EDITORIAL / CONTEÚDO
DEZEMBRO 2015 // 03
Editorial
12
A caminho do Ano Novo
“S
e você não sabe onde quer chegar, qualquer caminho leva a lugar nenhum“, dizia o gato para Alice no país das maravilhas. Outra frase, para mim, completa essa afirmação: „Quem não sabe de onde saiu, não consegue saber onde quer chegar!“ O final do ano nos leva a fazer um balanço: Soma-se as alegrias, os sonhos realizados, as amizades conquistadas, os desafios vencidos, alguns quilinhos a mais... Deduz-se as tristezas inevitáveis, as inseguranças do caminho, os obstáculos não vencidos, as perdas. E obtém-se o saldo final: talvez não chegamos onde queríamos chegar, mas crescemos e aprendemos bastante. Demos alguns passos. As lições aprendidas ajudam a traçar metas e objetivos para o novo ano. Elas ajudam a saber onde estamos, para determinar onde queremos (e podemos) chegar. Esta edição aborda o final do ano e as perspectivas para 2016. Nas próximas páginas você verá formas de comemorar o final do ano e uma receita para experimentar; um apanhado sobre o comportamento da economia neste ano e o que se espera para o próximo. Também há dicas para se preparar bem para o ano que vai nascer e histórias de gente que acredita em seus sonhos e tenta realizá-los. A Coluna Jurídica tem como tema o FGTS e no Brincando com a Língua Portuguesa viajamos pela luta entre “fatos e argumentos”. Nas páginas Pela Suíça e Brasil Flash TV você reaviva lembranças de eventos que acontecerem ou se arrepende por não ido. E para não ficar sem programa, o Vida na Suíça dá dicas de eventos na região de Zurique. Para a revista, duas coisas marcaram 2015: o lançamento da edição digital e a possibilidade de baixar a revista via App e carregá-la no Smartphone para onde for. Muito obrigada pelo privilégio de tê-los como leitoras e leitores. Fica aqui a dica de Jeanete Miriam Piske: “Imagine uma nova história para sua vida e acredite nela... a página de amanhã ainda está em branco.” Feliz Natal e Feliz Ano Novo! Equipe da Linha Direta e do Conselho Brasileiro na Suíça.
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08 - Especial
14 - Coluna Lusa
17 - Nutrição
22 - Prevenção Madalena’s
15 - Coluna Jurídica
26 - Comentário
Anistia Internacional na Suíça lança campanha para o Brasil
“Saúde para dar e vender”
FGTS - O que é e como funciona o Fundo de Garantia?
Ano Novo e Vida Nova!
Lúcia Amélia lança livro “Uma Mulher Feliz - Eine Glückliche Frau”
O Natal nem sempre em família
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Tiragem 5 mil exemplares Contatos Linha Direta Redação 061 423 03 47 Publicidade 076 627 34 23 Editora Irene Zwetsch Publicidade Cássia Aquino Revisão Irene Zwetsch e Patrícia Negrão Financeiro e Administração Nilce Cunha Editoria de Arte Mythos Comunicação / www.mythos.art.br Colaboradores desta edição Brasil Flash TV, CEBRAC, Célia Fricker, Deborah Biermann, Fabiana Kuriki, Hellen Garrido, Íris Martins, Jacqueline Aisenmann, João Claudio de Vasconcellos Dutra, Lúcia Amélia Brülhardt, Maria Carolina Aeschlimann, Marisa Valério, Patrícia H. Fuentes Lima, Patricia Lobmaier, Patrícia Negrão, Patricia Nogueira, Paulo Hebmüller, Peter Wolff, Simone Raposo, Sueli Aquino, Suzana Mantovani, Tulia Lopes e Vivan Soares Foto de Capa Xico Stocker. A Linha Direta não se responsabiliza pelos textos assinados publicados nas edições e nem pelos serviços oferecidos por nossos anunciantes.
CAPA
04 // DEZEMBRO 2015
Brasileiros sob alta tensão Um fim de ano nervoso diante da crise política e econômica que abala o país Por Marisa Valério
O
s brasileiros terminam 2015 com os nervos à flor da pele. E não há calmante à vista no ano que começa para por fim ao abalo da economia que se retroalimenta da falta de confiança no governo, uma máquina gigantesca que não está conseguindo convencer a população e o mercado sobre o acerto de suas medidas anticrise. A tensão marca o momento mais dramático desde que, há 21 anos, o país conseguiu vencer a hiperinflação enfrentando uma maratona de troca de moedas e de engenharia financeira inimaginável. Com o Plano Real, segundo dados do Banco Central, a inflação mensal naqueles idos despencou em seis meses de 50% para 1,7% ao mês. Grande símbolo do processo de recuperação e crescimento econômico que se seguiria nas duas décadas seguintes, a inflação volta a dar as caras e deve encerrar 2015 rondando os 10% no ano. Ela é, no entanto, apenas uma das consequências da crise econômica e política que atordoa o país. Os indicadores econômicos se deterioraram rapidamente em 2015, superando as previsões mais pessimistas feitas no fim do ano passado. Na economia real, em que as pessoas vivem seu cotidiano, o desemprego chegou a 9% e há estudos que indicam queda de 5% no poder de compra.
Nos últimos dez anos, um dos motores do aquecimento da economia foi o consumo das famílias, estimulado pelo crédito fácil, embora sempre muito caro, pela estabilidade dos preços e pela abundância de emprego na faixa intermediária de renda e formação profissional menos qualificada. Segundo estudo da Tendências Consultoria Integrada, entre 2006 e 2012, no boom do consumo, 3,3 milhões de famílias escalaram um degrau, das classes D/E para a classe C. Elas ganharam acesso a produtos e serviços que até então não faziam parte de seu dia a dia. Entre os principais, plano de saúde, ensino superior, carro zero e viagens de turismo. Mas, iniciam o caminho de volta, afetadas pelo aumento do desemprego e da inflação. Ou seja, a recessão derrubou parte da nova classe média, a população da classe C, para a base da pirâmide social. O estudo considera que a classe C é formada por famílias com renda mensal entre R$ 1.958 e R$ 4.720 e a classe D/E por aquelas com rendimento mensal de até R$1.957. Esse recuo vai atingir 10 milhões de pessoas até 2017. Cerca de 5% da população brasileira deve voltar à classe D/E, aponta o estudo. A mobilidade registrada em sete anos (de 2006 a 2012) deve ser praticamente anulada em três (de 2015 a 2017). Para definir esse número, a Tendências projeta que, entre 2015 e 2017, a economia deve recuar 0,7% ao ano; a massa real de rendimentos, que inclui renda do trabalho, Previdência e Bolsa Família, vai cair 1,2% ao ano, e o desemprego deve dar um salto, atingindo 9,3% da po-
Os indicadores econômicos se deterioraram rapidamente em 2015, superando as previsões mais pessimistas feitas no fim do ano passado.
DEZEMBRO 2015 // 05
pulação em idade de trabalhar em dezembro de 2017 - o maior nível em 13 anos. Some-se a esse quadro, uma grande desvalorização do real em relação ao dólar, que desequilibrou a oferta de produtos, componentes e matérias primas importadas, ajudando a turbinar os preços internos e a fazer as empresas recuarem nos planos de investimento. O dólar namora com um novo patamar de R$ 4, o que faz dele, ao mesmo tempo, algoz e solução. No setor exportador, não há queixas. Os produtores de commodities agrícolas estão compensando a queda nos preços internacionais. Na esfera política, a crise engorda com a sucessão de escândalos envolvendo ex-gestores da Petrobras - a maior empresa brasileira -, altos executivos de grandes construtoras privadas, deputados, senadores, dirigentes dos partidos da base governamental…
Foto: Divulgação
E as investigações da operação Lava Jato rondam amigos e familiares do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva e da própria presidente Dilma Rousseff, acossada por pedidos de impeachment que chegam à Câmara Federal. Segundo na linha de sucessão de Dilma, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), é acusado de expatriar ilegalmente dinheiro para contas na Suíça.
Sérgio Moro, juíz federal do Paraná, está no comando da Lava Jato.
A operação Lava Jato, aliás, compõe capítulo à parte. Trata-se da maior investigação já conduzida no país. Começou apurando uma rede de doleiros que agia em vários estados e descobriu a existência de um vasto esquema de corrupção na Petrobras, envolvendo políticos de vários partidos e as maiores empreiteiras em atividade. Em seu balanço de 2014, a própria Petrobras estimou em R$ 6,1 bilhões as perdas provocadas pela corrupção.
Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
Os números que ela produz são inéditos por essas bandas: há 21 jovens procuradores da República no comando das investigações, cerca de 150 inquéritos abertos pela Polícia Federal, 35 ações penais na Justiça Federal do Paraná, 5 ações civis para devolução de dinheiro desviado, quase 500 pessoas e empresas e 56 políticos sob investigação, 155 réus na Justiça Federal do Paraná, 97 prisões em caráter preventivo ou temporário desde o início dos trabalhos e 26 presos nesse momento. Além disso, a Lava Jato produziu um super herói, na pele do juiz Sérgio Moro, um paranaense de 43 anos, titular da 13a Vara da Justiça Federal, em Curitiba, de onde conduz a operação. Moro vem colecionando títulos de personalidade influente no Brasil e mobiliza a opinião pública com palestras sobre suas fontes de inspiração, entre elas a operação Mãos Limpas, que investigou seis mil pessoas acusadas de corrupção na Itália. E já não falta quem fale nele para presidente da República.
Marisa Valério é jornalista, editora contribuinte da Revista Amanhã e autora do blog Paraná + Negócios
06 // DEZEMBRO 2015
COMPORTAMENTO
Dinheiro! Tão necessário em nossas vidas!
Fora de casa, o final de ano é diferente...
A
pesar de alguns dizerem que dinheiro não traz felicidade, uma análise simples nos permite concluir que não podemos prescindir de sua utilização racional. O dinheiro é tão necessário e importante que muitas pessoas abrem mão de várias coisas para facilitar o seu fluxo de forma contínua e sustentável. Uma dessas ações consiste em deixar a terra natal, abster-se momentaneamente do convívio com entes que lhes são tão caros, em troca de geração de riquezas numa proporção maior do que se conseguiria normalmente na pátria amada. Tão necessária quanto a geração de dinheiro (riquezas, patrimônio) é a sua proteção e rentabilização. Protegemos nosso dinheiro quando preservamos seu poder aquisitivo ao longo do tempo, ou seja, quando conseguimos rentabilidade igual ao índice de inflação observado. Mas só proteção não basta! Devemos buscar rentabilidade real! Temos sucesso nesse particular quando além da correção pela inflação agregamos uma taxa de juros como “plus”. Um equívoco compreensível e que vem se repetindo por muito tempo refere-se à aplicação de recursos conquistados com muito esforço em caderneta de poupança. Os poupadores argumentam que é um investimento seguro, mas sequer analisam a questão da rentabilidade. A segurança da poupança consiste no FGC Fundo Garantidor de Crédito, que como o próprio nome diz, garante até R$ 250.000,00 por CPF e por Instituição Financeira a título de indenização no caso de quebra. O que muita gente não sabe é que existem aplicações como CDB, LCI e LCA, dentre outras, que também oferecem a mesma garantia e com rentabilidade muito maior, mesmo pagando IR - Imposto de Renda. Essa rentabilidade a que nos referimos é encontrada facilmente nas Corretoras de Valores, Instituições Financeiras que oferecem a mesma segurança dos bancos, sendo reguladas e fiscalizadas pelos mesmos órgãos no SFN - Sistema Financeiro Nacional. Ainda no que tange à poupança, a rentabilidade oferecida perde para a inflação. Em 12 meses conseguimos cerca de 7% na poupança. O IPCA - Índice oficial da inflação no Brasil, registrou 9,93% de inflação acumulada em outubro de 2015. Ou seja, quem aplicou em poupança nesse período perdeu para a inflação em quase 3%. O dinheiro guardado perdeu cerca de 3% do seu poder de compra.
Os imóveis também são escolhidos por muitos como destino dos recursos acumulados. Sob o aspecto financeiro precisamos analisar alguns detalhes. Normalmente a rentabilidade esperada para esse tipo de investimento é que o aluguel gire em torno de 0,5% ao mês do valor do imóvel, gerando rentabilidade anual de 6%. No cenário econômico atual do Brasil essa rentabilidade mostra-se muito baixa. Conseguimos facilmente rentabilidade em torno de 15% ao ano em aplicações de renda fixa. Para piorar, a grande oferta de imóveis para locação joga o preço para baixo, resultando em rentabilidade inferior aos citados 0,5% ao mês. Além disso, sobre esse rendimento ainda incide o Imposto de Renda.
Por Irene Zwetsch
C
omemorar o final de ano fora da terra natal é uma experiência bem diferente para a maioria das pessoas. Tanto faz se estamos apenas em viagem ou se moramos fora do nosso país. São outros rituais, outras cores e sabores, outras companhias. A Linha Direta fez uma pequena consulta a brasileiros e brasileiras que moram na Suíça para saber como eles comemoram as festas de final de ano e o que mudou em relação ao Brasil. Aqui vai um apanhado geral das respostas. Quem sabe você se identifique com uma ou outra. Quando perguntamos sobre as imagens que vêm à mente quando se fala de Natal e final de ano no Brasil, a resposta número 1 foi “Família”. É mais ou menos como a música “Longe de casa há mais de uma semana... Milhas e milhas distante do(s) meu(s) amor(es)”.... Boa parte das pessoas relaciona o final do ano com o encontro da grande família e dos amigos, com presentes, cores, música, peru, champagne, árvores de Natal com “neve” de algodão, enfim, muita animação. Claro que não podem faltar os fogos de artifício, muitas luzes e decoração, bombardeio de propaganda na televisão. Destaque especial para a tradicional Corrida de São Silvestre, marca registrada do Brasil no exterior.
Para 2016 o cenário econômico no Brasil ainda inspirará cuidados. A inflação alta, atingindo provavelmente os dois dígitos ao final de 2015 nos dá um alerta claro: Proteja seus investimentos contra a inflação !!! Nesse cenário e em linhas gerais, visando proteger e rentabilizar o dinheiro conquistado com tanto esforço, uma alternativa parece-nos bem adequada: Títulos do Tesouro Nacional. Os recursos que precisarão ser sacados com maior frequência podemos aplicar no Tesouro Selic, que garante liquidez diária, cuja rentabilidade anual acompanha a taxa Selic, taxa básica de economia, que está em 14,25% ao ano. Já para os recursos que não têm um destino imediato e que podem ficar aplicados por mais tempo sugerimos o Tesouro IPCA +, que garante a correção pela inflação, mais uma taxa real de juros: rentabilidade bruta em torno de 17% ao ano atualmente. Essa alternativa também é bastante democrática, já que está ao alcance de todos os poupadores, pois pode-se aplicar no Tesouro Direto valores a partir de R$ 30,00. Quando falamos em dinheiro temos uma dimensão maior, que é o planejamento financeiro, buscando atender às necessidades financeiras nos seus diversos aspectos. Para um planejamento financeiro adequado, procure um Assessor de Investimentos, profissional qualificado e apto para apresentar-lhe as melhores alternativas. João Claudio de Vasconcellos Dutra é Assessor de Investimentos da JD INVEST, no Rio de Janeiro. E-Mail: joaoclaudio.dutra@oi.com.br
Foto: Armin Biermann
Por João Claudio de Vasconcellos Dutra
NATAL À SUÍÇA
Interessante foi perceber que quase todos mencionaram VERÃO! Festejar o final do ano nesta estação parece que faz uma diferença enorme. Calor, agitação, festejar no terraço... magia, pedidos, flores, fogos, rezas, espiritualidade junto à natureza, dançar até o dia clarear. Mas nem tudo são cores. Uma das entrevistadas tem como última lembrança do Natal a árvore de Natal piscando na mesa da sala enquanto fugia com sua mãe para não ser assassinada pelo pai. Lembranças, boas ou ruins, ficam marcadas na nossa mente e no coração.
DEZEMBRO 2015 // 07
As pequenas descobertas do Natal suíço
Já quando se fala da virada do ano, roupa branca e comemoração na praia faziam parte do ritual de muitas pessoas. Sem contar a via sacra para ver as diversas decorações especiais ou visitar todos os parentes. Música e dança, assim como a contagem regressiva e as explosões na virada do ano não podiam faltar, assim como os momentos de silêncio e as orações, para agradecer por tudo que passou e pedir proteção para o ano que vai chegar. E como é na Suíça? Saudades de casa, frio e neve são as primeiras imagens que vêm à mente quando se pergunta sobre o Natal na Suíça. Tudo é mais organizado, as árvores de Natal são naturais, assim como a neve e o brilho das luzes, que iluminam a escuridão. É como viver em carne e osso os momentos e imagens de Natal dos livros de história no Brasil. Claro que também tem comida especial, vinho quente, feirinhas de natal e compras. Para uns, a casa está lotada, para outros, a festa é num pequeno grupo, em casa ou num restaurante. De forma geral predomina um Natal mais calmo e aconchegante, com músicas gospel ou pequenos grupos tocando nas ruas. O frio convida a fazer os biscoitinhos de Natal, o “Adventskalender”, Calendário de Advento, com pequenos presentes e surpresas para as crianças. No final do ano, a “festa” ganha outros contornos. Há quem aproveite para viajar ou os que procuram guardar a tradição de reunir muita gente para cantar e dançar. Lareira, muita roupa e neblina são imagens que fazem parte desta época do ano para muitos. Tem também a famosa “Tischbombe”, uma embalagem em forma de „bomba“, que „explode“ quando se acende o pavio e solta um monte de objetos pequenos de cartolina e plástico: narizes de palhaço, bigodes, óculos. Daí cada um pega alguma coisa e se fantasia. Para as crianças pequenas é uma festa ver quem consegue pegar mais objetos. Há quem aproveite o 1o de janeiro para ir ao rio e colocar rosas brancas na água, pedindo proteção para o novo ano. Quando se pergunta do que as pessoas mais sentem falta no exterior quando chega o final de ano as respostas são praticamente unânimes: família, calor, praia e verão! Muitos também sentem falta das músicas, abraços, do calor humano. Mas há quem diga que tem tudo que necessita aqui e não sente falta de nada. Outros procuram ver o que há de bom: a beleza e romantismo do inverno, com a neve caindo devagar, formando uma linda paisagem. E aqui vão os desejos para 2016... Que as pessoas não sejam solidárias somente com quem está muito longe, mas que se lembrem de ajudar quem está por perto. Que a paz aconteça agora e não amanhã. Saúde e união para todos e um mundo engajado para a paz. Mais amor e menos violência, um pouco mais de tolerância e compreensão entre os seres humanos. Que o amor àgape toque o coração da humanidade. E na vida pessoal, muita energia e saúde, viagens, visitas à família no Brasil, conseguir o tão sonhado emprego ou trabalhar menos e ganhar mais! Que haja mais verão, também dentro dos corações e que tudo vá mais devagar.... „Adeus Ano Velho, feliz Ano Novo, que tudo se realize no ano que vai nascer... “ e que a gente continue em Linha Direta em 2016!
Por Vivian Soares
U
ma das primeiras lições de francês de que me lembro foi sobre o Natal. O texto era sobre os pratos franceses mais populares nesta época do ano. Desde então, um dos meus sonhos culinários é comer a bûche de Nöel, uma das sobremesas que decora as mesas nas festas natalinas. Este ano vou ter essa chance: será o meu primeiro Natal na Suíça, em Neuchâtel, onde não só a língua, mas também as tradições e parte da culinária são compartilhadas com a França. Como na França e na Suíça alemã, aqui já começam a surgir os calendários de advento, uma novidade para mim, de família católica e brasileiríssima. A ideia de esperar pelo Natal com pequenas surpresas a cada dia me conquistou, assim como a proximidade da data com o inverno, que traz promessas de recolhimento e aconchego. As luzes de Natal, que já começam a surgir em alguns pontos da cidade, não são nem de longe exageradas como as dos shoppings de São Paulo – um alívio para quem busca beleza no equilíbrio e nas coisas simples. Perguntei a algumas famílias de Neuchâtel como era comemorado o Natal por aqui. Nesse ponto, temos muito em comum, brasileiros e suíços: cada família tem a sua tradição. Tem gente que vai à missa do galo, que faz ceia à noite, com fondue e raclette, há quem odeie o Natal porque todo mundo se desentende e tem quem só comemore no dia 25, com um almoço para a família inteira e, claro, até a tradicional troca de presentes. Na minha família do Brasil, sempre fazemos um churrasco e a minha mãe se encarrega de preparar as deliciosas tortas e bolos. Mas este ano, longe de pais, primos e irmãos, vou me render à tradição suíça e comemorar à Neuchâteloise: mal posso esperar o mercado de Natal, com artesanato e vinho quente, os concertos pela cidade e até a missa do galo em francês. Estou até pensando em começar uma tradição familiar natalina este ano. Que inclua, claro, uma grande e bem achocolatada bûche de Nöel. Vivian Soares é jornalista e mora em Neuchâtel.
ESPECIAL
08 // DEZEMBRO 2015
Anistia Internacional na Suíça lança campanha para o Brasil por Maria Carolina Aeschlimann e Fabiana Mayume Kuriki
A
pouco menos de um ano dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro em 2016, a Seção Suíça da Anistia Internacional iniciou a campanha Jovem Negro Vivo, que alerta para a violência policial e as mortes de jovens negros no Brasil.
Foto: AI Brasil
No dia 18 de novembro, Renata Neder, Coordenadora da Anistia Internacional do Brasil, acompanhada de duas mães de jovens que foram mortos em ação policial participaram do evento, que aconteceu no Dynamo, em Zürich.
Ana Paula Gomes de Oliveira, mãe de Johnatha, morto por policiais militares da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) em Manguinhos, após deixar a namorada em casa e passar na casa da avó.
Em tour pela Europa, o objetivo foi trazer o tema para discussão pública em nível internacional. O que poucos sabem é que o Brasil é o país com o maior número de homicídios do mundo. Em 2012 foram mortos 56 mil, sendo 30 mil jovens e 77% negros. O número de mortes causadas por policiais no Rio de Janeiro aumentou em 40% em 2013 e 2014.
“A prioridade da Anistia Internacional é a Segurança Pública. O Brasil é o país com o maior número de mortes no mundo e a criminalidade afeta principalmente jovens negros que vivem em favelas e periferias. Os jovens negros são também vítimas de mortes por ação policial e muito pouco tem sido feito para mudar essa situação. Isso é inaceitável. As autoridades brasileiras – em âmbito local e nacional – precisam enfrentar essa realidade urgentemente. A campanha Jovem Negro Vivo é uma iniciativa para trazer visibilidade internacional, fazendo com que pessoas de outros países se mobilizem por essa causa e apoiem as famílias que tiveram seus filhos mortos, exigindo que as autoridades brasileiras mudem essa situação”, explica Renata. Para participar da campanha as pessoas podem assinar a petição que será enviada para as autoridades brasileiras pelo site www.amnesty. ch/rio.
PERFIL EMPRESARIAL
DEZEMBRO 2015 // 09
Brasileiros são notícia no Jornal Perfil
A
poucos meses da „maioridade“, o Jornal Perfil faz um balanço muito positivo dos 18 anos de trabalho. Uma de suas criadoras, Helen Garrido conta à Linha Direta um pouco dessa história.
Entrevista de Irene Zwetsch
as provas e matéria para o Blick e outros jornais suíços. Foi um escândalo! A Suíça ficou chocada! O professor fugiu do país, o internato ficou na mira de todas as mídias e da população em si. Nunca pudemos ajudar essa mãe a ter seu filho, mas ajudamos todas as crianças desse internato e outras que talvez estivessem passando pelo mesmo problema. Exatamente por isso temos a motivação de continuar este trabalho. Em muitos casos até hoje pegamos as provas e passamos para os grandes jornais suíços, com quem continuamos trabalhando em conjunto.
LD: O Jornal Perfil completa a maioridade no ano que vem. O que levou à criação do jornal em 1998? Quem está à frente da iniciativa? LD: Qual era o “perfil” do jornal? Qual era o foco HG: Não foi algo planejado, foi ocasional. Como já principal? trabalhava há 12 anos ativamente com jornalismo HG: Como um veículo de utilidade pública nosso no Brasil, vindo para a Suíça como correspondente jornal tem o perfil de informar, noticiar e até provode alguns grandes jornais vi logo a dificuldade car reações a favor da nossa gente. Esses verbos da nossa gente que vivia na Suíça em receber eram e continuam sendo o nosso foco principal. notícias ou mesmo “serem” notícias. Jornais suí ços não escreviam sobre elas e jornais do Brasil também não. A internet era um „bicho de sete cabeças“. Então criamos um jornal só para os Helen Garrido criou um jornal para brasileiros brasileiros que imigraram para Suíça, um jorna Suíça, que acaba de completar 18 anos. nal escrito só para eles e sobre eles. O jornal foi fundado por Gery Schädler e eu, Helen D. Garrido, com o apoio de Maggy Herzog. LD: Quais foram os maiores desafios e qual a motivação para continuar com o projeto? HG: Um dos maiores desafios foi enfrentar as instituições da Suíça para ajudar a nossa gente aqui. Por exemplo a Polícia Federal, o Ministério suíço etc. Às vezes eles criavam barreiras para os brasileiros neste país. Um exemplo é o de uma imigrante brasileira que mal sabia assinar o nome e trouxe seu filho de 6 anos para morar na Suíça. O padastro colocou o menino num internato, sob a guarda definitiva do governo suíço, sem ela se dar conta. Separada do marido e vivendo de ajuda social ela não podia ter o filho de volta... O menino estava com 12 anos quando a mãe telefonou desesperada para o jornal porque descobriu que o filho estava sofrendo abuso sexual por um professor do internato. Nossos repórteres foram até o internato, em Niederwangen/BE, e o diretor, sem ter outra alternativa, deu uma entrevista. Ele nos ameaçou e disse que se mudássemos uma vírgula do que falou ele processaria o Perfil. Além de publicar no nosso jornal, enviamos
LD: O que mudou nesses anos todos? HG: Muita coisa mudou. O tempo, com tecnologia, pede mudanças. Todos nós em todas as profissões e na vida temos que estar atentos para “o que” e “quando” mudar. E isso exige percepção, flexibilidade, foco e ação para fazer a coisa certa na hora certa. Com o jornalismo não é diferente. Mudamos desde jornal escrito à máquina ao jornal eletrônico. LD: Qual é o público-alvo do jornal? HG: Nosso público alvo sempre foi o brasileiro na Suíça, mas hoje, por ter uma revista eletrônica, esse público ampliou sem nos darmos conta. Aumenta mais e mais o número de pessoas de língua portuguesa de modo geral, portugueses e angolanos que também interagem com nossa mídia. Os países vizinhos se interessam mais por nossos temas e atingimos leitores de 15 a 80 anos, não tem limites. LD: O jornal está apostando na mídia digital. Qual foi o retorno até agora? A mídia impressa ainda tem espaço hoje? HG: É simples: com a mídia impressa o Jornal Perfil atinge no máximo de 20 a 30 mil leitores por edição. Com o jornal eletrônico temos de 140.000 até 230.000 visualizações semanais, comprovadamente. Isso é muito importante porque os leitores e grandes patrocinadores migram para esse tipo de mídia. A mídia impressa ainda tem espaço hoje, mas está enfraquecida. Os jornais impressos atraem os leitores mais tradicionais, conservadores. LD: Quais são os planos para 2016? HG: Além do grande desafio do jornal eletrônico, quero me dedicar mais à minha outra profissão, de Juíza Mediadora em conflitos internacionais, uma vez que temos boas mídias somando trabalho com o Perfil e ajudando nossa comunidade na Suíça em diferentes áreas: cultural, eventos, artísticas... Entre elas estão: a Linha Direta, Brasil Flash TV, Baladas e não podemos esquecer do Via Brasil. Cada mídia fazendo a sua parte da melhor maneira, isso nos tranquiliza. LD: Quer deixar uma mensagem para os nossos leitores? HG: Em vez de mensagem quero deixar de coração um agradecimento para nossa gente que vive na Suíça. Em todos os lugares onde vamos somos recebidos com tanto, mas tanto carinho que quero aproveitar aqui para falar: Muito obrigado! E também para a equipe da Linha Direta pela atenção especial com o Jornal Perfil e parabenizar pelo trabalho.
PERFIL JOVEM
10 // DEZEMBRO 2015
ir até o Brasil, pois sempre morei muito tempo perto da Floresta Negra, na Alemanha. A natureza foi o que mais me fascinou desde o início e por isso foi o lugar onde eu mais permaneci durante o meu diploma. Percebi a insegurança das pessoas, vivendo num ambiente pseudo-alemão, duvidando da identidade e raízes e o que a Alemanha significa para eles. E esse é o motivo que os torna interessantes. LD: O que você procurou mostrar nas fotos? PW: Eu queria mostrar as pessoas, a paisagem e o cotidiano deles. LD: Fale um pouco de você, sua história, relação com o Brasil, formação. PW: Eu nasci em Campinas, minha mãe é brasileira e meu pai alemão. Com seis anos nos mudamos para Alemanha. Depois de terminar o segundo grau em Lörrach, mudei para Darmstadt para fazer a faculdade. Agora estou formado e sou fotógrafo e designer profissional. LD: Quais são seus planos para o futuro? PW: Trabalhar como fotógrafo e conhecer o mundo através da fotografia.
Nova Petrópolis no olho fotográfico de Peter Wolff Entrevista de Irene Zwetsch
O
jovem fotógrafo brasileiro Peter Wolff acaba de se formar e quer conhecer o mundo por meio da fotografia. Seu foco principal são portraits, fotos documentais e de moda. Em 2013 ele participou de um programa de intercâmbio por seis meses no Departamento de Fotografia da Academia de Artes e Design Bezalel, em Jerusalém, Israel. Na entrevista à Linha Direta ele fala sobre o tema de seu trabalho de conclusão, que revela um outro lado do Brasil.
LD: Você acabou de realizar um trabalho fotográfico sobre Nova Petrópolis, no Rio Grande do Sul. Explique para nós o objetivo do trabalho, quem sabe falando um pouco sobre o curso que você fez e o que deveria ser feito no trabalho final. PW: O objetivo do meu trabalho fotográfico era finalizar com o diploma o meu estudo de Fotografia e Comunicação na Faculdade de Design em Darmstadt, Alemanha. Meu trabalho final foi um catálogo e uma exposição com fotografias.
LD: Por que você escolheu Nova Petrópolis como tema? PW: Quando estive em Nova Petrópolis em 2006, 2008 e 2013 eu jamais poderia imaginar que eu pudesse ficar mais de duas semanas naquele lugar. Mas justo esse fato, de ficar tão pouco tempo por lá, me fez pensar assim. No contexto geral a cidade para mim não é interessante. Eu acho a comida alemã, danças folclóricas e a burguesia muito chatas. E para ver isso eu não tenho que
Peter Wolff (acima) e algumas de suas fotos.
DEZEMBRO 2015 // 11
8004 Zürich Stauffacherstrasse 94
4058 Basel Clarastrasse 55
1201 Genève Rue du Cendrier 19
1003 Lausanne Av. de la Gare 17
044 242 0777
022 731 5500
061 691 0777
021 324 0777
EDUCAÇÃO
12 // DEZEMBRO 2015
Ensinando a ser bom, mas não ingênuo Por Simone Raposo*
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final de contas, como ensinar a ser bom num mundo sabidamente povoado de maldades? E essa história de fazer o bem sem olhar a quem, quanto vale? E quanto vale mesmo ser bom? O simples ato de não fazer o mal significa que estamos quites com as leis da consciência, ou as leis da vida? Sabemos que só boa intenção, por melhor que seja, não basta. Fazer o bem exige conhecimento. É definitiva a lição que avulta na história de quem sai pela floresta em busca de uma planta medicinal que não conhece, com a bondosa intenção de curar a outrem. Dependendo de boas intenções solitárias, sem o respaldo do conhecimento, o doente seguirá com a doença. Que tipo de conhecimento é necessário possuir para fazer o bem? Das matemáticas? Conhecimento de geografia? A menina que previu o tsunâmi, ao recordar do que havia aprendido na escola, salvou muitas vidas. E o que falar do bem trazido ao mundo pelos conhecimentos da medicina, da informática, da mecânica etc? Mas há uma outra categoria de conhecimentos que habilitam a pessoa a discernir entre o bem e o mal, a determinar a cada passo a medida certa de uma conduta, o momento adequado para uma palavra, a forma eficaz de esboçar um gesto de bem, a fórmula inteligente do ser bom sem cair na ingenuidade. Referimo-nos ao conhecimento que a pessoa pode ter de seu mundo interno, a começar pelo conhecimento da própria mente, pois é nela que as atuações boas e más têm seu berço. Esse voltar os olhos para o mundo interno, exige conhecimento. Se aprendermos a fazê-lo conosco, certamente saberemos fazê-lo com nossos filhos. A um adolescente que certa vez me procurou, entristecido, dizendo que os colegas não quiseram incluí-lo num grupo de trabalho, perguntei: “mas por que fizeram isso?”. Com o conhecimento que eu já tinha das características psicológicas desse adolescente, pude conduzi-lo
*Simone Raposo é Assessora Educacional do Colégio Logosófico , Unidade Funcionários em Belo Horizonte
com reflexões até um exame sincero e valente de sua conduta. Num lindo esforço, ele identificou em si a causa principal de tudo, uma causa interna. Reconheceu ter o hábito de brincar enquanto todos trabalhavam, de ser quase sempre impontual, indiferente quanto ao aprendizado, preocupandose somente com o resultado final: a nota que seria distribuída. Chegando a esse ponto, pude ajudá-lo na formulação de um plano de mudanças, cujo modelo retirei de trabalhos análogos que eu já fizera comigo mesma, orientada pela Pedagogia Logosófica. A técnica de mergulhar nos exige sempre um conhecimento, seja em águas que nos prometem ostras ou emoções, seja no mundo interno próprio, onde estão as causas do bem e do mal que fazemos com nossas palavras, nossos gestos e ações. Outro ponto importante nesse afã pedagógico é o ensinar a pensar. Quem pensa não é ingênuo e quem possui mais conhecimentos pensa melhor. É o caminho traçado pela análise do vivido, pela reflexão sobre o observado, pela solução dos porquês. Mas para ensinar isso também temos que primeiro aprender. E tudo começa com a distinção entre o ato de pensar e os pensamentos como entidades autônomas, como ensina a Logosofia, cuja pedagogia é pródiga no estímulo dado à alma juvenil para a vivência consciente do sentimento de camaradagem, do afeto fraterno, da bondade verdadeira, que não se confunde com o sentimentalismo ou com a ingenuidade. Crianças e adolescentes necessitam sempre de estímulos sadios e nobres, vindos de quem já os tenha; necessitam de raciocínios vigorosos e férteis sobre sua conduta, vindos de quem já aprendeu a fazê-los. Nos dias que correm, é cada vez mais urgente orientá-los sobre as experiências instrutivas das lutas diárias, sobre o modo de conduzir-se e, principalmente, sobre a importância que a edificação de seu futuro tem para eles mesmos e para a sociedade.
Equilibrium Day SPA Cosmetic Facial and Body Treatment
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Célia Fricker Steinenvorstadt 73 CH-4055 Basel +41 61 281 98 88 Celia.Fricker@outlook.com
Conheça o Estabelecimento e dê à você a chance de se cuidar! Trabalhando com produtos e máquinas inovadoras a esteticista Brasileira/Suiça, Célia Fricker, residente na Cidade de Basilea, atua no mercado há 20 anos. Conquistou ao longo de sua carreira diversos Diplomas e Certificados, para garantir com responsabilidade e segurança o melhor atendimento ao cliente. Oferecendo assim serviços tais como:
Depilação à cera e à laser Manicure Pedicure (Podóloga) Massagens (facíal, Relaxante e redutora) Tratamento de pele (Acne, Rugas, Manchas, Peeling, Clareamento de pele) Maquiagens (para o dia a dia ou ocasiões especiais);
Além de oferecer um espaço aconchegante e relaxante.
O cuidado com a pele começa por você mesma, deve-se lavar bem o rosto com sabonetes próprios para cada tipo de pele e sempre hidratá-la bem, o uso de protetores solares é essencial. A área do rosto sofre influências de diversos fatores como: a variação hormonal, estresse, alimentação, incidência solar, entre outros. Por isso, a importância de fazer uma limpeza de pele com um (a) Profissional de responsabilidade. A finalidade da limpeza é retirar as células mortas, desobistruir s poros, remover cravos, espinha e gorduras internas. Favorecendo assim a hidratação e prevenindo o envelhecimento deixando a pele saúdavel e limpa.
A depilação à base da cera é eficaz, eliminando os Pêlos pela raíz, no entanto esse processo não é considerado uma remoção definitiva, porém os pêlos tendem a nascer mais fracos e finos. Já a eliminação progressiva dos Pêlos feita atravéz de um aparelho de energia luminosa do laser, garante a destruição térmica da estrutura do pêlo. Esse tipo de tratamento em geral é recomendado a aplicação entre 8 à 10 meses (dependendo de cada cliente), as sessões deverão ser feitas à cada 30 dias. Além dos diversos serviços oferecidos pelo Equilibrium Day Spa, um dos mais requisitados é sem dúvida o tratamento da Manicure, onde consiste na modelagem, estrutura da unha, limpeza e aplicação de esmaltes, deixando as mãos com um aspecto de bem cuidadas e bonitas adiquirindo a total satisfação do (a) cliente. Todos os materiais utilizados em cada atendimento é higiênizado e esterelizado com a devida precaução não comprometendo risco algum ao cliente. O principal objetivo do EDS é realizar tratamentos estéticos que visem o bem estar, saúde, qualidade de vida e forma fisica dos clientes durante todo o ano. Aqui você encontra vantagens num só lugar, com atendimento excelente, boa localização a ambiente aconchegante. Não perca tempo, agende seu horário!
Equilibrium Day Spa Célia Fricker Gerente Próprietaria
COLUNA LUSA
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Ano Novo e Vida Nova! Por Íris Martins
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epois de um ano inteiro cheio de lutas e esforços diários, eis que chegamos a um dos meses mais queridos dos portugueses. Dezembro é um mês de reflexão, de união e solidariedade. Com ele vem o desfecho de um longo ano, as análises comportamentais e também as novas atitudes a se tomar para 2016. Esta é aquela altura do ano em que se anda muito atarefado e com muitas ocupações. Mas é, também, uma época de paz e harmonia, que leva a ganhar mais coragem para se enfrentar os próximos 12 meses. Dezembro é um dos meses mais acarinhados pelas pessoas, pois existem as férias de Natal, o subsídio de natal (mais conhecido por “13º mês”), a criação de novas perspetivas e objetivos, que todos os anos se cultivam para o futuro melhor. Muitos são os portugueses que aproveitam esta altura para rumarem ao seu país e aproveitarem esta quadra para estar em família e ganharem forças para mais um ano, que se avizinha. O povo português valoriza e gosta muito desta época natalícia, pois é uma tradição que já se prolonga há milhares de anos. Mentalizam que o velho ano está quase a terminar e com ele surge 2016, a esperança de novas oportunidades e expectativas para o Novo Ano que está prestes a começar. Os mais jovens deliram com esta altura do ano, pois sabem que com ela vêm as férias e as festas. Começam por organizar a Passagem de Ano: Com quem? Onde? O que levar? Enfim, imensas questões para uma festa que é memorável, pois consegue ser a festa do “fim e do começo”.
Mesmo antes de chegar ao Natal começa-se logo a planejar o Novo Ano, o que gostariam de ter e de fazer. Neste aspecto não são diferentes dos mais adultos, todos nós. No começo de um Ano Novo fazemos a chamada “Lista de Objetivos Anual”, mesmo que seja só em pensamento. A verdade é que todos tivemos coisas boas e menos boas no ano anterior, coisas que queremos voltar a fazer ou não e com isso necessitamos esclarecer alguns pontos. Em Portugal, assim como na Suíça, o Natal é passado em família. Apesar dos suíços não terem uma definição natalícia igual a dos portugueses, existem sempre alguns pontos em comum, como por exemplo passar a noite de Natal com os entes queridos, não existirem lojas abertas, simplesmente passando o tempo com os familiares, em volta da mesa, a conversar, rir e conviver. Em Portugal as pessoas nesta altura ficam mais solidárias, mais serenas e até mesmo mais humanas, mas também cresce nelas um maior sentimento de consumismo. Antes desta noite, as lojas ficam “à pinha”, as pessoas quase que se atropelam umas às outras só para chegarem primeiro à prateleira das diversões que estão em promoção. De uns anos para cá os portugueses têm valorizado mais as prendas do que propriamente a noite de 25 de dezembro. Gastam o que têm e não têm, só porque a influência mediática consome todos os seus valores e o real significado e importância do Natal. Já na Suíça, as pessoas não se interessam muito pelos bens materiais e preferem uma boa mesa, cheia de amigos, conversa, comida e bebida.
Contudo não podemos generalizar, porque existem suíços e suíços, assim como portugueses e portugueses. Ainda existem aqueles portugueses que não se deixam influenciar pelo mediático e esplendoroso pecado da luxúria e que escolhem um Natal simples, mas com o que de mais importante existe: a família. Depois de se passar a noite de 25 de dezembro, eis que chega a altura de começarem os preparativos para o ano que está a chegar. As pessoas estão mais alegres e entusiasmadas porque têm seu coração cheio de esperança e apoiam-se no recomeço do ano com todos os objetivos que querem conquistar e com todas as novas ações que querem vir a realizar. Com a energia recarregada sentem-se prontos para entrar no Novo Ano com o “pé direito”, preparam o champanhe e as passas (um fruto seco muito conhecido, que segundo a lenda oferece 12 desejos) e prontificam-se para dar as boas vindas a 2016. Em Portugal costuma-se separar para cada pessoa 12 passas. As passas têm que ser comidas durante as 12 baladas das 23h59. De acordo com essa tradição, cada pessoa poderá pedir 12 desejos e, segundo se sabe, esses 12 desejos estão relacionados com os seguintes 12 meses do ano. Com esses desejos todos, só nos resta acreditar e confiar que o Novo Ano será favorável e amigo de todos. Esperamos, assim, que consiga passar um maravilhoso Natal e que realize todos os seus novos objetivos e perspetivas em 2016.
Íris Martins é jornalista, repórter & cronista
TEXTO LOBMAIER & NEGRÃO
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COLUNA
JURÍDICA
FGTS – O que é e como funciona o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço? 1
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O que é o FGTS? A sigla FGTS significa Fundo de Garantia por Tempo de Serviço. Esse fundo serve para garantir ao empregado a proteção, caso haja uma demissão sem justa causa, e também para auxiliar a pessoa a formar um patrimônio. Um dos maiores benefícios do Fundo é poder utilizar os recursos para a compra de um imóvel próprio, através do financiamento da Caixa Econômica Federal do Brasil. Como se dá a contribuição para o empregado? No início de cada mês é depositado o equivalente a 8% do salário bruto correspondente ao pactuado em contrato de trabalho. Esse valor não é descontado do salário, sendo, portanto, uma obrigação do empregador. O pagamento deve ser feito até o 7° dia do mês subsequente ao mês trabalhado em uma conta vinculada ao contrato de trabalho numa das agências da Caixa Econômica Federal no Brasil. Caso esse depósito não seja feito até a data de vencimento, o valor deve ser corrigido. É importante lembrar que as contas do FGTS, de acordo com a Lei 8.036/90, são atualizadas sempre no dia 10 de cada mês. O que é demissão sem justa causa? A demissão sem justa causa se dá quando empregador termina o vínculo empregatício de forma normal, sem justificar o motivo da demissão do funcionário. Nesses casos o empregado, após a rescisão contratual, poderá reivindicar o recebimento de suas garantias e seus direitos previstos na CLT (Legislação Trabalhista Brasileira). Quem tem direito a receber o FGTS? Todos os brasileiros que vivem no exterior e que atendam a pelo menos uma das seguintes condições, podem solicitar o saque do FGTS: a) Demissão sem justa causa;
b) Extinção de contrato de trabalho por prazo determinado; c) Recebimento de aposentadoria pelo INSS; d) Permanência do empregado fora do regime do FGTS por 3 anos ininterruptos; e) Permanência da conta vinculada por três anos ininterruptos sem crédito de depósito, para afastamento ocorrido até 3.7.1990.
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Como posso saber qual meu saldo na conta vinculada ao FGTS? Através de cadastro no site da Caixa Econômica Federal (www.caixa.gov.br) ou por meio de procuração do titular da conta endereçada à agência da Caixa Econômica com o fim específico de solicitação de extrato.
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Quais os documentos necessários para realizar o saque do FGTS? É preciso estar de posse de documento de identidade com foto, Carteira de Trabalho e n° de inscrição no PIS/PASEP. Vale lembrar que outros documentos podem ser exigidos, dependendo da circunstância em que o saque do FGTS for solicitado. Veja no link a documentação exigida para cada caso específico: http://www.caixa.gov.br/beneficiostrabalhador/fgts/condicoes-e-documentospara-saque-do-FGTS/Paginas/default.aspx
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Como posso solicitar o saque morando no exterior? É possível solicitar o saque através dos Consulados ou Embaixadas que estejam autorizados a realizar o pedido junto à Caixa. Alguns dos Consulados/Embaixadas que podem efetuar o pedido de resgate são: Consulado do Brasil em Genebra, Consulado do Brasil em Zurique, Embaixada do Brasil em Berlim, Consulado do Brasil em Frankfurt, Consulado do Brasil em Munique, Setor Consular da Embaixada do Brasil em Viena. Para conferir outras repartições diplomáticas que estão habilitadas a fazer o pedido, acesse
o link: http://www.caixa.gov.br/beneficiostrabalhador/fgts/perguntas-frequentes/ Paginas/default.aspx Também é possível fazer a solicitação através de procurador para atuar no Brasil.
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Como é feito o pagamento do FGTS? O valor da conta FGTS somente será liberado 15 dias úteis após a entrega do pedido, desde que todas exigências do requerimento tenham sido cumpridas. Se estiver tudo correto a Caixa irá depositar o valor na conta do beneficiário em qualquer banco. Na ausência de uma conta em seu nome, a pessoa poderá indicar a conta de alguém de sua confiança no Brasil para receber o valor.
Fonte: Caixa Econômica Federal
Lobmaier & Negrão Advocacia e Consultoria Patricia Lobmaier Advogada e Mestre em Direito Internacional Tel.: 076 665 60 33 [OAB/RJ 134.929] Patricia Brooking Negrão Advogada, Tradutora e Intérprete Tel.: 079 607 67 33 [OAB/SP 105.386] Esta coluna é uma colaboração das consultoras jurídicas do Conselho Brasileiro da Suíça. Para mais informações ou para enviar as suas perguntas, escreva para: info@lobmaier-negrao.ch info@conselho-brasileiro.ch
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Pela Suíça Para encerrar o ano com chave de ouro, a Brasil Infos realizou o II Grande Bazar de Natal de Berna. Na foto ao lado, Luciene Jutzi (esq.) e Deborah Biermann, duas das organizadoras do evento, que contou com produtos e delícias brasileiras, além de várias apresentações.
Gabriel Oliveira, da dupla Dulcinéia Enferrujada.
Forró, com o grupo Dança Brasil. Luciene Stöcklin apresentou danças do norte do Brasil.
Valeska Botacini organizou os trabalhos com as crianças.
A Brasil Infos deseja a todos um lindo Natal e muito sucesso em 2016. Aguardem nossa programação para o próximo ano! Se quiser receber a Newsletter da Brasil Infos, escreva para info@brasilianisch.ch
NUTRIÇÃO
“Saúde para dar e vender” Por Suzana Mantovani
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ano de 2015 vai chegando ao fim e um novo ano vem raiando, trazendo consigo a eterna promessa de esperanças e a desafiadora missão de nos presentear com a realização de nossos sonhos. Sempre colocamos muitas expectativas no futuro. Nele projetamos e idealizamos uma vida diferente e bem melhor. Fazemos muitos planos, com uma lista de resoluções e desejos para o próximo período. Porém, é fundamental compreendermos que a vida na verdade acontece „aqui e agora“ e que somos o resultado de todas as nossas ações no presente. Portanto, devemos aproveitar este momento para fazer um balanço, uma autoanálise profunda do que queremos e podemos modificar para aprimorar nossa qualidade de vida. Precisamos porém de planejamento e estratégias factíveis e graduais para alcançarmos nossos objetivos. A virada de ano é uma oportunidade para refletirmos sobre o que realmente queremos. Qualquer coisa que precisarmos executar, dependerá primariamente do nosso bem estar físico e mental. Por isso, dentre as novas propostas e resoluções devemos incluir também a avaliação dos nossos hábitos alimentares. Aqueles que praticam alguma atividade física talvez busquem uma performance melhor, outros querem “corrigir os ponteiros da balança”. Algumas mulheres planejam engravidar e tem também os pais, que buscam uma alimentação melhor para os filhos. Seja qual for o motivo, o mais importante é que estamos fazendo algo em prol do nosso bem mais precioso: a saúde. „Saúde“, de acordo com a definição da Organização Mundial de Saúde (OMS), não é somente a ausência de doença ou enfermidade, mas um estado de completo bem-estar físico, mental e social. Essa deveria ser a meta número 1 para o Ano Novo: mais saúde! Reavaliar, aprender e aderir a novos hábitos na nossa rotina e fundamentalmente com relação à nutrição, em busca da manutenção da saúde, prevenção, tratamento e cura de algum desequilíbrio ou de algum problema ou doença crônica. Uma alimentação equilibrada, balanceada, completa, adequada, com ajustes individualizados, tem um papel por vezes primário na prevenção e até no tratamento de algumas patologias, contribuindo na diminuição de sintomas e na efetividade da medicação e reducão dos efeitos colaterais da medicação que se faça necessária. Quando se está doente, mesmo um simples resfriado pode se prolongar e evoluir para uma doença mais grave. De acordo com a dieta alimentar, vamos ter uma melhora ou piora do quadro clínico. É importante selecionar os alimentos consumidos quando se está enfermo, pois alguns nutrientes e outras substâncias presentes nos alimentos podem acentuar os sintomas ou comprometer os efeitos da medicação, potencializando ou anulando sua ação, aumentando ou minimizando seus efeitos colaterais. Por onde começar? Pela atitude, pelo foco! E com muita vontade! Ela é a nossa principal força motriz. A partir daí, é só adicionar os demais “ingredientes”: determinaçao, dedicação e disciplina, para compor a deliciosa receita para alcançar qualquer meta com sucesso.
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É importante conhecer os princípios básicos de educação alimentar e nutricional que vão contribuir para o equlíbrio bioquímico do nosso organismo, para que não fiquemos expostos à carência de nutrientes. Queda ou fragilidade capilar, unhas quebradiças, infecções de repetição, alergias, depressão, doenças imunológicas, obesidade, magreza, dificuldades para manter o peso ideal ou ganho de massa muscular, fadiga, diabetes descompensada, hipertensão arterial e muitas alteracões orgânicas têm correlação direta ou indireta, ou são consequência de importantes carências ou desequilibrio nutricional. A desidratação também é um sintoma importante e deve ser evitado. Todos nós já ouvimos a célebre frase: “Somos o que comemos”. Isso é uma verdade! E mais: o que comemos, digerimos e absorvemos. Todos os alimentos que consumimos, são por nós digeridos, liberando os nutrientes, absorvidos e metabolizados, transformando-se em novas moléculas, que vão fazer parte do nosso organismo. É necessário haver harmonia e um perfeito funcionamento de todos os órgãos e sistemas para que todos o processos digestivos ocorram corretamente. Tudo o que ingerimos ao longo da vida, desde a nossa concepção, crescimento, maturidade e durante todas as fases biológicas, produz um impacto a curto, médio ou longo prazo. As demandas nutricionais são diferentes ao longo da vida e se modificam também de acordo com o meio que vivemos. Com certeza ocorrem alterações metabólicas no organismo das pessoas que modificam drasticamente sua alimentação e passam a consumir uma dieta diferente da que foi acostumada por toda vida. Também alterações nos horá-
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ESPAÇO INFANTIL
rios, na quantidade, na qualidade ou até a presença de substâncias alergênicas nos alimentos provocam alterações. O mesmo acontece com as pessoas que aumentam ou reduzem sua atividade física ou se submetem à maior exposição ao stress, cansaço, ansiedade, depressão, redução do tempo de repouso noturno ou aumento da jornada de trabalho. Com a excessiva e “atraente” oferta de „fastfood“ e preparações industrializadas, somos levados a um consumo exagerado desse tipo de produto, em detrimento dos alimentos „in natura“, seja pela praticidade, custo, pela falta de tempo, criatividade, conhecimento para cozinhar ou até em função do isolamento das pessoas. Muitos desses alimentos industrializados podem conter uma carga considerável de agrotóxicos, organismos geneticamente modificados e substâncias tóxicas. Deve-se considerar também que no processamento desses alimentos houve perdas significativas de nutrientes nobres, com excesso de substâncias como aditivos químicos artificiais, açúcar, frituras, sal ou calorias. Tudo isso compromete o valor e a qualidade nutricional do que se está ingerindo. Alia-se a isso o desconhecimento individual e o excesso de informação sem respaldo científico veiculada à população por fontes duvidosas. Nós, que mudamos de país e mudamos radicalmente nossa rotina, muitas vezes estamos mais sujeitos a inúmeras alterações metabólicas mais impactantes ao nosso organismo do que nossos compatriotas. Alimentar-se é um processo, uma arte, uma ciência que envolve, além das questões sensoriais, aspectos culturais, sociais, econômicos, religiosos e afetivos. Misturamos tudo de uma maneira particular: cores, aromas, texturas, temperaturas, sabores e tudo isso precisa nos fornecer o mais importante, precisa ter um significado maior para nós. É o simbolismo do amor próprio. Saber como nos alimentar corretamente, especialmente num país diferente do nosso, é algo que precisamos aprender ou reaprender. A nutrição é uma ciência fascinante. Alimentar-nos deveria ser mais do que um simples ato mecânico, deveria envolver muito mais que apenas o saciar da fome ou o prazer do paladar... A alimentação deveria fornecer todos os nutrientes que vão „re-criar“ um novo organismo, mais saudável, resistente e belo, interna e externamente. Na hora de tomar suas decisões de começos, metas e recomeços, reflita bastante e inclua neste novo ano uma nova e importante proposta: melhores hábitos alimentares e por conseguinte uma melhor nutrição, para obter mais saúde! Em 2016, alimente esta ideia e tenha um ano mais feliz!
* Suzana Mantovani é Nutricionista Clínica e Consultora na área de Nutrição em geral, esportiva e médica. Contato: +41 78 661 2093
Torta de Bacalhau (Receita de Sueli Aquino - salgadosdelivery@ hotmail.com.br) Ingredientes 1/2 kg de bacalhau 1 cebola média 1 kg de batatas 3 tomates 3 pimentões 1 colher de sopa de extrato de tomate Sal a gosto 1/2 xícara de chá de óleo 3 claras 3 gemas 3/4 de xícara de chá de maisena 2 colheres de sopa de margarina 1 colher de chá de fermento em pó 5 colheres de sopa de queijo ralado 1 xícara de chá de leite Azeitonas sem caroço
Modo de fazer Deixe o bacalhau de molho na água de um dia para o outro. Escorra, retire a pele e as espinhas e desfie. Misture com a cebola, o tomate e os pimentões, todos picados. Acrescente o extrato de tomate e o sal e misture. Leve ao fogo, refogue no óleo e reserve. À parte cozinhe as batatas com as cascas. Depois escorra e descasque ainda quente. Passe no espremedor e reserve. Bata as claras em neve, junte as gemas, a maisena, a margarina, o fermento, o queijo, o bacalhau e a batata. Por último, o leite. Mexa bem, espalhe azeitonas e asse em forno médio por 25 minutos. Bom apetite!
Boas Festas! Por Patrícia H. Fuentes Lima
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s festas do final de ano são muito especiais no mundo e especialmente valorizadas nos países de língua portuguesa. Em países como o Brasil ou Moçambique essas festas são sinônimo de paz, união, confraternização e espírito comunitário. O mês de dezembro em cidades como o Rio de Janeiro, Vitória, São Paulo ou Salvador traz o começo do verão. O calor invade nossa vida e mantém no ar o doce cheiro de mangas, abacaxis e maracujás. Muitas famílias dividem seus dias limpando a casa, decorando portas, reorganizando a mobília e separando o que deve ser doado ou jogado fora. Quem planeja um jantar para receber os parentes vai pesquisar preços nos supermercados e feiras, para comprar tudo fresquinho ou com melhor qualidade. A busca por pequenas lembrancinhas, presentinhos ou aquele agrado especial torna-se parte das conversas. Todo mundo tem uma sugestão engraçada ou comenta um achado curioso. Nada melhor do que a trinca perfeita, os três B’s: bom, bonito e barato.
A ceia natalina ou de réveillon varia de região para região e oferece iguarias e aperitivos: peru assado, bacalhau gratinado, frutas da época e todo tipo de sobremesas. Há quem aproveite o final de ano para comprar bons vinhos, renovar o estoque de refrigerantes e sucos e escolher um espumante de qualidade para festejar a noite branca do dia 31 de dezembro, evento coletivo, mágico e espiritual. Quando eu era pequena lembro-me de um Natal particularmente especial, em que a mesa fora posta às sete horas da noite, mas só teríamos permissão para comer cinco horas depois. Eu e os meus primos rondávamos a mesa como cachorros famintos, vigiando uma linguiça ou como lobos espreitando a caça! Tentávamos matar o tempo correndo na rua, fazendo brincadeiras de esconde-esconde ou pega-ladrão. Neste Natal em particular, lembro que de tanto esperar e brincar adormeci profundamente. Só acordei quando já era noite. Ao abrir os olhos, senti que meu pai saía da casa dos meus tios comigo no colo. Ele me segurava com cuidado, para que eu não acordasse. Jamais esquecerei aquela sensação de proteção, amor e segurança.
BRINCANDO COM A LÍNGUA PORTUGUESA
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Fatos e argumentos Por Paulo Hebmüller
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sendo na cadeia os não cidadãos que já eram fora dela.
Tem também: contra fatos não há argumentos. Essa frase é um fato – ou é um argumento? (Aproveite o embalo e defina aí o que é “fato”. Notícias, por exemplo: são fatos?)
Como demonstra há tempos o jornalista Caco Barcellos, é o tal “cidadão de bem” – e não o criminoso, digamos, “profissional” – quem mais mata no Brasil. São as mortes que derivam de brigas de trânsito ou de bar; de ex-cônjuges que não aceitam o fim de um relacionamento ou estão de olho em seguros ou heranças; de sócios para quem a sociedade já está grande demais; e assim por diante. Gente que tem armas para “se defender”.
ma imagem vale por mil palavras. É? “Sempre que ouço essa frase, na qual se pretende apresentar como óbvia a supremacia da imagem, desafio: ‘Diz isso sem palavras’”, escreveu Millôr Fernandes.
Morávamos na época numa rua modesta, sem calçamento ou muita iluminação. Em nossa cidade, como em outras centenas de milhares de cidadezinhas do interior do Brasil, o desenvolvimento e o progresso caminhavam a passos lentos, tal como meu pai naquela noite de paz. Lembro-me de ter sentido a claridade das luzes da sala de minha casa se acendendo e meu pai me pousando no chão para uma pequena festa infantil, na qual abrimos contentes pequenos presentes. Diante de meus olhos e sob a minhas mãos papeis coloridos, dourados se desfaziam para revelar jogos de chá, lápis de cor, bonequinhas e livrinhos. Naquele momento mágico e esperado só tínhamos olhos para as caixas dos presentes e suas novidades. Não lembro a que horas voltei a dormir naquela noite, que para mim não teria fim. De menina, tornei-me adolescente e de jovem passei a ser mulher. Os presentes se modificaram ao longo desses anos: bicicleta, mochila, vestido, perfumes, um jogo luxuoso de maquiagem, livros, CDs. Ao longo desses anos também vivemos épocas difíceis, em que a festa se resumia a uma ceia preparada com carinho, ao sorteio de presentes modestos ou mesmo à organização de um amigo secreto. Na essência, desejamos aquela reparadora sensação de criança. Algo que lembre a esperança de um mundo mais pacífico, unido e integrado, uma noite eterna de silêncio e paz. Diferenças, dúvidas e duelos cotidianos afastados em prol de uma causa maior, mais caridosa e feliz. Na suave vivência desta noite, o brilho de uma estrela boa e afortunada pairando no céu para todos os seres da terra, numa noite escura, traria o conforto, a certeza de sentir-se carregado e cuidado pelos braços de um pai ou mãe universais.
Patrícia H. Fuentes Lima é fundadora e editora de criação da “Revistinha - cultura de um jeito divertido”. Para mais informações, procure http://www.revistinha.org.
Nas redes antissociais, cada vez mais tenho visto essa frase ser utilizada por gente que apresenta argumentos nos quais o “g” da palavra poderia ser trocado sem nenhum prejuízo por um “j”. É como aconteceu há poucos dias, quando o deputado Laudívio Carvalho (PMDB/MG) comemorou a aprovação, numa Comissão Especial da Câmara Federal, do projeto que relatou para afrouxar as regras de controle para compra e porte de armas. Trata-se de “flexibilizar” (outra palavrinha boa, que em geral não significa “tornar mais flexível” coisa nenhuma, mas sim limar ou eliminar direitos ou garantias, em especial dos trabalhadores), enfim, “flexibilizar” o Estatuto do Desarmamento, sancionado no Brasil em 2003. Disse o deputado que o projeto devolve ao “cidadão de bem” o direito de “se defender”.
“Argumento” é também palavra que está na definição do Aurélio para “sofisma”: “argumento falso formulado de propósito para induzir outrem a erro”. Armas para defesa? Sofisma. Armas são feitas fundamentalmente para o ataque. “Arma é um instrumento de morte, não de defesa”, diz Rogério Sottili, Secretário Especial de Direitos Humanos. Já estamos batendo na porta dos 60 mil homicídios por ano no Brasil. É um fato. Para os “cidadãos de bem”, talvez ainda seja pouco. E então vira um argumento.
Tomemos “cidadão de bem”: por que é preciso adjetivar a cidadania? Cidadão é portador de direitos. Ou eles são garantidos a priori a todos, e aí não é necessário o penduricalho “de bem” – ou não são. Os presos da Operação Lava-Jato (empresários, gente fina, elegante e sincera) são tratados na forma da lei, estão em prisões especiais e têm direito a toda a defesa dos mais caros advogados que seu dinheiro pode pagar. Já os presos pretos e pobres nas operações policiais cotidianas não escapam de tortura e das cadeias infectas. Uns são “cidadãos de bem”; outros seguem
*Paulo Hebmüller é jornalista e mora em São Paulo pauloeh@uol. com.br
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COACHING
Missão cumprida! Por Tulia Lopes
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ada mais prazeroso que a satisfação de uma “missão cumprida”! Depois de quase um ano de preparação, finalmente fechei com chave de ouro um dos meus projetos deste ano. Também interessante é perceber como toda a adrenalina necessária para desenvolver e fazer acontecer, uma vez realizada a tarefa, desaparece e se transforma em um ‘prazeroso cansaço’. Vale também dizer que às vezes o nível de adrenalina durante o processo de desenvolvimento é tão alto, que depois da missão cumprida a única forma de reduzi-lo é indo para cama mesmo. Ou seja, nosso corpo, usando sua intríseca sabedoria, se deixa adoecer, para que assim recuperemos toda aquela energia investida anteriormente. Missão cumprida, mas o próximo ano está quase aí na esquina. E como dizem por aí: “Ano Novo, vida nova”! Mas que vida nova é essa tão almejada no começo de cada ano? Planos, ideias, expectativas de tudo que nunca se pôde fazer antes, no ano anterior ou em vários anos anteriores são reativados no começo de cada ano. Com aquela convicção que “esse ano sim, eu faço isso”! Hummm! Segundo empreededores de sucesso, a maioria das pessoas “sobreestima” o que pode fazer em um ano, e “sub-estima” o que pode fazer em três. E por isso mesmo acaba desanimando no meio do caminho. Segundo eles, devemos fazer nossos planejamentos futuros almejando resultados em frações de três em três. E a partir daí, planejar em ordem inversa. Ou seja, o que quero obter daqui três anos? Portanto, que resultados devo atingir no segundo ano, que me facilitarão alcançar meu objetivo do terceiro ano? Logo, o que devo fazer no primeiro ano para gerar os resultados do segundo ano, que serão a base do meu resultado final no terceiro ano? Parece complicado, mas na verdade não é. Faz sentido e é uma forma bastante prática de se planejar e obter resultados tangíveis, que serão conseguidos durante o percurso e que nos darão a satisfação de saber que estamos indo pelo caminho certo. Eles na verdade são essenciais para a conquista do nosso objetivo final, em três anos. Mas para poder começar esse planejamento, todo empreendedor tem um grande desafio pela frente: “clareza”. Saber onde está indo e onde quer chegar. Muita gente quer “algo”, mas muitas vezes não têm clareza suficiente do que quer exatamente. Como consequência, essas pessoas são incapazes de analisar e verificar quais são os recursos (pessoais e externos) necessários para atingir “aquilo” que desejam. Para este ano que se aproxima eu sugiro a vocês que, em vez de simplesmente desejar uma Vida Nova, façam as seguintes perguntas a si mesmos: Para ajudar, darei o meu próprio exemplo. - O que é realmente importante para mim? - Ser independente. Contribuir de forma positiva em grupos e comunidades aos quais pertenço. - Quais são meus valores? - Integridade, honestidade e respeito ao próximo. - Estou vivendo de acordo com meus valores? - Sim. - Como eu gostaria de viver, desenvolver minha vida, com base nesses valores e para que possa atingir os meus objetivos? - Desenvolver um trabalho que me permita viajar e ter mobilidade suficiente para ir e vir, quando for necessário e conveniente para mim. Contribuir de forma direta e indireta na melhoria da vida pessoal e profissional de pessoas e grupos nos quais participo direta e indiretamente, através do meu próprio exemplo. Ter a retribuição financeira que esteja equiparada com o valor do
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meu trabalho e me permita viver da forma que eu considero confortável e prazerosa. Ter saúde física, mental, emocional e espiritual. - Estou me desenvolvendo a cada dia para atingir o que é realmente importante para mim? - Vamos supor que minha resposta aqui fosse não. - Se a resposta é não, o que posso fazer neste momento para chegar a isso? (E aqui faça um plano de três anos) - Perguntas a serem feitas a si mesmo para poder traçar esse plano de três anos: Quais profissões/atividades/negócios permitirão que eu possa obter a independência que tanto almejo? Uma vez definidos, estou preparado? Se não estou, o que preciso? Em que áreas devo me capacitar para poder desenvolver os recursos necessários? Quanto tempo isso levaria? Qual é o nível salarial/honorários/receita que espero obter em três anos? Ao responder honestamente e conscientemente essas perguntas você poderá ter noção de onde está, de onde quer chegar, do que você precisa para chegar lá, do que já possui e do que ainda falta. A partir daí outras perguntas surgirão, e que sejam bem-vindas! Quanto mais perguntas, mais clareza. Talvez aquele projeto que já foi passado de ano em ano e já estava na lista dos almejados para o próximo ano tenha que ser transferido para daqui a três anos. Porém, considere isso uma boa notícia porque com um planejamento consciente, detalhado e claro, você não somente terá a possibilidade de realizar esse projeto, mas seguramente outros mais. E poderá então experimentar o prazer de uma missão cumprida! Se anima? Tulia Lopes é empreendedora, escritora e uma “líder de salto alto”. Sua missão é capacitar mulheres a se tornarem melhores comunicadoras, líderes e gestoras. Realiza treinamentos em Zurique, Barcelona e no próximo ano estará também em Porto e Munique. Seu livro - Leading in High Heels – em breve estará disponível em português. Confiram mais dicas na sua página Tertulia com Tulia (http://www.tertuliacomtulia.com ; www.tertuliacomtulia.com).
PREVENÇÃO MADALENA’S
22 // DEZEMBRO 2015
Lúcia Amélia lança o livro “Uma Mulher Feliz - Eine Glückliche Frau”
Lúcia Amélia e seu livro, durante sessão de autógrafos
“U
ma Mulher Feliz” é um livro leve e despretensioso, dotado de uma impressionante capacidade de prender o leitor pela singularidade da escrita de sua autora. Mulher sensível e empreendedora, é uma entusiasta militante na luta contra o tráfico e a exploração sexual de mulheres, cuja causa abraçou em toda a sua plenitude através da ONG MADALENA’S, com atuação no Brasil e na Suíça. Numa reunião de contos, crônicas e poesias, Lúcia Amélia passeia com destreza pela ficção e pela vida real, dela extraindo o que de melhor
O número no momento só é acessível na Suíça a partir de telefone fixo.
pode haver num escritor: a sinceridade nas palavras, a exprimir seus mais puros sentimentos de mãe, mulher, escritora, atriz, revelandose uma artista completa. E revela a dor das mulheres abusadas que batem à sua porta em busca de auxílio: “Meu corpo foi abusado, violentado, meus direitos desrespeitados. Fui espancada com requintes de crueldade. Em minhas entranhas sentia o entrar e sair de corpos desconhecidos, fedidos, nojentos, bêbados, drogados, esfarrapados e fardados. Chorei, sofri, assisti a minha última agonia, sobre-
vivi... Tornei-me escrava de minha própria dor. Sentia-me culpada, suja, uma vilã. Por tudo o que passei nunca poderia me perdoar. Eu era a única culpada, a safada, a sedutora. Eu mereci passar por tudo o que passei, também, quem mandou ter nascido mulher?” “Uma Mulher Feliz” é um livro feito para que possamos olhar a vida com os olhos da compreensão para nós mesmos, e com os olhos do amor para aqueles que nos estão próximos.
SOBRE A AUTORA
Lúcia Amélia Brülhardt, autora brasileira radicada na Suíça, preside há 15 anos a ONG MADALENA’S, cuja missão é prevenir e lutar contra a violência doméstica, o tráfico e a exploração sexual de mulheres, um esquema criminoso que envolve bilhões de dólares e cuja existência e perniciosidade ainda é desconhecida por muitos. Apesar de fisicamente distante do Brasil, por abraçar uma causa em que sua integridade chegou a ser ameaçada, Lúcia Amélia faz ecoar seu país por onde passa, sem jamais esquecer suas origens, e declama sobre a Maria Bonita de Lampião: “No vazio de uma mente entre flores e sementes, nascem passagens e dores de um ser ausente. Que sente o presente. Que chora a vida indiferente. Que sente a sede indecente. Num universo de homens valentes, existirá sempre uma mulher presente, em um universo transparente, que fala a mesma língua da gente. Ser vivente, sobrevivente, entre cobras e serpentes, rainha do cangaço, que somente desejou o teu abraço.” Por seus trabalhos literários e sociais recebeu da Câmara Municipal de Niterói a medalha Doutor José Clemente Pereira e na Suíça, o Troféu Imprensa 2009 do Jornal e Revista Perfil. Contato: www.luciaameliamadalenas.com http://www.rebra.org/escritora/escritora_ptbr. php?id=1796 Página oficial no Facebook: Lúcia Amélia
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Brasil Flash TV Grande festa na comemoração do sexto aniversário da Brasil Flash TV.
24 // DEZEMBRO 2015
CardioFatio Tenho o prazer de anunciar, que inaugurei o meu consultório de cardiologia e medicina geral. A minha experiência ao longo dos anos adquirida LT OVZWP[HPZ L NYvTPVZ JPLU[PÄJVZ TL WLYTP[L HJVUZLSOHY L [YH[HY KL THULPYH WYVÄZZPVUHS VZ pacientes a mim encaminhados. A cardiologia é minha paixão, mas o mais importante é a pessoa em quem o coração bate. Competências:
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DEZEMBRO 2015 // 25 Deborah Maristela Biermann
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COMENTÁRIO
26 // DEZEMBRO 2015
O Natal nem sempre em família Por Jacqueline Aisenmann
V
enho de uma região praiana (Laguna, Santa Catarina) onde, na época de Natal, a neve sobre a árvore montada junto ao presépio recebia “neve” de algodão para ficar parecida com as imagens que tínhamos das verdadeiras árvores natalinas, as europeias! Juntamente com a árvore e o presépio, juntavam-se os presentes, que eram esperados ansiosamente até a meia noite do dia 24 quando, finalmente, tínhamos o direito de correr até eles e procurar por aquele ou aqueles que tinham nosso nome. Fui uma criança feliz que pode aproveitar desses momentos em família nos quais, para culminar a alegria do evento, tínhamos a ceia tradicional em família, com o peru recheado e assado e seus acompanhamentos. Confesso que nunca fui fã da carne de aves e, nessa noite especial, sempre procurava comer os acompanhamentos e principalmente as sobremesas. Ah, essas são até hoje inesquecíveis! Principalmente os doces e
tortas preparados por uma tia com mãos de fada. Sua torta mais famosa chamava-se Marta Rocha, uma especialidade, lá do Sul, eu penso, coberta com fios de ovos! Desde que viemos morar aqui na Suíça, há mais de vinte e cinco anos, tentamos manter as tradições o máximo possível. Da árvore aos presentes, do presépio até a ceia. Enquanto os filhos eram pequenos tudo fizemos para que as tradições natalinas se mantivessem no lar e no coração. Mantivemos mesmo a tradição do Papai Noel! Lembro das tantas vezes em que deixava as crianças no quarto e “fingia” ruídos e “oh-ho-hos” para que eles assim pensassem que o bom velhinho estava passando para deixar os presentes. E bem que durou essa fase tão boa! Até um dia em que minha mãe, com sua franqueza alucinante, disse simplesmente aos meus filhos que Papai Noel não existia! Foi um caos no momento e motivo de muitas risadas com o passar dos anos. Claro que quando os filhos vão ficando adultos, vão tomando outros rumos e nem sempre é
mais possível realizar o que era feito antes como tradição. Então o que fazer? Mudamos os hábitos! Ao invés das reuniões familiares exatamente na data de Natal, nos reunimos para o aniversário da filha (dias antes da festa) e depois, em geral, viajamos. Nosso destino favorito é Strassbourg, na França, com seu lindo e reluzente “Marché de Noel”. Também gostamos muito da feira natalina da cidade de Montreux, aqui pertinho de Genebra, que oferece muito a ver entre os enfeites e a grande quantidade de “barraquinhas” (chalés) com produtos natalinos. Ainda assim, depois de tanto tempo fora do Brasil, o que mais faz falta a todos aqui em casa são duas coisas fundamentais: a família (infelizmente a maioria dela faleceu enquanto aqui vivíamos) e os amigos! Ah, e como fazem falta! Por isso mesmo mantenho espalhados pela casa grandes molduras repletas de fotografias. Dessa forma, cada vez que passamos diante de um dos quadros, sempre temos sorrisos que desabrocham ao ver uma ou outra cena. Agora que se aproxima mais um Natal, mais um novo ano, vejo que faremos nossa festa como temos feito há alguns anos. Até já encomendei a torta e os salgadinhos brasileiros! E depois faremos o jantar de fim de ano, com as comidinhas tradicionais que vêm também desde a minha infância. Sem esquecer as lentilhas e as uvas! E que venha 2016! Para ele, para este ano de 2016, só tenho dois pedidos, não só para mim, mas para toda a humanidade: saúde e paz. Porque o resto, tudo o que vem depois, vem exatamente assim: depois. Com saúde e paz temos o principal para viver e ir à luta por tudo que possamos desejar! Feliz Natal a todos! Feliz Ano Novo!
Jacqueline Aisenman, escritora, editora da Varal do Brasil
VIDA NA SUÍÇA
DEZEMBRO 2015 // 27
Dicas de Eventos de Final de Ano D
ezembro é a época das festas de fim ano, com muitos eventos natalinos, mercados e festivais para celebrar as datas festivas. O Vida na Suíça preparou algumas dicas de eventos que ocorrerão na Região de Zürich:
(19/11 a 23.12) Christkindlimarkt na Hauptbahnhof: O mercado de Natal mais famoso de Zurique fica dentro da estação central e é um dos maiores mercados “indoor” da Europa. São mais de 150 barraquinhas à disposição do público com a mais variadas opções natalinas. O grande destaque fica para a enorme árvore de Natal decorada toda com cristais Swarovski. Os detalhes você encontra aqui: http://www.christkindlimarkt.ch/2015/
(27/11 a 23/12) Weihnachtsmarket Winterthur: O mercado de Natal de Winterthur está localizado na parte antiga da cidade e é um dos mais bonitos da Suíça. Cerca de 100 barraquinhas com comidas, bebidas e comércio de produtos natalinos estão espalhados pela feira! Vale a pena conferir: http:// www.weihnachtinwinterthur.ch/de/weihnachtsmarkt/index.php (04/12 a 06/12) Feira de Coleções Natalinas: Esta feira ocorre todos os anos e nela as pessoas podem encontrar uma vasta coleção de itens natalinos e várias antiguidades. Uma boa opção para um bom presente de Natal. Detalhes aqui: http:// www.weihnachts-sammlerboerse.com/
(27/11 a 06/01) Exibição de Natal no Nationalmuseum: Esta exposição ocorre no Museu Nacional da Suíça em Zurique e mostra diversas cenas natalinas com lindas paisagens de inverno. Além disso, as crianças podem escutar histórias de Natal e fazer presentes típicos com os guias do local. Mais informações: http://www. nationalmuseum.ch/e/
(11/12 a 20/12) Christkindlimarkt em Rapperswil: O mercado de Natal de Rapperswil é um dos maiores da Suíça e oferece cerca de 200 barraquinhas com diversas especialidades natalinas! Confira as informações aqui: http://www.christkindlimaert.ch/ christkindlimaert/wDeutsch/aktuell/aktuell. php?navanchor=1110000
(06/12) Zürich Samichlaus Schwimmen: Natação ao ar livre em pleno inverno! Qualquer pessoa pode se inscrever para participar desta “gelada” competição que é umas das mais tradicionais da Suíça. O número de participantes é limitado a 350 e os contatos para inscriçãoo são: +41 76 526 10 78 e hallo@samichlausschwimmen.ch. A taxa é de CHF 22.- Parte da renda é revertida para instituições de caridade!
(30/11 a 23/12) Märlitram: Ótima dica para as crianças é o passeio natalino no Tram do Samichlaus, no qual dois anjos contam diversas histórias de Natal durante o passeio. A diversão dura 20 minutos, é para crianças de 4 a 10 anos e custa CHF 8.- Veja mais detalhes aqui: https://www. stadt-zuerich.ch/vbz/de/index/freizeit_events/ genuss_mit_den_vbz/maerlitram.html (19/11 a 23/12) The Singing Christmas Tree: Nesta festa as pessoas podem saborear diversas comidas e bebidas típicas nas barraquinhas espalhadas pelo evento, bem como assistir um coral formado por crianças e jovens que cantam diversas músicas de Natal. Vale à pena conferir: http://www.singingchristmastree.ch/
(17/12) Lichterschwimmen: Evento tradicional, que ocorre no ponto da Stadthausquai, no qual 800 velas são colocadas para flutuar ao longo do rio Limmat. A procissão começa às 18h conforme pontualidade suíça. Mais informações podem ser acessadas aqui: https://www.zuerich.com/en#footer
(31.12) Virada do Ano novo – Fogos de Artifícios: Esta é a maior queima de fogos de Ano Novo da Suíça. O evento começa às 20h e muitas barracas oferecem comidas e bebidas do mundo todo! Excelente opção para a virada do ano! As informações podem ser encontradas aqui: http:// www.silvesterzauber.ch/highlights/ Outras opções no nosso site: www.vidanasuica. com e confira a programação Natalina!