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12. O único caminho

O único caminho

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João Vitor Figueiredo

Quando as aulas paralisaram por conta do início da pandemia, a expectativa que eu e tantas outras pessoas tinham é que seria algo passageiro e que retornaríamos em breve. Ficou só na esperança.

Entre março e agosto de 2020, com as atividades da Universidade paralisadas, só restou o ócio e a dúvida. Como vamos dar continuidade às atividades durante o período de pandemia? A solução era mesmo o ensino remoto.

Confesso que no início eu não gostei muito da ideia. Primeiro, ter que assistir aula por computador, com receio da internet oscilar ou cair, não me agradava. E tem mais.

Voltei para casa dos meus pais durante a pandemia sem a mesa para colocar o computador. Resultado: vamos improvisar. Até que deu certo.

Outras coisas que me desanimavam era não poder ter contato direto com colegas e professores ou não poder fazer da melhor forma atividades essencialmente práticas. Sem contar as dificuldades que poderiam surgir ( e surgiram ) durante o processo. Será que alunos e professores conseguiriam se adaptar bem a essa dinâmica? As aulas seriam produtivas?

Apenas alguns questionamentos.

Desde então foram três períodos. Não dá nem para usar a palavra semestre porque tudo isso ocorreu em apenas um ano e dois meses.

E durante este tempo, passamos a fazer as obrigações dentro de uma rotina sem novidades, desgastante e pouco motivadora. Acorda, liga o computador ou celular, assiste às aulas (ou assiste depois a aula gravada), dá uma pausa e depois volta a olhar para as telas por conta da pilha de trabalhos e atividades que precisavam ser feitas.

Um ciclo que parecia não ter fim, pois todo dia a mesma coisa. Foi necessário ter muita disciplina e paciência para encarar, afinal, dentro das possibilidades, era o único caminho a seguir, mesmo com as pedras. No final, o tempo não desperdiçado vai valer a pena.

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