PV

Page 1


SUMÁRIO Introdução.............................pág. 1 Quem é Pabllo Vittar ?.........pág 2 História de Pabllo VIittar......pág 3,4 Homofobia:Definição ..............pág 5 Estatísticas de morte de LGBTQ+....pág 6 Significado da bandeiranLGBTQ+......pág 7 Depoimentos .............pág 8,9,10


Nesta revista são apresentados dados de uma pesquisa sobre uma famosa chamada Pabllo Vittar, sobre sua trajetória e seu desenvolvimento na vida musical e artística, cujo o objetivo tem de trazer um novo pensamento do mundo colorido (LGBTQ+). Iremos também comentar e definir oque é homofobia e como ela afeta a comunidade LGBTQ+, pesquisa buscou jovens homossexuais para compartilharem suas experiências que sofreram mundo a fora com a violência e o desprezo de pessoas homofobicas. A Pabllo Vittar nos inspirou pela sua força e trajetória de vida, pelo fato dela ter se sujeitado a viver em um mundo homofobico e se dedicar em lutar com todos os homossexuais em favor de acabar com a homofobia.


QUEM É PABLLO VITTAR? Phabullo Rodrigues Da Silva, 22 anos, conhecido como Pabllo Vittar, descreve-se como “fluido de genêro”: “Sou drag queen só quando tem que ser. É igual a chapéu: coloco e tiro na hora em que preciso. Não sou drag 24 horas. Amo ser Pabllo desmontado e sair de camisa e boné na rua. Nascido em São Luís (MA), Phabullo é gêmeo de Phamella e tem outra irmã, Pollyana Rodrigues, um ano mais velha. Filho da enfermeira Veronica, não conheceu seu pai, que abandonou a mãe ainda grávida. Figura polêmica e que está fazendo muito sucesso na internet na atualidade é o maranhense Phabullo Rodrigues da Silva, mais conhecido como Pabllo Vittar. O mesmo é drag queen, cantor e compositor e uma personalidade da internet e televisão.

2


BIOGRABIA DE PHABULLO RODRIGUES

História de Pabllo Vittar A Nascido em São Luís, Pabllo tem uma irmã gêmea dizigótica e também uma irmã mais velha. Vittar passou parte da infância e adolescência morando nas cidades de Santa Inês e Caxias, ambas no interior do estado do Maranhão. Ele é filho de uma técnica de enfermagem, Verônica Rodrigues, que foi abandonada ainda grávida pelo pai de Pabllo, que nunca veio a conhecê-lo. Durante sua infância, ele foi vítima de bullying devido a seus gestos delicados e sua voz fina, chegando a ser agredido fisicamente com um prato de sopa quente jogado em seu rosto. Vittar frequentou aulas de balé durante a infância. Aos 13 anos de idade, começou a cantar fazendo covers em festas de família e apresentações na escola, além de se juntar a um coral de uma Igreja Católica. Logo em seguida, Vittar começou a fazer suas próprias composições. Em 2011, decidiu se profissionalizar e mudou-se para a cidade de Indaiatuba, em São Paulo, para começar uma carreira artística. No entanto, Pabllo não obteve sucesso no ramo artístico e acabou trabalhando em diversos lugares, como lanchonetes e salões de beleza. Logo após, mudou-se para Uberlândia junto com sua mãe, que havia se casado na época. Aos 15 anos de idade, se assumiu homossexual para sua mãe, mas "nem surpresa ela ficou. Sempre me apoiou – aliás, a família inteira, minhas irmãs também", relatou o cantor.

3


Aos 16 anos de idade, Pabllo começou a se apresentar no Pop, um programa regional de Caxias, onde, após várias tentativas de se apresentar, foi finalmente convidado pelo apresentador Thiago Miranda. Após algumas apresentações, a direção do programa pediu para o apresentador cortar a participação de Pabllo devido reclamações recebidas pela "família caxiense", mas Miranda recusou. Ao todo, Vittar teve cerca de 40 participações em um período de dois anos.Vittar começou a sair para a noite maranhense, fazer amizades, participar e ser aprovado em uma seleção de cantores numa casa de shows, onde começou a se apresentar, mesmo menor de idade, cantando, dançando e fazendo imitações por um pequeno cachê; porém, ainda não era um trabalho profissional. Neste período, ele já se vestia com adereços femininos, mas não se identificava como drag queen; a primeira vez que ele se vestiu como drag queen foi aos 17 anos, em Uberlândia, para divulgar a festa de uma amiga, entregando panfletos na porta de uma boate. Com o tempo, passou a fazer shows em paradas gays em diversas cidades de seu estado, ficando conhecido no meio LGBT maranhense. Aos 18 anos, em Minas Gerais, Pabllo começou a se montar como drag queen e participar de concursos de beleza. Ele chegou a vencer alguns antes de iniciar sua carreira profissional como cantor enquanto adotava o nome artístico de 'Pabllo Knowles'; esse último nome sendo uma referência à cantora norteamericana Beyoncé. Sua primeira aparição como drag queen ocorreu na boate Belgrano, dos produtores Ian Hayashi e Leocádio Rezende (que, logo, Vittar viria a chamar de seus “pais”). Ainda em Minas Gerais, Pabllo prestou vestibular para a Universidade Federal de Uberlândia, na qual foi admitido em 2013 para o curso integral de Design, mas, após alguns períodos cursados, acabou trancando sua matrícula devido a sua agenda de shows, que aumentou bastante devido a divulgação de seus vídeos musicais na internet e de sua participação na banda do programa Amor & Sexo. Quando chamou a atenção de empresários do ramo de entretenimento, Vittar iniciou sua carreira musical profissionalmente, apresentando-se em bares e casas de shows em Uberlândia e cidades da região, principalmente com suas performances de dança. Nesse período, ele adotou seu nome artístico Pabllo Vittar. 4


HOMOFOBIA:DEFINIÇÃO

A homofobia pode ser definida como “uma aversão irreprimível, repugnância, medo, ódio, preconceito que algumas pessoas nutrem contra os homossexuais, lésbicas, bissexuais e transexuais (também conhecidos como grupos LGBT)”. Infelizmente, muitas pessoas continuam a reproduzir preconceitos contra pessoas com orientações sexuais ou de gênero minoritárias. Esse preconceito afeta a qualidade de vida dessas pessoas, que sofrem com o bullying na escola (homofobia é o terceiro motivo mais recorrente de bullying, segundo esta pesquisa) e a discriminação tanto de desconhecidos, quanto de membros da própria família. A homofobia continua a ser um problema no Para além da mera hostilidade verbal, mundo inteiro e, ao que tudo indica, foi um pessoas homossexuais e transexuais correm dos motivos que levaram Omar Mateen a risco de terem sua integridade física atacada, por conta de sua orientação sexual. matar 50 pessoas e deixar outras 53 feridas Dados de 2012 da Secretaria de Direitos Humanos mostram que naquele ano foram em um ataque a mão armada na boate Pulse, registradas mais de 3 mil denúncias de em Orlando, Estados Unidos, ocorrido no dia violações de caráter homofóbico no Brasil. 12/06/2016. Conforme relato do paido Elas envolviam quase 5 mil vítimas e outros atirador, recentemente Omar havia quase 5 mil suspeitos. Discriminação e violência psicológica foram os principais demonstrado descontentamento ao ver dois tipos de violência notificados. Já o Grupo Gay da Bahia relata que 326 pessoas foram homens se beijando na cidade de Miami. assassinadas por conta de homofobia no Também foi revelado que Omar frequentava a ano de 2014 no país, e outras 318 em 2015. própria boate pulse com certa regularidade e Veja algumas das formas mais comuns que utilizava aplicativos de celular voltados como a homofobia se manifesta:Violência psicológica; para o público gay. Agressão física (empurrões, espancamento, Ainda se discute se este foi um ataque etc.); Agressão sexual (estupros); terrorista (o Estado Islâmico assumiu a Tentativa de assassinato. autoria do ataque, apesar de não haver Entre os crimes de ódio, a homofobia é também uma das mais recorrentes, segundo ligações diretas entre Omar e o grupo), mas dados da Secretaria de Segurança Pública esse relato e o alvo escolhido por Omar de São Paulo: em um ano, 15% das sugerem que se trata também de um ataque ocorrências de crimes de ódio foram relacionadas à discriminação sexual, de cunho homofóbico. Mas afinal, você sabe superadas apenas pelas ocorrências de o que é homofobia? Vamos discutir esse intolerância racial (42%). conceito! Agressão verbal e moral;

O QUE É HOMOFOBIA?

5


ESTATISTICAS DE MORTE DE LGBTQ+ No ano de 2017 foram 445 mortes, doze das vítimas foram identificadas como heterossexuais, mas incluídas no relatório pelo envolvimento com o universo LGBT, seja por tentarem defender algum gay ou lésbica quando ameaçados de morte, seja por estarem em espaços predominantemente gays ou serem amantes de travestis. Até 15 de maio deste ano (2018), ao menos 153 pessoas LGBTQ+ morreram no Brasil, vítimas de preconceito contra identidade de gênero e contra a orientação sexual. Em 2017, contudo, foram registradas 169 vítimas de homofobia, lesbofobia, bifobia, transfobia e intersexofobia. Em 2017 ONG constatou que uma pessoa LGBTQ+ morre a cada 28 horas no Brasil. E se a tendência de aumento se confirmar, o intervalo pode cair para 24 horas. É apenas a ponta do iceberg, porque muitos são assassinados e as testemunhas escondem. O estado que registrou o maior número de mortes foi São Paulo. O Brasil é o país que mais mata trassexuais,1 a cada 19 horas, fora casos de suicídios.

6


SIGNIFICADO DA BANDEIRA LGBTQ+ A bandeira do ARCO-IRIS é o símbolo do orgulho, do reconhecimento e da cultura LGBT a nível mundial. Desenhada pelo artista plástico Gilbert Baker, em 1978, a bandeira é composta por listras horizontais de seis cores diferentes (roxo, azul, verde, amarelo, laranja, vermelho), semelhantes á do arco-iris. Estas cores representam a diversidade humana. Inicialmente a bandeira tinha oito cores, sendo que por motivos comerciais, as cores ROSA e AZULCLARO forma removidas. A cada cor é atribuídos um significado especifico e com o objetivo de definir a cultura, os interesses e todo o movimento LGBT.

ROXO - Significa o espirito,o desejo de vontade e a força. AZUL- Significa as artes e o amor pelo artístico. VERDE- Simboliza a natureza e o amor pela mesma. AMARELO- Simboliza o sol, a luz e a claridade da vida . LARANJA- Simboliza a cura e o poder. VERMELHO - Significa o fogo,a vivacidade CORES ANTIGAS: ROSA- Simbolizava o sexo e o prazer carnal. TURQUESA- Simbolizava a harmonia e a pacificação 7


Depoimentos Bernardo, 16 anos, homem transgênero e pansexual. Há exatamente 1 ano e 6 meses eu nasci, quando me reconheci como realmente sempre fui. Entre meses de vida ate meus 14 anos foram momentos de agonia, uma das piores fases para uma pessoa LGBT+ é a descoberta, vou contar como foi a minha. Aos 12 ainda não tinha me descoberto como realmente sou, mas me assumi como lésbica, pois não era informado sobre gênero. Assim que me assumi complicou totalmente meu convívio com minha mãe, ela chegou a tentar me matar, sofri com depressão durante seis meses e foram os piores da minha vida, até hoje tenho complicações psicológicas por conta disso. Após me assumir como lésbica continuei insatisfeito, inseguro, e odiando meu corpo por ele não estar de acordo com minha mente. Aos 14 me reconheci como realmente sou e foi à melhor sensação de toda minha vida, a sensação de saber o que realmente esta acontecendo e se entender consigo mesmo é a melhor, porém passei por mais dificuldades ao me assumir homem trans.Durante toda a minha vida eu tive a rejeição dos meus pais e foi a coisa mais dolorosa em minha vida, abrir mão da minha boa convivência com a minha mãe e minha família não foi fácil, mas tudo se ajeitou depois de algum tempo.A pior parte de tudo isso foi o momento que tive depressão,tentei por inúmeras vezes cometer suicídio,me mutilava e não conseguia reagir a nada, e o problema não era só a rejeição familiar a rejeição pessoal é horrível também,é complicado demais a auto-aceitação,lutar contra a sua alma é uma batalha cansativa e impossível de ganhar,mas entre tudo isso foi muito gratificante me descobrir.Hoje sou muito mais feliz,e realizado 8 comigo mesmo.


Denner, 23 anos, gay. Foram muitas idas e vindas de Denner*, 23 anos, da casa dos pais. Desde que ele se assumiu homossexual, aos 16, as confusões, que já eram constantes com a mãe, se multiplicaram a ponto de se tornar insustentável ele permanecer no mesmo ambiente em que os dois estavam. Sair de casa era a solução. “Minha mãe, por ser evangélica praticante, nunca me aceitou, ela diz que homem é feito para a mulher e vice-versa. Não aceita a forma que eu sou e não me permitia sair com certos tipos de roupas. Isso acabou gerando um conflito muito grande. A primeira vez que ela me expulsou de casa foi em 2013. Fui morar em outra cidade com a pessoa que eu estava me relacionando. Nos 15 primeiros dias, ela não me procurou para saber se eu estava vivo”, relembra Denner. As dificuldades de morar sem o apoio financeiro dos pais fizeram com que o jovem tivesse que voltar à casa deles em pouco tempo. As brigas continuaram e, novamente, Denner saiu de lá. “Morei três meses com uma amiga. Na época, passei muita necessidade e isso me afetou muito: chorava, mudava completamente de humor e perdi muito peso”, conta. Uma nova reconciliação com os pais o fez retornar ao lar, mas foi quando o pai descobriu que o filho era gay, até então algo nunca dito diretamente nem por Denner nem pela mãe, foi que o problema aumentou. “Na minha casa, é minha mãe que ordena tudo. Meu pai sabia das discussões, mas desconhecia o motivo real. Só no ano passado, quando ele soube, rasgou uma foto minha, chorou de decepção e disse que tinha vergonha de mim, preferia tomar um tiro do que ter um filho gay.” Na última discussão, há cerca de duas semanas, Denner conta que foi agredido pelo pai, mas que não vai desistir de mostrar a eles que não pode mudar o jeito que é. “Eu disse que não mudaria, tenho plena consciência de que nasci assim. O único jeito de mudar seria morrendo. Espero que eles mudem o pensamento, pois o apoio deles é que eu preciso”, diz.

9


Camila, 21 anos,lésbica Camila Vila Nova, 21 anos, desde muito pequena se sentia e se comportava diferente das outras garotas e, por causa disso, já sofria o bullying desde muito nova. “Me chamavam de menina macho, mas eu me achava normal”, diz. Foi na adolescência que ela confirmou que era homossexual ao ter sua primeira experiência amorosa com outra menina. A descoberta da mãe foi de maneira inesperada. “Ela me via conversando por SMS no celular e resolveu pegá-lo. Se trancou no quarto e leu tudo. No outro dia, disse que preferia que eu fosse prostituta em vez de ser lésbica e que meu pai, se estivesse vivo, teria muita vergonha de mim. Foi bem difícil, acabei terminando esse namoro, e aos 16 acabei saindo de casa por um mês. Quando voltei, ela não tocou mais no assunto, mas com o tempo, fui mostrando a ela que eu era normal e apresentei minha atual namorada. Elas conversaram, choraram e ficaram amigas. Hoje em dia ela me aceita do jeito que sou”, recorda a jovem. O auxílio da irmã mais velha foi fundamental para que a mãe cedesse. “Ela me deu muita força e também me ajuda a enfrentar o preconceito que vou passar pelo resto da minha vida”, relata.

10


TÁ TUDO BEM SER LGBT, TÁ TUDO BEM SER A GENTE, NOSSA FORMA DE EXISTIR É RESISTÊNCIA E É LINDA! (SÓ ACRESCENTANDO: A GENTE TEM QUE OCUPAR TODOS OS LUGARES SIM, ESTAR EM TODOS OS LUGARES QUE HISTORICAMENTE NÃO FORAM FEITOS PRA GENTE, MAS SÓ ATÉ ONDE VALE A PENA. A GENTE TEM QUE PRIORIZAR A NOSSA SAÚDE MENTAL. A GENTE NÃO DEVE DEIXAR DE IR A LUGAR NENHUM POR SER LGBT, EM HIPÓTESE ALGUMA A NOSSA ORIENTAÇÃO SEXUAL OU IDENTIDADE DE GÊNERO DEVE SER MOTIVO PRA NOS DISCRIMINAREM; O PONTO NÃO É ESSE. A QUESTÃO É QUE: NÓS NÃO TEMOS QUE IR A UM LUGAR EM QUE NÃO ESTEJAMOS CONFORTÁVEIS SÓ PORQUE ACHAMOS QUE ESSE O ÚNICO TRATAMENTO POSSÍVEL QUANDO SE É LGBT. NÃO TEMOS QUE ACHAR QUE A GENTE MERECE ALGUM TIPO DE TRATAMENTO RUIM, NÃO TEMOS QUE NOS ACOSTUMAR A SERMOS DIMINUÍDOS E OFENDIDOS. NESSE SENTIDO EU DIGO: ESTEJA ONDE VOCÊ É AMADO. CASO A PESSOA NÃO TE RESPEITE, ELA NÃO MERECE SUA COMPANHIA E MUITO MENOS SUA AMIZADE. VOCÊ NÃO É OBRIGADO A SE SENTIR MAL SÓ POR SER QUEM VOCÊ É. VOCÊ É INCRÍVEL E MERECE MUITO MAIS QUE ISSO.)

LOVE IS LOVE



Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.