CONSTRUIR NORDESTE
ano XII | nº 59 | outubro 2011
| www.construirnordeste.com.br
arquitetura | tecnologias | mercado | índices | preços de insumos
| custos de serviços (só para assinantes)
SISTE MAS DE SEGURANÇA CHE GAM ÀS OBRAS | L OCAÇÃO DE MÁQUINAS CRESCE NO RIT MO DA CONSTRU ÇÃO
FORTALEZA
UMA NOVA ORLA SE ANUNCIA
R$ 12,90 | € 5,60
Projeto urbano dará modernidade à beira-mar
Edição 59 | outubro 2011
ARQU ITETURA Recife terá obras para a mobilidade urbana
ENTRE VIS TA Novo Código Florestal pode impactar a construção
Jorge Hereda – Presidente 14,5% do crédito imobiliário
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SUMÁRIO n CAPA | 42
n ARQUITETURA & INTERIORES
ARQUITETURA Projeto urbanístico dará uma nova vida à orla de Fortaleza
38 Obras de grande porte prometem dar mobilidade ao Recife 48 Traço pernambucano de Mônica Paes no Evidencia Astoria de Lisboa
n TECNOLOGIA 66 Sistemas de segurança mostram o que se passa em obras e condomínios
n ECONOMIA & NEGÓCIOS 70 A construção dá carga total à locação de máquinas e equipamentos 74 Salão Imobiliário da Bahia termina com bons negócios 78 Feiras em São Paulo e no Nordeste atestam o poder de compra da construção
n ENTREVISTA | 18 Jorge Hereda: a Caixa Econômica Federal deve liberar R$ 90 bilhões para habitação no país em 2011
n VIDA SUSTENTÁVEL | 58|8 O novo Código Florestal pode interferir na construção das cidades
n TECNOLOGIA
| 62 Vidros solares refletem economia de energia e conforto
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n SEÇÕES 14 SHARE 28 RESPONSABILIDADE SOCIAL 34 TRENA 33 PAINEL CONSTRUIR 36 VITRINE 61 COMO SE FAZ 31 DIA A DIA NA OBRA 84 INSUMOS 89 ONDE ENCONTRAR
n COLUNAS 16 PALAVRA | Waldecy Pinto 41 D&A | Ricardo Castro 55|5 VISTO DE PORTUGAL | Renato Leal 73 CONSTRUIR ECONOMIA | Frederico Katz 77 INDICADORES IVV | José Freitas 83 INDICADORES CUB | Clélio Moraes
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CARO LEITOR
A
s boas notícias cada vez correm o mundo com mais rapidez. Não demorou nada para que o projeto de requalificação da orla de Fortaleza viesse parar na reunião de pauta e, logo, na capa da nossa revista. O que poderia ser só uma reportagem, na verdade, traça um caminho mais largo que a Construir NE está percorrendo, com a estreia, nesta edição, do correspondente da Bahia, Pacheco Maia Filho, e a participação do repórter cearense Hugo Renan Nascimento, assinando o texto de capa com detalhes do projeto escolhido num concurso nacional de ideias, promovido pela Prefeitura de Fortaleza. A cidade e os trabalhadores da beira-mar esperam os bons ventos trazidos pela iminência da Copa de 2014. O grande evento do futebol mundial promete deixar um saldo positivo no traçado urbano das cidades-sede, como é o caso do Recife que, por sua vez, prepara um arrojado projeto de mobilidade com viadutos e novos meios de locomoção, levando a hoje utópica proposta de fazer a população deixar seus carros em casa. Estamos na torcida por essa sustentável realidade, “pois é dos sonhos dos homens que uma cidade se inventa”, já escreveu o poeta pernambucano Carlos Pena Filho. De sonhos e de concreto se erguem obras e se constroem profissionais que doam seu sangue ou são incluídos no mundo digital em ações de responsabilidade social das construtoras Gabriel Bacelar, em Pernambuco, e Cyrela, na Bahia, como você poderá conferir nas próximas páginas. Na entrevista especial, trazemos o presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda, um arquiteto baiano que enfrenta o desafio de continuar a escalada para reduzir o déficit habitacional do país, aumentando a liberação de recursos que estimulam a cadeia nacional da construção. A cada edição, encontramos setores e segmentos que vivem ou revivem um crescimento suspenso pela construção, como o de locação de máquinas pesadas mostrado pela repórter Cristina França. Já que o sol parece não se pôr, o editor do site da Construir NE, Edilson Vieira, nos abre as janelas e portas do inovador mercado de vidros solares, que vem ganhando visibilidade no Nordeste. Em outra matéria, ele revela a disponibilidade de sistemas de segurança de visível tecnologia para obras e condomínios, um serviço cada vez mais procurado. Para terminar, avisamos que ainda não paramos de mudar, buscando sempre oferecer o melhor aos nossos leitores. Seja em notícias, seja no traço do nosso mais novo colaborador: o cartunista Samuca, que diagrama e ilustra, com seu bom humor, nosso trabalho. Bem-vindo! Boa leitura.
Elaine Lyra (publisher)
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EXPEDIENTE Foto capa: Gisa Carvalho ano XII | nº 59 | outubro 2011 | www.construirnordeste.com.br
Diretora Geral | Elaine Lyra
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FORTALEZA
Uma nova Orla se anuncia Projeto urbano dará modernidade à beira-mar
REVISTA CONSTRUIR NORDESTE edição 59 | outubro 2011 | 10.000 exemplares
R$ 12,90 | € 5,60
Conselho Editorial Adriana Cavendish, Alexana Vilar, Augusto Santini, Bruno Ferraz, Celeste Leão, Clélio Morais, Eduardo Moraes, Elaine Lyra, Francisco Berek, Haroldo Azevedo, José G. Larocerie, Lailson de Holanda, Mário Disnard, Renato Leal, Ricardo Leal,
ARQUITETURA Recife terá obras para a mobilidade urbana
ENTREVISTA Novo Código Florestal pode impactar a construção
Risale Neves, Serapião Bispo e Carlos Valle.
Jorge Hereda – Presidente da CEF: Nordeste ficou com 14,5% do crédito imobiliário
Conselho Técnico Alberto Casado, Alexandre Gusmão, Arnaldo Cardim de Carvalho Filho, Cezar
Publicidade e Projetos Especiais construir@construirnordeste.com.br | 55 81 3038 1045
Augusto Cerqueira, Béda Barkokébas, Eliana Cristina Monteiro, Emília Kohlman,
Marketing e Eventos- Lucas Miranda
Fátima Maria Miranda Brayner, Kalinny Patrícia Vaz Lafayette,
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Professores
Stela Fucale Sukar, Yêda Povoas.
REDAÇÃO | redacao@construirnordeste.com.br
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Publisher | Elaine Lyra
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Edilson Vieira | edilsonvieira@construirnordeste.com.br
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Secretária Executiva | 55 81 3325.2782 Alda Paula de Andrade | aldapaula@construirnordeste.com.br
Fotografia
Assistente administrativo-financeiro
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Zdizain
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Diagramação e ilustração
55 81 3038 1045 | 55 81 3038 1046
Samuca
Endereço: Av. Conselheiro Aguiar, 1555/36 | Boa Viagem | Recife/PE CEP 51 111-011 | 55 81 3038 1045 | 1046
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AGENDA
CARTAS
Olhando uma caçamba coletora na minha obra, tenho a impressão de que há uma grande variedade de materiais na composição dos entulhos. Como é realizado o tratamento desses resíduos para a produção de agregados reciclados? A variabilidade de materiais presentes na composição dos resíduos de construção realmente existe e é justificada pelo ambiente dinâmico do canteiro de obra, com várias atividades (carpintaria, alvenaria, concretagem etc) sendo realizadas concomitantemente. Por esta razão, pode-se afirmar que a reciclagem dos resíduos de construção e demolição deve ser iniciada na fonte geradora dos resíduos, separando-os em função dos seus materiais constituintes (madeira, concreto, metal, plástico etc). Vale ressaltar que esta atitude contribui também para que os empreendimentos tenham canteiros de obras mais organizados e, consequentemente, mais seguros, eficientes e econômicos. Em se tratando da produção de agregados reciclados de RCD, as peças de concreto devem ser encaminhadas para uma usina de reciclagem, onde serão inspecionadas, a fim de verificar a ocorrência de contaminação por materiais indesejáveis como graxas e óleos. Sendo liberadas na inspeção, elas serão recebidas e armazenadas. Em seguida, as peças de concreto terão as suas dimensões reduzidas, de forma a serem beneficiadas em um britador – a abertura na entrada do britador ditará o tamanho das peças
nesta etapa. Após o processo de britagem e com o auxílio de esteiras rolantes, os resíduos passam por um eletroímã – para a retirada dos eventuais componentes metálicos – e, em seguida, são encaminhados para um jogo de peneiras de diferentes aberturas de malha. Na etapa de peneiramento, os agregados reciclados serão separados em diferentes faixas granulométricas. Vários estudos demonstram que os agregados reciclados obtidos por meio do processo de beneficiamento possuem excelentes qualidades para aplicação em pavimentação e confecção de artefatos de concreto sem função estrutural. No entanto, o processo de reciclagem pode ser alterado para a obtenção de agregados que atendam a critérios técnicos mais específicos. É importante lembrar também que, além de todos os benefícios ambientais, a reciclagem de RCD apresenta-se como uma alternativa vantajosa, por representar uma possibilidade de converter uma fonte de despesas para o setor público e para os construtores em uma fonte de faturamento e economia. *Prof. Dr. Éder Carlos Guedes dos Santos PEC/Poli/UPE
Curso de Etiquetagem de Edifícios Residenciais (Selo Procel de Eficiência Energética) Data: 31 de outubro a 5 de novembro de 2011 Local: Sinduscon/PE (Rua Marquês de Amorim, 136 – Ilha do Leite – Recife/PE) www.sindusconpe.com.br
4º Concurso Cultural de Projetos de Arquitetura Novo Núcleo Data: até 7 de novembro de 2011 Local: Novo Núcleo (Av. Domingos Ferreira, 1486/sala 12 - Boa Viagem – Recife/PE) http://www.novonucleo.com.br/concurso/ 9ª Bienal Internacional de Arquitetura Local: OCA - Parque do Ibirapuera - São Paulo - Brasil Data: 2 de novembro a 4 de dezembro de 2011 www.nonabia.com.br
Prêmio Nacional para Estudantes de Arquitetura Data: até 31 de outubro de 2011 Local: sede do IAB/SP (Rua Bento Freitas, 306/sala 43 - São Paulo/SP) www.iabsp.org.br Construir Rio
Que medidas são mais eficientes para a redução do consumo de água na construção de prédios? O consumo de água em uma obra varia com o volume de serviços de alvenaria, revestimentos e pisos, entre outros. Porém, acredita-se que o setor de maior consumo de água nas obras ocorre na área de vivência (sanitários, refeitório e escritório), embora quase não haja dados disponíveis sobre o consumo de água nos canteiros de obras. Como se trata de uma instalação provisória, normalmente, as construtoras não investem em equipamentos economizadores de água, tais como torneiras e chuveiros com redução de vazão, devido ao seu custo. É possível reduzir o consumo de água potável através do uso de fontes alternativas como poços e captação de águas
CARTAS Av. Conselheiro Aguiar, 1555/36 Boa Viagem | Recife | PE CEP: 51 111-011
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pluviais, desde que seja respeitada a qualidade da água necessária ao seu uso. Ou, ainda, com o reuso de água na própria obra, utilizando-se lavatórios e chuveiros para a descarga de sanitários, por exemplo. A conscientização dos funcionários para a redução dos desperdícios com água também é muito importante, bem como o monitoramento contínuo dos volumes de água consumidos durante as diversas fases e setores da obra. Evidentemente, as medidas terão impactos distintos em função do porte da obra. *Profa. Dra. Simone Rosa da Silva PEC/Poli/UPE
ATENDIMENTO AO LEITOR faleconosco@contruirnordeste.com.br Tel: + 55 81 3038-1045 e 81-3038-1046 Segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 14h às 18h
Data: 16 a 19 de novembro de 2011 Local: Riocentro – Rio de Janeiro/RJ www.feiraconstruir.com.br/rj/ 2º Rio Infraestrutura – Feira de Produtos e Serviços para Infraestrutura Data: 17 a 20 de novembro de 2011 Local: Riocentro – Rio de Janeiro/RJ www.rioinfra.com.br 12º Congresso e Exposição Internacional de Tintas Data: 21 a 23 de novembro de 2011 Local: Transamérica Expocenter – São Paulo/SP www.abrafati2011.com.br
REDAÇÃO/SUGESTÕES DE PAUTAS redacao@construirnordeste.com.br Av. Conselheiro Aguiar, 1555 Boa Viagem | Recife | PE CEP: 51111-011
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SHARE
Edilson Vieira
A vida é em 3D
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uando a tecnologia das imagens em terceira dimensão foi criada e utilizada pela primeira vez em filmes, no início do século XX, a novidade foi tão grande que pôde ser comparada com o conhecimento científico que serviu para levar o homem à lua, ou seja, impressionou mas não serviu para muita coisa, apenas provou que podia ser feita. Passados cem anos, a tecnologia 3D volta, primeiro como alternativa de lazer nas salas de cinema, depois para uso doméstico em modernos aparelhos de TV digital. Mas agora surge outra utilidade para as imagens de três dimensões: ferramenta de trabalho de corretores de imóveis. Com ela, eles podem esmiuçar os diversos ambientes de um projeto ainda na planta - para o potencial comprador, indo muito além da simples maquete. Já funciona no Recife o primeiro showroom em 3D do Nordeste, montado como uma sala de cinema, com tela de 60 polegadas, poltronas reclináveis e até pipoqueira. A ideia de transformar um modismo em ferramenta para o mercado imobiliário é mesmo muito boa. A mesma coisa acontece com o uso de tablets
por uma empresa de esquadrias e perfis de alumínio, os quais permitem ao engenheiro, arquiteto ou técnico conhecer as possibilidades dos produtos com mais detalhes. Gosto quando as novas tecnologias são utilizadas realmente com um fim, e não apenas para atestar uma modernidade vazia. Utilizar o Twitter, por exemplo, apenas para dar “bom dia” a seus seguidores parece-me um desperdício. Já utilizar a rede social para cobrir um evento em tempo real, como fizemos com o 14º Fórum Construir Nordeste - Pernambuco Próxima Década, realizado no final de setembro, no Recife, permite compartilhar com o mundo um resumo das ideias e observações dos palestrantes. Por isso, vai uma dica: não queira ser moderno apenas por ser. Encontre um sentido em cada aplicativo ou gadget tecnológico que decidir utilizar. O mago da modernidade Steve Jobs, fundador da Apple, falecido no último dia 5 de outubro, foi criticado, nos anos 70, quando falou em levar o computador para a casa das pessoas. Na época, ninguém via utilidade nisso. Steve Jobs criou essa necessidade e provou ao mundo que estava certo.
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Tem novidade na galeria de fotos: um ensaio fotográfico sobre o 14º Fórum Construir Nordeste, com o tema Pernambuco - Próxima Década. Veja quem andou por lá.
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PALAVRA
RECIFE - O CRESCIMENTO VERSUS A MOBILIDADE Waldecy Fernandes Pinto*
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Planeta Terra abrigará, neste final do século, dez bilhões de pessoas. Esta é uma afirmativa da ONU, a Organização das Nações Unidas, órgão internacional que se preocupa com o bem-estar dos que o habitam. O fenômeno de esvaziamento da área rural, resultante das migrações para as áreas urbanas, torna-se outro grande desafio para as gestões municipais, sem preparo urbanístico, principalmente nos países emergentes como o Brasil. Os desequilíbrios regionais são notados em nosso país - principalmente nas cidades polo - como verdadeiros “eldorados”, como é o caso do Recife. A verticalização da pouca área privada existente no município tem desafiado os planejadores e, consequentemente, os seus gestores. Presencia-se hoje, depois de décadas, a inexistência de obras estruturadoras destinadas à mobilidade urbana, principalmente do sistema viário, projetado nas décadas de 70 e 80, quando foi concluída a primeira perimetral, denominada Avenida Agamenon Magalhães. O Recife, em termos de mobilidade, não oferece nenhum conforto aos seus munícipes, podendo-se afirmar que atualmente se apresenta totalmente paralisado. O deslocamento da população de todas as classes sociais está nitidamente em estado estático, em termos dos percursos diários da habilitação para o trabalho ou para a escola ou para o lazer. A saída do lar para qualquer ponto do território municipal ou metropolitano, mesmo enfrentando curtas distâncias (de dez a 20 quilômetros), realiza-se em horas, seja utilizando o veículo individual ou mesmo o coletivo. A perda de tempo, o desperdício material e a poluição atmosférica e sonora alinham-se e incorporam-se ao estresse urbano, que não deixa de ser uma das
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características da própria violência. Além desse problema de circulação, acrescem-se outros mais graves como a saúde e a educação. Na área da saúde, o aumento dos hospitais e dos médicos mal remunerados, e as ausências de vagas nas UTIs e leitos vêm se tornando normativos, porque o que existe não está dando conta das necessidades. Quando se pensa em saúde, não se deve esquecer que a área metropolitana do Recife está com 23% do tratamento dos seus esgotos em instalações seculares, fazendo uso da rede precária das águas pluviais, dos rios, dos canais, dos córregos e das lagoas. Como resolver a saúde sem tratamento sanitário? E a drenagem? Juntando-se as citadas deficiências com os prognósticos do crescimento populacional, tanto demográfico quanto econômico, onde iremos chegar e como combateremos a violência? O crescimento econômico produz automaticamente aumento de poder aquisitivo e busca de conforto material, dentre eles o automóvel. A mão de obra de alto padrão requerida pelas empresas “ISO”, que estão no propósito de alavancar a região e, em especial, o Estado de Pernambuco, possivelmente migrará de outras regiões e até mesmo do exterior.
Assim, nesse prognóstico dos cenários apresentados para o desenvolvimento da população que se exercitará funcionalmente nas cidades classificadas como “eldorados”, como eles se comportarão? Então se soma a tudo isso a preocupação do comportamento do tecido e da malha urbana, que não suportarão as exigências desenvolvimentistas. E a mobilidade, sem obras estruturadoras, e a complementação do sistema viário existente e incompleto distanciam-se, cada vez mais, do ideal. Então o que fazer? Os desafios são muitos, porque o tempo passou, a cidade cresceu em população e em poder aquisitivo, e as gestões municipais andaram lentamente e se afastaram (e muito) das reais necessidades técnicas e científicas, abraçando as questões das assembleias participativas em que os pedidos e as prioridades são altamente questionáveis, em termos de custos e benefícios. Explica-se que a cidade deve ser vista e administrada em termos globais, e não com distinção e com gestões visando unicamente ao crescimento pessoal e político, usando a máquina como trampolim. O plano da mobilidade deve estruturar a cidade como um todo, principalmente relacionado com os deslocamentos da sua população no seu território, visando à racionalidade e à integração das necessidades do ser humano, tais como habitar, estudar, trabalhar e recrear o corpo e o espírito, preconizado nas normas biológicas desde os primórdios da ciência do urbanismo. Waldecy Fernandes Pinto é arquiteto urbanista e presidente da Academia Pernambucana de Ciências. Foi secretário de Planejamento do Recife (1969-1970 e 19751979) e reitor da Universidade Federal Rural de Pernambuco (1983-1987).
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ENTREVISTA
CAIXA DEVE LIBERAR R$ 90 BILHÕES PARA HABITAÇÃO EM 2011 O presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda, lembra que, em 2002, a empresa liberou apenas R$ 4,8 bilhões para o sistema habitacional brasileiro. No ano passado, o volume chegou a R$ 76 bilhões e deve atingir R$ 90 bilhões este ano. Os números mostram que a demanda continua alta e pode aumentar se Estados e municípios ajudarem na liberação de terrenos - hoje um dos desafios da Caixa para acelerar a redução do déficit habitacional. Nesta entrevista à Construir NE, o arquiteto de Salvador que passou cinco anos na vicepresidência da Caixa e foi nomeado presidente em março passado, diz que o Nordeste recebeu 14,5% do crédito imobiliário liberado pela instituição no primeiro semestre. Já em relação à segunda fase do programa Minha Casa, Minha Vida, a região ficará com 30% das 860.000 novas unidades previstas para a faixa de renda familiar até R$ 1,6 mil. É um bom percentual, mas prova que ainda há muito a se construir no Nordeste. Etiene Ramos
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ENTREVISTA Quais são hoje os principais papéis da Caixa Econômica Federal com impacto na construção civil? A Caixa Econômica Federal sempre teve uma forte atuação no setor habitacional, possuindo um portfólio de produtos que atende a todos os segmentos de renda, desde a baixíssima até a mais alta renda. Da mesma forma, dispõe de linhas de crédito que atendem às mais diversas necessidades - de uma simples cesta de material de construção ao financiamento de um grande empreendimento residencial ou comercial. A Caixa possui linhas de crédito específicas para empresas da construção civil, financiando a produção e comercialização de imóveis, além de forte atuação no segmento de imóveis usados, o que dá liquidez ao mercado imobiliário secundário e alavanca recursos para as famílias adquirirem imóveis novos. Neste contexto, a Caixa tem uma atuação decisiva no fomento e na sustentabilidade do setor habitacional brasileiro, tanto no lado econômico, ao viabilizar a produção de novos empreendimentos, contribuindo para o fortalecimento do setor produtivo e gerando renda e emprego, quanto no lado social, contribuindo para que as famílias, principalmente aquelas de menor poder aquisitivo, tenham acesso a moradias dignas. Qual o orçamento disponível para o setor em 2011 e quanto ele representa em crescimento, em relação ao ano passado? O orçamento para 2011 equivale a R$ 90 bilhões, representando um aumento de 18% em relação ao orçamento de 2010. Qual é a divisão entre o segmento imobiliário e o de infraestrutura? Em termos de distribuição orçamentária de recursos do FGTS, 60% são destinados à habitação e 40% para saneamento básico e infraestrutura. Durante muitos anos, a construção sofreu com a falta de financiamentos oficiais e mesmo privados, gerando a quebra de construtoras e um crescente déficit habitacional no Brasil. Desde quando este cenário começou a mudar e de que forma a CEF contribuiu para essa mudança?
A retomada gradual dos investimentos no setor habitacional verifica-se a partir da consolidada estabilidade econômica, principalmente a partir de 2002. Nos últimos oito anos, a habitação e o combate ao déficit habitacional foram incluídos como prioridade do governo federal, com grandes aportes de subsídios e também alocação de um maior volume de recursos para financiar a produção e comercialização de imóveis. Como exemplo, a Caixa liberou, em 2002, aproximadamente R$ 4,8 bilhões, valor este que evoluiu para R$ 76 bilhões, em 2010, devendo atingir R$ 90 bilhões, em 2011. Os bons fundamentos da economia brasileira, com o crescimento de emprego e renda, associados ao volume expressivo de subsídios da União, são fatores que permitiram o ciclo virtuoso ora vivenciado pelo setor habitacional brasileiro.
Para manter os financiamentos em alta, é necessário ter juros acessíveis, subsídios suficientes e imóveis de qualidade e preço compatível”
Hoje, qual é o maior desafio para manter o crescimento de financiamentos para a construção? Do lado do crédito, disponibilizar recursos com taxas de juros acessíveis e, principalmente, aporte de subsídios em volume suficiente para complementar a capacidade de pagamento das famílias de baixa renda; do lado das empresas, viabilizar produtos com qualidade e preço compatível com a demanda, levando-se em conta que mais de 90% do déficit habitacional são compostos por famílias com até cinco salários mínimos de renda; do lado dos municípios, dar efetividade ao Estatuto das Cidades, principalmente viabilizando terras para a produção de habitação de interesse social. Para a CEF, a inadimplência dos contratos imobiliários do passado vem sendo superada? A carteira de crédito imobiliário é constituída por contratos assinados, em quase sua totalidade, a partir de 2001. Portanto, não há contratos desequilibrados, como aqueles contratados à época da hiperinflação. Historicamente, a inadimplência da referida carteira vem se mantendo abaixo de 2,0%. Este não é um fator que requeira uma maior preocupação por parte da empresa. Quem deve mais: o poder público ou os mutuários? A carteira mais expressiva da Caixa é constituída por pessoas físicas e pelo setor privado. Como está a liberação de recursos do PAC para obras de infraestrutura nos Estados e municípios? A Caixa contratou um montante de R$ 19.130.971.687,44 em operações de financiamento, no âmbito do PAC, no período de 2006 a 2011, tendo sido desembolsados cerca de R$ 8 bilhões. Por se tratar de obras com prazo de execução em torno de três a quatro anos, o ritmo de desembolso pode ser considerado normal, conforme cronogramas de execução previstos.
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ENTREVISTA Como está o Nordeste na tomada e na liberação de financiamentos até o primeiro semestre de 2011? Dos R$ 34,5 bilhões que a Caixa contratou em crédito imobiliário, no primeiro semestre de 2011, 14,8% foram destinados à Região Nordeste. O programa Minha Casa, Minha Vida 2 terá maior participação da Região Nordeste em relação à primeira fase? Para a segunda fase, em se tratando da faixa 1 (FAR – renda familiar até R$ 1.600,00), está prevista a contratação de 860.000 novas unidades, sendo que, destas, 258.683 (30%) serão destinadas ao Nordeste. Das 262.263 unidades contratadas em 2011, 18,5% estão situadas no Nordeste, sendo que a maioria refere-se às faixas 2 e 3, ou seja, famílias com renda superior a R$ 1.600,00.
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Saneamento, estradas, urbanização, obras da Copa 2014 e Olímpiadas de 2016 exigirão um aporte maior do orçamento da Caixa em 2011 e nos próximos anos? Não existe aporte de recursos a serem alocados, informando que eles são oriundos do FGTS e da contrapartida de recursos próprios dos tomadores. A atual previsão de contratação, no âmbito do PAC 2 e da Copa 2014, é de 410 contratos, sendo 135 na área de saneamento (R$3,27 bilhões), 240 para projetos de pavimentação (R$ 1,98 bilhão), 19 voltados para habitação (R$ 588 milhões) e 16 específicos para a Copa 2014 (R$ 3,25 bilhões), num total superior a R$ 9 bilhões. Que iniciativa as construtoras brasileiras devem tomar para melhorar o desempenho dos financiamentos no Nordeste para o setor imobiliário ?
Com exceção das capitais, a Região Nordeste não apresenta grandes problemas, em relação à escassez de terrenos adequados para a habitação de interesse social. Portanto, uma forma que entendemos ser importante para ampliar a participação da Região Nordeste no setor imobiliário é investir na melhoria de produtos e processos, de forma a ofertar qualidade e preço adequado ao perfil da demanda. E como os Estados e municípios podem contribuir para esse fim? Os Estados e municípios podem contribuir, e muito, por meio da viabilização de terrenos e infraestrutura, bem como, em algumas situações, com aporte de subsídios complementares.
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FÓRUM CONSTRUIR
Pernambuco
olhando para frente Debates com especialistas e autoridades do Recife e do Estado, convidados pela Construir NE, mostraram que o desenvolvimento urbano está apenas no alicerce
Prof. Mauricio Andrade (UFPE) apresentou painel sobre mobilidade urbana. Edilson Vieira
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14º Fórum promovido pela Revista Construir Nordeste e o Instituto de Qualificação (IQ) reuniu no Recife, em 29 de setembro, gestores públicos, empresários, acadêmicos, arquitetos e engenheiros para pensar e debater o futuro de Pernambuco na próxima década. Segundo os especialistas, este será o período de permanência do crescimento acelerado vivido pelo Estado e que já é conhecido como a “revolução industrial pernambucana”. O diretor da TGI Consultoria e um dos palestrantes do encontro, Francisco Cunha, mapeou as áreas de desenvolvimento de Pernambuco e apresentou números que preocupam. “Sou do tempo em que se dizia que Pernambuco não tinha jeito mas, felizmente, nos últimos dez anos o cenário mudou e de forma tão radical que, em 2010, nossa economia só perdeu em crescimento para a China”. Para exemplificar, o Estado não tem petróleo mas ganhou uma refinaria e um estaleiro que produz navios para a Transpetro, o braço logístico da Petrobras. Tamanho crescimento em pouco tempo, segundo Cunha, vem acompanhado de desafios. “A escassez de mão de obra especializada, causando um verdadeiro apagão de profissionais em todos os
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setores, talvez seja o lado mais urgente desse momento”, afirma, sem esquecer a necessidade de uma infraestrutura que suporte os grandes investimentos. Como boa noticia, Francisco Cunha ressaltou a interiorização do crescimento econômico. “Suape, com a refinaria e o setor de logística e Goiana, na Mata Norte, com o setor automobilístico, serão pólos importantes mas a novidade será a expansão de um novo pólo econômico no Sertão, na cidade de Salgueiro, a 500 quilômetros do Recife, movido pelos ramais da Ferrovia Transnordestina, por um dos eixos da Transposição do Rio São Francisco e por ser um importante entroncamento rodoviário entre os Estados da Bahia, Ceará e Pernambuco”, revelou o consultor.
O arquiteto Zeca Brandão fala do urbanismo voltado para o crescimento do Recife.
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FÓRUM CONSTRUIR Mobilidade em pauta O 14º Fórum Construir Nordeste abriu espaço também para o debate. O professor do curso de Engenharia Civil Maurício Andrade, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), salientou a importância da mobilidade para ampliar ainda mais o potencial econômico local e deixou ao público um questionamento: como conseguir isso sem desequilibrar o meio ambiente? Este é o grande desafio”, afirmou o professor. Segundo ele, em São Paulo os congestionamentos causam prejuízos de R$5 bilhões ao ano e o
A casa da Indústria de Pernambuco recebeu o 14º. Fórum Construir NE.
Qualificação e urbanismo De que tipo de profissional precisamos hoje? A questão, levantada pelo secretário de Trabalho, Qualificação e Empreendedorismo de Pernambuco, Antônio Carlos Maranhão, recebeu dele próprio uma resposta sucinta: de “pessoas com competência cognitiva, habilidade na resolução de problemas e que saibam trabalhar em equipe. É o que o mercado busca hoje”, diz Maranhão. Com a experiência de 15 anos à frente do Senai/PE, o secretário é otimista, lembrando que “já fomos piores e mais desiguais; hoje estamos no caminho”. Complementando a fala de Maranhão, Marcos Salvatori, gerente de Mercado do Senai/PE, apresentou a planta da nova Escola Técnica da Construção Civil, a ser erguida no município de Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife (RMR). Zeca Brandão, arquiteto e secretário de Controle e Desenvolvimento Urbano e Obras de Pernambuco, ficou encarregado de apresentar o painel sobre urbanismo e tratou de defender os altos investimentos feitos por conta da Copa de 2014. “As obras de infraestrutura como acesso viário, melhoria do transporte coletivo e a própria Cidade da Copa - que será erguida em São Lourenço
crescimento econômico exige dos gestores eficiência no trato com a questão. Antônio Machado Neto, coordenador de Mobilidade da Cidade do Recife aceitou o recado e apresentou os planos de expansão para o transporte coletivo com a implantaçãodas vias expressas para o sistema Bus Rapid Transit (BRT), os ônibus articulados, que, na sua opinião, são quase tão eficientes quanto o metrô com um custo de implantação bem mais baixo. O engenheiro Luiz Priori Júnior, mediador do debate, foi mais além e pediu para que, apesar das grandes obras fosse discutido também o básico do dia a dia,o direito de caminhar. “É impossível andar a pé com a situação das nossas calçadas”, protestou. Concluindo o debate, o professor Mauricio Andrade observou que a mobilidade hoje é entendida de forma particular. “Quem tem carro quer mais é viadutos”, alertou.
da Mata, porque Recife não comportaria um empreendimento deste porte - serão legados para a sociedade”, afirmou Brandão. Para ele, está sendo estimulado o crescimento metropolitano para a zona oeste da RMR, uma área carente de investimentos. “A Copa vai passar, mas graças a ela podemos repensar o urbanismo do Recife”, disse o arquiteto. Fechando o evento, os secretários estaduais de Governo, Maurício Rands, e de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Sérgio Xavier, fizeram seus respectivos balanços das ações do Governo de Pernambuco, nos últimos cinco anos, com expressivos ganhos econômicos. O secretário de Meio Ambiente mostrou sua preocupação com o “depois” da euforia. “Historicamente, após um período de expansão, vem uma época de estagnação”, alertou o secretário. “Queremos romper com esse ciclo e construir hoje um desenvolvimento sustentável e socialmente justo”, afirmou, endossado pelo colega Maurício Rands: “Não existe desenvolvimento se não houver redução da desigualdade social”. A publisher da Construir NE, Elaine Lyra, encerrou o encontro lembrando que “neste momento de crescimento, o verbo a ser conjugado é planejar”.
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CADERNO TÉCNICO - PEC
AVALIAÇÃO DO CICLO DE VIDA COM FOCO NA CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL Maria Cecília Araújo Santos (Poli/UPE), MSc. Lícia Trajano (Poli/UPE), Prof. Dr. Arnaldo Cardim de Carvalho Filho (Poli/UPE) RESUMO A mudança climática, poluição do ar e esgotamento dos recursos naturais estão entre os problemas mais graves gerados pela indústria da construção civil, esta que, atualmente, passa por grandes investimentos e mobilização com foco na produção. É caracterizada por ser uma das atividades menos sustentáveis do planeta, consumindo cerca de 50% dos recursos naturais e gerando alto nível de emissões gasosas, entre outras responsáveis pelo aquecimento global. A Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) surge como uma ferramenta eficaz para auxiliar a sustentabilidade ambiental de um produto, processo ou serviço, avaliando seus aspectos e impactos potenciais ao longo de sua vida, desde a origem na natureza até seu descarte final, buscando a melhoria do seu desempenho ambiental e uma construção mais sustentável. O presente artigo pretende focar a aplicação da ACV no âmbito da construção sustentável, considerando os resultados de cada etapa da metodologia adotada, no auxílio de uma tomada de decisões sobre os padrões da construção e as estratégias de gestão para o alcance da sustentabilidade. A ACV permite identificar e qualificar a utilização de matérias e energias como alternativas de menores impactos ao ambiente. Como todo processo de produção impacta o meio ambiente, a ACV permite avaliar os danos causados em todas as etapas da construção, recomendando o consumo racional dos recursos naturais, a melhor eficiência energética ou o uso dos recursos renováveis, buscando uma mudança nos hábitos de consumo dos materiais e das técnicas tradicionais empregadas.
PALAVRAS-CHAVE Avaliação do ciclo de vida, sustentabilidade ambiental, construção sustentável.
1 INTRODUÇÃO Desde a Revolução Industrial (Inglaterra, segunda metade do século XVIII), elevam-se as emissões de CO2 na atmosfera, apesar dos acordos internacionais vigentes e de algumas melhorias com a eficiência energética. As cidades são responsáveis por 75% dessa emissão, que contribui para o aquecimento global, provocando impactos como a mudança climática e a poluição do ar (EDWARDS, 2005). A Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) começa a ser discutida nos anos 60, paralelamente atrelada ao conceito de desenvolvimento sustentável, como uma possível metodologia capaz de analisar os impactos ambientais potenciais, tendo seu primeiro estudo sido motivado pela crise do petróleo de 1970 (LCA Training Manual, 2008). A partir de então, a crise ambiental vem sendo discutida e atribuída, também, ao rápido crescimento populacional. De acordo com Hogan (2005), esse crescimento provocou consequências graves ao meio ambiente como a degradação dos recursos naturais, a baixa qualidade do meio ambiente e o estabelecimento de espaços segregados dirigidos exclusivamente à população de baixa renda, com menores recursos para se proteger dos riscos ambientais. Adotar princípios de sustentabilidade voltados para a construção
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civil, esta que consome cerca de 50% dos recursos naturais, surge como alternativa para minimizar os impactos ambientais, sociais e econômicos, além de alcançar a construção sustentável. Diante desse panorama, o presente artigo pretende mostrar o estudo da ACV com foco na construção sustentável, apresentando duas experiências realizadas em Pernambuco, elaboradas por Trajano (2009) e Santos (2011).
2 AVALIAÇÃO DO CICLO DE VIDA - ACV A ACV é uma ferramenta que avalia os aspectos ambientais e os impactos causados ao longo da vida de um determinado produto, desde a extração da matéria-prima até o seu uso e disposição final. Para isto, é elaborada uma compilação de um inventário, onde são definidas as entradas e saídas do sistema, a avaliação dos impactos gerados e a interpretação dos resultados obtidos (NBR 14040, 2006). Tradicionalmente, as informações sobre os impactos ambientais são relacionadas a problemas ambientais de maneira isolada. Sendo assim, as medidas corretivas também são focadas em soluções isoladas. A ACV permite a elaboração de uma estrutura complexa para
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CADERNO TÉCNICO - PEC analisar e quantificar o perfil ambiental de um produto (SUPPEN e HOOF, 2005). Portanto, é possível identificar as influências sociais e econômicas de cada etapa da vida de um produto ou serviço. Isto permite uma reflexão diante das tomadas de decisões dos profissionais da área e também dos consumidores. A Figura 1 apresenta a cadeia do processo ou produto, que vai desde a extração dos materiais até a sua disposição final. É possível identificar, em alguns estudos, a transferência de impactos de um processo para outro. Em alguns casos, os impactos que deveriam ser reduzidos e/ou removidos foram, na verdade, deslocados para outra parte da cadeia, às vezes fora do escopo do estudo. Para identificar essa transição, é necessário realizar uma avaliação sistemática, que quantifique os impactos e as emissões em diferentes escalas espaciais (local, regional ou global) e compare processos ou produtos rivais (LCA Training Manual, 2008).
FIGURA 2 - Metodologia da ACV.
FONTE - NBR 14040, 2006.
Diante disso, é possível perceber a importância do estudo da ACV para alcançar a construção sustentável. Porém, não só o uso desta ferramenta será suficiente para atingir uma construção sustentável. É preciso uma mudança de paradigma com aceitação da sociedade dos novos produtos como alternativas mais sustentáveis.
3 CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL
FIGURA 1 - Ciclo de Vida de um Produto. FONTE - Centro de Análisis de Ciclo de Vida y Desarrollo Sustentable, 2009.
“A ACV é a ferramenta do futuro”, segundo John (2010), já que a tomada de decisões sobre os impactos ambientais e os componentes construtivos só será possível com a utilização da metodologia. John (2010) apresenta também a necessidade do BIM (Building Information Modelling) como ferramenta, onde disponibilizará todos os dados dos materiais fornecidos pelos fabricantes, tais como o fluxo de matéria e energia do seu processo industrial, que será alimentado de informações obtidas através da ACV dos materiais de construção. A metodologia desse recurso, mostrada na Figura 2, resume-se em quatro etapas: definição de objetivo e escopo (mostra as razões para desenvolver a pesquisa e define o público-alvo que deseja comunicar os resultados a serem obtidos); análise do inventário (levantamento de dados sobre informações quantitativas da utilização dos recursos naturais e suas emissões - são as “entradas e saídas”); avaliação de impactos (pretende avaliar os resultados da análise do inventário do produto, quantificando os possíveis impactos ambientais); interpretação dos resultados (pretende combinar os resultados obtidos no inventário com os impactos analisados, para formar conclusões e recomendações para a melhoria da atividade a ser produzida) (NBR 14040, 2006).
A construção sustentável é uma forma construtiva de promover alterações no meio urbano, onde pretende atender às necessidades de edificação e utilização, preservando o meio ambiente e os recursos naturais, e garantindo qualidade de vida para as gerações atuais e futuras (IDHEA, 2009). Coberlla e Yannas (2009) mostram que, para a realização de uma construção sustentável, é preciso integrar recursos econômicos, ambientais, sociais e culturais, com o objetivo de alcançar metas que, entre outras observações, viabilizem uma gestão eficiente para captar recursos necessários, firmando parcerias com instituições públicas e privadas; estabeleçam ações que reduzam a geração de resíduos e energia da construção; utilizem materiais de baixo impacto ambiental e tecnologias limpas; contemplem uma configuração equilibrada da malha urbana e rural, sem perder a identidade cultural da população envolvida. A Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano de São Paulo (CDHU/SP) criou, em 2003, um Manual de Diretrizes e Procedimentos Gerais para a execução de Habitações de Interesse Social (HIS), integrando ações de responsabilidade socioambiental e estimulando novas formas de planejamento, projeto e gestão dos processos produtivos, bem como a implementação de programas habitacionais. Trata-se de uma medida racional para alcançar a sustentabilidade nas construções de cunho social. Alcançar a sustentabilidade na indústria da construção depende, basicamente, de três regras: reduzir e otimizar o consumo de materiais e energia; reduzir os resíduos gerados; e preservar e melhorar a qualidade do ambiente natural e construído (SATTLER, SOUZA e PEREIRA, 2006).
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CADERNO TÉCNICO - PEC Em 2010, a Caixa Econômica Federal lançou o “Selo Casa Azul”, um guia para a construção sustentável das habitações, onde apresenta, em duas partes, as etapas que devemos seguir para alcançar a sustentabilidade em seus diversos aspectos: qualidade do ambiente, conforto, gestão de água e resíduos, eficiência energética, entre outros.
TABELA 2 – Resumo das saídas de matérias ou substancias ao meio ambiente.
4 EXPERIÊNCIAS Podemos apontar duas experiências realizadas no Estado de Pernambuco, voltadas para a construção sustentável de habitações de interesse social. A primeira foi elaborada por Trajano (2009), intitulada “Avaliação do Ciclo de Vida dos produtos derivados do cimento para Habitações de Interesse Social”, e a segunda, ainda em desenvolvimento, por Santos (iniciada em 2010), intitulada “Avaliação da sustentabilidade ambiental das Habitações de Interesse Social”.
4.1 Avaliação do Ciclo de Vida dos produtos derivados do cimento para Habitações de Interesse Social A pesquisa de Trajano (2009) foi baseada na metodologia ACV em blocos de concreto para vedação (nas dimensões de 9cm x 19cm x 39cm, produzidos com traço 1:5:7), utilizados para a construção de 100 habitações de interesse social com 42m2 cada, ou seja, 120.575 unidades de blocos. Na primeira etapa da ACV (objetivos e alcance), a autora descartou a fase de extração da matéria-prima, aproveitando referências existentes para a coleta desses dados, tendo considerado as etapas de entrada da matéria-prima no portão da fábrica e a saída do produto para o canteiro de obras (porta a porta, ou seja, gate to gate). Na segunda etapa (construção do inventário), foi definido que as entradas (Tabela 1) fossem calculadas pela quantidade de óleo diesel consumido no transporte dos materiais, bem como pela quantidade de matéria prima e energia consumida no processo de produção da fábrica. Já as saídas (Tabela 2) foram marcadas pelas principais emissões consideradas pela autora, calculadas pela quantidade de CO2, NOx, SO2 e materiais particulados. TABELA 1 – Resumo das entradas de matérias-primas e energia para a produção de 1000 blocos de concreto.
FONTE: Trajano, 2009.
Na terceira etapa (avaliação de impactos), a autora determinou as categorias de impactos mais relevantes, de acordo com os dados encontrados no inventário, no âmbito global, regional e local, descartando outras categorias de menor relevância mostrados na Tabela 3. No âmbito global, foi observado que o efeito estufa, ocasionado pelas emissões de CO2, foi o impacto mais relevante, pois eleva a temperatura e causa as catástrofes ambientais; no âmbito regional a acidificação e a eutrofização, ocasionadas pelas emissões de NOx e SO2, foram os impactos mais relevantes, proporcionando as chuvas ácidas (CA), a toxicidade ao ser humano (TH) e o aumento dos níveis de nutrientes na água (ANN); já no âmbito local, os materiais particulados e as emissões de SO2 causam impactos chamados de “contaminação de inverno”, podendo provocar danos irreversíveis à saúde. TABELA 3 – Resumo das categorias de impacto
FONTE: Trajano, 2009.
De acordo com os resultados encontrados, os valores passam a ser calculados com base na unidade funcional definida pela autora na primeira etapa da ACV. Os números acima foram multiplicados pelo número total de blocos para a construção das 100 habitações, dividindo-se por mil blocos estudados pela ACV. A Tabela 4 apresenta a quantidade total dos impactos causados pela construção das habitações. TABELA 4 – Quantidade total dos impactos para construção de 1000 blocos e 100 habitações.
FONTE: Trajano, 2009.
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FONTE: Trajano, 2009.
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CADERNO TÉCNICO - PEC Na quarta etapa da ACV (interpretação dos resultados), a autora observa que as etapas que causam impacto ao meio ambiente, considerando a produção de mil blocos, são relacionadas ao transporte das matérias-primas até a fábrica de pré-moldados, não causando danos ao meio ambiente demais etapas. E que, pelo perfil ambiental encontrado, o EE foi considerado o impacto com a categoria mais relevante entre os estudados. A autora finaliza a pesquisa sugerindo a substituição de uma quantidade de matérias-primas pela reutilização dos resíduos sólidos, já que a perda dos blocos corresponde a 1% da produção, servindo como agregado na fabricação de novos blocos. Assim, haveria uma contribuição para a minimização do consumo de matéria-prima e da sustentabilidade ambiental, uma vez que é na fase de transporte de recursos naturais que estão os impactos de maior relevância.
4.2 Avaliação da Sustentabilidade Ambiental das Habitações de Interesse Social Já a pesquisa de Santos teve início em 2010 e está em desenvolvimento. O trabalho pretende apresentar um estudo da ACV voltada para o bloco cerâmico de vedação (nas dimensões de 9cm x 19cm x 19cm), acompanhando desde a extração da matéria-prima até a sua transformação em resíduo, em uma obra de HIS. Será analisada a quantidade de tijolos necessários para vedar uma habitação de 50m², aproximadamente, área padrão das HIS. A partir daí, inicia-se a metodologia ACV para, posteriormente, ser aplicada à unidade habitacional. Atualmente a pesquisa está em fase de levantamento de dados de fabricação do bloco - consumo de matérias-primas,
transporte, fornos, equipamentos, emissões, ou seja, todos os dados relativos às entradas e saídas do processo. O bloco cerâmico é o material mais utilizado na construção civil em todo o Estado e não há na região estudos ambientais voltados para este produto. Portanto, as pesquisas mencionadas iniciam a construção de inventários dos materiais mais comuns utilizados na construção de HIS, como um passo tomado para obter uma construção mais sustentável.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS A ACV nos permite identificar os impactos ambientais potenciais de cada produto, podendo haver uma tomada de decisões no futuro desde o processo de fabricação dos materiais nas indústrias, até a sua eliminação/reintegração na natureza, proporcionando soluções mais sustentáveis e também buscando materiais ecologicamente corretos. Sabe-se que todo processo de produção impacta no meio ambiente. Para isso, a ACV propõe a minimização dos danos causados nas etapas de construção, com a racionalização do consumo de recursos naturais e fontes de energia, uso de recursos renováveis e aprimoramento das técnicas de execução empregadas, permitindo reconhecer como as tomadas de decisões influenciam em cada etapa do processo e contribuem para o meio ambiente, a economia e a sociedade. O estudo da ACV como alternativa para alcançar a construção sustentável é uma maneira eficiente de perceber as anomalias existentes na vida de um produto. Este tema ainda é pouco explorado no setor da construção civil, mas permite encontrar caminhos para a produção de produtos ambientalmente corretos e alcançar a sustentabilidade ambiental.
Maria Cecília Araújo Santos Arquiteta e mestranda em Engenharia Civil (Poli/UPE) E-mail: mcas_pec@poli.br
MSc. Lícia Trajano Engenheira civil com pós-graduação em Engenharia Civil (Poli/UPE) E-mail: li.trajano@hotmail.com
Prof. Dr. Arnaldo Cardim de Carvalho Filho Professor adjunto e membro do corpo docente permanente do mestrado em Engenharia Civil (Poli/UPE) E-mail: cardim@poli.br
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Responsabilidade social
OPERÁRIOS DA CYRELA NO MUNDO DIGITAL José Pacheco Maia Filho
Unidade volante leva aulas de inclusão digital
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Cyrela (Regional Nordeste) desenvolve, na Bahia, o projeto “Construindo profissionais”. Vencedora do Prêmio Ademi-BA 2010, na categoria Responsabilidade Social, realiza ações que vão além da alfabetização dos trabalhadores. Promove educação continuada, capacitação para novas atividades, promoção da saúde e até inclusão digital. A companhia procura dar o exemplo de responsabilidade social dentro da própria casa, com ações que melhorem a condição de vida de seus funcionários e repercutam em toda a sociedade. “Os trabalhadores da Cyrela são o grande patrimônio da empresa. Deles depende a qualidade de nossos produtos imobiliários”, explica Jeane Souza, gerente de Recursos Humanos. Dentro da política social da companhia, focada no público interno composto por aproximadamente 4.800 funcionários, uma das ações do “Construindo profissionais” é o curso de inclusão digital, que faz parte do calendário de aulas do programa de alfabetização. Além de aprender a ler e escrever, o trabalhador ganha noções básicas sobre informática - ligar o computador, acessar a Internet e criar um e-mail. As aulas acontecem dentro da própria sala de alfabetização ou em um ônibus adaptado e equipado com computadores que o Sesi disponibiliza para os canteiros de obras. Mais de 300 trabalhadores já foram certificados no curso de alfabetização com inclusão digital. “Eu só ouvia falar em e-mail, mas não entendia o que era. Agora estou sempre me comunicando com o encarregado da obra”, comenta o servente José Silva. Conhecido como Zé Silva no canteiro de obras, é um dos trabalhadores da construção civil que deixou de ser um excluído do dinâmico mundo digital.
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Alfabetizados em informática básica já podem enviar e-mails
Um vasto universo de informações se abriu para ele ao aprender a acessar e navegar na Internet, uma tecnologia imprescindível para a comunicação na atualidade. A oportunidade elevou sua capacidade profissional. Zé Silva agora não só coloca tijolo sobre tijolo num desenho mágico, como diz a música “Construção”, de Chico Buarque. Com o projeto, ele se transformou num cidadão do mundo virtual também. O processo de qualificação do “Construindo profissionais” também engloba ações culturais. “Nós promovemos a ida dos alunos para teatro, cinema, museus e shows. Eles recebem estímulos para o desenvolvimento cultural e intelectual”, informa Jeane Souza. A empresa subsidia toda a programação cultural: o ônibus para transportar os alunos, o lanche e o ingresso. “Foi uma glória ir ao cinema e poder ler as legendas. Eu nunca tinha ido por vergonha”, lembra Manoel Alexandrino, que foi alfabetizado pelo programa da Cyrela. A autoestima de Manoel cresceu e isto se refletiu no desempenho do seu trabalho. Seu universo cultural foi ampliado. A empresa foi favorecida com o aumento de produtividade
do seu colaborador. A gerente de Marketing Juliana Marinho observa que muitos trabalhadores nunca tiveram a oportunidade de assistir a uma peça teatral ou a um filme. “Os olhinhos deles brilham quando vivenciam essa nova experiência. É um novo mundo que se descortina para eles”, diz. A assistente social Márcia Consuelo é responsável por acompanhar o desempenho dos trabalhadores. Com base no monitoramento, identificam-se potencialidades, comprometimento e assiduidade dos operários, que de acordo com a performance podem ser convidados a realizar um treinamento para exercer outra função. “Hoje em dia mão de obra qualificada é muito difícil de achar no mercado. Então, optarmos por treinar e desenvolver”, explica Consuelo. Com o projeto, a Cyrela não só forma mão de obra para atender às suas demandas e às demandas do mercado. Para Juliana Marinho, a iniciativa, principalmente, estimula e cria condições para a evolução pessoal dos colaboradores e familiares, transformando-os em cidadãos capazes de exercerem a plena cidadania.
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PROGRAMA CIA DOS ANJOS MOBILIZA PARCERIAS IMPORTANTES EM TRÊS ESTADOS
Fotos: Divulgação
RESPONSABILIDADE SOCIAL
Alegria e cores para as crianças
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ortalecer o atendimento às crianças e adolescentes de instituições beneficiadas pelo projeto Casa da Criança através da mobilização de voluntários. Este é o objetivo do programa Cia dos Anjos, metodologia desenvolvida pelo Casa da Criança para contribuir com as instituições de atendimento às crianças e adolescentes, em busca de parceiros voluntários que ofereçam serviços nas áreas de saúde, educação, esportes, lazer, doação de produtos, arte e cultura. Os profissionais voluntários passam por um processo de entrevistas e visitas acompanhadas pela equipe do Cia dos Anjos, antes de iniciarem o trabalho, e assinam um termo de compromisso com o projeto para formalizar a atividade. A coordenação nacional do programa Cia dos Anjos acompanha, periodicamente, as ações com visitas às instituições e acompanhamento dos relatórios enviados pelos voluntários. O Cia dos Anjos vem ampliando sua rede de unidades beneficiadas, não limitando o atendimento apenas às instituições reformadas pelo projeto Casa da Criança. Atualmente, são 11 instituições beneficiadas em Sergipe, Alagoas e Pernambuco. Destas, cinco também foram reformadas pelo Casa da Criança: o abrigo Casa de Carolina, o Núcleo Social Nassau e a creche Lar de Clara, em Pernambuco; a Associação de Pais e Amigos dos
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Equipe multidisciplinar de voluntários
Leucêmicos de Alagoas (Apala), em Alagoas; e o abrigo Sorriso, em Sergipe. As demais organizações são os abrigos públicos mantidos pelo Governo de Pernambuco: Casa da Madalena, Casa da Vovó Geralda e Casa da Harmonia, e as creches Lar Esperança e Lar dos Pequeninos de Jesus, em Pernambuco; e o Centro de Recuperação e Educação Nutricional de Alagoas, em Maceió.
Aprendendo a fazer arte
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DIA-A-DIA NA OBRA
Dando o sangue por uma boa obra Campanha de doação de sangue faz parte de programa de qualidade de construtora e incorporadora pernambucana Edilson Vieira
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esde 2005, os funcionários administrativos e operários da Gabriel Bacelar Construções recebem, regularmente, a visita de uma unidade móvel de saúde, nos escritórios e canteiros de obras da construtora. O chamado é para a campanha voluntária anual de doação de sangue, que, no seu início, foi realizada pelo Instituto de Hematologia do Nordeste (Ihene) e atraiu uns 50 funcionários. Hoje já são cerca de mil colaboradores sensibilizados pela campanha. Nem todos se tornam doadores, mas a informação é disseminada. Tarciana Campelo, gerente de Incorporação e representante da diretoria para a Gestão da Qualidade, explica que a campanha começou a partir da mobilização dos funcionários para conseguir doadores, sempre que alguém precisava. “Já havia esse espírito de cooperação e o que fizemos foi ampliar e tornar a doação de sangue mais regular. A campanha de doação serviu para ampliar essa solidariedade também para pessoas desconhecidas”, explica a gestora. Uma unidade móvel pertencente ao centro de hemoterapia, parceiro da campanha, visita os canteiros de obras. Lá, profissionais da área de saúde fazem uma palestra, onde tiram dúvidas e esclarecem as condições para se tornar um doador: ter entre 18 e 65 anos, com peso superior a 50 quilos; não ter contraído hepatite após os dez anos de idade; não ter recebido transfusão de sangue ou hemoderivados nos últimos dez anos; e não ter ingerido bebidas alcoólicas no dia anterior à doação. Este ano a captação de doações será feita pelo Hemocentro de Pernambuco (Hemope), que é ligado à Secretaria Estadual de Saúde. O Hemope processa em torno de 250 mil bolsas de sangue por ano e é o único hemocentro do país a produzir hemoderivados, além de suprir 60% das necessidades de sangue para transfusão dos hospitais públicos e
Foto: Divulgação
Mais de 900 funcionários já se cadastraram para as doações
privados de Pernambuco. A campanha interna da construtora acontece no dia 25 de outubro, Dia do Doador de Sangue, e será organizada pelo supervisor de Segurança da Gabriel Bacelar, Ednarmarcos Fernandes. Ainda novato na empresa, ele está entusiasmado com a campanha. “Todos os funcionários estão mobilizados; já é algo que faz parte do calendário da construtora”, diz. Além de colaborarem com a procura permanente do Hemope por doadores, os funcionários da Gabriel Bacelar, desde 2010, podem também se cadastrar no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea - o Redome. Por meio da associação Amigos do Transplante de Medula Óssea (Atmo), o funcionário cede voluntariamente uma amostra do seu sangue, para cadastramento como doador no Redome. Essa amostra ficará à disposição de pacientes que necessitem de transplantes e não tenham encontrado doadores entre familiares. A medula óssea é uma espécie de tecido líquido que fica dentro do osso – popularmente conhecido por “tutano”.
Ela produz os componentes do sangue – hemácias, leucócitos e plaquetas – que, entre outras coisas, fazem a defesa do nosso corpo contra infecções. Pessoas com alguns tipos de anemia e leucemia graves têm baixa resistência a infecções e podem necessitar de um transplante de medula óssea. O problema é que a compatibilidade entre doador e receptor é muito baixa: 30% entre familiares diretos (irmãos de mesmo pai ou mãe) ou um receptor compatível para cada 60 mil medulas doadas. Criado há 11 anos, o banco de dados para doadores de medula óssea no Brasil contabiliza, hoje, 2,3 milhões de cadastros - menos da metade do considerado ideal por especialistas. Para melhorar essa relação, o Brasil precisaria ter pelo menos cinco milhões de inscritos no cadastro nacional, segundo a Atmo. “Obtivemos, no universo de 900 funcionários, 39% de doadores cadastrados, um resultado bastante significativo”, afirmou Tarciana Campelo, referindo-se aos números do ano passado O pessoal da Gabriel Bacelar está fazendo a sua parte.
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PAINEL CONSTRUIR Fotos: Divulgação
PVC é luxo A Refinare, loja pernambucana especializada em revestimentos, louças e metais de luxo, apostou em produtos diferenciados e ecológicos e passou a oferecer opções de piso em PVC. De alta resistência, o produto é indicado tanto para residências quanto para edificações de grande tráfego como hotéis, lojas e escritórios. Na Refinare, podem ser encontrados pisos em PVC das marcas Itafloor e Interfloor, fabricados com tecnologia alemã, atérmicos, de fácil aplicação e manutenção, com isolamentos antichamas e acústica que absorve barulhos de sapatos e saltos. Outra vantagem do material é a resistência à água, já que o PVC não incha em caso de vazamentos. Os revestimentos ainda podem ser colados sobre o piso já existente no ambiente, conferindo um design exclusivo e original.
Sobre projetos e panelas O que a profissão de arquiteto e de chef de cozinha tem em comum? Quem promoveu a união dos dois mundos foi a chef Flávia Quaresma, no ciclo de palestras Maison Docol, realizado no Recife, em setembro passado, em parceria com o Home Center Ferreira Costa. Flávia exibiu filmes sobre os grandes chefs e como eles se inspiram e inspiram. Também fez desenhos improvisados de projetos de pratos e de espaços, além de comparações hilárias sobre como domar o maxixe na receita e o cliente deslumbrado, no projeto da sala rosa-choque. A plateia de arquitetos e gastrônomos entrou na brincadeira e fez até perguntas finais mais “sérias” sobre o casamento entre a funcionalidade da alma da cozinha e o ambiente de um restaurante. Todas foram respondidas com humor. Flávia Quaresma disse que, como o chef, o arquiteto encanta pelos sentidos. Por isto, ao contratar um para conceber um restaurante, é preciso “começar a conversa na cozinha, comendo”.
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Calcule o seu sol Você decidiu colocar vidros de controle solar na sua obra. Mas, como escolher o vidro ideal? A Cebrace, maior produtora de vidros e espelhos da América do Sul, acaba de lançar, em seu site, o programa Cálculo Solar, uma ferramenta que auxilia os profissionais do vidro e da construção civil com a especificação ideal e de maneira rápida, prática e intuitiva. O objetivo é fornecer opções de vidros que tenham essas características, atendendo às necessidades de passagem de luz, calor e isolação térmica, de acordo com o que for estipulado no projeto. Além disso, o software informa o tipo ideal para cada aplicação, seja em fachadas ou coberturas, sempre levando em consideração todos os fatores que podem influenciar a especificação do vidro.
De hospital a parque Os arquitetos Carmen Cavalcanti, Luciana Raposo, Manuela Maia, Celso Vinícius Sales, Christoph Jung e Mariana Ribas, do Escritório LF, do Recife, foram os vencedores do Concurso Público Nacional de Ideias, promovido pela prefeitura da capital pernambucana para o novo Parque da Tamarineira, a ser implantado até o final de 2012, no tradicional bairro da Tamarineira, zona norte do Recife. A nova área de lazer ocupará o terreno do Hospital Psiquiátrico Ulysses Pernambucano. Participaram da disputa 23 concorrentes de vários Estados brasileiros. O escritório LF Empreendimentos fez jus ao prêmio de R$ 40 mil e vai transformar a proposta inicial num projeto executivo para a construção do parque, que terá um museu no prédio principal, resgatando a memória da psiquiatria, e um centro de convivência para auxiliar a reintegração de pacientes à sociedade, com cursos e oficinas.
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PAINEL CONSTRUIR Baianos terão novo aeroporto O consórcio ATP-Traço, formado pela pernambucana ATP Engenharia e pela alagoana Traço Arquitetura e Planejamento, responderá pelo projeto de reforma e requalificação do Aeroporto Internacional de Salvador. As intervenções incluem a reforma do terminal de passageiros, a ampliação do edifício-garagem, com passarela de interligação ao terminal, e a reforma do acesso viário. O novo layout melhora a integração com o edifício-garagem, que terá a sua capacidade aumentada de 1,3 mil para 2,5 mil vagas, amenizando um dos maiores problemas do terminal: a falta de estacionamento. Ele será conectado com a área de embarque por passarelas em estrutura metálica, que facilitarão o acesso dos usuários. As áreas internas receberão novos elevadores, escadas rolantes, sanitários e praça de alimentação - tanto no pavimento térreo quanto no superior. O aeroporto ganhará também um espaço mais amplo para novas atividades comerciais, reforçando a imagem de aeroshopping.
Onde avaliar novas tecnologias O Instituto de Tecnologia de Pernambuco (Itep), que já atuava como instituição avaliadora de soluções construtivas em gesso, recebeu autorização da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) para atuar em outros tipos de sistemas construtivos. O instituto tornou-se, assim, uma das Instituições Técnicas Avaliadoras (ITAs) do Sistema Nacional de Avaliação Técnica de soluções construtivas no país, aprovado pela Comissão Nacional do Sistema Nacional de Avaliação Técnica (CN-Sinat), vinculada à Secretaria Nacional de Habitação do Ministério das Cidades. O Itep, ligado ao Governo de Pernambuco, será a segunda ITA do Nordeste - e também de Pernambuco - a contar com a Tecnologia da Construção e Materiais (Tecomat). Das cinco ITAs do país, quatro estão em São Paulo: o Instituto Falcão Bauer da Qualidade (IFBQ), o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), o Laboratório de Engenharia e Consultoria (Lenc) e a Tecnologia de Sistemas em Engenharia (Tesis).
Tablet é ferramenta de construtor A Belmetal, distribuidora e desenvolvedora de produtos em alumínio, é a primeira empresa da indústria brasileira de alumínio a entrar no universo dos tablets, disponibilizando aos usuários do iPad desenhos técnicos de uma das suas principais linhas de esquadrias: a Smart 2.0. Com a novidade, uma das intenções da empresa é começar a interagir com os jovens universitários e futuros especificadores, além de dialogar com arquitetos, engenheiros, projetistas, fabricantes de esquadrias e consultores que já estejam em contato com esta ferramenta, ou que em breve a utilizarão. Com o aplicativo da linha Smart 2.0, os usuários do iPad podem simular, em tempo real, os diferentes tipos de tratamentos de superfície (anodização convencional, anodização com tecnologia multicolor e pintura eletrostática a pó) e obter informações técnicas gerais sobre eles. Também estão disponíveis algumas obras que utilizaram a linha Smart 2.0, com informações sobre cada uma delas. Para ter o aplicativo gratuito no iPad, basta o usuário acessar o site da Belmetal através do próprio tablet.
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TRENA
ETIENE RAMOS
A construção, o verde e a internet
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cada edição, a cada olhar na caixa de e-mails da Construir NE, encontramos um mundo de notícias verdes ou sustentáveis do setor da construção que nos dão um novo fôlego, um frescor num universo que já teve apenas tons de cinza. Elas mostram que o Brasil está seguindo, mesmo que sem muito foco, os princípios estabelecidos em convenções internacionais como a COP-15, em 2009, em Copenhague, para termos um clima melhor e mais qualidade de vida. A indústria da construção não se vê mais apartada da sustentabilidade. Construtoras de todo o mundo, seguidas pelas brasileiras, adotam princípios sustentáveis em seus projetos e modos de gestão, e a reciclagem de entulhos avança e transforma o que era lixo em insumos. O melhor é que, enquanto essas práticas se incorporam ao dia a dia das obras, as empresas se voltam para os funcionários.
Que venha os impactos Pesquisa da Amcham, apresentada no Seminário Competitividade Regional, no Recife, em agosto, mostrou que para 91% dos 223 altos executivos entrevistados em todo o país, a construção civil é o setor que terá o maior impacto em relação aos empreendimentos que serão implementados no Brasil, nos próximos anos. A pesquisa foi realizada em parceria com o Instituto Análise.
Em tempos de falta de mão de obra nos canteiros, as relações de trabalho se renovam e vão além do prato feito e do vale-transporte para o ônibus – oferecer tickets aéreos aos operários de outros Estados já não é novidade. E eles fazem a disposição ir mais longe. Trabalhadores de todas as idades procuram aulas de alfabetização porque sabem que, quem lê e escreve, segue placas que levam ao emprego. E este, a uma nova alfabetização, a digital, onde é possível descobrir o que é um e-mail, um post e o admirável mundo novo da Internet. É bom viver para ver isso. É uma pena a colega de tantos planos, Sofia Graciano, que há um ano desenhava comigo um novo perfil para a Construir NE - e tanto se empolgava com as notícias da Vida Sustentável - não estar mais entre nós. Voou mais longe. Agora nos vê do alto. Até um dia, amiga!
Imagem e sustentabilidade O engenheiro civil Luiz Priori Jr. e a pesquisadora de Intersemiose Maria do Carmo Nino assinam a mostra fotográfica Sustent + Ações, em cartaz até 31 de outubro, na Torre Malakoff, no Recife. São 50 fotos, fruto de viagens e observações do cotidiano, com um olhar sobre diversos elementos da natureza e do meio ambiente, tendo como viés o eixo da sustentabilidade.
Foto: Divulgação
Brennand na Paraíba O Grupo Brennand, fundado no Recife há 90 anos, está investindo cerca de R$ 500 milhões numa nova unidade da Brennand Cimentos, na Paraíba, num local conhecido como Fazenda Fugida, onde existe calcário em quantidade e qualidade ideais para a empresa. A planta será semelhante à de Sete Lagoas, em Minas Gerais, com produção direcionada para o crescente mercado do Nordeste. As obras começam no próximo semestre e a fábrica entra em operação em 2014. A capacidade de produção estimada é de 3.000 toneladas por dia de clínquer, ou um milhão de toneladas de cimento por ano.
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Fotos: divulgação
VITRINE ESQUADRIAS de PVC conquistam A proposta da New Building está presente em vários projetos pelo Nordeste, especialmente turísticos. O design, clássico ou contemporâneo, imita até madeira, oferecendo portas e janelas com dez anos de garantia. Resistente a impactos, não precisa de manutenção e nem pintura. O tratamento térmico impede a absorção de calor e ainda economiza energia, poupando o ar-condicionado.
O CANTINHO do teto Inovador é o ar-condicionado Teto Canto, da Komeco. Nas opções de 9.000 BTUs, para ambientes com até 21m², e 12.000 BTUs, para ambientes com até 26m², o modelo proporciona melhor aproveitamento do espaço, seja corporativo ou residencial. Possui aletas inteligentes, sistema de autodiagnóstico, desumidificador e ventiladores eficientes e silenciosos.
ENCAIXA num click Chega ao Brasil, ainda este ano, o piso vinílico AcquaFloor, da Pertech, que funciona com sistema de encaixe, dispensando o uso de cola. Disponível em sete padrões amadeirados, com toque idêntico à madeira natural, o produto é 100% resistente à água, não deforma, não muda de aparência, não mancha e contém uma tecnologia que inibe a proliferação de bactérias e fungos.
CHANEL aprovaria Por amor aos sapatos ou por amor à arrumação, a solução pode estar na cordonnierie (sapateiro em francês) da Líder Interiores. Com ares de relicário e 170cm de altura, a charmosa sapateira faz homenagem à Coco Chanel na porta estofada quadriculada, lembrando os famosos tailleurs da estilista, que não dispensava quadretos em preto e branco.
SLIM e wireless A iHouse, líder em automação residencial, apresenta o Wallpad com design slim, inspirado nos painéis touchscreen adotados pelas indústria automobilística e de eletrodomésticos de alto padrão. Sem concorrentes no mercado, reúne todos os dispositivos de automação em um módulo único. Com o Wallpad, pode-se acionar ar-condicionado, persianas e iluminação por controle remoto universal (sensor IR infravermelho), tablets e smartphones.
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ARQUITETURA
R$ 1,2 bilhão para o recife andar A Região Metropolitana da capital pernambucana sofre com a falta de mobilidade. Para resolver o problema, o governo de Pernambuco lança pacote de obras que contam com recursos do PAC da Copa
Edilson Vieira
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ernambuco atingiu, no final de agosto, a marca de dois milhões de veículos emplacados, 70% deles concentrados na Região Metropolitana do Recife (RMR). É a segunda maior frota do Nordeste, atrás apenas da baiana, que já atinge a marca de 2,5 milhões de veículos. Há algum tempo, o Grande Recife sofre as consequências deste que é um dos reflexos da multiplicação do poder aquisitivo da população. Adquirido com a função de tornar os deslocamentos mais fáceis ou confortáveis, o carro particular se vê preso à sua própria condição de ocupar,
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cada vez mais, espaço num lugar onde espaço está cada vez mais raro. Como resultado, a cidade literalmente para nos horários de pico, com suas principais ruas e avenidas sendo tomadas por veículos que se deslocam tão lentamente que, uma caminhada a pé, muitas vezes, é mais rápida. E os engarrafamentos tendem a piorar, se nada for feito. Para tentar reverter esse quadro caótico, o Governo de Pernambuco apresentou o Programa Estadual de Mobilidade Urbana (Promob), que abarca a cifra de R$ 1,2 bilhão e prevê obras que representam
um grande desafio logístico e operacional para serem executadas, mas que prometem desentupir as artérias da RMR. A área, de 2,8 mil quilômetros quadrados, engloba 14 municípios, onde vivem cerca de 3,7 milhões de habitantes (IBGE, 2010). É a maior metrópole do Nordeste e a quinta maior do Brasil. “O programa visa, sobretudo, a uma mudança de cultura. Durante muitos anos, vivemos a cultura do transporte individual; hoje, a solução para a mobilidade das cidades passa por pensar no coletivo”, explica Danilo Cabral, secretário das Cidades do Governo
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Foto: Alexandre Albuquerque
Av. Agamenon Magalhães, em horários de pico: retrato da inércia do trânsito do Recife
Projeto prevê novos corredores exclusivos para ônibus articulados
de Pernambuco, responsável pelo programa. E pensar no coletivo significa propriamente pensar em novos paradigmas para o transporte integrado de passageiros. A meta é bastante ambiciosa: dobrar o número de pessoas que utilizam o ônibus como principal meio de transporte até 2014, passando dos atuais 800 mil para 1,6 milhão de usuários por mês. “A ideia é convencer o maior número possível de proprietários de automóveis a deixar o veículo em casa, durante a semana, e utilizá-lo mais para atividades de lazer ou viagens, nos finais de semana”, diz Danilo Cabral. O governo pretende investir R$ 76 milhões na construção, reforma e ampliação dos Terminais Integrados de Passageiros, implantando um novo modelo de transporte coletivo urbano, que tem como principais novidades a utilização das estações de transbordo em substituição às paradas de ônibus e o uso de tecnologia para o monitoramento das viagens. Serão implantados corredores exclusivos para ônibus articulados - TRO (Transporte Rápido por Ônibus), onde o pagamento de tarifas é feito antes do embarque. O modelo já é bastante conhecido em Curitiba, onde foi criado na década de 80.
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ARQUITETURA
A meta do Promob é duplicar o número de usuários do transporte coletivo, liberando as ruas
Os veículos desse sistema contarão com ar-condicionado, câmeras de segurança, acessibilidade para portadores de deficiência e GPS. A velocidade operacional será superior a 20 km/h e uma Central de Controle Operacional (CCO) acompanhará o deslocamento de cada ônibus, ditando o ritmo de operação do sistema. Se for preciso liberar mais ônibus para uma determinada linha, num momento de pico inesperado, isto será feito praticamente em tempo real. O usuário, por sua vez, poderá solicitar, através do celular, mensagens de texto que informarão quanto tempo o ônibus levará para chegar até o ponto de embarque. Será criado também um fundo de manutenção para os terminais, com um capital inicial de R$ 4 milhões.
Mãos às obras O Promob pretende implantar, na RMR, cerca de 52 quilômetros de corredores exclusivos, 17 quilômetros de ciclovias e 53 estações, além de um terminal integrado de oito mil metros quadrados, no município de Camaragibe. O sistema terá elevados nos cruzamentos das principais artérias para evitar engarrafamentos, aumentando a velocidade média das composições. Além disso,
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os novos corredores do transporte coletivo serão interligados, em alguns trechos, ao Sistema Estrutural Integrado (SEI) e suas 13 estações, que já cobrem praticamente toda a RMR. Os novos projetos foram inscritos e já estão aprovados no PAC da Copa, totalizando cerca de R$ 470 milhões. Os editais foram lançados em agosto passado e o início das obras está previsto para dezembro deste ano. O maior desafio será a construção de quatro viadutos, que cortarão uma das principais avenidas do Recife, a Agamenon Magalhães, com um fluxo diário de cem mil veículos. A avenida funciona como uma espécie de termômetro da mobilidade do Recife, pois é a principal ligação entre as zonas norte e sul e centro e oeste da capital pernambucana. A velocidade média na artéria é de 12 km/h, no entanto, durante o horário de pico, entre 17h e 19 h, cai para 4,5 km/h. Em agosto, a Prefeitura do Recife realizou intervenções na área, visando a diminuir os congestionamentos quilométricos. A velocidade média na via principal aumentou, mas os desvios criados sobrecarregaram as pistas laterais. Os novos viadutos, estimados em R$ 180 milhões de investimento, foram projetados para dar mais fluidez ao tráfego. “O grande desafio será construí-los sem parar a cidade”, disse
Danilo Cabral em um almoço na sede do Sindicato da Indústria da Construção Civil de Pernambuco (Sinduscon/PE), onde apresentou o Promob aos empresários da construção civil. O programa contempla ainda uma antiga vocação da cidade, conhecida como “Veneza brasileira”: a criação de corredores de transporte fluvial, através dos rios Capibaribe e Beberibe, num total de 24,5 quilômetros que ligarão o centro do Recife às zonas norte, sul e oeste, com diversas estações e um custo estimado de R$ 400 milhões. Deverá ainda sair do papel um projeto de cerca de dez anos, que prevê a construção de uma passarela de 460 metros que interligará o Aeroporto Internacional Gilberto Freyre à linha sul do metrô, com um custo de R$ 22 milhões. O presidente do Sinduscon/PE, Gustavo Miranda, chamou a atenção para outro desafio, além do operacional: equacionar o equilíbrio financeiro das construtoras. “O preço dos insumos, sobretudo o cimento, e a distorção salarial da mão de obra, com o aquecimento do mercado, são os grandes desafios na hora do empresário atender aos valores estipulados nos editais. Mas o empresariado pernambucano está pronto para atender às demandas das grandes obras”, assegura Miranda.
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DECORAÇÃO E ARQUITETURA
Ricardo J. Pessoa
Tour Geneve Sony e Adeilton Pereira, proprietários da Officina Móveis Planejados
Officina
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mês de outubro promete ser agitado na área de arquitetura e decoração na Paraíba. E um dos motivos será a esperada inauguração da nova sede da Officina Móveis Planejados, do casal Sony e Adeilton Pereira, nomes tradicionais neste segmento. Com projeto moderno e arrojado do arquiteto Manoel Farias, o novo espaço da Officina será inaugurado no dia 20 de outubro.
Foto: Amaury Júnior
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casal Eric e Simone Gasmann, diretores da TWS Empreendimentos, seguiu para São Paulo, onde houve uma reunião com o apresentador Amaury Jr. O motivo foi a apresentação do superprojeto do Complexo Tour Geneve, que será lançado oficialmente no mês de novembro, em concorrido evento. O casal convidou Amaury para vir ao Recife e cobrir todos os detalhes para o seu famoso programa, apresentado na Rede TV!
Naif paraibano
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artista plástico Clóvis Júnior, um dos maiores representantes da arte paraibana, expôs suas obras naif, de 20 de setembro a 6 de outubro, na Câmara dos Deputados - Espaço Cultural Zumbi dos Palmares, em Brasília. O coquetel de abertura contou com a presença de muitos apreciadores da boa arte.
D&A Digital
Artista plástico Clóvis Júnior em sua exposição realizada em Brasília
O André Pinheiro, Bethânia Tejo, Henrique Santiago e Valdelice Campelo na entrega do prêmio Ser Portobello 2011
Ser Portobello
editor desta coluna lançou, no fim do mês de setembro, na Maison Blune´lle, mais um projeto de sucesso. Dessa vez foi a revista D&A Digital, um novo veículo de divulgação 100% sustentável e voltado para a área de arquitetura e decoração. O coquetel de lançamento reuniu mais de 300 convidados, entre lojistas, empresários e profissionais da área. A D&A Digital estreou com 136 páginas e pode ser acessada através do site www.revistadea.com.br.
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empresária Valdelice Campelo - leia-se Portobello Shop - ainda recebendo os parabéns por mais uma conquista. É que ela foi contemplada com o primeiro lugar no prêmio nacional Ser Portobello 2011, como a franqueada que mais cresceu nacionalmente. A entrega do prêmio aconteceu em Salvador e recebeu também a presença de nomes importantes da arquitetura e decoração paraibana: Henrique Santiago, André Pinheiro, Alfredo e Fabiana Rezende, Isabel Cavalcante, Neila Melo, Patrícia Lago e Bethânia Tejo.
Alfredo e Fabiana Resende (Evviva Bertolini), Ricardo Castro (editor da coluna) e Lisiane e Roberto Honorato (ArtCasa e Sierra)
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ARQUITETURA
Beira-Mar de Fortaleza ganha projeto de requalificação Mais importante corredor turístico da capital cearense vai receber intervenções para melhoria da paisagem urbana. Previsão é entregar a obra antes da Copa 2014 Por Hugo Renan do Nascimento
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Avenida Beira-Mar, em Fortaleza, é o local preferido de visitantes e moradores da capital cearense. A região, famosa por abrigar um dos pontos turísticos mais frequentados da cidade e oferecer serviços variados, vai ganhar uma completa requalificação. É o que promete a Prefeitura de Fortaleza. O Projeto de Requalificação e Reforma Geral dos Espaços Urbanísticos e Paisagísticos da Beira-Mar é uma necessidade há tempos discutida pelas autoridades governamentais e foi apresentado, em agosto passado, pela prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins, à sociedade cearense. Os custos da obra são estimados em R$ 102 milhões, sendo R$ 15,9 milhões contrapartida do município. Os recursos também são provenientes do governo federal, por meio do Ministério do Turismo, e da Cooperação Andina de Fomento. A requalificação faz parte das ações do Programa Nacional de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur) e, segundo a prefeitura, teve a participação popular por meio de consultas e reuniões com grupos diretamente afetados pelas obras. São 3,5 quilômetros entre a Av. Rui Barbosa e o Mercado dos Peixes. Entre as intervenções na região está incluída a repavimentação da avenida e do calçadão, bem como o tratamento paisagístico e a requalificação da feirinha, dos embarcadouros e da área de
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Av. Beira-Mar concentra 80% da rede hoteleira e terá mais atrativos para os turistas
manutenção das jangadas e dos quiosques, além da construção de um aterro hidráulico entre as avenidas Rui Barbosa e Desembargador Moreira, que custará R$ 38 milhões. A ideia de requalificação da Beira-Mar vem desde 2008, quando a prefeitura foi acionada pelo Ministério Público Federal, que deu um prazo de 120 dias para apresentar um projeto para a região. Desta forma, o município assinou um termo de ajustamento de conduta, pedindo prorrogação do prazo. A partir de reuniões com diversos órgãos, foi formada uma comissão integrada para apresentar um Termo de Referência como base para um edital voltado para um concurso nacional de ideias. Para tornar realidade o que se vê hoje em vídeos e simulações, a prefeitura, há três anos, vem trabalhando na concepção desse Termo de Referência, um roteiro onde estão todas as necessidades de locomoção, paisagismo e estrutura da região. Após a conclusão do termo, foi realizado um concurso para a definição de um projeto que se adequasse melhor às características nele observadas. Para a escolha do projeto, o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) no Ceará, em convênio com a prefeitura, realizou um concurso nacional de ideias, onde 23 equipes multidisciplinares de todo o país participaram. O projeto vencedor, dos arquitetos Fausto Nilo,
Esdras Santos e Ricardo Muratori, levou um ano para ficar pronto. O presidente do IAB, Odilo Almeida, diz que o instituto colaborou com a concepção do Termo de Referência e que a hora é de colaborar com apresentações do projeto para a sociedade. Segundo ele, o projeto vencedor deu prioridade à locomoção dos pedestres, às soluções para o uso adequado do espaço público pela feirinha de artesanato, à integração da cidade com a paisagem litorânea, ao tipo de pavimento e à acessibilidade. “Um dos grandes elementos favoráveis do projeto é a engorda de 80 metros de largura que vai ter a faixa litorânea”, complementa Almeida, em referência ao aterro hidráulico. Ele vai permitir que calçadas e vias sejam ampliadas, com espaços para estacionamento de ônibus e veículos. “As questões referentes à mobilidade vão ser imensamente melhoradas”, destaca. Segundo o presidente do IAB, o projeto de requalificação revela uma série de avanços, tanto na gestão pública quanto dessa gestão com a produção urbanística de Fortaleza. Ele reitera que as soluções apresentadas são de boa qualidade e marcam o tom de harmonia do meio com as necessidades da cidade. Odilo Almeida afirma ainda que a requalificação vai potencializar diversos ganhos socioeconômicos para a capital, além de
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Foto: Gisa Carvalho
ARQUITETURA
fortalecer a área turística da Beira-Mar. O projeto, na opinião dele, teve um rigor técnico e orçamentário de acordo com as normas instituídas pela prefeitura. “O projeto, no seu conjunto, representa um grande ganho para a sociedade, para a arquitetura e o urbanismo, e para a melhoria da qualidade de vida das pessoas”, ressalta. A coordenadora do projeto de requalificação da Beira-Mar, Josenira Pedrosa, da Secretaria de Turismo de Fortaleza (Setfor), diz que para a concretização do projeto são necessários também alguns estudos de impactos socioeconômicos. Segundo dados preliminares da prefeitura, cerca de 22 mil pessoas passam por dia na região. O corredor da avenida é um dos principais pontos de referência no turismo da cidade, abrigando 80% da rede hoteleira de Fortaleza. Um dos principais problemas enfrentados hoje na Beira-Mar é o uso inadequado do espaço público. A coordenadora cita alguns exemplos como estacionamentos irregulares e ambulantes sem autorização da prefeitura, e diz que o projeto vem para tentar minimizar os atuais problemas. Segundo ela, a prefeitura tenta acabar com as questões de irregularidade, mas sempre existem ações na Justiça que impedem o poder municipal de tomar alguma providência. Após a conclusão do projeto, todas as
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ARQUITETURA
Ousadias tecnológicas como coleta de lixo eletrônica fazem parte do projeto
ações contra a prefeitura serão levadas para a Justiça Federal. “Este projeto de requalificação foi apresentado na Justiça Federal e referendado, ou seja, aprovado pelos juízes federais”, complementa Josenira Pedrosa.
Coleta eletrônica A requalificação da Beira-Mar também inclui os donos de barracas e feirantes, trazendo algumas inovações para adequar o uso correto do espaço público. As barracas se tornarão quiosques padronizados, tanto no tamanho quanto no formato. Não serão considerados restaurantes e haverá coleta de lixo eletrônica. Cada proprietário terá um cartão magnético. As calçadas em frente aos quiosques terão cestas de lixo subterrâneas. O cartão servirá para abrir essas cestas e armazenar o lixo. Quando as cestas estiverem cheias, um alarme soará na central de recolhimento e virá um carro para retirar o material. Segundo Josenira Pedrosa, a técnica é usada em alguns lugares da Europa e deverá facilitar a coleta de lixo, principalmente para impedir a poluição do meio ambiente. Para a vice-presidente da Associação dos Empreendedores da Beira-Mar (ABBMar), Laís da Silva, o projeto de requalificação beneficiará diretamente os proprietários de barracas. Segundo ela, todo o projeto foi discutido em conjunto com a Prefeitura de Fortaleza, que atendeu prontamente às necessidades
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apontadas pela associação. Um dos pontos fortes do projeto, de acordo com Laís, é a mudança de visão que as pessoas terão daqui para frente, em relação aos barraqueiros. Além disso, ela conta que muita gente será capacitada. O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) serão responsáveis pelos treinamentos, além do manejo social, que vai realocar pessoas e estabelecimentos em outros lugares, enquanto a obra na região estiver sendo executada. A ação conta com o apoio do Sebrae no Ceará e da Prefeitura de Fortaleza. Atualmente, na Beira-Mar, funcionam 33 barracas cadastradas pela ABBMar. Muitas estão lá há anos, a exemplo de Laís, que possui um estabelecimento há 28 anos. “A prefeitura tem passado segurança para a gente e, com certeza, o projeto vai ser excelente para o nosso negócio”, enfatiza a vice-presidente da associação. As mudanças trarão um novo visual para a feirinha de artesanato. A coordenadora do projeto, Josenira Pedrosa, explica que o material para a montagem da feira será todo armazenado no subsolo. O modelo é uma das novidades. Hoje os vendedores precisam montar manualmente suas barracas e isto causa muito incômodo nos turistas e transeuntes. Com a concretização do projeto,
será possível organizar toda a feira em uma hora e 20 minutos, com o uso de empilhadeiras. Outra novidade é que a feirinha será organizada por áreas de comercialização e os feirantes terão concessões públicas para atuar na área. Hoje eles não pagam nada à prefeitura e as futuras concessões vão garantir o uso adequado do espaço.
Prazos e licenciamentos De acordo com Josenira Pedrosa, todo o projeto de requalificação está pronto, assim como a planilha orçamentária. O próximo passo é a conclusão do edital para a escolha da construtora, o que deve ocorrer no começo de outubro. A partir daí, será dada a largada para o processo de licitação e, no máximo, até a metade do primeiro semestre de 2012, serão iniciadas as intervenções na Beira-Mar. A expectativa é concluir a obra antes da Copa 2014. Os estudos de impacto ambiental para o projeto urbanístico estão prontos, assim como a licença prévia. A prefeitura também deu entrada na documentação para a licença de instalação. Já os estudos de impacto do aterro hidráulico ainda estão sendo feitos, porque são os mais complexos. Somente na Secretaria de Turismo de Fortaleza (Setfor) estão envolvidas oito pessoas, incluindo a própria Josenira Pedrosa, Daniele Melo, gerente do projeto, e Luiz Mauro, assessor técnico responsável.
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CASA COR
TEMPORADA DE CASA COR NO NORDESTE Entre o calor e os preparativos para as festas de fim de ano, abrem-se os espaços da Casa Cor 2011, trazendo tecnologia para modernizar ambientes antigos Tradição e tecnologia na Casa Cor Ceará A Casa Cor Ceará dá vida ao tema “Dia a dia com a tecnologia” em áreas diferenciadas - Morar, Comercial, Social e Gastronomia. Entre 6 de outubro e 22 de novembro, o evento atrai as atenções para a Praia de Iracema,
parte da cultura e da história do Ceará, que passa por um processo de revitalização e requalificação. São mais de 50 ambientes. No Morar, dois desafios para os arquitetos: apartamento à beira-mar para casal e três filhos, e casa do futuro para casal sem filhos, que gosta de receber amigos. Destaque para o artesanato local no loft cearense. Os dois últimos dias serão dedicados ao Special Sale, onde o público poderá adquirir objetos, produtos e móveis expostos na mostra, com descontos de até 70%.
Casa Cor Pernambuco em Olinda Quatro casarões de valor histórico, à beira-mar de Olinda, acolherão os 50 ambientes da Casa Cor Pernambuco 2011, de 8 de novembro a 13 de dezembro. Na cidade tombada há 30 anos pela Unesco como Patrimônio
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Mundial, Cultural e Natural da Humanidade, a leitura do “Dia a dia com a tecnologia” aproveita a interligação das casas (que pertenciam a ricas irmãs) por um corredor e cria um espaço único para casal e dois filhos. Na entrada, o visitante se depara com as ruínas de um imóvel e entende o recado, à medida que segue pelo ambiente “Preservar a memória não impede de desfrutar o conforto do mundo moderno”. A mostra tem ambientes também no Clube Atlântico e no Cine Olinda, aos quais se chega passando pelas áreas de convivência da cafeteria, sorveteria e cervejaria. O consagrado sociólogo pernambucano Gilberto Freyre e a Casa Brasileira são os homenageados locais.
Fotos: Divulgação
Cenário de hotel na Casa Cor Bahia A mostra acontece de 29 de setembro a 6 de novembro, no antigo Salvador Praia Hotel, com uma vista exclusiva para o mar de Ondina. A 17ª edição da Casa Cor Bahia conta com 98 profissionais entre arquitetos, decoradores, paisagistas e designers, esbanjando talento em 62 ambientes afinados com o fio condutor do tema nacional “Dia a dia com a tecnologia”. O hotel transformou-se em casa, apartamento, loft, áreas de convívio e institucional, além dos espaços dos Novos Talentos. Para o público, a seguinte mensagem: “a tecnologia, antes restrita a ambientes corporativos, chegou em casa, garantindo comodidade, economia de recursos e preservação do meio ambiente”. Nos dois últimos dias, Special Sale, com descontos entre 30% e 70% nos produtos da mostra.
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UPGRADE FRANCISCANO
Fotos: Divulgação/Evidencia Astoria
INTERIORES
Cristina França
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grupo português Evidencia tem por filosofia a máxima “mais por menos”. Ela aplica-se aos serviços que oferece e ao valor cobrado, nesta ordem. Ao ser chamada para dar cara à reclassificação de uma para três estrelas, com o novo nome de Evidencia Astoria, ao hotel localizado na Av. Liberdade, em Lisboa, a arquiteta pernambucana Mônica Paes ousou, comedidamente. Na fachada, proibido tocar, mas dentro, franciscanamente falando, ficou um luxo. As obras aconteceram durante dois anos com o hotel funcionando e ficaram totalmente prontas em abril deste ano. A Construir NE mostra, em avant-première, o resultado.
Logo no hall, espaço diminuto, o salto da fachada histórica para um ambiente moderno, clean, funcional ao extremo. As cores fendi, cobre e preto; vidros e luz por trás do balcão da recepção para iludir os olhos; o encosto alto, em couro, confortando as costas de quem senta no básico sofá. Nos detalhes, cadeiras Philippe Starck (inclusive no bar que ocupa o pé-direito alto), mãos em cerâmica prateada - lote comprado a “baixo custo” em um antiquário local.
Os 119 quartos são divididos em solteiro, casal e duplo. O grande público do Astoria é formado por grupos, mas tem-se a positiva imagem de que os quartos foram feitos para atarefados executivos de bom gosto, tão forte é a impressão que eles servem exatamente para dormir com estilo, sem excessos. A facilidade de manutenção também foi pesada na hora de definir a ambientação. Novamente, é mais fácil de limpar e conservar. Móveis e portas de correr fazendo às vezes de cortina em madeira ebanizada, com tonalidades de cobre e preto. Nos quartos com varanda, puffs para apreciar a vista.
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As áreas comuns são pequenas e o restaurante, um longo e estreito vão, foi beneficiado pelas andanças de Mônica Paes por Milão. A mesa central foi a solução para oferecer o número de lugares necessários à reclassificação. E a ideia veio do Straf, o milanês membro do seleto grupo de hotéis design. As janelas do restô dão para um mínimo jardim lateral e receberam vidro. Adesivos florais e iluminação da também pernambucana Light Design, que assina todo o projeto luminotécnico do hotel.
No hall dos elevadores, o carpete art decó sob encomenda, mais espelhos para ampliar o espaço e o charme do puff recortado para revistinhas. “É a minha assinatura em um hotel. Já fiz outros, mas como coordenadora da arquiteta Janete Costa. O mesmo grupo me contratou para fazer um hotel de golfe, que ficou parado por conta da crise e deve ser retomado ainda este ano”, adianta Mônica Paes. Como ela chegou até eles? Torres Filho, o presidente do grupo Evidencia, comprou um apartamento da construtora pernambucana Moura Dubeux, no Recife, e adorou a ambientação. Daí para frente, só foi trabalho.
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Foto: Alexandre Albuquerque
ano II | nº 8 | outubro 2011
Novo Código Florestal trata cidade como floresta As restrições da lei, ainda não aprovada, podem travar projetos imobiliários
n ENTREVISTA Gilberto Meirelles, presidente da Abrecon, defende a destinação dos resíduos da construção
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n EU DIGO A arquiteta baiana Celeste Leão e as boas novas da decoração sustentável
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EXOEDIENTE
SUMÁRIO
CoNSelho eDitorial Ana Lúcia Rodrigues Carlos Valle Inez Luz Gomes José Lucas Simon Kilvio Alessandro Ferraz Ozeas Omena Renato Leal Ricardo Leal Serapião Bispo Publisher Elaine Lyra elainelyra@construirnordeste.com.br
eDitora exeCUtiVa Etiene Ramos etieneramos@construirnordeste.com.br
rePórter Cristina França ColaboraÇÃo téCNiCa Roberta Marques Feijó | gestora ambiental reViSÃo De texto Betânia Jerônimo betaje@hotlink.com.br
FotoS (CaPa) Alexandre Albuquerque
4 EU DIGO A decoração sustentável tem estilo, agrega beleza e economia aos projetos. Confira no artigo da arquiteta Celeste Leão
5 VISTO DE PORTUGAL O colunista Renato Leal e a especialista Isabel Santos falam sobre a chegada da consciência sustentável para os negócios
6 ENTREVISTA Gilberto Meirelles, presidente da Associação Brasileira para Reciclagem de Resíduos da Construção Civil e Demolição (Abrecon), revela que o Nordeste procura iniciativas
CARO LEITOR, O novo Código Florestal brasileiro, que agora tramita na Câmara dos Deputados e deve ser votado até meados de novembro, traz no próprio nome o motivo de grande parte da celeuma que provoca: a lei tem a alma da floresta, a ser encaixada no corpo das cidades. A constatação nos lembra que abordar a questão ambiental com uma maior participação de toda a sociedade é um dever da democracia. Buscamos, nesta edição, ouvir opiniões sobre essa dualidade. Certamente o código não terá um capítulo específico sobre áreas urbanas, onde vivem 87% da população brasileira, mas acredita-se que as adequações pelas quais ele vem passando possibilitará à alma encaixar-se melhor no corpo. As cidades historicamente nasceram às margens de cursos d’água, com o verde valorizando suas áreas - no íntimo, todo ser humano quer um ambiente saudável. Há espaço para a conciliação. E é nesse espaço que trabalham pessoas, entidades e empresas, em busca de aproveitamento dos resíduos criados pela irrefutável necessidade de prover moradia para os cidadãos. Não apenas ocupando novas áreas, mas demolindo o que ocupa espaço a ser melhor aproveitado. Ferro, tijolo, gesso e areia dependem de ajustes logísticos e econômicos e da boa vontade política para deixarem de ser entulhos e voltarem a ser matéria-prima. Esse tema é discutido por Gilberto Meirelles, presidente da Associação Brasileira para Reciclagem de Resíduos da Construção Civil e Demolição, em entrevista para este número. Ideias na cabeça e mãos à obra. Há prêmios para quem quer fazer isso, como mostra nossa agenda ambiental. Há ideias que dão beleza aos ambientes internos, ao mesmo tempo em que preservam o externo e o que é de todos, nos ensina a arquiteta Celeste Leão.
Boa leitura. Elaine Lyra.
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AGENDA 2º FÓRUM NACIONAL SUSTENTABILIDADE NA PRÁTICA
SIEMENS STUDENT AWARDS, APRESENTE SUA IDEIA
CURSO AQUA PARA RENOVAÇÃO DE EDIFÍCIOS
nDias 1º e 2 de dezembro acontece, em
n Quais soluções desenvolvidas para a Copa
n A Fundação Vanzolini lança o curso Aqua
Brasília, o 2º Fórum Nacional Sustentabilidade na Prática, realizado pela Conexões Educação. O fórum terá dois workshops: Agenda Estratégica de Sustentabilidade - A Gestão da Mudança para a Sustentabilidade, conduzido por Aerton Paiva, considerado um dos melhores consultores em sustentabilidade do Brasil; e Liderança, Inovação e Sustentabilidade - Como Criar um Ambiente Favorável à Inovação para a Sustentabilidade e Integrar os stakeholders”, guiado pelo consultor e professor da Universidade de São Paulo (USP) Roberto Voltolini. Serão apresentados casos práticos de empresas como Banco Santander e Itaipu Binacional, além de palestras de especialistas em negócios inclusivos e gestão de resíduos sólidos. Informações na Internet (www.conexxoes.com.br).
do Mundo no Brasil também serão úteis após o evento? Como elas podem contribuir para o cotidiano das cidades? Um grande evento como a Copa do Mundo é capaz de tornar a vida melhor de forma sustentável? As respostas podem ser enviadas para o concurso Siemens Student Awards, através do site www.studentaward-brazil.com, até o próximo dia 30 de novembro, individualmente ou em grupos de até três pessoas. Registre-se, faça parte da comunidade on-line e aguarde o veredito. Dez finalistas serão convidados para apresentar e discutir suas ideias, ao vivo, na cerimônia de premiação, em março de 2012. O Conselho de Especialistas da Siemens e um júri técnico irão escolher as três melhores ideias. O primeiro lugar leva R$ 40.000,00; o segundo, R$ 16.000,00; e, o terceiro, R$ 8.000,00.
- Renovação para Edifícios Comerciais e de Serviços, voltado para arquitetos, engenheiros, empreendedores, gestores e profissionais que atuam no segmento da Alta Qualidade Ambiental da Construção (Aqua) com pesquisa, consultoria, projetos e obras. As inscrições podem ser realizadas na Internet (www. vanzolini.org.br) até o dia 18 de novembro. As aulas têm início previsto para o dia 28 de novembro, no Centro de Treinamento Unidade Paulista, na Av. Paulista, 967, em São Paulo. O curso ensinará profissionais da construção civil a introduzir conceitos de sustentabilidade em obras de retrofit para edifícios comerciais e de serviços das cidades brasileiras. Para empresas que atuam na construção civil e com arquitetura, os cursos Aqua podem ser desenvolvidos para grupos no formato in company.
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EU DIGO
sustentável sem abrir mão do requinte Celeste Leão*
É
possível decorar uma casa de forma sustentável, sem deixar de lado o charme e o requinte. Possível e recomendável. Aliar criatividade e sustentabilidade não se trata de uma tendência passageira, mas uma questão determinante no século XXI, quando, mais que nunca, a consciência sobre a importância de preservar os recursos naturais é fundamental para garantir o futuro do planeta. É totalmente possível conceber um ambiente elegante e com identidade própria utilizando com criatividade materiais como plástico, papelão e PVC na decoração. A pessoa que resiste em investir nessa linha para decorar sua casa ou ambiente profissional deve buscar um profissional conceituado e de talento, que possa assessorá-la, despertando um olhar diferenciado que vai permitir um resultado final elegante e sustentável. Trabalhar com madeira de demolição ou com móveis antigos e objetos reciclados, utilizar produtos artesanais feitos por comunidades tradicionais, comprar móveis em lojas que trabalhem com madeira certificada são as bases para se criar um ambiente sustentável. Também é importante aplicar as melhores soluções, no sentido de reduzir o consumo de água e energia nos diversos ambientes. Para criar ambientes criativos, elegantes e “ecologicamente corretos”, procuro usar temas florais, objetos de papelão, garrafas PET, tecidos de fibra de bambu, retalhos de cerâmica e madeira reciclada. Assim, muitos materiais que teriam como destino o lixo, ganham uma nova roupagem com estilo, beleza e funcionalidade. Quando se pensa em investir numa
decoração sustentável, a primeira coisa é não pensar em trocar todos os móveis. A renovação das peças com utilização de recortes, tintas e adesivos é uma alternativa que pode resultar em móveis que agregam estilo a um baixo custo, além de garantir um novo destino para objetos usados, ao invés de simplesmente descartá-los. Peças produzidas com materiais reutilizados são a melhor opção para uma decoração sustentável. O redesign faz parte dessa tendência da decoração que chamo de ecoestilo. Um corte personalizado pode reduzir a dimensão de um móvel já usado. A aplicação de uma laca bem feita na peça redimensionada resulta num móvel novo, totalmente repaginado. Ao reutilizar móveis evita-se que mais árvores sejam derrubadas para extração de madeira, diminuindo o impacto ambiental. O uso de elementos naturais - tapetes de sisal, flores desidratadas, paredes forradas com papel ou tecidos reciclados, revestimentos de parede com incrustações de cascas de coco e madrepérola, e acessórios em resina 100% reciclável - também integra o ecoestilo na decoração. As cores podem fazer a diferença. Paredes em tons azul (céu e mar), verde (vegetação) e terroso (planície) compõem um ambiente agradável, um convite para o bem-estar. O contato com cores e elementos da natureza em ambientes urbanos traz um novo referencial e uma nova estética, e contribui para a conscientização ambiental. *Celeste Leão é arquiteta, com escritório na Bahia, e membro do Conselho Editorial da Construir NE.
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VISTO DE PORTUGAL
SUSteNtabiliDaDe: CoNSCiÊNCia, QUaliDaDe e iNVeStimeNto (2º ato) reNato leal*
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a proposição feita sobre a forma de abordar o tema sustentabilidade, optamos por fazê-lo em três atos, já tendo sido apresentado, na edição anterior, três temas que ao empresário dizem respeito - custo, valor e oportunidade. Cabe agora desenvolvermos o segundo ato, sob o ponto de vista do cliente. E a pergunta que cabe, neste momento, é o que está acontecendo com ele, em termos de: 1.Consciência - O cliente final está se informando e se conscientizando, seja ele principalmente o cliente empresarial, industrial ou residencial. Este último, nas faixas mais elevadas. Essa consciência vem de mais informação e elevação do padrão cultural. Vem da disponibilização da Internet, das viagens que vêm fazendo parte da vida cada vez mais de brasileiros. O ataque ao meio ambiente é um tema transversal da escola à universidade. O nível de consciência e preocupação cresce com as catástrofes naturais e com a perspectiva da falta de alimentos e a escassez de água e energia. Engraçado é que, ao escrever estas linhas - eu estudante em meados da década de 70 da Fundação Getúlio Vargas, recordo-me das diversas palestras e discussões sobre Malthus e os estudos do Clube de Roma. Antes tarde do que nunca. Parece mesmo que, desta vez, será para valer. Não é moda, a sustentabilidade veio mesmo para ficar. 2.Qualidade - A economia brasileira – e em particular a pernambucana – vem recebendo investimentos diretos de empresas estrangeiras em todos os sectores. Especialmente no setor da construção, importa referir algumas questões. As empresas chegam aqui já acostumadas e, de certa forma, engessadas a exigências mais elevadas, em termos de sustentabilidade e eficiência enérgética. Estes fatores também são sinônimos de qualidade. As empresas querem suas fábricas e
escritórios certificados por padrões internacionais. Não podem conviver internacionalmente com padrões distintos, só porque estão em diferentes países ou continentes. E começam a aparecer construtoras que olham à frente do tempo e avançam no sentido de atender a tais demandas e se firmar como ambientalmente responsáveis. A qualidade vem ganhando novos contornos e o cliente cada vez mais a exige. Não é só material e design. Ela vaza para os diversos padrões de eficîencia energética e construção sustentável. Não é só o produto final. É também o modelo construtivo. Ele tem que responder como a obra é gerida, como os resíduos são tratados e o quanto agridem o meio ambiente. Simples assim. No mercado doméstico, ocorre o mesmo através da força da mudança da consciência e do padrão cultural. E dos medos que começam a aparecer com relação ao futuro da terra. 3.investimento - O cliente/comprador final começa a construir e exigir uma nova relação custo/benefício. Adianta o seu apartamento ser mais barato e depois lhe obrigar a um grande consumo de energia? Evidente que não. À medida que a fatura enegética for aumentando em valor, mais sentido faz se pensar assim. A relação área verde e área construída, principalmente nos condomínios, começa a ser mais exigida, à medida que é lá que você vai viver ou passar seus finais de semana. Importa
perceber que o investimento em sustentabilidade na construção, ou em qualquer outro setor, tem o seu retorno e não se trata de custo. Trata-se, sim, de uma questão de consciência, investimento e aumento da qualidade. É preciso agir de forma integrada, pensando em conformidade com esses três temas da sustentabilidade. Queremos demonstrar, para todos os leitores, que temos de pensar de forma integrada ao construir nossos empreendimentos. São eles que vão criar nossas cidades. E são estas que nos vão proporcionar qualidade de vida, ou não. Além disso, como dá para perceber, a pressão e a exigência dos mercados abrem caminho para uma quebra de paradigma, uma vez colocada, desde o ponto de partida do empreendimento imobiliário, a questão da sustentabilidade e da eficiência energética. O que espera para exigir o seu empreendimento sustentável? Não se esqueça: “A natureza não faz nada em vão” (Aristóteles). Renato Leal - Estrutura negócios, atuando no Brasil e em Portugal. renato.leal@b4.com.pt Isabel Santos – Presidente da Ecochoice, empresa portuguesa em implantação no Brasil. isabel.santos@ecochoice.pt
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Divulgação
ENTREVISTA
ENTULHO: DO DISCURSO À PRÁTICA, HÁ MUITO A PERCORRER
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m dos debates mais acalorados na programação do Congresso da Associação Brasileira de Tecnologia para Equipamentos e Manutenção (Sobratema), que aconteceu em agosto, em São Paulo, foi o que se seguiu à palestra sobre “Reciclados na construção civil”. Na mesa estava Gilberto Meirelles, presidente da Associação Brasileira para Reciclagem de Resíduos da Construção Civil e Demolição (Abrecon), no momento ainda sem associados no Nordeste. Meirelles falou à Construir NE sobre o oceano que separa o que se diz que se faz daquilo que se faz realmente, quando o tema foi a gestão de Resíduos da Construção e Demolição (RCD). Construtoras, poder público e recicladoras ainda precisam afinar o discurso. Empurrar a questão com a barriga tem um peso: sabe-se que o habitante de regiões urbanas gera, em média, meia tonelada/ano de entulho.
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A Abrecon não tem associados no Nordeste, mas é possível traçar um retrato da região, no que diz respeito à gestão dos resíduos da construção e demolição? Existem diversas consultas que são feitas à Abrecon e a mim como consultor. Sabemos que 70% das iniciativas estão nas regiões Sul e Sudeste, mas posso afirmar que praticamente dobrou, nos últimos 12 meses, o interesse de municípios e empresários do Nordeste. Há iniciativas de reciclagem de RCD em Maceió, Fortaleza, João Pessoa, Recife e Salvador. Porém, como os modelos são muito variados, podemos classificar como reciclador quem tem equipamento móvel, grande ou pequeno, ou mesmo usinas fixas com produção acima de 4.000 m3/ mês. Ainda não temos informações consistentes para mapear a região. Onde a gestão de RCD está mais estruturada?
Sabemos que existem mais de 120 unidades em operação no Brasil, sendo gestões públicas, mistas e privadas. A maioria delas no eixo Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro. As regiões mais desenvolvidas, quando falamos de gestão de RCD, são as Regiões Metropolitanas de São Paulo, Curitiba, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, São José dos Campos, Campinas e Santos, evidentemente pelo fato dessas regiões serem as que mais geram entulho no país, o que está diretamente relacionado com a concentração populacional. Montar uma usina padrão custa entre R$ 600 mil e R$ 1,2 milhão, em termos de equipamentos e projeto. Na palestra você falou muito em marketing e pouca prática por parte do governo e das empresas. Qual o receio em usar o reciclado? Esta é uma questão crucial. As empresas e o
“Montar uma usina padrão custa entre R$ 600 mil e R$ 1,2 milhão, em termos de equipamentos e projeto”
poder público, de um modo geral, se dizem praticantes da sustentabilidade e incluem no discurso social e político a reciclagem de RCD. A Política Nacional de Resíduos Sólidos trouxe ao topo das preocupações dos municípios esta questão. Mas, quando perguntamos às empresas, qual o percentual de consumo de agregado reciclado ou o nível de confiabilidade na rastreabilidade do que
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geram, o que temos são resultados ainda muito modestos. Já o município quer resolver a questão dos aterros, mas fiscaliza isso com seriedade? Tem uma política estruturada de consumo próprio ou de incentivo ao consumo das empresas prestadoras de serviços e executoras de obras na região? Não. O reciclado tem normas na Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e inúmeros casos de aplicação sem função estrutural. Se inovamos na produção, por que não inovar no consumo sustentável? Já se fala em falta de matéria-prima e elevação de preços. Teoricamente, o reciclado é uma saída para estas duas questões? As prefeituras têm que ser mais conscientes em seus projetos em conjunto com a iniciativa privada. Há municípios que fazem propostas do tipo “a prefeitura dá o material para a recicladora e vocês vendem”. Isto é transferir o ônus para a iniciativa privada. É um erro duplo: não resolve as premissas econômicas que uma recicladora precisa para se manter e cria outro problema: aterros que deveriam ser recicladoras cheias de material “a reciclar” que, por falta de mercado e pela péssima qualidade do entulho permanecem passivos ambientais. A receita de destinação do resíduo tem que existir para manter viável uma recicladora e, aos poucos, o preço do produto final, que pode chegar ao patamar do produto não sustentável das pedreiras e portos de areia, por exemplo. Mas isso leva tempo e conscientização do mercado. A falta de conhecimento em relação ao benefício dos reciclados é o nosso maior concorrente. Mas há casos em que a abundância de matéria-prima retarda a questão da reciclagem? Para responder, o caso do Ceará é emblemático. Lá temos extração de 98% de toda a gipsita que abastece o Brasil e até alguns países do Mercosul. É muito difícil acontecer das empresas da região destinarem o resíduo de drywall ou o próprio gesso para reciclagem, uma vez que a oferta suprime a possibilidade de reciclar. O gesso reciclado serve para retardar o processo de endurecimento do cimento, além de ser um vetor para fertilizantes e corretivos agrícolas. É um dos poucos materiais que pode ser reciclado
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infinitamente. A Abrecon está fomentando, por meio de uma parceria com a Associação dos Fabricantes de Chapas para Drywall, o recebimento de drywall, resíduo que outrora foi um material sem tecnologia para reciclagem. Na questão da triagem, o que é ideal e qual o material mais fácil e o mais difícil de ser triado? Custa muito mais demolir, já visando à reciclagem?
“A falta de conhecimento em relação ao benefício dos reciclados é o nosso maior concorrente”
O ideal é o concreto limpo, sem plásticos, papel, metais e outros materiais, e o mais difícil é a caçamba, onde são misturados todos os produtos de uma obra e o cidadão ainda passa na rua e coloca um saco de lixo com material orgânico dentro. Educação e orientação são fundamentais e nossos associados já desenvolvem vários projetos neste sentido. Na pesquisa Abrecon 2011, identificamos a triagem como o item mais caro em todo o processo de reciclagem. Porém, há outros itens que também encarecem a produção de agregado reciclado, tais como impostos e licenciamento ambiental. O gerenciamento de resíduos bem orientado, que engloba a demolição para reciclagem, dá resultados a médio prazo. No início, o gerador precisa investir em capacitação e nas tecnologias atualmente disponíveis. Mas temos modelos práticos e viáveis com a “cara” do Brasil. E muito a fazer para equacionar geração e reciclagem.
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legislação
O LADO URBANO DO NOVO CÓDIGO FLORESTAL Especialistas criticam tratamento igualitário dado às áreas urbanas e rurais. A segunda frase continua. Se
Fotos: Alexandre Allbuquerque
não houver mudanças, há riscos para o mercado imobiliário e empreendimentos turísticos
Cristina França
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elos dados do Censo IBGE 2010, cerca de 87% dos 185 milhões de brasileiros vivem nas cidades. Entende-se, então, a preocupação com o fato do novo Código Florestal, a ser votado no Senado Federal até a primeira quinzena de novembro, tratar igualmente de áreas urbanas e rurais. Há a tentativa de abrigar no código um capítulo específico sobre as cidades, uma luta que, na opinião do advogado pernambucano especialista em meio ambiente Ivon Pires, as prefeituras não encamparam. “Conversei pessoalmente com vários prefeitos e, para todos eles, o Código Florestal é uma preocupação de ruralistas. O próprio setor da construção civil só acordou para as implicações urbanas há cerca de dois anos”, afirma Pires. Para o advogado, tomar como padrão a Amazônia, com o pensamento voltado para o controle dos novos municípios que se expandem em volta da floresta, é
regionalmente louvável, mas nas grandes metrópoles que convivem com explosão populacional em espaços exíguos, é humanamente injusto. “Paira no ar a insegurança legal. Não se pode tratar de assentamento em Áreas de Preservação Permanente (APPs) urbanas, em torno de córregos e lagos, como as APPs rurais. População em área de risco deve ser removida para locais seguros. Mas, e as pessoas que vivem próximas de cursos d’água, áreas nas quais as prefeituras já investem em melhorias? A ação pública e de empresas contratadas para realizar obras precisa estar juridicamente acobertada”, pondera Pires. Posição igual tem o vice-presidente de Meio Ambiente do Sinduscon/SP, Francisco Vasconcellos, expositor da videoconferência promovida pela Associação para o Desenvolvimento Turístico e Imobiliário do Brasil (Adit), em agosto passado. “É preciso que
esteja claro no código que as ocupações consolidadas e seguras em APPs urbanas tenham o mesmo tratamento dado àquelas rurais, consolidadas até 22 de julho de 2008, ou seja, que não serão removidas nem responsabilizadas por danos ambientais”, afirma. Para isso, diz Vasconcellos, faz-se necessário também definir quais ações de infraestrutura são consideradas de utilidade pública, interesse social e baixo impacto ambiental. A proposta é incluir, no parágrafo 7 do artigo 8º do Código Florestal, atividades como implantação de instalações para captação e condução de água potável e pluvial, sistemas de esgotamento sanitário, transposição do sistema viário e equipamentos públicos educacionais e de lazer e esportes. Trazendo a questão para Pernambuco, o vice-presidente do Sinduscon/PE, José Lucas Simon, coloca que toda a cidade do Recife é uma APP, “ou é mar, ou é rio, ou é mangue,
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Foto: Etiene Ramos
ENTREVISTA
As propostas para as florestas não podem ser as mesmas para as áreas urbanas, onde há restingas e mangues
ou é morro”. Ele diz que o deputado federal Aldo Rebelo (PPS/SP), relator do código na Câmara dos Deputados, confessou que não olhou para as cidades, e sim para o meio rural. “O código virá para traçar parâmetros de proteção ambiental. Nas cidades, a maior reserva que existe é aquela que deixamos nas áreas construídas em função da Lei de Uso e Ocupação do Solo. Meio ambiente é atrativo fundamental. O que valoriza uma área é a presença do verde e dos cursos d’água. Então é preciso preservar, porém considerando a realidade urbana, ou alguém quer mudar o Recife de lugar”? O novo Código Florestal menciona apenas seis vezes o termo área urbana, contra 44 referências às áreas rurais. Para comprovar que a questão ambiental precisa ser balizada pela presença humana, chega a proposta inovadora do secretário de Políticas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da
Ciência e Tecnologia, Carlos Nobre, sobre como proibir a ocupação urbana em áreas de passagem de inundação nas APPs ripárias – várzeas de rios e corpos d’água. Onde há inundação frequente, o território é de rio. Passar por cima desta verdade natural pode acarretar situações de desespero e morte como a que vimos, em 2010, em cidades de Pernambuco e Alagoas. Sobre a proposta, Lucas Simon vai mais além. “O que defendemos é o controle do rio e a proteção das pessoas através de um sistema de barragens, senão as regras terão que ser mudadas segundo as enchentes”. Saindo do urbano para as áreas litorâneas, o gargalo fundamental em discussão no novo código é a questão da restinga (depósito arenoso paralelo à linha da costa, de forma geralmente alongada), presente em grande parte do litoral brasileiro. “Discute-se a preservação da restinga, considerando que seja
uma formação geológica ou um tipo de solo ou vegetação. Nós defendemos que seja uma vegetação nativa com a função de fixar dunas ou estabilizar mangues, o que já está previsto e detalhado na Lei da Mata Atlântica, de 2006”, argumenta Vasconcellos. Até agora, a Adit não tem registro de empreendimentos turísticos parados, esperando o novo código. “Muitos empreendimentos foram anunciados nos últimos anos e poucos foram realizados, até em função da crise econômica mundial de 2008, mas as perspectivas para o Brasil são boas. Porém, se persistir no código a interpretação que restinga é solo arenoso com coqueiro e que não se pode construir numa faixa mínima de 300 metros, medida a partir da linha de preamar máxima, vamos ter a paralisação do desenvolvimento turístico no litoral brasileiro”, alerta o presidente da Adit, Felipe Cavalcante.
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COMO SE FAZ
VARANDA GOURMET E PRIVATIVA Fotos: Divulgação
Tendência de reunir amigos nas varandas chega ao Nordeste, pedindo reformas e equipamentos fáceis de executar
Espaço para curtir um filme, enquanto se espera a comidinha na varanda gourmet das torres Splendor Park e Splendor Ocean, do Reserva do Horto, empreendimento da Queiroz Galvão, em Salvador. A proposta é bem clean, com lugar para adegas climatizadas e maquinas de café
Cristina França
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varanda gourmet, uma tendência nos novos apartamentos, de todos os portes, e pode ser executada nos que não vieram com este “acessório” de fábrica. A arquiteta Elza Mendonça, do escritório PMZ Arquitetura, com a expertise de quem já fez vários projetos do tipo, revela que o kit básico de uma varanda gourmet é formado por pontos de gás, água e esgoto, balcão com pia e cooktop de duas bocas. Os pontos podem ser puxados da cozinha, com uma reforma que pode ser executada em poucos dias. “Ao contratar um projeto é bom ter em mente quais equipamentos se deseja, muito em função do se gosta de oferecer aos convidados. Tive uma cliente, fã de bruschetta que não abriu mão de um forninho”, diz a arquiteta. Os materiais ideais para o balcão, inclusive o de apoio, são granito, marmoglass, aço inox ou madeira resistente à água. A varanda gourmet se incorpora a um estilo de vida que favorece e valoriza o convívio e quem cozinha nela são os donos da casa. Mesmo recente, a tendência e já tem uma etiqueta própria. “O espaço só funciona à noite ou nos finais de semana para receber amigos. De regra, mesmo quem tem sombra e uma bela vista não almoça ou toma café da manhã nela”, dita Elza Mendonça.
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Foto: Alexandre Allbuquerque
Madeira em todo o ambiente, deixa tudo mais acolhedor, como as da varanda criada por Elza Mendonça em um apartamento no Recife. Pontos de luz mais fortes na área de preparo e quase inexistentes para aquela dos convidados também favorecem o clima íntimo.
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Fotos: Divulgação
COMO SE FAZ
CHURRASCO ELÉTRICO No Nordeste, varanda gourmet, em apartamentos, de regra, ainda não têm churrasqueiras. Mas os modelos elétricos disponíveis no mercado podem matar a vontade de dividir um churrasco com os amigos e sem fazer fumaça. A fabricante gaúcha Scheer apresenta um modelo de churrasqueira cooktop que devem ser oferecidas, inicialmente, a residências em condomínios de alto padrão em Salvador, Fortaleza e Recife”, segundo o gerente comercial da Scheer, Maurício Della Giustina. Um dos diferenciais da marca é abolir inteiramente a alvenaria, sem banir o carvão. Móveis planejados recebem a cooktop em aço inox escovado nos modelos espeto giratório ou parilla, ambos com caixa de fogo provida de isolante térmico refratário. O produto é patenteado e traz o aval da líder mundial em churrasqueiras industriais.
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TECNOLOGIA Fotos: Cebrace/divulgação
Vidros Solares: luz sem calor Há quase duas décadas, o mercado brasileiro oferece soluções em vidros de controle solar já bem aceitos e aplicados em projetos no Nordeste Edilson Vieira*
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menor para o comprador do imóvel, que não se preocupa com os vidros na decisão de compra”. Mas se ambos, construtor e comprador, pensarem que um vidro de controle solar laminado representará mais eficiência energética e conforto térmico e sonoro, além de proteção da mobília dos nocivos raios UV, o que parece caro, no início, se transformará em economia futura.
Paradigmas trincados O arquiteto Luiz Rangel acredita que a demanda irá se voltar naturalmente para esse tipo de produto e o preço tenderá a cair. Hoje, dependendo do projeto e da especificação, um vidro de controle solar pode ficar cerca de 40% mais caro do que o convencional. Para convencer o cliente mais reticente, Rangel tem uma fórmula simples: basta calcular quanto o cliente economizará de energia em iluminação e climatização com a adoção de vidros de controle solar. O investimento maior no início será compensado a médio e longo prazos. “Para calcular essa economia, dependemos de vários fatores como posição da fachada, se tem beiral ou não, entre outros aspectos, mas o payback (taxa de retorno do investimento inicial) deverá sempre ser positivo”, ensina. Foto: Divulgação
s afirmações que o vidro transforma o ambiente em estufa geram dúvidas sobre o uso dos vidros de controle solar, mas elas passam muito mais pelo desconhecimento das vantagens de sua aplicação do que pela ineficiência desses vidros para amenizar o calor típico do Nordeste. “Pelo menos o setor comercial – lojas e escritórios – já utiliza largamente os vidros de controle solar. O residencial, no entanto, ainda sofre da cultura que o vidro tecnologicamente mais avançado representa apenas um custo maior para o construtor”. A afirmação é do sócio diretor da Pórtico Esquadrias, Leonardo Maranhão. A empresa, com sede no Recife, é líder no Nordeste em beneficiamento de vidros planos e atende a grandes projetos de fachadas que usam os vidros de controle solar. O maior deles foi o terminal de passageiros do Aeroporto Internacional Gilberto Freyre, do Recife, inaugurado em 2004, onde foram utilizados cerca de 30 mil metros quadrados de vidros solares para proporcionar iluminação natural, mantendo o conforto térmico do ambiente. A área corresponde à cobertura de quatro estádios de futebol e o aeroporto já foi citado em publicações especializadas como um dos melhores do mundo, ao lado de Munique, Madri, Cingapura e Londres. “Hoje 100% do vidro que vendemos para fachadas de prédios comerciais são do tipo que oferece controle térmico. Quem compra ou aluga um escritório vai passar o dia inteiro nele, e por isso busca mais conforto”, diz Leonardo Maranhão. Mas, para projetos residenciais, a Pórtico praticamente não registra procura. “O construtor quer economizar na obra para, teoricamente, oferecer um custo
A economia está associada à sustentabilidade. Uma das exigências para uma edificação ter o selo verde do Green Building é o uso de vidros de controle solar. “Cada vez mais o consumidor e, consequentemente, o mercado irão pedir esse tipo de vidro, que já é obrigatório em vários países da Europa para economizar energia”, afirma o arquiteto, ressaltando que são países com índices de irradiação solar bem inferiores ao Nordeste brasileiro. “O arquiteto precisa conhecer as diversas opções que o mercado oferece para atender à demanda, cada vez maior, que virá da própria sociedade. O edifício sustentável deixará de ser algo exótico e o uso de materiais mais eficientes se tornará comum”, preconiza Luiz Rangel. As fábricas estão investindo agora nas novas gerações de vidros de controle solar seletivos, temperáveis e com baixa emissividade (capacidade de retransmitir calor). Quando utilizados como vidros duplos, isolam termicamente até cinco vezes mais que um vidro transparente monolítico, mantendo em alta a transmissão luminosa. A nova geração de vidros solares tem ainda uma aparência semelhante aos vidros comuns, sem o efeito espelhado. Atualmente Rangel trabalha no projeto da fachada de um grande magazine em construção na zona norte do Recife, que terá duas folhas - uma com cerca de 50 metros x 8 metros e outra com 30 metros x 10 metros. “O cliente pediu transparência para que o interior da loja pudesse ser visto da rua, sem tirar o conforto térmico de quem está dentro da loja e sem sobrecarregar o sistema de refrigeração”, explica o arquiteto, revelando que o projeto terá transparência e iluminação natural, deixando o calor lá fora.
Luiz Rangel: cresce uso de vidros de controle térmico
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Fotos: Cebrace/divulgação
TECNOLOGIA
MERCADO TRANSPARENTE E CRESCENTE NO NORDESTE
TORRES ALFRED NOBEL E ISAAC NEWTON (RECIFE/PE) As torres empresariais Alfred Nobel e Isaac Newton estão localizadas no polo médico do Recife, que fica próximo ao centro da cidade. Cada torre tem 22 andares e utiliza uma combinação de vidro de controle solar (Emerald - 6mm) com vidro comum (Float verde - 6mm) nas fachadas
Os dois maiores grupos fabricantes mundiais de vidros - o japonês NSG/Pilkington e o francês Saint-Gobin, uniram-se no Brasil, em 1982, numa joint venture, visando ao mercado da América do Sul. Nasceu assim a Cebrace, líder na fabricação de vidros planos e espelhos no continente, com uma produção atual de 2.700 toneladas/dia em quatro fábricas no Brasil - duas em Jacareí e uma em Caçapava, em São Paulo, e uma em Barra Velha, em Santa Catarina. A Cebrace produz o vidro de controle solar mais vendido no Brasil - o Coolite, com cinco milhões de metros quadrados comercializados em 15 anos de produção. A empresa possui, hoje, seis tipos de vidros de controle solar. “O Nordeste é o nosso foco”, diz Samuel Gadia, coordenador de Desenvolvimento de Mercados do Rio de Janeiro e São Paulo da empresa. “Nos preocupamos em atender todo o Brasil e instalamos um centro de distribuição no Ceará. Ainda este ano, vamos inaugurar outro na Bahia, onde será instalada nossa primeira fábrica no Nordeste”, revelou o executivo durante uma visita técnica de jornalistas à fábrica da Cebrace em Caçapava, em agosto passado. A unidade da Bahia deve começar a operar em 2013. “Hoje o mercado de vidros de controle solar no Brasil fica em torno de 80.000.000 metros quadrados por ano”, diz Carlos Henrique Mattar, gerente de Desenvolvimento de Mercados da Cebrace, prevendo que ainda há muito a crescer, principalmente nos vidros de valor agregado. “No caso do vidro float, podemos falar que nosso consumo per capita ainda é metade do que temos em países ibéricos e que o consumo de vidros de valor agregado é ainda menor”, diz o especialista. “É importante lembrar o trabalho do Procel Edifica e do selo Leed (programas de eficiência energética em edificações), pois ambos preconizam o uso de vidros de controle solar para uma melhoria significativa na redução do consumo energético, que pode chegar a 24% em regiões como o Nordeste”, conclui Mattar.
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TECNOLOGIA
ESTAÇÃO CIÊNCIA, CULTURA E ARTES (JOÃO PESSOA/PB) A Estação Ciência, Cultura e Artes é um complexo arquitetônico que ocupa um terreno de, aproximadamente, 37 mil metros quadrados. Sua torre tem 5.184 metros quadrados, com 1.275 metros quadrados de pele de vidro. Devido à sua extensão, foram aplicados vidros de controle solar (Cool Lite), a fim de reduzir a entrada de calor, o que permite uma economia no consumo de energia
PARQUE CIDADE DA CANDELÁRIA (NATAL/RN) O Parque Cidade da Candelária tem 64 hectares e está numa área de preservação ambiental na zona sul da capital potiguar. Possui uma torre de 45 metros de altura, fechada com a tecnologia structural glazing, que utiliza vidros autolimpantes (Bioclean) que combatem as partículas de sujeira acumuladas sobre a sua face exterior, não deixando que a superfície seja afetada por poeiras, vestígios de chuva, respingos marítimos, poluentes atmosféricos e orgânicos. O vidro solar autolimpante foi escolhido pela dificuldade de limpeza regular, devido à altura
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O Vidro nosso de cada dia O vidro é um dos materiais mais versáteis à disposição de projetistas e construtores. Por ser basicamente uma mistura de areia (sílica) e álcalis (os principais são o carbonato de sódio e o sulfato de sódio), o vidro pode ganhar muitas formas com beneficiamento e modificações em sua estrutura e composição, para atender às mais diversas necessidades. O laminado, composto por duas ou mais chapas de vidro, intercaladas por uma película plástica de grande resistência - o polivinil butiral (PVB), é considerado um vidro de segurança porque, em caso de quebra, seus fragmentos ficam presos no PVB, evitando ferimentos e mantendo a área fechada, até que a substituição do vidro seja realizada. Já o temperado é o vidro comum submetido a um tratamento térmico de têmpera (aquecimento e resfriamento rápido), que lhe dá uma resistência mecânica até cinco vezes maior. O processo também garante mais resistência ao choque térmico (variação de temperatura acima de 200°C). Também é considerado um vidro de segurança que, em caso de acidentes, fragmenta-se em pequenos pedaços pouco cortantes. Na construção civil, os vidros de segurança estão mais presentes nas portas, divisórias e estruturas em vidro.
Acrescentando-se minerais à sua composição como cobalto, ferro, e níquel, pode-se alterar sua cor, resistência e transparência. Já na linha dos vidros especiais, encontram-se o autolimpante e os de controle solar. Desenvolvidos com tecnologia que garante o controle eficiente da intensidade de luz e do calor transmitidos para o ambiente interno, são grandes aliados do conforto térmico e da eficiência energética. Os vidros de controle solar podem ser de vários tipos, de acordo com o seu processo de fabricação: coloridos, refletivos e de baixa reflexão, sendo que estes últimos se dividem em seletivos e de alta seletividade, de acordo com a relação entre a passagem de luz e o calor, ou seja, quanto mais luz passar em relação ao calor que barra, maior sua seletividade. Muita gente acha que para um vidro ser eficiente como isolante da temperatura externa, precisa necessariamente ser “escuro” ou barrar fortemente a entrada de luz. Hoje existem vidros capazes de barrar até 80% do calor, com uma entrada de luz acima de 40%. Assim, é possível ter uma expressiva redução de calor no ambiente e, ao mesmo tempo, mantê-lo claro e iluminado, sem agredir a estética ou passar a sensação de enclausuramento. * O repórter viajou a convite da Cebrace
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TECNOLOGIA
SALVADOR NORTE SHOPPING (SALVADOR/BA) O Salvador Norte Shopping, na capital baiana, foi o primeiro shopping a receber, da Eletrobras e do Inmetro, a Etiqueta Nacional de Conservação de Energia do Procel Edifica, na categoria A, a mais eficiente em termos de iluminação, condicionamento de ar e envoltória. Foi utilizado neste projeto um tipo de vidro duplo, o Cool Lite SKN, de controle solar seletivo, na fachada e nas coberturas, proporcionando a redução de até 74% de transferência do calor externo para o ambiente interno
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SISTEMAS DE SEGURANÇA AVANÇAM PARA OS CANTEIROS DE OBRAS
Divulgação/Bionic
TECNOLOGIA
A tecnologia de circuito fechado com câmeras de alta definição já atende às muitas construtoras. Nos condomínios, os sistemas inteligentes sãos aliados da cultura da segurança
Edilson Vieira
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esde 2001, o mercado de segurança eletrônica vem mantendo um crescimento médio de 13% ao ano e, em 2010, movimentou cerca de R$ 3 bilhões. Quem fez as contas foi a Associação Brasileira de Segurança Eletrônica (Abese). Tamanha demanda traz ao mercado equipamentos sofisticados que exigem pouca interferência humana, mas têm muito a oferecer em recursos e motivam o surgimento de novas empresas no setor, a exemplo da Bionic Vídeo, criada em 2009, em Pernambuco, especializada em oferecer serviços baseados em software. São sistemas de câmeras de circuito fechado de TV (CFTV) de alta resolução, gerenciadas por programas de computador especialmente desenvolvidos para este fim. “Todo o nosso sistema é autônomo, inteligente e digital”, resume André Vital, diretor da empresa que ainda não tem concorrentes na região. André explica que o foco inicial da empresa - vigilância em indústrias - está mantido, mas condomínios residenciais e empresas de construção estão descobrindo as vantagens do sistema de vigilância inteligente. A Bionic instalou, recentemente, 300 câmeras tipo
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Box HD em um grande canteiro de obras no Complexo Industrial de Suape – região onde se concentram os novos empreendimentos pernambucanos. “As câmeras servem para identificar e evitar desperdício de material, fiscalizar o fluxo de fornecedores, observar possíveis desvios de função de funcionários ou mesmo casos de improbidades administrativas”, diz André. O diferencial do sistema inteligente, segundo ele, começa na qualidade de resolução das câmaras. Enquanto um sistema CFTV lógico comum utiliza equipamentos que registram imagens em preto e branco e de baixa resolução (500 linhas verticais de imagem), o sistema digital HD opera com câmaras de 1.3 a 3.0 megapixels que registram imagens mais definidas e em cores, que podem ser ampliadas com baixa perda de definição. “Isto é particularmente útil quando surge a necessidade de identificação de detalhes, como o rosto das pessoas que aparecem na gravação”, explica André Vital. O sistema inteligente digital faz a leitura e identificação de placas de veículos e libera, automaticamente, cancelas em portarias e emite sinais de alerta em caso de ocorrências não
previstas, que podem ser avisadas em tempo real, por e-mail. O cliente também pode receber as imagens do sistema de vigilância no laptop ou no smartphone, com softwares e aplicativos específicos fornecidos pela Bionic. Um diretor de engenharia pode acompanhar o desempenho de vários canteiros de obras ao mesmo tempo, onde quer que esteja. Os equipamentos e o software são coreanos, mas o último foi customizado para aplicação no Brasil. A rede CFTV digital é toda montada no local, via cabos ou sinal Wi-Fi (sem fio), com rede intranet própria e nobreaks que entram em ação no caso de interrupção do fluxo de energia da rede. A montagem em rede Wi-Fi permite instalar câmeras em locais inviáveis para uma rede cabeada, tais como pontos altos ou muito distantes da central de gravação. Tanta sofisticação tem um preço, e não é barato. O sistema CFTV digital pode custar até três vezes mais que um analógico convencional. Uma câmera-robô com lentes de alta qualidade ótica e visão noturna de até 200 metros, por meio de raios infravermelhos, custa cerca de R$ 30 mil, mas há sistemas que podem ser locados a partir de R$ 500,00
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Fotos: Alexandre Albuquerque
André Vital, da Bionic: equipamentos coreanos vigiam obras no Nordeste
por mês. “Trabalhamos com vendas, leasing ou locação, de acordo com as necessidades do cliente”, explica André Vital. Para ele, em breve os sistemas inteligentes de vigilância eletrônica serão cada vez mais aceitos, o que implicará uma redução de custos. Diz isto com a propriedade de quem comanda uma empresa que, em apenas dois anos de existência, tem cerca de mil câmeras instaladas da Bahia à Paraíba. As grandes empresas também estão atentas a esse mercado. A Siemens, líder nacional em monitoramento para residências, condomínios e estabelecimentos comerciais, oferece soluções de vigilância eletrônica e monitoramento por uma unidade própria, a Building Technologies. A opção mais tradicional para a proteção do imóvel é o sistema de monitoramento 24 horas. Um técnico da empresa realiza uma visita ao local para identificar os pontos vulneráveis, definindo um projeto de segurança com a especificação dos aparelhos que devem ser utilizados. Então faz a instalação de sensores de presença, câmeras de vigilância com sistemas de monitoramento (visualização) e gravação de imagens, alarmes e sistemas de identificação para
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portarias (porteiro eletrônico). A tecnologia mais recente desenvolvida pela Siemens permite ao cliente visualizar remotamente as imagens do seu imóvel em tempo real, em qualquer horário, usando um computador com Internet banda larga. O acesso às imagens é feito mediante confirmação do nome do usuário (login) e da sua senha, previamente cadastrados. Assim é possível identificar qualquer movimentação suspeita no imóvel e acionar a polícia. “O cliente pode ainda incluir um serviço de monitoramento remoto de imagens, que além de proporcionar mais agilidade ao sistema, também solicita, à Central de Monitoramento Siemens, vistorias no imóvel monitorado”, explica Leandro Martins, diretor da área de monitoramento da Building Technologies. Se o alarme instalado for acionado, enquanto um profissional da central verifica as imagens do imóvel, uma unidade volante de atendimento vai até o local para conferir a possibilidade de um assalto. “Caso seja um alarme falso, a central avisa o morador que está tudo bem em até 15 minutos, caso ele não esteja em casa, ou então aciona a polícia, se confirmar a intrusão”, afirma Martins.
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TECNOLOGIA
Na palma da mão, em qualquer lugar, a movimentação nas obras
Cultura da segurança A tecnologia avança em eficiência, mas não dispensa práticas que vão garantir mais segurança. Walter Cariry, gerente geral da Nordeste Segurança Eletrônica, empresa pernambucana com uma média de 15 mil clientes monitorados no Nordeste, diz que todos querem morar num condomínio seguro, mas poucos estão dispostos a perder alguns minutos na portaria, acendendo a luz interna do seu veículo e baixando os vidros, até que todos os ocupantes sejam identificados pelo porteiro, que só então permitirá o acesso. Cariry lembra que nenhum sistema de segurança será eficiente se o componente humano falhar. Funcionários bem treinados na aplicação das normas e rotinas de segurança, familiarizados com o funcionamento de aparelhos como câmeras de vídeo, alarmes, identificadores eletrônicos e sensores de presença, e ainda moradores conscientes do seu papel em fazer esse aparato funcionar, são fundamentais. “Moradores que acham que seus parentes ou amigos podem acessar qualquer área do condomínio sem se identificar, ou mesmo que técnicos em reparos domésticos
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não precisam de autorização para adentrar, estão indo de encontro ao que se espera de um condomínio seguro”, alerta Cariry. Para ele, os sistemas de segurança parecem ser todos iguais, mas só se percebe a eficiência no momento de utilizá-los. Na entrevista à Construir NE, traçou os pilares para um projeto eficiente de segurança condominial: - controle de fluxo (implantar um sistema eficiente de identificação dos moradores e seus veículos, com restrição de acesso a visitantes e fornecedores que só entrarão após um prévio cadastramento - no caso de fornecedores, e identificação na portaria e autorização do morador - no caso de visitantes); - equipamentos de segurança (“Não é uma questão apenas de quais equipamentos comprar, e sim de quem comprar”, diz Walter Cariry. Para o gestor, a diferença na eficiência do sistema eletrônico não está necessariamente na tecnologia empregada, mas no pós-venda. “Não adianta ter um bom equipamento se ele for mal instalado, ou mesmo se bem instalado, não oferece
suporte para manutenção e correção de problemas”. O melhor caminho para fazer um bom negócio é procurar empresas reconhecidas e levar em conta o preço de equipamentos e outros serviços oferecidos); - rastreabilidade (um ponto bastante negligenciado pelos condomínios é o monitoramento. Segundo Cariry, todo sistema eletrônico de vigilância gera um banco de dados com informações que precisam ser monitoradas e, em caso de ocorrências, rastreadas. “Não adianta ter câmeras instaladas se não houver alguém monitorando as imagens, bem como um sistema de gravação operando de forma correta para que, em caso de sinistro, possam ser obtidas informações como local, horários etc”. No caso de alarmes, é necessário que a interligação deles com as centrais de monitoramento, se for o caso, seja feita por sistemas confiáveis de comunicação via rádio, linha telefônica ou Internet, ou por um sistema combinado, também chamado de redundante, unindo linha telefônica e Internet para minimizar a possibilidade de falhas de comunicação.
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tecnologia
Hyundai Elevadores chega ao Brasil por Pernambuco
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Wollk Elevadores, empresa pernambucana do Grupo Emel, anunciou em setembro, parceria com a coreana Hyundai Corporation do Brasil, visando o mercado brasileiro. Giseob Kim, diretor geral da Hyundai Corporation, revelou que a parceria se deu pela confiabilidade do grupo Emel. Com o acordo, as duas empresas passam a operar sob a marca Hyundai Elevadores Wollk e a meta, em cinco anos, de responder por 20% do mercado nacional de elevadores algo em torno de R$ 3 bilhões ao ano. Os elevadores e plataformas maid in Korea serão apenas montados na planta pernambucana da Wollk Elevadores, no Recife, mas os coreanos não descartam a implantação de uma fábrica própria no Brasil. A Wollk, única fábrica de elevadores fora
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do eixo Sul/Sudeste, tem 15 anos de atuação, especialmente no Nordeste. Até o fim deste ano, será inaugurado o escritório de negócios da Hyundai Elevadores Wollk em São Paulo a fim de agilizar contatos com os clientes no país. “O acordo levará ao reposicionamento da indústria brasileira de elevadores para um patamar acima do atual. Vamos trazer ao mercado equipamentos de alta tecnologia e design arrojado”, garante o presidente do Grupo Emel, Eduardo Mendonça. Player da indústria automotiva, a Hyundai fabrica sofisticados elevadores com velocidade de 1.080 m/min. A parceria prevê a transferência de tecnologia e compra e venda de peças e componentes dos elevadores. O sistema se assemelha ao de uma fábrica de veículos, com a entrega das cabinas e peças em Completely
Gi-seob kim, da Hyundai, Eduardo Mendonça e Roberto Maia, da Wollk celebram parceria no Recife.
Knock Down (CKD) ou inteiramente desmontados. A Hyundai Elevadores Wollk irá montar e adaptar os equipamentos que serão instalados nas obras dos clientes e oferecerá soluções de movimentação como esteiras e escadas rolantes, sistemas de automação logística, de automação para estacionamento de veículos e movimentação em aeroportos (pessoas e cargas).
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ECONOMIA & NEGÓCIOS
ALUGUEL DE MÁQUINAS ENTRA NO RITMO DA CONSTRUÇÃO No rastro do boom da construção imobiliária e pesada, empresas de locação de máquinas e equipamentos se expandem. Mas o mercado não aceita amadores Fotos: Divulgação
Cristina França
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mecanização da construção favorece o mercado de locação de máquinas em todo o Brasil, e Pernambuco vai no embalo. Tanto que, somente este ano, 60 novas empresas deste setor surgiram no Estado, buscando um quinhão das grandes obras em andamento ou previstas. O número inclui aquelas abertas em cidades de médio porte como Salgueiro, Petrolina e Serra Talhada, no Sertão pernambucano. A estimativa é que existam cerca de 300 empresas de locação atuando em todo o Estado. Há espaço, confirma o presidente do Sindicato das Empresas Locadoras de Máquinas e Equipamentos de Pernambuco (Sindileq/PE), Reynaldo Fraiha, mas não para diletantes. “É um negócio de risco, com custos de gestão e manutenção. Para investir nele, é preciso foco e logística”, avisa. Com tanta gente entrando no mercado, uma das principais preocupações do Sindileq/PE é a canibalização alimentada por empresários de ocasião, que apostam para ver se dá certo. A maioria tem experiência em outros ramos e acredita poder transferir a expertise. Fraiha compara o setor com o que foi o de informática há cerca de 15 anos: muitos dos que enxergaram um Eldorado ficaram pelo caminho, engolidos pela concorrência acirrada que exigia sempre mais profissionalismo e conhecimento. Para abrir uma empresa de locação em condições de competir e esperar o retorno do capital investido por pelo menos dois
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anos, é preciso investir, no mínimo, de R$ 1 milhão. “Aplicar num fundo de renda fixa pode dar um retorno maior”, alerta o assessor econômico do Sindileq/PE, o pós-doutor em Economia Écio Costa. Ele fez uma palestra sobre a formação do preço de locação para os participantes do II Seminário Loc Show Nordeste, parte da I Loc Show, feira que reuniu fabricantes e investidores do setor em Porto de Galinhas, no litoral sul de Pernambuco, nos dias 30 de setembro e 1º de outubro. “Os preços de locação caíram relativamente há dois anos, quando não havia oferta para a demanda. Hoje há oferta, mas a qualidade do serviço não é a regra. Muitas vezes, quando o equipamento quebra, o locador não tem estrutura para uma imediata reposição, e todos perdem tempo e dinheiro”, diz Costa. Ao pensar em fazer parte do boom da
locação, o empresário deve buscar o preço de equilíbrio, receitas totais iguais a custos totais, para fazer frente às despesas gerenciais, operacionais e de financiamento. Projetar o negócio considerando a vida útil do equipamento oferecido é uma boa prática: se a vida útil for de 15 anos, é desejável conseguir pagar o financiamento em cinco e lucrar por 10 anos. Um excelente parâmetro é o valor de locação proposto tanto por quem revende, quanto por quem aluga os equipamentos. Esses players balizam um mercado que precisaria dobrar para chegar ao nível dos Estados Unidos: lá, 90% dos equipamentos usados em obras de construção, civil ou pesada, são locados. Quem olha para o Complexo Industrial e Portuário de Suape, distante 50 quilômetros da capital de Pernambuco, imagina-se logo
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ECONOMIA & NEGÓCIOS alugando caminhões-caçamba que nunca irão apresentar defeito e nunca estarão parados. Afinal, o local é um verdadeiro canteiro de obras. Amargo engano. Antes de tudo, sentir a concorrência e ponderar que, em média, um equipamento fica locado 65% do tempo, faz acordar para a realidade. Fraiha calcula que se um equipamento ficar 45 dias na obra, passará por uma revisão ao ser devolvido e vai esperar entre dez e 15 dias para ser novamente locado. O Sindileq/PE tem hoje 53 associados e planos de chegar a 60, até o final do ano. O sindicato foi fundado com 15 empresas, em 2002, e das pioneiras, quatro já fecharam as portas. Os associados locam desde aspirador de pó a guindastes e máquinas de corte de concreto. Pelos próximos dez anos, demanda e profissionalização caminharão lado a lado. Ferrovia Transnordestina, transposição do São Francisco, Cidade da Copa, duplicação de rodovias, polos de desenvolvimento nos litorais sul e norte e
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Écio Costa, do Sindileq/PE, alerta: atenção na qualidade dos serviços
em direção ao interior. Obras não faltam. E clientes exigentes também não. Já existem 14 mil trabalhadores atuando no mercado de locação e a necessidade de formar mão de obra é premente. Tanto no topo quanto na base da pirâmide. Operadores e mecânicos são o maior gargalo e formá-los é mais um custo na planilha. O presidente do Sindileq/PE já anunciou que está em gestação, em parceria com o
Cedepe Business School, o primeiro MBA voltado para o setor. Na análise do assessor Écio Costa, uma empresa de locação não precisa ser grande e atuar em várias frentes, mas ser bem montada. “Nem sempre porte significa qualificação linear. A lista de exigências das grandes empreiteiras, para quem presta serviços, é imensa e, muitas vezes, a média e a pequena empresa são mais ágeis em atendê-las, sem deslizes”.
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construir Bahia trouxe linha amarela ao Nordeste
Fotos: Divulgação
ECONOMIA & NEGÓCIOS
Etiene Ramos
Os locadores de máquinas da Bahia deram um passo adiante este ano, escavando um espaço próprio na Construir Bahia, realizada em Salvador, de 17 a 20 de agosto. Pela primeira vez, o Nordeste teve uma feira só para as gigantes da linha amarela: a Expo Máquinas e Equipamentos reuniu cerca de 80% dos fabricantes, segundo o presidente da Associação Baiana das Empresas Locadoras de Máquinas e Equipamentos (Abelme), Arthur Vieira. O aquecido mercado baiano de construção refletiu-se na procura e no fechamento das vendas de pelo menos 50 máquinas, durante o evento, algo em torno de R$ 15
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milhões, pelos cálculos do presidente da Abelme. “Não havia nada no Nordeste que mostrasse as novas tecnologias da linha amarela. Os interessados da região tinham que ir para a M&T Export, em São Paulo, ou para fora do país”, comentou Vieira, justificando o sucesso da exposição que trouxe máquinas com computadores de bordo, entre outros avanços. Criada há 14 anos e hoje com 95 associados, a Abelme não tem do que reclamar, nos últimos anos, quando voltou-se para o mercado, realizou missões técnicas nacionais e internacionais, e dobrou o número de associados, que era de apenas 44 empresas, em
2010. Agregados, os locadores disseram “presente” às muitas empresas de fora do Nordeste que traziam equipamentos e máquinas de outros Estados para obras na região. “Descobriram que estamos atualizados. A Bahia tem uma das frotas mais novas do país, com uma média de três anos de uso, e 13 mil máquinas – sendo três mil da linha amarela e o restante de menor porte”, afirmou Arthur Vieira.
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ECONOMIA
FALANDO DE INVESTIMENTOS Frederico Katz*
A
travessamos um momento no qual o panorama econômico futuro global parece bastante incerto. Essa indefinição afeta regiões, moedas e setores econômicos. Há certamente muitos aspectos a considerar, quando se decide fazer um investimento. Nos EUA, um grupo extremamente radical e influente no Partido Republicano, o “Tea Party”, mantém o governo sob rédea curta no Congresso. Obama, que recebeu o governo de Bush Filho fazendo enormes déficits todos os anos, e com um imenso endividamento público acumulado, só conseguiu obter margem para rolar essa dívida porque atendeu a uma série de condições impostas pelo grupo. Entre elas, mudanças nas políticas sociais de saúde pública, estabelecimento de uma comissão bipartidária para acompanhar e aprovar aumentos nos limites do endividamento etc. Formou-se, assim, uma situação de fortes restrições à política fiscal. Combinadas com um período em que a política monetária já baixou os juros para perto de zero, as condições de ação para sair da crise ficam muito limitadas no país mais rico do mundo. Na Europa, a situação deficitária de diversos países é ainda mais crítica. Junte-se a isto o problema do euro. Será que esta moeda sobrevive, em sua característica atual, à presente crise? É difícil, pelo menos para alguns países. Ora, unir-se à Alemanha, uma economia muito grande e competitiva, que sozinha faz um grande superávit comercial, jogando o valor do euro para cima, torna difícil a situação de exportação de outros países da União Europeia como a Grécia, por exemplo. Se este país estivesse em carreira solo, o valor da dracma cairia e poderia haver um equilíbrio. Não sem custos, claro, mas seria uma maneira de
evitar default. Agora não. Alguém já tem trazido muitas decepções. Mas, certamente, em algum momento, deverão surgir ali também boas oportunidades. Porém, mesmo contando com alguma assessoria profissional, ainda é pescar em águas turvas. Não menos incerta é a aposta recentemente muito sugerida do ouro ou algo associado, pois são “jogadas” em que participam, em dimensão internacional, grandes operadores. Todos esses raciocínios trazem à tona o mercado imobiliário. Neste caso, está se lidando com algo que se conhece bem mais e que, sendo de “pedra e cal”, não vai desaparecer. Portanto, é relativamente bem mais seguro. É sempre indispensável se aconselhar com profissionais do mercado e obter uma segura assessoria jurídica, mas, se a aquisição for para uso próprio, residencial, profissional ou de lazer, trata-se de um dos investimentos mais aconselháveis no momento. Porém,
mesmo que seja para valorização ou renda, desde que se conte com apoio especializado, existem aquisições que muito provavelmente trarão bons resultados. É verdade que os preços dos imóveis, em geral, vêm subindo bastante, nos últimos anos e meses. Mas, observe-se que, em Pernambuco, particularmente no Recife, essa alta se deu a partir de preços, em relação a outras cidades grandes do Brasil, muito mais baixos e, em virtude da programação de investimentos para nosso Estado, a direção do movimento não parece mudar brevemente. Ou seja, há aqui maior possibilidade de resiliência nos preços. Se não está envolvido em alguma atividade mais diretamente ligada ao grande surto de crescimento em nosso Estado, que ganhe pelo menos nisto. Na recuperação e valorização dos valores de nossos imóveis. Frederico Katz é economista e pesquisador
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ECONOMIA & NEGÓCIOS |
Mercado Imobiliário
Salão da Bahia reativa vendas de imóveis Fotos: Divulgação
Lançamentos e boa oferta de crédito resultaram em negócios da ordem de R$ 320 milhões
Mais de 20 mil pessoas circularam pelo Centro de Convenções da Bahia durante o salão
José Pacheco Maia Filho
O
Salão de Negócios Imobiliários da Bahia impulsionou o setor, neste segundo semestre, no Estado. Depois da ausência de lançamentos, nos primeiros seis meses do ano, o mercado baiano foi reativado com 21 novos empreendimentos apresentados durante o evento, que recebeu 21.357 pessoas no Centro de Convenções da Bahia, de 31 de agosto a 4 de setembro. Segundo a Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi/ BA), responsável pela realização, foram gerados R$ 320 milhões em negócios. Durante o salão, houve a comercialização de 352 imóveis, no valor total de R$ 132,2 milhões. Os três bancos - Brasil, Caixa e Bradesco - que operaram dentro do evento liberaram 1.381 cartas de crédito, que somaram R$ 192 milhões em financiamento.
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Os números deixaram satisfeitos organizadores e expositores. “O resultado foi satisfatório pelo momento de incerteza da economia mundial, devido aos problemas da Europa e dos Estados Unidos”, observa o vice-presidente da Ademi/BA, Cláudio Cunha. Na avaliação de Cunha, a tendência de queda de juros, sinalizada pelo Banco Central, favorece o investimento em imóveis. “Na compra de imóveis, não há problema de insegurança. Corre-se menos risco comprando um bem que se tenha a propriedade e a perspectiva de valorização”. Em sua sexta edição, o salão já faz parte da estratégia comercial das incorporadoras que atuam na Bahia. Funciona como vitrine para os produtos
imobiliários, mas também para reforçar a imagem institucional das empresas, como considera o diretor de Marketing e Vendas da Odebrecht Realizações Imobiliárias (OR), André Sá. A OR foi uma das empresas a aproveitar o evento para lançar o seu novo empreendimento. Voltado para a classe média alta, reunindo 494 unidades em oito torres, o Residencial Tropicália tem valor geral de vendas de R$ 300 milhões. André Sá informa que o estande da OR recebeu um bom número de visitantes, onde foram realizadas as vendas. Mas o executivo observa que a compra de um imóvel, geralmente, envolve uma decisão mais demorada. Por isso, muitos contatos feitos durante o evento só são efetivados em vendas um tempo depois.
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MERCADO IMOBILIÁRIO
Descontos atrativos Uma estratégia adotada pelas incorporadoras para estimular a comercialização durante o salão é a oferta de produtos com preços especiais e descontos. A Iberostate, divisão imobiliária do grupo espanhol Iberostar, adotou o procedimento e não se arrependeu. O diretor da Iberostate, Javier Trinidad, comemora o resultado positivo do salão, que superou suas expectativas. “Optamos por fazer o lançamento no salão, com preços especiais e desconto de 10%, e já contabilizamos a venda de 15% das 76 unidades do Residencial Mediterrâneo”, diz. O novo empreendimento da Iberostate integra o complexo hoteleiro Iberostar, na Praia do Forte, no litoral norte baiano. Trata-se de um investimento com apartamentos para segunda residência, áreas de 70m² a 100m² e valor do metro quadrado a R$ 5 mil. O sucesso de vendas do produto da Iberostate demonstra que o salão também funciona para imóveis de veraneio. De acordo com Trinidad, os empreendimentos para segunda residência são sazonais e, geralmente, têm apenas o período de setembro a março (primavera a verão) para a sua comercialização. “Por isso, o salão deu tão certo com a nossa estratégia de vendas. Depois do verão, o interesse por casas de veraneio cai muito”. A incorporadora Nova Dimensão, que estreou no evento em 2010, repetiu a dose este ano e, pelos resultados, não tem do que reclamar. Comercializou 30% das 320 unidades do Residencial Green Life Imbuí. O diretor Luciano Coutinho não esconde que procura sincronizar os lançamentos da empresa com o salão. Segundo o executivo, a Nova Dimensão tem mantido o ritmo de lançar um empreendimento por ano em Salvador. “O salão é bastante conveniente e uma excelente vitrine para nossos empreendimentos. Temos a oportunidade de apresentar nossos produtos
Descontos e produtos diferenciados contribuíram para o resultado
para milhares de pessoas interessadas na aquisição de imóveis”. Coutinho, no entanto, faz a ressalva que o sucesso de vendas vai depender da equação mágica do mercado imobiliário: localização, qualidade do produto e preço. No caso específico do Green Life Imbuí, ele considera que acertou em todas as variáveis. “É um empreendimento localizado numa região bastante procurada, para onde está crescendo a cidade. Oferece apartamentos de dois e três quartos, com estrutura de lazer e preços entre R$ 200 mil e R$ 300 mil”, explica o executivo. Na opinião do diretor da imobiliária Brito&Amoedo/Brasil Brokers, Guto
Amoedo, o salão aqueceu o mercado baiano. “As vendas no primeiro semestre estavam fracas, praticamente sem lançamentos, e o evento trouxe à tona novos imóveis. Isto sempre estimula o comprador”, comenta, acrescentando que a sua empresa intermediou a venda de 200 unidades. Para Amoedo, o ritmo de vendas este ano caiu e a desaceleração do boom imobiliário é natural. “Além do momento econômico complicado no mundo, o comprador está menos impulsivo e há uma retração nas compras também por causa da reavaliação dos preços dos imóveis em função do aumento dos custos de mão de obra e insumos”.
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ECONOMIA & NEGÓCIOS |
Mercado Imobiliário
As incorporadoras conseguiram reverter as quedas nas vendas apresentadas no primeiro semestre deste ano
São Paulo sem Salão Se o Salão da Bahia cumpriu seu papel, mais uma vez, este ano, o mesmo não pode ser dito do evento paulista. O Salão Imobiliário de São Paulo (Sisp) foi cancelado. A justificativa dos organizadores foi falta de empreendimentos para expor ao público. A interpretação dos empresários baianos é outra para o problema. Luciano Coutinho, da Nova Dimensão, que conheceu o Sisp, diz que o evento baiano é melhor formatado e focado nos incorporadores e nos lançamentos. “No paulista, mistura-se muita coisa. Há estande de imóvel, materiais de construção, empresas de serviços de condomínios e até eletrodomésticos. Acho que isto desinteressou os incorporadores”. O vice-presidente da Ademi/BA, Cláudio Cunha, que foi o idealizador do salão baiano, ratifica a opinião de Coutinho e observa que, na Bahia, o evento é organizado pela associação do setor, não é terceirizado como o paulista. “Fazemos um salão voltado para as incorporadoras e a comercialização de imóveis. Além dos estandes dos empreendimentos, o que se encontra no evento baiano são conteúdos ligados à comercialização de imóveis, tais como o espaço financeiro, onde se localizam os bancos, e o espaço decorar, onde há sugestões para a decoração dos ambientes dos imóveis”, explica Cláudio Cunha.
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Cláudio Cunha destaca diferencial da Bahia
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NEGÓCIOS IVV
A construção na base do desenvolvimento josé Freitas*
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odos nós sabemos que a construção civil é um setor de fundamental importância para qualquer país. Esta assertiva é dita em diversas discussões sobre economia, no entanto é conveniente sempre fundamentá-la. Antes de adentrarmos numa explicação através de dados e fatos, cabe comentar um pouco sobre a abrangência deste macrossetor. Quando se fala em setor da construção civil, entende-se que estão enquadradas as edificações, as obras viárias, a construção pesada e os segmentos fornecedores de matérias-primas, equipamentos e serviços de distribuição ligados à construção. Iniciemos comentando sobre o desempenho do setor da construção civil ao longo do tempo. É notória a importância da atividade na geração de empregos na economia brasileira. Nos últimos cinco anos, este macrossetor admitiu, aproximadamente, 11 milhões de trabalhadores formais. Para se ter uma noção da amplitude do número, a indústria de transformação e a indústria extrativa mineral, juntas, somaram por volta de 19 milhões de admissões, segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego. Se formos falar agora da geração de postos de trabalho, ou seja, dos saldos efetivos depois de extraídas as demissões, no mesmo período analisado, vê-se que a construção civil gerou cerca de 1,2 milhão de postos de trabalho, o que representa algo em torno de 13% de todos os postos gerados pelo país no período. Permutando as variáveis, ou seja, analisando agora sob a ótica do Produto Interno Bruto (PIB), também se observa a importância da construção para o desenvolvimento do país. No último dado oficial, calculado pelo IBGE, a riqueza gerada pelo setor da construção civil representou cerca de 5% de todo o PIB do país, o que dá algo em torno de R$ 127 bilhões. Ademais, a força de impulsão da atividade pode ser demonstrada de outra
maneira, através de sua participação na formação do investimento: aproximadamente 70% da formação bruta de capital fixo da economia são realizados pela construção. Fixando o olhar agora para o Estado de Pernambuco, os números também são relativamente grandiosos. O Ministério do Trabalho e Emprego divulgou que a construção civil pernambucana admitiu, nos últimos cinco anos, pouco mais de 400 mil trabalhadores formais, enquanto a indústria de transformação e a indústria extrativa mineral admitiram, juntas, algo em torno de 530 mil pessoas. Deste quantitativo de trabalhadores admitidos pelo setor da construção, extraindo os números de demissão, ou seja, ficando o saldo de postos de trabalho efetivamente gerados, o setor pôs na economia pernambucana cerca de 77 mil pessoas, nos últimos cinco anos, representando cerca de 22% do total de postos gerados por todos os setores no período. Além de uma expressiva participação no PIB de Pernambuco (6% ou R$ 3,4 bilhões), a construção civil, de acordo com os últimos resultados da Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco (Condepe/Fidem), vem impulsionando a economia local. Para exemplificar, de 2009 para 2010,
o setor cresceu quase 30% e, no primeiro trimestre de 2011, em relação ao mesmo período de 2010, ultrapassou a variação positiva dos 30%. E as causas fundamentais para tão honroso desempenho são fáceis de demonstrar, basta que citemos algumas cifras dos principais projetos aportados no Estado, que somam aproximadamente R$ 60 bilhões em investimentos que impactam evidentemente no setor. Tudo sem falar ainda do extraordinário efeito multiplicador do setor sobre os demais setores da economia. Dados dão conta que para cada 100 postos de trabalho gerados diretamente no setor, outros 285 são criados indiretamente na economia. Estima-se que para cada R$ 1,0 bilhão a mais na demanda final da construção, sejam gerados 177 mil novos postos de trabalho na economia, sendo 34 mil diretos e 143 mil indiretos. Portanto, sem dúvida, ao comentar a importância do macrossetor da construção civil, não fiquemos somente nas inferências. Sempre revelemos dados e informações para que possamos consolidar nossos argumentos. *José Freitas é coordenador da Unidade de Pesquisas Técnicas da Fiepe.
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ECONOMIA & NEGÓCIOS | Feiras
Concrete Show South América cresceu 342% em cinco anos Em sua quinta edição, a feira gerou R$ 750 milhões em negócios, registrando o bom momento do concreto e da construção civil brasileira
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5ª edição do Concrete Show confirmou: o Brasil é a bola da vez no mundo. Os olhos dos investidores globais estão voltados para o país, por conta de todas as previsões de aportes na sua infraestrutura. Cresce a importância de se conseguir fazer mais, em menos tempo e com custos competitivos – situações possíveis apenas com alta tecnologia, como a exposta e discutida no evento. Realizado de 31 de agosto a 2 de setembro, no Centro de Convenções Imigrantes, em São Paulo, o Concrete Show 2011 gerou R$ 750 milhões em negócios e bateu o recorde em todos os aspectos. Nos seus cinco anos, cresceu 342%, acompanhando a velocidade do setor e se tornando uma das feiras mais importantes do mundo, voltada para a cadeia do concreto e da construção. E não para de crescer: para a edição 2012, serão 60 mil metros quadrados de exposição, superando os 53 mil deste ano. No Concret Show, diversos lançamentos de produtos e equipamentos foram apresentados por 500 expositores, nacionais e internacionais. O otimismo deu a tônica das conversas nos estandes e corredores pelos quais passaram mais de 28 mil profissionais com alto poder de decisão. O resultado confirmou a expectativa dos organizadores, que se mostraram mais do que satisfeitos com a
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visitação. “O Concrete Show se consolidou como o maior ponto de encontro de profissionais que buscam inovação, tecnologia e bons negócios em construção civil em nosso país. Quem quer investir e saber mais sobre este mercado está aqui”, diz Cláudia Godoy, diretora geral da UBM Sienna, organizadora do evento. Renato Giusti, presidente da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP),
corrobora: “O Concrete Show agrega muito valor para o segmento e o Brasil não é mais o país do futuro, é o país do presente e a construção civil é o caminho para o nosso crescimento”, disse. Roberto Shaefer, diretor geral da Putzmeister, um dos oferecedores desta edição do Concrete Show, manteve o entusiasmo com os negócios gerados nos três dias de evento. “A feira está acontecendo num momento importante do nosso país,
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ECONOMIA & NEGÓCIOS | Feiras Concrete Congress: intensa geração de conhecimento
A área externa do Imigrantes virou um grande estande de máquinas e veículos
com todos os investimentos sendo anunciados. Fechamos pedidos com clientes novos e antigos”, comemora. O presidente da BMC, Felipe Cavalieri, também oferecedor, surpreendeu-se com a quantidade de visitantes interessados em seus equipamentos e soluções. “A quinta edição do Concrete Show nos deixou com ânimo revigorado”, disse. Algumas empresas aproveitaram a alta concentração de profissionais especializados para lançar uma nova área de negócios, como foi o caso da Atlas Copco. “Trouxemos uma linha completa de equipamentos, ferramentas pneumáticas, rompedores hidráulicos, compressores, torres de iluminação, geradores e ferramentas para acabamento de concreto”, disse Fernando Groba, gerente da divisão de energia portátil da empresa. Ele afirma que não poderia ter havido situação mais propícia. “Para nós, foi excelente! Planejamos e conseguimos, com a área externa, mostrar todos os equipamentos muito bem”, explica. A grandiosidade da feira impressionou até quem veio de longe como Li Weigm, representante chinês da Sany. “A estrutura do Concrete Show é muito grande e - o melhor especializada. Consegui conhecer bastante o mercado brasileiro de máquinas de concreto por meio do evento”, comenta.
Cristian Herrera, chefe de Marketing e Comunicação do Instituto Del Cemento y Del Hormigón (ICH), no Chile, trouxe diversas empresas interessadas em trabalhar com o Brasil para o Concrete Show. “Todos ficaram muito impressionados com o tamanho do evento. Não tínhamos ideia que ele teria tamanha amplitude. Foi excelente e certamente voltaremos em 2012”.
Confirmando sua vocação de ponto de encontro e transferência de tecnologias, o Concrete Congress trouxe assuntos de extrema relevância para o desenvolvimento do setor construtivo. Entre os destaques, o seminário da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) com o tema “A importância da normalização no mundo do concreto”. Haroldo Mattos de Lemos, superintendente do Comitê Brasileiro de Gestão Ambiental, falou sobre a sustentabilidade na construção civil, assunto de fundamental importância para que o Brasil se torne um polo mundial de transferência de tecnologia, aliando qualidade técnica com a questão ambiental. Outro destaque foi o seminário “Habitação econômica: sistemas industrializados à base de cimento”, coordenado pela ABCP e com a participação de representantes da Caixa Econômica Federal. A discussão girou em torno de como as tecnologias construtivas podem – e devem – ser aprovadas pelos agentes oficiais de financiamento, empregadas pela iniciativa privada para ampliar a possibilidade de vencer o déficit habitacional brasileiro. O grande foco foi apresentar, aos diferentes agentes do mercado, o que já vem sendo empregado.
Na abertura da Concrete Show foram homenageadas as revistas que divulgam o setor. A Construir NE foi representada pela editora executiva, Etiene Ramos (esquerda).
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ECONOMIA & NEGÓCIOS | Feiras
2ª Expoconstruir movimentou mais de R$ 100 milhões em Fortaleza Cerca de dez mil pessoas visitaram a feira, que este ano teve a participação de 200 marcas de todo o país Hugo Renan Nascimento
A segunda edição da ExpoConstruir (Feira de Materiais e Sistemas Construtivos) movimentou mais de R$ 100 milhões em negócios, entre os dias 21 e 24 de setembro, em Fortaleza, no Ceará. Cerca de 200 marcas de todo o país foram representadas no evento, que recebeu em torno de 10 mil visitantes. Para uma das organizadoras da feira, Micheline Camarço, da Ikone Eventos, a ExpoConstruir é sustentada em três pilares: colocar a construção civil em evidência, mostrando-se forte e permanente; colocar num mesmo ambiente expositores, a fim de sustentar a cadeia de relacionamentos; e realizar lançamentos para o setor. A ExpoConstruir envolve vários segmentos como tecnologia, meio ambiente, responsabilidade social, inovação e segurança, tendo surgido em 2009, fruto da parceria firmada entre a Ikone Eventos e a Artepiso, com
os objetivos de reunir as principais empresas da construção civil, apresentar as novas tendências e novidades do mercado, possibilitar a troca de experiência e proporcionar um ambiente favorável ao conhecimento, divulgação e acesso a tecnologias que permitam o crescimento sustentável e, ao mesmo tempo, aproximem o mercado de produção do mercado consumidor.
HabConstruir Dentro da programação da ExpoConstruir, aconteceu o Seminário Regional sobre Políticas Públicas e de Ensino para a Habitação de Interesse Social - o HabConstruir, baseado no tema “A Copa de 2014 como vetor para a melhoria da qualidade na habitação”, um tema amplo que permitiu a discussão das várias oportunidades trazidas pela Copa para promover melhorias estruturais significativas
na cidade, a serem refletidas na qualidade de vida das pessoas. No HabConstruir também foi debatida a responsabilidade da construção civil na degradação do meio ambiente, pelo fato do setor ser grande consumidor de recursos naturais (principalmente energia) e gerador de resíduos que trazem prejuízos à natureza. O HabConstruir reuniu cerca de 300 participantes entre professores, pesquisadores, estudantes de graduação e pós-graduação, técnicos e profissionais de empresas públicas e privadas, confederações e associações de classe ligadas ao tema da habitação social. O seminário foi promovido pela Associação Técnico-Científica Engenheiro Paulo de Frontin (Astef), apoiado pela Secretaria das Cidades do Governo do Ceará e patrocinado pelo Banco do Nordeste do Brasil (BNB).
Movimento acima das expectativas da abertura ao último dia
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ECONOMIA & NEGÓCIOS |
Construir Bahia
M&T Peças e Serviços: obras vão consumir R$ 1,2 trilhão até 2016 A feira foi um termômetro da expectativa de negócios da cadeia da construção para os próximos anos
Copa, ferrovias e geração de energia no alvo dos construtores do Brasil e do exterior
Cristina França*
Público seleto, presença de expositores nacionais e de outros 14 países (Canadá, Chile, China, Coreia do Sul, Costa Rica, Cuba, Espanha, Estados Unidos, Inglaterra, Itália, Peru, Singapura, Suíça e Taiwan), e seminários sobre temas como o uso do aço na construção civil e formação profissional, num Brasil que se transforma em um canteiro de obras. A M&T Peças e Serviços e a Construction Expo 2011, promovidas pela Associação Brasileira de Tecnologia para Equipamentos e Manutenção (Sobratema), entre 10 e 13 de agosto, em São Paulo, juntou entidades empresariais, empreiteiras de porte, grandes, médios e pequenos empresários e estudiosos para fazer negócios. Ao final, foi anunciada a edição de 2012, que será de 29 de maio a 2 de junho, com vários expositores já reservando espaço.
Em seis salões temáticos - Copa, Aço, Hidrelétrica de Belo Monte, Ferrovias e Trem de Alta Velocidade, Inovação e Sustentabilidade - e na Mostra de Equipamentos para Pequenos Canteiros, entidades e empresas defenderam ideias e produtos para agilizar o atendimento às necessidades de infraestrutura do Brasil. Pelos cálculos da Sobratema, até 2016 nada menos que 9.550 obras consumirão cerca de R$1,2 trilhão. A hora é de aproveitar o bom momento brasileiro para ter acesso a tecnologias, participando da construção de estádios com baixo custo e manutenção econômica, visando à Copa de 2014, e potencializar o uso do concreto pré-moldado e do aço como fatores de aceleração, não apenas das obras da Copa, mas também do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, da Caixa Econômica Federal.
Por parte das empresas expositoras, euforia no fechamento e prospecção de negócios. A chinesa LiuGong, líder mundial na produção de pás-carregadeiras, tem interesse de instalar uma fábrica no Brasil e, segundo o presidente da empresa para a América Latina, Fernando Mascarenhas, está visitando vários Estados. Como representante da marca no Nordeste, a cearense Conterrânea tem planos de atender, até o final do ano, Natal e Recife. No sentido contrário, a pernambucana Saraiva Equipamentos esteve na M&T para fortalecer a sua atuação no Sudeste. A empresa abriu escritório em São Paulo, em novembro do ano passado, focando o segmento de içamento de vigas, pilares e estacas pré-fabricadas de concreto. * A repórter viajou a convite da Sobratema
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Construir Bahia
Máquinas alavancam a Construir Bahia 2011 Cresce a oferta de equipamentos e produtos para os empresários nordestinos da Construção Os resultados da 11ª Construir Bahia Feira Internacional da Construção, realizada de 17 a 20 de agosto, no Centro de Convenções da Bahia, provaram, mais uma vez, que a construção civil movimenta a economia do Nordeste. Promovida pelo Sinduscon/BA, a feira trouxe uma novidade este ano - a 1ª Expo Máquinas e Equipamentos, que superou as expectativas de geração de negócios. Nesta edição, a Construir Bahia gerou negócios da ordem de R$ 90 milhões, sendo R$ 70 milhões somente na feira e R$ 20 milhões na Expo Máquinas e Equipamentos. Nos quatro dias da feira, 34 mil pessoas circularam pelos estandes dos expositores presentes e participaram de palestras e seminários paralelos. A Construir Bahia abriu espaço para a 9ª edição do Seminário Tecnológico da Construção Civil, evento que, desde o ano passado, agrega o Seminário de Inovação na Construção Civil, uma ação do Programa de Inovação Tecnológica (PIT), da Câmara
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Brasileira da Indústria da Construção Civil (Cbic). Carlos Vieira, presidente do Sinduscon/BA, afirmou que os dois seminários promovem uma cultura de inovação no Estado, imprescindível para este momento de aquecimento no setor da construção civil. Além da inovação, a sustentabilidade também foi discutida a partir de duas palestras: Certificação de Eficiência Energética de Prédios Residenciais e Comerciais; e Case Aqua - Cidade Jardim Corporate Center (Benefícios e Inovações). Gratuito e aberto ao público em geral, o evento foi direcionado para lojistas e atacadistas, arquitetos, engenheiros, administradores de condomínio, profissionais da construção, designers de interiores, decoradores e paisagistas, construtores, empreiteiros e estudantes de áreas afins. A Construir NE marcou presença no estande decorado pela arquiteta baiana Celeste Leão, patrocinado pela pernambucana T&A, referência nacional em pré-fabricados.
O Espaço Construir foi ponto de encontro e base para futuros contratos
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INDICADORES | CUB
Indicadores Setoriais e Econômicos – Evolução até agosto
Clelio Fonseca de Morais*
O
Índice Nacional do Custo da Consde M/E/S. Comparando com o INCC, 0,78 trução (INCC), calculado pela pontos percentuais a mais no índice total, Fundação Getúlio Vargas (FGV), 8,95 pontos percentuais a menos no índice atingiu, em 2011, até o mês de agosto, uma de mão de obra (pelo mesmo motivo) e 8,70 variação positiva total de 6,22% (T), ficando pontos percentuais a mais no índice de mateo grupo de Mão de Obra (MO) no patamar riais, equipamentos e serviços. de 8,95% e, o de Materiais, Equipamentos e Observamos variações inferiores à variaServiços (M/E/S), 3,60%. Comparando com ção total do INCC em outros indicadores da os índices do Recife, da mesma FGV, que FGV: os índices IGP-DI, IGP-M e IPC-BR atingiram 2,52% (T), -2,70% (MO) e 4,31% apresentaram variações de 3,524%, 3,479% e (M/E/S), verificamos que, segundo a FGV, os 4,170%, respectivamente. custos do grupo de M/E/S, no Recife, ficaram No mesmo período de 2011, tivemos 0,71 pontos percentuais acima dos preços natambém variações inferiores nos seguintes cionais; já os do grupo de MO ficaram 11,65 indicadores gerais de preços: ICV/Dieese pontos percentuais abaixo. A diferença nos índices de MO ocorre pelo fato de no Recife o ajuste na PADRÃO DE PROJETOS mão de obra só acontecer no mês PROJETOS ACABAMENTO PADRÕES de outubro, em função do dissídio coletivo, enquanto no INCC já foRESIDENCIAIS ram computados os dissídios de Baixo R-1-B R-1 algumas capitais. Normal R-1-N (residência unifamiliar) Analisando as variações do Alto R-1-A Custo Unitário Básico (CUB) do Baixo PP-4-B PP-4 Sinduscon/PE, encontramos, para (prédio popular) Normal PP-4-N o mesmo período, 7% de variação Baixo R-8-B total, com o grupo de MO sem R-8 Normal R-8-N alteração e 12,3% para o grupo (residência multifamiliar)
(4,237%), IPC/Fipe (3,808%), INPC/IBGE (4,202%) e poupança (5,081%). Com relação à variação dos preços dos insumos do lote básico, utilizados para o cálculo dos CUBs do Recife, destacamos os insumos com as maiores variações no mesmo período: vidro liso transparente de 4mm colocado (53,26%), cerâmica 30cmx40cm PEI II cor clara (37,06%), fio de cobre antichama de 2,5mm2 (24,71%), porta interna de 0,60mx2,10m (23,61%), cimento Portland CP-II (23,46%), disjuntor tripolar de 70A (21,24%) e janela de correr em perfil de chapa de ferro nº 20 (19,87%).
VARIAÇÃO PERCENTUAL R$/M2
MENSAL
ACUMULADO NO ANO
ACUMULADO EM 12 MESES
933,07
0,69%
7,91%
15,39%
1.129,41
0,72%
7,98%
16,03%
1.460,68
0,58%
9,40%
17,87%
880,59
0,96%
8,93%
16,72%
1.059,67
0,71%
7,21%
14,25%
831,49
0,92%
8,42%
15,48%
917,25
0,73%
6,87%
14,08%
1.170,16
0,67%
8,74%
16,04%
Alto
R-8-A
Normal
R-16-N
897,38
0,70%
7,00%
13,98%
Alto
R-16-A
1.156,41
0,68%
5,60%
12,62%
PIS (Projeto de Interesse Social)
PIS
622,89
0,93%
7,76%
15,48%
RP1Q (residência popular)
RP1Q
891,13
1,49%
6,36%
14,82%
R-16 (residência multifamiliar)
COMERCIAIS CAL-8 (comercial andares livres)
Normal
CAL-8-N
1.029,27
0,56%
4,91%
11,34%
Alto
CAL-8-A
1.130,16
0,55%
5,73%
12,49%
CSL-8 (comercial salas e lojas)
Normal
CSL-8-N
875,66
0,64%
4,48%
10,89%
Alto
CSL-8-A
984,03
0,64%
5,42%
12,18%
CSL-16 (comercial salas e lojas)
Normal
CSL-16-N
1.170,25
0,73%
4,70%
11,35%
Alto
CSL-16-A
1.314,89
0,72%
5,66%
12,63%
GI
503,13
0,88%
5,76%
12,52%
GI (galpão industrial)
AGOSTO 2011 |
Cne-59 -miolo.indd 83
| 83
31/10/2011 15:14:22
CUB | INSUMOS ** Você pode adquirir com o Consultor Clelio Morais – colaborador da REVISTA CONSTRUIR NORDESTE, responsável pela Seção de Preços – as composições detalhadas dos serviços apresentados nesta tabela EXCLUSIVA para assinantes da CONSTRUIR NORDESTE. SERVIÇOS PRELIMINARES
UN
R$
Barracão em chapa de madeira resinada 12mm Tapumes em chapa de madeira resinada 6mm Demolição de meio fio com linha d’água Demolição de meio fio Demolição de linha d’água Demolição de pavimentação asfáltica sobre macadame hidráulico Demolição de pavimentação em paralelos sobre colchão de areia Demolição manual de concreto simples Demolição manual de concreto armado Demolição de alvenaria de pedra rejuntada Demolição de alvenaria de pedra seca Demolição de alvenaria de tijolos furados (sem reaproveitamento) Demolição de revestimento em argamassa de cal e areia Demolição de revestimento em argamassa de cimento e areia Demolição de revestimento em azulejo Demolição de estrutura de madeira em coberta Demolição de coberta em telha cerâmica Demolição de piso em tacos de madeira Demolição de piso cimentado Demolição de piso em ladrilho hidráulico ou cerâmico Demolição de passeio cimentado sobre lastro de concreto Retirada de esquadria de madeira ou metálica Demolição de forro de estuque
M2 M2 M M M M2 M2 M3 M3 M3 M3 M3 M2 M2 M2 M2 M2 M2 M2 M2 M2 M2 M2
220,88 33,31 2,72 1,51 1,24 8,19 5,82 139,35 181,68 53,84 46,22 56,17 2,77 4,43 5,22 9,11 5,22 7,50 4,11 7,50 5,47 6,83 5,22
MOVIMENTO DE TERRA
UN
R$
Limpeza do terreno com retirada de vegetação Corte de capoeira fina Escavação mecânica até 2,00m Escavação mecânica até 4,00m Escavação manual até 2,00m de profundidade Escavação manual até 4,00m de profundidade Apiloamento de fundo de valas Reaterro apiloado de cavas Aterro do caixão com barro Remoção de material escavado Substituição de terreno por solo/cimento - 10:1 Escoramento contínuo de valas Escoramento descontínuo de valas
M2 M2 M3 M3 M3 M3 M2 M3 M3 M3 M3 M2 M2
1,71 0,69 6,76 10,11 15,72 19,80 10,60 18,44 43,08 11,61 168,42 72,11 27,55
FUNDAÇÕES
UN
R$
Locação da obra (banquetas) Forma de tábua para fundações (sem reaproveitamento) Forma de tábua para fundações (com reaproveitamento=2x) Forma de chapa resinada de 12mm p/fundações (com reaproveitamento=3x) Forma de chapa resinada de 12mm p/fundações (sem reaproveitamento) Ferro CA-50 de 12,5mm para fundações cortado e dobrado na obra Ferro CA-60 de 4,2mm para fundações cortado e dobrado na obra Ferro CA-50 e CA-60 para fundações cortado e dobrado na obra Fornecimento de ferro pronto para fundações, já cortado e dobrado Armação de ferro pronto para fundações, por firma especializada Concreto magro p/fundações com fck=7,50Mpa (preparo mecânico) Concreto magro p/fundações com fck=10Mpa (usinado) Concreto simples p/fundações com fck=15Mpa (preparo mecânico) Concreto simples p/fundações com fck=15Mpa (usinado) Concreto simples p/fundações com fck=15Mpa (usinado e bombeado) Concreto simples p/fundações com fck=20Mpa (preparo mecânico) Concreto simples p/fundações com fck=20Mpa (usinado) Concreto simples p/fundações com fck=20Mpa (usinado e bombeado) Concreto simples p/fundações com fck=25Mpa (usinado) Concreto simples p/fundações com fck=25Mpa (usinado e bombeado) Concreto simples p/fundações com fck=30Mpa (usinado) Concreto simples p/fundações com fck=30Mpa (usinado e bombeado)
Cne-59 -miolo.indd 84
M M2 M2 M2
12,28 66,11 41,25 30,77
M2
59,65
KG KG KG KG KG M3 M3 M3 M3 M3
5,06 5,58 5,28 3,75 0,69 266,13 314,16 338,66 324,64 346,74
M3 350,06 M3 334,84 M3 356,84 M3 341,30 M3 366,94 M3 355,24 M3 377,04
Concreto simples p/fundações com fck=35Mpa (usinado) Concreto simples p/fundações com fck=35Mpa (usinado e bombeado) Concreto ciclópico Embasamento de pedra rachão Embasamento de 20cm c/ tijolo cerâmico de 6 furos de 9x10x19cm Embasamento de 20cm c/ tijolo cerâmico maciço de 10x5x23cm
M3 M3
365,44 387,14
M3 M3 M2
276,06 227,59 56,35
M2
92,25
ESTRUTURAS
UN M2
R$ 95,24
M2
60,32
M2
74,91
M2
38,05
M2
41,36
M2
68,82
Forma de tábua p/estruturas c/escoramento (sem reaproveitamento) Forma de tábua p/estruturas c/escoramento (c/ reaproveitamento=2x) Forma de chapa plastificada de 12mm p/estruturas c/ escoramento (sem reaproveitamento) Forma de chapa plastificada de 12mm p/estruturas c/ escoramento (com reaproveitamento=3x) Forma de chapa plastificada de 17mm p/estruturas c/ escoramento (com reaproveitamento=3x) Forma de chapa resinada de 12mm p/estruturas c/ escoramento (sem reaproveitamento) Forma de chapa resinada de 12mm p/estruturas c/ escoramento (com reaproveitamento=3x) Forma de chapa resinada de 17mm p/estruturas c/ escoramento (com reaproveitamento=3x) Forma pronta com chapa plastificada de 12mm p/estruturas, sem escoramento (fabricação do jogo) Forma pronta com chapa plastificada de 17mm p/estruturas, sem escoramento (fabricação do jogo) Forma pronta com chapa plastificada de 20mm p/estruturas, sem escoramento (fabricação do jogo) Ferro CA-50 de 12,5mm para estruturas cortado e dobrado na obra Ferro CA-60 de 4,2mm para estruturas cortado e dobrado na obra Ferro CA-50 e CA-60 para estruturas cortado e dobrado na obra Fornecimento de ferro pronto para estruturas, já cortado e dobrado Armação de ferro pronto para estruturas, por firma especializada Concreto simples p/estruturas com fck=15Mpa (preparo mecânico) Concreto simples p/estruturas com fck=15Mpa (usinado) Concreto simples p/estruturas com fck=15Mpa (usinado e bombeado) Concreto simples p/estruturas com fck=18Mpa (preparo mecânico) Concreto simples p/estruturas com fck=20Mpa (preparo mecânico) Concreto simples p/estruturas com fck=20Mpa (usinado) Concreto simples p/estruturas com fck=20Mpa (usinado e bombeado) Concreto simples p/estruturas com fck=25Mpa (usinado) Concreto simples p/estruturas com fck=25Mpa (usinado e bombeado) Concreto simples p/estruturas com fck=30Mpa (usinado) Concreto simples p/estruturas com fck=30Mpa (usinado e bombeado) Concreto simples p/estruturas com fck=35Mpa (usinado) Concreto simples p/estruturas com fck=35Mpa (usinado e bombeado) Laje pré-moldada c/blocos cerâmicos (capeamento=concreto mecânico) Laje pré-moldada c/blocos cerâmicos (capeamento=concreto usinado) Laje treliçada B12 para vão até 4,00m com SC=150kgf/m2
M2
35,93
M2
38,11
M2
68,55
M2
82,56
M2
91,25
KG
5,41
KG
5,88
KG
5,60
KG
3,75
KG
0,69
M3
357,77
M3 M3
343,75
M3
364,23
M3
369,17
M3 M3
353,95 369,12
M3 M3
360,41 379,22
M3 M3
374,35 389,32
M3 M3
384,55 399,42
M2
64,67
M2
68,13
M2
61,45
359,02
Laje treliçada B12 para vão até 4,00m com SC=300kgf/m2 Laje treliçada B16 para vão até 6,00m com SC=150kgf/m2 Laje treliçada B16 para vão até 6,00m com SC=300kgf/m2 Laje treliçada B20 para vão até 7,00m com SC=150kgf/m2 Laje treliçada B20 para vão até 7,00m com SC=300kgf/m2 Laje treliçada B25 para vão até 8,00m com SC=150kgf/m2 Laje treliçada B25 para vão até 8,00m com SC=300kgf/m2 Laje treliçada B30 para vão até 9,00m com SC=150kgf/m2 Laje treliçada B30 para vão até 9,00m com SC=300kgf/m2 Bandeja de proteção fixa com 3,30m
M2 M2 M2 M2 M2 M2 M2 M2 M2 M
62,23 68,99 69,49 78,54 79,12 96,66 97,16 113,20 113,76 131,25
ALVENARIAS E PRÉ-MOLDADOS
UN M2 M2 M2 M2 M2 M2 M2
R$ 329,77 51,78 102,66 61,98 29,76 32,68 34,52
M2
63,41
M2 M2
29,95 54,14
M2
33,96
M2
36,64
M2
39,42
M2
51,23
M2
58,52
M3 M2 M M M
227,59 95,47 17,23 86,92 15,92
M2
9,39
UN M M M M2 M2 M2
R$ 67,00 28,13 21,04 28,53 64,47 114,12
M2
105,60
M2 M2
24,39 32,87
M2 M2 M2 M2 M2 M2
37,97 45,68 100,70 88,99 40,89 33,38
Alvenaria de 8cm com tijolo de vidro de 19x19x8cm Alvenaria de 10cm com tijolo cerâmico maciço de 10x5x23cm Alvenaria de 22cm com tijolo cerâmico maciço de 10x5x23cm Alvenaria de 10cm com tijolo cerâmico aparente de 10x7x23cm Alvenaria de 7cm com tijolo cerâmico de 4 furos de 7x19x19cm Alvenaria de 9cm com tijolo cerâmico de 6 furos de 9x10x19cm Alvenaria de 10cm com tijolo cerâmico de 6 furos de 9x10x19cm Alvenaria de 20cm com tijolo cerâmico de 6 furos de 9x10x19cm Alvenaria de 9cm com tijolo cerâmico de 8 furos de 9x19x19cm Alvenaria de 20cm com tijolo cerâmico de 8 furos de 9x19x19cm Alvenaria de 12cm com tijolo cerâmico de 8 furos de 12x19x19cm Alvenaria de vedação de 9cm c/bloco de concreto de 9x19x39cm c/2,5MPa Alvenaria de vedação de 12cm c/bloco de concreto de 12x19x39cm c/2,5MPa Alvenaria estrutural de 14cm c/bloco de concreto de 14x19x39cm c/4,5MPa Alvenaria estrutural de 19cm c/bloco de concreto de 19x19x39cm c/4,5MPa Alvenaria de pedra rachão Elemento vazado de cimento tipo colmeia de 25x25x10cm Verga de concreto armado pré-moldada de 10x10cm Bandeja de proteção móvel com 2,20m - fabricação Bandeja de proteção móvel com 2,20m - montagem e desmontagem Tela de nylon para proteção de fachada
COBERTURAS Calha de concreto moldada “in loco” Algeroz de concreto com 30x5cm moldado “in loco” Terça de concreto pré-moldada de 7x10cm Madeiramento para telhas de fibrocimento ou alumínio Madeiramento convencional para telhas de cerâmica Madeiramento tipo caibro mineiro para telhas de cerâmica tipo canal Estrutura de madeira para telhas cerâmicas com vão de até 16m Coberta com telha ondulada Fibrotex CRFS de 4mm Brasilit Coberta com telha ondulada Residencial CRFS de 5mm Brasilit Coberta com telha ondulada BR CRFS de 6mm Brasilit Coberta com telha ondulada BR CRFS de 8mm Brasilit Coberta com telha Kalheta de 8mm Brasilit Coberta com telha Kalhetão 90 de 8mm Brasilit Coberta com telha de alumínio trapezoidal de 0,5mm Coberta com telha de cerâmica tipo colonial
31/10/2011 15:14:23
CUB | INSUMOS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS Ponto de luz embutido no teto ou parede com eletroduto de PVC flexível corrugado de 3/4” e fio rígido de 2,5mm2 com isolamento plástico até o quadro de distribuição Interruptor simples de 1 seção Pial Pratis de embutir, com eletroduto de PVC flexível corrugado de 3/4” e fio rígido de 2,5mm2 com isolamento plástico até o ponto de luz Interruptor simples de 1 seção Pial Plus de embutir, com eletroduto de PVC flexível corrugado de 3/4” e fio rígido de 2,5mm2 com isolamento plástico até o ponto de luz Interruptor simples de 2 seções Pial Pratis de embutir, com eletroduto de PVC flexível corrugado de 3/4” e fio rígido de 2,5mm2 com isolamento plástico até os pontos de luz Interruptor simples de 2 seções Pial Plus de embutir, com eletroduto de PVC flexível corrugado de 3/4” e fio rígido de 2,5mm2 com isolamento plástico até os pontos de luz Tomada de corrente universal 2P Pial Pratis de embutir, com eletroduto de PVC flexível corrugado de 3/4” e fio rígido de 2,5mm2 com isolamento plástico Tomada de corrente universal 2P Pial Plus de embutir, com eletroduto de PVC flexível corrugado de 3/4” e fio rígido de 2,5mm2 com isolamento plástico Tomada de corrente com aterramento 2P+T Pial Pratis de embutir, com eletroduto de PVC flexível corrugado de 3/4” e fio rígido de 2,5mm2 com isolamento plástico Tomada de corrente com aterramento 2P+T Pial Plus de embutir, com eletroduto de PVC flexível corrugado de 3/4” e fio rígido de 2,5mm2 com isolamento plástico Tomada de corrente c/aterramento 3P Pial Pratis de embutir, p/ar condicionado, c/eletroduto PVC flexível corrugado 3/4” e fio rígido 2,5mm2 c/isolamento plástico, até o quadro de distribuição Tomada de corrente c/aterramento 3P Pial Plus de embutir, p/ar condicionado, c/eletroduto PVC flexível corrugado 3/4” e fio rígido 2,5mm2 c/isolamento plástico, até o quadro de distribuição Tomada de corrente c/aterramento 3P Pial Pratis de embutir, p/chuveiro elétrico, c/eletroduto PVC flexível corrugado 3/4” e fio rígido 2,5mm2 c/isolamento plástico, até o quadro de distribuição Tomada de corrente c/aterramento 3P Pial Plus de embutir, p/chuveiro elétrico, c/eletroduto PVC flexível corrugado 3/4” e fio rígido 2,5mm2 c/isolamento plástico, até o quadro de distribuição Tomada de corrente c/aterramento 3P Pial Pratis de embutir, p/máquina de lavar roupa, c/eletroduto PVC flexível corrugado 3/4” e fio rígido 2,5mm2 c/isolamento plástico, até o quadro de distribuição Tomada de corrente c/aterramento 3P Pial Plus de embutir, p/máquina de lavar roupa, c/eletroduto PVC flexível corrugado 3/4” e fio rígido 2,5mm2 c/isolamento plástico, até o quadro de distribuição Ponto de força com aterramento para piscina, com eletroduto de PVC flexível corrugado 3/4” e fio rígido de 2,5mm2 com isolamento plástico, até o quadro de distribuição Ponto de força com aterramento para portão automático, com eletroduto de PVC flexível corrugado 3/4” e fio rígido de 2,5mm2 com isolamento plástico, até o quadro de distribuição Ponto para campainha, com eletroduto de PVC flexível corrugado de 3/4” e fio rígido de 1,5mm2 com isolamento plástico Botão pulsador para campainha, Pial Pratis, com eletroduto de PVC flexível corrugado de 3/4” e fio rígido de 1,5mm2 com isolamento plástico Botão pulsador para campainha, Pial Plus, com eletroduto de PVC flexível corrugado de 3/4” e fio rígido de 1,5mm2 com isolamento plástico Ponto seco(sem fiação), de embutir, para antena de TV, com eletroduto de PVC flexível corrugado de 3/4” e placa cega 4”x2” Pial Pratis Ponto seco(sem fiação), de embutir, para antena de TV, com eletroduto de PVC flexível corrugado de 3/4” e placa cega 4”x2” Pial Plus Ponto seco(sem fiação), de embutir, para interfone, com eletroduto de PVC flexível corrugado de 1/2” e placa cega 4”x2” Pial Pratis Ponto seco(sem fiação), de embutir, para interfone, com eletroduto de PVC flexível corrugado de 1/2” e placa cega 4”x2” Pial Plus Caixa de passagem em PVC de 4”x4” de embutir, com placa cega Pial Pratis 4”x4” Caixa de passagem em PVC de 4”x4” de embutir, com placa cega Pial Plus 4”x4” Tomada para telefone 4P padrão Telebrás Pial Pratis de embutir, com eletroduto de PVC flexível corrugado de 3/4” e cabo telefônico CCI 50-2 pares Tomada para telefone 4P padrão Telebrás Pial Plus de embutir, com eletroduto de PVC flexível corrugado de 3/4” e cabo telefônico CCI 50-2 pares Tomada para telefone RJ11 Pial Pratis de embutir, com eletroduto de PVC flexível corrugado de 3/4” e cabo telefônico CCI 50-2 pares Tomada para telefone RJ11 Pial Plus de embutir, com eletroduto de PVC flexível corrugado de 3/4” e cabo telefônico CCI 50-2 pares Eletroduto de PVC rígido rosqueável de 1/2” Eletroduto de PVC rígido rosqueável de 3/4” Eletroduto de PVC rígido rosqueável de 1” Eletroduto de PVC rígido rosqueável de 1 1/4” Eletroduto de PVC rígido rosqueável de 1 1/2” Eletroduto de PVC rígido rosqueável de 2” Curva 90° para eletroduto de PVC rígido rosqueável de 1/2” Curva 90° para eletroduto de PVC rígido rosqueável de 3/4” Curva 90° para eletroduto de PVC rígido rosqueável de 1” Curva 90° para eletroduto de PVC rígido rosqueável de 1 1/4” Curva 90° para eletroduto de PVC rígido rosqueável de 1 1/2” Curva 90° para eletroduto de PVC rígido rosqueável de 2” Luva para eletroduto de PVC rígido rosqueável de 1/2” Luva para eletroduto de PVC rígido rosqueável de 3/4” Luva para eletroduto de PVC rígido rosqueável de 1” Luva para eletroduto de PVC rígido rosqueável de 1 1/4” Luva para eletroduto de PVC rígido rosqueável de 1 1/2” Luva para eletroduto de PVC rígido rosqueável de 2” Fio rígido de 1,5mm2 com isolamento plástico Fio rígido de 2,5mm2 com isolamento plástico Cabo flexível de 4mm2 com isolamento plástico Cabo flexível de 6mm2 com isolamento plástico Disjuntor GE monopolar termomagnético de 15A Disjuntor GE monopolar termomagnético de 20A Disjuntor GE monopolar termomagnético de 30A Caixa de passagem 40x40cm(interno), h=60cm, em alvenaria de 1/2 vez sem revestimento, sobre camada de brita de 10cm e tampa em concreto armado, inclusive escavação e reaterro Caixa de inspeção 60x60cm(interno), h=60cm, em alvenaria 1/2 vez c/revestimento cimentado, sobre lastro de concreto de 10cm e tampa em concreto armado, inclusive escavação e reaterro Caixa de inspeção 80x80cm(interno), h=60cm, em alvenaria 1/2 vez c/revestimento cimentado, sobre lastro de concreto de 10cm e tampa em concreto armado, inclusive escavação e reaterro
UN PT
R$ 44,34
UN
52,32
UN
55,40
UN
75,64
UN
79,78
UN
50,52
UN
51,79
UM
66,04
UM
73,16
UM
106,19
UM
108,32
UM
88,53
UM
88,48
UM
78,27
UM
80,40
PT
157,76
PT
119,14
PT
40,48
UN
52,34
UN
54,36
PT
38,66
PT
39,34
PT
37,58
PT
38,26
UN UN UN
12,17 12,70 58,84
UN
61,87
UN
64,92
UN
68,79
M M M M M M UN UN UN UN UN UN UN UN UN UN UN UN M M M M UN UN UN UN
4,89 6,10 7,81 9,96 11,48 16,88 4,56 5,11 6,33 8,80 9,71 15,47 2,19 2,58 3,15 4,43 5,05 8,02 2,28 2,54 3,49 4,22 10,67 10,92 10,92 68,07
UN
171,55
UN
236,22
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS Ponto de água com tubulações e conexões de PVC roscável de 3/4”, inclusive abertura e fechamento de rasgos em alvenaria, até o registro geral do ambiente Ponto de água com tubulações e conexões de PVC soldável de 25mm, inclusive abertura e fechamento de rasgos em alvenaria, até o registro geral do ambiente Ponto de esgoto para bacia sanitária, com tubulações e conexões de PVC rígido soldável tipo PBV, até a coluna ou o sub-coletor Ponto de esgoto para pia ou lavanderia, com tubulações e conexões de PVC rígido soldável tipo PBV, até a coluna ou o sub-coletor Ponto de esgoto para lavatório ou mictório, com tubulações e conexões de PVC rígido soldável tipo PBV, até a coluna ou o sub-coletor Ponto de esgoto para ralo sifonado, inclusive o ralo, com tubulações e conexões de PVC rígido soldável tipo PBV, até a coluna ou o sub-coletor Abertura de rasgos para passagem de tubos de 1/2” à 1” Abertura de rasgos para passagem de tubos de 1.1/4” à 2” Abertura de rasgos para passagem de tubos de 2.1/2” à 4” Fechamento de rasgos executados para tubos de 1/2” à 1” Fechamento de rasgos executados para tubos de 1.1/4” à 2” Fechamento de rasgos executados para tubos de 2.1/2” à 4” Tubo de PVC soldável de 20mm CL15 para água Tubo de PVC soldável de 25mm CL15 para água Tubo de PVC soldável de 32mm CL15 para água Tubo de PVC soldável de 40mm CL15 para água Tubo de PVC soldável de 50mm CL15 para água Tubo de PVC soldável de 60mm CL15 para água Tubo de PVC soldável de 75mm CL15 para água Tubo de PVC soldável de 85mm CL15 para água Registro de pressão cromado de 3/4” com canopla Deca linha Targa 1416 C40 Registro de gaveta cromado de 3/4” com canopla Deca linha Targa 1509 C40 Registro de gaveta cromado de 1” com canopla Deca linha Targa (base: 4509, acabamento: 710 C40) Registro de gaveta cromado de 1 1/2” com canopla Deca linha Targa 1509 C40
LOUÇAS E METAIS Pia em aço inox lisa com 1,40m, com 1 cuba, concretada, com ferragens Tanque de louça Deca TQ-01 com coluna CT-11 branco gelo de 56x42cm com ferragens Bacia sanitária convencional Ravena branco gelo Deca com válvula de descarga Deca HidraMax de 1.1/2” Bacia sanitária convencional Azálea branco gelo Celite com caixa de descarga de sobrepor com 8 litros Bacia sanitária com caixa de descarga acoplada Azálea branco gelo Celite Chuveiro de PVC de 1/2” com braço Bancada de mármore branco rajado de 60x2cm Bancada de mármore branco extra de 60x2cm Bancada de mármore travertino de 60x2cm Tanque em resina simples marmorizado de 59x54cm com ferragens Tanque em resina simples marmorizado de 60x60cm com ferragens Pia em mármore sintético de 1,00x0,50m com 01 cuba e ferragens Pia em mármore sintético de 1,20x0,50m com 01 cuba e ferragens
ESQUADRIAS DE MADEIRA Grade de caixa em massaranduba p/porta até 1,00x2,10m p/acabamento em pintura esmalte Grade de caixa em jatobá p/porta até 1,00x2,10m p/acabamento em verniz ou cera Porta em compensado liso semi-oca de 0,60x2,10x0,03m Porta em compensado liso semi-oca de 0,70x2,10x0,03m Porta em compensado liso semi-oca de 0,80x2,10x0,03m Porta em compensado liso semi-oca de 0,90x2,10x0,03m Porta em compensado liso de 0,60x2,10x0,03m EIDAI Porta em compensado liso de 0,70x2,10x0,03m EIDAI Porta em compensado liso de 0,80x2,10x0,03m EIDAI Porta em compensado liso de 0,90x2,10x0,03m EIDAI Porta em fichas de madeira maciça de 0,60x2,10x0,03m Porta em fichas de madeira maciça de 0,70x2,10x0,03m Porta em fichas de madeira maciça de 0,80x2,10x0,03m Porta em fichas de madeira maciça de 0,90x2,10x0,03m Porta em venezianas de madeira maciça de 0,60x2,10x0,03m Porta em venezianas de madeira maciça de 0,70x2,10x0,03m Porta em venezianas de madeira maciça de 0,80x2,10x0,03m Porta em almofadas de madeira maciça de 0,60x2,10x0,03m Porta em almofadas de madeira maciça de 0,70x2,10x0,03m Porta em almofadas de madeira maciça de 0,80x2,10x0,03m Porta em almofadas de madeira maciça de 0,90x2,10x0,03m
ESQUADRIAS METÁLICAS Porta corta-fogo tipo P90 de 0,80x2,10m Porta corta-fogo tipo P90 de 0,90x2,10m Assentamento de portão metálico (sem o portão) Assentamento de gradil metálico (sem o gradil) Tubo de ferro preto de 2” para peitoril Tubo de ferro preto de 4” para peitoril Tubo de ferro preto de 6” para peitoril Portão em tela de ferro quadrada de #13mm com fio nº 12 Portão em chapa de ferro preta nº 18 Gradil de ferro em cantoneira L de 1 1/4” e barras de 1”x1/4”
FERRAGENS PARA ESQUADRIAS Conjunto de fechadura de cilindro ref. 521-E-CR LaFonte Conjunto de fechadura interna ref. 521-I-CR LaFonte Conjunto de fechadura para WC ref. 521-B-CR LaFonte Dobradiça em ferro preto de 3”x2 1/2” LaFonte Dobradiça em ferro cromado de 3”x2 1/2” ref. 1410 LaFonte Dobradiça em latão cromado de 3”x2 1/2” ref. 90 LaFonte
AGOSTO 2011 |
Cne-59 -miolo.indd 85
UN PT
R$ 71,54
PT
51,77
PT
55,81
PT
57,06
PT
54,43
PT
54,83
M M M M M M M M M M M M M M UN UN UN UN
2,82 4,41 6,34 2,84 3,92 8,61 3,11 3,70 5,86 8,74 10,17 15,77 22,89 28,43 75,06 70,83 58,14 117,13
UN UN UN UN UN UN UN M M M UN UN UN UN
R$ 433,60 352,66 341,74 186,20 263,19 11,23 531,82 165,91 250,08 161,64 162,14 194,05 202,68
UN UN UN UN UN UN UN UN UN UN UN UN UN UN UN UN UN UN UN UN UN UN
R$ 124,59 88,93 69,30 69,97 70,63 73,89 87,25 91,10 98,91 109,99 151,46 171,23 207,49 198,26 145,33 152,33 241,58 158,42 174,42 199,16 226,16
UN UN UN M2 M2 M M M M2 M2 M2
R$ 868,30 933,30 48,84 34,65 26,90 48,88 104,18 184,22 196,37 161,18
UN UN UN UN UN UN UN
R$ 87,05 67,27 67,27 8,22 8,46 12,65
| 85
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Construir é realizar.
REVESTIMENTOS Chapisco p/paredes internas c/arg. de cimento e areia grossa 1:4 Chapisco em tetos c/argamassa de cimento e areia grossa 1:3 Chapisco p/paredes externas c/arg. de cimento e areia grossa 1:4 Chapisco p/paredes externas c/arg. de cimento e areia 1:4 c/Bianco Emboço interno c/arg. de cimento, saibro e areia grossa 1:2:6 c/2cm Emboço interno c/arg. de cimento, cal e areia grossa 1:2:8 c/2cm Emboço externo c/arg. de cimento, saibro e areia grossa 1:2:6 c/.3cm Emboço externo c/arg. de cimento, cal e areia grossa 1:2:8 c/3cm Massa única interna c/arg. de cimento, saibro e areia fina 1:2:6 c/2cm Massa única interna c/arg. de cimento, cal e areia fina 1:2:8 c/2cm Massa única externa c/arg. de cimento, saibro e areia fina 1:2:6 c/3cm Massa única externa c/arg. de cimento, cal e areia grossa 1:2:8 c/3cm Argamassa de cimento e areia grossa 1:3 Argamassa de cimento e areia grossa 1:5 Argamassa de cimento e areia grossa 1:8 Argamassa de cimento, cal e areia fina 1:2:8 Argamassa de cimento, cal e areia grossa 1:2:8 Argamassa de cimento saibro e areia grossa 1:2:6 Argamassa de cimento saibro e areia fina 1:2:6 Azulejo branco 20x20cm Eliane (interno) c/argamassa tipo AC-I e rejunte Narduk Azulejo branco 15x15cm tipo “A” Cecrisa (interno) c/argamassa tipo AC-I e rejunte Narduk Cerâmica Eliane 20x20cm Camburí branca tipo “A” PEI4 (interna) com argamassa Megakol tipo AC-I Narduk uso interno e rejunte aditivado interno Narduk Cerâmica Portobello Linha Arq. Design neve 9,5x9,5cm (interna) com argamassa Megakol tipo AC-I Narduk uso interno e rejunte aditivado interno Narduk Cerâmica Eliane 20x20cm Camburí branca tipo “A” PEI4 (externa) com argamassa Megaflex tipo AC-II Narduk uso externo e rejunte aditivado flexível externo Narduk Cerâmica Portobello Linha Arq. Design neve 9,5x9,5cm (externa) com argamassa Megaflex tipo AC-II Narduk uso externo e rejunte aditivado flexível externo Narduk Revestimento de paredes em pedra Itacolomy do Norte corte manual Revestimento de paredes em pedra São Thomé cavaco Revestimento de paredes em pedra ardósia verde de 20x20cm Granito cinza bresant, corumbá ou andorinha de 50x50x2cm externo Granito cinza bresant, corumbá ou andorinha de 50x50x2cm interno Mármore travertino de 30x30x2cm externo Mármore travertino de 30x30x2cm interno Revestimento com pasta de gesso de 4mm sobre emboço Revestimento de paredes em fórmica lisa brilhante Revestimento de paredes em fórmica texturizada Cimentado interno ou externo com espessura de 2,5 cm
PISOS Lastro de brita 38 com 5cm de espessura Laje de impermeabilização de 8cm c/concreto usinado de fck=15Mpa Laje de impermeabilização de 8cm c/concreto 1:3:6 c/preparo mecânico Regularização de pisos c/argamassa de cimento e areia grossa 1:5 Cimentado liso com 2cm de espessura Cimentado liso com juntas de madeira de 1,5cm de espessura Piso em cerâmica Eliane 20x20cm Camburí branca tipo “A” PEI4 com argamassa Megakol tipo AC-I Narduk uso interno e rejunte aditivado interno Narduk Piso em cerâmica Portobello Patmos White 30x40cm com argamassa Megakol tipo AC-I Narduk uso interno e rejunte aditivado interno Narduk Piso em pedra Itacolomy do Norte irregular Piso em pedra São Thomé Cavaco Piso em pedra ardósia verde de 20x20cm Granito cinza bresant, corumbá ou andorinha de 50x50x2cm Mármore travertino de 30x30x2cm Granilite branco com juntas de vidro Granilite cinza com juntas de vidro Piso vinílico Paviflex de 30x30cm de 1,6mm com flash Piso de borracha Plurigoma (colado) Lajota de concreto natural lisa de 50x50x3cm Lajota de concreto natural antiderrapante de 50x50x3cm
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UN M2 M2 M2 M2 M2 M2 M2 M2 M2 M2 M2 M2 M3 M3 M3 M3 M3 M3 M3 M2 M2 M2
R$ 3,14 5,61 3,61 4,98 13,63 14,59 18,88 20,34 17,67 18,87 23,26 24,70 275,16 220,76 170,60 292,90 273,90 193,49 203,36 33,97 33,17 31,11
M2
38,64
M2
38,83
M2
46,52
M2 M2 M2 M2 M2 M2 M2 M2 M2 M2 M2
39,23 47,56 41,33 116,99 102,56 110,38 95,95 11,00 27,39 28,66 22,78
UN M2 M2 M2 M2 M2 M2 M2
R$ 4,85 27,10 24,19 12,38 16,30 29,60 31,41
M2
39,12
M2 M2 M2 M2 M2 M2 M2 M2 M2 M2 M2
34,32 42,65 36,42 104,14 97,53 60,86 45,99 46,18 29,16 38,73 39,40
31/10/2011 15:14:24
UN M2 M2 M2 M2
R$ 85,60 16,12 14,82 46,32
Soleira de cerâmica tipo “A” 20x20cm Eliane cinza lisa com 15cm Soleira de cerâmica tipo “A” 20x20cm Portobello branca lisa com 15cm Soleira de marmorite cinza com 15cm Soleira de granito cinza bresant, corumbá ou andorinha com 15x2cm Soleira de mármore branco rajado com 15x2cm Rodapé de cerâmica Portobello Patmos White 30x40cm ref. 82073 com 7cm Rodapé de marmorite cinza com 7cm Degraus de marmorite cinza
M M M M M M M M
13,60 15,18 10,10 28,64 23,76 15,76 17,48 52,45
IMPERMEABILIZAÇÕES
UN M2
R$ 47,05
M2
74,37
UN M2 M2 M2 M2 M2 M2 M2 M2 M2 M2 M2 M2 M2 M2 M2 M2 M2 M2 M2 M2 M2 M2 M2 M2 M2 M2 M2 M2 M2 M M2
R$ 4,29 4,67 6,62 10,18 6,43 6,43 13,07 10,48 15,55 19,94 7,37 7,37 18,24 10,60 20,23 14,08 18,51 20,02 10,87 14,62 18,09 16,84 17,11 9,27 6,81 6,57 8,27 18,23 20,74 6,55 20,71
FORROS E DIVISÓRIAS Forro em lambri de Angelim Pedra de 10x1cm com estrutura de madeira Forro de gesso liso em laje de concreto Forro de gesso liso em laje pré-moldada Divisória em gesso com 7,5cm
SOLEIRAS, RODAPÉS E DEGRAUS
Impermeabilização de lajes com Vedapren preto,inclusive regularização prévia c/argamassa de cimento e areia grossa 1:5 Impermeabilização de caixa d’água c/Neutrol 45 e Sika 1, inclusive regularização prévia c/argamassa de cimento e areia grossa 1:3
PINTURAS Caiação (3D) Hidracor (3D) sobre massa única Emassamento e lixamento de paredes e tetos com massa PVA Emassamento e lixamento de paredes e tetos com massa acrílica Latex interna (2D) sobre massa única, gesso ou concreto aparente, inclusive selador de parede Latex interna (2D) sobre tijolo aparente, inclusive selador de parede Latex interna (2D) com massa PVA, inclusive selador de parede Latex interna (3D) sobre massa única, gesso ou concreto aparente, inclusive selador de parede Latex interna (3D) com massa PVA inclusive selador de parede Latex interna (3D) c/brilho, c/massa PVA, inclusive selador de parede Latex externa (2D) sobre massa única ou concreto aparente, inclusive selador acrílico para parede externa Latex externa (2D) sobre tijolo aparente, inclusive selador acrílico para parede externa Latex externa (2D) com massa acrilica, inclusive selador acrílico para parede externa Latex externa (3D) sobre massa única ou concreto aparente, inclusive selador acrílico para parede externa Latex externa (3D) com massa acrilica, inclusive selador acrílico para parede externa Tinta acrílica interna (2D) c/massa PVA, inclusive selador de parede Tinta acrílica externa (2D) c/massa acrílica, inclusive selador acrílico para parede externa Esmalte sintético (2D) em paredes e tetos internos, com massa à óleo, inclusive selador de parede Tinta cerâmica interna ou externa (2D) sobre laje ou tijolo aparente Textura acrílica com acabamento em tinta latex para interior (2D) Textura acrílica com acabamento em esmalte sintético (2D) Textura acrílica com acabamento em tinta latex para exterior (2D) Textura acrílica com acabamento em tinta acrílica (2D) Silicone (2D) sobre blocos de cimento ou tijolo cerâmico Silicone (2D) sobre concreto aparente Verniz acrílico (2D) sobre concreto aparente Emassamento e lixamento de esquadrias de madeira com massa à óleo Esmalte sintético (2D) sobre madeira, c/fundo branco e massa à óleo Esmalte sintético (2D) sobre ferro, c/proteção de tinta antiferruginosa Esmalte sintético (2D) sobre corrimão de ferro Pintura à base de epoxi (2D), sem emassamento
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Construir é realizar.
VIDROS E ESPELHOS Vidro impresso fantasia de 4mm Vidro anti-reflexo Vidro aramado incolor de 7mm Vidro liso incolor de 3mm Vidro liso incolor de 4mm Vidro liso incolor de 5mm Vidro liso incolor de 6mm Vidro liso incolor de 8mm Vidro liso incolor de 10mm Vidro Colorglass bronze de 4mm Vidro Colorglass bronze de 8mm Vidro Colorglass bronze de 10mm Vidro Colorglass cinza de 4mm Vidro Colorglass cinza de 6mm Vidro Colorglass cinza de 8mm Vidro Colorglass cinza de 10mm Espelho prata cristal de 3mm Espelho prata cristal de 4mm Espelho prata cristal de 6mm Vidro temperado de 10mm incolor sem ferragens Vidro temperado de 10mm fume sem ferragens Vidro temperado de 10mm bronze sem ferragens
PAVIMENTAÇÃO E DRENAGEM Arrancamento e reassentamento de meio fio com reaproveitamento Meio fio de pedra granítica sobre lastro de concreto magro Meio fio de concreto pré-moldado sobre lastro de concreto magro Pavimentação em paralelepípedos sobre colchão de areia, rejuntados com argamassa de cimento e areia grossa 1:8 Pavimentação em blocos de concreto natural “Paver” de 6cm, com 25MPa (48pç/m2), assentado sobre colchão de 5cm de pó de pedra e rejuntado com areia fina seca Pavimentação em pedra portuguesa Pavimentação em concreto rústico ripado em quadros de 100x100cm Arrancamento, limpesa e reassentamento de paralelepípedos sobre colchão de areia, rejuntados c/argamassa de cimento e areia grossa 1:8 Linha d’água em paralelepípedos sobre lastro de concreto magro Drenagem pluvial c/tubos de concreto armado de 600mm, rejuntados com argamassa de cimento e areia grossa 1:5 Drenagem pluvial c/tubos de concreto armado de 800mm, rejuntados com argamassa de cimento e areia grossa 1:5 Drenagem pluvial c/tubos de concreto armado de 1000mm, rejuntados com argamassa de cimento e areia grossa 1:5 Drenagem pluvial c/tubos de concreto armado de 1200mm, rejuntados com argamassa de cimento e areia grossa 1:5 Drenagem pluvial c/tubos de concreto simples de 300mm, rejuntados com argamassa de cimento e areia grossa 1:5 Drenagem pluvial c/tubos de concreto simples de 400mm, rejuntados com argamassa de cimento e areia grossa 1:5
OUTROS Caixa de concreto pré-moldada p/ar condicionado de 7.000 BTU’s aberta Caixa de concreto pré-moldada p/ar condicionado de 7.000 BTU’s fechada Caixa de concreto pré-moldada p/ar condicionado de 10.000 BTU’s aberta
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UN M2 M2 M2 M2 M2 M2 M2 M2 M2 M2 M2 M2 M2 M2 M2 M2 M2 M2 M2 M2 M2 M2
R$ 32,14 39,52 150,32 33,19 41,25 52,56 58,15 88,30 100,30 58,66 142,35 181,47 49,84 85,62 116,75 141,91 74,96 109,90 169,51 133,38 164,20 175,12
UN M M M M2
R$ 15,73 26,27 32,37 56,72
M2
39,84
M2 M2 M2
48,70 45,16 43,01
M M
19,20 123,67
M
215,76
M
304,71
M
532,21
M
30,28
M
42,30
UN UN UN UN
R$ 96,11 99,41 121,44
31/10/2011 15:14:27
ONDE ENCONTRAR
A
CONTÊINERES
ADITIVOS
M
MASSA CORRIDA
MASSACOM COM. ARGAMASSAS E SERVIÇOS LTDA
EMBRALOC – LOCADORA DE CONTÊINERES, GUINDASTES E OUTROS
MASSACOM COM. ARGAMASSAS E SERVIÇOS LTDA
Fones: 71 3381.8924 / 82 3359.1040 82 3355.7277 / 82 3295.5088 Internet: massacomba@hotmail.com
Fone: 81 3471.2239 Internet: embraloc@embraloc.com.br / www.embraloc. com.br
Fones: 71 3381.8924 / 82 3359.1040 / 82 3355.7277 / 82 3295.5088 Internet: massacomba@hotmail.com
ARGAMASSA
E
ESQUADRIAS DE ALUMÍNIO
MÁRMORES E GRANITOS
Q
QUARTZO BRANCO
SADI MÁRMORES Fones: 81 3222.4606 / 3222.4789 / 3222.0876 Internet: sadi@sadi.com.br / www.sadi.com.br
R
REJUNTE
GAIL ARQUITETURA EM CERÂMICA
PÓRTICO ESQUADRIAS LTDA
SADI MÁRMORES
GAIL ARQUITETURA EM CERÂMICA
Fone: 11 2423.2645 Internet: sac@gail.com.br
Fone: 81 3059.6699 Internet: portico@porticoesquadrias.com.br / www. porticoesquadrias.com.br
Fone: 81 3222.4606 / 3222.4789 / 3222.0876 Internet: sadi@sadi.com.br / www.sadi.com.br
Fone: 11 2423.2645 Internet: sac@gail.com.br
MASSACOM COM. ARGAMASSAS E SERVIÇOS LTDA
F
FACHADAS DE VIDRO
P
REVESTIMENTO DE ALUMÍNIO TIPO ACM
PAINÉIS DE FECHAMENTO
Fones: 71 3381.8924 / 82 3359.1040 82 3355.7277 / 82 3295.5088 Internet: massacomba@hotmail.com
PÓRTICO ESQUADRIAS LTDA
DÂNICA TERMOINDUSTRIAL BRASIL
PÓRTICO ESQUADRIAS LTDA
VOTORANTIM CIMENTOS
Fone: 81 3059.6699 Internet: portico@porticoesquadrias.com.br / www. porticoesquadrias.com.br
Fone: 81 2125.1900 Internet: vendaspe@danica.com.br / www.danica. com.br
Fone: 81 3059.6699 Internet: portico@porticoesquadrias.com.br / www. porticoesquadrias.com.br
Capitais: 4003.9894 (custo de uma ligação local) Demais localidades: 0800 701.9894 Internet: www.votorantimcimentos.com.br/sic
ARTICULAÇÕES FERMAX IND. COMPONENTES ESQUADRIAS LTDA
VARANDAS TIPO RETRÁTIL PÓRTICO ESQUADRIAS LTDA
GAIL ARQUITETURA EM CERÂMICA
GAIL ARQUITETURA EM CERÂMICA
Fone: 81 3059.6699 Internet: portico@porticoesquadrias.com.br / www. porticoesquadrias.com.br
Fone: 11 2423.2645 Internet: sac@gail.com.br
Fone: 11 2423.2645 Internet: sac@gail.com.br
Fone: 0800 724.2200 Internet: fermax@fermax.com.br
B
BOMBAS
ALUTEC - ALUGUEL DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
FECHOS FERMAX IND. COMPONENTES ESQUADRIAS LTDA Fone: 0800 724.2200 Internet: fermax@fermax.com.br / www.fermax.com
Fones: 81 3471.6271 / 3339.5788 Internet: alutec@alutec-pe.com.br / www.alutec-pe. com.br
C
CAL
VOTORANTIM CIMENTOS Capitais: 4003.9894 (custo de uma ligação local) Demais localidades: 0800 701.9894 Internet: www.votorantimcimentos.com.br/sic
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