CELEBRAR A VITÓRIA DEFENDER A PAZ Nos 70 anos da derrota do nazi-fascismo na Segunda Guerra Mundial Assinala-se este ano o 70.º aniversário da vitória sobre o nazi-fascismo na Segunda Guerra Mundial, o mais brutal e sangrento conflito militar que a Humanidade já conheceu. Nos campos de batalha, nas prisões e campos de concentração, sob os bombardeamentos ou de fome e doença, nas cidades e vilas arrasadas, morreram cerca de 60 milhões de pessoas e muitas outras dezenas de milhões ficaram feridas, estropiadas e traumatizadas. Milhares de localidades foram destruídas e a economia e património cultural dos países envolvidos sofreram danos incalculáveis. Ao assinalar este aniversário, o Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) pretende revelar as causas e os interesses que estiveram na origem deste conflito – para que não se repita; honrar os que tombaram e resistiram – para que não sejam esquecidos; valorizar as conquistas alcançadas no pós-guerra com a luta dos povos – para que sejam defendidas; reafirmar a atualidade dos valores da Paz, da solidariedade e da cooperação – para que constituam uma componente fundamental do futuro que procura construir.
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NÃO AO FASCISMO E À GUERRA, SEMPRE!
70
anos da vitória sobre o nazi-fascismo
1945-2015
REPRESSÃO, MILITARISMO E AGRESSÃO O golpe militar de 28 de maio de 1926 impõe a ditadura em Portugal; em 1933, já com Salazar à frente do governo, é proclamada uma constituição que consagra o seu caráter fascista.
A crise de 1929, iniciada nos EUA, atirou milhões para o desemprego. Muitos alemães arruinados foram empurrados para os braços da demagogia de Hitler
O fim da Primeira Guerra Mundial manteve praticamente intactos os impérios coloniais (mapa das colónias em 1920)
O fascismo português foi construído à imagem dos regimes que vigoravam em Itália e na Alemanha (foto da Mocidade Portuguesa)
Hitler e a infernal máquina de destruição e morte do nazismo são hediondas expressões da Segunda Guerra Mundial, mas não explicam tudo. Para compreender o processo que desembocou no mais sangrento conflito militar da história é preciso recuar à crise económica do final dos anos 20, ao desfecho da Primeira Guerra Mundial e à reação das classes dominantes à vaga revolucionária que se lhe seguiu. Nas potências que saíram derrotadas da Primeira Guerra Mundial, como a Alemanha, ou que não beneficiaram da vitória, casos da Itália e do Japão, cedo se inicia a preparação para uma nova partilha de territórios, mercados e fontes de matérias-primas. Os grupos industriais e financeiros destes países, interessados num novo conflito e no esmagamento das reivindicações operárias e populares que se faziam ouvir, apostam no programa militarista, xenófobo, expansionista e antidemocrático do fascismo.
No campo de concentração e trabalhos forçados de Auschwitz foram assassinados pelos nazi milhões de seres humanos
Entre 1923 e 1939, são instaurados regimes fascistas em diversos países, como a Itália, a Hungria, a Áustria, a Polónia, a Roménia, a Bulgária, a Alemanha, Espanha e Portugal. CPPC CPPC
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A GUERRA ANUNCIADA Aproveitando a cumplicidade e passividade dos círculos dirigentes das potências ocidentais, os nazi-fascistas encontram terreno livre para as suas ambições.
Traídos pelos governos das potências ocidentais, os povos dos países europeus foram incapazes de deter a expansão nazi (foto da entrada das tropas nazis em Praga)
O célebre quadro de Pablo Picasso, Guernica, é uma pungente acusação da brutalidade fascista. O bombardeamento da localidade basca durante a Guerra Civil de Espanha, seria um prenúncio para o que se seguiria
A invasão da Polónia pela Alemanha nazi, em setembro de 1939, precipitou o início da Segunda Guerra Mundial, mas esta há muito que fazia sentir as suas ameaças. Perpetrado em 1937, o massacre de Nanquim, no qual morreram dezenas de milhares de chineses às mãos dos militaristas japoneses, fica na história como um dos mais bárbaros crimes de guerra (memorial em Nanquim, China)
Salazar, aqui fotografado no seu gabinete, junto ao retrato de Mussolini, apoiou as potências nazi-fascistas até a sua derrota ser evidente
Nos anos que antecedem a guerra, o Japão invade a China e vários territórios do Sueste Asiático e do Pacífico. A Itália ocupa a Etiópia, a Albânia e a Grécia. A Alemanha, cuja remilitarização se processa sob o olhar passivo da Grã-Bretanha e da França, anexa a Áustria e ocupa a Checoslováquia, na sequência do Pacto de Munique, com o qual se pretendia lançar a brutal máquina de guerra nazi contra a União Soviética. O esmagamento da República espanhola tem a marca do fascismo espanhol com o apoio da Alemanha de Hitler, da Itália de Mussolini e do Portugal de Salazar. Mas Hitler volta-se em primeiro lugar para Ocidente: em agosto e setembro de 1940, a Grã-Bretanha é bombardeada pela aviação alemã, já depois de consumada a ocupação da França, Bélgica, Holanda, Luxemburgo, Dinamarca e Noruega. Consolidada a retaguarda, o nazi-fascismo aponta ao seu objetivo central, a agressão à URSS, iniciada em junho de 1941. A Oriente, o Japão ataca a base de Pearl Harbour, precipitando a entrada dos EUA na guerra. CPPC CPPC
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O FIM DO NAZI-FASCISMO A 9 de maio de 1945, o exército soviético força a capitulação nazi em Berlim; em setembro do mesmo ano, o Japão assina a sua rendição: terminava a Segunda Guerra Mundial.
A batalha de Stalinegrado ditou a viragem da guerra, que culminou com a capitulação nazi em Berlim. Esta vitória deu grande alento à resistência nos países ocupados
Mais de 20 milhões de soviéticos morreram na Segunda Guerra Mundial. Hoje, nos países que compunham a União Soviética, são visíveis os memoriais às vítimas e aos heróis (Foto do memorial em São Petersburgo, na Rússia)
Aquando do chamado «Dia D», 92 por cento das tropas terrestres da Alemanha nazi combatiam na Frente Leste, e foi aí que foram derrotadas 607 divisões alemãs (176 na frente Ocidental) e 75 por cento da sua aviação, artilharia e tanques
O mito da invencibilidade da Alemanha nazi, construído nos primeiros meses da guerra, caiu por terra com a invasão da União Soviética. À custa de imensos sacrifícios (mais de 20 milhões de mortos), a URSS foi a principal responsável pela derrota do nazi-fascismo. Na frente Leste foram travadas as batalhas decisivas e desbaratada a esmagadora maioria das divisões alemãs e dos seus aliados. Em junho de 1944, quando se dá o desembarque anglo-americano na Normandia, que abre a segunda frente, já a URSS tinha expulsado os nazi-fascistas do seu território e iniciara a libertação da Europa Oriental e Central. Impulsionados por estas vitórias, os povos dos países ocupados intensificam a resistência contra o invasor, dando um contributo decisivo para a vitória em países como França, Itália, Jugoslávia, Grécia, entre outros. A aliança antifascista consolida-se, em cada um dos países e à escala mundial: URSS, EUA e Grã-Bretanha realizam importantes cimeiras em Teerão, Ialta e Potsdam.
Também em Portugal, o povo celebrou nas ruas a derrota do nazi-fascismo, exigindo a queda da ditadura
O desfecho da guerra fica, porém, manchado pelos bombardeamentos nucleares dos EUA sobre Hiroxima e Nagasáqui, que mataram centenas de milhares de pessoas. CPPC CPPC
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PAZ, PROGRESSO, SOBERANIA Na generalidade dos países da Europa, são conquistados amplos direitos sociais e liberdades democráticas.
O pós-guerra foi um tempo de esperança enquanto durou a aliança entre as potências vencedoras (na foto, militares norte-americanos e soviéticos convivem em solo alemão)
No Líbano (na foto), como noutros países, a independência foi alcançada nos primeiros anos após o fim da Segunda Guerra Mundial
A participação popular na resistência ao nazi-fascismo prolongou-se para lá da guerra e ditou a conquista de importantes direitos sociais em muitos países (na foto, grupo guerrilheiro em Itália durante a guerra)
Nos anos que se seguem a 1945, a situação mundial conhece alterações profundas. A unidade das forças antifascistas, democráticas e patrióticas em cada um dos países, determinante para pôr fim à guerra, tem consequências notáveis para lá dela. 0s direitos universais à saúde, à educação e à proteção social são consagrados e as mulheres vêem reconhecida a sua igualdade; muitos povos decidem construir novas sociedades livres da exploração. O caráter democrático do fim da guerra provocou a derrocada do sistema colonial. Na Ásia e em África nasceram novos países (mapa da descolonização, por datas)
Os povos das colónias portuguesas rejeitaram o colonialismo e conquistaram a sua independência (na foto, combatentes do PAIGC)
Nas colónias e nos países dependentes travam-se impetuosas lutas de libertação nacional e emancipação social: os povos da Coreia, do Vietname, da Índia, do Paquistão, da Indonésia, da Birmânia, do Egito, da Síria, do Líbano e de um vasto conjunto de outros países conquistam a sua independência, num processo que se alargou a toda a Ásia e, depois, a África. O sistema colonial entra em derrocada. Seguindo caminhos diferentes, enfrentando obstáculos, ingerências e mesmo agressões militares abertas, os povos libertados lançam-se na edificação de estados soberanos e progressistas, num percurso que se revelou complexo e acidentado, mas que alterou radicalmente a fisionomia do mundo. CPPC CPPC
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RESSURGE O ESPECTRO DA GUERRA Em 1949, é constituída a NATO, aliança militar agressiva através da qual os EUA intensificam a influência sobre a Europa Ocidental. Seis anos depois, a União Soviética e os seus aliados formam o Pacto de Varsóvia.
A participação, no restrito núcleo fundador da NATO, do regime fascista português revela que a natureza desta aliança militar nada tinha a ver com a apregoada defesa do «mundo livre» (na foto, Salazar e Eisenhower, presidente dos EUA)
A agressão à Jugoslávia, em 1999, foi a primeira agressão militar aberta da NATO contra um Estado soberano. Muitas outras se seguiram, como na Líbia (na foto, concentração do CPPC no Porto, em 1999, contra a agressão à Jugoslávia)
Na Coreia, entre 1950 e 1953, os EUA cometeram terríveis crimes de guerra, mas não conseguiram vencer. A divisão do país, contudo, permanece
A chamada «guerra fria» foi a resposta dos Estados Unidos da América ao impetuoso movimento libertador suscitado pela derrota do nazi-fascismo. Sustentados no poderio económico com que saíram do conflito e no monopólio da arma atómica, os EUA (juntamente com a Grã-Bretanha) rompem a aliança vencedora da guerra e reforçam a sua presença militar na Europa e na Ásia. A «contenção do comunismo» e o combate à União Soviética tornam-se pretextos para a corrida aos armamentos, a proliferação de bases e instalações militares e diversas guerras, entre as quais se destacam, nos primeiros anos, as travadas contra os povos da Coreia e da Indochina.
A guerra do Vietname resultou na mais estrondosa derrota militar da história dos EUA. A tenacidade do povo vietnamita e a solidariedade internacional venceram as mais poderosas armas
Com o desaparecimento da URSS e o desmantelamento do campo socialista, no início da última década do século XX, a NATO não só não desapareceu como se reforçou, alargando a área de intervenção e assumindo propósitos cada vez mais agressivos: as guerras contra a Jugoslávia, Afeganistão, Iraque ou Líbia revelaram ao mundo o caráter abertamente ofensivo do seu «novo conceito estratégico», adotado em 1999.
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IGUALDADE E COOPERAÇÃO A posição firme das forças da Paz fez com que muitos dos compromissos assumidos sobre desanuviamento e respeito pela soberania fossem efetivamente concretizados.
Depois dos bombardeamentos de Hiroxima e Nagasáqui, o desarmamento nuclear passou a ser o objetivo de um vasto conjunto de tratados internacionais
A Constituição da República Portuguesa, emanada da Revolução de Abril, consagrou e desenvolveu, no seu artigo 7.º, os princípios de relacionamento pacífico entre os povos, a recusa do colonialismo e do imperialismo
A Carta das Nações Unidas prevê a igualdade entre estados e a solução pacífica dos conflitos internacionais
O final da Segunda Guerra Mundial trouxe novas regras de direito internacional, consagradas na Carta das Nações Unidas: a defesa da Paz, a solução pacífica dos conflitos, a igualdade entre estados, sejam eles grandes ou pequenos, e a promoção do progresso social tornam-se elementos centrais das relações entre países e princípios norteadores da Organização das Nações Unidas. Incapazes, por si só, de assegurar a paz e a estabilidade, estas regras constituíram de facto um travão às intenções dos círculos mais agressivos das potências ocidentais.
Portugal foi subscritor da Ata Final de Helsínquia, pela mão do então Chefe de Estado Francisco da Costa Gomes, na foto a intervir numa sessão do CPPC, do qual foi presidente
Em 1975, em Helsínquia, é assinada pelos governos de 35 países (entre os quais os EUA e a URSS), a Ata Final da Conferência sobre a Segurança e Cooperação na Europa. A igualdade soberana entre países, a abstenção do recurso à ameaça ou uso da força, a inviolabilidade das fronteiras e o respeito pela integridade territorial dos estados, a não intervenção nos assuntos internos e a resolução de controvérsias por meios pacíficos foram princípios acordados, que permanecem como o mais sólido caminho para o futuro da humanidade.
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FRENTE UNIDA CONTRA A GUERRA O Apelo de Estocolmo recolheu, em 1950, milhões de assinaturas. Outras ações e campanhas, pelos apoios reunidos e vontades mobilizadas contra a guerra, contribuíram para o desanuviamento e a Paz.
Estiveram ligados à fundação do Conselho Mundial da Paz destacadas personalidades nacionais e internacionais do mundo da ciência, da arte e da cultura, como são os casos de Pablo Picasso e Pablo Neruda, na foto
Reprimido pela ditadura até ao 25 de Abril, o movimento da Paz teve expressão em Portugal, onde se realizaram inúmeras ações e campanhas. A seguir à revolução, a luta pela Paz passou a fazer-se aberta e livremente (na foto, manifestação contra a agressão ao Iraque, em 2003)
Criado antes do 25 de Abril e com existência legal desde 1976, o CPPC foi e continua a ser um movimento da Paz activo e mobilizador (foto de uma sessão conjunta do CPPC e do CMP em Portugal pouco depois do 25 de Abril)
A partir de organizações de resistência, partidos políticos e sindicatos e da ação de personalidades ligadas à ciência, à arte e à cultura, surge nos anos de 1949-50 o movimento mundial da Paz unitário, democrático, progressista, antifascista e anti-imperialista. Reunido em torno do Conselho Mundial da Paz (CMP) e com expressão em grande parte dos países do Mundo, agrega pessoas com diferentes formações, posicionamentos políticos e confissões religiosas. Nos seus primeiros anos de existência, em que conheceu um impetuoso desenvolvimento, o CMP bateu-se pela proibição das armas nucleares, o fim da guerra na Coreia e a dissolução da NATO.
PELO FIM DAS ARMAS NUCLEARES!
65 N O S APELO DE ESTOCOLMO Exigimos a interdição absoluta da arma atómica, arma de terror e de extermínio em massa de populações. Exigimos o estabelecimento de um vigoroso controle internacional para a aplicação dessa medida de interdição.
Consideramos que o governo que primeiro utilizar a arma atómica, não importa contra que país, cometerá um crime contra a humanidade e será tratado como criminoso de guerra. Pedimos a todos os homens de boa vontade no mundo inteiro que assinem este apelo.” Março de 1950
Conselho Português para a Paz e Cooperação www.cppc.pt | facebook.com/conselhopaz
O Apelo de Estocolmo, pela proibição das armas nucleares, reuniu amplos apoios. O CPPC mantém essa exigência, 65 anos depois
Ao longo destes 65 anos, o movimento da Paz, no mundo como em Portugal, esteve sempre ao lado dos povos na sua luta pela Paz, a soberania, o progresso e a justiça social, contra o colonialismo e outras formas de opressão, contra o fascismo em todas as suas expressões, pelo desarmamento e a dissolução dos blocos político-militares, pelo estabelecimento de relações de Paz, amizade e cooperação entre todos os povos do mundo. Assim continua a intervir hoje, em pleno século XXI. CPPC CPPC
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NOVAS AMEAÇAS Ligadas ao agravamento da situação económica, ressurgem em muitos países tendências securitárias e antidemocráticas. Noutros locais, registam-se processos de avanço democrático e progressista.
Os países da NATO são responsáveis por cerca de 70 por cento das despesas militares a nível mundial
Na Ucrânia, com o apoio das potências ocidentais, ressurgem movimentos de cariz fascista e neonazi (na foto, elementos do Sector Direito)
A ocupação ilegal dos territórios palestinianos prossegue e agrava-se, à revelia do direito internacional e em claro confronto de diversas resoluções das Nações Unidas (foto do massacre de Gaza de Julho-Agosto de 2014)
Apesar da ingerência, das sanções e do bloqueio norte-americanos, os povos da Venezuela e de Cuba insistem em trilhar o rumo que soberanamente decidiram
A guerra na Síria é marcada pela ingerência das potências ocidentais e regionais, que apoiam grupos terroristas como o chamado “Estado Islâmico” (na foto, manifestação nos EUA contra a guerra na Síria)
Sete décadas após a derrota do nazi-fascismo, graves ameaças pairam sobre os povos. As potências ocidentais respondem à grave crise que as afeta com a degradação de direitos e condições de vida e o incremento da guerra: os focos de tensão multiplicam-se, do Médio Oriente à Ásia Central, da Europa de Leste ao Pacífico, de África à América Latina; a crescente tensão dos EUA e da NATO face à Federação Russa e à China assume proporções inéditas e consequências imprevisíveis; as despesas militares e a corrida aos armamentos não mostram sinais de abrandamento. Sob pretextos como a defesa dos «direitos humanos», o combate ao «terrorismo» e às «armas de destruição massiva», os EUA, as principais potências da União Europeia e a NATO promovem a guerra e a desestabilização de países visando atingir os seus reais objetivos: o saque de riquezas e recursos, o controlo de fontes de energia e mercados, o domínio de zonas sensíveis do globo e a limitação do crescimento das chamadas «potências emergentes». CPPC CPPC
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DEFENDER A PAZ, CONSTRUIR O FUTURO Todos os que desejam a Paz devem defendê-la de forma persistente e confiante.
A rejeição das guerras de agressão e o apoio à luta dos povos pela soberania e o progresso são marcas distintivas do CPPC (manifestações em Lisboa e no Porto, rejeitando-se a guerra no Médio Oriente, 2013)
O CPPC foi um dos impulsionadores da Campanha «Paz Sim! NATO Não!», que em 2010 promoveu uma grande manifestação exigindo a dissolução da NATO
A defesa da Paz é do interesse dos povos do mundo, independentemente de nacionalidades, convicções políticas e credos religiosos. Dela depende o bem-estar, o desenvolvimento, a felicidade e a própria vida no planeta. A solidariedade com o povo da Palestina é uma constante na ação do CPPC desde a sua legalização, em 1976 (concentração contra o massacre sionista contra o povo de Gaza, 2014)
A defesa da Paz, intimamente ligada à aspiração de progresso e justiça social, reúne amplos sectores da sociedade portuguesa (foto do 25 de Abril de 2010 em Lisboa)
Perante as ameaças e os perigos atuais, é mais importante do que nunca mobilizar vontades e despertar energias em favor da Paz, do respeito pela soberania dos estados, dos princípios da Carta das Nações Unidas e do direito internacional. A luta contra a guerra, a dissolução da NATO, o desarmamento geral, simultâneo e controlado e o fim da corrida aos armamentos são causas atuais e prementes. A solidariedade com os povos vítimas da agressão, da chantagem e da ingerência obriga todos os sinceros defensores da Paz e do progresso. Confiando na justeza dos seus ideais e princípios e na construção de um futuro melhor, o Conselho Português para a Paz e Cooperação reafirma, com inabalável determinação, o seu compromisso de sempre: agir lado a lado com todos os homens e mulheres que resistem e intervêm, no plano nacional e internacional, com a aspiração e a convicção de que é possível um mundo justo, democrático, solidário e de Paz.
Para que uma tragédia como a Segunda Guerra Mundial nunca mais aconteça! CPPC CPPC