1^ •'' ,IH "^pr i'' PASSADO, PRESENTE, FUTURO 't'
CONSELHO DE ADMINISTRACAO
Marcos cfe Barros Lisboa (Presidente)
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FOTOS
Arquivo do IRB-Brasii Resseguros S.A.
Erik Barros Pinio
OISTRIBUICAO
IRB-Brasli Resseguros S A ^
O IHB 6 uma ™p,caa especial. A comefar quc e»m os cidadaos co.oo„s poocos a conhecem, poucos sabena pasa c,ue se™ Dattalveaelascrtaoespedal. Folresponsavelpolodesenvolvimemo e consolidasao do merc.do bmsileiro de seguros.
Geroo empregos e dmsas pa,a o Brasil. Apoioo e gamndu (p„de-se conjogar o temp, verbal .ambcro oo Preseore do lodicalivo)empresas brasileiras em se„s piores momeoros. Especial e modesta.Trabalha ha65 anos sem os holofores c,„e ilominam ootras grandes empresas naciooais. Talvoz atd por isso OS dlrlmos arros nao Ibe sornmm.Mas nao reclama.Resiste.
Tern consclencia goe nasceu par. servir ao pals. Se orgulha disso Na verdade,guando so rra.a de servi,ao Brasil, esta sempre proma par,o gue der e vrer. E isso: especial, muilo especial. Por causa disso. guando se tmla dc comemorar arrive,sSrio, a Revisr.do IRB se empenba fundo.Alias, para a Rcvisra do IRB redo arro seria urn. grande fesia. Mas, do porrro de vrsra da comunicacao cslrardgica. oao e aeooselhavel: desgasta a dara, esvazia Nao imporra. impona quo, de rempos cm tempos, a Revlsra do IRB icvanra os dados, a his.oria, muda os angoios para conrar. mas como historia nao se mud,leremos sempre alguma repetigao no contar.
Aqueies qiie nos consideram redundances, por falarmos ape nas de nos, e, portanto, que isso pare^a estarmos excluindo os nao-irbiarios, pedimos desculpas, porque nao se trata disso. Aqueies que em rodas de conversa tern a paciencia de nos ouvir e se integram aos relates, nossos agradecimentos e reconhecimento; voc§s nao imaginam que bem isso faz. 0
IRB-Brasil Re d assim, para quern o conhece e convive com ele, trata-se de um sentiment© que toma conta, uma onda incontrolavel, um gostar sem medidas. Acreditem.
Por falar em trata-se, nos idos de 1977, havfamos que co mecar OS pareceres tecnicos com o famoso trata-se. Trata-se de sinistro Incdndio, Roubo de Banco, Quebra de Mdquina. Houve quern quisesse fazer-iiteratuia. Causou furor, polemica, discussao. Concordando ou nao com as ordens expresses, teve que se contentar com o Trata-se, se naquele setor quisesse permanecer trabalhando. Mas isso d outra historia.
Vinte e sete anos depois, d fato que a poesia do IRB-Brasil Re nao se faz na introdugao de um parecer. A poesia do IRB estd na sua histdria, na forma como a tecnica,os princlpios e os valores se misluram para formar uma empresa.
Tudo isso para dizer que nossa historia d o que nos mantdm em movimento, dal, se o relate desta edigao apresentar aspectos em comum com o de aigumas outras, nao d intencional. £ emocional.
Os lextos publicados podem ser livremente reproduzidos desde qb®
a fonte
Pubiicagao eqiiada pela Ccordenagao de Comunicagao e MarketihS
Institucional do IRB-Brasii Re.
Circuiagao oesta edigao 6.000 mil exempiares. disiribuldos gratuii^^''^
"lediante assinatura
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Os conceiics emiiidos em artigos assinados exprimem apenas as de seus autores e sao de sue exclusiva responsabilidade t'
Nao sabemos como c isso para o Icilor, mas aflrmamos gue para ods, funclondrios do IRB-Brasil Re, contar nossas histdrias e motive de prazer. Nos aimotos do dia-a-dia, „„s encomros mais esporddicos, pode-se ate comecar com ourros remas. mas. no final, brolam as hisidrias. As gue nds mesmos vivemos, as quc repetimos de gerasoes anlccessoras. as quo imaginamos para o futuro prdzimo.
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ABRIL 2004 N.295 A.64 RJ REVISTADOiRB 3
ODILON DE BARROS PINTO JUNIOR Coordenador de Comunicagio a Markating Institucional
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Revista do
REVISTA DO IRB
SEGURO E RESSEGURG EM REVISTA
IRB-Brasil Resseguros SA
AN0 64 295 ABRIL2004
ISSN 0019-0446
5 REVISTA DO IRB: SEGURO E RESSEGURG EM REVISTA
7 CARTA DO PRESIDENTE ~
8 PASSADO, PRESENTE E FUTURO
10 GALERIA DOS PRESIDENTES DO IRB
14 LIVROS, PERiODICOS E OBRAS DE REFERENCIA:
BIBLIOTECA DE SEGUROS RODRIGO DE ANDRADE M^DlClS
15 SUCO. MAMADEIRA E MUITO CARINHO
18
"melhor que isso, so trabalhar no IRB":
0 IRB PEL05 FUNCIONARIOS APOSENTADOS
20 0 IRB ESTAVA tk-
IRB-Brasil
O primeiro numcro da Revista do IRB come^ou a circular no mesmo dia em i}ue 0 Inslituto iniciou suas aiividades, em 3 de abril de 1940,com o objetivo de promover e divulgar a atividade seguradora do pals, e foi, nessa mesma edifao,que o presidente Getuiio Vargas explicou a importancia da publica^ao;
A Revisia do IRB, pela divulgagao da imteria de mteres^se da especializagao e conciencioso exaiiie dos Irabalhos e estudos realizados pelo InslitiUo, sera utn itistrunieiilo de apreddvel valor pani o desenvolvimento de siuis utividades."
A edi^ao de n° 1 aprescntava, ainda, artigos sobre a elabora^ao dos estatutos do IRB, 0 historico do seguro privado, aiem da se(;ao Comentarios da Imprensa, que reproduzia as reportagerts sobre a cria^ao do Instituto.
Apos urn breve correr de olhos nas cdi^oes da Revista do IRB, qualqiier leitor pode afirmar que a publica?ao, durante seis decadas, scmpre buscou acompanhar o crescente processo de desenvoivimento dos meios de comunicagao social. Do primeiro exemplar ate os dias de hoje muitas mudangas foram efetuadas - o necessdrio acompanhamento e aperfeigoamento do padrao grafico na arte e na produ^ao.
As capas dos exemplares publicados ale os anos 70, por exemplo, eram impressas primeiramente em p&b (preto e branco) e.em seguida, em azul e branco. Naquela epoca, a revista era bem diferente; tinha cerca de 100 paginas, era escrita em linguagem cssendalmcnte tecnica, apresentando muilos numeros e tabelas. Como colaboradores. grandes tenicos; Adyr Messina, Americo Maleus Florentino, Hamilcar Cortez de Barros, Josd Sollero Filbo, Pedro Aivim, Luiz Furtado de Mendonga e Othon Baena.
Em 1972, a Revista do IRB inicia uma nova fase, e inlroduz em suas edigoes desenbos arti'sticos e [oiografia,s, aiem de trazer uma linguagem mais (eve e accssfvcl ao publico leigo.
Somando cerca de tres centenas de editiies publicadas, a Revista do IRB sempre disse a que vcio; preencher uma lacuna na literatura especffica do segmento segurador e ressegurador. Atualmentc sao 4.300 exemplares distribufdos trimeslraimente aos assinantes e a divcrsas instituigoes no Brasil e no exterior.
Como caracteristica marcante:a Rewsla do[RB permanece interessada em so manter como um importanle fbriim dc apresenta^ao de loses c de debates.
Novas assinaturas, e-mail para odilon@irb-brasilre.com.br
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EXERCICIO 30 IRB-Brasil Re: RECONTANDO A HISTORIA 44 EDIFiCIO JOAO CARLOS VITAL: MODERNIDADE COM LEVEZA 48 IRB-Brasil Re PEUS EMPRESAS AMIGA5 51 E SE 0 IRB NAO EXISTISSE?
26 0
Re PELOS FUNCIONArIOS EM
\ \ otn Q) 3 O V) ■N Q. 1 fO J X ✓ Ul" o« Qj'
l.t v.. EVISTADB
Capa da primeira Revista do IRB
ABR1L 2004 N.295 4.64 RJ REVISTA DO IRB 5
Seis decadas de informagoes de gualidade
Senhores Leitores,
65 anos,em abril de 1939,o presidente Getulio Vargas assinava o decreto de cria^ao do IRB - Instituto de Resseguros do Brasil. Para implantar o projeto de uma empresa, cujo conhecimento nao era ate entao detido por qualquer outra em territdrio brasileiro, foi nomeado o engenbeiro Joao Carlos Vital.
Sobrc Vital, seria pouco o espago desta carta para falar da sua enorme capacidade de gestao. Tudo o que se considera moderno, nps dias de hojc, em termos de boa administra^ao,Vital, desde os primeiros anos, aplicou no IRB.
Ele se preocupou com o ambiente Rsico de trabalho, construindo um edlRcio que ate hoje e marco de arquitetura na cidade do Rio de Janeiro. O concurso ptiblico, o piano de carreira, a participa^ao nos resultados (diferenciada por drea), o rigor tecnico como foram estruturados os primeiros pianos de resseguro, tudo isso demonstra a enomie visao deste grande presidente do IRB.
Vital implantou inclusive uma serie de programas que hoje se inserem no que denominamos de responsabilidade social: a creche para os filhos das funcionarias,o programa de apoio aos menores carentes, que ingressavam como mensageiros, tomando-se em muitos casos funcionarios.
A missao institucional do IRB, seus valores e crengas foram, a meu ver, alicer^ados na gestao de Vital. Depois dele. OS que se seguiram continuaram sua obra,incorporando novas tecnicas e adaptando o modo de Fazer negdcio -is novas exigencias do mercado.
Hoje o IRB esta organizado segundo a lei das sociedades anonimas,contando com diversos comites com a participaCao dos acionistas-clientes, e caminhando para as melhores praticas de uma boa govemanga corporativa. Estamos fazendo tudo que deve ser feito para que o IRB-Brasil Re continue solido, atualizado e competente na atividade que exerce, assente sobre os mesmos valores que o seu fuiv dador nos legou.
r DIRETORIA
Lidio Duarte Presidente
Manoel Morais de Araujo Vice-Presidente Executivo
Luiz Eduardo Pereira de Lucena DiretarComercial
Alberto de Almeida
Pals
Diretor FInanceiro
•Carlos Murilo Goulart Barbosa Lima Diretor Tdcnico
6 REVISTADOIRB RJ A,64 N,295 ABRIL2D04
Luiz Appolonio Neto Diretor de Planejamerrto e Desenvolvimetrto
LIDIO DUARTE ABRIL2004 N,295 A.64 RJ REVISTADOIRB 7
PASSADO, PRESENTE E FUTURO
O ano de 2004 sera, sem duvida, um marco na hisloria desta empresa. Nao se trata apenas de completar 65 anos- o que por si so, situando-se no Novo Mundo,ja e um marco excepcional — afinal, temos apenas 500 anos.
Trata-se tambem dc preparar o salto para o futuro.
O concurso publico rcalizado as vesperas do aniversdrio do IRB-Brasil Re renova OS animos. Capta^ao de novos profissionais, no caso do IRR-Brasil Rc e,antes de tudo, garantir a linha de sucessao. E isso sempre foi a for^a desta empresa, o mais valioso patrimonio constitufdo por ela. Como prova contundente, o desempcnho do IRB levado a cabo pelos seus recursos humanos nos anos mais recentes, a despeito de lodas as dificuldades impostas a empresa pelas correntes neoliberais e globalizantes.
Os primeiros colocados, candidates aprovados no eoncurso, eomporao uma especie de celula-tmler. Como matri/.do futuro,estao sendo aguardados com ansiedade.
Nao se ve a bora de come(;ar a moldar a nova gerayao de iccnicos tjue dard continuidade ao padrao de excelencia que o mercado brasilciro dc segurtjs se aeoslumou a conviver a partir do Institulo de Rcsseguros do Brasil. Perdoem a imodestia, mas quern foi ou e irbi^rio, quern teve a oporlunidade de conviver com qualquer das geragoes que passaram por csta Casa,sabe do que eu estou falando. Dat|ui para a frente, um longo irabalho; repassar conhecimentos, experiencia e especializa^ao. i-aze-los se orgulharem por aprender a opcrar o resseguro primando pela tecnica. Sempre.
Refletir sobre o IRB-Brasil Re implica relevar a marca que o distingue: responsabilidade social. Foi a primeira companhia no Brasil a implanlar uma creche. l"omecia rcfci^oes e lanches em restaurante proprio. CJome^ou suas operagcies em prcdio construi'do exempiarmente para atender as neccssidades de Irabalho de seus
empregados. As salas e os cquipamentos foram projetados para refletir conforto e funcionalidade, quando nem sequer se ouvia falar em eigonomiaLuz natural disponfvel atraves de amplas janelas e sistema de ar condicionado central mantendo uma tcmperatura ambiente adequada para o trabalhoIsso em pleno ano de 1942.
Sempre socialmente responsavei. o IRB-Brasil Re, muito antes das fun.da96es cjue hoje promovem a colocafao de jovens em emprcsas, preparando-os para o mercado de trabalho, empregava jovens em forma^ao escolar, ulilizandoos nas tarefas de apoio, incenlivando que esludassem e prcparando-os para o exercicio da plena cidadania.
Alualmento, lal proccsso se da atrav6s de convenios com a Associagao Beneficente Sao Martinho, que insere jovens em situagao de risco social ao ambiente profissional;com a Fundagao MUDES e o Centro de Intcgragao Empresa/Escola,
ao recrutar jovens dos 2° e 3° Graus para cumprirem programa de estagio. Tambem o convenio com a Federa^ao Nacional de Educa^ao e Inlegravao dos Surdos (FENEIS) permite que o IRB-Brasil Re promova integragao pro fissional de pessoas com alta capacidade de produgao, apesar da sua liinitafao fisica. Bom mencionar que, nos dias de hoje,o IRB nao e o I'mico engajado nessa a^ao. Mas vale ressallar que foi dos primeiros. Precursor, dcsbravador.
Falar que no futuro a empresa contara com a^oes de inlensa rcsponsabilidade social 6 redundancia. No caso do IRB-Brasil Re e sua razao de existir. Nao c por acaso que os atuais projetos nessa area ganharam logomarca e o seguinte tnote de campanha: IRB-Brasil Social. Isso e responsabilidade.
Sempre atento as responsabilidadcs, o futuro do IRB contempla um apoio ainda mais efetivo as poli'ticas de govemo que viscm a a^ao social-econoniica.()agrtjnegdcio e um desses casos. Uma das maiores na^oes agrfcolas do planeta necessita manter sua produ^iio crescente c competitiva. O resseguro e uma ferramenta-chavc para o apoio ao agronegdcio e, em conjunto com o govemo federal, o IRB-Brasil Re sera a alavanca a impulsionar ainda mais a nossa agricullura.
Fundamental tambem e o resseguro como garanlidor das opera(;6es atuariais
dos (iindos de previddncia privada ccmplementar, especialmcnle neste mo menta, em que as novas regras objetivam fomentar a criagao de novos fundos de pensao, patrocinados por empresas ou associagoes de classes e, sobretudo, menina dos ollios do govemo,por acenareni com u perspecliva dc virem a finan-
se no resseguro, o se^ento Saude vai comprovar que seus produtos poderao ser oferecidos aos consumidores de forma mais acessivel e. consequentemente, atendendo melhor as neccssidades deles. Nao e demais afirmar: para a Saiide, o resseguro e ferramenta fundamental,sim. Esses aspectos,individualmente e em conjunto, farao de 2004 realmente um novo marco na historia do IRB-Brasil Rcsseguros. Balizarao o salto na diregao de sua consolidagao como uma das gran-
Refletir sobre o IRB-Brasil Re
Implica relevar a marca que
0 distingue: responsabilidade social
ciar o Brasil em suas tao necessarias obras de infra-estrutura.
Fundamental, pionciro, garantidnr. cada vez mais se . aproximando do cidadao, do brasilciro, daquele para o qua! vcm irabalhando ha 65 anos o IRB-Brasil Re ofcreccra o sujwrte tecnico-financciro da empresa a assistfincia medica supiementar, nao apenas atraves do seguro de saiide, mas tambem dando a garantia do resseguro piira as c(X)perativas medicas, pianos de saude e pianos de aiitogeslao. Dessa maneira, apoiando-
des empresas nacionais,como um grande parcciro de negocios e fid apoiador dos projetos sociais do govemo. No cenario intcmacional.o IRB-Brasil Re tem Itigar garamido. e fato, For tudo isso. finalizar com um pouco i'oesia nao fbz mal a ningucm. cspccialmenie se tomada cmpre.stada do nosso Poetinha-os outros todos que nos desculpem, mas o IRB-Brasil Re do futuro e fundamental.
* AtuSrio e atual Diretor T6cnico da Previit, rcastn)@irb-brasilre.com.br
ROBERTO CASTRO*
8 REVISTADOIRB RJ A.6& N.29!) ABRIL 2004 A ABRIL20Q4 N 295 A.64 Rj REVISTADOIRB 9
GALERIA DOS
PRESIDENTES DO IRB
I.J0A0 CARLOS VITAL
II.04.39- 18.02.46
Engenheiro civil, formado pela Escola
Politecnica da Universidade do Brasil, dirigiu o IRB, permanecendo a sua frente at6 1946 e prestando os mais relevanles services para o desenvolvimento do mercado segurador nacional.
Na gestao de Joao Carlos Vital, foram elaborados os estatutos da empresa e a Revisia do IRB foi criada, assim como a Biblioteca do IHB.
Foram muitas as iniciativas trabalhistas e sociais des.se f>enodo,como a institiiigao do 13° e do 14° sal^rios, da particlpagao nos lucros, do pccuiio, cria^ao da creche e do servi9o m6dico.
O cosseguro Incendio foi regulamenlado e o presidente Joao Carlos Vital diri giu pessoalmenle o seguro Man'timo no
periodo da II Guena Mundial. Em sua administra^ao,foram iniciadas e desenvolvidas as opera^oes de resscguro Incendio. Transportes. Acidentes Pessoais e Aen)naulicos.
Foi distinguido com o tftulo de Presidente Honor^rio do IRB-Brasil Re.
19.02.46- 19.03.51
Advogado, formado pela Faculdade de Direito de Porto Alegre.
Joao de Mendonga Lima criou as Comissoes Permanentes para cada ramo de opera^oes, compostas de representantes do IRB e dos Sindicatos de Seguradores. a Rm de que os problemas de segiin) fossem esludados em conjunto. Deu ini'cio &s opera^-oes de resseguro nos ramos Cascos, Riscos Diversos e Ss opera^oes do ramo'Automdveis.
Com o proposilo de despertar interesse da sociedade pelo seguro, p^' moveu campanhas publicitarias.
19.03.51-06.03.56
Engenheiro Civil, formado pela atu<'' Escola Nacional de Engenharia.
Na adminislra^ao de Paulo CSmati"' foi elaborado o Manual de Incdndioadotado a parlir de 1953, alem de ^ seguro de Acidentes de Trabalho sido incorporado 5 Prcvidencia Socia'No ambito exlcrno, Paulo CamiV^ incrementou as opera^ocs do IRB cc"^ 0 exterior, atraves da carteira de oper"' goes. Tamb6m nesse pen'odo se inici^'' ram as operagoes de resseguro ramo Agn'cola.
Advogado, fomiado pela Faculdade de . Ciencias jun'dicas e Sociais do Distrito ^ Federal, foi diretor superinlcndcnie da Companhia Excelsior de Seguros. Promoveu varias rcformas durante sua administragao; a principal foi na ^rea de resseguro Incendio.
Contribuiu para a formagao do pool no rsimo Aeronduticos e para a criagao da Bolsa de Seguros.
Inaugurou as rcpresentagocs do IRB em Fortc)Alegre. Recife. Salvador,Sao Paulo e Brasilia, que. na epoca, se chamavam delegacies regionais.
Em homenagem aos administradores do IRB, Augusto Xavier de Lima inaugurou a Galeria dos Presidentes.
04.05.61-31.05.61
Advogada, formada pela Faculdade de Direito da Universidade do Bra.sil, foj a primeira funcionaria concursada a cxerccr a presidencia do IRB interinamente, o que suscitou muitas homenagens de sous colegas.
Apesar do curto mandate, dcmonstrou empenho e competencia na administragiio da empresa.
Presidiu o IRB de poitas abertas, dando publicidade imediata a todos os atos provenientes da administragao.
DIAS DE MOURA
05.06.61 - 16.11.61
Advogado. formado pela Faculdade de Direito da Universidade de Sao Paulo.
foi membro do Conselho Administra tive da Caixa Economica Estadual de Sao Pauio.
Procurou, em sua gestao, manter o IRB em sincronia perfeita com as normas orientadoras da politica adminisirativa do governo federal.
7. OYAMA PEREIRA TEIXEIRA
20.11.61 - 13.05.64
Advogado. formado pela Faculdade de Direito da Universidade do Brasil, ocupou diversos cargos no Ministerio da Jiistiga e Negocios Inleriores.
Foi respons^vel pela criagao do Con selho de Seguro de Crediio e do Servigo de Relagocs Piiblicas no IRB. assim como da Comissao Especial de Colocagao de Resseguros no Exterior.
i
2. JOAO DE MENDONCA LIMA
3. PAULO LEOPOLDO PEREIRA DA CAMARA
4. AUGUSTO XAVIER DE LIMA 08.03.56-26.02.61
5. EMILIA GITAHY DE ALENCASTRO
6. CELSO
10 REVISTADOIRB RJ A.6/. N.295 ABRiL 2004 ABRIL 2004 N.295 A.64 Rj REVISTADOIRB 11
8. MARCIAL DIAS PEQUENO
13.05.64-06.02.66
Advogado, economista,jornalista e pro fessor.
Trabaihou em diversos or^ios do Minislerio do Trabalho,Industiia e Cotnercio,a fim de estudar acordos comerciais, tarifas, reajustamentos economico-fmanceiros e agendas de confcrcncias inlemacionais.
O Centro de Processamento de Dados foi instalado durante o mandate de Marcia! Dias Pequeno e rcgistrou-se o incre^ mento das opera^oes no mercado segurador nacional, alem da institiickmalizaqao dos Seguros Compreensivos para atender its necessidades do Piano Nacional da Plabita^ao.
9.THALES JOSE DE CAMPOS
28.07.66-24.04.67
Advogado, formado pela Faculdade dc Direilo da Universidade de Minas Gerais, cm 1966 foi Presidente do Conseibo Nacional de Segiiros Privados. lliales de Campos coordenou a reforma da Lcgisla^ao de Seguros Privados, da c|ual rcsiihoii o Dccretn-Lei 73/66 e promoveu a reformula^ao do selor financeiro do mercado scgtirador brasilelro. introduzindo a cobran^a bancaria dos pr&mios de seguni-s jjrivados. Foi reformiilado, ainda, o sistema de conlratat^ao dos segurf)s dos Organs do Poder Publico.
10. CORY PORTO FERNANDES
08.05.67-04.03.68
Advogado, formado pela Faculdade de Direito da Universidade de Sao Paulo, fomentou o desenvolvimerito- de intercambio de resseguros na America Latina, atraves daALALC.
Intemamente,a empresa promoveu refor ma administrativa com o objetivo de descentralizar poderes. Modemizou e amplioii 0 selor de Processamento Elctronico de Dados.
Diretor Financeiro da Sunamam.
No IRB-Brasil Re, ampliou a Biblioteca de Seguros, criou o iNucleo de Documenta^ao e implantou novo piano de cargos e sakirios, o Piano de Classificafao de Cargos- FCC.
Josd Lopes de Oliveira incentivou a fusao e incorpora9ao das compapbias nationals de seguros e inaugurou as atividadcs operacionais das Delegacias Regionais do IRB em Fortaleza e no R'" de Janeiro. Instalou a suhsidiiria do IRl^ em Londres e fundou a UAIC, corn cndere^o em Nova lorque.
mandato, loram criadas mais dtras direto' rias, passandoo IRB a tcrqiiatro diretorias: Opcra9oes Nacionais, Opera9oes Inter-
I nacionais,Administrativae Finaiiccira.
'
16. LUIZQUATTRONI
23.04.90- 14.05.92
Engcnbeiro Civil, formado pela Escola Nacional de Engenharia da UFRJ.
promover a modernidade c a atimi2a9ao de suas atmdades.
CAMARGO ARANHA
13.09.68 -21.11.69
Jornalista e advogado, formado pela Universidade de Sao Paulo,consolidou as normas para as cessoes de Resseguro e Relrocess3o dos diversos ramos.
Em sua administra^ao hoiive a refoimula^ao dos critdrios de cobertura para a constni^-ao da Ponle Rin-Nileroi. e a rccstnituragao administrativa do IRB,que passoii a ser condiizido por diias diretorias e assistida por um conseibo tccnico.
12. JOSE LOPES DE OLIVEIRA
21 .01.70- 14.03.79
Advogado. formado pela Faculdade de Direito da Universidade do Distrito Federal, ingressou no Banco do Brasil em 1946. Em 1967, ocupoii o cargo de
13. ERNESTO ALBRECHT
15.03.79- 15.03.85
Contador, formado pelo Col6gio S- Fran cisco, no Rio Grande — RS, graduou-sc em Gerencia i-'inanceira pela Pontilicia Universidade Catolica-RJ.
Comc9ou sua vida profissional n" Companhia Rio Grandensc dc Seguros. hoje extinta.
Foi Diretor do Banco Central e cxerccii diferentes cargos em v3rias entidades financeiras do pai's, especialmentc no Banco do Brasil.
Foi respons3vel pela transfer§ncia do segmento Seguros para o Minist6rio Fazenda,e pela inclusao do presidente do IRB como membro do Conseibo Monet3rio Nacional - CMN. No seu
U.JORGE
HILARIO GOUVEAViEIRA
15.03.85-26.02.87
Advogado, formado pela Pontificia Universidade Catdlica do Rio de Janei ro, exerceu a Presidencia da Comissao de Valores Mobiliarios no perfodo de 1979 a 1981.
Sob seu comando, no IRB,foram claborados e implantados um Piano Diretor dc Informatica e um setor responsdvel pela Organizagao e Metodos.
Na gestao de Jorge Hililrio, a Asscssoria de Redoes Piiblicas foi transfoimada em Assessoria de Comunica9at).
15. RONALDO DO VALLE SIMOES
26.02.87 - 23.04.90
Economista, formado pela Faculdade Nacional de Ciencias Economicas da Universidade do Brasil.
Foi Vice-Presidcnte da Baneij Seguros S.A e membro do Conseibo de Administravao da Companhia Inlemacional de Seguros (Grupo Rocha Miranda).
Pmmoveu iniciativas de car3tcr cultural e filantmpico e implementou programas dc aprimcramento de t6cnicas operacionais.
Em 1975, ingressou na Companhia Excelsior de Seguros, onde foi diretor administrntivo e diretor de produ9ao.
Foi rcsponsavcl pela reforma adminis trativa que, entre outras coisas, resultou na desat[va9ao das Dclegacias Regionais do IRB em Manaus, Fortaleza, Recife e Bcio Horizonte.
17. JOSE AMERICO PEON DE SA
14.05.92-08.12.92
Economista, formado pela Faculdade Nacional de Ciencias Economicas da Universidade do Brasil, especializou-sc em Ciencias Aluariais.
Iniciou sua carreira na extinta Companhia Nacional de Seguro Agn'cola c foi presi dente do Grupo Dclphos S. A.
Promoveu discussocs sobre as mudanvas no setor de seguros alravcs do Piano Diretor elaborado pela SUSEP e participou da Garta de Brasilia, documento fcito pelas proj^rias seguradoras, com o objetivo dc desenvolvcr uma poiitica de seguros em barmonia com a realidade c OS interesses do mercado nacional.
Implantou o Programa IRB de Qualidade e Produtividade, inserindn o Inslitiito no esfor9o governaincnlal de
18. ROBERTO ALEXANDRE PEREIRA BARBOSA LIMA
16.02.93- 12.01.94
Engenheiro, formado pela Escola Na cional dc Engenharia.
Em 1969, ingressou na Nacional Cia. de Seguros, exercendo a fun9ao dc diretor tecnico dc Seguros.
De 1972 a 1983, foi diretor da area T6cnica c de Produ9ao de Seguros de ramos Elementares e de Vida da AtlanticaBoavista de Seguros. De 1983 a 1987, foi assistente da diretoria do Jomal O Dia, onde era responsavel pela Administra9ao de Seguros e pela drea de Controle Fi nanceiro c de Gustos. Implementou o Gerenciamcnto da Qualidade Total no IRB.
19. DEMOSTHENES MADUREIRA DE PINHO FILHO
12.01.94-31.12.02
Advogado, formado pela Faculdade Na cional dc Direito, octipou a fun9ao dc diretor na ilati Seguros S.A. Duranlc o mandato dc Domonsihencs Matltircira, ocorrcram os Programas cic Alastamento Vnluntdrio, que signilicaram grandf rcdiiviio do corpo de tecnicos da empresa.c o IRR-Brasil Re foi incluido no Piano Nacional de DcseslatizaQao.
11. CARLOS EDUARDO
12 REVISTADOIRB RJ A.64 N.295 ABRtL 200i ABRtL2004 N.295 AM RJ REVISTADOIRB 13
LIVROS, PERIODICOS E OBRAS DE REFERENCIA
BibLioteca de Seguros Rodrigo de Andrade Medicis
O Decreto-Lei n° 1.186, de 3 de abril de 1939, ao criar o IRB, estabeleceu no seu artigo 19, ali'nea "e", uma verba especial para propaganda e esiudn de seguros. Foi Joao Carlos Vital, o primeiro presidenle do Institute, quem adquiriii de Antonio Felix de Faria Aibemaz, atuario c chefe da Inspetoiia de Santos, a sua biblloteca de seguros, dando origem a atual Biblioteca •Rodrigo Medicis, cujas instala^oes funcionam no andar terreo do edifi'cio-sede.
Alem de ser a primeira biblioteca de seguros do pai's. a Biblioteca de Seguros Rodrigo Medicis, mais conhecida como Biblioteca do IRB, e a maior da America
Latina no sejynento seguro e resseguro. I'oi criada em 1940, pouco antes do pri meiro aniversdrio de funriafSt) do IRB e oferece suporte tdcnico e documental a prdpria empresa e ao mercado segiirador, assim como a pescjuisadores da drea, que requisilam amplamente seus servi^os.
Seu acervo, valiosi'ssimo, atende tambem, com frequenda cada vez maior, a pessoas fi'sicas e juridicas de putros pafscs, estudantes universitarios e detursos de posgraduaq:ao, que buscam subsi'dios para trabalbos, monografias e teses de mestrado. Sao mais de 15 mi! obras adquiridas, permutadas e doadas por pessoas ligadas ao mercado, alem de livros, monografias, teses, revistas, anais de conferencias, que foram traduzidas e incoqjoradas ao acer vo para consulta ou emprestimo. E o melhor, a Biblioteca e aberta ao publico. O reconhecimento de sua importdncia pode ser medido, inclusive, pelo grande interesse em adquirj-la, demonstrado por outras instituicoes que atuam no segmento de seguros.
Na verdade, isto esti fora de cogita^ao, porque a Biblioteca de Seguros Rodrigo Medicis 6 vista como imporlante patrimonio da empresa.Juntamenle com a Revista do IRB, conlribui efetivamente para a divulgapao do IRB-Brasil Re no pafs e no exterior, atraves do interc3mbio mantido com institui^oes e usuries.
Obras raras e muita dedica^ao
Dividida em tres setores basicos distintos - livros, periodicos e obras de referencia - a Biblioteca reiine iniimeras obras raras,'entre as quais podemos citar;
Premier Congres Intenialioml d'Actufl""^' 1900; Tables of Applied Mathematics i" Fimnces,Insurarices..., porj. Glover, 1923, The Bible ofLife Insurance, por E. WrigbL 1932; Matematicas Fimncieras, 2 v., J. Gonzdlez Gal6, 1942; El Segtiro de por ]. Salas Subirat, 1944; e.Thdorie^^ Pratique des Operatiotis d'Asstirance, P. J. Richard, 2 v.. 1946.
A Biblioteca conta,ainda,em seu acervo, com a Coleqan de Lets do Brasil — a priineif^ delas datada de 1808; cerca de 300 exero' plares compoem a colepao da Reidsta /RB, desde a primeira edi^iio. Da tnesro^ forma, as Publicagdes do IRB podem consultadas desde a edigao de numero' • A cole^ao de periddicos Revista de Seg"'^^ data de 1920 e oAnudrio de Seguros pod^ ser encontrado em edigoes que abrangof*^ . cinco ddcadas, de 1934 a 1986. Grande parte do acervo de livros 6 mada por obras de seguro e resseguro matdrias correlatas como Dircito, EconO" mia, Atuaria e Administragao. Urn setor cultural, formado basicamente de doaf^^ e abrangendo todas as dreas do conhed" mento, atende ^s pesquisas solicitadas n^o s6 pelos funcionarios, estagiarios e presW dores de servigos da empresa, mas tamb^"^ pelos usudrios extemos.
Dentre as atividades bdsicas, cob^ ressaltar: selegao e aquisi^ao; processa'
mento tecnico; controle normativo e pob'tica de atendimento; referenda; em prestimo entre bibliotecas; pesquisa bibliografica; servigo de tradugao e versao (voltado para o piiblico inlemo); servigo de intercambio de duplicatas; servigo de referencia Icgislativa e de indexagao coordenada, que consisie na analise dos pe riodicos nacionais e atos normativos (Jo mercado segurador. dando controle terminoldgico a documentagao tecnica.
Por meio de crfticas bibliogrdficas, catalogos de livrarias nacionais e ediloras intemacionais de renome — como as da Munich Re, Swiss Re e Mapfre - se processa a selegao das obras que serao adquiridas,importante trabaiho que tam bem leva em conto a avaliagao, opiniao e sugestao dos tecnicos do IRB-Brasil Re, alem das informagoes e obras obtidas pelo intercambio com instituigoes e usuarios brasileiros e estrangeiros.
Ao entrar na Biblioteca do IRB,se engana quem pensa que se trata de um simples tira-e-bota-livro-de-prateleira. Esse universo tao particular, onde proRssionais de Biblioteconomia parecem laborar nos bastidores entre enigmSticos vocabuldrios controlados e indexagoes coordenadas,foi a base para a elaboragao do Dicion.irio de Seguros, editado pela Fundagao Nacional Escola de SegurosFunenseg, elangadocm 1995.
Para elaboragao do Dicionario de Se guros, 20 anos de trabaiho. Para construir prestfgio e disseminar conhecimento t6m sido gastos nada menos do que 65 anos.
SUCO, MAMADEIRA E MUITO CARINHO
Entre os anos 40 e 90, as funcionarias do IRB nunca tiveram que enfrentar um dos maiores problemas das mulhcres que trabalham fora e sao maes: ter com quem deixar seus filhos. Numa aiitude pioneira. o pre.sidente Joao Carlos Vital oferecia,em 1942,os servigos de creche para OS filhos das funcionarias do IRB. criando assim um paradigma, que perdura apesar de a creche nao mais existir.
A creche funcionava no ultimo andar do ediffcio-sede e trabaihava com cerca de 80 vagas para criangas com idade errtre tres meses e tres anos, e. bcm a moda do seu idealizador, o padrao de atendimento primava pela excelSncia:alem do espago fisico de primeira, havia uma equipe multidisciplinar "de plantao"; pediatra. psicologo, nutricionista, auxiliar de enfermagem, auxiliares de puericuliura, recreadoras. Para completar, as funcionarias com filhos na creche contavam com o sciMgo de transporte oferecido pela propria empresa.
CRECHE DO IRB: Pioneirismo
Nany Carolina Rodrigues da Motta ingressou na empresa por concurso piiblico e trabalhou como auxiliar de puericultura na creche dnrante 28 anos. tendo, no inicio da decada de 90,desempenhado a fungao de chefe. Nany recorda com carinho que o semgo oferecido era de primeira qualidade:"DSvamos assistencia total as criangas. Nada faltava para elas, que tinham do bom e do melhor. Eram miiitos brinquedos e materiais para as atividades infantis, Os mriveis eram feitos sob medida e exisliam al6 duas
U REVISTADOIRB RJ AM N.295 ABRIL 2004
Biblloteca Rodrigo Medicis Avenida Chirrchlll, 182-Castelo 20020-901 - Rio de Janeiro - RJ Funclortamento nos dias liteis: das 8h 17h
ABRIL 2004 N.295 A,64 RJ REVISTADOIRB IS
piscinas no ddcimo andar. Muitas pessoas de fora nos procuravam a fim de conhecer o trabalho desenvoJvido pela creche, que foi considerada creche-modelo do pai's. Saiu ate uma reportagem na revista O Cruzeiro."
Rosane Zamudio, que tambem trabalhou na 56930 da creche e atualmente trabalha como consuitora especial da diretoria tecnica, refor9a que tudo era feito com muito cuidado e carinho para as criangas. "Bj^a um servigo considerado prioritario, tanto que nao deixavarnbs^ue faltasse iiada. As
QUEM E QUEM
criangas passavam pela fase da retirada das fraldas e aprendiam a escovar os dentes na creche. Era uma grande satisfagao vd-las hrincando felizes."
Feli/.es mesmo ficavam as funciondrias, pelo fato de poderem contar com ajuda tao importante em fase tao delicada, como e 0 momenlo de separagao apos o nascimento do filho. Havia horarios para amamentagao, as miies recebiam orienta9ao medica, de puericullura e. mais do que isso, cram ouvidas, podiam contar sempre com uni
ombro amigo, eram apoiadas no que fosse possivel.
Ao final do expediente, a creche entregava de volta as funcionarias crian9as de banho tornado, bem alimentadas,escovadfssimas. A creche do IRB foi um bom exemplo para 0 dito; quer mclhor que is.so, so trabalhar no IRB".
Mas 0 que era doce se acabou. Em meados dos anos noventa, sem renova9iio dos quadros funcionais e em obctiiencia a poii'tica administrativa vigente no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, que visava pre-
parar a empresa para ser vendida, a creche foi desativada. Restaram as lembran9as, as historias. o modelo. Da creche, resiam, ainda, no IRB-Brasil Re, alguns dos antigos usudrios. Fenomeno que no mundo da publicidade e eonhecido como fideliza9ao a marca. Hoje sao funcionarios concursados, presiadores de servi9o ou estagiarios. Goslaram tanto da creche que voltaram para a empresa responsavel por ela. Do ponto de vista mercadologieo, podemos dizer que voltaram porque 0 produto e bom.
A it U. REVISTA DO IRB RJ A.M ABfiftt a 2004 Kl.295 A.64 RJ REVISTA DO IRB I V
A'materia sabre a creche inspirou a Revista do IRB a fofografias abaixo sao de usuarios da creche do lRB qua retornaram a empfesa na condicao de trabalhadores estagiarios, profissionais. Descubra quern e quern. As respostas estao na margem da pagina. preparar uma bnncadeira para 0 leitor.
"MELHOR QUE ISSO, SO TRABALHAR NO IRB
DULCE PACHECO DA SILVA FONSECA SCARES
Data de admissao: 18/05/1945
"■ 'Foijnuito hnportante terentrado para esta Casa, pois tudo que mevaleu navidaaprendi nesta empresa. Sernpre attiei na area tdcnica,fui chefede Divisao, de Departamento e diretora de Operagoes Intemacionais, ale'm de memhro do Conselho Tecnico. A minha carreira hem sucedidafoi gragas ao tneu esforgo pessoal, gosto pelos estudos em geral e ao ambientefantdstico que sernpre existiti no IRB-Brasil Re, uma empresa sdria que preza a capacidade de seusfunciondrios com respeito e dtica profissional. Os valores que encontrei mefizeram admird-lo, valorizd-lo e ndo tervontade de ir emhora. Dei o mdximo que pude. Tenho certeza que, com men desempenho profissional aqui no Brasil e no exterior, consegui valorizar a imagem de competencia, honestidade e seriedade da empresa. Em me orgulho muito disso. Ate minha vida pessoal estd rehcionada com minha atividade na area de seguros: conheci men marido tia casa de um umigo comum - Raul Telles Rudge, um dos mais respeitados profissionais do mercado de seguros, e que chegou a ser eleito memI>ro do Conselho Tdcnico do IRB pardois periodos. Fui admitida nesta empresa em 1945, trabalhei durante 41 anas, masate'hoje, sernpre que aqui entro, sinto que estou na minha casa, e que sempre serd assim."
Data de atastamento: 1985
ALUISIO CABRAL
Data de admissao: 2 da junho de 1960
"Ofatode ternascido em 03 deahrilde 1939,data de criagao do IRB,talvezfosse opreniinciode menfuturo encontro com a empresa. Atrav^ de urn amigo souhe do concurso,fui aprovado e logo vie interessei pela atividade de seguro, huscando jbrrmgao academica a eh diretamente rehcionada, tanto que me diplomei em Ciencias Atuariais em 1966.
Convivi com companheiros mais antigos que tiveram grande importdncia em minha formagdo moral e profissional. Deu-me o IRB a oportunidade de realizagdo profissional, estahilidadefinanceira, permitindo-me educar meus filhos e formar modesto patrimonio, alem da possihilidade de uma aposentadoria tranquila, que hoje desfnito.
Aos novosfunciondrios, que em hreve ingressardo, diria que o seguro e uma atividade estimulante. O avango tecnoldgico, coda dia mais rapido, gera novos riscos para os quais hd que se huscar cohertura. Este d o desafio de um trahalho que jamais serd monotono. Mantenham as tradigoes do IRB, que dele terdo reiomo, como eu live. Isso Ihes permitird satisfazer as necessidadesfundamentais de si«is vidas."
Data de aposentadoria:8 de junho de 1990
ADYR MESSINA
Data de admissao: 5 de maio de 1940
"0 IRB-Brasil Resignificou tudoem minha vida. Dediquei mais de 50 anosa empresa, ingressandoatravesdoprimeiroconcursopublico em 1939 erne afastei como presidents do Conselho Tecnico em 1994. Sinto muito orgulho de ter participado do desenvolvimento de uma instituigdoqueconseguiu criarum mercadodeseguros brasileiroforte, rigido ecom liquidez. Semprefoi uma Casamuitoconsideradapelos resseguradoresestrangeiros, principalmente peh capacidade tdcnica. Quandodiziaque trabalhava noIRB, recebia um tratamentoespe cial. Tive uma carreira muito satLsfatdria evaleu muito a pena tertrabalhado na empresa.
Para os novosfunciondrios que vdo chegardiria para todos procurarem conhecero passadodaempresa, afimde manterosvaloresdticos, otrahalhoserioedisciplinado, como tern sidofeito ao longo desses anos. Aconselharia tamhdm que procurassem trabalharem dreas quemaisseidentifiquemcomosseustalentos, porquequern fazoquegosta, vencenavida."
0[RB pelos seus funcionarios aposentados 77*
18 REVISTADOIRB RJ A.bi N.295 ABRIL 200i
Data de atastamento das ativldades: 1994 '4 tjyn - tA lLiir!M.liii Hi U hs// ,!■ i ABRIL 2004 N.295 A.64 RJ REVISTADOIRB 19
0 logo ardeu por quase
urn Dies e destruiu complelamente a plataforma de Enchova
0 IRB E5TAVA LA
Em 1939, 0 IRB nasceii. Engatinhou muiloceclo e. logo logo, quandosefirmou nas prdprias pernas, aprendeu a andare se embrenhou Brasil afora: ressegurando grandes riscos nacionais. dando apoio total e irrestrito aos segurados, regulando sinistros em qualquer lugar do pafs.
A Revista do IRB selecionou alguns casos interessantes para ilustrar como o IRB-Brasil Re se faz presente na vida da na^ao.
ENCHOVA- 1988
0 sinistro
O fogo ardeu per quase um mes em pleno oceano AtlSntico. O incendio plataforma de Enchova, da Petrobras, em 24 de abril de 1988, destruiu tudo.
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Perda total, pois so restaram duas pernas da gigantesca massa de a^o flutuante. Infclizmente, morreram cerca de 30 pessoas. Ainda assim, o numero de vi'timas fatais foi infinitamente menor do que o registrado em 1984, em acidente na mesma plataforma. Apesar disso, o ultimo desastre em Enchova entrou para a hisldria do mundo do petroleo.
Airaves de laudo oficial verificou-se a ocorrencia de htoxv out. isto d, uma expulsao brusca de dleo, g^s, agua ou liquido de perfuragao de um po^o que, em choque com as pressoes sublerraneas provocam incendio. As quatro valvulas de seguran^a da plataforma, chamadas b!ou>-out-preventer (vilvulas de prevemjao contra explosoes), nao foram acionadas devidamente.
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ABRIL 2004 N.295 A.66 RJ REVISTA DO IRB 21
Na 6poca,a Petrobras fez quesCao de deixar claro que a faiha nao correu por omissao dos tecnicos, e sim por fatores psicologicos, passfveis de acontecerem. Na opiniao da empresa, ninguem e capaz de manter totalmente a calma e o sangue frio diante de um violento blow out.
Se, no incendio de 1984, o desespero tomou conta de Enchova, provocando dezenas de mortos e feridos, em 1988 o mundo assistiu a um misto de efldencia, solidariedade, heroi'smo e profissionalismo das brigadas de incendio da Petrobras.
Entendendo melhor o sinistro
Especialistas comparam um blow out,,como o de Enchova, aos efeitos de uma ejegao do piloto da cabine de avioes de ca^a do tipo F-14, F-16, F-18. Como se sabe, o banco do piloto fica em cima de uma caixa de explosivos e, quando o jato entra em sitiia^ao crftica, com total incapacidade de escapar da destruifao, o piloto aciona a eje^ao. O explosive ejeta o banco e o piloto que se encontra preso a ele, permitindo que subam a uma certa altura de seguran^a e, somente entao, o pdraquedas i acionado.
Em uma piataforma de petroleo, quando ocorre blow out, 4 como se, de repente, explosivos ejetores entrassem em 3930 de maneira anarquica, levando tudo 0 que encontram pela frente. Especialistas afirmam que ate entender 0 que estd acontecendo, o cerebro humano leva vdrios e fatais segundos para reagir.
ciosa inspe9ao, a piataforma foi dada como perda total, e a produ9ao dos 18 P090S que eram ligados a ela passou a ser feita por sistemas flutuantes ancorados na area. A recupera9ao definitiva dos campos do complexo de Enchova envolveram investimentos de U$ 300 milhoes e vdrias mudan9as tecnologicas.
Para evitar que outias ocorrencias de blow out viessem a paialisar totalmente a produ9ao, a Petrobras decidiu, na epoca, mudar o esquema: o petroleo passou a set produzido em uma piatafor ma e processado em outra. Hoje, a obsessao pela seguranga faz das platafor mas da Petrobras as mais estaveis e lecnologicamente evoluidas do mundo.
A a^ao do IRB-Brasil Re
Gragas
ao esforgo da equipe de tecnicos do IRB-Brasil Re, a Petrobras recebeu indenizagao
de US$ 325 milhoes em tempo recorde
Coberturas e valores
Um sinistro desse porle envolvc muitas opera9oes, coberturas e valores. No acidente de 1988, em Enchova, por exemplo. houve a necessidade de se perfurar um P090 de alfvio, cujas despesas foram cobertas mediante a contrata9ao de seguro especffico denominado Gusto de Controle de P090.
Em relagao aos valores, para cada importSncia segurada m^ma de US$ 330 milhoes por unidade segurada sao consideradas duas faixas:
PRIMEIRA FAIXA: US$ 50 milhoes para plataformas; US$ 155 milhoes para sislemas antecipados de prndu9ao (equipamentos).
5EGUNDA FAIXA: US$ 280 milhoes em exceslo a primeira faixa, o restante.
O IRB e as retrocessionarias participaram apenas da primeira faixa, com uma responsabilidade maxima de US$ 12 milhoes, distribuidos da seguinte forma: US$ 7.2 milhoes para retrocessao e US$ 4,8 milhoes para 0 IRB. Alem das plataformas fixas dc produfao, encontravam-se tambem abrangidos pelo contrato os sistemas antecipados de produ9ao. Se fosse aplicada a mesma porcentagem, cujo limite de responsabilidade e de 24% para o mercado brasiieiro, essa respon sabilidade subiria de US$ 12 milhoes para US$ 37,2 milhoes. Entao. na ocasiao em que a Petrobras contratou 0 seguro. foi comprada uma cobertura de prote9ao, que supriu os US$ 25,22 milhoes excedentes a capacidade nacional, protegendo assim o merca-
do interno e retendo divisas no pals.
Segundo dados do mercado de seguros da Inglaterra, hd mais de dez anos nao ocorria um desastre nas proporgoes do de Enchova (1988) no segmento c^shore. A repercussao mundial foi enorme e Enchova foi alvo de intensos debates sobre sistemas de seguranga na drea de prospecgao de petroleo, mas principalmente no setor de resseguros. Gragas d agilidade e precisao de sou trabalho, o IRB se tomou referencia para os princi pals mercados inlemacionais.
Quando o fogo em Enchova foi dominado,OS tecnicos da Petrobras iniciaram a instalagao de um equipamento chamado bridge plug, uma especie de rolha de ago e borracha, no pogo EN-19,para evitar possfveis escapamentos de gas natural. Em seguida, apos uma minu-
Do ponto de vista da indenizagao, gragas ao esforgo dos tdcnicos do IRB, que viraram noites negociando, calculando, recalculando, em menos de um mes, tempo considerado recorde, a Petrobras recebeu o dinheiro do seguro: 325 milhoes de ddlares. Com a convicgao de que a relagao custo/beneficio era adequada e compativcl, o empenho e o esforgo empreendidos pelo IRB-Brasil Re tomaram possi'vel o atendimento its expectativas da Petrobras. no sentido de.o mais rapidamente possi'vel, poder normalizar a produgao na piataforma de Enchova.
Assim, por muityis elogios de que os tecnicos da Petrobras sejam merecedores, podemos tambem nos orgulhar dos tecnicos do IRB, representantes de uma instituigao que tem sido parceira fiel em momentos de grande dificuldade. Felizmente,0 IRB estava la.
ENTENDA 0 BLOWOUT TOKREDE FLARE saIdadegAs ABAFAOOR DE CHAMAS Localprovavei do antuplmenlo VENT PIPE (alslema da venUlacSo) TANQUE DE DRENAGEM DUTOS ENTRADA DE dLEO COLUNA EM QUE OCORRERAM AS EXPLOSOES
22 REVISTAOOIRB RJ A.64 N.295 ABRIL 2004 ABRtL 2004 N.295 A.64 RJ REVISTAOOIRB 23
PROJETO JARI
0 sintstro
• Nao fosse o seguro contratado pela Jari Celulose, a situagao dos 70 mil habitantes da regiao onde se localiza a fdbrica. no Para, poderia ter ficado bem deiicada em 1997,quando dois acidentes desestruturaram o funcionamento da usina. Produtora de celulosc a partir do eucalipto, a f^brica utilizava a energia eldirica produzida pclo turbogerador danificado na ocasiao do sinistro, o que acarretou a paralisa^ao das atividades da usina por sete meses. O defeito no gerador foi de origem mecSnica, enquanto que o incendio nos pameis de controle e comandos eletricos ocorreu no processo de limpeza do filtro de uma das caldeiras, quando algum material superaquecido caiu sobre o bandejamento de cabosNinguem ficou ferido, mas trabalhadores da fabrica e outros cidadaos dependiam Financeiramente da Jari Celulose. o que se constitin'a um problema. A Jari Celulose se encontra localizada em Monte Dourado, municfpio de Almeirim.
A agio do IRB-Brasil Re
Consciente da sua responsabilidade social como ressegurador. o IRB-Brasil Re dedicou aten^ao especial h analise dos preJufzos causados & Jari Celulose pela quebra do I'lnico turbogerador da usina, ocorrido no dia 26 de maio,e pelo incendio nos paindis de controle e comandos eldtricos da mcsrrta Fdbrica, que aconteceu cinco dias depois.
Assim, cerca de dois meses ap6s a ocorrencia do sinistro, no dia 17 de julho de 1997, a fabrica recebia o primeifo adiantamento, relative ao sinistro provocado pelo defeito no gerador, evitando com isso outros e maiores prejufzos pela conseqilentc inatividade da linha de produ^ao. A indeniza^iio total foi de US$ 40 milhoes.
O segundo sinistro, o incdndio nos paineis de controle e comandos eldtricos, foi responsavel por uma indeniza?ao de US$ 13 milhoes, scndo o adian tamento deste montante concedido no dia 9 de julho de 1997, e o pagamcnto da indcniza?ao total foi auicrizado alguns meses depois pelo IRB, em 9 de mar^o de 1998.
Felizmente, o IRB estava la. TAM
Uma das maiores trag^dias da ayia^ao braslleira aconteceu na manha do dia 31 de oulubro de 1996, quando um Fokker ICQ da TAM caiu segundos depois da decolagem do Aeroporto de Congonhas, em Sao Paulo.
O destino do v6o 402 era o Rio de Janeiro, mas o reverso da turbina direita se abriu (o que so deveria ocorrer em procedimento de pouso), e o aviao despencou e explodiu sobre um conjunto de casas do bairro do Jabaqiiara, a poucos metros da cabeceira da pista do aeroporto, matando os 90 passageiros. os sets tnpulantes e mais tr&s pessoas em terra.
Menos de um mes depois da tragedia, em 29 de novembro de 1996, o IRBBrasil Re autorizou o pagamento da indeniza9ao, avaliada em US$ 29 milhoes.
Mais uma vez, o IRB estava la.
Gragas a agilidade
e precisao de seu trabalho,
0 IRB se tornou referenda para os principals mercados internacionais
REGULAOORES EM ACAO
Do quadro de funcionarios do IRB, talvez quem tenha mais historias para contar sejam os reguladores de sinistro. Sao eles que vao ate os locals das ocorrencias, muitas vezes inospitos, para trazer informagoes para a empresa.
E verdade que o sistema viario brasileiro avancou bastante desde a criacao do IRB, em 1939, mas, ainda hoje, muitas vezes, os reguladores precisam enfrentar uma serie de dificuldades para chegar ate esses locals. Euclides Rodrigues de Castro, funcionario do IRB ha 31 anos, conta a diflcil loglstica de chegar ao sinistro. ocorrido na Jari Celulose. em 1997.
A Jari Celulose flea nas margens do Rio Jari, cujo acesso so e possivel por aviao ou barco. De barco, nos levariamos uma eternidade. portanto, optamos por pegar dois voos: Rio-Belem do Para; Belem-Monte Dourado. Este ultimo voo esta sempre sujeito as condicoes climaticas locals. 0 que significa dizer que passamos muilos apertos na maioria das muitas vezes que estivemos la.
De Monte Dourado, precisavamos pegar uma estrada de terra de uns vinte quilomelros de extensio ate o Projeto Jari. Lembro que lazia um calor insuporlavel. Posso dizer que nao foi um trabalho muito simples, mas ja passei por outras aventuras ao me deslocar para regular sinislros ocorridos no Mato Grosso, na divisa de Tocantins com Goias, e em Brasilandia. Minas Gerais."
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Urn deteito no turbogerador provocou 0 incSndio
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0 IRB-BRASIL RE PELOS FUNCIONARIOS EM EXERCICIO
Trahalhar no IRB:
sonho de menina
Desde crianga a gerente de Documentagiio e Informagao, Lilia Maria de Oliveira Gouvea, dizia ter vontadc de trabaihar no IRB-Brasil Re. Em sua sala de trabalho, no Arquivo Fotografico da COBIB,guarda fotos de suas muitas vindas a empresa ainda bem menina, acompanhando a tia irbiaria, Lilia Campos de Oliveira.
Anos depois,em margo de 1972, Lilia realizou aquele antigo sonho de menina. Ela comcgou a trabaihar no Institute como estagidria de Biblioteconomia e Documcntagao. Em fevereiro de 1973, com a implantagao do Piano de Classificagao de Cargos, foi admitida como bibliotecdria.
Fernando Henrique Reis Couri
O povofazia fila para ver as lindas irhkmas
Antes de fazer concurso para o IRB, em 1972, o Analista de Riscos e Sinlstros Fernando Henrique Reis Couri foi mensageiro do Institulo por dois anos e sete ineses, a partir de 1965. Ele tinha 15 anos e o IRB 26. Naqueia 6poca, Couri teve a oportunidade de trabaihar com a primeira gera^ao de irbiarios.
"A cullura irbiaria cstabelecida pelo primeiro presidente do Institute,Joao Carlos Wlal,foi muito marcante e se propagou ao longo das primeiras ddcadas. Tudo no IRB tinha que ser muito cerlinho, nada podia dar errado. No IRB nao havia, por exemplo, controle de ponto, mas de ausencia. O pressuposlo era que o funcion^o scmjsre vinha trabaihar. Oulm fato curioso c que OS empregados do IRB tinham que trabaihar com um uniforme azul celeste; os homens usavam um hiazcr com um bolao do IRB e as mulheres vinham com um vestido abaixo dojoelho. As irbi^rias ganhavam tao hem e cram tao bonitas, bem cuidadas e preparadas,.que muita gente ficava parada embaixo do pr^dio
para ve-las sair. O IRB sempre foi uma empresa de vangua'"''''"
Meu pai chegou a frequentar bailes promovidos pelo IRB nono andar do edificio."
Anos ap6s tor sido mensageiro no IRB, Couri fez o conci""' so de 1972 e foi admitido em dezembro daquele ano. Desd" entao, trabalhou nos departamentos de IncSndio, Opera^oes Inlernacionais, de Vida e de Crddito & Exporta?3^' onde atua hd 20 anos.
"Depois da experiencia como mensageiro, meu sonho era sC funcionario do IRB. Era um pen'odo de muita prosperidade c valorizaQao da empresa pelo govemo. As funcionarias-maes, p'"^ exempto, tinham crechc denlro do IRB para seus filhos transporte de ida e volta do trabalho at6 suas casas. As erian* gas tinham ale a hora da mamada. Naqueles tempos, Carlos Lacerda costumava fazer piada com o IRB;'Mclhor do que issOi s6 trabaihar no IRB.' Mcsmo com as mudangas e dificuldades enfrenladas mais larde, o IRB sempre rcnasceu das cinzas."
Hoje, hd 31 anos na empresa. compietados em 12 de fevereiro, ela lembra da epoea em que, alem de horario de almogo. os irbidrios tinham horario de lanche. O restaurante funcionava no nono andar, onde hoje e a Consultoria Juridica. Quando o restaurante foi extinto, na ddcada de 90, OS irbiarios custaram a se acoslumar com o ti'quete-refeigao. Outra boa lembranga 6 o alto nfvel da creche que o IRB mantinha para os filhos das funcionarias."As pessoas me procuravam na Biblioteea querendo conhecer a creche do IRB,que era considerada uma creche-modelo." Em sua Irajetdria profissional na empresa, Lilia destaca a criagao do Niicleo de Documentagao, em 1978.
"Foram muitas coisas boas, muitas conqiiistas nesses meus quase 31 anos no IRB-Brasil Re, em especial a autonomia para fazer o meu trabalho. Um grande marco profissional. por exempio, foi a criagao do NiicIeo de Documentagao, em 1978, na gestao do presidente Jose Lopes de Oliveira. Essa iniciativa incrementou a Biblioteea, que sempre foi conside rada o carlao de visitas da empresa. Jd tentaram ate comprar a Biblioteea do IRB. Em 1998,com as mudangas estruttirais ocorridas,a Biblioteea e o Museu do Scguro passaram a fazer parte da GerSncia de Documentagao e Informagao, contemplada, tambem, com a Cnordenagao de Arquivos."
Gerente dc Seguros do Governo
Experiencia que transcende 0 dmhito profissional
No inicio dos anos 70, o IRB pouco divulgava suas atividades na imprcnsa e, portanto, nao era uma empresa conhecida. Foi atraves da divulgagao boca-a-boca que Jose Farias de Sousa, gerente de Seguros do Governo,.ficou sabendo do concurso de 1972.
Naqueia epoca, a maioria das pessoas que fazia o con curso era amigo ou parente dos funciondrios. Eu fiquei sabendo do concurso porque o primo do meu cunhado irabalhava aqui como dispcnseiro (funcionario que cuidava da dispensa do restaurante)."
Analista de Riscos e Sinlstros
Lilia Maria de Oliveira Gouvea 'i I Gerente de Documentagao e Informagao
Da esquerda para a direita: Sergio Santigo Leiie, Jose hanas de Sousa, Fernando Henrique Reis Couri e Lilia Maria de Oliveira Gouv§a
Jose Farias de Sousa
26 REVI5TAD0IRB RJ A.6A N.295 ABRIL2004 ABRIL2004 N.295 AM RJ REVISTADOIRB 27
Farias conseguiu aprovagao e entrou para a empresa no dia 1° de outubro de 1973."Eu nao tinha condi^oes de pagar um curso preparatorio na 6poca. Come estava servindo no Exercito, aproveitava para estudar no quartel,e fui repreendido algumas vezes por ser apanhado com meu material de estudo, ao inves de estar em servifo", lembra.
Ha 30 anos na empresa, Jose ftrias tern uma ligagao com a Casa que transcende o ambito pfpfissional. Foi no IRB que ele conheceu sua muiher. \
"Nds entramos no mesmo concurso e comegamos a trabalhar no mesmo departamento. Poucos dias depois do meu
ingresso, no dia do securitario, um grupo oi^anizou iim passeio para Cabo Frio. Eu e ela ficamos amigos, depois comegamos a sair e, finalmente, a namorar. Como a tumia era jovem, muitos casais se formaram naqucla epoca", recorda.
Jose Farias ressalta a importancia desse momcnto,em qu^ a empresa realizou um novo concurso pdblico,"Estamos nos preparando para receber os jovens, transmitir-lhes cultura, conhecimento, know-how. No passado, nos fomos recebidos por uma geragao que nos transferiu a cultura da empresa, dentro da realidade da epoca. Essa consciencia e muito importante", deslaca.
Maria Gracia Provenzano Coordenadora de Suporte de Sinistro e Premio
Atualmente, Maria Gracia Provenzano e a funcionaria em ath'idade com mais tempo de servifo no IRB-Brasil Resseguros S.A. Na empresa desde T de abril de 1963, iMaria Gracia nos conta:"Reccbi a noticia de minha aprova^ao no concurso e ftii chamada no dia do meu aniversario. Foi um dos melhores presentes que recebi na vida."
Economista e administrador de em{)resas, Sergio Santiago entrou para o IRB-Brasi! Re em mar?o de 1977, tendo passado pelas areas de Seguro de Credilo a Exporta^ao, Riscos Diversos,Cascos Man'timos,Aeronduticos, Riscos de Petrdleo, e atd mesmo pelo setor de Riscos Habitacionais. Durante o govemo Collor, a filosofia no IRB era que ninguem tinlia que ter experiencia para ocupar determinada I'ungao e, nessa epoca, Ser^o foi trabalhar na Gerencia de Riscos Habitacionais. Ao comentar sobre o IRB-Brasil Re e sua trajetdria pessoal na empresa, Sergio destaca tres momentos do passado recente como de grande significado.
O primeiro ocorreu quando assumiu a Gerencia de Riscos Financeiros, onde teve oporlunidade de desenvolver novas estrategias para o segmento, que resuitaram na obten?ao dos melhores resultados operacionais para o IRBBrasii Re em um determinado conjunto de ramos que apresentava ate entao resultados inexpressivos.
Em seguida, Santiago ressalta o papel quo o IRB-Brasil Re desempenhou face as fortes influencias decorrentes dos atentados terroristas de 11 de setembro: Considerando aquele cenario adverse, cabe ressaltar o papel de exlrema importancia do IRB, ponderando taxas inlemacionais com as domesticas, clevando os niveis de reten^ao e redimensionand(j os contratos com as seguradoras, visando neutralizar os impactos desses aumenlos no mercado brasileiro."
Finalmente, e com entusiasmo que analisa a alian^a estrategica realizada recentemente entre o IRB-Brasil Re e a Swiss Re no ramo Vida. Sfrgio Santiago adianta que o presidente Lfdio Duarte e o diretor comercial Luiz Lucena solicilaram concentrat;ao total nesse segmento, vislumbrando o grande potencial de crescimenlo para a area de resseguro.
Tambem para Sergio a sua reia^ao com a empresa tem motives especiais: e casado com a funcioniria Regina Li'icia da Silva Ribeiro. E conclui que, de um jeito ou de outro, tudo o que tem na vida foi proporcionado pelo IRB-Brasil Re,
Logo que entrou para a empresa, Maria Gracia Crabalhou na Secretaria da Dhlsao Vida e Acidentes Pessoai.s, onde ijermaneceu por 28 anos, at6 ser transferida para o De partamento de Incendio em 1991. Depois foi para a Gerencia de Processamento de Premio e,em seguida, para Ger&ncia de Processamento de Sinistro, onde hoje atua como coordenadora de Suporte de Sinistro e Premio, Foram muitos os momentos marcantes vividos dentro da empresa, porem ela gosta de destacar o penodo em que fechava o seguro da selevao brasiteira de futebol. "Perto da Copa do Mundo, criava-se aqui uma expectativa muito grande. Fic^vamos ansiosos esperando a primeira seguradora que nos faria uma consulta, assim como a que faria a primeira co]oca9ao", relembra.
Vandro Ferraz da Cruz Gerente de Estrategia
Para finalizar, Maria Gracia Proven zano acrescenta que "pela idade, o IRB e como se fosse um 'irmaozinho', po rem, em termos de vida foi um pai ou uma mae para mim. Por esse motive estou apegada a empresa at^ hoje. Temos que respeitar essa Casa que representou muito, nao so na minha vida, como na vida de todos que trahalham e ainda estao aqui. Gostaria que as pessoas que ingressarem atraves do pro ximo concurso honrassem esta Casa. como tantos ja o fizeram, pois e isso que engrandcce o IRB-Brasi! Re."
Vandro Ferraz Cruz pretendia ser jornalisla e chegou a iniciar a faculdade de Comunica^ao Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Mas ao mesmo tempo tinha passado no concurso piiblico do IRB, Durante alguns meses conciliava as duas atividades. Porem,em fun^ao de as aulas serem na parte da tarde, precisou optar e decidiu ficar so com o emprego."Comecei a trabalhar r.a empresa em 13 de abril de 1977 e fui logo para o departamento de Incendio. Ld fui chefe de segao, depois assessor da Divisao, chefe de Divisao. Sai por um tempo e depois voltei como chefe do Departamento.
Sobre a Gerencia de Estrategia, Vandro considera um setor que precisa cnxergar o fuluro com perspicdcia. lentanclo idenlificar oportunidades que surgem no mercado. Ele adianta que, no momenta, o foco esta nas areas do resseguro para previdSncia complementar e do seguro Agricola, que em breve deve ganhar inipuiso
com uma nova forma de opera^ao. Para OS novos colegas, Vandro destaca: "O IRB 6 uma boa Casa, que possui boa tecnica, com boa gente. Encontrarao uma grande oportunidade de formagao prcfissional. Juntos construiremos um mercado maior. melhor e mais forte."
Sergio Santiago Leite
Gerente Comercial do Rio de Janeiro
"Tudo que tenho na vidufoi o IRE que me froporcionou
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"O IREfoi um dos melhores presentes que recehi
"O lEE e uma boa Casa, que possui boa tecnica, com boa gente
28 REVISTADOIRB RJ A,64 N.295 ABRIL 2004 ABRIL 2004 N,295 A.64 RJ REVISTADOIRB 29
IRB-Brasil Re
RECONTANDO A HISTORIA
Os anais da histnria registram o nascimcnto do Inslituto de Resseguros do Brasil em 3 de abril de ]939, e falo. Mas c fato lambem que o IRB "nasceu" muito antes."Nasceu"quando a familia real se instalou no Brasil Colonia e o Prfncipe Regente autorizou comerciantes Portugueses a abrir uma segiiradora.
Com 0 inicio das atividades securilarias no pais, em 1808. tao logo o Brasil se tomou independenle. abriram-se as porlas do mercado scgurador, nao somente para companhias portuguesas, mas tambem para companhias de varias outras nacionafidades.
Naqueie momento, as seguradoras aqui instaladas nao cinham capacidade de assumir grandes riscos e as responsabilidades e divisas eram transforidas para as matrixes. For isso durante d^cadas, foi discutida a necessidade de se criar um organismo que se responsabiiizasse pela retcn(;3o de divisas e de lucros gerados peio segmento secutitario.
O que i:or muito tempo parecia Utopia, ganhou coqjo de forma mais consistente com a Assemblcia ConstHuinte de 1934, pois que tratava do tcma institui^ao de um ressegiu-ador oBcial sob
a 6dca da "nacionalizagao de empresas de seguros em todas as suas modalidades,devendo consdtuir-se em sociedade brasileira as estrangeiras que operam no Pals."
Claro estd que o objetivo maior semprc foi o fortalecimento da cconomia nacional. ncsse caso,primeiramente,voltado para tornar robusta a capacidade das companhias de seguro,isto e. nao bastava fazer suigir um ressegurador,
Ainda se cumpriram alguns poucos anos entre discussoes, concordancias e discordancias, tendo-se fixado,em 1937,como ponto basico,o principio do interesse do capita] para fins de nacionalidade de pessoa jiiridica de Dlreito Privado.
Dois anos depois. Getiilio Vargas institui o IRB. entregando a Joao Carlos Vita! a presidencia de uma sociedade de economia misia - 70% do seu capital perlenciam 3s instituii;oes de previdoncia social, na epoca constitufda de inslilutos, monlepios e caixas de aposentadoria e pensoes. e 30% correspondiam a participa^ao das companhias segu radoras nacionais e estrangeiras.
\ 01] WJJl'. .II'JLU milK
Da esquerda para a direita; Entrada Principal do edificlo-sede - 1949; Funcionarios pioneiros do IRB; Decio Vieira da Veiga, concursadc de 1939; Evento no Audltdrio Ttradentes
30 REVISTAOOIRB RJ A.64 N.295 ABRIL 2004
ABRIL 2004 N.295 A.64 RJ REVISTAOOIRB 31
CalendSrlo de mesa utilizado pelo presidente Joao Carlos Vital
I'.'V
Estatuto e Primeiros Concursos
0 Instituto de Resseguros do Brasil foi crisdo atraves do Decreto-Lei n° 1.186, assinado pefo presidents da Republics, Getulio Vargag. em 3 de abril de 1939.
Logo apos a promulgacao do'''\
- Decreto, foi iniciada a fase de organizapao e instalapao, que permitiu ao IRB enfrar em operacao no dia 03 de abril de 1960. A. administracao pioneira, sob ,q comando do presidents Joao Carlos
Vital, arregaqou as mangas para cumprir, principalmente. o primeiro paragrafo do artigo 63 do Decreto de criacao que determinava as seguintes missoes para o 1R6:
■ elaborar o anteprojeto de estatgtos e submete-los a aprovapao do Governo. dentro do prazo de seis meses;
■ realizar Inqueritos estatisticos sobre as operacoes de seguro e resseguro. a fim de dar bases racionais e estaveis ao funcionamento do Institulo;
■ organizar as instrucoes e normas para todcs os servipos;
■ estudar os contratos de resseguros e celebrar os que forem convenientes. apos a aprovapao dos Estatutos: e-
■ tomar as demais medidas convenientes a completa organizapao e instalapao do Institute ate o infcio das operapoes,
Como podemos notar, uma das tarelas mais importantes era elaborar o Estatuto. que foi concluido em 27 de novembro de 1939, e aprovado pelo presidents Getulio Vargas, Uma das primeiras funcionarlas concursadas e exi'mia datilografa, Dea de Carvalho Silva Palmeira, conta que ao ser incumbida de datilografar o Estatuto,furava as folhas de papel com agulhas "para ficar tudo certinho. com todas as pagmas datilografadas com as mesmas medidas".
Paralelamente, era precise preparar urn concurso para admissao dos primeiros funcionarios. Ainda sem sede-propria, o que so viria a acontecerem lOde novembro de 1962, as inscripoes para o concurso publico do IRB tiveram lugar no saguao do predio da Associapao Brasileira de Imprensa. Na epoca eram realizados dois tipos de concursos: o de primeira entrancia e o de segunda entrancia. Para o primeiro, dos 3.066 candidates, apenas 265 ccnseguiram ctassificapio. Entre eles estava Decio Vieira Veiga, admitido em 22 de novembro de 1939. Ate hoje ele guards com carinho seu cartao de inscrtcao no concurso, com foto 3x6, e os comprovantes de pagamentos de taxas de inscricao e de exame medico. A avatiapio de primeira entrancia objetivava preencher vagas para cargos auxiUares, enquanto que os que passassem pelos exames de segunda entrancia exerceriam funpoes de chefia, Ao serem admitidos, os primeiros funcionarios receberam uniformes com emblemas que estampavam o logotipo do IRB. As mulheres usavam vestidos e os homens urn paleto azul. 0 funcionario Joao Daniel de Pasctioa, 80 ancs, detentor da matrlcula n° 0018.3, se recorda, emocionado, que recebeu das macs do presidente Getulio Vargas sua roupa de trabalho.
Nao e demais afirmar que os astros se encontravam em conjugapao perfeita quando da criapao do IRB e da escoiha de seu primeiro administrador. Em um curto espapo de tempo, Joao Carlos Vila) liderou o processo de instalapao das primeiras atividades do IRB, realizando acurado trabalho de analise e estatlstica do mercado nacional de seguros. aiem de elaborar os Estatutos da empresa, de realizar o primeiro concurso pilblico, de discutir e proper os termos dos con tratos de resseguro.
Visando o desenvolvimenlo e a implantapao do resseguro Incendio. Vital levantou documentos e coletou dados para a compilapao das plantas de todas as capitals e prin cipals cidaJes do pai's, fomiou cadastro de logradouros de mais de I.OOO municfpios e editou o Manual de Resseguro Incendio, documento-chave para a classificapao de riscos do ramo Incendio.
Obsessao, perfcccionismo, compromisso com a missao que Ibe foi delegada. Podemos dizer que Joao Carlos Vital, o IRB e sua histdria sao uma coisa s6. Sob a lideranpa de Vital, o IRB iniciou suas atividades no mercado brasileiro dc seguros; buscando respeitar os legi'timos interesses reci'proco.s, tantodas seguradoras, quanto doresseguradorinstitucional, conibrme estabelecido no Decreto-Lei 1.186.
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GetCilio Vargas entrega medalhas aos funcionarios durante a comemoragao do primeiro aniversario do IRB
fe'tRANSPORTES E ACIDENTES
PESSOAIS - OS PIONEIROS
Para que a Divisac de Incendio do IRB pudesse iniciar as atividades comerciais, os tecnicos pionelros realizaram um levantamerito minucioso do mercado segurador, a fim de determinar os metodos, os pianos e as condicoes que entrariam em vigor a par* tir da implementacao do ressegurador nai cronal. Efetivamente, as operapoes no ramd Incendio tiveram inicio em 3 deafarilde 194ljjJ
Logo em seguida, em 1° de oulubro d( 1940. realizavam-se as pnmeiras opera: goes no ramo Transporles e. em abril de 1943, iniciavam-se as atividades referentes 30 ramo Acidentes Pessoais. No ano sej guinte.o IRB expandia sua area de atUapiol
Iricorporando a sua carteira de negficipi os ramosAeronauticos eVida,
O presidente Joao Carlos Vital foi responsavel pelos primeiros grands® passes do IRB para que se cumprisse o objetivo, sua razao de exist'^' regular as atividades de cosseguro, resseguro e rctrocessao e promovef" desenvolvimento do seguro no pai's.
Joao Carlos Vital e o IRB foram aldm — projetaram o Instituto Resseguros do Brasii como modelo de organizagao empresarial.
OS PRIMEIROS DEZ ANOS
Engana-se quern pensa que a atividade resseguradora e mondtonahistdria dos primeiros tempos esta af para comprovar. Claro que, naqi"^ le periodo, tudo era novidade. Novidade,criagao e implantagao.
Entao, de uma so lacada,e possi'vei dizer, a Revista do IRB 6 lant^' da e a Bibiioteca inaugurada. No piano tdcnico-operacional, a decad^ de 40 teslemunbou a implantagao e consolidagao das atividades ramos Incendio, fransportes, Acidentes Pessoais, Aeronduticos, Vid'' e Automdveis.
Considerando-se a epoca, a guerra, a inexistSncia dos recurso^ facilitadores tie informdtica, tao largamente utilizados nos dias d^ boje, foi um comego e tanto.
0 presidente Vital
0 primeiro presidente do IRB, Joao Carlos Vital, e lembrado por funcionarios que conviveram como ele como uma pessoa com grande capacidade administrativa e organizacional, que conseguiu implementar com §xito a tarefa de montar uma empresa que nasceu contrariando alguns interesses. principalmente os dos estrangeiros.
Um dos funcionarios-fundadores. Paulo Pinto da Motta
Lima Sobrinho(1915 - 19951, descreve em seu tivro Oh, meu IRB!, que o presidente Vital era como "um pai que distribuiu com justica. elogios, censuras. favores e puniCoes. A disciplina era rigida, mas o Chefao procurava, por outro lado." Inteirar-se dos problemas de seus comandados, ajudando a
resolve-los, inclusive quando de ordem financeira", Duice Torreao Dau, admitida atraves do primeiro concurso de 1939; e que chefiou o Servifo de Documentaijao e Arquivo, afirriia que o presidente Vital era uma pessoa sim ples, amiga dos funcionarios e que sabia ir direto ao ponto que podia ajudar as pessoas, Ja Emilia Gitahy de Alencastro. terceira colocada no concurso de 1939, e que exerceu interinamente a Presidencia do IRB, conta que Joao Carlos Vital era muito dedicado e tinha o habito de andar pelas s'alas, Dizia ele, continua Emilia, que "dar atengao aos funcionarios era uma forma de compensar as exigencias no trabalhc."
Provas de relatorios - gratificagoes gordas ou menores participa9des nos lucres
Uma das medidas mais pecuLiares e curiosas, implementadas pela primeira administracao, era a temida prova anual de relatbrio. Motta Lima relata em seu livro que no dia da famigerada prova, o IRB parava Inteiramente por muitos minutos [ou horas?l, Fiscalizagao a postos, todos tensos, de caneta em punho, comega-
va 0 suplicio. Eram muitos os quesitos e a memoria precisava funcionar legal, pdrque quern nao passasse na prova ficava para segunda epoca, Situagao vexaminosa essa, que ainda dava ao negligente funcionario 0 direito de ficar marcado pela
Administrafao- As melhores notas tinham a recompensa de gratifi-
cagoes mais gordas e os reprovados sofriam a pena de menores participacoes nos lucros Oswaldo Dias Martins, 90 ands, admitido em 6 de novembro de 1939, fazia parte dos que recebiam bonus mais generosos e afirma que "a prova de relatorio era um esltmulo para seriipre sabermos mais sobre o IRB."
JOAO Carlos Vital, as provas de relatorios e a equips feminina de voleibol
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Da esquerOa para a direita: Oswaldo Dias, Oulce Torrao Dau, Dedo Vieira Veiga, Joao Daniel Paschoa e Emilia Gitahy de Alencastro
34 REVISTA DO IRB RJ A.64 N.295 ABRIL 2004 ABRIL 2004 N.295 A,64 RJ REVISTA 00 IRB 35
Ao lado: Time de futebol que representou
0 IRB na r Olimpiada do Ministdrio da IndListria e do Com^rcio em setembro de 1978
Abaixo: Time de futebol das Olimpladasdos Servidores db~~ Brasil -1944
IRB NAS OlimpIadas
Ainda nos peimeiros tempos,aiguns irbiarios partidpavam das oiimpiadas dos funcionarios publicos. valendo (embrar que o evento esportivo teve lugar na qpoca do Estado Novo, no g'overno Getulic Vargas. ^geral, os atletas do IRS nao conseguiam grandes resultados, Talvez pelo perfil intelectual pretendldo e.gpurado no concurso publico. Mas a ' excegao ficou por conta do time feminino de voleiboi, que, alem de conquistar uma medatha de bronze, chamava a atenpao do publico masculi ne. Oswaldo Dias Martins, que era membro da equips masculina de volei boi, Lembra que "as funcionarias eram sifnpdtiGBS, bonitas e bem vestidas. Seusjogos nunca ficavam sem publico,' Aindasobrea equipefeminina de voleiboi, Motta Uma registrouque "quando nossas atletas Ireinavam, o ginasio ficava superlotado e a atividade do Forte Sao. Joao (local de treinamentol cessava por completo... Comandantbs e comandadosestavam de olhosvoltadospara as meriinasdo IRB... 0 que atraia a atengao era a beleza e a plastica de nossas atletas, efetivas e reservas. Os irbiarios do sexo forte ficaram bastante orgulhosos do sucesso de suas coleguinhas, mas tambim urn tanto enciumados, por que nao {jizer? E ao mesmo tempo encafifados por nio terem percebtdo, antes, tanlas
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0 IRB tambem foi pioneiro na concessao de diversos beneficios aos seus funcionarios; a gratificacao de Natal, precursora do 13° salario, e a instalacao de uma creche para os filhos de suas servidoras, para usar o termo da epoca.
Ser funcionario do IRB nesse periodo, considerado de ampla prosperidade, imprimia certo gismoura esta cafegoria de trabalhadores, Nao apenas pela garantia de estabilidade oferecida, porque isso os funcionarios publicos tambem tinham, mas porque desfrutavam do privilegio de estarem inseridos em uma empresa de administrapao arrojada, pre cursora, vanguardista.
Para os funcionarios que freqijentavam cursos superlores ou de idioma estrangeiro era oferecido horario especial de trabalho. A empresa dispunha de ambutatorio bastante bem equipado para atendimentos medicos, de um restaurante com amplas instalagoes, onde eram servidas duas refeicdes diarlas(almogo e lanche)e um centro de descanso e lazer.
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virtudes iriiguspi5itK,,g6^^^ppr've9tes in%dequadas."
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0 GLAMOUR OE SER IRBIARIO
IRP 1^' iW* ABRIL2004 NI.295 A.66 RJ REVISTADOIRB 37
Hora do lanche no restaurante do IRB
Engana-se quem pensa que a atividade
resseguradora e monotona. A histdria
dos primeiros tempos esta ai para comprovar
Em apenas uma decada, o IRB retem importante soma de capital, permitindo que 0 mercado brasiieiro de seguros se tornasse independenle das empresas estrangeiras, ^ medida que passa a colocar os excedentes no prdprio pafs. Colabora para o desenvolvimento das pequenas seguradoras, aprimora tecnicas e opcra^oes de resseguro, cria a carteira de Lucres Cessantes dentro da Divisao Inc6ndio.
Nao satisfeito, o IRB decide ocupar pontos estrat^gicos fora dos iimites da cidade do Rio de Janeiro: instala as sucursais de Beio Horizonte, Recife, Cu Bel^m, Sao Paulo e Porto Alegre.
Sem duvida, um comedo e tanto.
ACOMPANHANDO 0 PROGRESSO INDUSTRIAL 00 BRASIL
Para quem pcnsava que tudojd estava feito, o ano de 1950 se inicia no ritmo dos novos tempos de desenvolvimento da economia brasileira.
Enquanto os vefculos automolores passam a circularem maior niimero. o IRB dl a largada em suas atividades no ramo Automdveis. Ainda nesse mesmo ano come^am a.s opera(;oes nos ramos Lucros Cessantes, Riscos Diversos, implanta-se 0 seguro de Crddito (Quebra de Garantia) e a carteira de Riscos de Engenharia para a cobertura de seguros de Quebra de Maquina. E o IRB atento e acompanhando o processo de induslrializa^ao do Brasil.
Tinteiro de prata oferecido ao IRB por W//feResseguros por ocaslao da abertura do escrltbrlo em Londres
Responsabilidade Social e Primeiro Emprego
Meninos meninos. Alguns com apenas 12 anos. Outros. mais grandotes e desenvolvidos. com idade de aid 17 anos- A etes o IRB dava a oportunidade de ingressar no mercado de trabalho, em regime especial, desde que estudassem.
Chamados de mensageiros, executavam os services gerais na empresa. As vezes de garcom, de lelefonista pu de boy. Recebiam treinamento e educagao. segundo criterios disciplinares bastante rigidos, quase paramiUtares, diziam alguns. Os mensageiros eram o orgulho do iRB.
For serem o orgulho do IRB, nao podia haver descuidos; 0 chefe dos mensageiros providenciava alfaiate para execugao do uniforme, passava em revista 0 corte de cabelo e fiscalizsva sapatos. unhas e co.lannho, Em troca, digamos assim, esses meninos ostentavam comportamenlo exem plar. recebendo sempre muitos elogios na ■execucao das tarefas.
Muitos desses mensageiros prestaram concurso pubtico e se tornaram funcionarios efetivos do IRB, Varios deles se deslacaram como lecnicos. chegando a ocupar posigoes de destaque, ccmo a chefia do Escritorio do IRB em Londres, e, na Sede, as fungoes de chefe de Departamento e de Divisao, entre oulras, que tern correspondencia, atualmente. nas gerencias e coordenagoes.
Mensageiros: orgulho do IRB
■Tc iiMuicmtcoim-nM v^o.S''' -Sl^lS. .1 1.1 wmi •^■^e/a '•?,'<:• SEOURO MUTUO CONTRA.FOeO ~^U. ft QVT<fti«4P<ft. av' C-^ie ^r«W .jt.^:^''Zr:.zy..' ,..-,:x- -r. =F":* .1 Fi?V li.'' V'
Ap6lices das primeiras companhias de seguro
3B REViSTADOIRB RJ AM N.295 ABRIL 2004
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AnOS DE GUERRA E DE PROSPERIDAOE - DECADAS DE ^0 E 50
A segunda metade da decada de 40 e a decade seguinte continuaram a ser anos de muito trabalho paia os tecnicos do Institute. Iniciaram-se as atividades nos ramos Cascos, Automdveis, Lucres Cessantes e RiscoS Diversos. Em 1946, ao transmitir o cargo de presidente do IRB para o general de Exdrcito, Joao de Mendonga Lima,Joao Carlos Vital revelou que o IRB ja movimentava quantia superior a 600 milhdes de • cruzeiros e o numsro de seguradoras havia passado de 79 para 111, fato que dcmonstrava confianpa "na 3?ao propulsora do Instituto de Resseguros do Brasil, desmentindo de forma categorica, para sempre, os progndsticos sombrios de asfixia e de depauperamento do mercado segurador brasileiro com a intervenpao do IRB
Fundamental ainda foi o papel desempenhado pelo IRB na area do seguro e resseguro agricola: levantou dados, planejou e crtou condi^des para implementapao dessa modalidade em lodo o territdrio brasileiro. Assim que as normas para o seguro Agricola no Brastl foram eslabelecidas pela Lei n° 2.168, de 11 de janeiro de 1954 e para cuidar do desenvolvimento do ramo. no ambito do IRB, foi designado o tecnico Jo3o Jose de Souza Mendes como chefe da DivisSo de Seguro Agrlcola.
Rcssegurador oficial de um pai's eminentemente agri'cola, o IRB nao poderia deixar de oferecer garantias a agricultura nacionai, tanto assim que todos os esforgos foram feitos e realizados para estabelecer as condigoes de operar resseguro para esse segmenio,
Muitas outras questdes mereceram a atengao do IRB naqueie perfodo: as ativi dades voltadas para a liquidagao de sinistros, a expansao das representagoes regionals - foram inauguradas as de Manaus e de Salvador — o incremento de operagocs com o mercado extemo.
Em 1959, mais uma decada de exist'dncia se completava, e 1960 encerrava o perlodo, registrando plcno exito das atividades e operagoes do Instituto de Resseguros do Brasil.
Para quern pensava que tudo ja estava fefe, 0 ano de 1950 se inicta no ritmo dos novos tempos
de desenvolvimento da econornia brasileira
ANOS DE MUITAS TRANSFORMA?OES: POLfliCAS, ECONQMICAS E SOCIAIS
Final dos anos 50, ini'cio dos anos 60. Fidel Castro, Che Guevara. Beatles, os militates assumem o poder polftico no Brasil, Inserido no contexto, o IRB enfrenta os desaflos das transformagoes polfticas, socials e tecnolbgicas que se apresentam,instalando um Centre de Processamento de Dados,realizando dois concursos publicos e incrementando siia participagao na politica economica do governo com o exterior. atrav6s de iniciativas que resultaram na criagao de brgaos voltados para orientar, fiscalizar e asscssorar as operagoes do Consbrcio de Seguro de Credito e Exporlagao. Seguindo esse criterio, a estrutura do Instituto passou a coniar com a Superintendencia dc Administragao de Seguro de Credito e a Comissao Especial de Colocagao de Resseguros.no Exterior.
E nos anos 60 que a pubiicidade, feita por brasileiros, toma vulto, cresce e aparece. Talvez por isso, visando cuidar da prbpria imagem,o IRB cria o Servigo de RelagOes Publicas, que mais tarde passa por vbrias modificagoes e reestruturagoes, sempre voltado para os processes de comunicagao institucional.
Vale destacar para o pen'odo; criagao de um setor especifico para cuidar dos Riscos Rurais; alteragao no sistema de contratagao de segiiros de brgaos do setor publico; par ticipagao do IRB no Conselho Nacionai de Seguros Privadris; aperfeigoamento dos pianos de cobertura e de resseguros: desenvolvimento do intcrcambio de resseguros na America Latina, alraves da ALALC;e impianlagao de seguros em moeda eslrangeira.
DEcada DE 60PerIodo ATiPICO
lEntre 1961 e 1966, quatro presidentes administraram jo IRBr Emilia Gitahy
Ide Alencastro, Celso
I Dias de Moura, Oyama Pereira Teixeira
I e Marciat Dias Pequeno. Entretanto, ao contrario I do que se poderia
I eaperar, a empress jdeucontinuidade
I ao.s seus objetivos, registrando significative [.deMrivolvimento
S8nie6 e estrutu
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a REVISTADOIRB RJ A 64 N.295 ABRll. 2004
ABRIL 2004 N.295 A.64 RJ REVISTADOIRB 41
DECADA d6*^ESENV0LVIMENT0'
Estabelecido e fortalecido no merca do,0 Institute de Resseguros do Brasil registra o excepcional faturamento de US$ 50 milhoes em 1976, corrtra os US$ 400 mil obtidos em 1970. Presidia
|o IRB Jose Lopes de Ollveira, e duPante nove anos deixou sua marea na ad.ministrapao da empresa. Na Igastao de Jose Lopes, ganharam limputso OS ramos Vida em Grupp e icldentes Pessoais e houve a criacao Ida Divislo de Riscos de Engenharia.
|no Smbito externo.foram incentivados
TOcessos de fusao e incorporagao lai sociedades seguradoras e as 'elagSes do IRB com o mercado seguador se eslreitaram. Cumprindo seu lever de disseminador de conheciieotos, 0 IRB participou atWamente i.l Criapao da Fundapao Escola NaIdHal de Seguros - Funenseg e depidiu rftpliar sua ^rea de atuapSo interna;t&fiaL abrindo representa^bes em ipedfes e Nova lorque
O destaque maior e para a coordenagao da reforma da legislapao do Sistema Nacional dc Seguros Privados, que gerou a promulgaffiio do Decrcto-Lei 73/66,cm vigor qiiase na sua totalidade ate os dias de hoje.
A ERA DO MILAGRE ECONdMICD
Talvez a decada dc 70 tenha sido a que mais se aproximou clos primeiros anos de funcionamenlo do IRB, em termos de criapoes. implantagoes, transformapoes.
Com o proposito pernianente de fortalecer o mercado nacional do seguros, o Institute trabaiha no sentido dc inccntivar as fusoes e incorporagoes das companhias seguradoras, gerando para elas crescimento c aumcnto de patrimonio. Trabaiha ativamentc, ainda, para que f Fundagao Escola Nacional dc Seguros- Funenseg seja criada.
Do ponlo dc vista lecnico, tarifas foram racionalizadas pelo aprimoramcnto de coberturas e aiimento da capacidade de retengao. O IRB sc dedica com enfase a cxpandir o seguro pela sua massificagao.
Como pane da politica de descnvolvimenlo, o IRB se instala eiTi Londrcs, com o objelivo de aceitar colocagoes, al6m de se fazer repfcsenlar tambem em Nova lorque. Logo em seguida, os resultados aparecem: a accitagao dc negdcios do exterior aumenta significativamente e 0 faturamento da empresa passa da casa dos milhares para a casa dos milhoes. Nao e k toa que os anos 70 sao conhecidos como a dbcada do milagre economico, Muitas outras medidas foram adotadas em diferentes ni'veis. O fate ^ que,fosse no contexlo dos anos 40, 50, 60 ou 70. os ohjetivos do IRB sempre foram os mesmos: dcscnvolver e fortalecer o mercado de seguros e resseguros do Brasil.
Em 1979, 0 IRB passa para a responsabilidade do Ministerio da Fazenda, e nao mais do Ministerio do Trabalho, da Indostria e do Com^rcio. Apesar de o mercado internacional estar em crise, o IRB se manteve firme em seus iiegocios na deca de de 80, consolidando ainda mais seu papel de ressegurador nacional. Marcada mundialmente por mudancas
economicas significativas, a decade de 90 extgiu das empresas uma enorme capacidade de adaptacio a nova realidade.'Para 0 IRB nao foi diferente. Adere ao programs de demissao de funcionarios e ve aprovada a Emenda Constitucional n° 13.que permitea oulros resseguradoresoperarno Brasil e.que transfcrma o IRB em uma sociedade porapoes.com gestao compartilhada entne
governo federal e seguradoras. Nos ultimos anos, os resullados financeiros comprovam que a empresa ainda e urn dos destaques da economia brasileira. Em 2001 0 faturamento alcancou R$ 1,7 bilhao. Ja no ano seguinte o resultado chegou a marca de R$ 2,4 bithoes e no ano passado apresentou crescimenlo de 17%, 0 que signlficou, em cifras. R$ 2.8 bilhoes.
1980, 1990, 2004
Os cenarios nacional c internacional, em varios pianos, passam a interferir seriamente no desempenho do IRB, As crises economiciis mundiais, o processo de globalizagao, a tendencia do modelo econSmico imposto pelo fim da Guerra Fria e os permanentes conflitos no Oriente Mbdio e no Leste Europeu vem impondo graves dificuldades para os pafses em desenvolvimento.
Para o IRB-Brasil Re, lemos certcza, e apenas mais uma etapa a veneer. Afinal, uma empresa que construiu sua histdria Pincada em bases sdlidas, com dedicagao e convicgao de propdsitos, nao se verga tao facilmente.
Em 2004, criado c devidamcnte implanlado, o IRB-Brasil Re tern pela frente o desafio de se adaptar nova realidade sem se desviar de seus ohjetivos, Por isso, como foi dito com lanta propriedade por Aluisio Cabral, funcionario aposentado do IRB, e tomado emprestado por nos para esta materia, nao ha nem pode haver monotonia na atividade de resseguro. Nao nem pode haver monotonia para o IRB-Brasil Resseguros S. A.
IRB Brasil Resseguros S.A.
Do MIC PARAA Fazenda
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Edificio Joao Carlos Vital MODERNIDADE
COM LEVEZA
O momento historico da construfao do predio do antigo Instituto de Resseguros do Brasil. o IRB, nao poderia ser mais nacionalista. Em 1939 come?a a li Goema Mondial e Geliilio Vargas, no poder, desde 1936,empresta apoio aos Aliados. Tropas brasileiras vao a guerra e, na Italia, tomam o Monte Castelo. Francisco Alves. a Voz do Rddio. grava Acjuarela do Brasil, de Aiy Barroso,can^ao popular que projeta o Brasil mundo afora. tomando conhecidos nossos coqueiros, nossas "fontes murmurantes", nossa "terra de samba e pandeiro". Em 1939, ainda, Carmen Miranda nao fica atras: mostra para a industria cinematografica americana"O que 6 que a baiana tern?"^ nesse cenario de exalta?ao de valores e de riquezas nacionais que o govemo de Getulio Vargas institui o IRB, e o Brasil. em diversas dreas, cria novos parametros de produeSo, em conformidade com movimentos internacionais de inteiectuais e de artistas de vdrios g2neros.
Assim, no campo da arquitetura, o Brasil abre as porlas para a modernidade. O Estado Novo de Vargas e o govemo de Henrique Dodsworth (1937/1945), na esfera municipal, valorizam o urbanismo e o tra^ado mais arrojado. principalmente na cidade do Rio de Janeiro, que teve a drea do centro remodeiada, mais precisamente o bairro do Castelo,onde antes existia o Morro do Castelo.
Nessa regiao, entao, sao erguidas grandiosas constru^oes para abrigar, por exempio, os Minist^rios da Fazenda e do Trabalho, si'mbolos de uma era — nacionat, patronal, de grandes reformula^oes na espera iegislativa, executiva e economica.
Edffcio-Sede-1942 IS?
REVISTAOOIRB RJ A.64 N.295 ABRIL 2004
A utilizagao de brises, panos cegos, elementos curvos e assimetria, calculada com rigidez, dao ao conjunto efeito.de muita leveza
Pois muito bem,e na drea do Caslelo,aterrada cm ]941, onde antes havia nao s6 ^guas, mas tambem os ventos do mar, qiie o IRB finca suas estacas. Peias macs e genialidade dos irmaos Roberto.
Arrojado como a propria concepfao do IRB, o Ediffcio Joao Carlos Vital sal da pena para o concreto ostentando logo de cara o destemor de sens propdsilos: estava la, de frente para a Bafa, peito abeno por assim dizer, portas (elevadores c escadas) desembocando diretamente na cal^ada. Como era isso?
Para quern quiser imaginar, e muito ficil. Basta comparecer ^ Avenida Marecbal CSmara, 171.A "cerca de vidro" nao existia. Alias,e bom dizer que a"cerca de vidro" 6 apenas sinal dos tempos c jamais o esmoreeimenlo dc coragem. acrcdilem.
De frente para ela, o visitante turioso com facilidade concluird que o elemento principal desta entrada e a escada helicoidal (em forma dc belice e, portanto, curva), tnda em mdrmore bege e que leva ao mezanino,onde se cnconlrava originalmente o hall de accsso ao predio. Elemenlo de maior destac[ue na entrada do edifi'cio, a escada possui, em seus corrimaos, barras de a^o-carbono prelo, que conlrastam, na altura das maos, com o brilho dourado do metal.
A id^ia era aprovcitar a passagcm dos pedeslres. Da para imaginarr Agora, imaginem os irons vcnlos soprando, as funcionarias-maes chegando em condu^ao da prdpria empresa, conduzindo seus filhos para a crecbe.
E ou nao d.para a gente se trrgiilhar?
Caracterlsticas do projeto
Projclado com 11 anclarcs em urn prisma de base retangular com aproximaclamentc trcs ]X)r unidade, por duas de altu ra: 20X 57X 38 metres,tinha uma grande abertura na fachada fronlal, hoje cercada por Vidros, conformc jd mencionado. Semelhantc em muitos aspectos ao pr6dio da Assocla^ao Brasileira de Im-
prensa-ABI.o do IRB aprcsenla blocos arquiieConicos elementarcs com tratamenio das fachadas recheadas de coroamentos,sistemas de protc^ao contra raios solares,que lembram grandes esquadrias. A uliliza?ao de brises, panes cegos,elementos curvos e assimetria,calculada com rigidez,dao ao conjunto efeito de muita leveza, Outra caracteristica notavel do edificio e marca da arquitetura da decada de 40sao os pilares cilrndricos internos e cxternos do pr6dio.que criam ambientes e,quando nao,os dividem.
Para quern nao conbece o Ediffcio Joao Carlos Vital, temos certeza ttuc estao senlindo falta de alguma coisa. Jardins? Acertamm. Havia dois e foram projetados por ninguem menos que Roberto Burle Mant.0 primeiro, instalado na lateral, bem ao largo da Avenida Franklin Roosevelt,serve como elo de liga^ao entre os espa^os interno e extemo. Quern transita pela escada na atual portaria do predio, o r e pelos vidros. Os canteiros verdcs com folhagens e palmeiras foram instalados na propria cali;ada de pedras portuguesas cm forma de ilhas sinuosas.
O ouiro, concebido pelos irmaos Roberto, levava apenas a assinatura de Burle Marx,e eram jardins "suspensos ja que se situavam no decimo andar do predio, onde, ate meados da decada de 1990,funcionava a crcche do IRB.De tao lindo, as gar(,'as faziam ponto.
Hoje.ja nao se veem mais gar^as. Os paineis dc pastilhas. que enfeitavam as paredes do terra^o, de autoria de Paulo Werneck, foram removidos, provavelmente no final da decada dc 60.
Desde enlao, muita coisa mudou. O Brasil inclusive. No caso do IRB, modificatoes, afirmamos. ocorreram apenas na parte ffsica da empresa. Porque a alma do Insliluto de Hesseguros do Brasil, ah, csta se mantem intacla.
OS IRMAOS ROBERTO:
Em 1941. Maurido Roberto 11922 /19961. um dos tres emes da equips MMM
Roberto - os cutros dois eram Marcelo
Roberto (1908/1964) e Milton Roberto 11914/1953) - forma-se e se junta aos irmaos, arquitetos renomados, e realiza 0 projeto para o edificio-sede do Instituto de Resseguros do Brasil,
Os irmaos Roberto foram influenciados por Le Corbusier. que pregava uma arquitetura pratica e economica,de vo lumes puros, onde os adornos deviam ser reduzidcs ao minimo.
Outros projetos do escritorio MMM
Roberto Arquitetos:
■ Ediffcio-sede da Assoclagio Brasileira de lirprensa, ABI - Centre - RJ -1936
■ Aeraporto Santos Dumont - Centra - RJ -1937
■ Coldnia de Fdrias IRB - Alto da Boa Vista - R)-1943
■ Edilicio das Segiiradoras• Centra - RJ -1949
■ Editicio Marques do Herval - Centra - RJ -1952
■ Academia Brasileira de letras - Centra - RJ -1972
Antigo terrago comjardim projetado por Burle Marx
Fonte- -Os IrmSos Roberto e o IRB - Elementos de sua arquitetura', de Luiz Felipe Machado Coelho de Souza. Mestrado em Histbria e Teoria da Arquitetura - UFRJ novembro, 1996.
46 REVISTADOJRB RJ A.64 N 295 ABRiL 2004 ABRIL 2004 N.295 A.64 RJ REVISTADOJRB 47
IRB Brasil Resseguros S.A, IRB-Brasil Re PELAS EMPRESAS AMIGAS
Ha anos o IRB mantem solidos vinculos de relacionamento no mercado em que atua
EMBRAER
"A rela^ao entre a Embraer e o IRB-Brasil Re existe desde 1979. E uma parceria que sempre fiincionou e nunca rivemos problemas na obten^ao das coberturas de seguros necessarias nossas opera^oes.A principal vantagem de contar com urn resseg^dor nacional e a garantia de obten^ao das coberturas no tempo correto com grande compreensao sobre as necessidades da empresa. Atualmente,contamos com a prole^ao para os Riscos Operacionais, seguros de Aeronauticos e tambem para Responsabilidade Civil de Produtos, prote9ao destinada a garantir mais de 5.000 aeronaves cm operagao peio mundo. Mesmo que aconle^a a abertura de mercado. pretendemos concinuar essa parceria que, historicamente, tern assegurado iradi^ao e confian^a nas opera9oes de seguro da Embraer. Nao e qualqucr empresa que completa 65 anos de existencia em um mercado tao competitivo como e o mercado de resseguros. Parabens ao IRB-Brasil Resseguros!"
Cesar
Companhla
Vale do Rk>
0 IRB Brasil Re representa urn importante parceiro no mercado de resseguros,interlocutor dos interesses do mercado consumidor brasileiro de seguros e resseguros. e importante drgao regulador, possuindo uma visao ampla e urn profundo conhecimento do segmento em que atua. Tern como principal vantagem o gtande conhecimento das diversas opeta^oes em todos os ramos do mercado nacional, o que Ihe permite atuar parcial ou totalmente na maioria das opera^oes.
Uma outra vantagem da empresa e sua participa^ao exclusiva no mer cado nacional, o que Ihe proporciona uma "biindagem" contra os sinistros de grandes proporfoes ocorridos no mercado internacionai.
Parabens pelos 65 anos e felkidades no futuro que se aproxima."
Fablo Barbosa, Diretor Executivo de Finangas da Conpanhia Vale de Rio Doce
L I D E R
"Desde a funda9ao da Uder,enxergamos no IRB-Brasii Re um parceiro de negdcios. Sao 45 anos de relacionamento, dividindo o risco e partiIhando tamb6m do sucesso da polftica de seguran9a de voo implantada em nossa empresa.
Ao longo de todos esses anos, temos recebido aten93o e atendimento preferencial por parte do IRB. o que torna nosso vinculo ainda mais forte. Achamos de fundamental importancia a existfincia de um ressegurador nacional, pois acrediiamos cm sua capacidade de agregar valor ao mercado. Afinal, quern conhece de perto e detalhadamente seus clientes tern melhores condi9oes de oferecer uma prote9ao adequada, cobrando 0 pre9o justo.
Parabenizamos o IRB pelos seus 65 anos de vida, e esperamos que ele cres9a ainda mais, consolidando a qualidade, a agilidade e a solidez que tanto valorizamos."
v.
Carlo
Carvalho, Gerente de Seguros e Riscos da Embraer
48 REVISTADOIRB RJ A.64 N,295 ABRIL 2004 ABRIL 2004 N.295 A.64 RJ REVISTA DO[RB 49
Eduardo de Pereira Vaz, Diretor Superintendente da Uder Taxi A^reo
ECOVIAS^
SIMIORANTES iSSil
0KoiETcente
"As empresas concessionarias de rodovias, criadas a partir dos Programas de Concessao de Rodovias Federal e Estadual, na decada de 90, assumiram um desafio einpresarial, ao assinarem seus contratos com o Poder Concedente, visto tratar-se de um ramo de negocio praticamente desconhecido no Brasil. No momento em que buscaram proteger seus empreendimentos, atrav6s de contratos de seguros, contaram com o apoio c a experiencia do IRB-Brasil Re, um ressegurador nacionai que soube dimensionar o desafio que todos estavam enfrentando. A abertura de mercado deve ser vista como algo muito saudavel para todos. O reladonamento que a Ecovias manteve ate hoje com o IRB-Brasil Re,sem duvlda, o colocara em posi^ao privilegiada quando houver necessidade de se identificar no mercado a empresa que ofereceni as garantias para os nossos seguros. O Instituto estd comemorando 65 anos de existencia. Por si s6 esta e a comprovagao de que, durante sua existencia. atendeu as necessidades do pai's nas questoes de resseguros. O estagio atual de competencia de seus inte grates e a forma difcrenciada como vem sendo administrado nos levam a crer que ainda vamos comemorar,juntos, muitos outros aniversarios."
E se 0 IRB nao existisse?
LUCIO MARQUES*
No ano em que o Instituto de Resseguros do Brasil, IRB-Brasil Re, se prepara para comemorar 65 anos, Vale ria fazer a pergunia-tltulo?
Alguns poderiam dizer: — teria sido otimo. Outros:- teria sido pdssimo. Enfim, nao conseguiriamos unanimidade. Entendo que e, portanto, um assunto polemico, mas sem duvida alguma e de suma importSncia pnra o mercado de seguros no Brasil, esta comemora^ao. Senao, vejamos. A Historia do Seguro no Brasil pode ser dividida em tres perfodos:
IMPEIRIO Basicamente centrava-se nos chamados seguros de riscos marltimos
REPUBLICA Quando foram criadas varias sociedades do seguros
ODEBRECHT A oi^aniza9ao Odebrecht,atraves da sua corretora responsavel pelo gerenciamento de riscos OCS, tern com o IRB-Brasil Re uma rela^ao de longo pra^o, consolidada nos ullimos 25 anos de sinergia opcracional, com um hrstonco relevante de troca de experiencias inovadoras, O crescimento,e diversifica^ao no selor de Engenharia & Constru^ao, sempre executando obras dcsafiadoras de grande porte, tanto no Brasil quanto no exterior, o tempo todo contou com o suporie tfcnico e operadonal do IRB-Brasil Re no gerenciamento do nsco, na contrata^ao de coberlura de seguros diversns e na estrutura^ao de garantias. O IRB-Brasil Be e um parceiro estrat^gico e sinergico no processo de enfrenlamento e supcra^ao dos nossos grandes desafios.
O IRB-Brasii Re detem profondo conhecimento das caractensticas do nosso mercadrr e do mercado intcmacional e,com seriedade e competencia,traz para 0 no.sso cliente as melhores condigoes existentes de cobeituras. Parabenizo a Presidencia e a Diretoria pelo significado da data e pelo apoio quaiificado ao processo de desenvolvimento da economia nacionai."
ESTADO NOVO Quando ocorreu a regulamentagao do resseguro
Em 1808, foi estabelecida a Companhia de Seguros Boa Fe - primeira sociedade autorizada a funcionar no Pals. Em 10/12/1901, atraves do Decrelo 4.270. conhecido como "Regulamento Murtinho", o Ministro da Fazenda, inspirado em modelos adianiados da Sufga e da Alemanba. promulgou em 1915 a sua Lei de Seguros, na qual mostrava a necessi dade de fiscalizagao, bem como do ievantamenio das colunas basicas do Instituto do Seguro no Brasil. Vdrias questoes, criticas e discuss5es foram levantadas no pen'odo, sendo uns contra e outros a favor de um regulamen to que tratasse do setor de seguros e de resseguros. Um aspecto interessante a ser mencionado, e que nao sei se foi no termino do prazo, visto e ampliaclo, conforme determinava o instrumento legal, pode ser enconlrado no Capi'tuio L "Da sede e objeto do Instituto", em seu art. 15, que deter-
minava:"O Prazo de dura9ao do Institute) e de 50 anos, prorrogavel por ato do Governo." Sera que foi ?
Nesscs 65 anos de existencia. creio que o Instituto dc Resseguros fez muito pelo mercado e tern mais creditos do que debitos em sua prestaqao de contas. Nao se trata de discutir se deve ou nao ser floxibili/aKlo on extinto o monopolio do resseguro, mas sim, tudo de positive que o mercado de seguros conseguiu na parceria com o Instituto.
Irineu Berardi Meireles, Vice-Presldente Executlvo da EcoRodovias, empresa conlroladora da Concession^ria Ecovias dos Imigrantes S.A.
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V, 50 REVISTADOIRB RJ AM N.295 ABRIL200<i
Marcos Lima, Diretor Geral da OCS•Odebrecht Corretora de Seguros Ltda,
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ABRIL 2004 N.295 A.64 RJ REVISTA DO IRB 51
INSnmO DE RESSEGUROS DO BBWSIL ATIVO
TITULOS DE RENDA:
Oivida PCiWica Int. Federal
Dfvida Puitrlica Int. Estadual
DEP6SIT0S em DINHEIRO:
Bancos CauijSes CAIXA:
CONTAS CORRENTES:
Sociedade de Seguros Representantes
Diversos
CONTAS DE REGUIARIZAQAO: Juros a Recet5er Prgmiosde AcellafSo a regularizar ComissSes de Retrocessao e partcipa?oes, a regularizar-
BAUN^O GER,\L EM 31 DE DEZEMBRO DE 1910
RESERVAS TItCNICAS: RIscos nao expirados Slnjstros a Liquidar ContingSncia
DEPQsnOS EM DINHEIRO: Soc. c/Retenpaode Reservas Soc. cyDepdsito para Capital
COiNTAS CORRENTES: Sociedade de Seguros Diversos
C0AT/t5 DE HECUDKIXAfliO; Conlas a pagar Pr§mios de Retrocessao a regularizar— Comissdes de aceitafAo e participajSes, a regularizar
FUNDO ESPECIAL De organizagao de outrcs ramos (art. 1(D9, §1,° alinea a dos Estatutos)
BONIEICA0ES ESTATUARIAS: (Art. 109, alfnea cdos Estat.)
DIVIDENDOS l.'''Dlvidendo-1940-8% (Art. 109, allnea bdos Estat.) Sub-total
SVPLEMENTAR: (Art. 109, alfnea a dos Estat.)
demonstraqAo do RESULTADO DOS EXE^CfClOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO (Em milhares de reals; exceto o lucro Hquido por a?ao, em reals)
2CXI3 2002
prEmios
Premios emilldos de resseguros
Premios retrocedidos
Varia?ao da provisAo de prSrrlos nSo ganhos
PrAmios ganftos
SINISTROS
Sinistros
Recuoera?ao de sinistros por retrocessao
Variafao da provisao de sinistros a liquidar
DESPESAS DE COMERCIALIZACAO
ComissSes sobre prSmios de resseguros
ComissSes sobre prSmios retrocedidos
Varla^ao das comlssBes diferidas
OUTRAS DESPESAS OPERACIONAIS
• Lucro operacional Escrltdrio Londres
• Outras receitas operacionais
RESULTADO OPERACIONAL DESPESAS AOMINISTRATIVAS
• Pessoal
• ProvisSes
• Outras
DESPESAS TRIBUTARIAS
• Cofins
• Pis/Pasep
• Cpmf
• Outros
Tambem interessante e analisar o que os resultados, ababco descritos, revelam. isto e, a situagao do se^ro em cada uma das tases pela qua! passou o mercado de seguros.
Quando se instalou em 1904, a In.spetoria de Seguros apresentava o seguinte quadro;
Em 31/12/1905 havia 36 sociedades nadonais e 13 estrangeiras. Possufam o capital nominal de 49.960.000$000 e o realizado de 20.531.435$000. As reservas montavam
9.178-755$934. O passivo era de 61.237.960$155. Existiam os ramos de Terrestre, cujos premios arrecadados eram de 7.559.129$305 e no Maritime 6.319.750$660, scndo pagos 3.756.528$881 em sinistros terrestres e
2.883.869$230 em sinistros maritimos.
Existiam 05 Companhias de Seguros de Vida, das quais apenas a SulAmerica era anonima. Os premios eram da ordem de 11.081.649$()39 c os sinistros pagos
2.873.524$267, Em 19.32, ano em que o seguro entrou em uma nova fase
DEMONSTRAQAO DAS ORIGENS E aplicaqOes de RECURSOS EXERClCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO Em milhares de reals)
2003
J. VlTAI.-President''
dc descnvolvimento, em virtude da imiformiza^ao dos preceitos quo sujeitavam todas as sociedades de seguros existentes no pat's a um mesmo regime de fiscaiiza9ao, fossem nadonais e estrangeiras, de identica modalidade, havia, operando nos ramos elemenlares, 35 sociedades nadonais e 28 estrangeiras. Os prSmios arrecadados naquele ano foram da ordem de 95.944.063$000. Naqucla 6poca, jd existiam 08 seguradoras de Vida. Sete anos depois, em 1939, depois da instituigao do regulamento n" 21.828, e 35 anos ap6s a cria^ao da Inspetoria de Seguros, o quadro era o seguinte: tinham passado de 36 para 58 as companhias nacionais e de 13 para 33 as estrangeiras. Os premios recebidos tinham passado de 14.399.554$672 em 1905 para 22.805.1405500 em 1913. As reservas tecnicas passaram para 490.344.3295400 e as outras reservas atingiram o patamar de 77.504.8645800.
Mas, atd tal data nenhurna provid@nda concreta havia sido adotada em rela^ao ao resseguro. Comentava-se na epoca
RESULTADO FINANCEIRO
• AplicafOes financeiras e investimenlos
• Juros sobre parcelamenlo de prSmlos
• Variafoes camblals e monetArias
• Reten?5es de provisoes tOcnicas
• Reverio/constitui?aode provisao
para perdas
• Outras despesas financeiras
• Juros sobre o capital prOprio
LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA, DA CONTRIBUICAOSOCIAL E DA PARTICIPACAO NOS LUCROS
Despesa de impostc de renda e contrlbuigao social Recelta com imposto de renda e conlribui(;3o social diferlda ParticipafSo nos Lucros
Lucro antes da reversSo dos juros sobre capital prdprlo
Reversao dos juros sobre o capital prbprio LUCRO LlQUIDO DO EXERClCIO
Quanlidade de afdes em circulagao
2.876.786 446.432 (213.725) 40.407 (6.347) 266.767 70.000 336.767 LQOO.OOO 336,77
(1.368.027) Das opera;oes: (77.028) Lucro llquido do exerclcio
1.009.077 Receitas e despesas que nao afetam o capital cireulante:
(1.259.938) Deprecia^oes 727.406 Resultado de equlvaigncia patrimonial (245.797)
(778.329) De outras fontes:
RedufSo do realizlvel a longo prazo (154.934) Aumento do exiglvet a longo prazo
51-817 Actescimo patrimonial recuperagao 11.340 do I.L.L./Flnsocial (91.777)
Total das origens de recursos (75.066)21.819 APLICACOES de RECURSOS; (53.247) Aumento do realizdvel a longo prazo
85.724 Varia?aa do alivo permanente
Dividendos /Juros sobre o capital prdprio (59.505) Reserva de capital - incentives fiscais (25.040) Ajustes de exerclcios anteriores (35.754) Total das apilcagSes de recursos (120.299)
VARIAgAO NO CAPITAL CIRCULANTE:
(7) (57.695)
No
Inlcio do exercioio
Total
CONTAS DE
B.
em custodia
OUTRAS CONTAS: BIbiloteca Mdveis, Maquinas e Litensllios D6bito 62B;595$9 - Deprec. de 20% 125:719$2 Despesas de Organlzagao DabitO 1.169;044$4 - Amortiz. de 20% 233:808$9 Material de Consumo {stock)
do ativcr
COMPENSACAO:
do Brasll c/Tftulos
PASSIVO 7.245:900$0 10.878:066$1 18.1'23:966$1 1.408:101$! 2;507$0 1.410:708$! 6:983$2 3.405:101$4 ll;040$e \ 1;290$0 •.3.417:432$0 3^:86,5$0 5.800:000$0 2.192:789$7 8.361:654$7 38:836$7502;876$7 935:235$5 46:929$3 1.523:878$2 32.a44-6?7t? -V 20.41 ItBOOSO
CAPITAL REALIZADO: Subscrilo 30.000;000$0 A reallzar -■ 15.004:000$0 RESEHVA
Total
CONTAS
COMPENSAQAO: Tflulos depositados 4,2iO:219$4 1.113:391$9 280:681$3 704;805$3 137:750$0 1.249;431$6 13:394$3 22:749$6 4.970:000$0 2-757:901$2 14.995;000$0 477;659$5 5.604;292$6 842:655$3 1.262r825$9 7.750:650$8 ]46:407$6 564:550$6 1.199:6g0|g 17,370:96218 15.473.;659g 32.844:622g 20.411:800$9
do Passivo
DE
Edgard Migueinle Vitmna - Chr-.fir iJa Cnntaiioria - C-P. 58.292 - S. 21
Lucro Ifguido por a^o (1.609.763) (18.586) 1.248.437 (1.153.718) 658.611 2.641 (492.466) (176.333) 55.248 7,314 (113.771) 39.046 13.489 52.535 694.735 (67.499) (63.748) (34.519) (155.766) (39.947) (8.655) (5.944) (7) (54.553) 259.358 59.543 (316.040) (3.210) (3.580) (8.204) (93.958) (106.091) 368.325 (131.452) 1.526 (4.371) 234,028 93.958 327.986 1,000.000 327,99
2.454.132 ORIGENS DE RECURSOS:
245.304
exerclcio 44.692 383.490 Passivo cireulante: (1.150) No inicio do exerclcio No fim do exerclcio (41.736) (21.898) (70.000) Aumento (diminulgao) do capital cireulante 538.702 327.986 1.734 7.373 337.093 946.465 118.297 1.064.762 1.401.855 5.881 155.793 2.303 55.362 219.339 1.182.516 2.294.906 3.281.310 986.404 2.555.321 2.369.209 (196.112) 1M82.516 2002 336.767 1.440 (11.247) 326.960 4.940 11.858 16.798 343.758 769.146 2.749 165.894 937,789 (594.031) 2.116.913 2.294.906 177.993 1.793.297 2.565.321 772.024 (594,031)
nolas explicativas
52 REVISTAOOIRB RJ AM N.295 ABRIL 2004 ABRIL2004 N.295 A.64 RJ REVISTA DO IRB 53
Aumento (dimlnuijao) do capital cireulante (42.039) (9.108)
(6.541)
Alivo cireulante;
No fim do
As
s3o parte inlegrante das demonslracSes contabeis
que a ausencia de um oi^nismo regulador direto dessa atividade era notada como uma lacuna propi'cia ao enfraquecimento da economia nacional.
O movimento de resseguros passives em nosso meio era, com efeito, apreciavel, Vinha aumentando como conseqiiencia do desenvolvimento do se'guro em proporgoes expressivas.
Entao coube ao govemo criar um orgao regulador da atividade e que encerrou seu primeiro ano de trabalho com indices que revelavam a compensa^ao do esfor^o empregado.
Em trecho do relatorio apresentado ao Ministro do Trabalho, Indiistria e Comercio peio Presidente do IRB na epoca, apos um primeiro periodo e f^ncionamento do Institute de Resseguros do Brasil, nota-se que apesar das dificuldades encontradas o otimismo wa visivei, senao vejamos:
"As dificuldades que se apresentaram ^ organizagao e funcionamento deste Instituto, alem das de carater puramente lecnico inerenles as compJexas questoes de seguro e resseguro, foram, principalmente, as que decorriam do ambiente de incerteza e desconfian^a por parte das sociedades seguradoras e que tivemos de enlrenlar. Afastadas essas, apds um periodo de enlendimenlos reciprocos e passados os primeiros meses dc tra balho em comum,conseguimos estabelecer um campo favoravel ao nor mal desenvolvimento das opera^oes. Pela exposi^ao, quadros e tabelas que adiante se encontram verificara Vossa Excelencia, Senhor Ministro, que, cm nove meses apcnas de opcra^oes, conseguiu o Instituto reter dentro do
avessos mudangas, nao podemos negar que 0 IRB tern mudado e muito, mas para melhor
Pais cerca de 90% dos premies de resseguro-incendio, sem abalar o mercado segurador, antes, aumentando-lhe 0 campo de a^ao, Se esse resultado, do ponto de vista da defesa da nossa economia, € verdadeiramente confortador, e deve satisfazer plenamente aos objetivos do Governo, nao menos o e sob o aspecto financeiro. pois com partes, apenas, de um exercicio, pode o Instituto constituir todas as reservas tecnicas, estatut^nas e especiais, remunerar com o dividendo mdximo seus acionistas, amortizar as despesas de organiza?ao e instala^ao e conceder as bonificagoes previslas nos Estatutns."
E c de se ressaliar que, conlbrme consta do relalo supra, ja existia uma ]jreoc.upa^iIo de se trabalhar em conjunto, com enlendimentos reciprocos enlre
0 IRB e 0 mercado de seguros,e que, ao longo dos anos, principalmente o IRB procurou se adaptar as condi^oes do mercado,abrindo suas porlas para negociar contratos e condigoes especificas para um mercado altamente competitivo.A mudanga esta em toda parte, eu ja escrevi sobre isso. e acho que apesar de sermos avessos as mudangas, nao podemos negar que o IRB tern mudado e muito, mas para melhor. E com isso quern ganha e o mercado como uni todo. So para termos uma ideia da grandiosidade do mercado de resseguros, em numeros, transcrevo nas p.iginas 52 e 53 um quadro comparativo entre o baiango geral encerrado em 31/12/1940 e 0 encerrado em 31/12/2003, dan^o OS parabens ao IRB Brasil Re pelos seus 65 anos de existencia, que dcmonstram maluridade e profissionaliS' mo, alem de estar o IRB buscando oferecer ao mercado ncgbcios que at^ entao Ficavam restritos ao mundo dos grandcs rcsseguradores. Portanto, se o IRB nao existisse, o nosso mercado teria sido o mesmo? Teriamos conseguido superar as adversidades da dpoca? Independentemente das respostas, creio que o papel do Instituto foi relevante durante esses 65 anos, de forma preponderante no que diz respeito ao relacionamento entre as pequenas e medias segurado ras, que,ccrtamenle, foram as grandes beneficiadas neste processo.
Consultas: "A Criagao e OrganizagSo do Institulo de Resseguros do Brasil", BIblioteca do IRB
Vejo, com grande scilisfagao, lioje, acjiii realiziido um dos propositos mats autigos e persistenles do meugovenw. Alcus esforgos semprefornm liidihrimhs, ore pelo couluio de hileresses estnmhos nos do Pms. era pela resistencin de espMtos de boa-fe ihididos 720sseus mtuitosoujulgaudo talvez temerario imi empreemlimento como esse.
Nao eslava nos meus objetivos prejndicar interesses de capitals estraugeiros acpii empregados e que foram, nesta organizagao. devidameute respeitndos. Preleudia npeiMS organizar, sob a egide de uma fiscalizagSo eficiente. as legitimas atividades hulustriais que se desenvolvem no Pais. procurando. porem, evitar que fossem drenadas para o exterior as iiossas econamias. que conslituem <> sangue e a vida da nacianalidade. Coloquei dfrenle deste Instituto bomeus capazes. inleligentesedecididos. que levaram a bom lermo a tare/a que Ihesfoi comelida. apresentando. como acabais de ver, um servigo modelar de urganizagdn e de tecuica.
Agora, ao declarar iniciadas as operagdes do h/slitiito de Resseguros, manifesto a minha saiisfagaa vendo coroada de exito uma realizagdo de grande iitilidade piiblicn, em que. imiis uma vez, como era de esperar. prevcilecem os interesses do Brasil."
U REVtSTADOIRB RJ A.64 N.295 ABR1L 2004
A mudanga esta em toda parte, e acho que apesar de sprmos
t If »z
'Lilcio A. Marques Oiretor Comercial da Cia. de Seguros PrevidSncia do Sul
Joao Carlos Vital cumprimenta 0 presidente da Republica, GetClio Vargas, que chega ao IRB para o langamento da pedra fundamental
Getiilio Vargas
r ^ r IRB Brasil Ressesuros S.A. k ^ V 0 . Av. Marechal Camara, 171 Castelo CEP 20020 901 Rio de Janeiro RJ Brasil www.irb-brasilre.com.br '->% ■i,. soca rJIiTT