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EGoverno de Ontário anuncia novo investimento na Saúde

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HORÓSCOPO

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Entrevista

Correio da Manhã Canadá esteve à conversa com Dawn Murphy, deputada provincial de Ontário e assistente parlamentar da ministra Sylvia Jones, que explica o novo plano da saúde

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A deputada provincial de Ontário, Dawn Gallagher Murphy, assistente parlamentar da ministra da Saúde Sylvia Jones, abordou em entrevista exclusiva à CMCTV, o anúncio do Governo de Ontário. O Ministério da Saúde diss e na manhã do dia 2 de fevereiro, que vai investir 30 milhões de dólares para criar até 18 novas equipas interprofissionais de cuidados primários. Dawn Gallagher Murphy fez também um balanço do trabalho da atual ministra da Saúde provincial e ainda anteviu a reunião da próxima semana, entre o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, e os premiers do país.

Correio da Manhã Canadá:

A ministra Sylvia Jones anunciou 30 milhões de dólares para criar até 80 novas equipas interprofissionais de cuidados primários, as quais incluem enfermeiros, médicos, assistentes sociais e outros. Na prática, que é que isto representa?

Dawn Murphy: O que foi anunciado pela Honorável Sylvia Jones, a nossa Ministra da Saúde é basicamente um plano em que temos vindo a trabalhar há já algum tempo.

Em Agosto de 2018, anunciámos um plano ao qual demos c ontinuidade. Todo o trabalho visava este plano que acabou de ser anunciado. Assim, de facto, o nosso governo, desde 2018, aumentou o financiamento dos cuidados de saúde em 14 mil milhões de dólares. E com este anúncio, todos ouviram que há mais 13 milhões de dólares para investir. Isto faz parte do nosso plano de três pilares, que consiste em atingir os 30 milhões, especificamente, para as equipas interprofissionais de cuidados primários. E esses 30 milhões de dólares irão criar até 18 novas equipas. E estas serão equipas de saúde de Ontário. Portanto, é esse o financiamento específico. Mas há três pilares para este plano, sendo o primeiro o cuidado certo, no lugar certo. Em segundo lugar, é o acesso mais rápido aos cuidados de saúde. E em terceiro lugar, trata-se de contratar mais profissionais de saúde. E este é um plano a longo prazo.

CMC: Como avalia o trabalho de Sylvia Jones, desde que t omou posse como ministra a 24 de junho, numa altura em que se fala muito sobre a crise dos cuidados de saúde?

DM: Bem, o que vejo é que estamos a sair de uma pandemia, uma pandemia que realmente nos mostrou muitas fraquezas no nosso sistema de saúde. Isso também nos deu a oportunidade de ver como podemos corrigir o nosso sistema de cuidados de saúde. Muito honestamente, foram tomadas muitas decisões inovadoras, muito ousadas e muito criativas para chegarmos ao ponto em que hoje nos encontramos com este plano. E, se me permite, posso falar um pouco mais sobre este plano porque, mais uma vez, ao chegar a este fim da pandemia, há certas coisas que obviamente aprendemos sobre o nosso sistema de saúde. E é por isso que é necessário assegurar que as pessoas possam ter acesso aos cuidados onde precisam, quando precisam, quer s eja em casa, na comunidade, virtualmente, ou num hospital. E foi aí que este plano se con- cretizou. Portanto, se olharmos para algumas das coisas que anunciámos, temos em primeiro lugar, os cuidados certos, no lugar c erto e, provavelmente já ouviram dizer que isto foi apenas no novo ano, depois falámos de doenças menores e de permitir que os farmacêuticos prescrevam medicamentos par a 13 doenças comuns e, logo após este anúncio, quase 40.000 avaliações foram concluídas pelos farmacêuticos e mais de 31.000 receitas foram emitidas. Isto é realmente significativo porque, quando se trata de doenças menores, onde poderiam estar estas pessoas? Estariam nos cuidados primários ou num departamento de emergência? Então, mais uma vez, quais são os nossos objectivos? Queremos garantir que temos capacidade nos noss os hospitais para cuidar de pacientes com algumas exigências muito sérias e cirúrgicas.

Portanto, isso é apenas uma das coisas que tínhamos anunciado e, se pensarmos em como isso

O nosso governo, desde 2018, aumentou o financiamento dos cuidados de saúde em 14 mil milhões de dólares. E com este anúncio, todos ouviram que há mais 13 milhões de dólares para investir. Isto faz parte do nosso plano de três pilares, que consiste em atingir os 30 milhões, especificamente, para as equipas interprofissionais de cuidados primários.”

Dawn Gallagher Murphy MPP por Newmarket-Aurora

aliviou algumas das pressões sobre os cuidados primários, bem como sobre os hospitais, é bastante impressionante.

CMC: Existe, num futuro próximo, algum programa especial para facilitar a contra- tação de profissionais de saúde imigrantes, especialmente de Portugal?

DM: Essa questão entra no terceiro pilar do nosso plano. No terceiro pilar, está a contratação de mais profissionais de saúde. Especificamente no ano passado, tivemos um ano recorde com mais de 12 mil novos enfermeiros registados e mais 30 mil enfermeiros a estudar numa faculdade ou universidade de Ontário. Agora enfermeiros internacionais, estamos a trabalhar para derrubar barreiras para termos até 5 mil enfermeiros com formação internacional, de forma a que possam registar-se e praticar em Ontário, o mais rapidamente possível. Portanto, isso é outra coisa que estamos a fazer, porque isso é fundamental. Se uma enfermeira quiser vir para a nossa província, queremos trabalhar de forma a garantir que estas barreiras possam ser evitadas para que diminua o tempo do seu registo e para que possam começar a praticar aqui na nossa província. E essa é uma das coisas que também já fizemos. Provavelmente ouviram dizer que o Ontário tornou-se a primeira província no Canadá a permitir que os profissionais de saúde registados noutras províncias e territórios começassem imediatamente a trabalhar prestando cuidados e isto é fundamental. Outras coisas que fizemos, para assegurar que estamos a cuidar da nossa saúde, dos nossos recursos humanos, hoje e no futuro, é que estamos a expandir o programa para oferecer a mais comunidades, mais serviços, não só enfermeiros mas também paramédicos, adicionando mais 2500 estudantes a este programa.

Algumas das novas escolas de medicina, de que provavelmente ouviu falar, é a maior expansão da educação médica em 15 anos, acrescentando 160 posições de graduação e 295 de pós-graduação e criando uma nova escola de medicina em Brampton.

CMC: No dia 7 de fevereiro, realizou-se o encontro entre Justin Trudeau, primeiro-ministro, e os premiers do Canadá. No que diz respeito à Saúde, o que acha que são os principais temas a considerar?

DM: Como provavelmente sabe, o Governo federal financia atualmente o ministério da

Saúde do Canadá, até 22%. As transferências financeiras para a província estão em curso e esperamos que aumentem para 35%, porque se aumentarem para os 35%, imaginem o que poderíamos fazer com esse financiamento. Equivale a 10 mil milhões de dólares por ano. Com 10 mil milhões de dólares por ano, poderíamos de facto construir mais sete novos hospitais e ter mais de 70 mil novos pacientes a receber cuidados. Poderíamos ter mais 150 máquinas de ressonância magnética que procuram fazer diagnósticos aos nossos cidadãos aqui, na nossa província, de forma a podermos diagnosticar mais rapidamente e ter melhores resultados. Isto é o que eu esperaria, mas não posso antecipar o que serão essas conversas. Tudo o que posso dizer é que na nossa província, esperamos realmente que o governo federal aumente essas transferências para a saúde porque, nós estamos a fazer a nossa parte. Como mencionei no início, investimos 14 mil milhões de dólares adicionais em despesas com cuidados de saúde na nossa província, desde 2018. Por isso, nossa expectativa é que o governo federal invista mais da sua parte.

AMBIENTE

Caldeira domiciliada na fábrica da Bel transforma energia primária em energia térmica

Caldeira a biomassa, instalada na Ribeira Grande, é alimentada por Criptomeria e vai diminuir emissões de CO2 em 85%

A ENGIE Portugal, especializada na prestação de serviços de eficiência energética, vai instalar na fábrica da Bel Portugal, na Ribeira Grande, uma caldeira a biomassa que vai permitir reduzir em cerca de 85% as emissões de CO2 com a produção de vapor da fábrica nos Açores. Esta instalação permite à multinacional, dar um passo relevante na transição energética da central térmica da Ribeira Grande. A caldeira será alimentada com recurso a uma espécie florestal infestante, a Cryptomeria jap ónica, espécie mais abundante na ilha de São Miguel,

CULTURA contribuindo assim para manter a biodiversidade vegetal endógena da ilha. Esta nova caldeira tem características especiais do ponto de vista tecnológico, com a capacidade de utilizar biomassa numa gama alta de humidade, granulometria e poder calorífico, transforma esta energia primária renovável em energia térmica útil, sob a forma de vapor. O projeto permite igualmente aumentar e melhorar a eficiência global da central térmica de vapor da BEL Portugal na Ribeira Grande.

AGRICULTURA

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