Proposta de redesenho urbano: Cruzamento Terminal de integração
Laboratório de Rua Coordenadora Arquiteta e Urbanista Aída Paula Pontes de Aquino Diretores colaboradores Francisco Allyson Barbosa Silva Robson Joabson Soare Porto Pesquisadores André Cabral Guimarães Antônio Fernando Vasconcelos Filho Daniela Porto Diniz Raiff Mangueira Bezerra Nascimento Campina Grande - PB Julho de 2019
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
03
METODOLOGIA
05
ANÁLISES
06
Contagem de pessoas
06
Entrevistas com trabalhadores e passantes
05
Elevações
15
Mapa de Calçadas
16
Mapa de maior entrada em loja
17
Mapa de Uso e Ocupação do Solo
18
Mapa de Fluxo de pessoas
19
Mapa de motos estacionadas
20
Mapa de Ponto Crítico
21
CONSIDERAÇÕES FINAIS
22
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
23
INTRODUÇÃO
O terminal de integração, localizado no
pedestres, previstas na NBR 9050. Também não é
centro de Campina Grande - PB, consiste em
possível identificar melhorias na composição do
uma ferramenta urbana que interliga diversas
lugar desde a implantação da integração em
linhas de ônibus da cidade, atraindo assim uma
2008. A insuficiência de estrutura que ofereça
quantidade significativa de pessoas para o lugar.
segurança e favoreça a transição e permanência
O acesso destas a este equipamento, entretanto,
dos usuários do terminal, inspira atenção para o
é marcado por um cruzamento em específico,
cruzamento, procurando avaliar as melhores
que chamou atenção dos pesquisadores do
estratégias ou diretrizes para o lugar.
LabRua por seu desenho viário complexo, grande conflito de fluxos e, principalmente, as dificuldades que os pedestres encontram para acessar e circular no seu entorno.
Diante dos problemas expostos, essa pesquisa tem como objetivo propor um redesenho urbano para o cruzamento das ruas Dom Pedro II e Índios Cariris de forma a priorizar os meios de
Diversas pessoas passam pela área do
tranporte ativos. Para um embasamento ade-
cruzamento, seja de ônibus, carro, moto ou a pé.
quado, foi realizado um diagnóstico que compre-
Como o desenho urbano prioriza o veículo moto-
ende melhor como os fluxos do cruzamento inte-
rizado, pode-se encontrar no cruzamento vários
ragem entre si e como eles podem ser otimiza-
problemas que resultam na insegurança para os
dos, focando principalmente nos veículos não
pedestres. Dentre as problemáticas, destacam-
motorizados. As análises específicas que foram
-se: a ausencia de calçadas ao longo das ruas e a
planejadas estão descritas a seguir, as quais
ausencia de faixas de pedestres nas direções que
foram realizadas através de visitas de campo,
se faz necessário. As poucas faixas que existem
levantamento geométrico, mapeamentos de
não atendem a maioria dos deslocamentos que
diversas características da área e percepção da
o pedestre precisa fazer, onde as pessoas diversas
área.
Fonte: André Cabral - 2019
Fluxo de ônibus, veículos parados no cruzamento e somado a isso pedestres atravessando fora da faixa de pedestres na via sem calçada.
vezes precisam dividir espaço com os ônibus e
28.03.2019
carros para realizar uma simples travessia. A área não atende as necessidades básicas de mobilidade e de acessibilidade para os
Fonte: Raiff Mangueira (2019) Entrada da integração com pedestre esperando para atravessar em local indevido pela falta de qualidade no desenho urbano. 28.03.2019
Fonte: André Cabral (2019)
Fonte: Raiff Mangueira (2019)
METODOLOGIA
Contagens de modais
Levantamento Geométrico
Apesar de ser um trecho pequeno dentro do espaço urbano urbano, o cruzamento objeto deste estudo apresenta complexidades importantes. Por conta da presença do Terminal de Integração, existe uma grande concentração de fluxo de transporte coletivo e de pedestres. Além disso, no local se cruzam duas importantes vias da cidade, a continuação da Avenida Floriano Peixoto e o primeiro anel viário da cidade. Para melhor intervir na área, fez-se necessário um estudo aprofundado de como funcionam os fluxos, o espaço que ocupam, os problemas e potencialidades. Assim, antes de propor as diretrizes, foram levantados e analisados os seguintes aspectos: levantamento geométrico, comportamento dos pedestres, análise dos fluxos de pedestres e contagens dos meios de transporte que passam no cruzamento. Contagens de modais
Comportamentos
Fluxos
Durante todo um dia, começando um pouco antes da abertura do comércio e terminando um pouco depois do fechamento, foram contados os modais que passam no local, a fim de quantificar o fluxo do cruzamento. A contagem foi realizada em uma Quarta-Feira, por ser um dia que não sofre influência do final de semana. Foram contabilizados carros, motos, bicicletas e pessoas que formam o fluxo das ruas Dom Pedro II e Sebastião Donato. Foram contabilizados também, na ficha dos pedestres, o número de mulheres que passam na área. Esse dados são de grande importância para auxiliar nas tomadas de deci sões do projeto.
Levantamento geométrico O levantamento geométrico trata-se da medição da área em estudo, utilizando materiais de medição, pranchetas e mapas para obtenção das medidas da largura das ruas, altura de calçadas e locação de postes e árvores. Em seguida, os valores obtidos no levantamento são aplicados ao mapa base, podendo-se, a partir daí, trabalhar nos mapas. Comportamento na rua Aqui buscou-se compreender o comportamento dos pedestres no espaço público, se possui passagens com barreiras, onde há pontos de maior concentração de pessoas e constatar as permanências existentes no cruzamento. Fluxos Nesta etapa, buscou-se analisar os fluxos de travessias que podem ser percebidos na área. Para isso, foram realizadas 3 visitas, uma em cada turno do dia, com a finalidade de observar e analisar o espaço num período de 15 minutos. Foram identificados os pontos de travessia, e o volume de pessoas nesses pontos. Esses dados foram analisados e representados em mapas de fluxo e comportamento. Outros aspectos a serem observados são o período de espera das pessoas para travessia nas faixas de pedestres.
FLUXOS
0
5
15
30m
Mapa de fluxos - 07:45 às 08:00 horas
0
5
15
30m
Mapa de fluxos- 12:45 às 13:00 Horas
Conforme observamos nos mapas, existe variação de fluxo em relação a quantidade de pedestres que transitam na área, entretanto, apesar dos diferentes horários analisados durante o dia, permanece a constância nos percusos escolhidos. Isso pode ser percebido através da espessura das linhas que foram desenhadas em cada mapa, seguindo o padrão de quanto mais espessa, mais transeuntes, assim apontando os caminhos pré-definidos e as travessias realizadas que muitas vezes não são feitas pelas faixas de pedestres.
0
15
30m
Mapa de fluxos - 17:30 às 17:45 horas
GRÁFICO MODAIS x HORÁRIO As contagens foram realizadas das 05:00 até as 20:00 horas no dia 10 de abril de 2019. Foram contabilizados os modais: pedestres, carros, motos e bicicletas. Destaca-se que dentre as contagens de Pedestres
Ciclistas
Motos
pedestres foram considerados todos os genêros e
Carros
idades, mas para titulo de informação e analise do
800
espaços públicos foi contabilizado em separado a quantidade de mulheres que passaram na área. De maneira semelhante foram contabilizados caminhões, ônibus e modais de tração animal dentro das contagem de carros. Os sentidos dos fluxos analisados variaram de
400
acordo com o modal, assim para carros e motos foram estudados os quatro sentidos possíveis. Enquanto que para pedestres e bicicletas, que apre-
200
sentam maior possibilidade de mobilidade, foram
Horários
19:45
19:15
18:45
18:15
17:45
17:15
16:45
16:15
15:45
15:15
14:45
14:15
13:45
13:15
12:45
12:15
11:45
11:15
10:45
gens ao lado. 10:15
09:45
09:15
08:45
08:15
07:45
07:15
06:45
06:15
0
05:45
considerados 12 trajetos como está disposto nas ima05:15
Soma dos modais
600
As contagens totalizaram a passagem de 7 056 pedestres ao longo do período analisado. Dos quais apenas 33% são mulheres. Quanto aos trajetos, o que apresentou o maior fluxo foi o trajeto E, no caso da R. Sebastião Donato para a R. índios Cariris, principalmente nos intervalos de 07:00 as 08:15 e das 17:15 às 18:15.
05:00 até as 20:00 horas no dia 10 de abril de
dos 28 240 veículos, dentre os quais 354
2019.
modais:
eram caminhões, 1 410 eram ônibus e apenas
pedestres, carros, motos e bicicletas. Desta-
1 era de tração animal. O principal caminho
ca-se que dentre as contagens de pedestres
foi novamente, o da R. Sebastião Donato para
foram considerados todos os genêros e
a R. índios Cariris. Este também foi o principal
idades, mas para titulo de informação e ana-
trajeto para motos, que somaram 10 847 uni-
lise do espaços públicos foi contabilizado em
dades, e para bicicletas, que por sua vez
separado a quantidade de mulheres que
representaram apenas 140.
Foram
contabilizados
os
Trajeto dos carros e motos: R. Dom Pedro II
1
2 3 4
passaram na área. De maneira semelhante foram contabilizados caminhões, ônibus e modais de tração animal dentro das conta-
R. Sebastião Donato
Com relação a carros foram totaliza-
R. índios Cariris
As contagens foram realizadas das
CONTAGENS
gem de carros.
variaram de acordo com o modal, assim para
Trajeto dos pedrestres e ciclistas:
carros e motos foram estudados os quatro sentidos
possíveis.
Enquanto
que
para
pedestres e bicicletas, que apresentam maior possibilidade de mobilidade, foram considerados 12 trajetos como está disposto
R. Dom Pedro II
SOMATÓRIO TOTAL DE CADA MODAL
Bicicletas 140 Pedestres 7 056
R. Dom Pedro II
Motos 10 847 Carros 28 240
1
nas imagens ao lado.
2
4
lisado. Dos quais apenas 33% são mulheres. Quanto aos trajetos, o que apresentou o maior fluxo foi o trajeto E, no caso da R. Sebastião Donato para a R. índios Cariris, principalmente nos intervalos de 07:00 as 08:15 e das 17:15 às 18:15.
R. índios Cariris
As contagens totalizaram a passagem de 7 056 pedestres ao longo do período ana-
3 5
12
6
11 10 9
8 7
R. Dom Pedro II
R. Sebastião Donato
Os sentidos dos fluxos analisados
CORTE ESQUEMÁTICO - RUA SEBASTIÃO DONATO - EXISTENTE
PORCENTAGEM DE VIA POR MODAL CORTE EXISTENTE
carros 73.66% pedestres 25.98%
BANHEIRO INTEGRAÇÃO
0
1
3
4.00
11.50
5.08
CALÇADA
VIA DUPLA/ MÃO ÚNICA
ESTACIONAMENTO
1.82 CALÇADA
6m
CORTE ESQUEMÁTICO - RUA SEBASTIÃO DONATO - PROPOSTO
PORCENTAGEM DE VIA POR MODAL CORTE PROPOSTO
carros 49.10% pedestres37.5% ciclista 13.39%
6.00 BANHEIRO INTEGRAÇÃO
0
1
3
CALÇADA
6m
VIA DUPLA/ MÃO ÚNICA
0.50
2.50
CICLOVIA
2.20
CALÇADA
5.00
ESTACIONAMENTO
2.20
CALÇADA
MAANAIM CENTER
CORTE ESQUEMÁTICO - RUA DOM PEDRO II - EXISTENTE
PORCENTAGEM DE VIA POR MODAL RUA DOM PEDRO II - EXISTENTE
pedestres 57.18% carros 42.81%
3.00
5.88
CALÇADA
VIA ÔNIBUS
0
1
3
5.24
2.52
7.74 VIA DUPLA/ MÃO ÚNICA
CALÇADA
POSTO DE GASOLINA
6m
CORTE ESQUEMÁTICO - RUA DOM PEDRO II - PROPOSTO
PORCENTAGEM DE VIA POR MODAL RUA DOM PEDRO II - PROPOSTO
Carros 55.86% Pedestres 44.13%
3.00
1.80
CALÇADA RAMPA
0
1
3
5.87 VIA ÔNIBUS
6m
2.52
3.48
2.12
6.68
1.80
VIA DUPLA/ MÃO ÚNICA
RAMPA
3.84 POSTO DE GASOLINA
Mapa de comportamentos
1
1
Ponto de mototaxi
2
3
2
Ponto de táxi
Ambulantes Ponto de mototaxi Ponto de táxi
0
5
15
30m
3
Ambulante Fonte: André Cabral (2018)
Av. Mal. Floriano Peixoto
Rua Indios Cariris
04 05
01
02
03
01 - Terminal de Integração 02 - Parque Evaldo Cruz 03 - Parque do Povo 04 - Praça da Bandeira 05 - Praça Clementino Procópio
06
06 - Açude velho
Rua Sebastião Donato
DIRETRIZES Após a sistematização dos dados que
ções de desenho urbano que envolve toda a
foram coletados, desenvolveu-se diretrizes pro-
área do Açude Novo. Os serviços localizados na
jetuais voltadas ao desenho urbano do cruza-
área, em especial o posto de gasolina e o
mento e parte do seu entorno. O intuito foi
Comercial
solucionar as problemáticas identificados no
respeitando o máximo possível as pré-existên-
local, com o objetivo de melhorar a qualidade
cias, mas adaptando para que a priorização ao
do seu espaço urbano priorizando os desloca-
pedestre seja possível.
mentos não-motorizados, em especial os pedestres, 10
9 7 5 8 2
6 1
elaborado um cenário urbano que levou em
Levando em consideração a complexi-
sistema de transporte público existente no
dade de área e que o Terminal não funciona
Plano de Mobilidade Urbana de Campina
mais como integração física, foram determina-
Grande. Permanece o terminal sem o serviço
das diretrizes para alcançar o objetivo de tornar
de integração física, onde apenas uma plata-
a área mais convidativa aos pedestres.
forma será mantida, retirando a saída dos
Em especial a solução dada ao terminal
ônibus em direção à Floriano Peixoto. Desta
de integração, onde apenas o sentido Centro-
forma, o outro sentido dos ônibus seria resolvi-
-Prata dos ônibus é preservado, enquanto o
do com um desenho urbano que incluísse todo
outro sentido seria modificado condicionados
o Açude Novo.
toda a área do Açude Novo. Os serviços localizados na área, em especial o posto de gasolina e o Comercial
Maanaim,
foram
considerados
respeitando o máximo possível as pré-existências, mas adaptando para que a priorização ao
6 Manter o estacionamento do Comercial
Maanaim, alargando a área de circulação de pedestre ao longo da rua;
2 Largura e continuidade das calçadas, permitindo a circulação dos pedestres de forma simples e direta, respeitando a linha de desejo natural;
7
3 Implantação de faixas de pedestres em
8
Retirada de uma das plataformas do Terminal de Integração, mantendo apenas o sentido do ônibus centro-prata, para o sentido prata-centro, foi sugerido que os ônibus passem pelo outro
9
todos os pontos de cruzamento, não limitando o pedestre;
4
5 Demolição do pórtico existente;
Inserir rampas de acordo com a NBR9050/2015 em todos os cruzamentos; Implantar faixa elevada para pedestres no cruzamento entre o terminal de integração e o Comercial Maanaim, local onde há um cruzamento importante de pessoas. No local proposto não há passagem de ônibus, não interferindo no tempo de viagem do transporte Regulamentar a calçada do posto de gasolina de forma a respeitar a circula-
10 Arborização de calça-
considerados
Para a construção das diretrizes, foi
à soluções de desenho urbano que envolve
1 Inserção de Ciclofaixa conectando o Açude Velho e a Índios Cariris;
foram
consideração as diretrizes de mudança do
espaço caminhável.
3
4
oferecendo mais qualidade no
Maanaim,
pedestre seja possível. Em especial a solução dada ao terminal de integração, onde apenas um dos sentidos dos ônibus é preservado, enquanto o outro sentido seria modificado condicionados à solu-
Portico a ser demolido, conforme descrito na diretriz de número 5. 28.03.2019
Fonte: Raiff Mangueira
Mapa de diretrizes
ANÁLISE DOS MAPAS Diretrizes gerais
Após a sistematização dos dados que foram coletados, desenvolveu-se diretrizes projetuais voltadas ao desenho urbano do cruzamento e parte do seu entorno. O intuito é solucionar as problemáticas encontradas no local, com o objetivo de melhorar a qualidade do seu espaço urbano, assim como a qualidade de vida dos usuários, oferecendo mais qualidade no espaço caminhável. Tendo como base a legislação municipal, foram propostas diretrizes para os equipamentos situados no dentro da poligonal de intervenção, como o posto de gasolina. Além disso, propõe-se diretrizes para a requalificação das calçadas, a fim de obter acessibilidade no passeio público. O então projeto prever ainda uma redução das rotas de onibus e a inserção de mobiliários que careciam o local.
Propostas de requalificação Pré-existencias Ciclovia
0
5
15
30m
Faixa elevada
Diretrizes do cruzamento da integração| 00
Mapa de reforma
ANÁLISE DOS MAPAS Reforma do cruzamento
No mapa de reforma podemos observar como as diretrizes procederam de acordo com a necessidade de cada área, o que foi demolido e o que foi construído em conformidade dos estudos realizados na área. Houve um alargamento nas calçadas que não ofereciam acessibilidade para seu correto funcionamento, e quando necessário, foram proposto a redução das mesmas, a fim de adequar ao desenho urbano proposto.
Demolição Construção
0
5
15
30m
Diretrizes do cruzamento da integração| 00
Mapa de fluxos
ANÁLISE DOS MAPAS Mapa dos fluxos atuais
Conforme análises, foi observado o acesso dos ônibus na integração, como ilustrado no mapa. O fluxo 01 aponta a entrada dos ônibus e o Fluxo 02 a saída. Diante deste diagnóstico, observou-se que Fluxo 02 possui a problemática de enfrentar o sentido contrário da via, o que dificulta diversos pontos na área como a travessia e o caminhar seguro dos pedestres. Além disso, o percurso dos outros veículos que transitam na via pelo seu sentido comum, também são prejudicados.
Fluxo 01 - Entrada Fluxo 02 - Saída
0
5
15
30m
Diretrizes do cruzamento da integração| 00
Mapa de fluxos
ANÁLISE DOS MAPAS Mapa dos fluxos propostos
Como demonstrado no mapa anterior, a integração enfrenta problemáticas relacionadas a entrada e saídas dos onibus. Diante disso, foi proposto um novo fluxo para a passagem do ônibus pela área, de modo que a integração não possui seu sistema de funcionamento inicial, facilitando ainda mais o novo percurso dos ônibus em seu retorno ao local, desafogando o cruzamento e melhorando também o fluxo de carros .
Fluxo 01 - Entrada Fluxo 02 - Saída
0
5
15
30m
Diretrizes do cruzamento da integração| 00
16.18
2.15 7.83
6.08
13.51
2.71
7.00
5.84
3.84
6.00
R.
R3
.00
50
0 R3.
PROPOSTA
0
Planta baixa humanizada escala 1:250
5.17
.00
R3
.00
R3
R1
.00
3.03
3.43
5.86
8 2.5
2.23
R.5 0
1.27
2
2.48
3.2 4
0
5.8
.65.65 .6
R.5
7.81
4.16
5
3.50
12.60
0
R.5
7.17
6.00
3.02
12.51
5.13 R1.00
5.94
3.50
R1.00
1.10
4.00 2.22
2.60 6.40 9.00
2.20
5.00 9.43
0
5
10
15m
Estudo do cruzamento da integração | 00
PROPOSTA
Elevação em 3D - Vista da Rua Dom Pedro II
Elevação em 3D - Vista do cruzamento, pelo Ed. Neuma
Estudo do cruzamento da integração | 00
PROPOSTA
Elevação em 3D - Vista do cruzamento, pelo Parque Evaldo cruz
Elevação em 3D - Vista da Rua Sebastião Donato
Estudo do cruzamento da integração | 00
PROPOSTA
Elevação em 3D - Vista do cruzamento, pela Rua Dom Pedro II
Elevação em 3D - Vista do cruzamento, pela Rua Jerônimo Gueiros
Estudo do cruzamento da integração | 00
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A pesquisa aqui apresentada, estudou os elementos
poligonal de estudo. O cruzamento da Integração, ainda
comportamentais e físicos do cruzamento das ruas Índios Cariris,
que possua diversas problemáticas, é uma área bastante relevan-
Sebastião Donato e Dom Pedro II, localizadas no entorno da Inte-
te e utilizada devido aos usos realizados no local.
gração em Campina Grande, PB. A área se caracteriza por ter além da integração municipal, outros importantes equipamentos, como o Parque Evaldo Cruz, comércios, clínicas, lojas, e até um posto de gasolina, o que atrai ainda mais transeuntes para o lugar.
Diantes dessas prerrogativas, é interessante reforçar a importância de estudos desta natureza. A produção do espaço urbano deve ser um processo democrático e participativo, que leva em consideração as necessidades de seus usuários e põe em
Diante das análises, aqui mostradas, observou-se que a
prioridade os meios de transportes ativos. É fundamental que o
área se destaca pelo intenso fluxo dos diferentes meios de trans-
espaço seja produzido de modo que o mesmo seja construído
porte o que resulta em um conflito entre estes; um desenho viário
levando em consideração as instâncias dos seus usuários, basean-
complexo; e principalmente, a falta de infraestrutura para a circu-
do-se em estudos, para que assim, não haja a necessidade da
lação adequada dos pedestres no entorno da área.
constante adequação e reforma dos espaços urbanos.
A partir das contagens realizadas, foi possível observar a grande quantidade de meios de transporte que transitam diariamente pela área de estudo. Neste ponto, é importante salientar, que apesar da carência de infraestrutura, circulam diariamente mais de 07 (sete) mil pedestres. Por outro lado, passam mais de 28 (vinte e oito) mil carros por dia, o que demonstra a predominância do veículo motorizado individual, o que é reforçado pelo desenho urbano da área. O diagnóstico reforça o que se vem dizendo até então. A área de estudo carece de acessibilidade, iluminação pública de qualidade e mobiliário urbano adequado, todavia, estes fatores não interferem na quantidade de pessoas que utilizam o espaço urbano, o que está relacionado a variação de usos presente na
Estudo do cruzamento da integração | 00
REFERÊNCIAS
GLOBAL DESIGNING CITIES INITIATIVE. Global Street Design Guide. 2. ed. New York: Island Press, 2016. 422 p.
JAEGER, Christian. Les Voiries Urbaines: Évolution, usage et aménagement. Lausanne: École Polytechnique Fédérale de Lausanne, 1995. 305 p.
VASCONCELLOS, Eduardo Alcantara de. Mobilidade urbana e cidadania. São Paulo: Senac Nacional, 2012. 216 p.
GEHL, Jan. Cidades Para Pessoas. 2. ed. São Paulo: Pespectiva, 2015. 280 p. Tradução de Anita Di Marco.
Estudo do cruzamento da integração | 00
labrua.org