Presidente do IRB ■''^mina a reformulaq:ao
nacional do setor
Seguro agricola: ^ exempio da Cosesp
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ORGAO OFICIAL DE DIVULGAQAO DA FENASEG - ANO 65 • 766 • DEZ/85
O R T N
DO TRANSnO AGORA NUMSEGUROSO.
Quern tern carro, corre tres tipos de riscos. 01^0 do carro ser roubado, incendiado ou addentado U riKO p^aJ dos passageiros. em caso de acidente nor fim,o nsco deprejuizos a lerceiros.
Ate hoje, a unica forma de se proteger destas ' ' eventualidades era fazer varies seguros dlferentes. apolices. varios vendmentos, v^rias nofas de seguro, muita burocrada. - , - -
urn unico seguro '' ■^ simphfi^do vocer^Iveos tresprobieni^de-^avez • ' 0 carro ]h?di 'ranquilidai^g para vlver so-os prazeres qfle
REVISTA DE SEGUROS* - Orgao Oficial da Fedcra^ao Nacional das Empresas de Seguros Privados e dc Capitaliza^ao (Fenaseg). RuaSenador Dantas. 74/129 andar. Tel,; 210-1204. Endcrc?o Telegrafico: Fenaseg. Telex; 34505 FNESBR.CFP 20031.
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* Fundadoi: Josd Veloso Boiba Revista de Seguros - fiJiada a ABERJE.
Os aitigos aasiiudos t&o de lesponsabflldade dnlca e exdustva de seus autotes.
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Alterundo urn resultado final, c)ue ja vinha se niantendo negativo ha mals de cinco anos. 0 mercado segurador fechou 1985 com urn crescimenlo real proximo de 207r. Para este ano, de mudamjas e incertezas nos ni'veis setorial e cconomico, espera-sc um desempenho, sen3o melhor. pclo inenos positivo. Nesla edi^ao, ampla analise e dcpoinientos de empresarios.
A partir de tima nova estrategia, aplicada em 1983, a Cosesp ampliou a atua^ao do seguro rural e aumentcu a oferta de benefi'cios aos agricultores. 0 diretor da Companhia, Herbert Julio Nogueira, da maiores deU^Ihes sobre o assunto.
ABERTURA
4 Luiz Mendon9a
Rotas de cxpansSo
ECONOMIA & FINAN^AS
7 Maiciiio Marques Moreiia
O que podemos esperar da Conjuntura
Intemacional em 1986
PERSPECTIVA econOmica
8 Rubens Penha Cysne
O Brasil e o Piano Austral
Argentina
termOmetro DO MERCADO
10 O resseguro e a relagao sinistro-primios
BASTIDORES
26 Propostas de altera9oes na estrutura do mercado sao alguns dos pontos do discurso que a Revista de Seguros pubiica na Integra, do presidente do IRB, Jorge Hildrio, proferido em almo^o oferecido pela Segao Nacional da AssociaQao Intemacional do Direito do Seguro, Capa: Willy
13 Villas-Boas Corr^ Projeto de arrumagdo
COMUNICAgAO & MARKETING
14 Jomai Pereiia da SUva A publicidade como um bom negdcio
CULTURA & LAZER
29 Luis Lobo
Previsdo de Sao Gpriano
31 Maria Celia Negteiros Livros. artes pldsticas, teatro e mitsica
CX)NTOS DE REIS
36 A memdria do seguro
QUATRO ventos
38 Atualidades sem fronteiras
40 Alberto Lopes
A volta do Jaguar histOria
42 Ipanema, terra de farads
ARTES E
ClfiNCIAS OCULTAS
44 0 Homem e a etema busca de sua identidade
HUMOR
SO Jaguar
T0DC» OSRBGOS
Procure seu cdnffor. . , — m IB ■Bir'iiw '. ' Qt * - I - I. Ill " —_ r.l h. ,t a*'5i K *• ""'"S a h. ;it ''®I ® ii: a im' •' ^J92l ItttttxiHJtn' •ni'i -■ • y..-: • yCi'' ^ — r_ B.*. b •-J #
REVISTA DE SEGUROS
Rotas de expansao
atividade seguradora, acossada j,pela inflagSo no pen'odo 1979/ iSk&-Sl984, experimentou perda real no seu volume de faturamento. No ano de 1985, entretanto, em que a economia do Pai's logrou desvencilhar-se das amarras da recess£o, o mercado de seguros ao que tudo indica tera conseguido cresdmento real, ao menos em relagSo ao ano anterior. O certo, por^m, ^ que essa expansao nSo fez o fatura mento retomar ao ni'vel de 1979.
Portanto, o mercado de seguros tern a tarefa nSo apenas de recuperar esforgos anteriormente perdidos, mas tamMm de conquistar novas dre^s de procura latente. Para isso 4 condigdo necessdria o clima de liberdade de iniciativa, pois s6 esse clima dd estimulo a agilizagdo da oferta para que ela busque, hoje melhor dotada de instrumen tal de pesquisa mercadoldgica, novos caminhos de expansdo do mercado, neste explorando e aproveitando todos
OS focos de demanda potencial. E no mercado de seguros muitos focos ficaram por explorar, mesmo nas suas fases de cresdmento acelerado. Focos que a modema tdcnica publidtdria pode trazer a tona,convertendo-os em fonte de procure efetiva e em novos negddos.
Interessa ao pdblico, a toda a sodedade,ndo um mercado segurador estiolado e contrai'do, mas dinamico e expansivo, provendo os anseios e necessidades de seguranga econdmica da populagSo, dando suporte e esti'mulo a sue capaddade de produzir bens, servigos e rendas. Interessa ao Pais um mer cado segurador ativo e em continua evolugao, assim capaz de enriquecer a fungSo investidora das companhias de seguros, fung£o que impulsiona,incentiva e fertiliza o processo de desenvolvimanto economico.
A atividade econdmica tinha nas sodedades primitivas o horizonte estrei-
O seguro sai em campo
Cosesp - Companhia de Segu ros do Estado de S5o Paulojfoi criada em 1968, quando o Govemo do Estado de Sao Paulo se interessou em implantar um programa de seguro agn'cola. Tal iniciativa, atd onde * sabe, resultou da necessidade de atender a um mercado praticamente desamparado", desde a extingao, em ^^66, da Companhia Nacional de Se5^ro Agn'cola.
to da simples e quotidiana subsistenda individual. Nas sodedades modemas, por^m, n£o mais se reduz a essa acanhada finalidade. O trabalho tem agora sentido mais amplo e somente se com plete quando 4 tamb^m fonte de construgao de futuro individual digno e tranqtiilo. A esse objetivo final do tra balho, da atividade econdmica, 4 que dd suporte e garantia a instituigdo do seguro, assim valorizando-se como geratriz de bem-estar sodal.
NSo basta a economia moderna o vigor da capaddade produtiva, expressa em volume de riqueza e de PIB.Im ports muito mais 4 sua capaddade de produzir bem-estar sodal, ainda sem um I'ndice para expressd-la. Todavia, se jd fosse possivel elaborar esse tipo de indicador, nele seria componente indispensdvel o "consume" per capita de seguro, pelo que este sodalmente representa como fator individual e coletivo de garantia e tranqiiilidade.
Dois anos mais tarde, em 1970, o ^onselho Nacional de Seguros Prlvados (CNSP),atrav^s da Resolugao 5/10, au^orizou e normatizou esse sistema de ®®5uro agn'cola em S3o Paulo, baseado uma fdrmula simples:financiamen^0 e indenizagao imediata da parte do "^^stimento do produtor, feita com ^cursos prdprios.
Foi a partir de uma nova estrat^gia, ®ntretanto, aplicada pela diretoria que ^ssumiu em 1983, sob o comando de Herbert Julio Nogueira, que a Cosesp 3inpliou a atuagao do seguro rural e ^dmentou a oferta de benefi'cios aos sgricultotes. Diante da estiagem que, ^scentemente, prejudicou a agricultura regiao nordeste de SSo Paulo e Ri^ir3o Preto, e face ao desempenho da ®ntidade nos dois ultimos anos - seu ^guro rural foi considerado o melhor
Amdrica Latina -, o presidente da Companhia tenta explicar a ampliagSo seguro rural e a multiplicagSo dos ^nefi'cios oferecidos ao agricultor, a Partir de 1983.
Em 1983, quando da administragao Franco Montoro, a Cosesp se colocou a servigo do novo piano de govemo, dentro do qual a alimentagSo 4 uma das batalhas prioritdrias. "O esti'mulo Revista de seguros
a agricultura de alimentos se baseou, entdo, em tr€s itens" - esclarece Her bert Nogueira. Em primeiro lugar, no apoio tdcnico ao produtor, a ser desenvolvido pela Secretaria de Agricultura; em segundo, na ampliagao do ciddito rural, principalmente para o pequeno e mddio produtor agn'cola, atravds da atuagdo do Banespa e da Caixa Economica do Estado de Sao Paulo, e, por fim, no desenvolvimento do "Piano de Seguro Agn'cola", por intermddio da Companhia.
Na verdade, quando Herbert assumiu, a empresa operava o seguro agn' cola para, basicamente, tres culturas: algodao (seguro tradicional, ja operacionalizado pela Secretaria de Agricul tura desde 1939); uva, praticamente na regiao de Jundiai' e Itapetininga, e banana, especialmente no Vale da Ribeira.
"Neste mesmo ano" - continua Herbert - "conseguimos autorizagao do Institute de Resseguros do Brasil (IRE) para estender o seguro a outras sete culturas - feijSo, milho, artoz, batata, tomate, soja e amendoim. Em 1984, dentro da id^ia da cultura ser bdsica para a produgao de alimentos, OS hoitigranjeiros e a cana-de-agucar puderam ser segurados. Atualmente a Cosesp segura 40 culturas."
No que se refere a comercializagao do programa, vale lembrarque, inicialmente, embora ele tenha sido desenvolvido sem qualquer intengSo de favorecer excluslvidades, apenas o Baneqia e a Caixa Estadual se mostraram interessados pela realizagao do seguro. S6 a partir da cobertura da olericultura 4 que outras instituigOes financeiras se
interessaram pelo cr^dito rural e pelo seguro rural. "E bem verdade, no entanto, explica Nogueira, que outras instituigoes nao se interessaram, por ser o seguro, na maioria das vezes, deficitario."
"Um fator importante na conquista de quase 20% de mercado pela Cosesp, bem como na atuagSo de bancos privados e do Banco do Brasil, foi o fato de que a abertura desses novos produtos partiu do princi'pio de que o ProagroPrograma de Garantia da Atividade de Agropecuaria, criado em 1973 e regulamentado pelo Banco Central - ga rantia aos produtores somente a cober tura em caso de frustragao de lavoura.
O que representava, na realidade, uma tdtica de protegao aos bancos contra uma possivel perda no Hnanciamento concedido aos agropecuarios."
O seguro Cosesp passou, assim, a oferecer vantagens maiores que as do programa oficial, uma vez que garantia ao agricultor a protegSo do valor do cr^dito, juntamente com a opgSo de extensao do seguro sobre recursos prdprios - abrangendo, entSo, os gastos reals com custeio.
E importante observer, ainda, que hd indexagSo entre finandamento e se guro, ou seja, o cr4dito 4 condicionado a realizagSo do seguro com a Cosespvinculo que, ao que tudo indica, tem contribuido muito para o agricultor.
"Se, por algum motivo," justifica o presidente da Companhia, "o agricultou perder sua cultura, partial ou totalmente, a entidade paga o respective prejuizo rapidamente. O dinamismo da seguradora do Estado tem driblado a lentidSo no pagamento das indeniza-
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REVISTA DE SEGUROS
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O que esperar da Conjuntura Internacional em 1986
NIARCILIO MARQUES MOREIRA
93es feitas pelo Proagro, pois o agrlcultor i indenizado antes da colheita, quando o Proagro aguarda os resultados da receita dos hectares produtivos para contabilizar os prejuizos das dreas perdidas."
Da cobertura deste seguro farSo parte todos os agricultores que estiverem incluidos na apolice aberta por averbagdes da Cosesp, sobre toda a drea segurada, ou seja, toda a drea da cultura finandada, plantada ou replantada de propriedade ou responsabilidade do segurado, sempre efetuado de acordo com a assistencia t^cnica.
Ja a importancia segurada corresponde ao valor do cr^dito deferido. A opgSo do mutuario pode ser elevada at^ o valor real de custeio das culturas, estabelecido por cicio agri'cola. Quanto a cobertura, o seguro tem por objetivo garantir uma indenizagao ao segurado por prejuizos causados a plantagao pela incidencia de incendio, tromba ddgua, ventos fortes e frios, granizo, chuva excessiva, seca (a mais indenizada), geada, doengas e pragas sem m^todos de combate ou profilaxia, reconhecidos pelos 6rgSos oficiais especializados.
Com relagao aos riscos que nao sSo cobertos pelo seguro, Herbert Nogueira esclarece que sao os prejuizos que se verificam, direta ou indiretamente, em virtude de riscos catastrdficos, assim considerados terremoios, maremotos, ciclones, erupgdes vulcanicas e,em geral, qualquer cataclisma da natureza; ensaios ou experimentos de qualquer natureza; atos ilicitos, negligencia, culpa ou dolo do segurado e de seus propostos; atos de autondades pdblicas, 6
salvo se para evitar propagagao dos ris cos cobertos por este seguro; atos de guerra, declarada ou nSo, invasao, insurreigao, revolugao, tumultos, motins e riscos congeneres e/ou conseqiientes; e perdas causadas por/ou resultante de/ou para os quais tenham contribui'do: radiagdes ionizantes, quaisquer contaminagdes por radioatividade e efeitos primdrios ou secundarios da combustao de quaisquer materiais nucleares, lucros cessantes ou danos emergentes, mesmo quando conseqiientes da paralisagao ou inutilizagSo parcial ou total dos bens segurados por ,riscos cobertos.
A Cosesp, no entanto, s6 pode atuar no Estado de Sao Paulo. Conforme esclarece Nogueira, este seguro, apesar de deficitdrio, so ^ viAvel pelo convenio que a Companhia mantdm com a Secretaria de Agricultura. O Es tado de Sao Paulo possui 572 municipios e a Cosesp so se utiliza de 490 casas de agricultura espalhadas pelo in terior.
No que diz respeito a area financeira, a entidade tem o apoio de um res-
seguro de cota do IRB,amparado pelo fundo de estabilidade do seguro rural criado pelo Decreto-lei 73/66, no artigo 16/23. A possibilidade de criagao de um seguro rural a ni'vel nacional nao foi descartada por Nogueira,"desde que os Estados fomegam o mesmo incentivo junto as suas secretarias.""0 Minist^rio da Agricultura esta estudando uma possivel nacionalizagao do sistema," observe.
Quanto a ertiagem da regiao nordeste de sao Paulo e Ribeirao Preto, o presidente da Cosesp diz que a estiagem atingiu todo o Nordeste do Pai's e que 0 Estado de Sao Paulo ficou no centro deste fenomeno. "Foi a maior seca dos ultimos 40 anos," lamenta Herbert. A estimativa dos prejuizos indica uma indenizagao de 20 mil agri cultores, num montante de CrS 150 a 160 bilboes - acima de 200% do indice de premio.
Em contrapartida, Herbert Julio es clarece que govemadores do Parana, Santa Catarina, Espirito Santo, Goiis, Rio de Janeiro e Mato Grosso do Sul consultaram a entidade sobre a possibi lidade de operar o seguro agricola nos seus Estados. "O programa tamb4m tem alcangado repercussao internacional - Espanha, Peru, Colombia e Paraguai trocaram correspondenda sobre experiencias no seguro agricola."
A possibilidade de criagao de um seguro,em nivel nacional, nSo foi descartada por Nogueira,desde que OS Estados fomegam incentivos
conjuntura economica mondial em 1985 situou-se a meio caminho da euforia dos otimistas, que esperavam a repetigSo de 19840 melhor desempenho dos liltimos 10 anos —,e do desanimo dos pessimistas, que prediziam que o mundo resvalaria inexoravelmente para novo periodo de retragSo das atividades.
Embora ainda cedo para avaliagSo mais analitica e definitiva, os numeros id conheddos parecem caracteiizar 1985 como periodo de cresdmento m^dio, embora mais prdximo de rituio auto-sustentavel, com o PIB dos Paises da OECD - inclusive o dos Es tados Unidos - se expandindo a nivel pouco inferior a 3%,e o comdrdo internadonal cerca de 4%, ambas dfras Jigeiramente abaixo, portanto, dos progndsticos consensuais.Para nds, entretanto, o arrefedmento desses indicadores foi compensado por juros (LIBOR hoje de 8%), pregos do petrdleo (que cairam em termos nominais e reais) e taxa do ddlar(queda de quase 20% frente a uma cesta de moedas fortes) significativamente menores do que quase todas as projegdes, o mesmo ocorrendo com a inflagSo, que continuGu caindo, apesar do dcloavangado de maturagSo do relangamento mundial.
As condigOes mundiais, portanto, favoreceram a manutengflo de superdvit substandal em nossas contas comerdais (+12.5 bilhdes de ddlares) e o bom resultado das contas correntes (ddfidt talvez em tomo de 800 miIhOes de ddlares). Pelo segundo ano consecutive a nossa divida extema to tal, em tomo de 100 bilhdes de ddla-
res, nSo terd cresddo em termos nomi nais - o que representa contragSo em termos reais enquanto a posigSo de caixa liquida em reserves extemas conversiveis terd galgado a 9 UlhOes de ddlares, nivel confortdvel quando comparado a pouco mais de 1 bilhSo de ddlares mensais de Importagdes.
Mas 0 que nos reservara 1986, em termos de meio ambiente intemadonal? Embora consdentes da fragilidade de qualquer prd-visao economica,dada a incerteza que inere aos sistemas sodais, OS sintomas passiveis de interpretagdo parecem indicar que o novo ano podera vir a reproduzir em seus mimeros agregados mais relevantes aqueles registrados em 1985, se bem que sua composigao e as forgas-mestras que OS lastreiam possam vir a alterar-se.
CORREQAO INTERNAOONAL
Assim, supde-se que a politica fiscal americana poderd vir a softer relativa corregdo de rumo,invertendo, por forga de legislagao recentemente adotada, a tendenda que vinha apresentando de alargamento de seus ddfidts orgamentdrios, podendo, dessa maneira, manter-se, ou talvez atd acentuar-se, com a redugdo do custo de redesconto, a politica monetdria indutiva de juros mais moderados em termos nominais - e qulgd em termos reais. Isso exigiria politica ligeiramente estimulativa,e de juros tambdm um pouco mais baixos, de parte das autoridades alemdes, e certo afrouxamento comerdal e financeiro por parte dos japoneses.
A melhor articulagdo das politicas desses trSs paises-chave poderia assegu-
rar para 1986 nivel de atividade em tomo de 3% reals,expansdo do comdrcio por volta de 5%,juros moderados e petrbleo ainda em queda,o que configuraria situagao internacional bastante positiva para n6s. Se a isso se adidonar o dilar mais baixo, que po derd estimular nossas exportagSes e, possivelmente, melhorar os pregos de alguns produtos primdrios, assim como a nova postura do govemo americano, expressa no pJano Bakerainda acanhado em suas dimensoes quantitativas, mas avango qualitativo importante por reconheoer o primado do desenvolvimento e a prioridade para os ajustes estruturais estardformado um quadro propido para procurarmos negociar, durante o ano, um acordo abrangente para reestniturar a longo prazo a amortizagdo de nossa divida, para cortar-lhe no minimo a metade o onus em termos de spreads, e para abrir caminho 861ido para, no futuro, podermos voltar a receber recursos extemos - de entidades intemadonais, fontes govemamentais e suplementarmente de bancos comerdais - para comi^ementar o finandamento de nova etapa de invest!mentos. Isso ajudar-nos-ia a sustentar o vigoroso ritmo de nossa recuperagdo econdmica e afastaria o espectro da iliquidez cambial, possibilitando ao Govemo concentrar esforgos no controle da divida intema e da inflagSo renitente, assim como na consecugSo do resgate da mais pesada e premente das nossas dividas: a divida social i>ara com OS deserdados do progresso, que acabamos de elevar a prioridade na A^nda Nacional.
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O Brasil e o Piano
inna9So brasileira saltou dos 40% vigentes entre 1976 e JS1978 para a marca'dos tres di'gitos entre 1980 e 1982,tendo permanecido, a partir deste ultimo ano, na faixa dos 220% ao ano. A pergimta que se coloca, no momento,^ se a economia jd nSo estaria caminhando, a partir de 1986, para um novo patamar da ordem de 400-500% ao ano de elevaqSo relativa dos indices de prego. E mais, Dada a possibilidade de oficializagdo da trimestralidade dos reajustes salariais, o que ndo se trata de uma hipdtese destituida de fundamento, a partir de uma inflagao desse nivel, estariam abertas as portas para uma trimestralizagdo da inflagSo semestral (condigdo necessdria a manutengao do poder aquisitivo mddio dos salarios reals), o que signincarla, nas condig6es anteriormente descritas, um caminho aberto a um estado de hiperinflagdo, tal como o ocorrido com a Argentina no peri'odo anterior a junho de 1985.
Nesse contexto, tem-se discutido, tanto no meio academico quanto nos subterraneos da equipe atualmente responsavel pela condugSo de politica econdmica, como deveria ser, se este fosse o caso, o equivalente brasileiro do piano de estabilizagdo argentino.
Como se sabe, este pais tern conseguido, jd por seis meses consecutivos, reduzir a algo em tomo de 2% uma inflagdo mensal da ordem de 30%. A receita se concentrou em pontos bastante comuns em tratamentos de cheque da inflagdo, tal como drdstica redugdo do ddndt publico, eliminagao da emissdo ndo lastreada de moeda e fixagdo da taxa nominal de cambio. Em defe-
rencia ao pragmatismo, introduziu-se tambdm um congelamento de pregos e salarios, de forma a quebrar a indrcia inflacionaria.
Com relagdo a um programa desse tipo, no entanto, dois pontos distandam 0 Brasil atual da Argentina em junho deste ano. E interessante notar que ambos deixariam de existir na hipdtese de uma aceleragao infladonaria para um patamar adma de 1.000%. O primeiro d que, com esse niVel de inflagSo, a desorganizagSo geral da atividade produtiva fornece um excelente amparo a iniciativa, por mais radical que esta possa se mostrar. Em outras palavras, o arrojo argentino lembra a situagdo de algudm que pula do terceiro andar de um prddio em chamas, com o fogo as suas costas. Ainda que quebre uma perna, tera salvo a sua vida. No caso brasileiro, entretanto, o fogo ainda nSo alcangou nem mesmo o segundo andar. Nestas drcunstandas pode valer a pena esperar para ver o que ocorre.
A segunda dessemelhanga entre os dois casos, que tem ocupado a capacidade criativa de boa parte de nossos economistas de conjuntura, diz respeito aos reajustes salariais.
Na Argentina, foi relativamente fdcil a introdugSo do congelamento de saldrios a partir do im'do de julho, dado que o alto nivel de inflagSo jd tinha tornado prdtica rotineira a renegociagdo de saldrios nominais ao inicio de cada mSs. No Brasil, entretanto, um congelamento em Janeiro introduziria uma clara vantagem daquele que acabou de ser reajustado em dezembro, contra aquele que seria reajustado em fevereiro, e assim por diante.
A retomada de parte do bom senso, deixado de lado a partir da mudanga de politica salarial em 1979,ja garante um certo consenso em torno da proposigSo de que os salarios devem ser, antes do congelamento, trazidos para o seu poder aquisitivo mddio do semestre, e nSo para aquele vigente logo ap6s 0 reajuste (o primeiro equivale, para uma inflagdo de 230% ao ano, a aproximadamente 75% do segundo).
Isso elimina propostas como a corregSo pro-rata de todos 6s saldrios at6 a data do congelamento, o que geraria uma inflagSo em tomo de 31% no pri meiro mgs de ajustamento, impedindo a necessaria reversSo de expectativas.
No caso brasileiro, o mais sensato seria estender aos contratos salariais a interessante id^ia do "desdgio" introduzida pelo piano argentino para os compromissos financeiros prefixados de curto prazo. Por essa sistematica, a nova moeda em drculagSo (o cruzeiro seria imediatamente extinto como um meio de troca) embutiria uma valorizagdo frente ao cruzeiro dada pela inflagao esperada, implicitamente assumida nesses contratos. A partir dai, basta lembrar que os contratos salariais foram flxados em cruzeiros. Mes a mes, OS saldrios nominais seriam reajustados em termos da nova moeda, embora continuassem intactos no seu valor em cruzeiros. Ap6s o t^rmino do pen'odo de vig§ncia, seria adotado o saldrio m^dio dos ultimos seis meses. Essa id^ia deve ser creditada ao economista Daniel Dantas.
A fracassada experi§ncia brasileira de prefixagSo da corregSo monetdria e cambial j^ deixou clara a inutilidade de tentativas de estabilizagSo infladoREVISTA DE SEGUROS
naria que nSo se fazem acompanhar do necessario rigor monetdrio fiscal. Um tratamento de choque da inflagSo certamente deveria trazer consigo uma proibigao do financiamento do deficit do Govemo por emissSo monetdria.
0 crddito intemo liquido seria fixado e a base monetaria s6 seria aumentada em fungSo do incremento de reserves internacionais ou do saque dos depositos em moeda estrangeira nas Autoridades Monetdrias.
A propria queda da inflagao jd estabelece uma significante redugao do ddficit publico. Em parte pela diminuigdo do pagamento de juros da divida interna e em outra parte pelo aumento da arrecadagSo real das receitas fiscais. Num ambiente de alta inflagdo, a defasagem entre o fato gerador e a efetiva arrecadagdo impoe uma consideravel redugdo da carga tributdria liquida ■"eal. Isso nSo mais ocorreria ap6s a estabilizagSo.
Por outro lado os pregos controlados pelo Governo seriam certamente. filevados no pen'odo imediatamente anterior ao piano. Isso incluiria os combustiveis, lubrificantes, as tarifas de energia eldtrica, comunicagOes e transportes, alguns produtos indus trials, bem como o ddlar, Trata-se da chamada "inflagSo corretiva", que antecipa o fantasma dos reajustes futuros, lembrando que, se for o caso, nada impede que descontos futuros venham a compensar eventuais exageros nos aumentos efetuados. Isso efetivamente ocorreu na Argentina. Consciente que a coerencia do sistema de pregos relativos antes do congelamen to d um dos pontos-chave do progra ma, alguns bens tiveram o seu valor
corrigido adma do necessdrio, tendo 0 ajuste posterior se dado pela simples queda de pregos. No caso dos bens e servigos produzidos pelo Govemo (incluindo as estatais) tais reajustes refletem a neces saria redugdo do ddficit publico pela queda do ni'vel de subsidios.
RUBENS
Boa parte do sucesso de um piano desse tipo consiste em se conveneer a sodedade da queda de renda real de curto prazo assodada as medidas acima descritas. Na fase de liberagSo do congelamento, e importante que haja um consenso entre capitalistas e assalariados (bem como intergrupos) a respeito desse ponto. Esse conluio pressupSe uma Uderanga que a Argentina felizmente encontrou. A ultima eleigao ap6s 0 piano confirma esse fato. Resta saber o que ocorreria no Brasil. Ainda em termos da metafora anteriormente introduzida, vale lembrar queumindividuo que se viu na iminencia de morrer devido a um incendio certamente estard muito mais disposto a sacrificar parte de seus rendimentos na compra
de equipamentos de preveng5o ao fogo do que um outio que nSo tenha sentido na pele o gosto da trag^dia. Essa constatagao pode significar o adiamento do Piano Austral Brasileiro at^ o ponto em que a inflagao atinja valores entre 500 e 1.000% ao ano (antes do teto dos quatro digitos a atual equipe economica provavelmente jd teria to rnado tal iniciativa, pois nao correria 0 risco de perder a sua vez antes de uma tentative de estabilizagao). Com relagao ao ddlar, vale lembrar aos aplicadores do paralelo que o dgio sobre o cambio oficial costuma cair consideravelmente ap6s a introdugao de pianos desse tipo. Na Argentina, por exemplo, a cotagSo mddia de 1.052 pesos por ddlar vigente no mercado nSo oficial no dia 13/06 contrapos-se o valor de 812 pesos por dolar dia 19/06, quatro dias ap6$ a introdu gSo do piano. 0 premio sobre o oficial passou de algo em torno de 35% a um valor praticamente nulo. Por ultimo vale lembrar que, com o aumento da demanda por moeda decorrente da queda da inflagSo, abrese um vasto espago de mancbra para gastos n5o inflacionarios no momento imediatamente anterior a introdugao do choque. No Brasil, seria aconselhavel utilizar essa "seignorage" adicional para a compra de aproximadamente metade da divida mobiliaria federal em circulagao.
Estes dois ultimos pardgrafos fomecem uma interessante dica; quando o Banco Central demonstrar um inddito furor comprista no mercado, pode estar ai'uma boa chance de ganhar dinheiro pela venda (ou compra a futuro) de ddlares no black. ^
EconomicQ
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DE
REVISTA
SEGUROS
"Um tratamento de choque da inflacao deveria trazer consigo uma proibicao do financiamento do deficit do Governo por emissao monetaria"
PENHA CYSNE
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resseguro, sendo uma importante operagSo do mercado segurador, deve ser estudado com profundidade, tanto no que diz respeito a sua natureza t^cnica quanto ao sau desempenho. O estudo e^ecial elabcrado pelo Dr. Humberto Roncaratti* do qual tomamos a liberdade de apropriarmo-nos da metodologia e atualizi-la com dados de 1984, norteia-se por tais princi'pios. For ser bastante amplo, nao poderemos reproduzir e atualizar todos os aspectos desen-
OresseguFoea rel^aosinistro/premios
volvidos nesse estudo, entretanto selecionamos alguns que acreditamos ser litil divulgar. Em particular, deseja-se estimar para o ano de 1984 a relagao sinistro/premios per categorias de responsabilidade.
De acordo com a tabela 1, 25,27% do total de premios arrecadados s3o cedidos atrav^s da operagao de resseguro, dos quais 43,84% sdo repassados para o mercado atrav^s da retrocessao.
A relagao sinistros/premios para o mer cado 6 de 38,99%, sendo superior aOi
PREMIOS E SINISTROS: Diretos —.Resseguro — Retrocessao 84
valor observado para o resseguro (27,83%). Essa relagao 4 sensivelmente superior quando se trata da razSo sinistros retidos/prlmios retidos, que alcanga o valor de 41,21%. t posswel estender essa analise para cada ramo e analisar a relagao entre premios e sinistros retidos e cedidos ao resseguro. Nesse caso, os resultados para o Ramo Incendio encontram-se nas tabelas 2 e 3. Na tabela 2 sumariamos OS dados obtidos na tabela 3. Observa-se que 53,77% dos premios do ramo sao ressegurados, e os sinistros dessa categoria e os demais perfazem 14,30%.
Finalmente, 6 neoessirio lembrar que OS resultados consolidados podem servir de parametro para cada seguradora avaliar o seu desvio em relagdo ao mercado, utilizando-se da tabela 3.
*Aptesentado para apiecia;So da diretolia do Sindicato das Empresas de Segu- IDSPrivadose Capitaliza^o.
Tabela 3
ASSESSORIA ECONOMICA DA FENASEG
DESEMPENHO DO MERCADO DE RESSEGURO E RETROCESSAO - 1984 (CrS BILHOES)
■■'h
TABELA 2 TABELA 1
MERCADO IRB Cr$ 1.000 Partfcipagao Participapao N9 Item % Cr* 1.000 NP Item % prCmios 1 — Segs. diretos 2 — Ressegs. diretos 3 — Retrocessdo 3.114.166.719 (787,033.193) 345.735.895 1 2527 787.033.193 (345.735295) 2 43,84 4 — Retidos 2.672.869.421 442.297.298 SINISTROS 5 — Segi. diretos 6 — Ressegs, diretos 7 — RetrocessSo 1.214.514.061 (219.974.822) 106.926.363 1 2 3 3829 2723 30,72 219.974,822 (106.928.363) 2 3 27,83 30,72 8 — Retidos 1.101.467.602 4 41,21 113.046.459 4 25,57 SALDOS OP. 9 — Dir. bruto il-5) 10 — Resseguro (2-6) 11 — Retroces. (3-7) 1.899.652.658 (567D58.371) 2.18R07.532 1 2 3 60.98 72,05 68.99 567.058.371 238.807.532 2 3 72,05 68,99 12 — Said, finals (4-8) 1.571.401.819 4 58,79 328.250.839 4 74,21 FONTE: "Apura9&ef Enstfttices *obre o Mercsdo Sagurador Brasilsiro" — IRB 10 Participacao Cr$ Bilhoes NP Item % PREMIOS 1 — Prfimios auferfdos 685,989 100 2 — Resseguros 368.756 1 53,77 3— Retidos i/quidos 317.233 1 46,23 SINISTROS 4 — Sinistros ps§os 5 — Recuperadas 6 — Retidos Ifquidos 98.107 52.748 45.359 2 3 14,30 14,30 14,30
REVISTA DE SEGUROS
PrSmio Prdmio PrSmio Sinist. Seg. Sinist. Cedidos Bruto Lfquido Lfquido Seguradore Bruto Cedido Retido Retidos das do das Seg. Dir. Seg. Dir. Seg. Dir. Cias. IRB Cias. ^riitica 5-390 3206 2.183 772 521 251 4.618 2.685 1532 Aiax 2208 1.160 1.048 130 58 72 2.078 1.102 976 '^lianga Bahia 23.664 14.449 9.214 2.627 1.225 1.402 21.037 13.224 7.812 Alilanz-Uliram 12.081 8.415 3.665 1.470 1.192 278 10.611 7.223 3.387 ^asuda 9.077 6.688 2.389 2.092 1.637 455 6985 5.051 1.934 l^tina 5278 3290 1.988 422 218 203 4.856 3.072 1.785 Assurance 2.389 1.810 578 228 158 69 2.161 1.652 509 Americana 1243 927 315 20 10 10 1.223 917 305 Argos 9.511 6.649 2.862 1.069 696 373 8.442 5.953 2.489 AtlSntlca 4.367 1.760 2.607 389 140 248 3.978 1.620 3.979 Auxliiar 5.654 3.006 2.647 543 329 213 5.111 2.677 2.434 Segs. da Bahia 9.735 6227 3.507 741 516 225 6.994 5.711 3.282 Baioise 12.042 5.741 6.300 2.161 865 1.295 9.881 4.876 5.005 financial 3.919 1.648 2.270 709 353 356 3.210 1.295 1.914 Bamerindus 26.322 11.034 15288 3.372 1.225 2.147 22.950 9.809 13.141 Banarj 4.884 2.155 2.729 656 273 382 4.228 1.882 2.347 Banestes 937 319 617 128 27 101 809 292 516 Banone 3.531 1.957 1.574 145., 1.746 144 3.386 211 1.430 bcn 3914 2.079 1.834 335 179 155 3.579 1.900 1.679 Bernge 6.535 4.597 1.938 1.096 583 512 6.439 4.014 1.426 Bradesco 21.522 10.914 10.608 2.710 1,407 1.303 18.812 9.507 9.305 Brasii 19.396 10.385 9.009 1.537 716 821 17.868 9.669 8.188 Brasiielra 4.921 2922 1.999 638 239 398 4.283 2.683 1.601 Brasfiia 255 177 77 4 4 251 177 73 ^pemi 425 167 257 28 12 15 397 155 242 Cigna 629 327 302 173 173 456 327 129 Colina 3.543 1.856 1.687 232 126 106 3.311 1.730 1.681 Comind 14.852 8.871 5981 2995. 1.858 1.136 11.857 7.013 4.845 Commercial U. 6.038 4992 1.045 513 425 88 6.525 4.567 957 Concdrdia 3.368 2.546 821 269 43 226 3.099 2.503 595 Cruzeiro do Sul 4.491 2.625 1965 630 351 278 3.861 2.274 1.587 Cosesp 9.998 3908 6.169 832 218 613 9.166 3.590 5.576 Excelsior 698 383 315 92 44 48 606 339 285 Federal 482 208 253 57 18 39 405 190 214 Finasa 9.327 4212 5.115 1.426 526 900 7.901 3.686 4.215 Fortaieza 3904 1.545 2.359 179 65 113 3.725 1.480 2546 GB Confianga 959 436 522 77 36 40 882 400 482 Generaii 12.831 6.940 5.891 2.536 1.413 1.122 10.295 5.627 4,769 Geriing 3.707 2259 1.448 1.680 1.628 52 2.027 631 1.396 Hannover 1.438 1.082 356 78 65 13 1.360 1.017 343 A Inconfiddncia 4.433 2.674 1.758 526 275 253 3.905 2.399 1.505 Indiana 4.618 3936 1.581 854 578 275 3.764 2.458 1.306 Intera mericana 12.520 9967 2.552 1.367 949 417 11.153 9.018 2.135 Inter-Atidntico 795 548 - 29 14 766 534 REVISTA DE SEGUROS 11
A publicidade como um bom negocio
OS ultimos meses o mercado publidtario se viu sacudido pe"las invesddas que foram feitas por agendas de publiddade multinadonais com interesses na compra ou associatfSo com agendas brasileiras. Al^m de alguns dos negddos terem side efedvados, como foi o caso da J. W. Thompson adquirindo a totalidade das agdes da CBBA e a fusSo da Young & Rubican com a Fischer e Jus tus, varios neg6dos do genero foram paralelamente iniciados e ainda estSo em curso, numa demonstragSo inequivoca de interesse na concretizagSo de novos neg6dos.
Mas 0 que teria provocado nessas multinadonais esse I'mpeto de cresdmento acelerado?Por que uma empresa com sede em Nova lorque e com escritdlios em mais de 40 paises resolveu este ano investir no BrasO e nSo na AustrdUa, por exemplo? Ao que tudo indica,
nSo existe apenas um motivo, mas certamente o prindpal deles d de que foi percebido intemacionalmente que esse e 0 momento do Brasil. Agora d a hora da oportunidade, pois esta chegandoa retomada do desenvolvimento brasileiro, com estabilidade poh'tica, declinio de taxa de desemprego, aumento do FIB, aplicagdo de capital nos setores produtivos, e nSo apenas no mercado financeiro.
Essa politica das multinadonais da propaganda trard certamente alguns benefidos ao mercado como um todo. Primeiramente, ativara a concorrenda, que procurard se esmerar em apresentar, cada vez mais, melhores servigos aos seus clientes. A valorizagdo dos profissionais serd outra consequenda dbvia. Melhores saldrios para os mais competentes. E, apenas para dtar mais um benefido, fico com a melhoria de qualidade das mensagens comerciais,
tambdm uma resultante do fortaledmento. do quadro tdcnico profissonal. Ainda dentro do setor, outros investimentos significativos foram concluidos, como por exemplo o caso da McCann Erickson, que inaugurou sua no va sede em Sdo Paulo, num prddio de • 10 mil metros quadrados, espedficamente planejado e construi'do para fundonar como agenda de propagan da, num investimento de capital na ordem de 6 milhfies de ddlares. Poden'amos continaar dtando ainda outros acontecimentds, como a aquisigdo da agenda Gang pelo grupo da Ogilvy & Mather e da expansSo da BBDO e da Leo Burnett.0fato concreto 4 que estamos diante de uma evidencia; os empresarios que dirigem os destinos das maiores empresas de publiddade do mimdo estSo confiando no futuro do Brasil.
"Tout va bien" para a publicidade francesa
OSinvestimentos publidtdrios na
Franga vSo muito bem, obrigado. Em 84, atingiram cerca de 35 bi lboes de francos contra menos de 31 no ano anterior. "Descontada a inflagSo, o cresdmento 4 de 5%, I'ndice compardvel ao dos melhores anos," comenta o Irep (Institute de Pesquisas e Estudos Publidtdrios).
Os anundantes, cujos orgamentos registraram um aumento mais sfgnifi-
cativo, situam-se nos ramos da alimentagSo, produtos de limpeza, de higiene pessoal, cosm^ticos e lazer. Em contrapartida, a indOstria automobilistica e a distribuig^o de produtos de petrdleo ficaram abaixo da mddia. Ainda segundo o Irep, 1985 deverd manter as mesmas tendendas, tanto a niVel de desenvolvimento global quanto setorial. Com isso, conRrmam-se duas ob-
servagOes que os espedalistas vfim fazendo hi muitos anos: as dificuldades conjunturais nio paralisam os anun dantes; ao cont;irio, elas os estimulam.Em pen'odos de vacas magras, nSo sd OS produtos mais necessirios (detergentes), como os que poderiam ser considerados supirfluos (Club Mediterranie), concentram as maiores verbas de publiddade, na Franga.
QUEVOCETEM
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★ REVISTA DE SEGUR06
BANERJ SEGUFIOSSA
SeguFO aproveita aquecimentleconomico e cresce 20% em 85
mpukionado pelo aquecimento Jdaeconomia, peloaumentoda
Hjoferta de empress, pela recupera^ao dos salaries e per uma infla te, embora elevada, contida pelas rideas de um rigido controle de pregos, o mercado segurador fechou 1985 com um crescimento real prdximo de 20%, depois de amargar cinco anos consecutivos de quedas. 0 ritmo de euforia que sacudiu os come'ciantes e indus trials — 0 bardmetro domovimentodas vendas tamb^m marcou uma expanse perto de 20%, zerando mercadorias em estoques - nao poderia deixar de refletir na ^ea de seguros, contagiando os empresarios do setor. Na euforia do caixa das empresas seguradoras, tilintaram algo em torno de CrS 12,5 triIhdes, faturamento nominal acima cerca de 300% ao de um ano atrds.
Os ndmeros ndo sac definitivos e oficiais, sao estimativas. Mas, certamente, qualquer resultado final ndo se distanciara muito dessa 6rbita, afinal a reagao da economia nSo foi iireal. No comego da Nova Republica, o governo aceitava como bom o crescimento econfimico ao redor de 5%, ligeiramente superior aos 4,5% registrados em 84.
Nos dltimos meses do ano, tal previsSo poderia, no minimo, ser taxada de conservadora. Nos primeiros dias de dezembro, estudos do BNDES revelaram que o PIB terminaria 85 no patamar de 7,7%, com a evolugao do niVel de atividade industrial na casa de 8%.
Logo em seguida, o presidente da FundagSo IBGE, Edmar Bacha, reiterava essa tendinda dizendo que a produglo industrial voltava a atingir os niveis miximos de 1980. E acrescentou: "o que fizemos, at4 agora, foi repor o que
a recessao reduziu de 1981 at^ o primeiro semestre de84." A afirmagao, entretanto, veio com a ressalva de que nem todos os setores industrials estavam com sua capacidade ociosa ocupada. A de bens de capital, talvez a segunda expansSo de maior destaque do ano, com 11% - a primeira ficou com OS bens dur^veis, 12% - somente seria preenchida, segundo ele, a partir de agosto de 86, com a retomada dos investimentos privados.
Nao ha duvida de que o carro-chefe da retomada do crescimento econdmico foi a industria, sustentado especialmente pela demanda interna, "gragas ao vigoroso aumento m^io dos salarios", como disse o ministro Joao Sayad, do Planejamento. Para ele, 85 foi o ano das reposigoes salariais, assim como 84 foi das exportagdes e 86 sera dos investimentos. E certo que em 85 as mordagas dos salaries foram afrouxadas, o seu aumento real fechou o ano na faixa de 15%, contribuindo decisivamente para alimentar o animo das vendas, que, por sua vez, amplia-
Bacha: reposlgao economica
ram a oferta de trabalho em 6%, embo ra o Pais nao tenha atingido o pleno emprego.
Inserido nesse cenario, o mercado segurador nao poderia ficar alheio ao sopro do vento desenvolvimentista. A tend§ncia de alta verificada ao longo do ano, embora as empresas segurado ras ainda tenham perdido dinheiro na atividade-fim, foi puxada, basicamente, pelos seguros de incendio e automdveis, que representam cerca de 40% da receita do mercado. Tal desempenho 6 explicado' pela alavancagem generalizada do setor industrial. No case especifico dos veiculos, nota-se que 85 foi um ano extremamente bom para as montadoras, que atingiram niveis de produgao acima dos registrados em 1980, zeraram estoques e mesmo assim nao conseguiram acompanhar a de manda, situada bem acima de cerca de 900 mil novas unidades fabricadas pe la industria, que ainda colaborou favoraveimente para o alargamento dos se guros DPVAT e responsabUidade civU. Na caga a renda de um bolso mais gordo do consumidor, o seguro-sailde, um pjoduto novo no mercado, dilatou suas fronteiras surpreendentemente, apesar dos problemas de sinistralkiade que atrapalharam a comercializagSo no segundo semestre. O seguro de vida, entretanto, nflo conseguiu algar o mes mo v6o do satide. De qualquer forma, numa escala bem menos expressiva, abiscoitou alguns pontosde crescimen to acima da taxa de inflaglo, o que ji 6 importante, uma vez que a carteira tern um peso de mais de 11% no c&mputo geral da receita. E com o status da terceira maior do setor.
Mas a alta real de 20% conquistada
pelo seguro nSo foi suficiente, ainda, para repor as perdas causadas pela re cessao. A capacidade de retengao das seguradoras nSo foi preenchida no seu limite mdximo. Segundo o presidente do Institute de Ressegutos do Brasil (IRB), Jorge Hilirio GouvSa Vieira, ha, na vedade, muito chao a percorrer at6 9ue a atividade seguradora deslanche e ocupe 0 lugar que pode ter no cenario economico do Pais. "0 declinio dos dltimos cinco anos reduziu a receita do mercado, em valores corrigidos, a 3/4 do volume que atingira em 1979," gatante, prevendo que "daqui a mais cinCO anos, mantido o mesmo ritmo, o fa
1986 serS um ano de mudangas, ®<lequa,^es e, certamente, de incertetanto a nivel setorial quanto no ° "Is ®conomia. Prev§ rumos num 9uadro tSorecheadodepossiveisaconl®cimentos que a travessia podera conttariar asleisda 16gica etransformar-se mera aventura, mesmo valendo-se bussola dos grdficos, estatisticas, eluagSes e numetos calculados matemaii®mente com os recursos que a tecnologia oferece de mais moderno ao bomem. O ano de 86 entra com o tem po liublado, que mal permite antever seis primeiros meses. Um ano polltico, da Constituinte, das eleigdes para QOvernadores, que vai influir pesada'bente na ocorr4ncia do fato econfimiUm ano que comega com uma in^3gao ameagando rebelar-se contra as 'Weas do controle, alimentada pela seoa que castiga a regiao Centro-Sul do Pais, pelo companheiro de velhasbatalhas - o deficit pdblioo - e pelo seu tiais novo aliado - o consumismo, que agitou as lojas nos lihimosmesesde 85.
turamento das seguradoras atingira a metade do que era no ini'cio dos anos 80."
Jorge Hilirio discorda que as origens do retrocesso repousam na politica salarial e na tese de uma cultura nacional nSo previdencidria. Para ele, a causa determinante do recuo foi e con tinue sendo a inflagao, opiniSo da qual OS seguiadores tambdm partilham. A disparada dos pregos 6 o principal mal da atividade, nao ha duvida, apesar do patamar de 220%, a mesma taxa cravada em 84, nao ter impedido que o se guro crfescesse nominalmente cerca de 300%. O fato 6 que o cenario, hoje, 6
diferente; inflagao elevada com CTescimento economioo. No entanto, para Hildrio, o desafio da ampliagao do mscado nSo deve se ater a espera pas sive da elevagao dos indices de expansSo da economia. "E preciso atacar os efeitos destrutivos da inflagao sobre o contrato de seguros", assinala, propondo a implantagao da corregao monetaria plena como medida eficaz ao combate do problema, al4m de ser um passo fundamental para a reforma geral da atividade seguradora no Brasil, com vista a melhorar o atendimento e ampliar as dimensoes da demanda.
86: um ano de ajustamentos e incertezas; com crescimento
"Deve-se tomar muito cuidado com a inflagSo", diz o presidente do Banco do Brasil, Camilo Calazans, que, no en tanto, acha que o Pais deve continuar pisando no acelerador do crescimento, "sob pena de sermos atropelados pelas crises sociais." Frear, para nSo correr o risco de recrudescimento da inflagSo, 6 um argumento dificil de convencer, sabendo-se que, quando a economia alargava-se em indices favoriveis, a inflagSo era baixa, e, no entanto, no inicio dos anos 80, o brasileiro amargou uma brutal recessao acoplada a uma devastadora alta de pregos.
Pisar no freio nio significa, entre tanto, mergulhar novamente o Brasil na recesssSo. Luiz Eulilio de Bueno Vidigal Filho, presidente da FIESP, entende que o crescimento de 86 n£o po
de i ficar acima de 4 a 5%, para nSo colocar a inflagao em drbita. Considera indispensivel o corte de custeios e de investimentos do setor pdblioo, mesmo que a medida afete a expansSo de seto res como o de bens de capital, que ainda hi muhos segmentos da econo mia incapadtados para investir. Para
Calazans: preocupado com a inflagao
AfHisnittr
® ' ■j-g^,Q(lg.AlbertoSatino--Colaboraram:MarcuiGarciaeJ.A.Lopes
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REVISTA DE SEGUROS
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Vidigal: corte de custeios ele, o iniportante 4 que o cenirio de euforia de 85 nao se repita em 86. "Caso contrdrio - adverte - estaremos assinando o atestado de 6bito com a explosSo da inflaqao."
A manutenqao de uma inflaqao ao , redor de 220%, para o empresdrio Cldudio Bardella, ja serd uma grande vitdria, mas, ao mesmo tempo, causard urn grande 6nus ao Pais. A safda, se. gundo ele, d o pacto social, que implica negociar com os trabalhadores ganhos compati'veis e nSo superiores a inflaqao.
ENTENDIMENTO NACIONAL
Ndo hd dijvida de que o governo direcionard esforgos para conter uma subida "exagerada" dos aldrioa 0 pr6prio presidente Josd Samey estd consciente da necessidade desse controle, definindo-o oomo estratdgia de combate a inflaqdo. Para alcangar tal objetiTO, entretanto, ele sabe que tem que acenar para a classe trabalhadora como uma contrapartida, que pode set uma garamia de reajustes tambdm menores dw preqos das tarifas dos serviqos publicog e de produtos do setor privado.
Ndo d d tea que o ministro Dilson Fu-
naro, da Fazenda, insiste na proposta do "entendimento nadonal." O que o ministro deseja, basicamente, d que a sociedade adira ao propdsito de ndo movimentar preqos por um periodo determinado, como forma de evitar a adoqao de medidas de choque. Os pronunciamentos de Funaro deixam claro ainda que o governo nSo cogita desin* dexar a economia, "o que somente poderd ser pensado seriamente quando o Brasil conseguir reduzir a inflaqao anual para aproximadamente 10%, o equivalente a uma mddia de 0,8% ao mes." Sem diivida, meta bastante distante. Pordm, caso a promessa de redu zir 0 ddficit publioo a quase zero por cento em 86 se concretize, como promete Dilson Funaro, o ano pode terminar, de fato, com uma taxa de inflaxao de 160%, prevista pelo governo. "Se o gasto das estatais chegar a 0,5% do PIB (Cr$ 4 quatrilh&es], acredito atd em inflagdo de 160%," diz Bueno Vidigal.
OClOStDADE INDUSTRIAL
Entre as incertezas do caminho da uiflaqdo, a existdncia de uma certa ociosidade na inddstria d uma condiqdo importante para que a economia continue a crescer, mesmo sem grandes investimentos. Se depender de Fu naro, o processo de recuperaqSo econOmica ndo serd interrompkio, "nem que para isto seja precise adiar o pagamento da dfvida extema," garante. A dOvida estd no ritmo de crescimento. Funaro pretende mantl-to ao nivel de 6%, mas pelos estudos do BNDES, 6rgio ligado a Seplan, o PIB baterd em 8,5%, para o temor de alguns empresdrioi Este I'ndice apioxi-
ma-se do previsto pelo presidente da Fundaqao IBGE, Edmar Bacha: 7 a 7,5%, "Creio que estamos convergindo para a nossa mddia histbrica," afirma. Para ele, d certo que o pacote fis cal abrira espaqo para que as empresas privadas voltem a pedir emprdstimos. E arremata; "a manutenqSo das taxas de CTescimento ndo depende do gover no, mas sim dos investidores privados." O ministro Joao Sayad, do Planejamento, reconhece que atd agora a retomada dos investimentos"ainda d ti'mida. As importaqSes de bens de capital se expandiram a taxas de apenas 6% em 85, abaixo do que se esperaria diante do processo de recuperaqSo no nfvel de atividades, mesmo assim destinadas apenas a modernizagao das fdbricas. A propbsito, o superintendente do BNDES, Nildemar Seeches, destaca que OS crescimentos de 84 e 85 ocorreram sem que aumentassem as importagOes, situaqdo que se deve manter por mais alguns anos. Isto, para ele, significa que houve uma mudanqa estrutural importante na economia brasileira. As sim como Funaro, Sayad assegura que OS gastos piiblicos serSo congelados nos prbximos anos, em relagSo a 85, de forma a incentivar o setor privado
Bardella: pelo pacto social
Sayad; retomada tfmida
^^3 retomada do crddito.
^OjjtlCA DESEGUROS
A esse contorno de duvidas do qua-
^■^0 economico brasileiro, a classes se9uradora vai associar 86 as mudanqas na politica de seguros. E cerno^'^^ grandes lances serao definidos ° "iecorrer do ano. Prever, portanto, se comportara a atividade 4 um *®rcicio de futurologia bastante difi3s mesmas condiqdes de 85 se '®Petirem, o setor pode faturar algo ^^0 deCr$ 30 trilhoes, no minimo.
OS seguradores trata-se de uma
P'^ieqSo bastante arriscada, ja que nSo ®bem ainda nem mesmo quais os efei^os que o mercado sofrera com algu*^35 medidas tomadas pelo Conselho
^scional de Seguros Privados (CNSP)
®ni dezembro, oomo a eliminaqao do ®dicional de fracionamento (corregao '**3is juros) nos seguros de incendio e lucros cessantes. De imediato, 4 certo 'lue a receita caird, assim como sera ^sduzida com o congelamento de pre90 do seguro DPVAT atd maio. Hd d\i't^s quanto ao aumento da demanda, *^35 4 possivel que supra as perdas. O ^quro obrigatbrio de veiculos, por sua *32, tem todas as chances de expandir
a receita, atravds de sua inclusao no documento linico de veiculos. Nos seguros de pessoas, as perspectivas tambdm sao animadoras, o saude tem espaqo para continuar alaigando suas fronteiras. E 0 vida em grupo tem de disputar com mais agressividade a sobra de dinheiro que "anda" no bolso do consumidor, Os salaries vao permanecer em processo de recup^agao, taivez de forma mais moderada, mas sem arrocho. Aiem disso, o LeSo vai atacar com menos garra a renda do contribuinte, o que reforqara a disponibilidade do dinheiro em circulaqao. Quito item positive para o ramo serd o fim da Circular 23, ou seja, a eliminaqao do controle de preqos, dando maior margem de manobra a comercializaqao. A julgar pelo ar de euforia que ronda a indiistria automobilistica, o seguro de veiculos nSo tem do que se queixar, promete manter uma perfor mance, senSo excepcional, pelo me nos prbxima da registrada em 85.
INDEXAgAO PLENA
De todas as medidas em estudo a nivel da politica de seguros, JoSo R6gis Ricardo dos Santos, superintenden te da Susep, classifica a indexaqao ple na na atividade como a mais importan te. "A politica nacional de seguros tem a ver, fundamentalmente, com o segurado," diz ele, acrescentando que "todo 0 trabalho desenvolvido pelos drgSos do setor, no momento, visa a aparfeiqoar 0 produto seguro, de modo a fornecer-lhe atributos que permitam o aumento significativo da demanda."
Para ele, se 0 mscado nao for estruturalmente organizado, se as regras do jogo nao mudarem, a receita de segu
ros somente atingira a 2% do PIB no ano 2020. "E uma posiqao absolutamente inadequada para 0 modemo capitalismo brasileiro," desabafa. Sem hesitar, Joao Rbgis afiima que a implantaqao da ccrreqao monetaria estimulara a procura pelo seguro, tao logo 0 consumidor saiba que a importancia segurada de seu bem 4 cotrigida.
"A minha visSo sobre a questSo 4 otimista e nao pessimista," salienta. Nao hi diivida, para ele, que 0 marcado em 86 continuari em ascensao, mantido 0
Rbgis: Indexaqao plena crescimento da economy, possivelmente acima, inclusive, do ritmo verificado em 65, sustentado pelo arcabouqo das reformas do setor, que pro ve, tambim, mudanqas na estrutura de comercializaqdo. Aqui, segundo ele, hi distorqfies que devem ser corrigidas. Sobre o problema, considera de suma importancia levar a frente a discussSo do tema da comissSo de corretagem. Com a participaqio do mercado, diz ele, 4 ixeciso definir se ela seri negociada, fbca, tabelada ou minima
■SjlWamM
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^EVISTA DE SEGUROS
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oimentos
Para Renault,resultados beneficos
ano de 85 foi extremamente ben^fico para o mercado de seguros," opina o presidente da FederagSo Nacional das Empresas de Seguros Privados e de CapitalizagcEo (Fenaseg), Victor Arthur Renault. Para ele, a produgao de pr^mios girou em tomo de Cr$ 12 trilhSes, "previs5es mais otimistas falam em atd Cr$ 13 trilhdes," daado ao seguro uma expansSo efetiva, descontada a inflagao, de algo perto de 20%.
Victor Renault entende que,mesmo considerando que a atividade vem de uma longa estagnagao, o crescimento de 65 foi substantivo e representou, sem duvida, a vitalldade do mercado, que soube atravessar momentos de cri ses sem maiores traumas. A performan ce do ano demonstrou, ainda, segundo ele, que bastou a economia aquecer-se para que o mercado traduzisse em receita toda a potencialidade que estava contida no periodo de recessSo.
Em termos operacionais, Renault frisa que uma inflaglo nos patamares em que se encontra hoje impede o mercado de obter qualquer ganho in dustrial superavitirio. Entietanto, garante que o resultado final, outra vez, foi satisfatdrio, em virtude das empre sas seguradoras possuirem Departamentos Financeiros altamente qualificados e eficazes, que sabem tirar proveito das oportunidades de ganho que 0 mercado financeiro oferece, dinamizando os recursos airecadados.
Lyrio:surpresci diant© do crescimento
stimulado pelo crescimento das E|B']vendas na indilstria automo^ilistica, o setor de seguros fecha o ano com uma arrecadagao total de prendos superior a Cr$ 11 trilhSes, o que representa um crescimento nomide 280% - cerca de 15% em terreais. A estimativa foi fomecida
portador, riscos no exterior, hospitaler operatorio, propriedade rural e riscos diversos. 0 quadro promete um bom potencial para 1986 em diversos ramos e OS resultados operacionais deverao acbmpanhar essas tendencias. Como resposta a nova politica que o Govemo vem adotando, o mercado
fiimagao desfa prospecgao. As aplicag6es do setor alcangaram igualmente um desempenho superior as expectativas. Em nove meses crexeram,em ter mos reais, 34,7%.
Para ele, as perspectivas em 86 sao favorAveis ao seguro, j4 que a linha poHtica tragada para o setor financeiro permanece a mesma. Espera, no entanto, que a inflagSo nSo recrudesga e, ao oontrSrio, baixe alguns patamares em relagSo a de 85, o que, do ponto de vista operacional, d salutar para a ativi dade seguradora, que tem possibilidades de fechar mais um ano com ganho reaL
As medidas em estudos no Smbito
da politica de seguros, excegSo da indexagao, "pois desconhego no seu todo OS estudos feitos," se'adotadas, serSo, certamente, mais um fator de esti'mulo ao desenvolvimento do setor e, conseqiientemente, ao alargamento de suas fronteiras. Segundo ele, o fatura mento das empresas seguradoras no ano deverd atingir a aproximadamente CrS 36 trilhSes, para uma inflagdo estimada em 200%.
^^tnpenho a retomada do crescimento ®con6inico do Pais a indices elevados. A bem da vetdade, a economia bra-
Pela Susep - Superintendencia de Se- segurador brasileiro prev§ um crexiqnros Privados, que atribui o bom de- mento maior que o da prdpria econo mia, sendo que a implantagao definitiva do seguro de a^dito a exportagao contribuiri efetivamente para a con-
® crescer no ano passato^ 1 ° (Produto Interne Brusumentou 4,5%, mas o setor permaneceu rettaido. Son'od ^ ° recessao, um pe- ^ 0 de aproximadamente seis meses, q^® as seguradoras alcangaram um
, ^ venda de automoveis, em I foi o principal fator deste resulParalelamente as files para entre- ^de novos cartos, as seguradoras se ^i^^aram para suprir a grande de"^•^da para os mesmos. O seguro de ®ytoin6veis, portanto, apresentard nesano um crescimento nominal de em reiagSo ao ano passado. Ape*^0 primeiro semestre, a receita de Pr^mios apresentou uma expansSo de ^ em relagSo a igual pen'odo do passado.
Cresceram tamb^m os ramos de casnavies, cr^dito intemo, respon®oi de
®®bilidade civa para armador e trans-
0 presidente da Sul America Segu ros, Rony Castro de Oliveira Lyrio, reiterou o xntimento geral de surpresa diante do creximento do mercado, tendo em vista asprevisOesrealistasda inflagao anual. A estimativa de fatura mento da Sul America era 1985 atingiu a cifra de Ct$ 2 trilhdes,incluindo as filiais da America Latina, Espanha e as operagSes no exterior. Consideran do uma inflagSo anual de 225%, o cres cimento real da Sul America foi de 20% e 0 resultado operacional, exduindo-se as despesas administratlvas, permaneceu em tomo de zero, O dexmpenho financeiro final obtido foi de Ct$450bilhCes.
Rony Lyrio lembrou que, al6m do evidente dexnvolvimento do ramo autombveis, houve um excelente resulta do no ramo incfindios, devWo ao aquecimento na irea industrial. As indiistrias produziram mais, aumentando xus estoques e, conxquentemente,os seguros contra inc£ndio das suas mercadorias. Lyrio estimou que os ramos indndio e automOvel correqxinderam a uma fatia de 43% do total do mer.cado.
"1985 foi um ano de transformagOes, que trouxe v^rias adequagdes para o xtor, e 1986 ji aprexntaid
O faturamento das empresas seguradoras devera atingir, este ano,a CrS 36 trilhoes"
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">JtameMode»e„,„eg6dos.
"A acao do Governo deveria ser supletiva,e nao dirigida"
20 REVISTA DE SEGUROS DE SEGUROS
uma nova fisiortomia, certamente ainda mais podtiva. Observa-se um cerv to consenso sobre pon'tos buncos do setor, e a questao que se mantdm 6 de como serao implementadas as modificaijfles estudas," disse Rony Lyrio. "Julgamos que a politica geral adotada pelo Govemo nao deva ser aplicada pelo m^todo conta-gotas. Tal parcelamento cria grandes incertezas para o empresariado e uma nova orientaqao global para o setor pode ser proposta de uma so vez."
"A agao governamental deveria ser sempre supletiva e nao visar uma for ma de dirigismo. Os mdltiplos vasos
economicos sao comunicantes e, nesse sentido, 6 necessdrio iiberar a iniciativa privada para que se possam encontrar soIuqSes renovadas e aiternativas na economia, Acreditamos que devam diminuir as regras detalhistas para o mercado e aprimorar-se a fiscalizagao de aspectos-fundamentals a serem corrigidos," condui o presidente da Sul America.
Diante do otimismo que envolve o balango de 1985 e promete estender-se em 86, a empresa pretende, para o pro ximo ano, implementar uma nova-em presa do grupo vohada para a previdencia privada, aldm de inovar algumas
modalidades do ramo seguro saiide. Outros investimentos do grupo que deverao se consolidar visam a area agropecuaria, no Para; produgSo de arroz, no Piaui; e de cafd, em Minas Gerais. A Sul America Teleinformdtica, surgida de uma associagao com a Philips Nordeste, passa a dispor da tecnologia internacional da Philips com capital 100% brasileiro.
No setor nadonal de seguros, para finalizar, o qUe .se espera como faturamento geral, em 19.86, 6 uma cifra por volta de Cr$ 48 trilhOes. Um ano novo feliz.
Desempenho indiscutivelmente bom, diz Erik
rmando Erik de Carvalho, vice•presidente da Bradesco Segu ros, diz que o im'cio de 85 nao deixava transparecer que o ano teria o desem penho que teve: "bom, indiscutivel mente bom." Com a economia em ritmo de pleno crescimento e a inflai^o sob controle, embora alta, a atividade de seguros obteve, segundo estima, uma expansSo real de 20%, com um faturamento de Cr$ 12 a 12,5 u-Uh6es. Dentre os principals destaques do mercado, coube ao seguro de automdveis a maior expressSo, fadlitada pelo aumento da demanda de veiculos. As conquistas salariais permitiram que o seguro de vida em grupo tamb^m re-
gistrasse relativa recuperagao, segundo ele, nao aos niveis dos automdveis.
Ao comentar a questSp do resultado industrial, Erik assinala que considera o piano de contas das seguradoras inadequado como instrumento de aferigao. Nele, acrescenta, a constituigao de reserves de riscos nao expedidos, pot exemplo, da um tratamento uniformizado para carteiras com pfffis • completamente diferentes, como a de I mcSndio e autombveis, as mais impor, tantes do mercado. Consideta, entretanto, um exerci-
do arriscado prever o comportamento do setor ao longo de 86. Nao ha duvida, para ele, que os efeitos do congelamento do premio do seguro DPV AT e a eliminaoao do adiclonal de paicelamenio do seguro de inc6ndio e lucres cessantes sao grandes, mas dificil de serem estimados. Cr& que essa redugao de preqos ha-o sera compensada em - curto espago de tempo. Diante desse componente novo, Erik nao acredita que a ascendgncia do mercado em 86
se dara nos mesmos niveisde 85. O vice-presidente da Bradesco Se guros, que previa uma inflagao de 85% no primeiro semestre, calcula que a clevagao dos pregos vai agravar-se no inicio do ano. o que levara as empress a reverem suas metas. A economia, contudo. na sua avaliagao, permanecera em alta. Para ele,86 sera um ano de ajustamento, principalmente em fimqao das mudangas que estao anunciadaspara o setor.
Afif espera crescimento acima
da infiacao
Manifesta-se convicto de que vida e saiide, outro produto de grande destaque em 85, vao permanecer em alta durante 86, em virtude de uma maior renda salarial dispom'vel no mercado, que serd proporcionada, tambdm, pelas mudangas introduzidas no Imposto de Renda. "Vamos disputar esses cru zeiros com OS outros apelos de consumo",avisa.
podera o o mercado segurador L^i^imantet, em 1986,o mesmo rit- 5 mo de crescimento do ano passado, ® Previsto em tomo de 300% - superior, Portanto, a taxa inflacionaria de 224,36% no periodo." A estimativa foi ieita pelo presidente da AssociagSo Comercial de SSo Paulo, Guilherme Afif Domingos, ao destacar que em 1985 " 0 Setor de seguros conseguiu reverter a 'tendehcia de queda registrada desde, 1979. Pot6m, a sua participagao no Produto Interno Brute (PIB) continua, abaixo de 1%.
Afif Domingos disse acreditar que o segmento de seguros sofrerd novas transformagCes no corrente ano.acompanhando as jd sentidas nos dltimos meses. A primeira foi a Uberdade do fracionamento do primio de seguro de inC«ndio e lucres cessantes ein atd sete vezes sem juros, o que signifi-^ um
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"E arriscadoprever o comportamento do setor em 86"
r( "I
REVISTA DE SEGUROS REVISTA DE SEGUROS
"Apesar do crescimento,a paiticipacao do setor no PIB continua abaixo de 1%
desconto de tarifa indire'tp, o qual diminui a rentabilidade fin^qeira das empresas.
Com isso, explicou o presidente da ACSP, as companhias terlo que adequar os caistos de comerdalizai^o a esse novo fate, cujos prindpais beneficiados serSo as empresas estatais, no chamado seguro de sorteio. A atividade seguradora passara entao a contribuir para a redugao das despesas das empresas estatais.
Afif Domingos observou,ainda, que o mercado segurador esta incentivando OS investimentos nas bolsas de valores; vem bancando atrav^s das seguradoras e, prindpalmente do IRB (Instituto de Resseguros do Brasil), onde as companhias do setor s5o adonistas em_50% do capital. Acrescentou que a di'vida interna, pelo peso de compra das ORTN para cobertura de suas reservas, demonstra a importanda do setor de seguros na economia nacional. E isso sem falar no aspecto social que o mercado atende.
NOVAS MEDIDAS
No tocante as medidas em estudo pelo Governo, como a tarifa livre fixada pelas empresas seguradoras, GuiIherme Afif Domingos acrescentou que "esse 4 o rumo que deve ser seguido gradualmente, depois de anos de rigidez, preparando o mercado para a sua efetiva implantagSo." Desde a d^cada de 50, as seguradoras obedecem a um criterio tarifatio fixado pelo IRB, que det6m o monopdiio do resseguro, em que se acomodou o mercado."En-
• tao," deciarou o presidente da'ACSP, "uma liberagao generalizada'das taxas pode vir a dano da iniciativa, pois dependera de uma adaptagao muito rapida do sistema segurador."
Em sua opiniao, e necessario inidar por alguhs ramos menos complexes, sendo ja certa a"^ imediata liberagao das tarifas do seguro de vida em grupo. Nos outros ramos, 4 precise antes uma revisSo tarifaria como parametro para uma futura liberdade, "As taxas de se. guro de incendio ja serao reduzidas, em Janeiro, a 50% da taxa atual, Enquanto as tarifas de seguro de incendio das empresas de m^dio porte podem estar altas, e certo que muitas empre sas de grande porte encontram-se com taxas abaixo da realidade — como, por exemplo, do ramo petroquimico, que hoje enfrenta dificuldades na colocagSo do resseguro no exterior."
Outra medida em estudo 4 a comissao livre, sem a participagao da Susep em sua fixagSo, a qual, segundo Afif Domingos, ja era uma realidade, faltando apenas o seu enquadramento contabil. A Susep expediu,.em"dezembro ultimo, uma circular regulamen-' tando 0 pagamento de despesas de inspeqdo de risco e outros levantamentos inerentes a atividade, normalmenle feitas por corretores {e que fazem pane das despesas de comercializagSo). Com esta regulamentagao,foi finalmente estabelecida a verdade nos custos de comercializagSo', o que permitira futuramente uma melhor estati'stica para efeito de taxagSo de risco.
Quanto a implantagSo, em estudo, da indexagio plena nas operagOes de
seguro, resseguro e retrocessao, Afif Domingos assinalou que algumas em presas do setor acreditam que tal me dida pode trazer enormes prejuizos para o mercado, exigindo um suporte adicional no capital de giro das compa nhias seguradoras para a constituigao das reservas, que serSo corrigidas mes a mes, de acordo com a variagao da? ORTN. Acrescentou, ainda, que, por enquanto, estd esperando os resultados das simulagdes reafizadas pela Associagao Nacional das Companhias de Se guros, tomando como exemplo seis empresas de diferentes faixas de ativo hquido e caracterfsticas operadonais, com o objetivo de fomecer sugestdes sobre a medida ao Governo.
INCOGNITA
Apesar dessas modificagdes, salientou Guilherme Afif Domingos, a per formance do mercado segurador, no corrente ano, estara diretamente yin culada ao comportamento da econo mia como um todo,a qual devera con dnuar aquedda at4 o mes de setembro Em contrapartida, o indice inflado nario, sem o controle dos gastos pabli cos, seri superior, em decorrenda do atual aumento de liquidez da popula'iSo, com aumentos reals dos salaries, o que eleva o consume e, por sua vez, a demanda nas indiistrias. Em setem bro, a economia vai predsar de um freio e, desde ja, podemos antever que 1987 serd um ano difidl. cuja incogni ta aumentara com a realizagao de elei9«es nos Estados em novembro deste
Dote Wvros depose parao mercado
0 lancamemo destes dois'wros nova fase editonal da v ^ Nacional de Segu^^ colocam a venda primeiravez, h . e impressas sob publicaQoes produzidas ^ responsabdidade da convenio Basico de j^gpfre, de Espanha. tirmado com a ^d>tona economista Previdencia Povoas, e alentado Manuel Sebastiao Soa as ^^5^3 sobre 3eervo de de grande ereSrapreviden^p™^
recentemente veio su ^^erecendo ao publico p^latTdelelXe d" rendas(suplementapao de
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★ REVISTA DE SEGUROS f'lJAl op Oc r.
SEgotos FUNKNSKG
$ alteraijoes nas estruturas do mercado de seguros sao indisipens^veis a amplia^ao da atividade do Pai's, bem como ao aprimoramento do atendimento ao segurado. A opiniao 6 do presidente do Institute de Resseguros do Brasil(iRB), Jorge Hila rio Gouvea Vieira, expressa quando homenageado com o almogo, no ulti mo dia 21, ofereddo pela Seqao Nacional da Associagao Internacional do Direito do Seguro (Aida), que reconduziu, na'ocasiao, Thedphilo deAzeredo Santos el presid€ncia da entidade.
Na presenga de expressivas liderangas do setor, entre elas o presidente da
Jorge Hilario analis^ politica do mercado
Federagao Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitalizagao (Fenaseg), Victor Arthur Renault, HiIdrio fez uma ampla explanagao da po litica de seguros, em fase de gestagao, e que esta sendo estudada, conforme garantiu, com a participagao dos segmentos do mercado. Reafirmou seu objetivo de.prestigiar a economia de mercado e definiu o papel do Estado dentro dessa novarealidade:regulador, sem exageros.
Jorge Hildrio destacou,ainda, a cau sa que julga ser o vefdadeiro fatorque levou o seguro a experimenter os amar-
gos dech'neos dos liltimos cinco anos.
"A inflagao e a principal origem do recuo," disse, acrescentando que ha necessidade de se introduzir medidas no setor capazes de anularem os efeitos destrutivos da elevagao dos pregos. A16m disso, para corrigir os rumos da atividade, alinhavou uma sdrie de me didas que pretende implantar atrav^s da politica de seguros. A visao exata dos problemas e as propostas de solugdes, no.pensamento de Hilario, que tambam preside.o. Conselho Nacional de Seguros Priyados (Q>JSP), estSo contidas em -seu discurso, abaixo reproduzido na Integra.
As reformas no Sistema Nacional de Seguros
A|convite do Presidente da Segao
iBrasiJeffa da Associaqao Inter nacional do Direito do Seguro, Prof. TbedphUo de Azeredo Santos, aqui estou, cercado de tao expressiVa audiinera, para fazer um reJato da Politica Nacional de Seguros posta em cur» pelos atuais dirigentes do setor, no nosso Pais.
O primeiro coment^rio que cabe fa zer ao ini'cio de uma digressao sobre reformas que se pretende implantar, fora de diivida, d a sua iustificagao.
O principal instrumento legal que ora regula a atividade seguradora braslleira d o Dec.-Lei 73. Sem entrar na anilise dos seus m^ritos, ou das suas falhas, o identifico como um diploma autoritdrio, elaborado sem a participa-
gao das diversas correntes interessadas. Era preciso, por uma questao de coerencia com as iddias que ensejaram o advento da Nova Republica, criar a oportunidade, talvez inedita na histdria do seguro no Brasil, de eJaborar uma politica que resuitassg da consuJta a todos os segmentos interessados e da barmonizagao de suas respostas.
Foi esta a empreitada a que me propus, em con/unto com o Or, Joao Re gis Ricardo dos Santos,superintendente da Susep, e demais dirigentes da irea seguradora, e com o necessario apoio de meus colegas de Diretoria do IRB. Esse d intuito que se acba na ori gem do meu esforgo, essa 4 a causa que se eacontra na origem das reformas que se pretende realgar. Trabalhamos, essencialmente, com
eJementos extrai'dos de documentos apresentados ao IRB peJa Federagio Nacional das Empresas de SegurosPrivados e de Capitalizagao, pela Federagio Nacional dos Corretores de Segu ros e de Capitalizagao, pela Associagio Nacional das Empresas de Seguros, pelos Sindicatos de Corretores e Seguradoras de todo o Pai's e pelos chefes de Departamento e de Divisao do IRB. Destes trabalbos, e das sucessivas reunioes de debates e andJises que v6m sendo realizadas com integrantes desses setores, estJ resultando um documento que constitui, ainda sofa a for ma de tentative, o que deveri vir a ser a Nova Politica de Seguros no Brasil, ap6s sua necessiria aprovagio pelo Conselho Nacional de Seguros Priva dos.
Na palavra participagao reside a justificagao das reformas, a essencia do que se objetiva alcangar. Na origem, portanto, do nosso trafaalho, se coloa necessidade de participagio. No fim, como meta a ser alcangada, um duplo desafio; o melhor atendimento ao segurado e a necessaria ampliagao do meicado.
0 primeiro destes desafios, o meIhor atendimento do segurado, a defeM do segurado, 4 a pedra de toque da politica ora em elaboragao. Estou pessoalmente convencido que talofajetivo oecessariamente conduziri a atividade
^®?t""adora a um autentico regime de ®®onomia de ma"cado. E esse regime ® inico em que a vontade do usuario
'3 vontade do consumidor, defifl0 P®r3metros do comportamento.
^ ®oonomia do setor.
® regime de economia de mercado loe Ore sg deseja para o seguro farasileisup5e um clima de liberdade limita-
®Penas, pela necessaria inlervengao
0 Estado. Define intervengao necessa3 'titervengao reguladora, ti'pica do "eo-capitaiismo, aqueJa que apenas se ®P«e fairi 30s exageros Jifaerais do "lai'ssez '■ A liberdade de operar e de in"sstfr estimula o espirito de iniciativa, ®P^Uanto que o excesso de interferendo Estado enfraquece a agao dele, ^®f3do, e entorpece a da iniciativapri^3da, A ampliagao do mercado 4 o segun■^0 desafio que se coloca. Nos lillimos ®"ico anos, o seguro brasileifo enco^^eu, o mercado perdeu substincia. Eua receita de pr^mios em valorescor'■jgidos, correspondeu, apenas, a 3/4 do
volume que atingira em 1979. Por cin co anos consecutivos, ocorreram sistemdticas perdas de arrecadagao. Nada semelhante se observara anteriormente. Os decljnios de receita de pr^mios sempre tiveram cariter episbdico, nunca sistematicos e sucessivos. Como resultado de tal recuo, o seguro brasileiro desceu "para o 23° lugar no "ranking" mondial, quando j4 tinha alcangado o I7P. Mantido o mesmo ritmo de descida, daqui a mais cinco anos o mercado j4 teria se reduzido a metade do que era ao inicio dos anos 80.
Essa e uma das razoes mais fortes que torna imperativoo desafio de am pliagao do mercado. Nao basta a espera passiva de que a economia nacional, ao retomar eJevados indices de cresgimento, traga o seguro a reboque. E preciso fazer algo, dedentro mesmo do Sistema, para corrigir as causas que levaram a atividade segurjdora ao declinio. Alinham-se v^rias, entre estas cau sas. Podem ser invocados os efeitos compressivos da politica salarial, afetando OS segurosdepessoas. Mas a verdade e que os demais seguros tamb^m experimentaram pronunciada queda do volume de premios. E o seguro-saiide, que. ^ um seguro de pessoa, em tal periodo teve, pelo ccntrdrio, um rSpido crescimento.
Outra causa usualmente invocada para explicar o declinio da atividade 4 a afirmagao de que o seguro somente floresce quando encontra adequado ambiente cultural, e que a previdSncia nao 4 um dos tragos mais caracteri'sticos da cultura brasileira. Entretanto, o milagre econSmico, nos anos 70, levou
0 seguro nacional ao seu auge. A sociedade, naquela ocasiao, nao privou ao seguro seu interesse, o que contraria a tese de uma cultura nacional nao previdenciaria.
Uma das causas mais detemiinantes do retrocesso da atividade seguradora noPais foi. e e, a inflagao. Assim toma-se evidente a necessidade de serem institucionalizadas medidas que preservem o contrato do seguro dos efeitos destrutivos da inflagao. Mecanismos capazes de defenderem eprotegerffln o segurado e, dessa forma, defenderem e protegerem a institufgao do seguro.
Um desses mecanismos, e certamente 0 mais imediato e eficaz, 4 a intro dugao da corregio monetaria no Siste ma Nacional de Seguros Privados. No arcabougo geraj do trabalho, do quai procure transmitir agora uma informagao gen^ica, o item relative d mat4ria se insere no capituio relative aos Aspectos Operacionais. Prevfi a adogao da corregao monetaria plena, ou seja, dos capitals e valores segurados, ressegurados e retrocedfdos das import^ncias seguradas, dos premios, da retengao, das reservas e das indenizagbes, em ORTN ou em moeda estrangeira; ou seja, preve a indexagaoplenadetodas as operagoes do Sistema Nacional de SegurosPrivados.
Esta medida ji se acba em fase de implantagao. Quanto a eJa, suponho, nao paira nenhuma discrep^ncia ou duvida, uma vez que se trata de principio operacional, de natureza etica, que chega, na minha opiniao, bastante atrasado d atividade seguradora.
Nas indensagbes, a aplicagSo da
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REVISTA DE SEGUROS ^EVlSTA DE SEGUROS 27
corregao monetiria j^oi posta em vi gor, pela Resolugao do Conselho Nacional de Seguros Privados, aprovada em 5 de sete/nbro ultimo.'A? demais anilises e medidas, que levarao o Sistema Naciorial de Seguros i indexagao plena, estao no bojo do trabalbo produzido pela Comissao Souza Mendes.
Considero a implantagao da Corregio Monetiria no Sistema o passo fun damental para a reforma de atividade seguradora no BrasU, por atender ao duplo desafio mencionado no im'cio desta exposigao: o melhor atendhnento do segurado, por-^resguardar o seu interesse e a ampliagao do mercado, por tornar o produto mais atraente ao consumidor.
dutras medidas compiementares serio necessirias para corrigir o rumo da atividade seguradora no Paj's. Por exempio;a questao do desoonhecimento do seguro por parte do ptiblico em geral. Pc que nSo enfrenti-lo com campanhas expressjvas de divulgagao do seguro, este grande ausente dos mefos de comunicagao de massa? Por que nio prover o atendimento da demanda, estimulando-a e expandindo-a, atrav^s da efetivagao de pesquisas e campanhas institucionais de divulgagao do seguro? Esta 6 uma das primeiras linhas de agao que surge, numa seqii^ncia de vdrias outras, todas objetiVando uma maior coer#nc/a da atividade se guradora com OS principios da economia de mercado, no momento um poueo ausentes das estruturas legais e operatives vigentes.
Privatizar seguradoras e corretoras;
CultUfQ & LqZi Previsao de Sao Cipriano
impedir a constituigao de novaS segura doras e corretoras controladas por ca pital estrangeto; permitir a constitui gao de novas seguradoras controladas por capital privado nacional, nos limites da capacidade de expansao do mercadO; p&mitir a constituigao de novas corretoras~^controladas por capital pri vado nacional; manter o monopdJio do resseguro; agiJizar os instrumentos institucionais do mercado, tornando menos restritivas as normas de vincuiagao i Susep; reduzir as aJiquotas do lOF (Imposto sobre Operagdes Financeirasj que incide no seguro;permitir a assungao da gestao de outras atividades economicas, observada a necess/dade de diversificagao de riscos, constituem as outras Linhas de Agao Cerais, ou seja, aquelas cujos efeitos incidem so bre 0 Sistema, como um todo, interagindo entre os seus diferentes segmentos.
AI6m dessas Linhas de Agio Gerais que acabo de enumerar, algumas setoriais visarao a corrigir osproblemas especificos de atuagao dos drgaos que integram o Sistema Nacional de Seguros no Pais. Assim, o Conselho Nacional de, Seguros Privados, a Susep, o /RB as sociedades seguradoras e corretoras, bem 'como os corretores, pessoas fisicas, serio objeto de anilise espectfica e de medidas prbprias. Resumindo, diria que a Politica de Seguros, ora em implantagao, esti baseada em qoatro conceitos fundamentais, expresses da seguinte forma'
1. A atividade de seguros i de cariter privado, exercida primordiabnente pelo capital privado nacional, sujeita
ao controle, ordenamento e fiscalizagao do Estado.
2. Cera importantes relagoescom o exterior, submissas ao controle do Es tado.
3. 0 Sistema Nacfonai de Seguros Privados deve ser integrado por instituigoes sdlidas, do ponto de vista econdmico e financeiro, e eficientes. do ponto de vista operacional, em face do seu objetivo central de atender as necessidades dq'~segurado, atendendo ao mesmo tempo' as condicionantes do Desenvolvimento Economico e Social.
4. O mercado segurador deve exercer papei reJevante enquanto investidor institucionai, canalizando poupangas para a atividade produtiva.
Todos OS projetos, programas ou agoes que, a tempo oportuno, vierem a ser implantados, guardarao, necessariamente epor forga de vontade politi ca, estreita fidelidade a esses pn'ncipios, na verdade Pressupostos Basicos e, como tai, inameddveis.
A/guns dospontos mencionados, ou mesmo todos eles, exigiriam muito mais tempo para sua abordagem, mui to maior detalhadamento na sua apreciagao. Nio i prdpria a ocasiio para que eu me estenda mais. Acredito, entretanto, que o breve resumo que aca bo de fazer ji tenba atendido aospropdsitos de colocar-lhes a par da filosofia que norteia nossa agio. Penso ainda que a grande experiincia empxesarial desta audiencH Jhe permitiri colocar OS pontos ou as indagagoes que a decisio de nio me estender demasiado impediu-me de abordar. Muito obrigado.
uanto menor a fe, maior a rCrendice." A frase 6 de um sanSao Cipriano, dito o Feiticeiro. Santas palavras, a julgar peloespetaculo de fim de ano na televisao, oas revistas, nos jomais, no radio e, agora, at^ mesmo por telefone, miihares de pessoas empenhadas em prever o amanha lendo cartas de taro, jogando biizios, consultando os astros e os mi"leros, colocando at6 o computador a serviqo da leitura do future.
SSo Cipriano nasceu na Antioquia, uma parte do LiTjano. Seus pais ricos e e!e foi instruido nas armdgicas e da feitigaria, inclusive 'ndo estudar na Babildnia.
Eis que vivia em Antibquia uma donzeia por nome Justina, bela e tica 'uha de pj taeso e Cledbnia, convertida pelas pregagSes de
q^ando entra na histbria um man"ie nome Aglaide. Apaixona-se r Justina e quer casar, mas a moga ® cara sua virginidade ao Senhor.
^ai dai que Aglaide foi procurar o ®«iceiro Cipriano para valer-se das ^Uas artes diabblicas.E Cipriano tratou
® fazer os sacrificios, as simpatias, as "•szinhas, todas as feitigarias que co^hacia para veneer a virtude de JusUna.
Garantem os testemunhos que JusnSo caiu em tentagao, mas que a ^irgem sofreu muito, vendo "cenas ^orriveis de orgia e devassidSo," apresentadas pelos demonios encarregados corromper sua virtude.
Em vSo, Indignado por nSo poder veneer. Cipriano convocou o prbprio E>em6nio. Cito,o Flor Sanctorum para reproduzir, fielmente o que disse Ci
priano ao dito cujo:
"Perfido; ja vejo a tua fraqueza, quando nao podes veneer a uma delicada donzela, tu, que tanto te jactas do teu poder e de obrar prodigiosas maravilhasi Dize-me logo de onde procede esta mudanga e com que armas se defende aquela virgem para deixar imiteis os teus esforgos?"
Obrigado por uma divina virtude (diz 0 redator da vida do Santo), o demonio confessou a verdade; Deus e mais, Senhor do ceu, da terra e do in ferno. E nenhum dembnio podia obrar contra o sinal-da-cruz feito por pessoa pura e de grande f6, como Justina.
Cipriano renunciou a todos os poderes que o Dembnio ensinara, fez o sinal-da-cruz e decidiu-se por servir ao Senhor. Mas, como tinha muitos pecados, o Dembnio apoderou-se do seu corpo e fe-lo sofrer. Muito. Mas,como o seu coragSo ja estava salvo, o corpo acabou por salvar-se ta'mb^m.
Dai em diante Cipriano e Justina conseguiram conquistar muitas almas. Justina por seu exemplo de virtude e Cipriano por suas Confissoes, onde contava seus excessos e pecados e magias, animando os pecadores a deixarem o caminho do mal.
Per ordem do imperador Diocleciano ambos foram presos e condenados. Jogados num caldeirSo fervente com pixe, banha e cera, os dois sorriam e nada Ihes fazia mal. Foi quando o grande feiticeiro Athanazio atirou-se tamb^m ao caldeirao, para provar que Cipriano estava usando podefes magicos. E consumiu-se imediatamente.
A cidade levantou-se em clamor contra oJuizEutolmo,e o Govemador da Fenicia mandou suspender a execu-
gao. Mas Diocleciano nao os perdoou. Foram ambos degolados e sSo hoje martires da Igreja, sepultados na Basi lica de Sao Joao de Latrao,em Roma, desde os tempos de Constantino.
O fato e que, at6 hoje, vende-se, e bem, o Unico e Verdadeiro Livro de Sao Cipriano (Capa Preta). Que nao i 0 unico, nao ha prova de que seja ver dadeiro nem^se sabe se o que ele contbm e tudo aquilo de que Cipriano abriu m5o ao decidir por uma vida de santidade.
No entanto, como nao e de santi dade que cuidam as pessoas na sua maioria, mais interessadas em ter'do que em ser, reproduzo aqui a "adivinha com seis paus de alecrim," "muito util a pessoas curiosas do que deve ou nSo fazer."
Pegue seus pauzinhos, pequenos, de alecrim. A noite, ao deitar,faga seis tiras de papel. Embrulhe os pauzinhos nessas tiras, de maneira que se juntem as pontas do papel, dobrando depois para tras, demodo que fique tudo mui to bem embrulhado. Em seguida pega a Sao Cipriano, dessa forma; "Meu milagroso Sao< Cipriano eu vos pego, por aquela hora em que tivestes o arrependimento e arrancastes do dembnio a escritura em papel passado da sua alma, eu vos pego declarar se eu tenho de fazer isto ou aquilo, assim ou assado." E onde se le isto ou aquilo o pleiteante diri nSo isto ou aquilo e sim o que quer saber, da mesma forma procedendo em relagSo ao assim e assado.
Se, pela manha, os pauzinhos estiverem desembrulhados, o pedinte fard isto ou assim. Em caso contrdrio, fard aquilo e assado.
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LUIS LOBO
REVISTA DE SEGUROS
REVtcxa np cprtrionc
Livros
Frei Betto escreveu "Fidel e a Religiao". Foi a Cuba com Chico Buarque, para o lantjamento, num encontro de •ntelectuais. De saida, ofuscou com o seu discurso o de Gabriel Garcia Mar ques, responsSvel pela abertura do evento, Foi visitado em sua dacha por Fidel Castro. Frei Betto e Chico sSo intimos do Premier cubano que "So ser^ surpresa se Olavo Setiibal desembarcar em Cuba com um deles, ou ^^nbos, a tiracolo, para dar inicio aos ®Wendimemos que reatarao as relaBrasiK^uba. Tampouco sera novidade Um deles for nomeado para a uossa f,,,uiura representai^o em Havana.
I^Quanto isso, "Fidel e a ReligiSo" ja ^ ^spassou as vendas de "Cem Anos ^ ® Solidao". As filas se sucedem nas
Inegavelmente, Castro nao uiais 0 mesmo depois do sucesso livro de Frei Betto.
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Alem de "A InsustentSvel Leveza 1^0 Set", a Nova Fronteira brinda os leitOres com outre best-seller do tcheMilan Kundera: "Risiveis Amores'^
O primeiro esta tendo seus direitos autorais adquiridos por Hollywood. Vai ser transformado em filme, cujo Sxito 6 fScil prever.
A Record, por sua vez, coloca na praga a reediijao de"O Poder Ultra-Jovem", de Carlos Drummond de Andrade. Sao cinco deliciosas histbrias sobre a novi'ssima geragao e seu comportamento no bnibus, no restaurante, na delegacia, na escola e em relagao a poesia. ConcUiando crbnica e verso, Drum mond permite que o leitor reencontre o cronista que desertou do nosso caf6 da manha, quando nos acostumaramos a encontrd-lo ao abrir o segundo caderno do JB.
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Em beneficio da Casa dos Artistas, no Palacio Sao Clemente, antiga embaixada de Portugal, no Rio, foi lamjada a "Fotobiografia" da escritora porluguesa Florbela Espanca. Vanguardista do feminismo, fanatica pela liberdade, a poeta lusa declarava, sem medo, no im'cio do s^culo: "0 casamento 6 uma coisa revoltante." 0 autor de "Fotobiografia", Rui Guedes, tambdm portugues, pesquisador da obra de Florbela, conseguiu reunir 357 sonetos, 19 contos, 184 cartas e 250 fotos, que compoem o album. Foi oferecido vinho do Porto e os presentes foram ainda brindados com os poemas declamados por Natalia Thimberg, Bete Mendes e Camila Amado, entre outros. A apresentagao ficou per conta de GlbriaPires.
Langado nos Estados Unidos em 1964, "Os Estigmas" 6 um dos mais conhecidos romances de ficgao cienti-
fica de Philip K.Dick, autor de''O Ca(jador de Andrbides". Considerado como um dos escritores de maior peso no genero, Dick chega at6 nbs atrav6s da Editora Jose Olympio.
E impossivel participar de uma reuniao na casa do filblogo, enciclopedista, academico e gourmet Antonio Houaiss sem que o seu talento culinario seja posto a prova.0 escritor nao se faz de rogado: em dois tempos vai a cozinha e prepara pratos que frade nenhum deixa de bisar. Todo esse know-how ele passa, agora, a quem gosta de cozinhar em "81 Receitas de (at6)18 Minutos". Houaiss declaraque "cozinha 6 tarefa boa e tambbm 6 cultura." 0 Livro acaba de sair pela Art Editora, de Sao Paulo.
Beatrbc Reynal, poetisa de 94 anos, nascida em Monteviddu e educada na Franga, pseudbnimo de Marcelle Jaulent Reis, representante da Resistlncia Francesa no Brasil, durante a Segunda Guerra Mundial, viuva do pintor J. M. Reis, recentemente falecido, est4 internada na Beneficlncia Portu guese. Na d4cada de 40, muito rico, o casal recebia a intelectualidade em sua mansao da Vieira Souto. Depois de perder todos os seus bens, em grande parte doados a campanhas de benemergncia, Beatrix, que ainda ignore a morte do marido, foi transferida de uma clinica geriatrica, em Vila Isabel, para a Beneficbncia, por iniciativa de seus amigos Ana Leticia, artista plistica, Carlos Drummond de Andrade e sua filha Julieta e Guilherme Figueiredo.
INVESTIR EM GENTE CUSTA DINHEIRO NAO INVESTIR, CUSTA MUITO MAIS FALE CONOSCO! kiSLB Rua aa AssemDfeia, 10 • conj 3710 Riofle Janeiro • RJ - CEP 20011 (021)221-9086 e 22l-a906 SLBASSOCIAOOS SLB EOUIPAMENTOS SLB PARTlCiPACOES SLB SERVKJOS SLB SISTEMAS SLB TECNOLOGiA EOUCACIONAL ultUfQ f
MARIA CELIA NEGREIROS
„HILAN. topERA navESANOiss
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Muito contentes os membros da Academia Brasileira de Letras. Pelo recesso, que a todos-proporciona . rias, e porque Mestre Athayde finalmente autorizou o aumento do jeton. que passa a ser de Cr$ 50.000 por sessao, pages adiantadamente. Para quern nao sabe, a ABL 6 tida, no genero, como uma das instituiqOes mais pr6speras do mundo.
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Tao logo tomou posse, o entao Govarnador de Minas, Tancredo Neves, nomeou o jovem m^ico Jos6 Carlos Garcia prefeito de Sao Lourenqo. Apesar das pioverbiais dificuldades orqamentdrias, Garcia realizou obra notavel nos mais diversos setores da administraqao:do saneamento basioo a agricultura; do turismo aos problemas sociais. Mas 4 de sua atuaqao na area cultural que cabe, aqui, urn registro especial. Para al6m dos melhoramentos introduzidos na Biblioteca Municipal ja existente, instalou, nos jardinsda prbpria Prefeitura, um salao de leitura - conhecido como "biblioteca-jardim" para jovens e adultos. Preservou a membria da cidade nos domi'nios de uma fazenda do im'do do s^culo, onde funciona uma exposiqao iconografica permanente. O atendimento ao publico 4 feito por estudantes estagiarios. H4 espaqos alternativos para mostras de artes pldsticas, artesanato e espetaculos de teatro, miisica e danqa. Tudo como -g manda o figurino. Pois 4, nem s6 de O agua mineral e broa de milho vive Slo ® Lourenqo, Cultura, H, nSo 4 apenas para turista ver: 4 para valer. Legado que Jos6 Garcia deixa para o seu sucessor, Orestes Silvestrini, recentemente eleito por maioria esmagadora. E, por .32
que nao dizg-lo? - exemplo para mui to burgomestre de cidades com veleidades de p61os culturais que ja viram dias melhores...
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Gabriel Garcia Marques e responsSvel por um dos maiores acontecimentos na area editorial, no ano que finda. Com-uma tiragem de um milhao de exemplares, lanqado, simultaneamente, na Espanha, Colombia, Argen tina e Mexico, seu liltimo livro"Amor em Tempo de Ira" - 4 uma histdria, 4 o prdprio autor quern explica, "que conta o amor de dois adblescentes impedidos, pela familia do rapaz, de se casarem por serem muito jo vens, Aos 80 anos, reencontram-se e 4 a sociedade preconceituosa que os considera muito velhosparaocasamento."
Impressionado com "La Vieillesse", de Simone de Beauvoir, Garcia Mar ques se indaga por que as pessoas tendem a ver com aversSo a atividade se xual dos mais idosos. Revela que seus pais Ihe serviram de motivaqao e acrescenta: "agora que estou envelhecendo quero saber como a idade afeta os sentimentos. Tenho a impressSo que o sexo n£o acaba enquanto a pessoa n|o quiser que ele acabe. Enquanto a pes-
Gabriel Garcia Marques
soa nSo deixa cair o sexo, ele nao dei xa a pessoa cair. Estou preparado para viver cem anos, desde que possa continuar a escrever," finaliza o autor de "Cem Anos de Solidao".
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E vem ai "Jardim do Eden"- livro que vai balanqar o coreto de uma geraqao que teve Ernest Hemmingway co mo herdi e derrubar o mito do machao. Assunto para Janeiro. Aguardem.
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No mais, dezembro assinala o niver da Jos6 Olynyno e da Nova Fronteira. A primeira completando, galhardamente, 50 anos de inestimdveis serviqos prestados a literature nacional, depois de uma fase de grandes dificuldades. A segunda, tendo a frente os irm3os Lacerda, comemorou com um grande coquetel, que reuniu toda a intelligentia nativa, 20 anos de constante sucesso, que Ihe conferem, sem favor, o titulo de editora de maior prestigio do Pas's.
Artes Plasticas
Chegando para as festas de fim de ano, via Nova lorque, o pintor Manabu Mabe e Yoshino, sua mulher. Ambos passaram o outono no JapSo, dpoca em que Mabe gosta de visitar Kumanioto, sua terra natal, e o castelo que pertenceu a samurais, antepassados seus, hoje sede do govemo local. Nesse castelo, viveu por algum tempo o maior samurai do JapSo, Miamoto Mussachi, autor de um classico, "O Livro dos Cinco An6is", ainda hoje lido por todo empres^io japonSs e adotado como
Manabu Mabe
filosofia eestratdgia de marketing. Mus sachi foi tamb6m grande pintor, escultor, espadeiro, poeta e invencivel espa<iachim. O pane de boca do teatro de Kumamoto foi pintado por Manabu a pedido do govemo. No dia da ^uguragSo, esse Samurai da Cor pedesculpas aos seus colegas artistas, ®'itender que tal honra cabia a filhos da terra, e nao a ele, Mabe, de Id saira com 10 anos de idade. artistas de Kumamoto fizeram tr6s "^avergncias a Mabe, que 4 considerado ^"sei, isto g, professor.
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A jomalista Rochelle Taylor - Ga'eria Schelly, Botafogo - pela terceira
programa dezembro com uma coIfitiva de Natal:obras de Petrina CeccaBenjamin Silva, Augusto Rodrigues, Antonio Ferraz, Cisnandes e outros.
^aise Fabrini estd presente com esculturas em bronze e acrilico. O clima surrealista do espanhol Espinoza con^rasta com os flashes urbanos e hipec-
•'Calistas de Gustavo Gamier. Destaque para o tapeceiro Kennedy com os seus niotivos folclbricos, enquanto Maria
Angela Magalhaes utiliza a geometria
''a composigao de seus tapetes. A exPosi(jao 6 grande e Rochelle nSo tem rnedo da mistura. Para ela, o impor-
tante 4 que o artista dg o seu recado.
Dezembro marca U'gs acontecimentos importantes: o encerramento da Bienal de Sao Paulo; idem da exposigao da Colegao Roberto Marinho, no Pago Imperial, sem ddvida, o maior hit artistico do ano em terras cariocas; e o VIII Salao Nacional de Artes Plas ticas, inaugurado por um amador importante: o pintor Jos6 Samey. Ao abrir o Salao, o Presidente revelou aos artistas ter revogado o decreto que proibia a importagao de material de pintura estrangeito. Agora, tintas e pincgis nao sofrerao mais as restrigoes da Cacex. E o case de dizer: antes tarde do que ntmca.
Mestre Cala, irreverencia, talento e patrimonio da Bahia, g o ilustrador e capista do livro "Dois Poemas para Glauber Rocha", dos poetas baianos Florisvaldo Mattos e Fernando Rocha, que homenageUm o amigo desapareddo em 1981. Ambos foram companheiros de Glauber no movimento cul tural de 1960, que tinha como poruvoz a revista "Mapa", editada pelo cineasta. A edigao g da Macunaima, Ba hia. Algm do texto muito bom, a obra vale pelo trago inconfundi'vel de CalasansNeto.
Aplausos para os coleguinhas do Informe JB, que reclamaram do Festival de Recuperagao Arquitetonica do Rio e do egquecimento em que se acha a velha Reitoria da UFRJ, na Praia Varmelha, "um palacio construido no II Reinado para ser hospicio e onde o escritor Lima Barreto esteve internado algumas vezes." 0 estado em que se encontra o prddio da Reitoria g quase tao desolador quanto o da histdrica Faculdade de Direito, do entSo Distrito Federal, de onde sai'ram grandes juristas patricios. Quanto a Reitoria, embora pertenga a area federal, 4 predso lembrar que Darcy Ribeiro ja fez parte de seus quadros, nSo custando dar uma fotga para a sua restauragSo.
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No Hotel Caesar Park, 150 pintores japoneses estao expondo sob o patroci'nio da Associagao Nikei do Brasil. Tendencias diveisas, mas constante o clima de arte e delicadeza, tipico do povo japongs.
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Algm da Bahia-Arte, no Leblon,assaltada recentemente, de onde os ladrOes levaram vdrios quadros, a B-75 Concorde tambgm passou pelo mesmo susto. Dessa vez, os ladrOes nao levaram obras de arte. Optaram por uma pasta de valores, depois de balearem um funciondrio. Parece que esta na bora de arte e seguro se entenderem, ou arte e segutanga, se preferixem. 0 assunto comega a preocupar os marchands de todo o Brasil.
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Ceramicas, decorativa e utilitaria, talhas em madeira, redes e tapetes de palha, bordados, rendendes, filg e re-
REVISTA DE SEGUROS •V
REVISTA de SEGUROS
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Glauber Rocha
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nascen^a podem ser vistos e adquiridos na Galeria P6 de Boi, que aqaba de ser inaugurada em Laranjeiras. APS de Boi veio com a propcsta de valorizar o artista popular, Todas as pegas sSo assinadas e acompanhadas de textos trilingiies. No momento, podem ser apredadas obras de Laurentino Rosa, Bod, Maria Amdlia, Nuca e Biursa, todos ceramistas de Tracunhaem. De Cachoeira do Brumado vem Ana das Carrancas, aldm de Paulo, Adriano e Orlando, artesaos de OUnda. De um pulo na Pe de Boi e fique mais perto do Brasil.
Teatro
A desagregagao progressiva da sociedade argentina sera abordada na peqa "Ningudm Mais se Lembra de Chopin", atravds de um discurso metafbrico do dramaturge Roberto Cossa. Uma critica que denuncia o lado da Amdrica Latina totalitaria e importadora de costumes europeus e norte-americanos. A estrdia sera emjaneuo. O teatro ainda nSo foi definido. Os ensaios estao sendo realizados no consulado da Ar gentina.
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A beleza de Roxana, na pega "Cy rano de Bergerac", encanta nSo apenas a parsonagem central - Cyranovivido por Antonio Fagundes, mas a platdia que, todas as noites, lota o Teatro de Cultura, em SSo Paulo, para aplaudir Bruna (Roxana) Lombardi.
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Dercy Gongalves recusou o ambicionado Trofeu Mambembe, mas disse que adorou reoeber o Old Sp^hetti,
que sufocaram a vertente do teatro brasileiro, O tempo situa-se logo apos a mortedeTancredoNeves.No elenco: Rosa Maria Murtinho, MauroMendonga, Ddbora Duarte, Anamaria Nascimento Silva, Felipe Wagner, Adalberto Arruda e Waldir Saviotta, Diregao de Roberto Frota,
te foi a nota triste de dezembro, romo que confirmando os maus presagios de uma noite de sexta-feira 13,
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0 coral da Universidade de Brasilia foi ao Palacio da Alvorada para cantar a versSo musical de "Marimbondos de Fogo", totalmente aprovada peloautor do poema, o Presidente Jos6 Samey.
Dercy Gongaives
que Ihe foi oferecido pelo restaurateur Carlos Olavo de Paula Machado, Ela explica: "o trofdu do Paula Machado foi criado especialmente para mim, para reconhecer o meu trabalho e o meu valor,"
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O diretor, Anselmo Vasconcelos, Antonio Pompeu e Paulao, do elenco, atenderam o pedido do diretor de DESIPE e vao apresentar a pega "Dois Perdidos numa Noite Suja", de Ph'nio Marcos, para uma platdia de 2,500 presos, no Rio. Um gesto a ser imitado.
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Tonia Carrero vai aparecer nua na pega "Acerto de Contas", em cartaz. em Janeiro, no Teatro Vanucci. NSo ^ decepcionara ningudm. Aldm da nata- ^ gao, ioga e gindstica de que d adepta o ha muitos anos, Tonia recorreu a lipoaspiragdo para eliminar algumas gordurinhas.
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Ainda no Teatro Vanucci, a estrdia de "A Direita, Volvw", comddia de Lauro Cesar Muniz sobre a direita brasileira, onde a irrevarencia, a ironia eo humor corrosivo constituem um desabafo, depois de vinte anos de repressSo
Musica
Por causa.de "Amadeus" o ano de Bach foi de Mozart. Mesmo assim, valeram as orquestras e corals que tem passado pelo Rio, Como vale ir ouvir Arthur Moreira Lima interpretando o autor de "Cravo Bem Temperado", na Sala Cecilia Meireles.
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E vamos torcer para que o Teatro Municipal do Rio de Janeiro nao conti nue sendo praga de guerra,Tchaikovsky deve estar rolando na tumba. Afinal, ele compos a suite "Quebra Nozes" e nao 0 "Quebra Pau", esta trag6dia estereofonica, com melopdia de latas de coca-cola, guarana e cerveja. O inciden-
Tchaikovsky
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Chegando de Paris, e surpreso com 0 que estd ocorrendo com a Sinfonica do Municipal, o maestro Marios Nobre. Fie foi reeleito presidente do Conse^0 Intemacional de Mdsica da UNES CO. Anundou o "XXII Encontro Ge'3l' do organismo, que comemorara o centendrio de Villa Lobos.
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do centendrio de Villa Lobos, grande acontecimento musical d ®®Perado para o prbximo ano. Em juIho_ ■ o sesquicentendrio de Carlos Go1986 jd foi denominado o "Ano Carlos Gomes". Seria magnifico ^ uma exposigSo comemorativa mostrasse as partituras, estudos, cendrios das 6peras, objetos pessoais, com um fundo iconogrdfico, deste ilustre filho Campinas, SP. 0 Museu Histbrico Nadonal tem uma dedicada a Car los Gomes. E ao MHN pertence a batu^ de marfim com que o maestro regeu o Guarani pela primeira vez.
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"A Educagdo Musical — Conceitos ® Freconceitos" d o primeiro volume sdrie que comega a ser editada pelo Institute Nacional de Mdsica, preenohendo um vazio atd aqui existente. O ®egundo volume, "A Ideologia de DalWoze", d do Prof. Iramar Rodrigues, ^ue hd 15 anos trabalha no Institute
Dalcroze, da Suiga.
A "Trimalca" - 3^ Tribuna da Amdrica Latina e Caribe, promovida pelo Conselho IntemacionaldeMiisica da UNESCO, teve a participagao de dez paises, que enviaram um total de 24 obras musicals contemporaneas, quatro mostras de mdsica folclbrica e duas de miisica popular com raizes folclbricas. Dentre as dez pegas seledonadas pela UNESCO, uma d brasileira"As tres cangbes para baritono e clarinete," de Eduardo Guimaraes Alva rez -, obra apresentada recentemente na "Bienal de Miisica Contemporanea", na Sala Cecilia Meirelles.
• • e
O Conjunto Dire Straits e o cantor Sting planejam um concerto ao ar livre, na localidade de Ayres Rock, na Austrdlia, na madrugada de 11 de abril, quando o Halley estard mais visivel naquele pais.
"Brothers in Arms" - considerado um dos melhores langamentos de rock deste ano no mundo - vendeu 120 mil cbpias no Brasil. Responsdvel pelo
SUCE$$0, 0 Dire Sttaits, idolo no Rio, New York, Nova Iguagu, Tbquio e no Nepal. Em meados de Janeiro, a Polygramfardafestacomemorativado
"disco de ouro" do conjunto, que, patece, vem ao Rio.
Josd Carlos Capinam, poeta, escritor e autor das miisicas "Soy loco por ti America" e "Ponteio", setd o cootdenador cultural da Prefeitura de Camagari, na Bahia. Capinam surgiu com o movimento de vanguarda - o Tropicalismo.
Os grandes sucessos de EUs Regina estatSo no novo elepe que a SomLivre langara a 19 de Janeiro, quando completard mais um anoaausfinda da "Pimentinha."
Ele faz parte de uma casta de quan do a noite do Rio tinha estrelas e astros, na terra. 0 Rio de Antonio Maria; de Dolores Duran. para quera compos; Maysa; Stanislau Ponte Pteta; da Boate Vogue. Da boemia embalada no meIhor som tropical e do jet-set cuttindo "Veuve CUcquot", "Royal Salut", os melhores Rhenos, Borgonhas e Bor deaux. E Ribamar, mestre do teclado, papo pra noite inteira e que inaugurou 0 show "Ternura Antiga" no Harry's Bar. Vale a pena ver e ouvir.
Xuxa langando mais um disco"Xuxa e seus Amigos" - em que canta (e encanta) "LeSozinho". Devia cantar pro LeSo do Imposto de Renda - pra vet se a fera, domada pelo encanto e mdguice dessa poUvalente manequimestrela, esquece as ganas e perde a fe me com que morde o contribuinte. ★
liii. ■' .1 O 5
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EUs Re^a
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t prindpio corrente em seguros, e as apolices tim uma clausula neste sentido, que sendo o va lor constante do contrato inferior ao do objecto, o segurado rica sendo segurador do excedente.
Esta condigao sd tern unportancia quando o damno 6 pardal. Sendo total, aseguradoraindemnisa 0 valor da apolice,se ella i "avaliada", como acontece no seguro pre^ dial ou de coisa certa.
Os segurados, entretanto, nSo tem nogSo dessa differendagSo.
Se alguem faz o segu ro de um edifido por dez contos de r^is, quando o prego da constnicgSo 6 de trinta, dando-se um sinistro pardal, cuja reparagSo importe em dez contos, quer o segurado que a seguradora pague toda essa importanda.
Quando se Ihe fala em ser a indemnisag^o propordonal ao valor real do immovel, mostra-se espantado e clama que a se guradora estd de md fe, Essa queixa 6 inevitavel; entretanto, nflo i justo que a seguradora, que tomou a seu cargo por dez iwntos o valor total de uma coisa, indemnise com a mesma importan da um damno pardal.
VALOR DO OEGURO IITFRRZOR AO DA COlOA
Se uma pessoa segura por menos do prego comm*im a sua propriedade, esta arriscada a ter um prejuizo no caso de perda total; mas se a perda 4 pardal e ella receber o valor integral do seguro, tera lucro, o que nSo 4 da essenda desse contrato. 0 seguro se tranformari assim num verdadeiro jogo.
Ha alguns aimos, um grande edifido, cuja construcgao Valeria mil con tos de rdis, no minimo, estava seguro apenas por tresentos contos. Dandose um incendio, que destruiu parte das divisSes intemas e cujas reparagdes poderiam importer nos mesmos tresentos contos, as companhias seguradoras pagaram aquella quantia, como se o dam no fosse completo.
Por esta forma, o se gurado, pagando o premio relativo a tresentos contos, teve de facto um
seguro de mil contos, senSo de mais. E verdade que as seguradoras assim procederam, nao por ignorancia ou generosidade, mas por timidez dos processes de diffamagSo de que o segurado, um grande jomal, poderia usar contra o seu eredito e boa fama, diffamagSo que um topico da folha ja havia esbogado.
Poderia ser que o segu rado estivesse mesmo de boa U, suppondo-se amparado num direito indiscutivel, pois a ignorancia em materia de seguros 4 muito generalisada, atd mesmo entre os bachardis formados, mas o que 4 censuravel 4, em se tratando deste assumpto, se recorra a taes processos, como se a intimidagao devesse ser um meio de liquidagSo de contratos de qualquer natureza.
Agora mesmo, ouvjmos queixas amargas de um segurado contra utna
melhantes, conv^m it: as seguradoras nao ao^f tem seguros de pred' por menos do val actual, e quando ac^ tem, seja com a expre^ declaragao na propc^ de que no caso de ruf parcial a indemnisa^ seri propordonal.
empresa seguradora, que tendo segurado um pre^ dio por vinte e cinco con tos de r^is e sendo de quinze contos o valor dos salvados, offerecia apenas a indemnisagao de dez contos, insufficiente para OS reparos, avaliados em quinze contos.
Isto se dava, porque o valor do seguro era infe rior ao do edifido. Debalde Ihe fizemos ver que a seguradora s6 estava obrigada a indemnisar o valor propordonal do damno. EUe nSo poude domprehender semelhante coisa, nem as demais pessoas presentes, um engenheiro, um commerciante e atd um juiz de di reito!
A seguradora, finalmente,concordou em paSar quinze contos de rdis, forma generbsa de in demnisagao, tendo em *ista as cdrcumstancias \4 referidas.
Para evitar duvidas se-
No seguro de meed dorias, deve ficar sden' o segurado de que no d so de sinistro total sd d ceberd o valor do prejd zo e se for o sinistro cial e as mercadorias eJ®" tentes no local exced' rem 4 importanda' apolice, a indemnisa?^ seri propordonal, por ^ 0 segurado segurador ^ excedente.
Nos ultimos annos,' prego das construcgd^ subiu muito, quer pel'' encaredmentos dos nd teriaes, quer pelo auf mento dos salaries e ducgSo das boras de tr^' balho dos operarios, qo®' entretanto, se queixaid da elevagjo dos alugu®' res, como se elles aS^ concorressem, tambernpara isto.
Grande numero d® proprietaries, por mal en*^ tendida economia, nSo augmentaram o seguro dos seus predios, de for* nia que, no caso de in cendio, serao fatalmente Revista de seguros
prejudicados, As compa nhias seguradoras andariam bem avisadas cha"i^ndo, especialmente, a attengao delles, para essa circumstancia, quando ti^erem de renovar os seus ■contratos. Por essa for•^3. nao s6 ellas augmena sua renda, pelo ^3uro de maiores valocomo OS proprieta''os ficarSo cobertos de ^odas as consequencias sinistro.
Os premies de seguros
® geral tSo baixos, de edifido, cflo na reducVos
de forma
deve acompanhar o desenvolvimento da civilisagao e da sciencia, que se '4 a verdade conquistada, sera sempre a verdade a conquistar".
outubro 1922
SEGURO DE CREDITO A ekfqrtacAo
Garantia de credito
volvimento das industnas e 0 commercio de expor tagao do paiz.
de, comegarao dentro em breve a operar sobre se guro de credito para os exportadores.
9ido Dor. serattmvai ^sco seguraem 0 caso esta hypothese s« fs Ou alisa a necessidade
Objgg ° ^ seguro no essem ao sinistro. este possa modi'^do situagSo economi-
- O Conselho Administrativo da Commercial Union, de Londres, em uma reuniSo realisada ultimamente, tratou do se guro de credito para os exportadores, o qual foi garantido at^ fins de Agosto ultimo pelo proprio Govemo da Inglaterra, prestando assim gran de servigo aos industriaes britanicos.
OS riscos de aspecie est£o se ^'^antando, e o
Quasi todos os membros do referido Conse lho Administratiyo foram de opiniSo de que a companhia devia operar sobre aquelle ramo de se guro, que al^m de ser uma fonte de renda, era tambem uma obra patriotica.visto fadlitar o desen-
E' muito provavel que outras companhias de se guro da Inglaterra, aproveitando a opportunida- (outubro 192
Al^m di^o, segundo noticias, cogita-se actualmente em Londres da
formagSo de uma grant companhia de segu com avultado capital, e clusivamente para operagSes sobre o ram
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^ela®®gurado,actividade da vida (j^ *"^4, peiaapplicagSo
dQ^®®^'dcidade e pelo gj^^^°l*tmentodanave-
seguro ^WlSTADESEGUROS
Conserves TXlalMENTRIRES 37
CAFES, THES, CHOCOLATS, EPICES, etc. W&4SC4 29, Rue du Quatrc-Septcmbrc — PARIS
Guilherme Afif e escoihido o Homem de Visao85//
Cadastros de veiculos dos Detrans serao interligadosemJaneiro
Os cadastros regionais de veiculos dos Detrans de todo 0 Pais vao ser interligados, dentro das modemas t^cnicas de teleprocessamento e telecomunicagSes disponiveis no mercado. A medida visa, entre outras coisas, coibir o roubo ou furto de carros, bem com© sua comerdalizagSo Oidta no territdrio nadonal, o que trar^, consequentemente.
mais tranqiiilidade e seguranga nao s6 aos proprietarios de veiculos, mas a populagao ' brasileira de uma maneira geral. As empresas de seguros es^•t36 apoiando o projeto, para o qual vao destinar Cr$ 2,5 bilhdes. Ja a partir de Janeiro ' 0 fluxo de informagSes entre OS diversos Detrans, hoje atuando de forma isolada, ser^ uma realidade.
Seguro habitacional recebe recursos do FESR: Cr$ 19,6bilhdes
Guilherme Afif Domingos, presidente da AssociagSo Comercial de SSo Paulo e da Associagao Naoional das Empresas de Seguros, foi escoihido, pela Revista Visao, o Homem de Visa© 85, pr§mio que 6 conferido a empres^rios que se destacam em sua atuagdo durante o ano. Afif criticou o pacote fiscal do Govemo,que traz no seu bojo aumento de impostos. Para ele, 4 imperioso 0 ccrte nos gastos .38
pdblicos. "O Estado - disse — nSo poderj mais financiarse com recursos extemos, razSo pela qual deve abandonar sua posigSo de Estadoempresdrio, sob pena de continuar a prejudicar as empresas privadas e a classe trabalhadora. Na sua opiniSo, o empresdrio deve ser mais partidpativo, defendendo a democrada e o liberalismo eco nomic© que consagram a livre empresa.
Em virtude das dificuldades de liquidez do Fundo de CompensagSo Global de Desviosde Sinistralidade (FCDS), do seguro habitacional. o
Conselho Nadonal de Seguros Privados (CNSP) resolveu autorizar o Institute de Resseguros do Brasil (mB)arepassar, sob forma de emprdstimo, aquele fundo, Cr$ 19,6 bilhfles provenientes do Fun
do de Estabilidade do Seguro Rural (FESR). A16m disso, o mesmo Conselho permitiu que o IRB transfira a FundagSo Escola Nacional de Segu ros (Funenseg) a importancia de Cr$ 694 milhdes, procedentes das reteng5es acumuladas de Comissoes de Corretagens de Seguros Vultosos, uma das fontes de receita da entidade de ensino do merca do sequrador.
Octavio Nascimento e reeleito
l\>rto Seguro garante acrobacias do piioto Jose Carlos Cunha
"^tdvio Cdzar do Nascidez^^° reeleito, em 17 de para cumprir mais ^ mandate a frente do SinEmpresas de SeguPrivados e de Capitaliza® *^0 Estado de Sao Paulo, "^0 voto de 56 das 97 emassociadas votantes. 0 '^didato da oposigSo, Joa^tonio Borges Aranha, ^ ^®ve 41 votes. As eleigOes Sa© Paulo demonstraram ® mercado segurador esti P®rfeitam«nte amadurecido e ^''scienta da nova realidade
®mocritica que vive a NaO pleito, como nSo poser diferente, foi tran° ^0 e transcorreu dentro da *^8 alta listira, como atestou
^ ®andidato derrotado, Joa^'rim Aranha.
'^evista de seguros
O paulista de Novo Horizonte, Josd Carlos Cunha, 31 anos, 4 o novo recordista mundial em percurso com veiculo em duas rodas, titulo que arrematou ao percorrer exatos 38 quilometros e 982 metres da movimentada Rodovia dos Bandeirantes com as duas rodas direitas de seu Chevette suspensas no ar/ du rante 36 minutos e 13 segundos. Para garantir essa faganha, a Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais fez o seguro de responsabOidade ci vil do piioto, que a partir de agora tem seu nome incluido
no Guide Book of Records, em substituigao ao do sueco Meneth Erickson. "Apesar de minha preocupag§o corn o vento, que pgderia com uma simples lufada causar uma capotagem, estava tranqiiilo porque sabia que qualquer acidente comigo ou com terceiros estava totalmente segurado," disse Jos6 Cunha logo depots da prova.
Ele contou que sua paixio por carros em geral vem desde OS 10 anos de idade, mas foi a partir dos 18 que comegou a praticar habilidades e acroba
cias com veiculos. Em 1980, com 0 apoio da General Mo tors, montou sua atual estrutura de trabalho, composta por cerca de dez pessoas e inumeros veiculos. "Aprendi tudo sozinho," revelou orguIhoso o piioto. que tem fama em quase toda a America Latina e viagem marcada para 0 Oriente M4dio em 1986. "Quando a gente gosta do que faz nSo existem as barreiras e o medo," salientou, pensando no seu prdximo desafio; 0 dos 100 quiloinetros em apenas duas rodas.
REVISTA DE SEGUROS
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'onteifQs
A General Motors na Guerra das Estreias
i^uas razoes para a compra da Huighes Aircraft (radars, mi'sseis, 'satelites, sistemas de orienta(jao, computadores de bordo etc.) pela
General Motors: a convicgSo de que a eletronica estard cada vez mais presente, tanto nos automdveis quanto no seu processo de fabricaqSo, e promover uma diversificagao de monta num setor de atividade — a comunicat^o espacial - (a guerra nas estreias esta em todas as manchetes) destinado a urn desenvolvimento fantastico.
A indiistria autdmobili'stica, como todos sabem, nao 4 mais o que jd foi: a evolugdo do mercado d imprevisivel, OS investimentos tornam-se cada vez mais pesados e a pressdo japonesa nunca foi tao perigosa. Nessas condigSes, atd mesmo o maior fabricante do mundo tern que se empenhar em todas as frentes - a comegar pela tecnologiase quiser continuar competitivo. E como um golpe inesperado 4 sempre possi'vel (esta na memdria de todos a crise que se abateu sobre Detroit em 1981), 4 prudente dispor de um estepe (no caso, uma divisao eletronica ativa e rentdvel) para atravessai uma even tual estrada ruim. Em poucas palavras, a General Motors ndo descuida do seu futuro; alids, recursos 4 que ndo Ihe faltam: 4,5 bilhdes de ddlares de lu cre em 1984,ou seja,90% do prego da Hughes Aircraft. Note-se que a Ford (com a Ford Aerospace) e a Chrysler (de olho na Gulfstream Aerospace) ndo agem de outra maneira, embora o seu poder de fogo fora da industria automobilistica ainda seja modesto.
A volta do Jaguar
ALBERTO LOPES
Testando a massa cinzenta
oce 4 h'mbico (de limbo) ou cortical (de cortex, cbrtice)? Os seus neurdnios esquentam mais a direita ou a esquerda? Ja 4 possi'vel responder a essas palpitantes indagagOes. Nos Estados Unidos, cientistas que se dedicam d psicossociologla elaboraram um questionario sobre os estudos, 0 trabalho, os lazeres, o ritmo de vida, que permite, apds rigorosa interpretagdo, desenhar o tragado das preferencias hemisfdricas do seu cdrebro.
Assim, um cortical da direita e bom em criatividade, espirito de sintese e senso artistico, enquanto um cortical da esquerda 4 bem dotado em Idgica, andlise e matemdtica. Do mes mo modo,0 h'mbico de direita 4 emotivo e possui senso musical e de reladonamento, ao passo que o de esquer
I iberada da tutela opressora da r "Lri British Leyland e privatizada em agosto do ano passado, a Jaguar parece ter encontrado uma segunda juveniude. No primeiro trimestre do ano sm curso, suas vendas aumentaram 13%, Gragas ao efeito ddlar e a paixao 80s americanos pelos carros de luxocomo n5o podia deixar de ser, 4 nos Estados Unidos que a firma escoa a "''stor parte de sua produgao - mas, fenomeno novo, 4 no Velho Continente 9ue 0 seu progresso e mais espetacular U9%), sucesso ainda mais notdvel se considerarmos que o mercado nao e ®xcepcional e que a Mercedes e a BMW sao adversaries faceis. No piano fitiaticeiro a Jaguar parece estar igual^^^^ute muito a vontade,com uma marde lucre bruto de cerca de 15% e quase nulo.
gam que um construtor de modelos de alto gabarito n3o pode esperar vender mais do que algumas dezenas de mUhares de carros por ano (foram vendidos 33.437 Jaguar em 1984), contentando-se em apresentar uma linha aristocratica, bancos revestidos de couro e um painel de madeira de lei. E preciso que a tecnologia" tambem acompanhe. Ora, no momento, os motores que equipam as berlinas XJ, os cupes XJS
e as limusinas Daimler nao sao precisamente de vanguarda. E imprescindi'vel, por conseguinte, que a Jaguar introduza aperfeigoamentos mecanicos capazes de rivalizar com os moto res das Mercedes classe S ou das BMW serie 7. Desafio arriscado tanto no pia no t^cnico quanto no financeiro. O fu turo modelb XJ 40 dira se John Egan conseguiu vence-lo. *
da domina as forgas da organizagdo, da planificagao e do autocontrole.
Dominique Calvin, psicdlogo frances que vem estudando o assunto, ja examinou a massa dnzenta de centenas de fundonarios de diversos niveis. Quais foram a suas conclusQes? "0 processo Ihes j>ermite administrar um pouco melhor as suas contradigSes e ambigiiidades," diz ele. Per exemplo, se um futuro chefe de segao 4 pouco dotado para a organizagSo, poderd revigorar o seu h'mbico esquerdo,atrav6s de uma s6rie de exerci'dos, a fim de chegar ao "c^rebro global". Podersi, igualmente, procurar um auxiliar que compense suas deficiendas.
A taxa de erro ainda 4 relativamente aha (20%), o que nSo recomenda, por enquanto,o emprego desse recurso na area de recrutamento de pessoai.
^ontudo, duas perguntas se imUma saiide tSo invejavel e devi® "^^almente as virtudes da privatizaUm sucesso baseado exclusivanuma linha deliberadamente •■^tro pode ser durdvel? No que se refe® Primeira pergunta, note-se que a constitui'a, hd muitos anos, a mais sadia da British Leyland. ^^rtanto, a boa performance da eme, ao mesmo tempo, a causa e a ^onsequencia de suadesnacionalizagdo.
^ccorihegamos, entretanto, que John dirigente da Jaguar, soube tirar das possibilidades do novo es'^tuto para aliviar os efetivos, restabea ordem nas oficinas, motivar o ^ssoal, melhorar a produtividade e ^®staurar uma imagem de marca um l^nto desbotada.
Quanto a outra pergunta - o future da Jaguar —, numerosos tdcnicos julIIEVISTA DE SEGUROS
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O Apache AHG4 da Hughes 4 um helicdptero de combate particularmente temfvel, devido a soflsticagao de seus equipamentos eletronicos e do seu sistema de armamento.
REVISTA DE SEGUROS
1 V
000^ A1
ite se quiser
Ipanema — terra de farads
uito antes que o sol sequer suspeitasse que, um dia, teria o EL. .jPtiviygio de dourer o corpo escultural da Garota de Ipanema,a praia que ela, com o seu doce balanqo, e a bossa de Tom e Vini'dus tornariam famosa era objeto da admiraqao dos contemporaneos de Moists, Em abono dessa tese, no mihimo ousada mas n5o destituida de credibilidade, existe um sem-numero de monografias, todas elas de autores respeitaveis, que afirmam terem os egipdos saido da Amdrica do Sul.
Sabe-se que os vikings chegaram I Amdrica do Norte e ao Canada muito antes que Colombo sonhasse com o Novo Mundo. Foi em maio de 1477 que o ent^o jovem italiano chegou a Islandia e tomou conhedmento, atravds de navegadores da ilha, da existenda de terras a oeste. Ja naquela epoca, OS piratas vikings tinham side desbaratados pela Liga Hanseatica. Contudo, OS didrios de bordo de alguns coman-
dantes tinham sido preservados e tais informagdes foram ter ao genoves, que aqui chegou em 1492, Seria ingenuidade continuar alimentando duvidas quanto ao fato de Cabral ter sido o descobridor do Brasil, conquanto, antes dele, Vicente YSnes Pinzon aqui jd tivesse aportado, mas do feito guardasse segredo, Entretanto, para alguns historiadores, Cabral teria adquirido de navegadores arabes, em Ceuta, OS portulanos (mapas) de nave gadores fenidos de um tempo bastante remoto.
Deodoro, o Grego, descreve detaIhadamente o Brasil um seculo A.C.
Em 740 D.C,, os romanos ja buscavam a Insula Septem Civitatum, Ilha das Sete Cidades, mencionada numa cronica antiga de Porto-Cale, isto 6, Portu gal, que, ao que tudo faz crer, referiase as Sete Cidades do Piaui.0 historiador e filosofo alemdo Ludwig Schwennhegen aqui veio e passou anos estu-
dando ruinas e inscrigoes espalhadas pelo Estado do Piaui. Tambem opoligrafo brasileiro Bernardo da Silva Ra mos, em dois alentados volumes, edigSo linica da Imprensa Nacional, de 1933, tiragem de 400 exemplares, hoje raridade, registra a passagem de povos orientals pela costa brasileira, chegando atd ao interior da Amazonia.
Mas d 0 professor Baptista Pereira, estudioso do assunto, que, em 1954, afirma: "Muito antes.dos fenidos ou de quaiquer .dutro povo navegador, os egipdos da'dpoca de Ramsds II ja haviam passado por aqui." Um dos argumentos com que defende a sua tese d 0 da coinddenda de muitos radicais de palavras egipdas na estrutura de vocabulos guaranis. Assim,o verbo ver, que em egipcio d recha, corresponde a jhchd em guarani, O mesmo com fazer, apo em egipdo, e yap6 em guarani. Dormir, nemo em egipdo, e nema em guarani. Da mesma forma, o nome de Ipanema e o nome da Ilha Rasa, no li teral carioca, seriam egipdos em sua origem e foram conservados na linguagem indigena, Teoriza Baptista Pereira que o gigante de pedra, formado pelo perfil das montanhas do Rio,estende-se quase todo no bairro de Ipanema,sendo a cabega formada pelo Pao de Agiicar e OS pes pelo Morro dos Dois Irmaos. Ora, por coinddenda curiosa, a palavta Ipanema, uma vez decomposta em I-pa-ne-ma, significa, em egipdo, "lugar onde dorme o pal." No caso, o pai seria Amon-Ra, divindade maior dos egipdos.
Todos OS que ja viram o gigante de pedra sSo unanimes em afirmar que o corpo nunca d inteiramente divisado.
Ilha Rasa, por4m, isto 6 possivel. E por que se chamaria Rasa uma das dhas mais altas do literal fluminense?
Rasa nSo e nome portugues ou guarani ® am a jungao de dois vocribulos egip®os Ra e Sa, que significa ver a Ra. Os siiditos do farao teriam desembarcado la Ilha e ficado fascinados com a figura de pedra do gigante que dorme e que feproduzia a imagem do seu deus. Cha'''aram, entao,o local de Ipanema,isto d,lugar onde dorme o pai.
Curiosamente, o sufixo nema apare-
ce em outras palavras, como taja-panema, erva dormideira muito conhedda de indios e caboclos e tema de uma velha cangao brasileira: "Tajd-panema dormiu no terreiro". Acontece que tajd, taje vem de Taia, Teia, Tuia, no me comum no Egito, de uma rainha da dinastia de Ramsds II, chamada Teie ou Tul, mulher de Amenophis III. Pois foi justamente dessa rainha que encontraram, nos anos 50,em plena selva de Mato Grosso, um camafeu. Afora obeliscos, agulhas e pilSes tambdm encon-
trados em outros pontos do Estado. Tudo isto nos leva a pensar: ou o Brasil pertenceu a lendaria Atlantida e, nesse caso, a viagem do Egito at6 aqui poderia ser feita por terra, ou, entSo, OS egipdos foram melhores navegado res que OS fenidos e estiveram por estes brads muito antes de os estaleiros de Tiro terem langado ao mar o seu primeiro navio. Sao indagagdes, ou meIhor, especulagOes que fleam no at, a espera de serem. como a esfinge, dedfradas.
0 'vo ^ u gijcquc. c c u 0 lA
ut'tauvida ^9uro da vida. Seguros
, — - — —
5®uvida. ^®6bom J,?fluem faz JJJ.imagineS?quern .3cJe muitos.
qucm f ^ da vida. Da vida Oupr>.^^ ® ^'da de quern venItauvida,esta garanvpnj ° ^'da da sua familia ^Mico de,tambem. Itauvida 6 a r'^Ue de vida que tern .. 'SiTiilin ^"^ida: quaiquer coisa, ^ico ',^esconta o cheque. E e o 'Iri.,- .Hue Ipin I A o;,. M.C.NEGREIROS
- Sistema de Acelerada,que evita e ^ ^ indenizagao f 'enir, a inaenizagao I^^'usiv ""^orde. Duas vantagens uis para quern faz Itauvida. V , cntos decisivos para snde Itauvida.
O homem e a eterna busca de sua identidade
EmbaJados peJo ronronar mondfono dos compufadores, caminhamos para uma sociedade biper-realista e programada. Mas o irraciona] nao se deixa veneer tao facilmente.
Todas as descobertas da psicoiogia moderna revelam que o ser humano ji dd mostras de t4dio, exaustao. Numa socfedade em que as tradigoes tornam-se caducas, a ft vacUa, nao 6 de admirar que as forgas ditas ocultas recuperem seu antigo fasti'gio, gramas, em grande parte, ao fasci'nio que exercem sobre os meios de comunicagao. Ao apeio irresisWvel do misterioso, sobrep6e-se o desejo mafor do homem de reencontrar os poderes cdsmicos, as forgas da natureza, na eterna busca de sua identidade, na perene indagapao de seu destino.
ao sou daqueles que" - escrevia Freud em carta de 1921"rejeitam liminarmente o estuQo dos fenomenos psiquicos ditos ocultos por ser antidentifico, indigno de urn sabio e ate mesmo perigoso. Se estivesse no inido de minha carreira, e nSo no fim, talvez nao procurasse outros Campos de pesquisa, apesar de todas as dificuldades que apresentam."
Jung, por sua vez, interessou-se pelo simbolismo astroldgico, e sua filha e consumada astrdloga.
Os novos parapsicologos
Hoje em dia, o objetivo das dSndas
"^"^Itas d menos ler o futuro do que ^tinitir a cada individuo se realizar funijao do seu potendal. Dai terem ®ttgendrado uma nova geragSo de espe®t9Ustas, sem ponto comum de partida. ^tovem de meios e culturas diferentes. maioria, sSo dentistas, ex-fundo^^rios, escritores e estudiosos que se atigajaram na aventura da parapsicoloCaminho difi'dl, tachado,com fre9Uencia, de farsa, charlatanismo. De modo geral, os magnetizadores, ra•^estesistas, astrologos e mddiuns vivem na marginalidade, sem direito a qualquer estatuto. A grafologia, mais ®u menos aparentada com as dendas humanas, fica na periferia. Enttetanto,6 utilizada diariamente pelos poderes pdblicos, sobretudo pela justiga e pela policia. Ja os psicdlogos e os psicanalistas recorrem a astrologia para descobrir pontos de referenda, desbloquear uma situagSo. Ao passo que a numerologia d empregada pelos recrutadores de pessoal nos check ups psi-
cologicos a que submetem os candida tes. E, nSo raro, pelos poh'ticos.
Se, por um lado, durante sdculos, todas essas dendas tidas como inexatas estiveram assodadas a iddia de magia, bruxaria, artes demoniacas, por outro, sao estudadas no mundo inieiro com a maior seriedade. Na Holanda, Alemanha, Estados Unidos e Inglaterra foram criados institutos e cate-
dras de ensino espedalizado. Hd muito tempo, os sovieticos perceberam que o pensamento pode ser uma arma terrivel, e se dei^cam a experiendas de toda espdde sobre telepatia e telehipnose. Na Franga, pode-se apresentar teses ao Instituto de Astrologia e assistir a confeiendas sobre videnda, radiestesia e iniciagOes sobre-humanas na Sobbome.
ASTROLOGIA
Cientificamente, nada impede que se diga que um determinado alinhamento de planetas pode ter influenda sobre nossa vida, uma vez que afeta a atividade solar, a qual, por sua vez, afeta o clima e o tempo e, por conseguinte, as colheitas e a cconomia. Mas que o curso de suas vidas depende do periodo em que nasceram escapa a compreensao de muita gente. "Porque desconhecem o que seja a astrologia e a reduzem a uma concepgSo estreitamente determinista dos planetas sobre 0 homem," declara Bernard Hervier, astrdlogo que abandonou suas fimgdes de executive bem-sucedido para se dedicar ao estudo do cosmo. O seu comportamento pessoal 4 ditado pelo posicdonamento de Cancer e Capricdmio nas cartas celestials que elabora meticulosamente.
A solidao do individuo face ao seu destino
Ele se coloca longe dessa caricatura de astrologia que se esgota fabricando
hordscopos que nada significam a nivel individual. Sua adesSo a astrologia repousa sobre outras bases: uma correspondenda entre os ciclos astrondmicos, o sol e a lua, os planetas e os ci clos de atividade humana. "Os primeiros exemplos sSo a medida da bora e o calendario. Atd o sdculo XVII, astronomos e astrdlogos se confundiam,impedindo os primeiros que os segundos exercessem a atividade. A astrologia tomou-se, entSo, sinonimo de videnda ou adivinhagao, pois implicava o invisi'vel, isto 4, o subjetivo. Contudo, o seu principio era o mesmo: a aproximag£o entre um passado (conheddo) e um futuro (previsivel) permite apreender e, conseqUentemente, superar OS entraves do presente. Portanto, a arte da astrologia consiste na sua capaddade de penetrar a subjetividade do homem, oferecendo-lhe um suporte universal e objetivo de reflex3o."
£ esse o tipo de astrologia com que
Bernard Hervier trabalha ha cinco anos. E 4 ele quern diz:"A astrologia surgiu em minha vida como um meio
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VREVISTA DE SEGUROS
ALBERTO LOPES
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de conta a m^gica, qua pode sobrevir ou nSo. A emogdo, a tensSo tern um papel importante; nesse sentido, os fendmenos psi'quicos sSo comparaveis a uma criagdo artistica. A cada vez, o medium reage de maneira diferente, de acordo com a pessoa que tem a sua frente. Uns sSo mais suscetiveis aos seus dons, outros menos."
Ap6s 0 estudo das mSos,onde todos OS sinais devem ser analisados em rela950 uns aos outros (o estudo isolado da iinha da Vida, por exemplo,nSo tem nenhuma -significagao), ele passa ao taro de Marselha, apoio suplementar. "Como em todo processo divinatdrio, d necessdrio compreender 0 significado dos simbolos encontrados e a sua disposigdo em fungdo do consulente. As linhas das mdos e os taros sSo "instrumentos" de conhecimento e de comunicagdo que permitem discemir certos elementos e avaliar uma personalidade, uma sensibilidade."
Tema astroldgico tragado por Bernard He«ier para seus consulentes de unir a geometria do pensamento a poesia do sentimento. O tema astroIdgico d o simbolo da imensa soliddo do individuo diante do seu destino e ipso facto da sua criatividade. Esforgome por fazer aflocar a riqueza potencial dessa soliddo."
quiromancia
O vidente Hertuit-Grasillac costuma
dizer que escolheu a quiromancia co mo um apoio aos seus dons divinatdrios e explica: "Se uma impressSo digital pemute identificar qualquer um e mdo alguma 4 igual a outra, precisava saber o que 4 que essas linhas podem signifi. car. Resolvi, entdo, me aprofundar. De ini'do, fago uma leitura meclnica,que nada mais 4 do que a aplicagSo de conhecimentos adquiridos nos livroscomprimento, cor, firmeza, calor e li nhas, naturalmente. Em seguida, utilizo essas linhas para acionar as faculdades paranormais. Todo mundo pode ler as linhas da mjo ou por cartas taro mas tambdm 4 preciso levar em linha
QUIROLOGIA
Atd hoje, oficialmente, a palavra quirologia ndo existe, mesmo tendo am vista que Hipdcrates ji estabelecera um mdtodo de classificagdo dos individuos em fungSo de suas inaos.,Mas, desde ent^o, essa cilncia manteve-se na sombra, uma sombra ainda mais densa devido 4 confusao com a quiromancia das leitoras de boa fortune,com a qua! nada tem a ver. E eis que, trinta anos
ap6s a morte de Henri Mangin, 0 ulti mo quirologo frances conhecido, um jovem de vinte e quatro anos, Jean de Bony,ressuscita a quirologia.
"E,ao mesmo tempo, uma ciencia e uma arte," explica ele, "ciencia da observagSo e arte da interpretagao."
Um dom que Ihe permite fazer verdadeiros balangos de personalidade. As Unhas evoluem incessantemente; um choque afetivo pode fazer aparecer um ponto na palma da mSo. Se for realmente importante. permanecerd; senao, desaparecera,"A mao hierarqui2a OS dados," explica ele.
Para comegar, Jean de Bony classifiOS temperamentos de acordo com ■quatro grandes tipos; sangui'neo, ner^Uso, bllioso e linfdtico. Isso quanto ao ^®mperamento, 0 inato. Em seguida, °Utras indicagoes apuram essa classifiUagao um tanto grosseira, introduzindo Uifinitas combinagoes: cada sinal fraduzindo um significado segundo sua 'ucalizagao. Tudo 4 levado em conta: a forma, a cor, 0 calor, a umidade, as liuhas, as impressoes, bem como a ma neira de mexer os dedos ou cruzar as mSos.
Em quirologia, as linhas da mSo sSo dotadas de uma significagao diferente da que estamos acostumados. Por exemplo; a linha do coragao nSo indica quantas vezes voce vai se casar, mas determina o seu comportamento nas relagSes com 0 sexo oposto. Ao mesmo tempo, a linha da vida transforma-se na linha da vitalidade e fomece nSo s6 a duragSo de sua existlncia como o grau de vitalidade de que voce 4 pottador. Portanto, nada de adivinhagSo do futuro, mas um balango acurado de uma personalidade.
Orientacao profissional pela analise do dermatodigitaloglifo do index, que simboiiza o "eu" social e profissional
Linha de Vitalidade; (1)
Curta: energia agressiva que so se manifesta com forga e pontualidade.
linha de Intuigao (6)
Longa; energia mddia mas de longa duragao.
Linha de Intelectualidade (2)
Curta: espirito de si'ntese.
Longa; espirito de andlise.
Vincos do Pulso (7) Geralmente eih mimero de tris, es sas linhas indicam a "esperanga de vi da" de um ponto de vista puramente bioldgico. concreto.
Reta; rigor, inflenbllidade, espirito
Curva; diplomacia, toleraiicia,-espi'-
Todos esses indi'cios sac mut^veis no contexto dos temperamentos, levando-se em conta a cor, 0 caJor, a higrometria etc. da m5o. rito imaginoso.
Linha de Sentimentalidade (3)
Curta: sentimentalidade sensualizada.
Longa; sentimentalidade intelectual ou platdnica.
Reta; possessividade, cidme.
Curva; tolerancia, adaptagao.
linha de Destine (4)
Mede 0 grau de liberdade de que vod dispde em relagSo ao seu destino.
Unha de Realizagao (5)
Mede o grau de harmonia da pessoa e da vivSncia com 0 seu destino.
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REVISTA DE SEGUROS
REVISTA DE SEGUROS
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Turbilhao
Necessidade de comandar, dirigir, realizar, considerar e ser autdnomo.
. Arco '
Individualista precisando trabalhar sozinho num contexto coletivo. Neces sidade de compreender, analisar, apresentar id^ias e ser responsavel apenas por si.
para tudo: para o langamento de um produto, para escolher o nome de um rec^m-nascido, em harmonia com a data de seu nasdmento etc.
Assinatura Cosmica
Cacho
Necessidade de um contexto de contatos humanos,de trabalho em grupo, de movimento e de anti-rotina.
Voiutas concentricas alonqadas
Sedentario e rotineiro, necessidade de ser mandado e de regularidade num contexto onde nSo tomari iniciativas.
NUMEROLOGIA
aforisma: "Tudo se ordena segundoos numeros.'! Certamente tSo antiga quanto a astroiogia, a numerologia manteve-se, durante muito tempo, reservada a alguns iniciados.
A ciSncia dos numeros remonta a. Jean-Daniel Fermier, numerdlogo Pitigoras. pai da tabua de multiplica- "instalado" nos Champs-Elys^s.Paris gSo. No sdculo VI AC, ele cunhou o gostaria que ela fosse aberta e operan-
te, Depois de compulsar todos os livros que conseguiu reunir sobre o assunto, conheceu Kevin Avery, o numerdlogo de Reagan e tambdm da IBM, ITT e General Motors. Nos Estados Unidos, a numerologia 6 uma profissSo.£ fdcil locabzar pelo menos vinte numerdlogos em cada cddade, S3o consultados
Na Franga, Fermier, trinta e seis ®nos, 4 o unico que estuda e elabora a "carta", Unguagem dfrada que corresPonde a cada individuo. Todo mundo ^®m um nome, sobrenome e data de ftasdmento. Esses tres elementos, tra^'izidos em numeros gragas a uma tade correspondencia,formam o que iumer61ogo chama de "assinatura ^^sinica", carteira de identidade da ^rsonalidade, tragado do caminho da Para ajudar a observagao de um ^ater, chegar a um melhor conhedda pessoa. "O niimero 4 uma ^*bagem-chave, como a carta celestial, incorpora tamb4m tudo o que senintuitivamente diante de um in^vi'duo. A videnda sem tdcnica 4 arris'^da, a t^cnica sem videnda 4 liimta^■"conclui ele.
MAGNETISMO
Um dos aspectos do sexto sentido ®ncontra-se no que chamamos de "prdticas de curandeiros". Hi milhares de anos, as plantas sSo utilizadas para curar doengas ou proteger da misorte. Depois veio a imposigio das mSos, processo que devemos a Mesmer (1734-
1815), pai do magnetismo. Sua doutrina: a existenda de um fluido universal, sutil, de que todas as coisas estio embebidas. 0 "fluidismo" sobreviveu. Muitas aldeias francesas contam com o seu curandeiro. E considerado um benfeitor da comunidade, um set dotado do poder da magia, mas da magia branca. Esses curandeiros dizem possuir um dom, um fluido, geralmente consetvado na familia hi siculos e que parece ser transmitido geneticamente, mas preferem constatar suas faculdades a ter que pesquisar sua natureza exata.
Outra escola de curandeiros, mais urbana, procura explicar o fenomeno e se ap6ia no "efeito Kirlian". Eletroticnico soviitico, Kirlian verificou um dia que, ao.colocar sua mio e um filme entre duas placas metilicas, percorridas por uma corrente de alta freqiilnda, a imagem da mio apareda na revelagio, porim envolta num halo luminoso. Conseguiu, assim, fotografar o que os magnetizadores chamam de "aura".
Foi a partir desse mitodo que Al bert Dufresne comegou a trabalhar. Engenheiro agrfcola, conscientiza-se do equilibrio do mundo vegetal e descobre o interesse medicinal das plan tas. Por diversas vezes, alivia dores de cabega de pessoas de sua intimidade impondo as mSos. £ o sinal. Faz cursos com um magnetizador e passa, diz ele com um sorriso, do racional ao irradonal. "Com os conhedmentos adquiridos atravis da acupuntura, as fotos dos dedos e dos artelhos permitem, de acordo com a imagem obtida, fazer uma interpretagio do tipo organico. O halo varia de intensidade, forma e cor segundo o estado de sadde e de vitalidade do doente. Certas perturbagdes
podem ser detectaaas antes do seu aparecimento fisioldgico," Com um olhar de extraordinaria forga, Albert Dufres ne 4 dotado de grande empatia e da uma impressio de equilibrio psi'quico e fisico que inspira conflanga.
"A relagio terapeuta-doente 4 muito importante. £ predso que um aceite o outro, leconhega-o, ame-o. Freqiientemente, chega-se a um diagndstico de tipo psicossomatico (gran de parte das afecgOes do organismo originam-se no psiquismo). Nesse me mento, 4 predso cuidai do desequili'brio geral. As desordens energiticas constatadas compietam, via de regra, o diagndstico psicoldgico inicial. A doenga 4 uma parada, uma falta, que o magnetizador pode minorar pot meio de uma transferenda de energia, e a sua influenda num sentido curative pode ser considerivel. Assim, o magne tismo 4 extremamente eficaz no tratamento de estados depiessivos e nos casos de insdnia, irritagio e grande fadiga.
A despeito de novos conceitos, tendendas e mitodos de anilise — como acabamos de ver neste apanhado de diferentes artes e dendas ditas ocultas -, 0 homem jamais dispensari a sua dose diiria de sonho e fantasia, matiria-prima habilmente manipulada pela inddstria de hordscopos. A propdsito, ji leu 0 seu, hoje? Ainda que nio pri me pela veraddade, nio custa nada acreditar. Sempre haveri uma ou outra coinddenda para justificar a nossa esperanga, satisfazer o nosso ego. De resto, 4 essa capaddade de Udar com o irreal, o subjetivo, que hi de garantir a nossa sobrevivinda na sodedade robotizada que vem por ai'. Assim seja.-^
y.-^-arr.Tiwi
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