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Artigo Jurídico Caminhando em direção às soluções

A política social do Executivo e do Legislativo está focada no consumidor desde a promulgação do CDC

As questões atuais e atuantes que mais impactam o setor de seguros e atingem diretamente o chamado “deep pocket” das seguradoras passam pela política social do Executivo e do Legislativo, cujo foco está no consumidor desde a promulgação do CDC. Decisões judiciais se multiplicam no dia a dia das empresas, impondo o atendimento ao clamor do consumidor, ainda que o bom direito não esteja do seu lado e o contrato por ele firmado não preveja a cobertura reclamada. Projetos e leis que o protegem para além do razoável e do economicamente viável proliferam no Congresso Nacional e Assembleias Estaduais.

Em um cenário em que a comunicação eficiente é instrumento indispensável tanto para atender à lei como para esclarecer e cooptar novos clientes, fidelizando os antigos, a “novidade” bem trabalhada poderá trazer novas esperanças não só de aumentar a penetração do seguro, planos de previdência e capitalização nas classes “C” e “D” – até há bem pouco tempo fora do mercado –, mas também de servir de instrumento para a ora tão falada educação financeira.

Gloria Faria

solução fácil e milagrosa, o Estado, por meio dos órgãos de defesa do consumidor, tem cobrado do setor de seguros um instrumento auxiliar ao combate do superendividamento.

A resposta do setor de seguros, que não possui solução milagrosa para uma distorção que tem mais de uma fonte de alimentação, pode estar no microsseguro. Esse novo produto poderá ser o catalisador de uma série de ações que, no viés da educação financeira, poderá trazer as informações necessárias ao também novo consumidor.

q uanto alocar a renda mensal no consumo de bens e serviços de qualquer natureza e como conseguir proteção para seu patrimônio e a tranquilidade de sua família, no caso da sua ausência, são informações que jogam uma nova luz na vida dessas pessoas. Tudo isso passando ainda pela conscientização para a poupança, hábito pouco disseminado dentre qualquer classe social do País. É esperar demais? Acho que não.

Fingindo não ter nada a ver com a disseminação do crédito fácil e sua oferta mascarada de

Se a oferta do microsseguro for desenvolvida e comercializada dentro das comunidades a que se dirige, também utilizando os membros dessas mesmas comunidades, a educação financeira poderá fazer parte do processo de publicidade e venda desses produtos. Os mesmos meios e ferramentas de comunicação que foram utilizados para a introdução da cultura do seguro no projeto-piloto do Morro Santa Marta podem e devem ser aplicados para a educação financeira. Finalmente, estaremos promovendo um ciclo virtuoso que, mais que todos os esforços já empregados, sedimentará a função social do seguro. A soma dessas ações poderá criar o caminho a uma resposta que até agora parecia distante. •

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