sobre como lhe deve aconselhar. Portanto, porque motivo se procede assim com os seguradores tão frequentemente - ou será que acham que a nossa profissão não é científica, sendo exercida por amadores ignorantes? EXAME DAS MUDANÇAS Ao refletirmos sobre os prováveis acontecimentos dos próximos cinquenta anos nos seguros marítimos, examinemos, com todos os nossos recursos, as mudanças dos últimos 15 anos, e onde elas nos podem levar. Mas não comecemos com a hipótese de que até agora nos conduziram na direção certa ou mesmo em qualquer direção. O trabalho do segurador é o de subscrever o risco que lhe é oferecido e não o de tentar moldar o risco para adaptá-lo às suas próprias idéias preconcebidas sobre o 354

que ele deveria ser. Ao mesmo tempo em que se afirmar que o mercado de Londres tem produzido, em anos recentes, várias inovações interessantes, qualquer previsão do futuro deve incluir alguma sugestão~­ bre onde os clientes querem ir e sobre quais as indicações que os seguradores lhes devem dar. As melhores idéias novas têm resultado sempre de uma conformidade de opiniões de segurador, do r.liente e do corretor. Obviamente, o assunto inclui vários tópicos e cada um dos quais precisa ser considerado separadamente. Estes tópicos abrangem as exigências da comunidade de navegação e das autoridades governamentais - particularmente as concernentes às convenções marítimas internacionais-; a capacidade disponível do mercado e a medida em que este continuará a atender às necessidades da comunidade; o tipo de cobertura que provavelmente estará dispo· nível e em que grau atenderá às suas necessidades. O TIPO DE MERCADO Em primeiro lugar, precisamos imaginar que tipo de mercado existirá no futuro. Há 20 anos atrás, os mercados marítimos consistiam de um mercado internacional principal em Londres, de mercados internacionais menores em outros países, principalmente nos Estados Unidos e de um grupo de mercados nacionais baseados essencialmente na economia de navegação de países com interesses maríti· mos substanciais. De~e então, temos visto o estabelecimento de um mercado marftimo nacional em quase todas as nações, já que uma companhia de seguros é con siderada hoje tão essencial como uma companhia aérea, um banco ou uma companhia de navegação. A fim de expandir os riscos e obter um pouco do que consideram um negócio atrativo, outras companhias têm entrado cada vez mais no campo internacional. Com isso, desejam não apenas aumentar sua amplitude, mas também firmar urna REVISTA DE SEGUROS


troca de negócios. Alegava-se que tais relações de comércio resolvem o problema da exportação do prêmio, que o comércio do país em questão não poderia, de outro modo, assumir. ~ bastante tarde para se conseguir que seja aceita a teoria de que o único resultado deste intercâmbio é a obtenção de lucros mais baixos e preços mais altos, visto que, em situações de reciprocidade, não é possível que ambas as partes consigam lucrar. Entretanto, temos de aceitar a idéia de que este tipo de negócio vai continuar. Se os seguros marítimos se tornarem razoável e regularmente lucrativos, dois fatos surgirão deste novo modelo: em primeiro lugar, o lucro deve permanecer bastante pequeno; em segundo lugar, a fim de se prover algum lucro, tanto o embarcador quanto o proprietário do navio devem pagar taxas mais altas para que se faça frente ao pesado ônus que representam todos os intermediários que este sistema requer. O PESO DO MONOPÓLIO

o

Se existisse apenas um mercado internacional principal que orientasse a totalidade dos seguros do comércio marítimo, este fato poderia ser vist(l) como desejável, pois produziria as menores taxas possíveis, embora viesse sempre a se defrontar com o peso do monopólio, podendo estar sempre sujeito à concorrência com os mercados nacionais que, nos últimos 20 anos, passaram a rejeitar tanto a filosofia o domínio dos seguradores marítimos londrinos. Uma outra mudança provável está na média com que se tornou possível negociar os riscos marítimos maiores sem haver consulta aos mercados de Londres. O volume dispon!'vel de negócios marítimos com seus limites finitos, se comparados com a quase infinita quantidade de novos negócios aind:a disponíveis nos campos dos seguros não marítimos e dos seguros de vida, segure que é provável que presenciemos a volta de urna situação, onde, REVISTA DE SEGUROS

embora o risco seja finalmente negociado a orientação venha do mercado internacional principal, já que a amplitude do risco continua a diminuir em relação à crescente exigência da capacidade. Não é necessário examinar detalhadamente os aspectos menos desejáveis do cenário atual do mundo dos seguros, principalmente porque parece que o presente rumo dos negócios não deve continuar por muito tempo. Estamos negociando, pois, com mais de um mercado de características nacionais ou internacionais em conexão direta com a sua capacidade e influência. Estes mercados fornecerão a capacidade exigida? Observando-se o passado, pode-se, notar que, em geral, o mercado londrino sempre satisfez a esta exigência. Duas pequenas exceções foram: 1) a omissão na cobertura total dos navios Oueen Mary e Queen Elizabeth nos anos que antecederam a 2a. Grande Guerra; 2) um problema que surgiu, por curto tempo, por volta de 1965, no fornecimento de capacidade para cobrir navios muitograndes que estavam sendo constrUI'dos nos estaleiros dos Estados Unidos. O fato de·que estes problemas com a capacidade têm sido extremamente raros, faz com que se acredite no argumento de que a capacidade não deverá ser um problema no futuro. UMA FORMA DE REPETIÇÃO

O fornecimento de capacidade é mais fácil quando o comércio mundial e, por conseguinte, a navegação mundial estão bastante ativos, e deve sofrer prejuízos quando surgem, durante um certo período resultados de "underwriting" muito ruins. Embora seja provável que tal situação volte a ocorrer de tempos em tempos, não se deveria permitir que ela desenvolvesse a um ponto tal que ocorra uma retirada das principais quantias de capacidade do mercado. Já que se concordou que é improvável que a capacidade seja problema, devese refletir sobre a qualidade da cobertura 355


que está possivelmente sendo oferecida, não no sentido de segurança, mas em relação ao tipo, à inovação e à satisfação das necessidades de sua indústria.

Nos últimos 20 anos, tem hav1ao, talvez, um excesso de inovações. Estas mudanças apresentam dois aspectos: o do preço e o da amplitude da cobertura; e ambos estão relacionados com o que o futuro nos reserva. Pode-se argumentar que os seguros marítimos custam hoje menos do que há tempos atrás, em termos reais e efetivos; mas, certamente, a quantidade dos prêmios e do dinheiro das reivindicações é atualmente de ordem bem diferente da de dez anos atrás. Isto se deve ao fato de que as somas a serem seguradas têm crescido rapidamente sob a pressão inflacionária, e parece provável que esta tendência é irreversível. Você não precisa lembrar que continuará a comprar um produto invisível - segurança. E é o que a segurança significa para você em termos de necessidade que, em última análise, determinará seu custo.

subsidiárias, a utilização de agentes e de cadeias de corretagem múltiplas aumentam a diferença entre o que o segurado paga e o que o segurador recebe; o segurador contará sempre com o prêmio líqüido. No final das contas, esta é uma lei básica

IIWPO Sll.VIO SAWfOS

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DIRETORIA O CUSTO TOTAL

DIRETOR SUPERINTENDENTE Jun Mizukawa

!: preciso salientar que o custo do seguro, para o comprador, é o prêmio pagos mais qualquer retenção não segurada em forma de franquia deduzível; o seguro combinado ou com fundo próprio, ou a decisao de limitar os perigos a serem cobertos. O custo to ta I é o mesmo, quer o segurador seja independente que seja uma companhia subsidiária ou um clube. E deve incluir um fator para fazer frente aos custos de aquisição e a um eventual lucro para alguém. Os custos de aquisição cresceram absurdamente, . sendo óbvio que fazer parte do prêmio que você paga, e continuarão a fazê-lo. O crescimento das companhias de resseguros e das companhias 356

DIRETOR ADJUNTO

Mario Albino Vieira DIRETOR AOM. FINANCEIRO

Arnaldo E. Bucciarelli DIRETOR COMERCIAL

Jo•f Berena1ejn

MATRIZ: Rua Lrbero Badaró, 42.5 301? ANDAR SUCURSAL:

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Esta tendência atual precisa e, posteriormente, de um esconsciente por parte de ambos os de cadeia para reduzir as comissões nlvel realista. Muitas das mudanças no comércio tiveram efeito sobre os seguros • ••""'• A utilização de navios maiores - nrrru• valores e a.lterou a difusão livros de "underwriting"; o desapareparcial do pequeno proprietário ocasionou a concentração da de prêmios e, conseqüentemennúmero menor de grandes unidae, em certa medida, a moderna tenddo 8utoseguro mudou o padrão de lllldllel<~ a tal ponto que os seguraIdo começando a ponderar sobre IIPII'Içio mais rigorosa entre a parte prtmio que salda as reivindicações do e 8 que se deve ser usada para frente as perdas catastróficas. -~nnrniA.

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realmente. Na medida em que as reivindicações menores representam uma questão de se trocar dinheiro com os seguradores, as filosofias variam, os cálculos com custo de viagem podem justamente baixar, e as considerações sobre a taxação são sempre um ponto de debate. Os padrões das pequenas reivindicações variam bem pouco, mas a introdução e o crescimento das franquias deduzíveis significou que a ênfase a ser dada as reivindicações maiores varia em relação ao prêmio total envolvido. O AUMENTO DAS REIVINDICAÇOES seRIAS

O número de reivindicações grandes e sérias está crescendo em relação ao total, em consonância com o número de unidades de alto valor de cascos~ de carga, em risco; um pequeno estudo das perdas totais ilustrará a dificuldade. As perdas totais respondem hoje por OS POUCOS E OS MUITOS 1 milhão de tonelagem bruta anualmente /ID • discorrer sobre a teoria dos se- e, representadas com uma percentagem da poder-se-ia falar que as perdas de tonelagem de navegação, a média das perpesam mais levemente sobre as das totais tendeu lentamente a crescer de muitos. Todavia, sendo a natu- durante os últimos 15 anos. Houve tempo humana o que é- é improvável que em que se considerava que tais perdas - ,ta sempre uma significativa resis- representavam 20 ou 25% de todas as do consumidor a esta teoria quando reivindicações, mas a tendência para está sendo comparado, bem navios maiores e de mais alto valor está uma tentativa de argumentar sobre elevando estra cifra. t provável que esta lado da questão quando ocorre tendência continue e venha a agravar o perda. Certamente, a teoria não cor- problema da atitude em relação aos segubem à atual tendência em d ire- ros. Nenhum proprietario gosta de admitir IDI dubes de propietários de navios. a probabilidade de ter urna perda séria; no tipo de seguro deve, na realidade entanto, um estudo sobre as principais reidube; mas muitos proprietários vindicações da última década revela que a 8 ficar infelizes em clubes e prefe- maioria destas perdas foram sofridas por 1 longo prazo, tentar a sorte no alguns dos melhores proprietários de INI'ket". Os clubes têm-se formado navios no mundo. t desaparecido, e, de modo geral, Até agora ninguém descobriu um _ ,\11,181 que este modelo também meio de se eliminar1> erro humano, e seria uma ingenuidade esperar que algum dia se detrás do conceito dos clubes poderá encontrar uma solução. Se isso reludncia natural de se pagar um ocorresse, poder-se-ia afirmar, com certeza 111guradores a também uma séria que os prêmios sofreriam uma redução - .,...,alln sobre o que os seguros são maciça; poder-se-ia dizer também que os

A DE SEGUROS

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auto.seguros ou a cober.tura de clube tor· nar-se-iam cada vez menos atraentes para qualquer pessoa cujo prêmio resultante fosse bem pequeno em relação aos valores a serem segurados. A verdade é que tudo isto tem sido assim há muito tempo e continuará a ser assim; uma aceitação deste fato requer uma atitude mais realista em relação aos seguros e não uma simples aversão ao surgimento de uma grande soma de dinheiro na coluna dos débitos de folha de balanços. MARGENS ESCASSAS

O lucro eventual não é um cálculo fácil ou constante. Foi, é e será possível para o mercado funcionar com margens que, em muitas outras indústrias, seriam vistas como extremamente escassas, caso "Todos os Riscos" permaneça o modelo de comércio. Entretanto, se houver tendência para uma cobertura muito restrita, ou para pacotes de apólices, com o aumento de grandes franquias deduzíveis, a margem de lucros terá de aumentar, porque a base do prêmio foi reduzida e o modelo das reivindicações resultante prolongará o ciclo, aumentando os 10 anos atuais para duas ou mais vezes este número. Predizer que as atitudes mudarão pode ser temerário, mas é ao menos uma atitude otimista de minha parte, e tal mudança é fundamental para o futuro dos seguros marítimos, se continuarmos a fornecer capacidade. Embora o tema deste artigo tenha sido o de que as coisas não mudam muito, a nossa capacidade de fazer frente às mudanças tem sido habilmente demonstrada desde a 2a. Grande Guerra. Os modelos das apólices não podem tornar-se mais amplos do que "Todos os Riscos", uma situaçãodequeestamosnos aproximando com mais expectativa de chegar do que o famoso "Frog in the Lily Pond". Não nos atrapalhamos com navios Container. navios petroleiros LPG, paióis 358

automáticos, lemes automáticos, e mesmo radar. E continuamos ainda bastante ingênuos, aaeditando firmemente que o freguês tem sempre razão. Temos observado a força atômica, e, se este problema puder ser resolvido, você pode estar certo de que haverá cobertura disponível. Os padrões de comércio em mudança continuarão a afetar ambas as indústrias. Presumivelmente, os navios continuarão sempre a transportar muitas cargas. Os grandes aviões de longo alcance concorrerão com os navios em relação às cargas de muito valor e às cargas em que a velocidade represente um fator essencial. Este fato alterou a balança econômica dos seguradores e dos proprietários de navios. EXIG ~NCIAS PROVAV EIS

A nova exigência técnit{J dos seguros mais provável se refere às responsabilidades que resultam das conveções internacionais ou das legislações nacionais. Até o ponto em que o conceito de falta ou de negligência desaparecer inteiramente, e você ainda tiver a necessidade, há pouca dúvida de que se obterá a cobertura do seguro. Não pode haver nenhum argumento duradouro para que se mantenha impropriamente regulamentos de baixa limitação; precisamos aceitar que os limites estabelecidos tenderão sempre para a responsabilidade ilimitada. CONFUSÃO DE ACORDOS

Não seria melhor aceitar tais responsabilidades regulamentares maiores e fazer seguros das mesmas, ao invés de à confu. são de acordos de sub-rogação e rejeiÇões, inimigos da velocidade e da eficiência no comércio?· Nunca se fez um bom "underwriting" com base na tentativa de se evitar a responsabilidade. E suspeita-se que isso também é uma verdade em outras áreas da atividade comercial. Há uma área, a da "avaria grossa" onde, desde a última guerra, tem-se feito


menos progresso do que se gostaria; mas

é difícil de se notar que mesmo uma conwnção internacional futura poderia, através de direitos sobrepostos fundamentais e estabelecidos há muito, remover o que muitos consideram um ônus administrativo, que torna mais lenta a conclusão final de muitos contratos comerciais. No comércio internacional até que o último embarcador ou proprietário de navio concorde em não permitir avaria grossa, deveremos continuar a negociar com este velho direito o melhor que pudermos. A indústria de seguros continuará cooperando no sentido de apoiar as mudanças planejadas para uma simplicidade

maior e maior amplitude: todavia, enquanto a avaria grossa continuar a ser um fato da vida, não apoiaremos a sua extinção. Resumindo, podemos dizer que a indústria de seguros marítimos continuará a existir no futuro. Ela fornecerá a mais ampla cobertura possível dentro dos limites de seguros, isto é, protegendo o inocente de todos os tipos de eventualidades, exceto a incompetência financeira e protegendo o fraco que está tentando ga'nhar seu pão honestamente nos tribunais dos fortes. Traduzido de The Review lnternational I nsurance I ntelligence-

eomp.r."11a de Seguros CGC 61.665.131/0001-QO Capital : Cr$180.000.000,00

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Engenharia de Proteção

Já se disse que a sociedade de consu- elevadas perdas. mo tem estrutura produtiva altamente dinâAs sociedades humanas não Tll'J!Irlllllll~ mica, porém caótica. Tal conceito, na ver- passivas diante dessa exploração multidirf. dade chocante, não é todavia gratuito. cional do risco e desenvolveram, por Resulta da observação empírica e até óbuma tecnologia de segurança. As emDn!!M ~ via de que a constelação de bens e serviço seguradoras desempenharam e continuam desfrutáveis pelo homem vem, de fato, desempenhando importante papel n• crescendo em ritmo vertiginoso, mas com reação . Mencione-se a propósito, nos Et simultâneo declínio da incolumidade do tados Unidos, o Underwritcr's Laboratopúblico. A poluição, adversária famosa do ries, que acaba de completar 83 a1101. equilíbrio ecológico, é hoje a mais badala- Trata-se entidade voltada à pequisa de• da tributária dessa correlação negativa gurança e que também funciona entre o progresso e a segurança. agência para tP.star e certificar equ A febre de consumo não faz conces- tos de proteção. Foi criada e vem sões na sua pressa. E, por isso, ondas sumantida pelo mercado segurador. Oseu cessivas de inovações varrem e expandem lo, UL, é um dos s!mbolos, mais r~l!n.• os mercados, em detrimento dos testes dos naquele país. Foi essa reação que e controles indispensáveis à plena garantia surgir a figura do engenheiro de proteçlo de qualidade contra incêndio e, em senso mais A talidomida é, disso, um dos exem- a do engenheiro de segurança. Desses plos mais ilustrativos. pecialistas o Brasil vem precisando Não se pense, entretanto, que é pe- vez mais, no presente estagio de evo1IUCIII! quena a lista dos fatores responsáveis pela econômica e social. Há poucos deles correlação negativa entre a segurança e a - nós e o respectivo mercado de trabalho evolução espasmódica da sociedade de aumenta em termos consideráveis a consumo. Hoje, mesmo quando restrito a ano, com a contribuição inclusive de tendência expansiva da oferta de área relativamente pequena, o incêndio é evento que mata, destrói e causa perturbagos pelas companhias de seguros. E o Cofl. ções (tanto econômicas quanto sociais), selho Nacional de Seguros Privados, numa escala que seria inimaginável há algum tempo, regulamentou a coleta poucas décadas. O navio supertanque, o aplicação de recursos para o jumbo a usina nuclear, o complexo pemento, entre nós, da pesquisa no troquímico e o trânsito de automóveis, da segurança, decerto importante para o progresso da tecnologia hnacílllírw para só ficar numa breve enumeração, são outras fontes potenciais ou efetivas d~ nessa área do conhecimento NOVO TELEFONE DA T~CNICA EDITORA LTDA 360

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OS SEGUROS DAS CATÁSTROFES AS CATÁSTRO FES DOS SEGUR OS André Melly

O ENCONTRO DE MONTE CAR LO

Medindo-se o resultado do e ncontro de Monte Carlo pelo número de participantes, concluiu-se que o certa me fo i um sucesso, pois o total de inscritos este ano foi de 2240. Todavia, retirou-se apenas 1.832 cartões; juntando-se a esta cifra o número de esposas e dB outros acompanhantes (815), calcula-se em 2.647 o total de pes~as presentes. De fato , a "mult idão" que é atra Ida pelo encontro de setembro ultrapassa esta cifra,. pois é preciso acrescentar os que não se inscreveram (1), cujo número aproximado chega a mais de cem. Entre os não inscritos, os banq ueiros ocupam um lugar importante. Não é segredo para ninguém que os seguros manipulam grandes capita is, que precisam ser investidos em fundos próprios ou postos em rendimento a fim de criar reservas. Evidentemente, o poder financeiro dos seguradores interessa aos bancos, que se apressam em oferecer-lhes seus serviços. Além disso , não passo u desapercebido aos bancos que a1s rendas fi nanceiras das companhias de seguros, em relação aos seus benefícios téc nicos, tendem a crescer. Os próprios corretores são bastante solicitados. Talvez o leitor se lembre do estudo publicado no "L'Argus I nternational" n9 10 ~bre corretagem britânica. Neste estudo, afirmava-se que, dos dez principais corretores ingleses, no\l·e t inham nas rendas financeiras a principal font e de seus benefícios. Embora pareça evidente, isto também diz respeito aos resseguradores. Com

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efe ito, a atividade internaciona l os põe em co ntacto com inúmeros mercados f inance iro s mundiais; a partir do momento em que o número destes mercados é maior do que cinco ou seis, torna-se difícil co nhecê-los. Por conseg uinte, é muito fáci f que os resseguradores percam certas opo rtunidades financeiras que lhes poderiam ser oferecidas pelos bancos em mercados mais ou menos afastados. Nessas condições não há nada de espa ntoso de vários bancos (Banker Trust, Ba nq ue de Paris et des Pays-Bas, Banque de Benelux) desenvolverem uma considerável atividade durante o encontro de setem bro. Apesar desta atividade não ser no va, foi a primeira vez em q ue se manifestou a descoberto, em Monte Carlo.

CONFERÊNCIAS? PARA QUEM? POR QUE ?

Sabemos que as conferências não representam a "parte essencial" do encont ro de setembro. Todavia, seus temas não são escolhidos ao acaso. Evocam as preocupações do mercado internacional dos resseguros num dado mo mento. Dessa forma, o "Controle d as Acumulações Sobre os Riscos de Caráter Catastrófico" é um tema que está logica mente articu lado com o s dos anos anteriores, refletindo uma inqu ietação real do mercado internaciona l. Por seu lado, a "RC Produits" é uma co nstante. Tendo, já há bastante tempo, perturbado o mercado americano, seus efe ito s já se fazem sent ir na Europa, devido à atividade das organizaçõ es de consu-

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midores. É de se prever importantes mudanças nos próximos anos, e nós só podemos nos alegrar, ao ver qlJe se está pensando sobre isso nos encontros de Monte Carlo . É preciso acrescentar que os oradores são sempre eminentes representantes dos seguros e dos resseguros a cujo "recrutamento " não é estranha a forte personalidade do Presidente Plescoff. Diante da qualidade dos temas escolhidos, diante da personalidade dos oradores, diante do esforço dos organizadores, é de se espantar que haja pouca assiduidade às conferências, a qual, este ano, chegou a ser mesmo inquietante. As cifras a seguir ilustrarão este fato: 1) Conferência dos Srs. Conrad, Bourthoumieux, Coppola di Canzano: uma centena de presentes, sobre um to ta I de 1832. 2) Conferência de Patrell: 65 presentes no início, 42 no final. 3) Conferência de Marchai: (é de se lembrar que, neste ano, a intervenção de Marchai era particularmente esperada, em virtude da recente tomada de posição de Monory): 113 presentes. 4) Conferência de Lewis, sobre a Bolsa de Nova York: 180 presentes. No melhor dos casos, nem atingimos um coeficiente de assiduidade de 10% dos participantes, e, no pior, tal coeficiente desce para menos de 4%. Deixemos ao leitor o cuidado de avaliar estas cifras. Em nossa opinião, elas estão relacionadas com certos sintomas de degradação dos mercados, sobre os quais, no correr dos anos, os diferentes conferencistas chamaram a atenção. Talvez traduzam, acima de tudo, a ruptura entre a teoria e a prática, sentida pelos seguradores e resseguradores, a diferença que há entre os inteligentes discursos, cheios de sabedoria, e a realidade das políticas comerciais e tarifárias. Talvez, deva-se ver nelas a expressão de uma atitude desiludida, provavelmente irônica, em relação a qualquer tentativa de uma melhoria voluntária da situação. Este ponto-de-vista se confirmaria pela seguinte afirmação, 362

bastante difundida entre os resseg "O que precisaríamos, para resta as tarifas tecnicamente viáveis, seria boa catástrofe: "(o que se nesta frase é: as chamadas à razão, os cursos, não servem a nada. Logo, por motivo ir às conferências?). O APELO À CATASTROFE

Entretanto, este apelo à cata como último regulador dos mercados, convence de imediato. Ele supõe grande capacidade ilusória da oferta resseguros, a qual, se fosse posta em ção, provocaria inúmeras falências. convicção tem este aspecto de verdade pois o acontecimento ao que alusão, para mostrar o vazio de uma da capacidade atua Imente oferecida, é fato equivalente a um terremoto grande aglomeração urbana e zada. Pois, quando houver imn,,rt,.,~ sinistros como o de Tenerife ou o d fo das Fábricas Ford, na cidade de nia, vimos esta capacidade realizar·se problemas, dentro de prazos <>vtr<>m•,...,.. te rápídos, e a anarquia tarifária vigorando como se nada fosse. Há, um campo muito vasto de negócios expostos à amplitude de uma onde os comportamentos denunciados tribuna poderão continuar ainda alguns aoos. É isso que talvez motivea ·flexão de determinados segundo a qual o que pode por fim a situação não é um acontecimento no (uma cat ástrofe), mas sim as quências do próprio funcionamento mercado de resseguros, a saber, a dos investidores.

O ELDORADO

Com efeito, alguns exercícios superavit desenvolveram a convicçio que os "resseguros ganham d Isso foi o suficiente para atrair muita te. Muitos descobriram, de súbito,


tinham vocação para ·a corretagem de resseguros; o número de subsidiárias que desenvolveram seus departamentos de "resseguros" foi significativo. As vezes, chegaram até a criar suas próprias companhias de resseguros. Este crescimento do efeito dobrou o afluxo de capitais. De três anos para cá, o número de sociedades que aumentaram seu capital social foi consideravel. O contexto de regressão econômica mpodia beneficiar-se com tais movimentos, pois o capital se libertou de setores deficientes, e, por conseguinte, estava disponlvel. O mesmo aconteceu com os homens cujos negócios, nos setores afetados pela crise, se estavam reduzindo. Eles se voltaram para os seguros, cujos resultados pareciam atraentes. ~lém disso, como a crise causava insegurança, houve quem chegasse a pensar que ela não podia deixar de ser lucrativa para os seguros, e, consequentemente, para os resseguros. Enfim, convém notar a febre que se apoderou dos "antigos" na profissão , durante estes anos nefastos. Essa febre permite que se possa medir com segurança a responsabilidade que se atribui, às vezes rapidamente demais aos "recem-chegados". Estes diferentes movimentos causaram uma animada concorrência, uma compreensão dos benefícios, e geram uma situação oposta ao estado inicial, em conformidade com a teoria dos ciclos econômicos, sobre a qual O. G iarini se referiu no ano passado, durante o encontro de setembro . Os resultados, que poder-iam ter continuado benéficos, tornam-se cada vez mais medlocres, e o capital de agora em diante, acha-se bem pouco remunerado. Nestas condições, poder-se-ia pensar, como os resseguradores de que falamos acima, que os investidores correm o risco de retirar os fundos qu~ tinham investido no negócios de seguros e resseguros, para empregá-los em' setores mais rentáveis. Portanto, a lei interna do mercado poderia produzir o que nem as precauções nem certos sinistros importantes produziram. REVISTA DE SEGUROS

CORRETORES, ACORDEM!

Há alguns anos.- os corretores, e, principalmente, os corretores de seguros, são objeto de criticas mais ou menos severas por parte dos conferencistas. Segundo Gunnar Benktander, são eles os responsáveis pela grande capacidade ilusória oferecida pelo mercado de resseguro internacional. Jacques Bourthoumieux os classifica dentro do que chama de " mercado secundário" dos resseguros. Parece-nos interessante reproduzir aqui este t recho de conferência de Jacques Bourthoumieux: · "Às vezes, faz-se, uma oposição entre os resseguradores que trabalham diretamente com as subsidiárias e os que aceitam negócios por intermédio de corretores. Estas diferenças existem, mas, por di versas razões, tendem a desaparecer, e, no momento atual, parecem menos importantes do que a diferença que se deveria estabelecer entre o que chamaria de mercado primário e mercado secundário dos resseguros: 1) Pertenceriam ao mercado primário os resseguradores que recebem a maioria de seus negócios dos seguradores d iretos, que visitam os diferentes mercados, que subscrevem, com efeito , tanto os dirigentes das companhias diretas quanto os próprios riscos. 2) Pertenceriam ao mercado secundário os resseguradores que subscrevem, na maior parte do tempo, através de corretores. Eles subscrevem nas grandes praças, especialmente Londres - no futuro, Nova York -, mantendo poucas relações com os seguradores diretos e ace itando um número grande de tratados de retrocessão, pools de aceitação de negócios, quer proporcionais, quer não . Caso se aceite, uma tal distinção, convém admitir que o estado do mercado primário, no plano da fiscalização das acumulações de contratos catrastróficos, é diferente da do mercado secundário.

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3) Ao nível de mercado primário, os progressos no conhecimento sobre as acumulações evidentemente se favorecem com a evolução ao n(vel dos seguros d iretos. Aliás, pode-se constatar que as medidas adotadas pelo mercado mexicano, a partir de 19 de janeiro de 1976, causaram um certo desprend imento nos resseguradores desta categoria, tradicionalmente ativos neste mercado . Há, pois, uma melhor transparência; mas este progresso de pende, estreitamente do que se fez ao nível dos seguros diretos. Os resseg uradores estão consciente de que devem manter, nos seus comactos com os seguradores di retos, a busca de informação que é feita já há alguns anos, pois o controle de seus contratos continua a propor-lhes problemas d iflceis, principalmente porque, às vezes, há a combinação de dois fenômenos: 1) De um lado, estamos assistindo a uma interpenetração dos mercados, que continuará a desenvo lver-se, especialmente na Europa, devido ao Mercado Comum. Esta interpretação não permitirá, em pouco tempo, que sejam considerados ostratados de um país como totalmente independentes dos tratados de outras nações. 2) De outro lado, constata-se uma permanente tendência à aplicação da noção de evento nos tratados de Excedentes de Sinistros. É claro que esta tendência aumenta a exposição do ressegurador aos perigos de acumu lações catastróficas: É sintomático que, durante os últimos meses por ocasião do naufrágio de München, ou dos sinistros causados pelas águas, devido ao gelo, tenham aparecido grandes dificuldades em relação à definição de evento, nos tratados de Excedentes de Sinistros. Malgrado estas imperfeições, a situação do mercado primário não é muito favorável. Não creio que o mesmo ocorra com o mercado secundário. Neste estágio, é muito difícil determinar as possibilidades de acumulação de riscos catastróficos, principalmente porque, com freq uência os tratados de retrocessão não prevêem uma limitação por zona, mas somente através de programa de

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uma mesma subsidiária, não por meio de tratado. Portanto, há uma certa opacidade E difícil ver como se poderia corrigi-la, pois ela está, em grande medida, na ori· gem da capacidade deste mercado. Assim, como os resseguradores deste mercado podem subscrever de maneira satisfatória se não tem meios de controlar as acumulações colocadas a seus cuidados? Muito facilmente : protegendo-se através dos Excedentes de Sinistros de Catástrofes que, na falta de evento muito grave, durante estes últimos anos, colocaram-se ainda mais facilmente, pois foram mais uma vez absorvidos pelo mercado secun· dá rio. Assiste-se a um fenômeno que, em certas medidas, tem algo de milagroso; este fenômeno é a multiplicação indefin~ da da capacidade, que nos deixa tentados a compará-lo à criação dos eurodólares no mercado monetário internacional. Pode-se perguntar como se executa· ria esta enorme capacidade, em caso de catástrofe import;ante. Será que· não se as sistiria â derrocada de certas montagens que, pouco a pouco, ocasionaria a perda de certas empresas? Mas esta possib iIidade não é inquietante, pois se considera geralmente que este aumento de mpaéldade repousa essencialmente nos recursos financeiros de inúmeros seguradores diretos que preferi· ram aceitar negócios de resseguros supon· do que os mesmos dêem resultados mais favoráveis do que os seguros diretos. Só o futuro dirá se esta visão não é otimista demais: porém, parece que há um outro inconveniente, que não se percebe suficientemente: a falta de informação com que vive este mercado secundário. Os resseguros sempre se basearam e com razão - na idéia de boa fé. Para que esta boa fé continue, é preciso que ha· ja uma grande transparência entre o segu· rador e o ressegurador, e que as relações sejam frequentes e juridicamente claras. Ora, um mercado enorme, que não conhe· ce estas relações, se desenvolveu. ~ um REVISTA DE SEGUROS


mercado que assume contratos consideráveis sem ter a possibilidade de os calcular, sem conhecer nem a sua verdadeira natureza nem a sua importância exata; um mercado no qual as relações jurídicas entre as diferentes partes, no mundo inteiro desafiam a análise. No caso de dificuldades, como determinar as responsabilidades dos diferentes atores: corretores diretos, agentes subscritores, seguradores di retos, corretores de resseguros, subscritores de resseguros, "pools" de resseguros de retro cessão, etc.? Em que atividade se pode imaginar que os industriais ou os comerciantes estariam prestes a empenhar-se por quantias tao significativas, através de contratos tão vagos, juridicamente tão imprecisos como os tratados de retrocessão que se multiplicam atualmente? Uma nova raça de resseguradores está aparecendo, pode-se pensar que ela não mais aceitará pagar sem pedir explicações detalhadas, sem analisar seus contratos de modo estritamente jurídico. Não é rmpossível que esta seja uma evolução normal, e até desejável, do mercado de resseguros, mas é preciso estar conSciente desta evolução. Pode-se estar certo de que,. no dia da catástrofe, os resseguradores não tentarão, para escapar à execução de seus contratos, alegar que ignoravam a realidade dos mesmos (2), de que não encontrarão, na longa cadeia de relações existentes entre os seguradores de base e eles próprios falha jurídica que farão valer diante de suas jurisdições nacionais? Aliás, certos exemplos recentes permitem que se pergunte se, frequentemente, no final das contas, não é a responsabilidade dos intermediários, isto é, dos corretores que será posta em causa.

Começa-se a perceber esta evolução, e foi isto o que observou o "World lnsurance Report", no seu número de 12 de dezembro de 1978, ao escrever: "Parece que os resseguradores tendem cada vez mais, no mundo inteiro, a exigir informações sobre o segurado e a qualidade do risco, mesmo no caso de um sinistro que atinge um tratado (.... ) De maneira gera I, este desejo de informação direta sobre os riscos e sobre aqueles que os estão subscrevendo, é contrário à tradição do Uoyd's em matéria de subscriçâo de resseguros, a qual consiste em que se faça subscrições baseando-se nas cifras fornecidas pelo corretor, levando em conta a categoria ou a subcategoria dos negocias concernentes e não se baseando, principalmente, numa apreciação detalhada dos fatos. Há, então, no estágio deste mercado secundário, uma situação bastante lamentável, pois a enorme capacidade que ele coloca à disposição dos seguradores diretos freia os esforços realizados para um melhor controle das acumulações dos riscos catastróficos". ( 1) Como escrevemos na história do encontro ocorrido em setembro, publicada no "L'Argus lnternational" n<? 7, o Comitê de Organização exerce um papel administrativo, sendo que as inscrições não são feitas através de convites. Entretanto, há uma certa seleção, já que só podem inscrever-se os profissionais dos seguros. Os banqueiros, po'r exemplo, não podem inscrever-se. (2) Foi precisamente isto o que acabou de acontecer no caso Federal Leasing, ao qual consagraremos um amplo estudo no Argus lnternational n<? 15. Traduzido de L'Argus lnternational - setembro- outubro de 1979.

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Ilu Revista de Seguros TRAg~çAo 60

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REVISTA DE SEGUROS

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-RECURSOS NATURAIS E O DESAFIO DOS ANOS 2.000 ''

Como será garantida a preservação dos nossos recursos naturais e energéticos? É o tema do momento, em que todos nós estamos envolvidos: nações, continentes, o mundo. Um mundo de distâncias curtas, ligado por interesses e responsabilidades mútuas. · Fomos desafiados de surpresa, numa situação onde deveremos recorrer aos nossos maiores dons: a racionalidade e espírito coletivo de colaboração. Calcula-se que nos últimos 25 anos a humanidade consumiu mais energia que em toda a sua história. Até 20 anos atrás o carvão, ainda importante fonte energética, foi progressivamente substituido por petróleo e gás natural, de custos mais baixos. Em outubro de 1973, a guerra Árabe-Israelita desencadeou uma série de acontecimentos que indicou o início de uma nova era. O aumento vertiginoso do preço do petróleo colocou em pânico o mundo industrializado. Pela primeira vez, a necessidade de medidas imediatas de racionamento afetou diretamente a sociedade. Dentro de toda esta conjuntura mundial, a humanidade não foi colhida pela falta de visão. Constantemente os meios de comunicação mostram o desenvolvimento e criação de soluções que buscam os melhores caminhos sociais e econômicos dentro da dinâmica de nossos tempos. Na verdade, cientistas de todo o mundo já estavam empenhados na busca de alternativas energéticas bem como de matérias primas disponíveis nas reservas terrestres. Entretanto, as investigações neste sentido estavam &~então restritas aos círculos científicos. Em 1972, o Clube de Roma publicava em seu relatório as pesquisas desenvolvidas por D. Meadows junto ao M.I.T.- Massachussetts Institute of Technology. Es-

tava levantado o debate a nível do gn11111 com ele, a necessidade intrínseca de ador. previdência quanto ao futuro. Posteriormente, outros cientistas como vié, E. Peste!, Tinbergen, Herman Kahn,e seguiram nesta linha de investigação e buindo para o equihbrio e aprimoramento nossa civilização. Tudo isto vem mostrar, em prc>JlOI'coes• importância da racionalidade humana avaliar e prevenir os riscos a que estamos que se tomem incontroláveis. Neste sentido, as companhias de responsabilidade social perante as pessoas, mílias, patrimônios. A GENERAL! opera neste setor em seus alicerces fundados na evolução 150 anos. Hoje, esta valiosa experiência nos dá de prestar um serviço tecnicamente · para atender e avaliar da melhor forma as ais de nossos clientes e do mercado.

GENERAIJ do

150 ANOS DE DESAFIOS 366


INDENIZAÇAO DUPLA-ASSOCIAÇÃO DE FATOS

Depois de trinta e cinco anos, ainda se espera por um filme do gênero dramático, tendo o seguro como o tema principal, para competir com"Double lndemnity". A película foi realizada em 1944, seguindo o "script" de Raymond Chandler e Billy Wilder, estrelada por Fred MacMurray e Walter Neffs, este último como um astuto corretor de seguros, e ainda Edward G. Robinson no papel de Keyes um obstinado corretor, encarregado das indenizações. (Na rádio BBC, houve até uma entrevista especial com Chandler. Jamais se ouviu dizer que outro filme ~bre o assunto tenha alcançado tamanho êxito. A trama do filme é muito simples. O prob~ema causado pela abordagem do tema foi, talvez, de modo justificado, na intenção dos cineastas em reproduzir um crime perfeito. Neffs, o corretor envolve-se com a espo· sa de um magnata do petróleo, já entediada do marido. Neffs é atraído pela sensualidade da mulher (interpretada por Barbara Stanwick), mas, ao mesmo tempo, pela mórbida intenção de abarcar o império ...o império da Companhia de Seguros do Pacífico ... um império já inteiramente controlado por Keyes, o outro corretor. CONSPIRAÇÃO DO ACIDENTE A partir de então, Neffs e a referida mulher passam a agir de comum acordo e ele vende ao magnata, sem o conhecimento deste, uma apólice de seguros contra acidentes por 50.000 dólares, obtendo sua assinatura a t 1ítulo de ser necessária para a renovação da apólice. Em seguida, os amantes tramam unn acidente contra o segundo, numa REVISTA DE SEGUROS

estrada de ferro. O tipo de acidente que os ressarciria com a quantia de 100.000 dólares. . . uma indenização dupla, caso a recebessem. Todo o plano já é dramático, por sí só: assassinato ... fraude ... Em qualquer crime, sempre aparece uma companhia de seguros que acaba pagando, e tudo termina bem. Mas não é essa trama de premeditação que faz com que esse filme sobre seguros sedestaque dos demais. "Double lndemnity" chama a atenção pelo modo como vai desenrolar-se o drama, fora dos padrões convencionais, e se aprofunda nos conhecimentos técnicos das companhias de seguros; chega mesmo a exagerar nos aspectos confidenciais das empresas. Tivemos um filme estrelado por Faye Dunaway, "The Thomas Crown Affair", onde o enredo compreendia as atividades de uma sociedade seguradora Essa atriz impregnou de sensualidade seu personagem - no caso, um inspetor de seguros- enquanto a história abordava, superficialmente, os problemas ocorridos dentro do mundo dos seguros propriamente dito. Tratava-se de um filme superficial sobre o assunto. Nada além disso. Já em "Double lndemnity", a história percorre a fundo a organização da companhia de seguros. Os atores encarnam, com perfeição, verdadeiros corretores. O filme não foge um instante, à linguagem, específica de seguros, podendo ser comparado, nesse aspecto, com outra película mais recente, "Telford's Change", encenados nos meios bancários. "Double lndemnity" explorou ao máximo o aspecto dramático fora das situações

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ligadas ao seguro. O caso do suicídio, no acontecimento do assassinato do magnata, só é trazido à tona quando o "script" conduz todos os personagens principais da história a se confrontarem no escritório do diretor da companhia . E essa cláusula só é usada para impregnar a história de suspense. Na verdade, é difícil para um escritor reunir numa mesma cena todos os elementos de ligação que compõem a história: ambição, determinação, motivo, assassinato e autodefesa, conseguindo uma conexão entre eles para chegar à conclusão de um possível plano para exterminar o segurado. LÓGICA CUIDADOSA

posição de ser apenas um corretor. O deixa, então, o escritório após documento de renúncia ...Outro cam rado? Não, a conclusão de Keyes, foi pretada por ele como a própria llllArtlll'lllll corretor. SEGURO- O CERNE DA Todos os ingredientes realizar uma excelente história: procura da verdade, o tipo de vida e o prêmio do seguro foi o tema desse filme, não apenas os fatos ciais Keyes protagonizou o corretor do pelo trabalho. Sua ânsia em verdade não estava Só ligada às cias, mas suas ponderações tiveram, cialmente, a linguagem téçnica de um tor de seguros. Durante o desenrolar me, sua atitude pe inteiramente e autêntica, mesmo diante ~o desesp~ ter de separar corretores de atitud sas de clientes cuja presença nos ·significava o resultado de árduo Trata-se de uma eterna rixa pretendentes . às indenizações de seguro seguradoras, ainda hoje ouvida nos res das companhias seguradoras. · "Double lndemnity" continua a • eco . . . porém alto, o suficiente para contra a possibilidade de i duplas.

A intenção inicial do diretor, em repudiar a hipótese de indenização fraudulenta, é logo eliminada por Keyen, que desfaz em pedaços os possíveis argumentos do diretor, levado pela lógica cuidadosa de seu argumento (quem cometeria o suicídio saltando da parte posterior de um trem, rodando a quinze quilômetros por hora?). Keyes tem de ser o defensor da profissáo: um título conquistado não só pelo que já estava acostumado a ouvir ("um corretor tem que dominar o assunto, tem de ser um perseguidor ferrenho, o juiz, o júri, o confessor. . ."), mas devido à incessante procura da verdade na maioria de seus "casos" que não eram apenas "casos", mas histórias repletas de erros humanos, desastres e, eventualmente, desonestidaç.fe e corrupção. Como corretor, possuía grande caráter, (TRADUZIDO DE THE POST IYII'\\lj'\g acompanhado de intenso repúdio pela infeliz ANO INSURANCE MONITOR

Anuário de Seguro EM PREPARO A EDIÇAO DE 1980

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O DR. WHO PODE VIR A SER ÚTIL

maioria das 39.000 pessoas vítimas temente a emenda do Departamento de fatais nas auto-estradas norte Transportes, que evitaria a inclusão de ' ~air entre 1975 e 1978, poderiam ter bags" nos automóveis. cam tivessem "a ir-bags" ( 1) à foi a conclusão do Instituto de de Acidentes, num relatórjo prepara atender à ~licitação do presiC.mara do Comércio e de uma sub encarregada da fiscalização e invesIIHS sempre apoiou instalação de argumentando que sua colocação ivo de segurança em automóum sem número de mortos e Atualmente, o Instituto está lutando uma emenda proposta pela Divisão de de Segurança, do Departamenque desaconselha o a'Cllnizado de "air bags" nos carros a relatório ao presidente da Câo representante do li HS, explica que aproximadamendos passageiros mortos, ocupantes dianteiros, poderiam ter sido salcaso os "air bags" estivessem durante os três anos segu intes, a de vidas teria sido ainda maior : e 10.516, respectivamente. Os baseados em registros feitos pelo Relatórios de Acidentes Fatais, rr..,.,ln da Segurança Jo Tráfego Nacionais. I8U

• r..ruNI,rrin

"Caso essa emenda seja aprovada- disse ele - pode vir a frustrar o fornecimento da proteção atra·1és do "a ir bag" aos americanos compradores de automóveis durante anos a fio, já que suscitaria dúvidas quanto à segurança da indústria automobilística e aos fornecedores de futuros "air bags". Portanto pode voltar a se repetir uma situação que vem durando anos - a recusa do público ame. ;cano diante de uma tecnologia preventiva de acidentes que não tenha sido exaustivamente pesquisada e testada , mas também provada em centenas de circunstâncias de colisões reais de automóveis. Entretanto, uma segunda análise do IIHS sobre a eficácia dos "air bags" indica que eles funcionaram, independente do clima, idade do motorista e distância percorrida em quilômetros.

O Sr. William Haddon Jr., presidente do IIHS, ressaltou que "tal êxito, sob as mais variadas condições, reflete diretamente o fato dos sistemas de "air bags" estarem protegidos contra o uso indiscriminado, devido à sua colocação em lugar discreto, longe da vista. Tal como outros antigos dispositivos automáticos de segurança, como fusíveis, interruptores automáticos de circuito, extintores embutidos nos prédios, válvulas de segurança dos "boilers", os "air bags" foram à solicitação sobre os cálcu- destinados a obter confiança do público du do li HS, Eckhardt aprovei- rante muito tempo, além de produzirem _,.,,... ,"",.' para combater veemen- efeito imediato".

3t39


A VISÃO DO FUTURO O que ocorre quando uma companhia internacional de corretagem de seguros contrata um especialista voltado para o estudo do futuro? Ele surge inserido num mundo drasticamente modificado pelo computador, um mundo onde quase dois mil tipos de doenças podem ser eliminadas e onde, talvez, a metade de seus habitantes já tenha morrido. Isso pelo menos foi o que aconteceu quando a empresa Alexander e Alexander resolveu contratar um futurólogo e escrivão, Geoffrey Calvert, para que fizesse uma estimativa dos anos vindouros. As descobertas de Calvert foram publicadas num relatório sob o título "Uma Previsão Sobre as Próximas Três Décadas", sendo esse artigo o quinquagésimo de uma série, denominada "Reflexões sobre o Futuro". Uma de suas teorias mais interessantes se refere à possibilidade de que, antes do ano 2000, os cientistas possam vir a desenvolver bancos microscópicos de memórias, os quais poderiam ser implantados no cérebro. O efeito de tal empresa, segundo ele, consistiria em armazenar todo o conhecimento da humanidade, tornando-se acessível a qualquer pessoa. O futurólogo avalia a possível criação de picoprocessors'"(2), que seriam trilhões de vezes mais poderosos do que os microproc~ssos conhecidos hoje em dia. Seguncto a sua descrição, o desenvolvimento vai abranger circuitos tão pequenos como moléculas e que serão "tratados" em laboratórios. Uma vez combinados os dados da memória, esses mecanismos poderão ser implantados no crânio e interligados com o cérebro, dando à pessoa normal maior capacidade do que o conjunto de todos os computadores existentes atualmente. Calvert afirma também que uma minúscula máquina de bolso substituirá em breve, os relógios, telefones, máquinas de escrever, câmaras fotográficas, talões de cheque e uma infinidade de outros artigos. A engenhosa, por ele apelidada de "dato r", fornecerá informação, comunicação, distração e ins370

truções médicas, sob comando. Em breve, reafirma Calvert, a capacidade de se programar e utilizar os microcomputadores será tão importante quanto o ato de ler ou dt:· usar um telefone. Embora tudo isso nos pare~ maravilhoso, Calvert faz uma advertência: não podemos nos esquecer que é o mesmo ser humano quem vai desenvolver essa tecnologia, e isso depende do clima político social que enfrentaremos, podendo vir a ser uma ameaça, tornando tais eventos perigosos se manipuJados com más intenções. "A meu ver - disse ele -, talvez o maior perigo para o reduzido pessoal que lida com essas incríveis invenções seja -a con· centração das mesmas à volta de uma peque· na parcela da população, enquanto uma di· vulgação normal das informações poderia fornecer uma base de controle muito maior e mais eficiente do que se restrito a qualquer regime totalitário do passado". O FIM DAS PROFISSÕES Tal progresso pode vir a acarretar o que Calvert chama de maior fase ociosa da história. Eleacrescenta: "~ possível que metade das atividades profissionais deixem até de existir, enquanto a maioria das outras será radicalmente alterada. A menos que se introduza a aplicação de computadores de&::le a fase de instrução primária nas escolas grande número de pessoas poderá conseguir adaptar-se ao coti· dia no". Calvert ob~rva que, desde agora, o progresso acelerado parece estar prejudicao· do as gerações futuras. Ele menciona estudos mostrando um excelente filme sobre a in· fância urbana americana, enfrentando uma sociedade de tecnologia complexa. Chama ainda a atenção para o índice de suicidiosde adolescentes, triplicado desde 1950, para vir a se tornar o terceiro tipo de morte mais comum entre os jovens. E apela para uma ação construtiva nas próximas décadas no intuito de resolver esse problema, de suma importância para nossa sociedade. "Não haverá compensação em se ganhar a batalha no campo da energia, se ao mesmo REVISTA DE SEGUROS


tempo a estamos perdendo entre nos:;os jovens. Eles representam o futuro da raça humana". Dentre os outros avances profetizados por Calvert, para as décadas futuras, incluise a extensão da vida humana através da es· pecialização da genética e da eliminação de 2.000 doenças de origem biológica, através do transplante de gênese . Calvert insiste para que os líderes mundiais comecem a planejar um futuro construtivo aproveitando-se, assim, o potencial das próximas três décadas.

CRISE

E PERIGOS DO FUTURO

"A utilização positiva e construtiva das oportunidades afirma ele pode fazer com que as crises e perigos du futuro nos prestem grandes serviços e nos ajudem a evitar catástrofes. Num mundo de evolução rápida e progressiva, seria um erro ignorar o futuro lim_it~ndo-se a conjecturas sobre as próprias ele1çoes ou sobre o próximo ano no campo financeiro".

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Calvert salienta que, por exemplo , os Estados Unidos terão esgotados todos os seus recursos de petróleo por volta do ano 2000. Um pouco l"(l!"iS tarde, surgirá o que ele chama de "Era da Escassez", refletida em t . do o mundo, mas ainda assim crê que haja um certo aceleramento no processo através de uma estimetiva de aumento de 15% no consumo de energia no Terceiro Mundo, durante os próximos 30 anos. Algumas medidas alternativas, como a utilização de aviões movidos a motores não poluentes 'ie hidrogênio, automóveis elétricos e com motores de hidrogênio, continua Salvert, vão facilitar às noções a supressão do petróleo e seus derivados. Além disso, são esperadas outras modificações tecnoló gicas e culturais, que também contribuirão para a preservação da energia. "Por volta do ano 2000, a criação de novas fontes de eletricidade e aparelhagem móvel, com acesso à rede mundial de telecomunicações permitirá aos empregados das empresas se comunicarem com seus empregos, em vez de se deslocarem". No campo político, o futurólogo denota preocupação quanto à explosão demográfica do Terceiro Mundo, fator que poderá gerar situação de desespero. Calvert concluiu: "A Rússia e os Estados Unidos podem até concluir o projeto Salt 11, chegando ambos os pa,·ses à conclusão de que devem viver em harmonia - ou nada feito . Mqs isso não destrói a ameaça que pa ira no mun do, dentro do contexto das pressões impostas às populações, das formas de terrorismo e da proliferação de armas nucleares". A firm<: Alexander e Alexander mantém Calvert como seu consultor sobre as tendências economicas, energéticas, populares, demográficas, alimentares e de diversas outras áreas. (1) a ir bags - recipientes infláveis de p lástico que servem para amortecer o choque. (2) picop(ocessors - pico significa um trilhão a mais de capacidade. (TRADUZIDO DO THE POST MAGAZINE ANO INSURANCE MONITOR

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EDITADA POR

Tt:CNICA EDITORA LTDA. Av. Franklin Roosevelt , 39, gr. 414 Telefone 220-3577 Rio de Janeiro - RJ DIRETORES IVO ROSAS BORBA LUIZ MENDONÇA WILSON p, DA SILVA Redator: FLAVIO C. MASCARENHAS Secret6ria: CECfLIA DA ROCHA MALVA

SUMÁRIO

o o o • • o • • •

~.1 ach i sm o

Poluição e Seguro - Luiz Mendonça Seguradores co memoram o "Dia Continental do Seg uro" Op inião da Revista Sof ismas P e ri go~s - A. Henry Chester Engenharia d e Proteção Os Seguros de Catástrofes André Melly Indenização Du pla-Associação de Fatos O Dr. Who Pode Vir a Ser

Ano LX - n<? 707 MAIO DE 1980 Composto e Impresso Mauro F.miliar · EDITOR Rua Ma ~ weU , 43· A - Te!. 264·7530

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reste homem que evitar um rão de carros. Tem muitas maneiras de você se livrar de um Corretor de Seguros. As mais usadas são: falar que está em reunião, apelar para uma viagem urgente, ou simplesmente dizer que está ocupado. Mas- não é nada fácil se livrar de um ladrão, que escolhe justamente seu carro para roubar. AÍ você vai lamentar não ter feito o Seguro de Automóveis, que ainda protege contra incêndio e colisão Mas então será tarde, não adiantará chorar. Da próxima vez, inverta as COISas. Receba o Corretor de Seguros e feche as portas para o ladrão.

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