Portfólio Labrua

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portfólio de projetos labrua Resumo de atuação do Laboratório de Rua 2014 - 2019



O labrua

O Laboratório de Rua é uma associação civil sem fins lucrativos, com fins educacionais e de pesquisa técnico científica, sediada na cidade de Campina Grande-PB. O LabRua tem como objetivo desenvolver estudos voltados ao espaço público, mobilidade de pessoas por qualquer meio de transporte, promoção da cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico, artístico e cultural, entre outras finalidades. Nosso principal foco é fazer pesquisas que possam tanto embasar o desenho urbano dos espaços públicos estudados como dar subsídios para políticas públicas que contemplem os aspectos de uma cidade mais democrática. Além disso, com frequência ocupamos espaços públicos, fazendo intervenções urbanas, aprendendo e ensinando sobre coisas que tenham repercussão na cidade, direta e indiretamente. Participam do LabRua arquitetos, estudantes de arquitetura e urbanismo, história, ciências sociais, design e computação, contribuindo com uma visão colaborativa e multidisciplinar nos estudos. Atualmente, os projetos desenvolvidos ou em desenvolvimento atuaram em diversos espaços públicos de diferentes cidades do estado da Paraíba, como: Campina Grande, Esperança, Areia, Conde e João Pessoa. Em Campina Grande, onde nossa sede está localizada, diversas áreas foram ou estão sendo estudadas, como o Açude Velho, o Núcleo Central, o entorno do Terminal de Integração e o Parque do Povo. Outros projetos tem como foco o estudo da mobilidade por bicicleta, a reocupação e o comportamento humano nos espaços públicos, sempre com o objetivo de pensar, refletir, discutir e buscar uma cidade para pessoas. Além disso, o LabRua realiza alguns eventos com o objetivo de movimentar a cidade e levar nossas experiências de debates para a rua. Sair da zona de conforto, abrindo nosso quintal ou se lançando no espaço público para discutir e conhecer sobre as cidades que vivemos e construímos, pensar sobre como podemos melhorá-las, e qual nosso papel nessa luta. Provocar, inquietar, ocupar, subverter, resistir e discutir!* * No nosso site tem um pouco mais de informação sobre as nossas pesquisas (o Lab) e os eventos (a Rua). labrua.org


Centro Histórico de Campina Grande

2014

Diagnóstico do uso da bicicleta em CG

2015

Esperança

Açude Velho

2017

2016

São João

2018

Vazios Urbanos

Encarcerados


Beco do Telégrafo

Feira Central

Terminal de Integração

Açude Novo

2019

Bicicleta Compartilhada

Mulheres

Rec’n’play

linha do tempo


O uso da bicicleta como meio de transporte vem sendo incentivado em vários centros urbanos em todo o mundo. A bicicleta, além de ser um meio de transporte sustentável, traz benefícios à saúde, ao meio ambiente, econômicos, sociais e para a mobilidade urbana. Exercícios físicos regulares é importante para manter uma boa saúde, médicos recomendam ao menos 30 minutos de atividades físicas por dia, usar a bicicleta para se deslocar para as atividades diárias trás esse benefício para a saúde. O meio ambiente ganha com o maior uso da bicicleta já que não usa combustíveis fósseis e não emite gases poluentes. Os benefícios econômicos são de duas ordens: pessoais, já que os gastos familiares com transporte são altos, a bicicleta tem um custo se quase zero: Quando comparados os valores gastos para um percurso de 7km, vemos que a bicicleta tem um custo de quase zero, o ônibus tem um custo de R$ 2,20 e de carro o custo é de R$5,50. Outro lado econômico é para a cidade: estudos feitos em Copenhagen demonstram que para cada quilômetro percorrido em bicicleta a cidade ganha $0,42, enquanto que para cada quilômetro percorrido de carro a cidade perde $0,20. Enquanto que apenas 10% das pessoas do mundo podem adquirir um carro, 80% tem condições de adquirir uma bicicleta. O uso da bicicleta é inclusivo por não ter barreira financeiras, de idade, e pessoas com algum problema de locomoção (já que existem os triciclos). Além disso, o uso da bicicleta facilita as interações sociais e trás externalidades como maior segurança nas ruas da cidades. Por fim, a mobilidade como um todo pode melhorar com um maior uso da bicicleta. Boa parte dos deslocamentos nas cidades são de até 3km. A substituição desses deslocamentos por bicicleta diminuiria o congestionamento, além da bicicleta demandar menos espaço nas cidades e não criar dificuldades com estacionamento. Prova dos benefícios da bicicleta é que, no mundo, as pesquisas sobre qualidade de vida geralmente apontam para cidades onde há um maior uso da bicicleta, e, obviamente, uma maior infraestrutura cicloviária.

diagnóstico do uso da bicicleta em campina grande Equipe: Aída Pontes, Agharad Setubal, Breno Crispim, Fernanda Macêdo, Hanna Fernandes e Olívia Andrade. Ano: 2014


Em Campina Grande, a última pesquisa domiciliar de origem-destino em 1997, já apresenta um percentual de 4,4% dos deslocamentos feitos por bicicleta. Estimativas da ANTP (2012) para cidades de 250 a 500 mil habitantes prever que 5% dos deslocamentos são feitos em bicicleta. Se supormos que esses números estão corretos ainda nos anos de hoje, estima-se que haja uma média de 18.000 pessoas usando a bicicleta como meio de transporte na cidade de Campina Grande. O trabalho apresenta um diagnóstico do uso da bicicleta como meio de transporte na cidade de Campina Grande. Idealmente, uma pesquisa domiciliar de origem-destino levantaria o exato número de ciclistas na cidade. No entanto, como não foi possível, essa pesquisa faz uma estimativa do número de biciclistas que circulam em principais vias da cidade além de caracterizar seu uso. Baseado em 12 pontos de pesquisa escolhidos por conhecimento dos pesquisadores e da equipe da STTP, mais de 8.000 ciclistas foram contados nas ruas da cidades e mais de 1.200 entrevistados. Seus trajetos foram caracterizados e as principais dificuldades levantadas. Além das pessoas que já usam a bicicleta como meio de transporte na cidade, mais pessoas podem migrar de outros modais de transporte para o modal bicicleta. Usuários potenciais são os pedestres. Em Campina Grande, mais de 40% dos deslocamentos são feitos à pé. No entanto, não se sabe nem a qualidade desses deslocamentos nem as distâncias percorridas por quem opta por esse modal. Quando comparado, por exemplo, à divisão modal de Copenhagen na Dinamarca, percebemos que lá é o inverso: quase 40% dos deslocamentos feitos de bicicleta enquanto que 5% são feitos à pé (GEHL, 2013). Por mais que as realidades culturais e de planejamento sejam diferentes, é possível supor uma melhoria nos deslocamentos das pessoas se esses fossem feitos de bicicleta. A bicicleta é o veículo mais sustentável que existe, e ela se locomove a uma velocidade ao menos três vezes mais rápida que o Ciclista em Campina Grande

pedestre (15km/h no lugar de 5km/h do pedestre), o que possibilitaria àquelas pessoas que


não usam um meio de transporte motorizado a ter uma abrangência espacial maior na cidade assim como uma velocidade maior, sobrando tempo para fazer outras atividades. As páginas que seguem apresentam uma síntese do diagnóstico feito nos meses de setembro e outubro de 2014 em 12 pontos de pesquisa espalhados na cidade. Nesses pontos foram feitas contagens e entrevistas, onde foi possível caracterizar as viagens, dificuldades e os volumes de ciclistas em principais pontos da cidade.

Volume de ciclistas por ponto

NAÇÕES CUITÉS

JARDIM CONTINENTAL

NOVO BODOCONGÓ ARAXÁ

LOUZEIRO JEREMIAS

UNIVERSITÁRIO

PALMEIRA

RAMADINHA

BODOCONGÓ

CONCEIÇÃO

PRATA

8

4

SÃO JOSÉ CENTENÁRIO

7

CATOLÉ

1241

6 Juscelino Kubitschek

1074

2 Campos Sales | Quebra Quilos

823

4 Almeida Barreto | Açude Velho

702

1 João Quirino | Elpídio de Almeida

CRUZEIRO TAMBOR

DISTRITO INDUSTRIAL ACÁCIO FIGUEIRÊDO

1

SANDRA CAVALCANTE

MIRANTE

693

7 Odon Bezerra | Almirante Barroso

662

5 Assis Chateaubriand

489

8 Floriano Peixoto | Almeida Barreto

VILA CABRAL

SANTA TEREZINHA

431

9 Plínio Lemos | Floriano Peixoto

366 10 Girador UFCG

JARDIM PAULISTANO

TRÊS IRMÃS

JOSÉ PINHEIRO

459 11 Arrojado Lisboa | Getúlio Vargas

SANTA CRUZ

6

MONTE CASTELO

NOVA BRASÍLIA

LIBERDADE

5

PRESIDENTE MÉDICE

3

SANTO ANTÔNIO

ESTAÇÃO VELHA

QUARENTA

SANTA ROSA DINAMÉRICA

2

CENTRO

PEDREGAL

MALVINAS

CIDADES

CASTELO BRANCO

11

BELA VISTA

9

LAURITZEN

3 Girador Açude Velho

MONTE SANTO

10

SERROTÃO

JARDIM TAVARES

ALTO BRANCO

12

1278

ITARARÉ

190 12 Quinze de Novembro Número de ciclistas que passaram no ponto Número de ciclistas entrevistados

VELAME

Volume de ciclistas por ponto de pesquisa.


A pesquisa foi realizada durante os meses de setembro e outubro de 2014, sempre às terças, quartas ou quintas. As contagens foram feitas entre às 5:30 e 18:30, enquanto que as entrevistas foram feitas nos horários de pico da manhã e da tarde, respectivamente, das 5:30 às 8:00 e das 16:00 às 18:30. O volume de ciclistas fora dos horários de pico é baixo e não justifica a permanência dos pesquisadores. Os postos onde foram realizadas as pesquisas foram escolhidos procurando uma boa representatividade das viagens de bicicleta, considerando locais diversos com características diferentes. Os principais critérios foram: a repartição espacial em Campina Grande e o volume de ciclistas. Os postos foram selecionados de maneira a incluir o maior número de ODs possíveis e, particularmente, as viagens em relação com o centro e a zona sul da cidade, onde se encontram os principais polos de atração das viagens de bicicletas. Em relação ao volume, foram selecionados os locais com volume significativo de ciclistas, segundo conhecimento dos pesquisadores e técnicos da STTP. Os formulários utilizados para a contagem volumétrica e para a pesquisa junto aos ciclistas estão apresentados no Anexo deste documento. Além da contagem volumétrica, foi feita uma contagem direcional em todos os cruzamentos estudados. Também foram marcados a quantidade de ciclistas mulheres, pedalando na calçada, na contramão, usando capacete, luzes, carregando caixas e/ou mochilas, de forma a fazer uma análise do comportamento dos ciclistas. Em relação às entrevistas, o questionário foi organizado em 4 grupos de perguntas; informações sobre a viagem (origem/destino, motivo, tempo), informações qualitativas (problemas encontrados, outros modos, etc.), informações se sofreu acidente e informações pessoas (sexo, idade, renda, etc.). Para o trabalho completo, acesse o link: https://issuu.com/contato-labrua/docs/diagnostico_bicicleta_cg


O projeto aqui apresentado surgiu por uma iniciativa da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Campina Grande - PB que buscou o LabRua para, junto com outras

beco do telégrafo

entidades, repensar o espaço que aqui chamamos de 'Beco do Telégrafo', situado no miolo do centro histórico e comercial da cidade. A ideia inicial é vislumbrar possíveis intervenções que tragam tanto melhores condições para usuários do espaço, como também atrair mais pessoas para usufruírem da área e, quem sabe, fomentar o turismo local.

Equipe: Allyson Barbosa, Aída Pontes, Francisco Eros, Gabriel Higor e Natallia Cruz. Ano: 2019

A fim de incentivar a vitalidade urbana na Rua Conselheiro Eufrosino Barbosa Pontes, faz-se necessário a elaboração de um diagnóstico que entenda as dinâmicas que acontecem no beco, de forma a garantir a preservação das pré-existências e ampliação das potencialidades que aquele espaço público oferece. Além das dinâmicas existentes no beco, o lugar traz uma memória relacionada ao valor histórico por abrigar o “Museu do Telégrafo”, construído em 1814 para sediar a primeira cadeia da cidade, localizado na esquina da rua. No ano de 1896, foi inaugurada a Estação Telegráfica, sediada no edifício. A frase “Telegrapho Nacional” ainda hoje se encontra estampada no topo do prédio. No início dos anos 80, o imóvel foi recuperado para sediar o Museu Histórico e Geográfico de Campina Grande, em funcionamento até os dias de hoje. A produção do diagnóstico seguiu metodologias já utilizadas pelo LabRua, buscando analisar a infraestrutura física, os usos nas edificações, além das permanências e passagens das pessoas. Desta forma, foram executadas contagens de pedestres e motocicletas, entrevistas com trabalhadores e passantes no beco, análise comportamental, levantamento topográfico e morfológico.

Be


Contagens de pessoas Durante todo o dia, começando um pouco antes da abertura do comércio e termiContagens de pessoas

nando um pouco depois do fechamento, foram contados os indivíduos que passam no local, a fim de quantificar o fluxo do Beco. A contagem foi realizada em uma Quarta-Feira e em um Sábado, para entender como se configura o Beco em diferentes dias da semana. Foram contabilizados homens, mulheres e crianças em dois sentidos: Floriano Feixoto - Peregrino de Carvalho e Peregrino de Carvalho - Floriano Peixoto. Foram contabilizados também, as motos que passam e estacionam na área. Esse dado também é importante para fazer uma

Entrevistas

comparação pós-intervenção. Entrevista com trabalhadores e passantes As entrevistas com os trabalhadores possibilitaram um levantamento dos tipos de comércio e serviços que possuem na área, permitindo a compreensão do uso cotidiano do local, a situação do imóvel (alugado ou próprio) e os maiores problemas e potencialidades do

Comportamentos

local, dados que podem contribuir para a concepção do projeto. As entrevistas com os trabalhadores se deram por meio da aplicação de 16 questionários, sendo 1 por estabelecimento. As entrevistas com os passantes permitiram entender qual o motivo dos usuários passarem no Beco, que horários fazem isso e porque. Bem como detectar problemas e potencialidades da área. Entender os percursos dos passantes é importante para compreender qual o potencial do beco de atender novas pessoas caso haja uma atração maior. No total foram entrevis-

Elevação

tados 100 passantes. Comportamento na rua Aqui buscou-se compreender se em algum momento os passantes descansam, se possui passagens com barreiras, onde há pontos de maior concentração de pessoas e qual o comércio com maior fluxo de entradas e saídas.

eco do Telégrafo em Campina Grande Uso e Ocupação


Elevação do beco

Elevação 01

Essa análise é voltada para a relação dos imóveis com o Beco. Com ela é possível perceber o desnível do beco, as calçadas criadas para acesso aos comércios e a proporção de alturas dos imóveis. Uso e Ocupação do Solo A quantidade de residências, comércios e serviços, assim como de edifícios vazios com potencial para usos que se adequem à intenção de requalificação do Beco. Contagens de pessoas

PISTA PASSEIO

Trecho 01

As contagens foram feitas em dois dias da semana, das 07:00 às 18:00, sendo uma

Trech

quarta-feira (08.05.2019) e um sábado (11.05.2019), com horários de 07:00 às 13:00. Os dias foram escolhidos a fim de entender se há algum aumento/redução no fluxo de pessoas na área em dias de semana ou final de semana. Foram contabilizados homens, mulheres e crianças em dois sentidos: Peregrino de Carvalho - Floriano Peixoto e Floriano Peixoto -

Elevação 02

Peregrino de Carvalho. Além disso, foram analisadas as motos que passam e/ou estacionam no Beco. Com os dados sobre a quantidade de pessoas percebe-se, em todos os horários e dias, a maior passagem de mulheres, em ambos os sentidos da contagem. Entre os passantes, 66,2% são mulheres, com maior fluxo entre os horários de 15:30 às 17:00, enquanto que o fluxo maior de homens (30,2%) se dá entre os horários de 8:30 às 10:00. Importante ressaltar que apenas 3,6% das pessoas que passaram são crianças, com maior fluxo entre os horários de 16:00 às 17:00, durante a semana. A contagem do fim de semana totalizou 59% (1237) dos passantes como mulheres, com maior fluxo de 11:00 horas, o que é um indicativo da baixa qualidade daquele espaço público.

PISTA PASSEIO

Trecho 02

Trecho 01


Ainda de acordo com as contagens realizadas, observou-se o significativo número de motos que atravessam o Beco dos telégrafos, mesmo sendo uma área exclusiva para pedestres, totalizando 40 motos na contagem da semana e 33 motos no fim de semana. Entre esses valores, foram contabilizados separadamente o número de motos que apenas passaram e as que estacionaram, subdividindo-se entre as que os proprietários permaneceram no beco e os que não. Das 40 motos que passaram durante a contagem da semana, 35% dos proprietários apenas estacionaram, não permanecendo no beco, enquanto que 27,5% dos proprietários estacionaram e permaneceram no beco, enquanto que 37,5% do total de motos apenas passou. Durante o fim de semana, das 33 motos que passaram no beco, 18,2% dos proprietários apenas estacionaram, não permanecendo no Beco, 39,4% estacionaram e

0

permaneceram e 42,4% apenas usou o beco como passagem.

PASSEIOPISTA

ho 02

10 20

40m CONTAGEM PEDESTRES - 11/05/2019 - FLORIANO PEIXOTO Homem

Gráficos contagem de pedestres.

CONTAGEM PEDESTRES - 11/05/2019 - PEREGRINO Homem

Mulher

80

100

60

75

40

50

20

25

0

07:00 07:30 08:00 08:30 09:00 09:30 10:00

10:30

11:00

11:30

12:00

12:30

0

07:00 07:30 08:00 08:30 09:00 09:30 10:00

Para o trabalho completo, acesse o link: https://issuu.com/contato-labrua/docs/diagn_stico_beco_do_tel_grafo PASSEIO PISTA

0

10 20

40m

Mulher

10:30

11:00

11:30

12:00

12:30


Compreender quem pedala em Campina Grande e o quanto elas pedalam é muito valoroso, porém o perfil do usuário e as tendências de crescimento são difíceis de prever e

bicicleta compartilhada

quantificar. Nos últimos anos o ciclismo enquanto modo de transporte vem crescendo e ganhando um destaque maior como opção eficiente de deslocamento urbano. O exame dos dados do diagnóstico nos permite visualizar um retrato do uso da bicicleta e traçar quais são as tendências de crescimento ao longo do tempo para viabilizar a

Equipe: Ana Clara, Aída Pontes, Filipe Luna, Hanna Fernandes e Pablo Ventura. Ano: 2019

criação de políticas públicas eficientes para o crescimento do número de deslocamentos e de novos usuários. Os dados foram sistematizados e sobrepostos para uma maior apreensão da área-objeto de estudo, resultando no caderno de Diagnóstico Urbano de bicicleta compartilhada. A fim de reinterpretar o conceito de compartilhamento de bicicletas adaptando ao contexto local levando em conta: dados socioeconômicos da população; topografia; hierarquia viária e estrutura cicloviária existente. Inicialmente, os dados socioeconômicos da população buscaram traçar dados relacionados ao desenvolvimento econômico e social da população da região, tornando possível o entendimento da dinâmica da ocupação do espaço estudado. Entender, por exemplo, como se apresenta a distribuição das pessoas por renda e idade, apoia a decisão da localização do sistema e estações. Na segunda etapa do diagnóstico, a fase de mapeamento buscou identificar a morfologia da área, como ela se apresenta e como suas dinâmicas se distribuem ao longo da cidade, a fim de compreender os aspectos físicos, que podem contribuir para uma maior demanda do sistema de bicicletas compartilhadas. Em seguida, foi aplicado um questionário online, que buscou compreender o entendimento da população acerca do sistema de bicicleta compartilhada e a aceitação dos campinenses em relação à implantação do sistema na cidade de Campina Grande.

Área onde será proposta uma


O questionário teve sua aplicação online, no qual qualquer pessoa residente e maior de idade poderia responder, também ficou disponível na internet entre os dias 26 de julho e 09 de setembro de 2019. os para a primeira fase do estudo. Para além das análises descritas anteriormente, buscou-se identificar a área de cobertura que o sistema de bicicleta compartilhadas pode ser implantado, para tal, foi realizado o mapeamento de uso e ocupação do solo, assim como o mapa de pólos geradores, a fim de visualizar os possíveis locais de implantação, assim como a quantidade de estações necessárias para um sistema funcional desde a primeira fase. Com base no Guia de Planejamento de sistemas de bicicletas compartilhadas (ITDP, 2014), discutiu-se também as questões de viabilidade financeira para implantação do sistema. É importante ressaltar que o guia trabalha com referências mundiais e essas condições são essenciais para efetivar a implementação do sistema. Por fim, foi realizada a sistematização dos dados, considerando os fatores analisados anteriormente a fim de obter a proposta de possíveis pontos de estações do sistema de bicicleta compartilhada dentre os cinco bairros avaliados. O trabalho ainda não foi publicado em nenhuma plataforma digital. Etapas do Projeto

1. dados socioeconômicos da população

2. uso e ocupação do solo

7. locação das estações no perímetro urbano estação de bicicletas compartilhadas

3. hierarquia das vias

6. número de estações necessárias

4. estrutura cicloviária existente

5. polos geradores de tráfego


1 João Quirino | Elpídio de Almeida 2 Campos Sales | Quebra Quilos

NAÇÕES CUITÉS

JARDIM CONTINENTAL

NOVO BODOCONGÓ

12

ARAXÁ JEREMIAS

3 Girador Açude Velho 4 Almeida Barreto | Açude Velho

LOUZEIRO JARDIM TAVARES

ALTO BRANCO

5 Assis Chateaubriand | Aprígio Nepomuceno

UNIVERSITÁRIO PALMEIRA

11

10 RAMADINHA

CONCEIÇÃO

6 LAURITZEN

CASTELO BRANCO

MONTE SANTO

2

BODOCONGÓ BELA VISTA

SERROTÃO

PRATA

CENTRO

8

MALVINAS

SANTA ROSA

7 LIBERDADE

8 Floriano Peixoto | Almeida Barreto 9 Plínio Lemos | Floriano Peixoto 11 Arrojado Lisboa | Getúlio Vargas

MIRANTE

12 Quinze de Novembro

5 SANDRA CAVALCANTE

SANTA CRUZ

6

1 CATOLÉ

DINAMÉRICA

VILA CABRAL

SANTA TEREZINHA

JARDIM PAULISTANO

CRUZEIRO TAMBOR

TRÊS IRMÃS

JOSÉ PINHEIRO

NOVA BRASÍLIA

7 Odon Bezerra | Almirante Barroso

10 Girador UFCG

ESTAÇÃO VELHA

QUARENTA

PRESIDENTE MÉDICE

MONTE CASTELO

SÃO JOSÉ CENTENÁRIO

9

3

4

PEDREGAL

SANTO ANTÔNIO

Juscelino Kubitschek

ITARARÉ

DISTRITO INDUSTRIAL ACÁCIO FIGUEIRÊDO

CIDADES

VELAME

Pontos de análise da Pesquisa



Diagnóstico Urbano realizado pelo LabRua em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico da Prefeitura Municipal de Campina Grande acerca da Feira Central da cidade. Os levantamentos foram realizados “in loco”, em sua maioria aos sábados, dia de maior movimentação da área. Foram identificados os estacionamentos, seus portes e as tipologias dos automóveis estacionados, bem como foram contabilizados os diferentes modais que se encontram na Feira Central de Campina Grande. As contagens de modais tem como objetivo entender a intensidade da circulação na área, sendo realizadas em cinco pontos diferentes da Feira, estando estes na Rua Quebra-Quilos, Rua Cristóvão Colombo, Rua Marcílio Dias, Rua Afonso Campos e Rua Dr. Antônio Sá nos sábados, dias 13 de julho e 03 de agosto, das 03h às 15h. As análises foram feitas em turnos de 15 minutos.

Características da Área: Área: 75.000m²; Ruas: Av. Floriano Peixoto, Rua Peregrino de Carvalho, Rua Afonso Campos, Rua Vila Nova da Rainha, Rua Quebra Quilos, Rua Capitão João de Sá, Rua Tavares Cavalcante, Rua Deputado José Tavares, Rua Marcílio Dias, Rua Doutor Carlos Agra, Rua Antônio de Sá, Rua Cristóvão Colombo, Rua Pedro Álvares Cabral e Rua Manoel Pereira de Araújo; Quantidade de feirantes: aproximadamente 16 mil feirantes; Título de Patrimônio Cultural brasileiro: 2018; Ano do estudo: 2019. Prefeitura Municipal de Campina Grande em parceria com o Laboratório de Rua - LabRua.

Diagnóstico da Feira Central de Campina Grande Equipe: Aída Pontes, Allyson Barbosa, Filipe Luna, Gabriel Gomes, Gabriel Higor, Hanna Fernandes e Pablo Ventura. Ano: 2019

s

cortes e


contagem de modais

quantidade de pessoas

O estudo se deu em 3 etapas, sendo estas realizadas “in loco” e no Laboratório de Rua - LabRua. Foram propostos novos estudos para a Feira Central de Campina Grande, sendo

volume direcional

situação das ruas

estes relacionados aos aspectos físicos e pessoais da área. Todos os dados foram sistematizados e sobrepostos para uma maior apreensão da área-objeto de estudo, resultando no

estudo das barracas

caderno de Diagnóstico Urbano da Feira Central de Campina Grande.

sistematização

esquemáticos

No segundo momento foram realizadas visitas “in loco” para observar e analisar a situação atual das ruas e barracas da Feira Central de Campina Grande. Foram registrados análise de estacionamentos

intralote

via pública

através de fotografias e desenhos esquemáticos. Por fim, foram levantados os estacionamentos da área, através da observação e contagem por parte dos pesquisadores. A princípio foram realizadas contagens dos modais em 5 pontos distintos da Feira Central no intuito de entender o fluxo de pessoas que entram e saem do local. O levantamento se deu em 2 sábados das 03:00 da manhã até 15:00 da tarde.

Av .C

an

no

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Rua

4

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Rua

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an

Rua Dr. Carlos Agra

a

Feira Central de Campina Grande

it Cap

Rua

Rua

vão Cristó

5

Av .C

Vil

Volume de usuários por ponto de pesquisa

Rua

Rua

de

a Ru

5498 5 Pedro Alvares Cabral com Dr. Carlos Agra

2

noel Rua Ma újo de Ara Pereira

io ôn nt .A Dr

9763 4 Cristóvão Colombo com Mal. Floriano Peixoto

a Ru

13467 3 Pedro Alvares Cabral com Dr. Carlos Agra

3

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19540 2 Dr. Antônio Sá

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31263 1 Afonso Campos

Tava res

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Rua Qu

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Banquetas e caixotes Banquetas de madeira e caixotes de feira que podem ser plásticos ou também de

Gaiolas

madeira, acima deles são colocados balaios

São gaiolas de ripas

ou bandejas de plástico, onde são expostos

de madeira em formato de

frutas e verduras. É uma maneira improvi-

trapezoidal ou de material

sada de exibir os produtos, comumente

metálico, em geral são exten-

usado por feirantes nomândicos, pela facili-

sões de barracas cobertas,

dade de recolher o material, podendo ter

utilizados para expor à venda

alturas e tamanhos diferentes, criando um

de aves, como galinhas, perus,

de volumes em cascata valorizando a visua-

etc.

lização do produto. Também são utilizados como extensão das barracas para a calçada.

Pallets

Palle

vir com acab

expõem dive

que varia en

ras, etc. Fác

guardar em d

Apesar de ap

Bancas sem coberta

vezes, pode s

Entre diversos tipos de bancas sem coberta, destacam-se três nesse estudo: 1. Banca com cavale-

soluções sim

tes em madeira e bancada em pallets; 2. Bancada de madeira com superfície aprofundada para melhor

ou guarda sol

armazenamento de produtos; 3. Bancada de metal de encaixe.

das intempér


Barracas Foram levantados 3 tipos de barracas a partir das soluções empregadas pelos feirantes. 1. Bancadas em ripas e tábuas de madeira, com coberta de lona em duas águas e amarração com pedaços de madeira; 2. Bancadas de madeira em ripas e tábuas com coberta em lona de duas águas, com beiral mais expressivo para os clientes; 3. Bancadas de ripas e tábuas de madeiras com coberta de guarda-sol.

Quiosques São das estruturas mais elaboradas da feira e uma das mais custosas, ainda assim dentro do

ets de madeira, podem

padrão de orçamento de alguns

bamento lateral ou não

feirantes, são feitas de material

ersos tipos de produtos,

metálico, como chapas de zinco, e

ntre grãos, frutas, verdu-

tem aberturas parecidas com janela

cil de movimentar para

em uma ou mais laterais, que podem

depósitos no fim da feira.

ser fechadas no fim do expediente, o

parecer sozinho muitas

produto e os materiais de trabalho

ser combinado com com

ficam dentro. Existe uma variedade

mples de cobertura: lonas

grande de produtos que são vendidos

l para proteger o produto

nessa tipologia, como frutas, verdu-

ries.

ras, variedades, lanchonetes, etc.


Cortes esquemáticos das vias da Feira Central de Campina Grande

Foram feitos 3 cortes de vias inseridas na Feira Central de Campina

Na Rua Pedro Álvares Cabral existem apenas duas barracas na rua,

Grande. São vias que possuem grande fluxo e se configuram como entrada/-

fazendo com que se tenha 3 circulações. No entanto,existem barracas fixas

saída da Feira. As ruas escolhidas foram: Rua Deputado José Tavares, Rua

geminadas ao mercado central. As barracas na rua se configuram com aten-

Pedro Álvares Cabral e Rua Cristóvão Colombo. Por conta da localização das

dimento em todas as faces.

barracas e o fluxo intenso de pessoas, a caminhada se torna problemática.

Na Rua Cristóvão Colombo as barracas se configuram com abertura

Na Rua Deputado José Tavares as barracas se posicionam em 3

para duas laterais de circulação. Possui dois corredores centrais de circula-

pontos da via, criando 4 espaços de circulação. As circulações nas extremi-

ção. As barracas e circulações possuem dimensões superiores em relação

dades aparecem com menos obstruções, por terem menos barracas volta-

as ruas analisadas anteriormente.

das para essas faces, no entando, as barracas centrais acabam por tornar a

Para o trabalho completo, acesse o link: h t t p s : // i s s u u . c o m / c o n t a to - l a b r u a / d o c s / d i a g n _ s t i c o _ u r b a no _ fi nal_-_equipe_labrua

caminha mais complicada.

edificação

circulação

barraca

circul.

barraca

circul.

barraca

circulação

2.50m

2.10m

1.90m

1.35m

1.40m

2.70m

2.50m

Rua Deputado José Tavares

edif.

edificação

circulação 2.40m

barraca

circul

3.10m

1.70m

Rua Pedro Álva


l.

m

Metodologia da Análise

observar

barraca

circul.

barraca

2.10m

1.60m

2.00

vares Cabral

dialogar

mercado

edificação

compreender

esquematizar

circulação

barraca

circul.

barraca

circul.

barraca

circulação

2.00m

2.40m

1.60m

1.10m

1.65m

3.10m

2.10m

Rua Cristóvão Colombo

edif.


O terminal de integração, localizado no centro de Campina Grande - PB, consiste em uma ferramenta urbana que interliga diversas linhas de ônibus da cidade, atraindo assim

terminal da integração

uma quantidade significativa de pessoas para o lugar. O acesso destas a este equipamento, entretanto, é marcado por um cruzamento em específico, que chamou atenção dos pesquisadores do LabRua por seu desenho viário complexo, grande conflito de fluxos e, principalmente, as dificuldades que os pedestres encontram para acessar e circular no seu entorno. Diversas pessoas passam pela área do cruzamento, seja de ônibus, carro, moto ou a pé. Como o desenho urbano prioriza o veículo motorizado, pode-se encontrar no cruzamento vários problemas que resultam na insegurança para os pedestres. Dentre as problemáticas, destacam-se: a ausência de calçadas ao longo das ruas e de faixas de pedestres nas direções que se faz necessário. As poucas faixas que existem não atendem a maioria dos deslocamentos que o pedestre precisa fazer, onde as pessoas diversas vezes precisam dividir espaço com os ônibus e carros para realizar uma simples travessia. A área não atende as necessidades básicas de mobilidade e de acessibilidade para os pedestres, previstas na NBR 9050. Também não é possível identificar melhorias na composição do lugar desde a implantação da integração em 2008. A insuficiência de estrutura que ofereça segurança e favoreça a transição e permanência dos usuários do terminal, inspira atenção para o cruzamento, procurando avaliar as melhores estratégias ou diretrizes para o lugar. Diante dos problemas expostos, essa pesquisa tem como objetivo propor um redesenho urbano para o cruzamento das ruas Dom Pedro II e Índios Cariris de forma a priorizar os meios de transporte ativos. Para um embasamento adequado, foi realizado um diagnóstico que compreende melhor como os fluxos do cruzamento interagem entre si e como eles podem ser otimizados, focando principalmente nos veículos não motorizados. As análises

Equipe: Aída Pontes, Allyson Barbosa, Robson Porto, André Cabral, Daniela Porto, Fernando Vasconcelos e Raiff Mangueira. Ano: 2019


específicas que foram planejadas estão descritas a seguir, as quais foram realizadas através de visitas de campo, levantamento geométrico, mapeamentos de diversas características da área e percepção da área. Apesar de ser um trecho pequeno dentro do espaço urbano urbano, o cruzamento objeto deste estudo apresenta complexidades importantes. Por conta da presença do Terminal de Integração, existe uma grande concentração de fluxo de transporte coletivo e de pedestres. Além disso, no local se cruzam duas importantes vias da cidade, a continuação da Avenida Floriano Peixoto e o primeiro anel viário da cidade. Para melhor intervir na área, fez-se necessário um estudo aprofundado de como funcionam os fluxos, o espaço que ocupam, os problemas e potencialidades. Assim, antes de propor as diretrizes, foram levantados e analisados os seguintes aspectos: levantamento geométrico, comportamento dos pedestres, análise dos fluxos de pedestres e contagens dos meios de transporte que passam no cruzamento. Contagens de modais Durante todo um dia, começando um pouco antes da abertura do comércio e terminando um pouco depois do fechamento, foram contados os modais que passam no local, a fim de quantificar o fluxo do cruzamento. A contagem foi realizada em uma Quarta-Feira, por ser um dia que não sofre influência do final de semana. Foram contabilizados carros, motos, bicicletas e pessoas que formam o fluxo das ruas Dom Pedro II e Sebastião Donato. Foram contabilizados também, na ficha dos pedestres, o número de mulheres que passam na área. Esse dados são de grande importância para auxiliar nas tomadas de deci sões do projeto. Levantamento geométrico O levantamento geométrico trata-se da medição da área em estudo, utilizando Cruzamento do Projeto


materiais de medição, pranchetas e mapas para obtenção das medidas da largura das ruas, altura de calçadas e locação de postes e árvores. Em seguida, os valores obtidos no levantamento são aplicados ao mapa base, podendo-se, a partir daí, trabalhar nos mapas. Comportamento na rua Aqui buscou-se compreender o comportamento dos pedestres no espaço público, se possui passagens com barreiras, onde há pontos de maior concentração de pessoas e constatar as permanências existentes no cruzamento. Fluxos Nesta etapa, buscou-se analisar os fluxos de travessias que podem ser percebidos na área. Para isso, foram realizadas 3 visitas, uma em cada turno do dia, com a finalidade de observar e analisar o espaço num período de 15 minutos. Foram identificados os pontos de travessia, e o volume de pessoas nesses pontos. Esses dados foram analisados e representados em mapas de fluxo e comportamento. Outros aspectos a serem observados são o período de espera das pessoas para travessia nas faixas de pedestres.

Contagens de modais

Levantamento Geométrico

Comportamentos

Fluxos


Resultados / Diretrizes: 1. Inserção de Ciclofaixa conectando o Açude Velho e a Rua Índios Cariris; 2. Largura e continuidade das calçadas, permitindo a circulação dos pedestres de forma simples e direta, respeitando a linha de desejo natural; 3. Implantação de faixas de pedestres em todos os pontos de cruzamento, não limitando o pedestre; 4. Retirada de uma das plataformas do Terminal de Integração, mantendo apenas o sentido do ônibus centro-prata, para o sentido prata-centro, foi sugerido que os ônibus passem pelo outro lado do Açude;

10

9 3 7

4

5 8 2

6 1

5. Demolição do pórtico existente; 6. Manter o estacionamento do Comercial Maanaim, alargando a área de circulação de pedestre ao longo da rua; 7. Inserir rampas de acordo com a NBR 9050/2015 em todos os cruzamentos; 8. Implantar faixa elevada para pedestres no cruzamento entre o terminal de integração e o Comercial Maanaim, local onde há um cruzamento importante de pessoas. No local proposto não há passagem de ônibus, não interferindo no tempo de viagem do transporte público; 9. Regulamentar a calçada do posto de gasolina de forma a respeitar a circulação de pedestres; 10. Arborização de calçadas;

Para o trabalho completo, acesse o link: https://issuu.com/contato-labrua/docs/projeto_terminal_de_integracao


O projeto aqui apresentado surgiu por uma iniciativa da Prefeitura Municipal de Recife, através da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação

rec’n’play

que buscou o LabRua para, dentro das atividades do REC’n’Play sobre tecnologia, economia criativa e cidades inteligentes, repensar a área da Rua da Guia e Barão Rodrigues Mendes, no entorno da Praça do Arsenal situada no Bairro do Recife. O projeto está estruturado em duas partes, a primeira se trata de um diagnóstico da área, que serve de guia para a intervenção, e a segunda será a execução do projeto, que acontecerá nos dias 2, 3 e 4 de outubro de 2019. A intervenção que será proposta tem o objetivo de ressignificar o espaço público da área, especialmente da esfera pública ao nível da rua, de forma a torná-la mais atrativa às pessoas, fomentando o uso do local para permanência e não apenas de passagem. A fim de incentivar a vitalidade do trecho em estudo, fez-se necessário a realização de um diagnóstico que entenda as dinâmicas que acontecem na área. Além das dinâmicas existentes no local, o lugar traz uma memória por estar inserido no Centro Histórico da capital pernambucana. Ali, onde é conhecido por Recife Antigo, a cidade construiu os primeiros prédios e monumentos tanto sob domínio holandês, quanto português; com o passar dos anos, o progresso da cidade e sua expansão fez com que aquele espaço fosse preterido em favor de outros bairros. As ruas da Guia e Barão Rodrigues Mendes, objetos desse estudo, abrigam a Praça do Arsenal, projetada pelo renomado paisagista Burle Marx; o Paço do Frevo, importante museu da cidade que conta a história do Frevo; entre outras edificações também do entorno, que possui grande relevância para o cenário histórico, fazendo desse espaço um local bastante frequentado por turistas, excursões de alunos e trabalhadores. Tem-se notado há alguns anos que existe um esforço, por parte da Prefeitura e do Governo do Estado, para reativar a área e recuperar a vitalidade do Recife Antigo, através

Equipe: Aída Pontes, Allyson Barbosa, Robson Porto, Alana Souza, Filipe Luna, Hanna Fernandes. Ano: 2019


da criação de atividades e espaços culturais e de desenvolvimento econômico. Dessa forma, este trabalho apresenta o resultado do diagnóstico, realizado nos dias 16 e 17 de setembro de 2019, em que foram aplicadas diferentes metodologias para entender a dinâmica espacial do entorno da praça, quem são os usuários, como o espaço determina a vivência das pessoas que passam por ali, e como elas, por sua vez, interagem com o espaço. As seguintes metodologias foram utilizadas: contagens dos meios de transporte que circulam na área, entrevistas com usuários da área, comportamento de pedestres, e análise de fluxos e estacionamentos. Foi realizada uma série de contagens, volumétricas e direcionais, nos dois dias de diagnóstico desde as 7h até as 18h, em intervalos de 15 minutos a cada hora, abrangendo desde as primeiras pessoas chegando para trabalhar, o fluxo intenso a partir do horário de almoço por volta do meio dia, até o esvaziamento da praça no início da noite. Contagens As contagens foram feitas ao longo de todo o dia, entre as 7:00 e às 18:15. Por 15 minutos a cada hora, contabilizou-se a quantidade e a direção de todos os meios de transporte que passaram no cruzamento das ruas da Guia e Barão Rodrigues Mendes, sendo eles pedestres, ciclistas e veículos motorizados, como carros e motos. A amostra coletada permite observar a variação na quantidade de cada modal de transporte ao longo do dia, permitindo identificar seus respectivos horários de pico. Um outro dado importante é a proporção de cada meio de transporte nos períodos de tempo analisados, permitindo identificar quais as formas preponderantes de se deslocar na área. Entrevistas As entrevistas foram realizadas com o propósito de compreender o uso da área no seu cotidiano. Outro ponto essencial é escutar sobre quais os maiores problemas e potenciaIntervenção Urbana em Recife

lidades que eles enxergam na área, dados que podem contribuir para serem usados na inter


venção. Para realização das entrevistas, foi criado um questionário estruturado, aplicado usando a plataforma typerform. Os entrevistadores abordaram as pessoas aleatoriamente e

Paço do Frevo

usando um smartphone, preenchiam as respostas diretamente no questionário disponibilizado online. O questionário foi desenhado de forma a compreender como se dá o uso da rua de

Praça do Arsenal

uma forma mais específica, perguntando aos entrevistados sua percepção em relação aos problemas, dificuldades e pontos positivos da área. Além disso, foi questionado como eles acessam a área, além de perguntas sociodemográficas. Ao total, foram realizadas 32 entrevistas, onde 56,2% dos entrevistados se identificam como homens. Comportamento dos pedestres

Mapa de intervenção na área

A análise do comportamento de pedestres permite entender o percurso que as pessoas mais usam e, assim, compreender quais são as barreiras existentes no espaço público, assim como características que convidem as pessoas a se deslocar de uma determinada maneira. Durante a coleta de dados são observados comportamentos como sentar, local que cruzam a rua, equipamentos públicos que são usados, a preferência por algum local para caminhada etc. Relacionando esses dados com as características da esfera pública analisada, é possível interpretar quais elementos da área convidam ou repelem as pessoas no uso do espaço.

Para o trabalho completo, acesse o link: https://issuu.com/contato-labrua/docs/caderno_diagn_stico_recnplay

Diversidade de eventos

Mobiliários


Texturas

Sinalização

Rua para pessoas

Áreas lúdicas

+ Permanência

Áreas lúdicas

Extensão da calçada

Diversidade de usos

Ocupação de estacionamentos

Pessoas na rua


www.labrua.org


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