Este suplemento faz parte integrante da edição n.º 4612 do Jornal Correio de Azeméis. Não pode ser vendido separadamente.
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Terça-feira, 16 de junho de 2015
AZEMÉIS FAZ BEM/100+
EXCLUSIVO>SECRETÁRIO DE ESTADO DO DESENVOLVIMENTO REGIONAL
Todo o empresário é um empreendedor, mas nem todo o empreendedor é um empresário Os últimos dados apresentados no Anuário Estatístico da Região do Norte confirmam que a taxa de cobertura das importações por exportações nos cinco concelhos de Entre Douro e Vouga (agora integrados na Área Metropolitana do Porto) é de 230%, sendo a segunda mais elevada de toda a Região do Norte. Em termos absolutos este valor representa um superavit da balança de mercadorias, em 2013, de mais de 1.400 milhões de Euros. Estes cinco concelhos – Arouca, Oliveira de Azeméis, Santa Maria da Feira, São João da Madeira e Vale de Cambra – contribuíram com 30% para o saldo positivo da balança comercial de toda a Região Norte. Contudo, e apesar deste desempenho da Região do Norte em termos de comércio internacional, tal não se tem refletido, como se pretendia, no processo de convergência real com a União Europeia. O PIB per capita em paridade de poder de compra do Norte é de 64% da média da União Europeia, sendo esta a Região Portuguesa com o valor mais baixo. Significa isto que a sub-região de Entre Douro e Vouga, onde Oliveira de Azeméis tem um papel destacadíssimo, exporta muito, mas enriquece pouco. Exporta muito, mas as suas empresas beneficiam pouco. Exporta muito, mas os seus trabalhadores retêm pouca riqueza, traduzida em salários demasiado modestos ou baixos. A estratégia do atual ciclo de fundos europeus - ‘Portugal 2020’ - teve em consideração este diagnóstico e dá especial atenção à competitividade e internacionalização da nossa economia, privilegiando o apoio à mudança do perfil de especialização produtiva e ao reforço das competências das PME. É fundamental retomar o processo de convergência em termos de rendimento e bemestar, por comparação com os nossos parceiros europeus mais desenvolvidos. Tudo passa por acrescentar mais valor aos produtos que exportamos. Só valorizando mais os produtos se poderá aumentar os rendimentos de quem os produz. É por isso que está a ser lançado um programa para financiar as empresas que recrutem pessoal altamente qualificado, designadamente doutorados e investigadores. É necessário transfor-
DR
M. Castro Almeida
mar o conhecimento que existe nas Universidades em valor para as empresas. E é também por isso que está a ser criada uma Instituição Financeira de Desenvolvimento, para permitir às PME obter financiamento em melhores condições ou reforçar os seus capitais permanentes. Frequentemente as empresas têm bons produtos, faltandolhes no entanto o capital que permita aumentar o volume de negócios. A competitividade e internacionalização da nossa economia são, de facto, a principal prioridade dos fundos europeus no novo ‘Portugal 2020’. Porque acreditamos na aposta no crescimento e no emprego. Empresas mais competitivas são a única forma de garantir mais empregos ou de permitir o aumento do salário de quem já está empregado. Para operacionalizar esta mudança que todos desejamos, devemos centrar a nossa atenção na importância absolutamente decisiva que os empresários têm neste processo. Foram estes, sem dúvida, que enfrentaram na primeira linha os choques doajustamento que o País teve de efetuar. São estes, enfim, os heróis dos tempos modernos ao criarem riqueza e, por essa via, gerarem mais e/ ou melhor emprego, dirigindo empresas, criando novos negócios e liderando o esforço de muitos milhares de trabalhadores. Eu sou daqueles que acredita que uma importante ajuda que o Estado pode dar às empresas é ter as suas próprias contas em ordem. Este objetivo de boa política pública reflete-se depois na economia. Como? Permitindo baixar impostos, pagando às empresas sempre a horas e, não menos importante, libertando o crédito que hoje está alocado ao Estado e colocando-o na economia através das empresas. Como costumo afirmar, não há empresas sem empresários e não há bons empresários sem bons trabalhadores. Foi a pensar na importância que este sistema tripartido tem nos objetivos de crescimento e emprego que desenhamos o ‘Portugal 2020’. Espero que o ‘Portugal 2020’ contribua para melhorar o empreendedor que há em cada empresário e para libertar o empresário que possa existir em cada empreendedor.
AzemĂŠis faz bem/100+
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AZEMÉIS FAZ BEM/100+
>MAIS SIMPLIFICADO O SEU ACESSO OU NEM POR ISSO?
O ‘Portugal 2020’ do ‘nosso contentamento’ Portugal vai receber 25 mil milhões de euros até 2020. Neste sentido, definiu os ‘objetivos temáticos’ para estimular o crescimento e a criação de emprego, as intervenções necessárias para os concretizar e as realizações e os resultados esperados com estes financiamentos. É a este apoio da União Europeia que se chama ‘Portugal 2020’. Trata-se do ‘acordo de parceria’ adotado entre o nosso País e a Comissão Europeia, que reúne a atuação dos cinco Fundos Europeus Estruturais e de Investimento - FEDER, Fundo de Coesão, FSE, FEADER e FEAMP -, no qual se definem os princípios de programação que consagram a política de desenvolvimento económico, social e territorial para promover, em Portugal, entre 2014 e 2020. O Governo Português apresentou, a 31 de janeiro, em Bruxelas, o ‘Acordo de Parceria’ relativamente às prioridades de financiamento com fundos estruturais europeus para o período 2014-2020, sendo um dos primeiros países a fazê-lo. O ministro-Adjunto e do De-
senvolvimento Regional, Miguel Poiares Maduro, esteve acompanhado pela ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, pelo secretário de Estado dos Assuntos Europeus, Bruno Maçães, e o seu colega da pasta do Desenvolvimento Regional, Castro Almeida. De acordo com o ministroAdjunto para o Desenvolvimento, Miguel Poiares Maduro, “uma das grandes prioridades [do ‘Portugal 2020’ face aos outros quadros comunitários de apoio] é a deslocação do investimento das infraestruturas, onde Portugal está acima da média europeia, para a competitividade e para a internacionalização das empresas, que é o grande défice do País e a razão de fundo pela qual entrámos no passado, com grande frequência, em situações de insustentabilidade financeira”, Norte recebe mais 25% do que no QREN O quadro de programação ‘Portugal 2020’ está assente em quatro eixos temáticos essenciais: competitividade e internacionalização, capital humano, inclusão social e emprego, e sustentabilidade e eficiência no uso dos recursos. Para além destes, continuam, obviamente, a existir programas regionais, cinco no continente, dois para Açores e Madeira, três especificamente
para o desenvolvimento rural e um programa para os assuntos marítimos e pescas. As regiões menos desenvolvidas vão receber 93% do ‘bolo’ do ‘Portugal 2020’, atendendo a que beneficiam também da quase totalidade dos montantes previstos para os programas temáticos. As regiões menos desenvolvidas não incluem Lisboa e Madeira, consideradas desenvolvidas pela União Europeia, e o Algarve, que é uma região em transição. Olhando apenas para os programas operacionais regionais, o Norte e o Centro vão receber mais 25% do que no anterior quadro comunitário 2007-2013. O aumento para o Alentejo é de 42%. A região de Lisboa tem um aumento ainda mais significativo, na sequência de uma negociação especial no Conselho Europeu, mais que duplicando a sua dotação, já que partia de uma dotação muito inferior (menos de 2% do montante total atribuído às outras regiões) e não irá beneficiar dos programas temáticos.
autoridades, das vantagens e benefícios dos financiamentos, e para apoiar um maior número de empresas. Os mecanismos de financiamento serão competitivos, transparentes e seletivos, de acordo com fonte governamental. A atribuição dos fundos será sujeita a uma análise da maisvalia dos projetos mais exigente do que no passado. Serão contratualizados resultados e não financiados projetos. O acesso a financiamento vai ser competitivo, não havendo lugar a financiamento garantido a determinadas tipologia de beneficiários. A competição pelo financiamento está assegurada, nomeadamente pela explicitação dos compromissos e responsabilidades, incluindo prazos rígidos para a realização de investimentos, custos-padrão e especificação objetiva e calendarizada dos resultados a alcançar. Os recursos financeiros libertados por incumprimento serão reafetados a novos financiamentos. Serão igualmente desenvolvidas boas práticas de informação ‘Balcão comum’ para pública dos apoios concedidos simplificar e da avaliação dos resultados O domínio ‘Competitividade obtidos, sabendo que, atuale Internacionalização’ concen- mente, a esmagadora maioria tra mais de 40% dos fundos. dos cidadãos e empresas não Uma grande parte dos apoios conhece as oportunidades que vai ser reembolsável para asse- representam os fundos. Há, por gurar uma maior internalização, exemplo, um ‘balcão comum’ por parte das empresas e das (consulte também ‘Balcão 2020’
“Os fundos europeus são um instrumento essencial para incentivar e transformar o crescimento da economia, que deve ter nos bens e serviços transacionáveis, ou seja, nas exportações, o seu principal motor para combater o desemprego e a exclusão social de forma duradoura”. em ‘portugal2020.pt’) na Agência para o Desenvolvimento e Coesão, que substituiu as três instituições que geriam os fundos: Instituto Financeiro para o Desenvolvimento Regional, Instituto de Gestão do Fundo Social Europeu e Observatório do QREN. Caberá à Agência receber as candidaturas que não especifiquem um programa operacional, procedendo ao seu reenvio. Pequenos investimentos poderão ser atribuídos numa lógica simplificada de cheque ou vale, por exemplo, cheques digitais para promover a transferência para a economia digital de PME (Pequenas e Médias Empresas), respeitados certos critérios objetivos. Já as candidaturas relativas a investimentos de maior dimensão (acima de 25 milhões de euros) serão objeto de avaliação técnica por peritos de renome e os resultados, bem como a fundamentação da decisão final, serão divulgados publicamente. (FONTES: PORTUGAL.GOV.PT / PORTUGAL2020.PT)
N.R.: Este tema centrou a discussão dos debates realizados pela AZFM Rádio, durante três meses sensivelmente e dos quais damos eco nestas páginas. PUB
Azeméis faz bem/100+
‘Heróis’ que fazem bem
Esperanças no ‘Portugal 2020’
Sabemos que os portugueses, dos mais instruídos aos menos cultos, conservam grandes reservas sobre a aplicação destes milhões...
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mensagem
editorial
‘Portugal 2020’ é um acordo entre Portugal e a Comissão Europeia, reunindo cinco Fundos Europeus Estruturais e de Investimento, no qual estão definidos os princípios de programação que consagram a política de desenvolvimento económico, social e territorial a promover em Portugal entre 2014 e 2020. Portugal vai receber 25 mil milhões de euros até 2020. O estudo ‘25 Anos de Portugal Europeu’, coordenado pelo ex-ministro da Economia Augusto Mateus, e oportunamente apresentado, chegou à conclusão global de que o primeiro quarto de século de integração na União Europeia saldou-se por um semi-falhanço. Cerca de nove milhões de euros recebidos por dia em fundos comunitários, à volta de um total de 80 mil milhões recebidos a fundo perdido. Sabemos que os portugueses, dos mais instruídos aos menos cultos, conservam grandes reservas sobre a aplicação destes milhões e a comunicação social fala-nos frequentemente de condutas ilícitas que se multiplicaram nas barras dos tribunais. Um pouco por toda a parte… a todos os níveis! O próprio secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, o nosso bem conhecido Dr. Castro Almeida, ao intervir muito recentemente no Europarque, no ‘Forum do Empreendedorismo’, reconheceu publicamente que nem tudo correu bem na aplicação dos fundos comunitários desde que Portugal acedeu a eles. Declarou então: “Não vamos fazer uma revolução, mas temos que fazer uma reforma importante no ‘Portugal 2020’ face aos anteriores. Nos primeiros dez anos Portugal aproximou-se doze pontos percentuais da média europeia em poder de compra; nos últimos anos divergimos um ponto percentual; isto quer dizer que as coisas não correram bem”. Mais disse que “os fundos foram sobretudo para obras públicas”, (…) frisando que “há muita gente, nomeadamente na máquina do Estado, que queria continuar a fazer obras públicas”. Mais avisou que o próximo quadro comunitário ‘Portugal 2020’ vai trazer dificuldades a quem fazia dos fundos uma forma de vida, acrescentando: “Quem olhar para os fundos como uma forma de enriquecer vai ter mais dificuldades; quem olhar como uma oportunidade para poder levar à prática projetos sérios de criação de riqueza nas mais diversas áreas (…) vai ter a vida muito mais facilitada no ‘Portugal 2020’ do que o tinha no QREN”. Escaldados, os portugueses bem desejam que assim aconteça!
Terça-feira, 16 de junho de 2015
António Magalhães
Uma das grandes prioridades de Portugal (para além do equilíbrio entre as receitas e as despesas do Estado) é o equilíbrio do comércio com o exterior. A cobertura das importações pelas exportações. Neste capítulo, alguma coisa de acertado se tem feito. Há duas décadas (1995) por cada mil euros de importações, exportávamos 730 euros. Em 2012 exportámos 818 euros. A Região Norte, a que pertencemos, apresentou o melhor desempenho do País em termos do saldo da balança comercial, com um excedente de 5 004,5 milhões de euros em 2013 (+4,6 milhões de euros face a 2012). Exportou cerca de 16.800 milhões de euros e importou cerca de 11.700 milhões, o que significa que por cada mil euros importados, o Norte exportou 1.440. Neste capítulo da cobertura das importações pelas exportações, ainda segundo dados do INE referentes a 2012, a nossa sub-região, denominada ‘Entre Douro/Vouga’, tem um resultado ainda melhor do que o da Região Norte, a que pertence, com uma exportação de 2.522 milhões de euros, contra uma importação de 1.048 milhões, o que resulta que por cada importação de mil euros, exporta 2.406. O nosso concelho de Oliveira de Azeméis ajuda a este bom resultado, com um volume de exportações de 690 milhões de euros, contra 264,5 milhões de importações, o que significa que por cada mil euros importados, são exportados 2.620. Na nossa região, só Santa Maria da Feira tem melhor desempenho, com exportações de 1.130 milhões de euros, contra 370 milhões de importações (por cada mil euros que importam, os feirenses exportam 3.060). São João da Madeira tem o terceiro melhor resultado da nossa sub-região, com uma importação de 447,7 milhões e uma exportação de 292,4 milhões de euros (por cada mil euros que importam, os vizinhos sanjoanenses exportam 1.530). Vale de Cambra ocupa a quarta posição, com uma exportação de 228 milhões de euros e importações de 197,3 milhões (por cada mil euros de importação, o município vizinho exporta 2.125). Arouca também tem um superavit na cobertura das importações pelas exportações, tendo exportado 26,7 milhões de euros e importado 13,6 milhões (por cada mil euros importados, Arouca exportou 1.930). As empresas que exportam enfrentam concorrência bastante competitiva, em preços, qualidade e prazos. Fazer crescer as exportações é tarefa difícil. O Presidente da República, em recente visita oficial ao nosso concelho, classificou como “heróis” estes empresários. Como ouvi há dias de Mira Amaral, presidente do banco BIC e ex-ministro de Cavaco Silva, os portugueses têm uma capacidade muito especial para o “desenrascanso”, para improvisar, para fazer bem, sabem do seu ofício e criam, produzem, arriscam e são empreendedores. No mundo global em que vivemos, estas caraterísticas são muito valiosas. Caraterísticas que vivem nos empresários e trabalhadores do nosso município, que contribuem com prestigiante quota-parte para o equilíbrio da balança comercial portuguesa.
Eduardo Oliveira Costa
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Terça-feira, 16 de junho de 2015
AZEMÉIS FAZ BEM/100+
>DEBATES NA AZ FM RÁDIO 89.7MHZ
Azeméis faz (mesmo) bem! À semelhança do ano passado, a AZ FM Rádio – órgão de comunicação do grupo empresarial a que pertencemos – ‘abriu os microfones’ ao debate de ideias, de conceitos e de estratégias, dando a conhecer, mais uma vez, o que ‘Azeméis faz bem’. Em sete programas, vários foram os convidados que partilharam experiências, entre representantes do nosso tecido empresarial, de organizações e associações setoriais, do ensino e do poder autárquico, de que retirámos, agora, pequenos excertos para que constem neste dossiê. Um trabalho que demonstra que o concelho e a região são referências no todo nacional no que diz respeito a fatores tão importantes como a taxa de desemprego e o índice de exportações, por exemplo, a que se associam a dinâmica e o empreendedorismo dos nossos empresários. Por outro lado, este suplemento – em terceira edição – dá-nos conta, novamente, das ‘cem maiores empresas’ do município de Oliveira de Azeméis, num levantamento da responsabilidade da ‘Ignios – Gestão Integrada de Risco’, que o produziu em exclusivo para o Correio de Azeméis (ver pág. 39), bem como das PME’s Líder e PME’s Excelência (pág. 38). Entre muitos assuntos, este ano deu-se primazia à discussão dos fundos comunitários – o já tão falado ‘Portugal 2020’ – que marcam o cenário num País prestes a viver mais um período de campanha para eleger, democraticamente, o seu XX Governo Constitucional. REDAÇÃO: ANGELA AMORIM E GISÉLIA NUNES PRÉ-IMPRESSÃO: MARISA GONÇALVES APOIO LOGÍSTICO: LEANDRO PIRES, DANIELA FONSECA, DÉBORA OLIVEIRA E TIAGO SOARES
Pedro Marques (Câmara Municipal): “O nosso Gabinete de Apoio ao Empresário [GAE] tem sido capaz de passar a mensagem de que estamos aqui para ajudar e apoiar, de perto, o nosso tecido industrial e os nossos empresários. Este gabinete serve mais eficazmente os jovens e os pequenos empresários do que propriamente aos grandes e médios empresários, cuja estrutura de trabalho e de funcionamento já está instalada. O seu grupo de trabalho é bastante interessante; possui o Gabinete de Inserção Profissional (GIP), que tem acesso direto ao Instituto de Emprego e Formação Profissional. Este proporciona todo o tipo de apoio e aconselhamento em várias vertentes, como por exemplo a nível de licenciamento, emprego, João Paulo Chibante (Sutafer): “(…) A banca foi a principal ‘culpada’ de toda certificações, qualidade, segurança, esta crise e foi a que menos pagou por ela; ou seja, faz aquilo que entende responsabilidade social das empresas e nós somos obrigados a segui-la se queremos crescer e não ficarmos ser (…). Com o GAE, a Câmara Municipal limitados. Para investirmos temos de recorrer à banca, pois para o fazermos pretende promover uma maior com capitais próprios torna-se extremamente difícil com os clientes a proximidade entre a autarquia e as pagarem cada vez mais tarde. (…) Penso que, de 2015 para a frente, a banca empresas, no sentido de as apoiar será obrigada a vir ao encontro das empresas, porque ela também precisa de e, consequentemente, impulsionar vender o ‘seu negócio’…”. a economia do nosso concelho e PUB região”. Paulo Matos (Molde Absoluto): “Neste programa comunitário [‘Portugal 2020’] temos duas prioridades: Consolidar a situação das empresas de forma a potencializar a nossa indústria e, por outro lado, incentivar ao emprego. Julgo que é essencial hoje olhar para a ótica do emprego como uma prioridade; não são as empresas sozinhas que podem resolver este problema. Estas precisam de apoio para que consigam ir ao mercado buscar técnicos com qualificação, que estão esquecidos… é importante tomar consciência que muitos ficaram desempregados, mas sempre foram mais-valias em termos experiência e podem ser úteis para o futuro do País”. Nuno Azevedo (Celar): “Felizmente 2014 foi um ano excelente para nós. Vínhamos de anos um pouco complicados e toda a conjuntura ajudou: o custo com as matérias-primas baixaram, os combustíveis baixaram, os juros na banca baixaram – ora, tudo isso, aliado ao aumento das vendas a nível nacional e internacional, funcionou em pleno. As nossas expetativas é que 2015 seja um ano de excelente recuperação…”.
Azeméis faz bem/100+
Bruno Silva (Sabrusapatos): “Um pouco ‘contra a corrente’ do que se tem passado no setor do calçado, estamos a ter um ano excecionalmente bom. E digo ‘contra a corrente’, porque o ano 2015 não está a começar da melhor forma: uma parte dos nossos clientes está a sofrer uma grave crise, devido a conjuntura económica e política por que passa atualmente. Refiro-me ao mercado da Rússia, que era um dos países em que estávamos a tentar entrar agora; tínhamos um projeto muito bom para o período de 2015 a 2018 de expansão para esse país, que agora não terá seguimento”. Manuel Tavares (BTL): “Nós vivemos um momento de algumas dificuldades; já devíamos ter em execução o ‘Portugal 2020’, que ainda nem entrou e parece estar a entrar aos soluços. Trata-se, afinal, de uma grande alavanca para a nossa economia e, por algumas circunstâncias, que também são políticas, este quadro comunitário de apoio ainda não está em pleno. Importa salientar que ao falar do ‘2020’, falamos de um ‘bolo’ de 25 mil milhões de euros”. Carlos Ornelas (Codeplas): “A crise foi ‘boa’ para ‘limpar’ muitos que não eram mais-valias para a economia, foi feita a seleção que era necessária. Ficaram os resistentes, os inovadores, os que conseguiram pegar nestas dificuldades, arranjar soluções e dar a volta. (…) Se 2014 foi um ano fantástico, estamos a contar que 2015 seja um ano ainda mais fantástico”. Joaquim Jorge Ferreira (Performance): “Temos que assegurar que todo este dinheiro que vai estar disponível [‘Portugal 2020’] chegue à economia real. (…) No caso concreto do Norte, temos um reforço em relação àquilo que tínhamos no último quadro comunitário de apoio, 3.4 mil milhões de euros disponíveis para investir. Porém 2/3 disso estão concentrados em três eixos estratégicos, que apostam na investigação e no desenvolvimento tecnológico, na competitividade das empresas com vista à internacionalização e na capacitação dos recursos humanos, nas tecnologias de informação e comunicação. (…) Temos que perceber se a tipologia das nossas empresas está preparada para receber este tipo de contributos ou se estes vão ficar concentrados nas empresas que estão já a reunir condições para os receber, para os trabalhar, para os promover (...). Importa não esquecer que as pequenas empresas são os grandes empregadores, que desempenham o papel fundamental na economia e não têm internamente nem recursos humanos, nem técnicos, nem quadros que lhes permitam abraçar com a mesma facilidade de outras as questões da internacionalização e da procura de novos mercados”.
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Paulo Rodrigues (Polisport): “Temos tido a preocupação de desenvolver a nossa estratégica sem ter em conta os fundos europeus, nomeadamente ao nível dos próprios investimentos. (…) Penso que o mais importante é que estes fundos sejam bem utilizados no âmbito da produtividade para que consigamos um crescimento sustentado da economia portuguesa, um crescimento não baseado na autoridade e nos cortes salariais…”. Hugo Pinto (JDD Moldes): “Há falta de formação no setor da metalomecânica, com os nossos jovens a saírem mal preparados da escola nessa área e, até mesmo, ao nível do ensino académico. (…) Alguns conseguem destacar-se e serão sempre bons profissionais, mas a maioria não. Por outro lado, uma das grandes lacunas a que se assiste é também na área das Línguas… ora se não sabem falar Línguas estrangeiras e grande parte das empresas está voltada para a exportação, estão desde logo limitados no mundo do trabalho da sociedade atual”. Luís Bastos (Mitjavila): “Creio que esta ‘janela de oportunidades’ [‘Portugal 2020’] da forma como está a ser implementada poderá ter resultados positivos, pois, pelo menos, não terá tanta burocracia como em anos anteriores. Por outro lado, não poderão ser feitos investimentos de forma aleatória a percentagem de execução e os resultados terão de ser devidamente apresentados e fiscalizados. (…) Os projetos aprovados serão mais controlados, comparativamente aos quadros comunitários anteriores (…) de que estamos a pagar a fatura’”. Martinho Oliveira (ESAN): “Os alunos formados na nossa escola estão todos neste momento a trabalhar (…) e teria dificuldade em oferecer agora um aluno com essas caraterísticas [área da eletrónica]. Todavia, a nossa dinâmica (…) permite-nos que, em ‘cursos de especialização tecnológica’, em um ano ou ano e meio, consigamos transformá-los de modo a ficarem aptos para uma profissão”. PUB
08 Nuno Silva (Moldit): “Se uma empresa tiver a capacidade de viver por ela própria, um programa de incentivos deste género [Portugal 2020] pode trazernos uma ajuda suplementar e interessante, considerando que este quadro comunitário de apoio está muito direcionado para a inovação e para a internacionalização. A oportunidade está um pouco do nosso lado temos de ser capazes de utilizar estas linhas para podermos melhorar a nossa performance. (…) A grande questão tem a ver com a banca e o acesso ao dinheiro (…) que está ‘muito caro’, sendo, no entanto, esta uma condição fundamental para a indústria portuguesa: ter acesso ao dinheiro ao mesmo nível que têm os nossos concorrentes europeus, nomeadamente, franceses, alemães, italianos e espanhóis”. Adriano Duarte (Multimoto): “O ‘Portugal 2020’ será uma grande oportunidade para Portugal e direta ou indiretamente
Terça-feira, 16 de junho de 2015
Azeméis faz bem/100+ “O dinheiro público devia ser distribuído de uma maneira mais equitativa e de modo a potenciar o desenvolvimento das regiões mais pobres”
chega a todos. A Multimoto não pensa fazer qualquer candidatura a esse quadro comunitário de apoio até porque não tem grandes incentivos que se enquadrem no nosso setor. No entanto, espero que, indiretamente, estes fundos da União Europeia apoiem as empresas exportadoras, dando-lhes mais competitividade, mais internacionalização e, sobretudo, mais emprego. E com mais emprego
espero vender mais motas! Espero, essencialmente, que haja uma boa utilização do ‘Portugal do 2020’ por parte das empresas cujas candidaturas sejam aprovadas, já que o passado é profícuo em exemplos que não nos são nada favoráveis”. Carlos Silva (Moldoplástico): “No que diz respeito ao novo quadro de incentivos, estamos atentos e com algumas expetativas mais para a
indústria dos plásticos e não tanto para a dos moldes. (…) O senhor secretário de Estado [Castro Almeida] disse que este ia ser muito menos burocrático e muito mais acessível às empresas. No entanto, não é isso que estamos a verificar com a obrigatoriedade de preenchimento de todos os requisitos e, pior do que isso, os programas que já estão abertos têm objetivos muito altos e, caso não consigamos atingi-los (…), teremos que
devolver o dinheiro”. Fernando Ferrinha (AFIA): “(…) Tudo o que é dinheiro público devia ser distribuído de uma maneira mais equitativa e de modo a potenciar o desenvolvimento das regiões mais pobres. Infelizmente vemos muito pouco disso em Portugal atualmente - quem tem origens e conhece bem o interior percebe isso cada vez mais”. PUB
AZEMÉIS FAZ BEM/100+
Hélder Silva (Fluidotrónica): “Não vejo a crise como uma situação passageira, antes como algo que veio mudar a realidade e que, neste momento, não será fácil de reverter. O País conseguiu reduzir as taxas de juro, o que foi bom e aumentou nossa credibilidade, mas isso foi graças a um esforço enorme dos portugueses; foi um processo muito duro que levou a níveis de desemprego brutais, que ainda continuam, apesar de estarem já a decrescer um pouco. Isto significa que a economia ‘emagreceu’ até porque as pessoas não têm emprego. (…) Portanto, a austeridade parece ter vindo para ficar com grande pena minha, será quase um novo modelo a que os portugueses têm que se adaptar. O País assumiu compromissos muito duros e tem de cumprir”. Domingos Ferreira (Calçado Centenário): “Por exemplo no nosso caso em particular, o ‘Portugal 2020’ não poderá apoiar-nos na sua plenitude. (…) O grosso do capital do investimento que vamos fazer prende-se com a ampliação que pretendemos fazer, porque já estávamos preparados com equipamento. Vamos ter de adquirir algum novo para outros setores, mas a nossa firma está mais do que bem equipada. (…) Temos um gabinete que estudou todas essas possibilidades e chegou à conclusão que, pela via do ‘Portugal 2020’, não seremos favorecidos. Temos outro tipo de programas que nos vão socorrer, porque são mais apropriados”. Luís Henrique (Lidarco): “Nós estamos numa encruzilhada, mas vamos sair dela, porque já demonstrámos, noutras alturas, que o conseguimos fazer, embora esta conjuntura seja particularmente difícil. (…) Agora continuo preocupado com a igualdade de tratamento às empresas e com aquilo que eu ouvi esta semana (…) sobre os problemas fiscais que continuam a acontecer a grandes empresas e que não consigo compreender. (…) Temos um grande problema em Portugal (…) que é a questão da mera hipocrisia, nessa matéria ainda não conseguimos dar o salto…”. Augusto Queirós (Cenfim): “O Estado português continua a ser para muitas empresas fonte de financiamento, não para a maioria que trabalha e luta, mas para as grandes empresas. (…) A crise para mim não acabou (…) apesar de notar-se já algum otimismo - já não há aquele stresse, aquela depressão, vivemos ligeiramente melhor, o que não é mau para aqueles que se ‘habituaram’ à recessão. Há gerações que viveram sempre em crise… tenho um filho e ele diz: ‘Eu vivi sempre em crise’ ”.
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Mário Rebelo (Macro Moldes): “A Macro Moldes hoje não tem papeis. Não há papel. Todos os nossos projetos são feitos em computador, são passados de empresa para empresa por meios informáticos, a consulta dos projetos é feita por computador, os nossos empregados contatam entre si por uma rede de mail interna, que permite que tenhamos mais eficiência e precisão entre nós. O que fica escrito… escrito fica. Logo as pessoas têm de ser muito qualificadas para a atualização desses meios. Tenho sido muito crítico em relação à formação/qualificação, porque, de há 20 ou 30 anos a esta parte, praticamente destruiu-se o ensino técnico. Refirome ao ensino técnico que alguns dos mais velhos, como eu, conhecem; então ministravase um conjunto de conhecimentos que hoje é difícil de reunir num treino muito curto… Precisávamos de ser um pouco mais exigentes com o nosso ensino”. Luís Miguel Figueiredo (Central Termoelétrica): “Temos cerca de 40 fornecedores e, principalmente nestas alturas de verão, a disponibilidade de biomassa é maior do que a nossa capacidade de queima. E nós continuamos a queimar cerca de 200 toneladas por dia de biomassa e continuamos a produzir cerca de 180/200 megawatts elétricos por dia”. Manuel Oliveira (Cefamol): “Penso que os três últimos anos foram, em termos de resultados, muito positivos para a indústria, quer a nível da produção e das exportações, com um ano a ultrapassar constantemente o outro. Isto mostra muito da dinâmica que a indústria de moldes tem e da competitividade e notoriedade que conseguiu externamente atingir e que lhe permite agradar e fornecer marcas das mais conhecidas internacionalmente”. PUB
ESCOLA SUPERIOR AVEIRO NORTE
www.ua.pt/esan
A escola superior aveiro norte felicita as 100 maiores empresas e as galardoadas PME Líder e Excelência de Oliveira de Azeméis pelos seus contributos para a competitividade da região.
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Azeméis faz bem/100+
> estudo ignios/correio de azeméis
As 100+ de Oliveira de Azeméis Este ranking é da responsabilidade da ‘Ignios - Gestão integrada de Risco’, representante da marca ‘Kompass’ em Portugal, líder mundial e especialista em Informação de Marketing e empresas business-to-business, a nível internacional, sendo membro da FEBIS - Federation of Business Information Services e da APERC - Associação
Portuguesa de Recuperações de Créditos (ver ainda pág. 39). Este estudo, realizado para o ‘Correio de Azeméis’, entre outras, assenta em variáveis como a ‘Empregabilidade’, ‘Exportação’ e ‘Volume de Negócios’, sendo esta última a base da hierarquia aqui evidenciada. Os dados reportam-se ao ano de 2013.
AzemĂŠis faz bem/100+
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Azeméis faz bem/100+
> oliveira de azeméis faz mesmo bem...
A ‘Excelência’ e a ‘Liderança’ das PME’s do concelho No ‘quadro de honra’ ao lado, apresentamos as Pequenas e Médias Empresas (PME’s) do concelho de Oliveira de Azeméis, que assumem o título de ‘PME Líder’. Neste ‘top’ estão, ainda, assinaladas as empresas que conquistaram, em 2014, o galardão ‘PME Excelência’. Estas distinções são ‘mais-valias’, não só em termos de credibilidade, como de estatuto, e possibilitam a estas dignas representantes do tecido empresarial oliveirense que façam cada vez mais e melhor. E isto porque, sob estes ‘signos’, uma série de vantagens fica à disposição das premiadas (ver pág. 38). O quadro ao lado teve a sua última atualização em 31 de dezembro de 2014, tendo sido entregues os galardões ‘Excelência’ do ano passado a 26 de janeiro último, no Europarque em Santa Maria da Feira.
Azeméis faz bem/100+
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Terça-feira, 16 de junho de 2015 >‘Portugal 2020’
Dez passos para uma candidatura*
Manuel Santos Gomes (Proleite): “As nossas marcas é que são a nossa mais-valia! São marcas que o consumidor tem na cabeça… que as pessoas gostam e têm demonstrado que gostam ao longo destas dezenas e dezenas de anos que as fabricamos. Estas mantêm sempre a qualidade intrínseca dos produtos. É isto que nos faz continuar e apostar neste setor. (…) Na qualidade de presidente da Confagri, reuni sucessivas vezes com o secretário de Estado e com a ministra da Agricultura no sentido de melhorarmos o PDR 2020 [Plano de Desenvolvimento Rural 2020] (…) e, na minha modesta opinião, este ‘PDR 2020’ está mais equilibrado do que o último quadro comunitário de apoio”. Carlos Seabra (Simoldes): “A história antiga e recente do Grupo Simoldes sempre se pautou por um investimento privado da família Rodrigues e julgo que é isso que vai continuar a acontecer, independentemente de vir a haver apoios do ‘Portugal 2020’ ou não. Os investimentos vão surgir pelas mãos do senhor António e família. (…) Os nossos governantes vivem num mundo um pouco distante daquilo que é a realidade empresarial e, por isso, (…) há muita legislação que visa, eventualmente, criar dificuldades onde não deveriam existir…”. Ricardo Tavares (Câmara Municipal): “Oliveira de Azeméis recomenda-se… os oliveirenses são briosos, são orgulhosos; os nossos empresários continuam a apostar em Oliveira de Azeméis e, portanto, estamos no caminho certo e temos razões para acreditar num futuro promissor. Nós, Câmara Municipal, iremos dar o nosso contributo para que haja oportunidade e vontade de investir aqui e continuarmos com a nossa estratégia que é a correta para o futuro do nosso concelho”.
1. Defina o seu projeto e os objetivos. Deve parar e olhar para a sua empresa, para analisar o que necessita ser melhorado e de que forma o negócio pode evoluir ou expandir-se. 2. Identifique o Programa Operacional que melhor se aplica ao seu projeto. É hora de perceber qual o Programa Operacional do ‘Portugal 2020’ ao qual se poderá candidatar para tentar obter financiamento. 3. Registe-se no ‘Balcão 2020’. Sendo o portal de submissão e gestão de todas as candidaturas, o ‘Balcão 2020’ é também o local de eleição para recolha de informação e para o registo da sua empresa. 4. Proceda à recolha de informação e documentação necessária para justificação e suporte à candidatura. Além dos documentos gerais das empresas, existem também inúmeros documentos que podem ser solicitados. 5. Elabore o planeamento do projeto. Os projetos têm uma duração máxima 24 meses, com várias fases de implementação. Durante esse período, é necessário estruturar o projeto para que
seja possível a concretização faseada dos objetivos. 6. Elabore a candidatura com suporte na legislação e no guia do formulário. Todos dispõem do respetivo Guia do Formulário que é essencial para o seu correto preenchimento. 7. Simule e justifique a avaliação prevista da candidatura. Cada critério cumprido está associada uma determinada pontuação. 8. Valide o formulário de candidatura. Os formulários dispõem de uma funcionalidade de validação, garantindo a deteção de erros e falhas no preenchimento. 9. Faça ‘upload’ dos documentos necessários. As candidaturas ‘online’ podem incluir o ‘upload’ de documentos. A empresa deve garantir a correta colocação de todos os solicitados. 10. Submeta a candidatura. Quando é submetida ‘online’, dentro da data estabelecida para o concurso em causa, gera sempre um comprovativo de submissão. (*Segundo Vânia Costa, da consultora Areages) PUB
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Terça-feira, 16 de junho de 2015
AZEMÉIS FAZ BEM/100+
Azeméis faz bem! O novo paradigma dos fundos comunitários Foi bem acertada a escolha que o Correio de Azeméis fez para este seu trabalho. Acertada porque é bem verdade que Oliveira de Azeméis faz bem. É assim em muitas áreas de atividade e isso, obviamente, orgulha-nos a todos. Azeméis faz bem e esse é um conceito que marca cada vez mais este município que faz da qualidade a sua bandeira e o seu cartão de visita. Oliveira de Azeméis pertence ao top 20 dos maiores exportadores nacionais e isso só é possível porque sabemos fazer bem e essa virtude é reconhecida internacionalmente. Estamos, pois, muito orgulhosos por esse dinamismo que atravessa todo o nosso tecido produtivo. É um dinamismo apenas possível devido à capacidade empreendedora dos nossos empresários e à qualidade dos recursos humanos de dão corpo a produtos que fazem sucesso pelo mundo fora. Parabéns a todos eles. Mas devemos dar-nos como satisfeitos com esse sucesso? Devemos sentar-nos a apreciar essa pujança de forma deslumbrada? Obviamente que não. Todos sabemos que nos dias de hoje isso não é possível. Temos todos de trabalhar continuadamente para alcançar novos patamares de desenvolvimento e inovação que nos permitam criar novos produtos e conquistar novos mercados. Esse é um desafio que só se consegue com uma articulação profunda entre vários atores. A autarquia de Oliveira de Azeméis insere-se nesse conjunto de parceiros e temos colocado o nosso foco de atuação naquelas áreas que consideramos fundamentais para que possamos continuar a crescer. Foi a pensar assim que construímos o Parque do Cercal onde a Universidade de Aveiro, através da Escola Superior Aveiro Norte, desenvolve a sua atividade formativa muito concentrada naquelas que são as necessidades da indústria da região. Foi a pensar assim que temos vindo a apostar na priorização dos processos relacionados com as empresas que pretendem criar ou ampliar as suas instalações, tendo em vista dar resposta às suas necessidades produtivas. Foi a pensar no crescimento da nossa capacidade produtiva que estamos a apostar em novas áreas empresariais, como é o caso da Área de Acolhimento Empresarial de Ul-Loureiro ou em equipamentos de apoio como é centro de negócios que está a ser construído no mesmo espaço. Importa não baixar os braços e temos que olhar para o futuro com ambição permanente. Porque Azeméis é desenvolvimento e tem que continuar a fazer bem!
HERMÍNIO LOUREIRO*
“Estamos no pior ano para a definição dos fundos [comunitários], isto é, a poucos meses das eleições, a acabar um quadro comunitário (QREN – Quadro de Referência Estratégica Nacional) e a iniciar, então, o ‘Portugal 2020’. Portanto, há uma série de obras que está a ser concluída ao abrigo de candidaturas aprovadas em sede de QREN e já outros projetos e candidaturas (poucos, é certo) que estão a ser elaborados ao abrigo do novo quadro comunitário. (…) Do que conhecemos o próximo quadro está voltado para as empresas [cerca de 2/3 das verbas], para a sua qualificação, modernização e internacionalização. Este passa, por um lado, pelo apoio às empresas, ao equipamento, ao desenvolvimento de novos produtos e tecnológico, à inovação e empreendedorismo. Tudo para que as próprias empresas possam ‘dar o salto’ e tornarem-se mais competitivas, mais voltadas para a exportação, para a internacionalização, mas também para a capacitação dos trabalhadores. Vai haver muitos fundos para a formação e qualificação de jovens e desempregados, e para as pessoas poderem ingressar no mercado de trabalho, nas próprias unidades empresariais. (…) As regiões vão apostar muito nos seus principais clusters de atividade. No que nos diz respeito, esta passará pelo setor automóvel (moldes e plásticos), pela moda (calçado), mas também pela indústria agroalimentar. Para o Norte, pugnamos por definir estes setores como prioritários dentro da própria região”.
RICARDO TAVARES*
(…) “O ‘Portugal 2020’ é um novo paradigma na atribuição dos fundos comunitários. Apesar dos Municípios ficarem prejudicados relativamente ao passado, porque 2/3 das verbas são para as empresas, concordamos com esta estratégia, até porque as empresas e as indústrias são o motor do desenvolvimento da economia. Se tudo correr bem (…) também do ponto de vista social, o nosso País e o nosso concelho vão usufruir desta mais-valia… desta capacidade de se investir mais, de se gerar mais emprego, de criar melhores condições e melhor qualidade de vida para todos. Penso que a estratégia comunitária é correta e uma alteração positiva relativamente aos quadros anteriores. (…) Às autarquias cabe [também] este papel fundamental no equilíbrio social e na atenção a dar às necessidades da comunidade, que são cada vez maiores. O papel das autarquias, no futuro, passa por dar apoio às empresas, à formação e à educação, bem como à necessidade de uma ainda maior atenção para os programas de emergência social… O futuro passa por tornar o concelho mais equilibrado do ponto de vista social”. *VICE-PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE OLIVEIRA DE AZEMÉIS
(in debate AZ FM Rádio)
“O nosso País e o nosso concelho vão usufruir desta mais-valia [‘Portugal 2020’] AFz_Mimosa_CorreioAzemeis_170x125.pdf
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*PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE OLIVEIRA DE AZEMÉIS
“Estamos muito orgulhosos pelo dinamismo que atravessa o nosso tecido empresarial...”.
2015 OBRIGADA PELA CONFIANÇA
AZEMÉIS FAZ BEM/100+ >PEDRO MARQUES, VEREADOR DA PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DA CÂMARA MUNICIPAL
Indústria oliveirense com um ‘lugar cativo’ na história Pedro Marques considera que Oliveira de Azeméis “tem granjeado, ao nível da indústria e da respetiva capacidade empreendedora, um lugar histórico – quase memorial – no panorama português”. No entender deste responsável municipal, “o reforço do nosso tecido empresarial é reconhecido e está patente no País e no mundo. Estamos presentes em quase todos os rankings internacionais, no que diz respeito à nossa dinâmica empresarial; somos o 15.º concelho mais exportador do País e temos uma taxa de desemprego a rondar apenas os 5%, isto é, mais ou menos metade da média nacional. (…) Esta nossa posição no todo nacional – e até internacional - não surge por acaso. Somos gente que trabalha, gente que se dedica a cumprir objetivos e os ditames da sociedade portuguesa”. O vereador reconhece que, à semelhança de todos os outros concelhos, também Azeméis atravessou “um período muito difícil”. Os últimos anos “foram complicados” e não passámos à margem das dificuldades. Se o índice de desempregados é relativamente baixo, não deixa de ser preocupante, segundo o autarca, sobretudo nas franjas dos jovens licenciados e na faixa etária dos 35 e aos 50 anos. Importa salientar nesta matéria, como faz o responsável municipal, que o “mercado” dos recursos
Pedro Marques, Câmara Municipal.
humanos do nosso município apresenta um caráter muito sui generis, tendo em conta as necessidades das empresas, com carências ao nível de pessoal “técnico e especializado”. Trata-se, efetivamente, de um tecido empresarial “manifestamente exigente”, o que, no entanto, salienta, “não é um problema exclusivamente nosso, mas de todo país: faltam quadros intermédios de qualidade para as indústrias do nosso concelho”. Uma conjuntura problemática que, aos poucos, se tem tentado ‘anular’, graças até ao papel que tem sido “bem trabalhado e desenvolvido pela Universidade de Aveiro [através da Escola Superior Aveiro Norte, agora instalada no campus académico do Parque do Cercal, no nosso concelho] e pelos agentes empresariais da região”. Esta parceria tem permitido, como chama a atenção Pedro Marques, a “solução para muitos dos problemas que se apresentam neste campo”. Neste contexto a Câmara Municipal surge com “um paradigma completamente diferente do que tinha há uns anos atrás”, isto é, o poder local – do qual é representante – surge, atualmente com o
“papel de intermediário na procura de soluções e na tentativa de encontrar meios para desenvolver melhores condições de trabalho e de crescimento das nossas empresas”. Já no que diz respeito aos fundos comunitários, “o poder local [assim como a administração central] tem que ser congregador, tem de ser intermediário nas relações institucionais entre as empresas e as outras entidades públicas de forma a encontrar soluções para os problemas que afetam a economia. (…) Nesta matéria [‘Portugal 2020’] mais uma vez centralizamos tudo em Lisboa: as decisões são tomadas e trabalhadas em Lisboa” e não se compadecem do ‘timing’ (oportuno ou não) em que são apresentadas aos nossos empresários, que “não vão parar a sua atividade a qualquer momento” só porque “de repente surge a possibilidade de candidatura a esta ou àquela medida”. Este tipo de situação pode levar mesmo a “perderem-se grandes oportunidades” por parte das empresas, lembra o vereador da Promoção do Desenvolvimento, Pedro Marques.
Terça-feira, 16 de junho de 2015
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Terça-feira, 16 de junho de 2015
AZEMÉIS FAZ BEM/100+
>ESCOLA SUPERIOR AVEIRO NORTE UNIVERSIDADE DE AVEIRO
>ANO LETIVO 2015/2016
Ensino e indústria têm de andar de ‘mãos dadas’ Desde setembro de 2014, a Escola Superior Aveiro Norte (ESAN) encontrase, definitivamente, instalada no Parque do Cercal, numa área denominada ‘Quinta do Comandante’. Ainda com alguns problemas para resolver, como a acessibilidade e a sinalética, este pólo da Universidade de Aveiro já pensa em ampliar a oferta formativa e a aposta em ID&T. PUB
Martinho Oliveira, Escola Superior Aveiro Norte.
O novo edifício tem sido dado como exemplo da arquitetura sustentável em Portugal. A ESAN, também conhecida como Escola Superior de Design, Gestão e Tecnologias de Produção de Aveiro-Norte, deixou para trás o passado no edifício Rainha e avança, agora, para um futuro promissor no campus universitário do Parque do Cercal, onde, atualmente, ‘gere’ cerca de seis centenas de alunos. As novas instalações são encaradas pelo seu diretor, Martinho Oliveira, como um ‘trampolim’ motivador e motivante para continuar a apostar no crescimento e valorização da ESAN. Um sentimento partilhado pelos responsáveis das várias áreas, docentes e não docentes, colaboradores e, claro está, alunos. Neste momento urge dar mais atenção aos acessos e respetiva sinalética, pois, como frisa o diretor Martinho Oliveira, só mesmo pelas coordenadas de GPS as pessoas que não conhecem a região conseguem lá chegar, no entanto, para isso, “é preciso estarmos ligados às novas tecnologias”.
Duas licenciaturas e um CTeSP A nova licenciatura versará a área dos ‘Sistemas de Produção’ e deve arrancar no próximo ano letivo, a par da ‘Tecnologia e Design de Produto’ já existente e que se mantém. A nível de Cursos Técnico Superior Profissional (CTeSP), há já a oferta em ‘Sistemas Mecatrónicos e de Produção’, com outros em fase de criação, nomeadamente de ‘Projeto de Moldes’. ensino superior passa a incluir os chamados CTeSP (Cursos Técnicos Superiores Profissionais).
Aposta em ID&T Das condições mais favoráveis, proporcionadas pelo novo edifício e por tecnologias e equipamentos de vanguarda, esperam-se igualmente ‘voos mais altos’ em resposta aos desafios constantes da sociedade e dos agentes económicos e empresariais da região. A aposta em projetos de ID&T (Investigação e Desenvolvimento Tecnológico) é uma prioridade, acarinhada pelo diretor Martinho Oliveira, não só no sentido de promover um maior desenvolvimento, como também de contribuir para uma maior capacitação do potencial humano e teA nova licenciatura cnológico da região Aveiro e os CTeSP Norte, mais concretamente A aposta em novos cami- dos concelhos do Entre Dounhos e opções formativas são ro e Vouga (EDV). já uma realidade. O processo conducente à ‘Dia Aberto’ criação de uma nova licenA Escola Superior Aveiro ciatura, “que vá ao encontro Norte vai, brevemente, promodos interesses da região”, já ver o seu ‘Dia Aberto’. Essa será decorre e há a garantia da cria- a melhor oportunidade para a ção de vários cursos técnicos comunidade em geral visitar e superiores profissionais tam- conhecer as novas instalações bém com esse mesmo objetivo do Parque do Cercal, “que são (ver caixa). Aliás, a adequação bastante agradáveis e um ordo ensino e da formação às gulho para as pessoas aqui da necessidades do tecido empre- região”. Se está interessado, sarial não é uma ideia nova e aceite o convite de Martinho podemos mesmo dizer que Oliveira e inscreva-se já. esteve na génese da constituição deste pólo de ensino superior em Oliveira de Azeméis e Escola Superior Aveiro Norte continua a ser reclamada pelos Estrada do Cercal, 449 nossos industriais. Os CET’s 3720-509 Santiago de Riba-Ul, (Cursos de Especialização Te- Oliveira de Azeméis cnológica) têm sido, ao longo Tel. [+351] 256 666 960 dos anos, uma mais-valia nes- Fax [+351] 256 666 970 ta matéria. Implementados esan.geral@ua.pt pela primeira vez em Portugal, www.ua.pt/esan/ no quadro do ensino superior www.facebook.com/esan.ua público, em 2000, pela Uni- https://twitter.com/esan_ua/ versidade de Aveiro – através coordenadas GPS (Parque do deste pólo -, estes têm de ser Cercal) concluídos até finais de 2016. 40°51’43.7”N 8°28’34.8”W Agora esta rede de cursos de 40.862137, -8.476327
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Terça-feira, 16 de junho de 2015
>CENFIM CENTRO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL DA INDÚSTRIA METALÚRGICA E METALOMECÂNICA NÚCLEO DE OAZ
Um emprego (quase) garantido O Cenfim conta com três décadas de existência, celebradas exatamente este ano. O Núcleo de Oliveira de Azeméis nasceu dois anos depois (1987) e continua a demonstrar a importância de se ajustar o sistema de Educação e de Formação às exigências profissionais das empresas em termos de recursos humanos. Quando falamos do Cenfim - Centro de Formação Profissional da Indústria Metalúrgica e Metalomecânica a primeira ideia que nos surge é o seu índice de empregabilidade que atinge valores recordes de 95 a 100%. Isto é, todos os formandos desta unidade estão empregados ou em vias disso, e, se mais houvesse, mais o tecido empresarial da região absorveria. A procura dos alunos deste Centro de Formação para o setor da metalurgia e da metalomecânica é maior do que a oferta, graças à especificidade dos cursos ministrados e aos conhecimentos técnicos adquiridos que encontram eco junto das necessidades da indústria deste cluster tão importante entre nós. A oferta formativa para 2015 inscreve, a nível dos jovens, cursos de aprendizagem como Manutenção Industrial de Metalurgia e Metalomecânica, Desenho de Moldes e Tecnologia Mecatrónica. Já ao nível da qualificação profissional de adultos/empresas, o Núcleo de Oliveira de Azeméis dispõe de cursos formação (mais intensiva) na área das Construções Mecânicas e/ou Metálicas, Eletricidade/Eletrónica, Manutenção Industrial, Projeto/Desenho e ‘Qualidade e Ambiente’. “Efetivamente, continuamos a trabalhar, a oferecer aos jovens e aos adultos a formação tanto na área da Mecatrónica como do CNC e do Desenho, além da Soldadura, que foi um valência introduzida nos últimos anos, nomeadamente em horário pós-laboral. Ao contrário das expetativas iniciais, temos jovens para frequentarem os nossos cursos, porém, creio,
nos alguns problemas de financiamento”. Uma situação preocupante, pois “a indústria continua a procurar (e muito) pessoal qualificado. Todos os dias nos pedem operadores CNC, mecatrónicos, gestores de produção, enfim, temos uma procura enorme à qual não conseguimos responder”.
Augusto Queirós, Cenfim
>NÚCLEO DE OLIVEIRA DE AZEMÉIS DO CENFIM
Um parceiro para as empresas locais O Cenfim é um centro protocolar de âmbito nacional, que promove a formação, orientação e valorização profissional dos recursos humanos do setor metalúrgico, metalomecânico e eletromecânico. Para além do Núcleo de Oliveira de Azeméis, que iniciou a sua atividade em 1987, possui mais 12: Amarante, Arcos de Valdevez, Caldas da Rainha, Ermesinde, Lisboa, Marinha Grande, Peniche, Porto, Santarém, Sines, Torres Vedras e Trofa. A implementação deste centro de formação entre nós deve-se ao aglomerado de indústrias metalomecânicas, principalmente da indústria de moldes, e à necessidade de mão de obra qualificada e especializada para satisfazer os seus altos níveis de rigor, precisão e exigência tecnológicas. Atualmente e perante o nível de mutações técnicas e tecnológicas aceleradas, o cluster Engineering & Tooling de Oliveira de Azeméis tem estabelecido uma interligação e cooperação, com o Cenfim, devido à emergência de novas e crescentes necessidades ao nível da formação profissional. que os próximos anos não será bem assim”, alerta o diretor, Augusto Queirós. E isto porque, “com a escolaridade
obrigatória, os jovens permanecem na escola até aos 18 anos, o que pode levar a um défice na procura dos cursos de nível IV que ministramos, nomeadamente a Mecatrónica, CNC, Projeto de Moldes e, consequentemente, causar-
Legislação do novo QCA não facilita O novo quadro comunitário de apoio (QCA) vai trazer alguns handicaps a este tipo de entidades formadoras, que, sublinhe-se, não têm fins lucrativos. Quem concorre ao ‘Portugal 2020’ são as empresas, prestando o Cenfim apenas um serviço de assessoria e apoio ao processo de candidatura às suas associadas a ‘custo zero’, desde que fique registado como a entidade formadora. “Isto para nós não é mais uma fonte de rendimento, ao contrário do que possa parecer; é, sim, mais uma prestação de serviço às
empresas. O certo é que não deixa de ser dinheiro do mesmo ‘bolo’, porém é uma outra forma de conseguirmos fazer mais formação. (…) O que ‘lucramos’ com isto é o facto de conseguirmos formandos para mais uma turma, por exemplo”. O que, de resto, não deixa de ser importante em sede do ‘Portugal 2020’ e das suas novas regras neste âmbito. De acordo com Augusto Queirós, o novo quadro comunitário de apoio para o período 2014/2020 obriga a que as turmas tenham no mínimo 15 formandos, o que beneficia as grandes empresas, sendo, no entanto, as pequenas e médias um dos principais alvos do Cenfim. Cenfim - Núcleo de Oliveira de Azeméis Rua do Alto da Fábrica, Zona Industrial - Apartado 282 3721-909 Oliveira de Azeméis Telefone: 256 661 350 Fax: 25 666 13 59 oazemeis@cenfim.pt PUB
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Terça-feira, 16 de junho de 2015
>CEFAMOL ASSOCIAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA DE MOLDES
Falta pessoal qualificado A Cefamol tem sido um pilar importante de apoio e consolidação da indústria de moldes, um cluster que é uma das grandes ‘riquezas’ do concelho de Azeméis, no seu panorama empresarial. A Cefamol – Associação Nacional da Indústria de Moldes é uma instituição sem fins lucrativos e de utilidade pública, fundada em 1969, por iniciativa de sete empresas fabricantes de moldes para a indústria de plásticos, contando presentemente com quase centena e meia de associados. O seu objetivo principal é o desenvolvimento e expansão do setor de moldes, bem como a coope-
ração e investigação tecnológica, a formação técnico-profissional de todos quantos se dedicam a esta atividade. De acordo com o secretáriogeral da Associação, esta “tem desenvolvido esforços de cooperação e interação com associações congéneres e outros organismos ligados ao setor, tendo em vista o intercâmbio tecnológico e técnico-científico. A nossa indústria serve bem, de uma forma cada vez mais integrada e com projetos mais complexos, de maior grau de inovação”, as exigências dos clientes, que se estendem por todo mundo. Se a nível da inovação, tecnologia, equipamentos produtivos, know how interno e até de promoção externa das suas competências as
empresas têm investido, o “maior estrangulamento” do Engineering & Tooling continua na área dos recursos humanos qualificados. “Os equipamentos têm um nível de complexidade e exigência grande e precisamos de pessoas com maiores competências para os manobrar”, alerta Manuel Oliveira. E como são “as pessoas que fazem a diferença dentro das organizações”, o responsável da Cefamol confirma a “necessidade” de se promover “a aproximação entre as instituições de ensino e o tecido empresarial. É preciso que as pessoas saiam [das escolas, dos institutos, das universidades] com um conhecimento maior e mais efetivo do que é esta indústria e de quais são as suas necessidades, com as com-
Manuel Oliveira, Cefamol.
petências e a qualificação técnica que lhes permitam rapidamente serem integradas numa organização empresarial”.
Se há oportunidades, se há recursos penso que devem aproveitar”. Agora uma coisa é certa: Atualmente, “as regras são mais difíceis do que no ‘Portugal 2020’ passado, os objetivos são volDo conhecimento que possui, tados para os resultados e não Manuel Oliveira considera que tanto para cumprimento dos o ‘Portugal 2020’ é mais uma projetos”, alerta o secretário“continuação daquilo que tem geral. “Nada disto fará sentido vindo a ser desenvolvido nos se as empresas não tiverem últimos anos. Há programas uma estratégia definida, isto é, de investimento aos quais as saberem o que querem e para empresas podem concorrer. onde vão”, concui.
>AFIA ASSOC. FABRICANTES PARA A IND. AUTOMÓVEL
Pólo de competitividade... precisa-se na região PUB
A AFIA representa as empresas fornecedoras da indústria automóvel. Uma das suas “grandes preocupações”, como explicou o seu responsável, Fernando Ferrinha, é “tentar fazer ver às entidades públicas a importância que este setor tem para a própria economia”. A AFIA - Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel é uma organização que congrega e representa, nacional e internacionalmente, os fornecedores para a indústria automóvel. Foi fundada em 1979, como associação autónoma, a partir da 78.ª secção da Associação Industrial Portuguesa, que reunia, desde 1966, os fabricantes nacionais de componentes, peças e acessórios para automóveis. Segundo Fernando Ferrinha, vogal do conselho diretor da Associação, ligado à empresa oliveirense Simoldes Plásticos, S.A., “temos realizado encontros entre associados, que permitem captar e reunir energias para que se possa criar mais forças internas e uma melhor relação entre empresas em Portugal”, explica. E isto no sentido de criar-se, “passo a passo” um cluster da industria automóvel. De acordo com este responsável, este setor em Portugal congrega cerca de 200 empresas, que estão essencialmente localizadas no Norte do país. Só o distrito de Aveiro centraliza 25% das empre-
Fernando Ferrinha, AFIA.
sas, sensivelmente. “O distrito de Aveiro só por si é quase uma ‘potência’ ”, afirma, reclamando para esta região um dos grandes objetivos dos seus associados: um pólo de competitividade. “Hoje já existe [pólo de competitividade], mas está muito ‘apagado’, não obstante ter já feito muito para o crescimento e desenvolvimento desta indústria”. Importa reabilitá-lo e direcioná-lo convenientemente para este cluster.
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Terça-feira, 16 de junho de 2015
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>FERPINTA – Indústrias de Tubos de Aço de Fernando Pinho Teixeira, S.A
“Sonhamos o futuro” A 30 de junho de 1972 nasce a sociedade por quotas – ‘Ferpinta- Fábrica Nacional de Construções Metálicas, Ld.ª’ -, sedeada já na freguesia de Carregosa, onde ainda hoje se mantém. Esta foi a ‘empresa-mãe’ do grupo empresarial que ocupa, neste ‘Azeméis Faz Bem’, o primeiro lugar do pódio, com um volume de negócios que ultrapassa os 162 milhões de euros no ano a que se reporta este levantamento (2013). O seu grande impulsionador foi, desde da sua génese, Fernando de Pinho Teixeira, que, ainda hoje, ocupa a presidência do conselho de administração desta já sociedade anónima, cuja atividade principal é a fabricação de tubos, condutas, perfis ocos e respetivos acessórios em aço. O grupo internacionaliza-se e faz das exportações o seu motor de arranque, com os produtos a chegarem a vários países não só da Europa, como de outros
FERPINTA S.A.
Ranking - 1.º Lugar Nome: Ferpinta – Indústrias de Tubos de Aço de Fernando Pinho Teixeira, S.A. Morada: Rua 13 de Julho, N.º 295 3720-011 Carregosa Contatos: Telf.: 256411400/ Fax: 256412049 / email info@ferpinta. pt / internet www.ferpinta.pt Concelho: Oliveira de Azeméis Distrito: Aveiro Atividade: Fabricação de tubos, condutas, perfis ocos e respetivos acessórios, de aço
F. Jurídica: Sociedade Anónima Capital Social: € 10.000.000,00 Ano Balanço: 2013 Volume de Negócios: € 162.297.669,00 Volume de Exportações: € 96.061.397,00 Principais Países: Alemanha, Angola, Austrália, Bélgica, Cabo Verde, Eslováquia, Espanha, França, Holanda, Itália Funcionários: 402 Presidente: Fernando de Pinho Teixeira
continentes. Os ‘novos desafios’ para a Ferpinta já foram ‘ontem’. O ‘hoje’ vive-se já ‘amanhã’, numa estratégia sustentada de antevisão de todos os cenários possíveis. Daí que, “num processo de ajustamento permanente”, a mercados cada vez mais agressivos, este ‘império empresarial’ ultrapassa também as ‘fronteiras setoriais’ e diversifica negócios. A aposta passa, hoje em dia, ainda pelo turismo, equipamento agrícola e agropecuária, mantendo sempre firme a matriz que lhe deu o ser: o aço, inquebrantável… tal como a vontade de vencer da sua administração. A missão é a de “criação e distribuição de cada vez mais riqueza, contribuindo para o bem-estar da sociedade global”, num modelo de gestão “consistente e sustentado”, no qual os recursos humanos são o “fator produtivo essencial”. Com o grupo Ferpinta… Oliveira de Azeméis (também) “sonha o futuro”.
>GESTAMP Aveiro – Indústria de Acessórios de Automóveis
Uma empresa no pódio concelhio O 3.º lugar das 100 maiores empresas GESTAMP AVEIRO de Oliveira de Azeméis, publicado neste trabalho, continua a ser ocupado pela Ranking - 3.º Lugar Gestamp Aveiro, presente em Portugal Nome: Gestamp Aveiro – Indús(no nosso concelho) desde 1988. tria de Acessórios de Automóveis O volume de negócios, em 2013, desta S.A. empresa - dedicada ao fabrico de comMorada: Rua Indústria, Zona ponentes e conjuntos metálicos para a Industrial das Sabrosas indústria automóvel – cresceu conside3700-751 Nogueira do Cravo OAZ ravelmente, face ao ano imediatamente Contatos: Telf.: 256861100 / Fax: anterior, passando dos 64.866.383 para 256861108 / email gestampavei72.032.581 euros. Deste total, mais de ro@gestamp.com / internet www. três milhões vieram das exportações gestampaveiro.pt para países como a Alemanha, BélgiConcelho: Oliveira de Azeméis ca, Brasil, Espanha, Estados Unidos da Distrito: Aveiro América. Eslováquia, França, Hungria, Atividade: Fabricação de outros México e Polónia, tendo como grandes componentes e acessórios para clientes marcas bem conhecidas, como veículos automóveis por exemplo a Wolkswagen, PSA, ReF. Jurídica: Sociedade Anónima nault, Nissan, General Motors e Ford. Capital Social: € 22.083.575,00 Com 422 colaboradores, a Gestamp Ano Balanço: 2013 Aveiro apresenta como produtos finais, maioritariamente, componentes de re Volume de Negócios: € 72.032.581,00 forço estrutural, sistemas de impacto, Volume de Exportações: € crossmembers, componentes de eixos, 59.652.712,00 componentes de chassis e pedaleiras. O Principais Países: Alemanha, Bélprocesso de fabrico dos produtos metágica, Brasil, Eslováquia, Espanha, licos pode abranger as várias etapas de EUA, França, Hungria, México, transformação: estampagem, soldadura, Polónia pintura e montagem. Funcionários: 422 De reter que, em 2001, a Gestamp Presidente: Francisco José Riberas Aveiro foi integrada no grupo multinaMera cional espanhol Corporacion Gestamp, na sua divisão automóvel Gestamp Automocion. O Grupo Gestamp Automocion está presente em 18 países com 68 resulta na melhoria e desenvolvimento empresas e 13 centros de I&D. dos produtos e da respetiva qualidade, tendo sempre a noção da importância A qualidade e o ambiente de uma relação de grande cumplicidaA Gestamp Aveiro não descura duas de entre a qualidade e o preço. vertentes muito importantes em qualJá a nível da defesa ambiental, o quer organização empresarial: a quali- grupo possui um Sistema de Gestão dade dos seus produtos e uma política de Qualidade e Ambiental, cujos prinambiental de relevo. cípios estão bem assimilados pela orA estratégia passa pelo apoio e acom- ganização. Trata-se de uma autêntica panhamento constante do cliente, que distinção, uma vez que são poucas as
empresas que detêm o Certificado EMAS – Sistema de Eco-Gestão e Auditoria da União Europeia (EU). Este instrumento de gestão permite às organizações repor-
tarem e melhorarem o seu desempenho ambiental. É de participação voluntária e abrange organismos públicos e privados da EU e do Espaço Económico Europeu. PUB
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AZEMÉIS FAZ BEM/100+
>PROLEITE COOPERATIVA AGRÍCOLA DE PRODUTORES DE LEITE CRL
Ano marcado pelas ‘bodas de ouro’ O ano de 2014 foi “importantíssimo” para a Proleite, atualmente instalada na freguesia de Ul. Se a Cooperativa Agrícola de Produtores de Leite CRL está “bem e recomenda-se”, tanto não se pode dizer do setor... O presidente da direção da Proleite, Manuel dos Santos Gomes, recorda que, no ano passado, para além das comemorações do meio século, o ‘livro de ouro’ desta instituição inscreveu mais uma ‘brilhante página’ com a inauguração das novas instalações, no lugar de Adães desta freguesia do concelho de Oliveira de Azeméis. Tratou-se de um investimento que rondou os 21 milhões de euros, pagos “com fundos próprios” sem recorrência a quaisquer apoios externos, nacionais ou comunitários. Daí que, bem ao seu jeito, o comendador tenha exclamado: “A Proleite está bem e recomenda-se, embora o nosso setor não esteja tão bem quanto pretendíamos, mas isso são outras histórias…”. Recorde-se que a festa dos ‘50 anos de cooperativismo’, que decorreu a 26 de setembro último, contou com a presença do Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, que se fez acompanhar dos secretários de Estado da Agricultura e da Solidariedade e Segurança Social, respetivamente, José Diogo Albuquerque e Agostinho Branquinho. Além destes, outras figuras de renome fizeram parte dos convidados, que antes do descerramento de uma placa evocativa do ato inaugural, da bênção da nova casa e de uma visita guiada, fo-
saúde pública”. Para além do apoio a nível de serviços, esta instituição dá prioridade aos interesses dos seus associados, numa atitude de ‘responsabilidade social’ nem sempre presente em unidades do género. E como exemplo disso mesmo, “para além de pagarmos o preço mais elevado por litro de leite ao produtor em Portugal, conseguimos, em 2014, dar dois cêntimos e meio a mais”, explica o responsável máximo da direção.
Manuel Gomes dos Santos, Proleite.
PROLEITE / MIMOSA
Ranking - 2.º Lugar Nome: Proleite – Cooperativa Agrícola de Produtores de Leite, CRL Morada: Lugar de Adães, Ul 3720 – 581 Ul Contatos: Telf.: 256 666 560 / Fax: 256 685 777 / email geral@proleite.pt / internet www. proleite.com.pt
Concelho: Oliveira de Azeméis Distrito: Aveiro Atividade: Comércio por grosso de leite, seus derivados e ovos F. Jurídica: Cooperativa Capital Social: € 10.156.395,00 Ano Balanço: 2013 Volume de Negócios: € 78.000.000,00 Funcionários: 106 Presidente: Manuel dos Santos Gomes
ram recebidos pelo Grupo de e Vouga até ao Alentejo. Este Cavaquinhos da Universidade leite é proveniente de 280 exSénior de Oliveira de Azeméis. plorações leiteiras, controladas sanitariamente, e recolhido A importância da por autotanques isotérmicos, “economia social” equipados com o mais moderA Proleite, que ocupa o no equipamento usado nesta 2.º lugar do ‘nosso pódio’, foi atividade. Aliás, Manuel dos a primeira empresa do setor Santos Gomes – um homem do leite certificada. No seu que sempre dedicou a sua vida palmarés conta com a certifi- (e o seu coração) à produção cação de qualidade segundo leiteira e ao ramo dos laticías normas ISO 9001 pela AP- nios – não deixa de frisar isso CER - Associação Portuguesa mesmo: “Este setor tem vinde Certificação e ISO 14001 do a modernizar-se ao longo pelo IPAC - Instituto Portu- destes últimos anos e, atuguês de Acreditação. Recolhe almente, menos produtores 183 milhões de litros de leite conseguem apresentar menuma extensa área, que vai lhores resultados, quer em desde a região Entre Douro termos quantitativos, quer
qualitativos”. Enquanto Cooperativa, a Proleite tem “sempre presente a economia social”. Neste sentido, “disponibilizamos vários serviços aos nossos cooperantes na vertente da veterinária, da assistência médica, aconselhamento agrícola, nutrição e alimentação animal, formação aos associados, manutenção de equipamentos, técnicos de apoio especializados para uma melhor qualidade de produto”, entre tantos outros, até porque, como defende o seu presidente, “o bem-estar animal é fator primordial para a própria proteção da
“Avisos à navegação” foram feitos com tempo O fim das quotas leiteiras em 31 de março último não preocupa por demais Manuel dos Santos Gomes, pois o “aviso” já havia sido dado “à navegação”. A situação é encarada por este responsável como mais dos muitos “desafios” por que já passou. Preocupantes parecem ser outros fatores que podem fazer “alguma mossa” no setor, como por exemplo o aumento da produção de leite quando o consumo baixa, uma situação com tendência para agravamento, bem como o embargo à Rússia e a baixa do petróleo, neste último caso algo que abala o cluster dos laticínios ao contrário de outros. E isto porque “20% das nossas exportações são para nações de economia emergente, como os PALOP’s, Magrebe e outros países árabes, que se veem a braços com a crise do preço do petróleo”. Sem desanimar, o comendador admite e afirma-o: “‘O futuro a Deus pertence’, como diz o nosso povo; vamos esperar que as coisas melhorem. Importa que fique bem patente que esta não é uma situação local nem regional, nem mesmo nacional - o que está a acontecer é a nível mundial: Os mercados estão completamente paralisados”. PUB
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>GRUPO SIMOLDES
À conquista do mundo… Um ano após a última edição do ‘Azeméis faz Bem’, o otimismo – não exacerbado – marca o discurso de Carlos Seabra, representante do grupo Simoldes, que regista cerca de uma dezena das suas unidades empresariais entre as nossas ‘100+’. Segundo Carlos Seabra, representante do grupo Simoldes, os indicadores dos últimos meses são positivos e denotam a recuperação das expetativas quanto ao futuro da economia. “Há bastantes projetos em curso e outros em vias disso” para que, “daqui a dois ou três anos”, o grupo opte por uma estratégia virada para investimentos mais avultados. A abertura de novas unidades industriais no estrangeiro tem sido a aposta, tendo avançado, recentemente, para a República Checa e prevendo-se já a ‘conquista’ de outras paragens no mundo, como o México por exemplo. Esta estratégia consolida, ainda mais, o nome de um grupo nascido pela mão da Família Rodrigues, que nem por isso deixa de ter a noção da sua origem, que continua a defender, e que é um contributo importante para o decréscimo do desemprego no concelho e na região. “A nova unidade na República Checa está a provocar, neste momento, uma necessidade de recursos humanos, conforme temos divulgado através dos órgãos de informação e das redes sociais”, isto é: “Se no início de 2015 registouse uma reestruturação dos recursos humanos existentes, já neste momento verifica-se a situação inversa - não há a redução de efetivos, antes pelo contrário”. A questão é que há
Carlos Seabra, grupo Simoldes.
a procura de “pessoas com determinadas caraterísticas para sermos capazes de avançar com estas novas unidades que vão surgir”. Esta internacionalização do maior grupo do cluster de moldes (e plásticos) com sede em Oliveira de Azeméis começa, recorde-se, no Brasil, mais tarde na Argentina e na Alemanha, passa, ainda, pela Polónia, França, República Checa e, agora, a perspetiva do México. De resto… o tempo o dirá. Apesar disso, “o centro nevrálgico continua a ser Oliveira de Azeméis”, onde trabalham cinco milhares de pessoas e cujo volume de negócios deve fechar 2015 a rondar os 600 milhões de euros. Apoios comunitários deviam ser mais ‘terra a terra’ A burocracia e as exigências em termos de documentação que as candidaturas ao ‘Portugal 2020’ impõem são um entrave à eventual vontade de um grupo pragmático, como este, querer para o seu dia a dia. Ou recorre a entidades externas para os respetivos processos ou, pura
e simplesmente, não concorre aos apoios vindos da Europa. Até porque ‘perder tempo’ para ‘ganhar dinheiro’ é coisa a que não está habituado. “O que temos vindo a sentir, mesmo em programas anteriores [quadros comunitários de apoio], é a um conjunto de burocracias e exigências que ‘inviabiliza’, à partida, qualquer hipótese, sobretudo para numerosas empresas portuguesas não têm capacidade de corresponder, em tempo útil, ao que lhes é pedido. Parece-me que processos estão desenhados para estruturas organizacionais bem diferente daquelas a que as nossas PME’s [Pequenas e Médias Empresas] estão habituadas”, explica Carlos Seabra. E, no caso do grupo Simoldes, apesar de ser uma grande empresa, “tem orgulho em assumir-se como uma empresa familiar, uma organização que não se preocupa com grandes burocracias. Somos, antes, extremamente pragmáticos, dinâmicos e pugnamos por uma aproximação muito grande
SIMOLDES PLÁSTICOS S.A.
INPLÁS S.A.
Ranking - 4.º Lugar
Ranking - 5.º Lugar
Nome: Simoldes Plásticos, S.A. Morada: Rua Comend. António Da Silva Rodrigues Nr. 165 3720 - 502 Santiago de Riba-Ul Contatos: Telf.: 256 661 000 / Fax: 256661010/ email mail@simoldes.com / internet www.simoldes.com Concelho: Oliveira de Azeméis Distrito: Aveiro Atividade: Fabricação de outros componentes e acessórios para veículos automóveis F. Jurídica: Sociedade Anónima Capital Social: € 2.000.000,00 Ano Balanço: 2013 Volume de Negócios: € 57.551.915,00 Volume de Exportações: € 37.134.136,00 Principais Países: África do Sul, Alemanha, Argentina, Bélgica, Brasil, China, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, França Funcionários: 688 Presidente: António da Silva Rodrigues
Nome: Inplás – Indústria de Plásticos, S.A. Morada: Zona Ind. Oliveira de Azeméis S/N 3720 - 000 Oliveira de Azeméis Contatos: Telf.: 256666650 / Fax: 256666655 / email inplas@simoldesplasticos. com / internet www.simoldes.com Concelho: Oliveira de Azeméis Distrito: Aveiro Atividade: Fabricação de outros artigos de plástico, n.e. F. Jurídica: Sociedade Anónima Capital Social: € 500.000,00 Ano Balanço: 2013 Volume de Negócios: € 38.916.578,00 Volume de Exportações: € 32.598.468,00 Principais Países: África do Sul, Alemanha, China, Espanha, França, Hungria, Suécia Funcionários: 356 Presidente: António da Silva Rodrigues
ao terreno. E a nossa estrutura de quadros e de pessoas que ‘trabalham para o papel’ não é muito grande”. E mais: “Sentimos que, quando começamos a ler os vários documentos necessários e toda a legislação que está por detrás de uma potencial candidatura, ou nos socorremos de entidade externa, ou, internamente, não nos é possível fazer”. Nestas matérias de fundos comunitários, as críticas acabam por redundar no problema de sempre: “Existe, por par-
te de colegas que estão mais envolvidos nesta área [candidaturas aos apoios da União Europeia] alguma frustração face à falta de aproximação, por parte dos programas de ajuda disponíveis, à realidade em que vive o mundo empresarial, ao que são as empresas e, afinal, ao objetivo essencial que é a criação de mais emprego e evolução das empresas no futuro. (…) Os nossos governantes vivem num mundo um pouco distante daquilo que é a realidade empresarial...”. PUB
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>MOLDOPLÁSTICO, S.A.
Há 60 anos a produzir moldes de excelência A Moldoplástico, S.A. é uma das empresas que subiram no ranking das ‘100+’, passando de 27.º para 22.º lugar. Foi uma das primeiras a fabricar moldes em terras de La Salette e conta já com 60 anos de história, “tendo sido aqui que muitos dos grandes empresários deste setor, em Oliveira de Azeméis, iniciaram a sua caminhada”. Aos 60 anos, a Moldoplástico, S.A. é uma referência no setor de moldes, sendo reconhecida nacional e internacionalmente. A produzir, desde 1955, “moldes de excelência”, esta empresa familiar completa, este ano, mais uma ‘página’ da sua já longa história de sucesso ao celebrar o 60.º aniversário. Contando com 140 funcionários, a Moldoplástico, S.A. está vocacionada para o fabrico de moldes de injeção, sobretudo de grandes dimensões,
“pela experiência que foi adquirindo numa certa tipologia de moldes, essencialmente na fabricação de moldes para a indústria de mobiliário de exterior e de jardim”, “decidiu traçar um projeto muito próprio, criando uma linha de produção para o exterior, jardim e também esplanadas com publicidade”. “Hoje dominamos uma tecnologia que poucas empresas a utilizam” denominada ‘in mold-labeling’, um aspeto, sem dúvida, diferenciador que tem permitido ao grupo Moldoplástico “crescer significativamente”. Carlos Silva, Moldoplástico
atuando em áreas diversas como a indústria automóvel, embalagem, mobiliário (de exterior e jardim), baldes, contentores, etc.. O que produz não só é comercializado em Portugal, como também tem como destino outros países, entre os quais Espanha, Itália, Alemanha, Estados Unidos da América, Senegal, França, Rússia, Israel, etc., o que lhe
permitiu atingir, em 2013, um volume de negócios de mais de 11 milhões e 600 mil euros. A título de exemplo, o representante desta unidade empresarial, Carlos Silva, falou que, “ainda no ano passado, tivemos um caso de fabricação de um molde com um peso de 140 toneladas”, que, se calhar, “é quase único na Europa”, sendo, também, por
dar este tipo de respostas que esta ‘PME Líder’ tem vindo a marcar a diferença no cluster do Engineering & Tooling. Carlos Silva é o administrador da Joluce, uma outra fábrica também pertencente a este grupo empresarial, presentemente, instalada no concelho de Estarreja, que nasceu “para testar os moldes que a Moldoplástico fabricava”. Entretanto,
‘Portugal 2020’ aquém das expetativas Debruçando-se sobre o ‘Portugal 2020’, o jovem empresário, que é também autarca, admitiu que “estamos atentos e a segui-lo com algumas expetativas”, tendo em vista a sempre tão desejada “inovação” por quem quer singrar no mundo empresarial. No entanto, lamentou que este programa de apoio, contrariamente ao que o Governo apregoa, continue a ser “burocrático” e inacessível para muitas empresas.
>POLISPORT PLÁSTICOS, SA
Líder mundial na venda de porta-bebés de bicicleta A Polisport Plásticos, S.A. mantém a 17.ª posição do ranking ‘Ignios/Correio de Azeméis’, assim como o seu estatuto de ‘PME de Excelência’. A líder mundial na venda de porta-bebés de bicicleta é uma das empresas ‘100+’ de Oliveira de Azeméis. Os últimos dez anos foram de “crescimento” para a Polisport Plásticos, S.A.. Tanto que, em finais de 2013, “fizemos um investimento considerável ao adquirir um dos nossos grandes concorrentes na Holanda [‘Bolike’] e ao trazer a produção da marca para Portugal” - aquisição que permitiu a esta ‘PME Excelência’, sedeada na Vila de Carregosa, afirmar-se no mercado como líder mundial na venda de porta-bebés de bicicleta, liderança a que acresce o facto deste grupo empresarial especializado em acessórios para
Paulo Rodrigues, Polisport
motos e bicicletas ser também o maior exportador nacional do setor das duas rodas. E por falar em Carregosa, é, precisamente, aqui, nesta freguesia do concelho de Oliveira de Azeméis, que se situam, para além da linha de montagem e armazém/logística da área da bicicleta, o setor administrativo e ainda o Núcleo de Inovação, Investigação e Desenvolvimento (NIID), graças ao qual a Polisport tem sido distinguida com vários prémios. Com esta aposta na inovação, investigação e desenvolvimento, também tem sido possível a esta empresa - que nasceu da “paixão” de Pedro Araújo (CEO do Grupo Polisport) pelas duas rodas - desenvolver “novas patentes”, “novos modelos de utilidade”, “produtos inovadores de valor acrescentado” e, por
conseguinte, angariar clientes de renome, como é o caso da BMW. Estratégia da Polisport não depende de fundos europeus Segundo Paulo Rodrigues, a Polisport “tem tido a preocupação de desenvolver a sua estratégia sem ter em conta os fundos europeus”. Não obstante isso, este representante da Polisport considerou que, ao serem “bem utilizados”, os apoios que constam do ‘Portugal 2020’ trarão benefícios para o País, aumentando a produtividade e competividade das indústrias. Ainda a propósito deste novo programa, Paulo Rodrigues ‘apontou o dedo’, tal como muitos empresários da ‘nossa praça’, à “burocracia, que parece que não vai deixar de existir”.
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>MOLDIT INDÚSTRIA DE MOLDES, S.A.
Empresa comemora ‘bodas de prata’ em agosto Comparando com o ‘top’ do ano passado, a Moldit – Indústria de Moldes, S.A. subiu dois lugares, de 25.º para 23.º, nas ‘100+’ do concelho de Oliveira de Azeméis. Este é, pois, um motivo para festejar, assim como o facto de, este ano, a empresa pertencente ao Grupo Durit completar 25 anos de atividade. A Moldit – Indústria de Moldes, S.A. está duplamente de parabéns. Primeiro, pela subida de duas posições no ranking ‘Ignios/Correio de Azeméis’ e, depois, por cumprir 25 anos de atividade no próximo mês de agosto, Fundada em 1990, esta empresa, sedeada na Área de Acolhimento Empresarial (AAE) de Ul/Loureiro, tem sido, de facto, “uma organização consolidada, de crescimento sustentável e dinâmico”, ao longo destas duas décadas e meia de atividade, apresentando-se como uma unidade empresarial “de elevado rigor técnico na produção de moldes e peças plásticas”. Tal como divulgámos no último especial ‘Azeméis Faz Bem’, esta fábrica do concelho de Oliveira de Azeméis está “na primeira linha de fornecedores do setor automóvel” e o seu “moderno parque de máquinas de injeção garante a fabricação de peças complexas” para diferentes áreas de negócio (embalagem, mobiliário, puericultura e aplicações domésticas). O seu principal objetivo passa por “assegurar competências de inovação, capazes de garantir o cumprimento das necessidades dos seus clientes com o mais alto nível de qualidade”, tendo como “orientação a transformação do que podem ser simples ideias em projetos de engenharia”. Aliás, o lema pelo qual se rege é mesmo ‘your ideas, our enggineering’ e o re-
Nuno Silva, Moldit
sultado está à vista: Em 2013, o seu volume de negócios situou-se acima dos 11 milhões e 200 mil euros, enquanto o de exportações rondou os três milhões e 650 mil euros. Detendo dois pólos de produção - um em Portugal (Loureiro-Oliveira de Azeméis) e o outro no Brasil (CamaçariBahia) –, esta ‘PME Líder’, pertencente ao Grupo Durit desde 1993, tem como países de exportação mais recorrentes a Alemanha, República Checa, Polónia, Áustria, Turquia, França, Espanha, Bélgica, Holanda, Itália, Brasil, Argentina e Estados Unidos da América. À semelhança da maioria das empresas do ramo, tanto de Oliveira de Azeméis como da Marinha Grande, “exportamos quase a totalidade da nossa produção e trabalhamos, essencialmente, para a indústria automóvel”. E, por isso mesmo, é que a Moldit e outras fábricas do género, que lidam diariamente com grandes grupos internacionais, se depararam com “alguns problemas” resultantes da crise que abalou a “credibilidade do País” – “situação que felizmente já ultrapassámos”, asseverou Nuno Silva, no debate promovido pela AZ FM Rádio (89.7Mhz). ‘Portugal 2020’ visto como uma oportunidade Relativamente ao ‘Portugal 2020’, o administrador da Moldit referiu que, apesar de todo o trabalho e até de
alguma “complicação” que envolve a apresentação de um projeto com viabilidade, a verdade é que este programa “pode trazer-nos alguma
ajuda suplementar e interessante”. Direcionando-se “quer para a inovação, quer para a internacionalização”, o ‘Portu-
gal 2020’ poderá, no entender do responsável, “melhorar a nossa performance”. De qualquer modo, com ou sem ‘Portugal 2020’, uma coisa é certa: A Moldit vai continuar a dedicar todos os seus esforços na promoção de processos de melhoria contínua, apostando na qualificação técnica dos seus cerca de 145 colaboradores e na constante atualização dos meios de produção, de comunicação e informáticos adequados às diferentes solicitações de mercado, por mais exigentes e desafiadoras que possam ser. “Se prosseguirmos com a cabeça bem assente nos ombros, vamos conseguir continuar a crescer, a dar mais condições às pessoas que trabalham na nossa empresa e até a criar novos postos de trabalho”, garantiu Nuno Silva, responsável da Moldit. PUB
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>BTL INDÚSTRIAS METALÚRGICAS, S.A.
“BTL está bem e recomenda-se” Subindo 11 lugares, em comparação com os dados divulgados no último especial ‘Azeméis Faz Bem’, a BTL – Indústrias Metalúrgicas, S.A. volta a fazer parte da lista das empresas ‘100+’ do concelho de Oliveira de Azeméis, ocupando, desta vez, a 31.ª posição. Tal como o escritor Ferreira de Castro, que nasceu na freguesia onde está implementada, a BTL – Indústrias Metalúrgicas, S.A. tem levado bem longe, por esse mundo, o nome de Ossela. Esta empresa, criada em 1979, que Manuel Tavares, BTL começou por fabricar, “num pavilhão alugado”, produtos de caldeiraria de pequena dimensão (depósitos, tanques, reservatórios, etc.), é, pre- Excelência’ do concelho de sentemente, uma das ‘PME Oliveira de Azeméis.
Tavares, ao seu conhecimento do setor, às suas infraestruturas modernas, entre outros fatores, a BTL, rapidamente, ganhou implantação no mercado, tendo o seu volume de negócios, em 2013, atingido cerca de nove milhões e 325 mil euros e o número de funcionários a centena. Precisamente por este percurso de ascensão, que tem vindo a fazer ao longo das suas mais de três décadas e meia de existência, “a BTL está bem e recomenda-se”. O administrador Manuel Tavares apresentou-se, assim, no estúdio da AZ FM Rádio, otimista em relação ao presente, mas também quanto ao futuro, uma vez que, na sua ótica, o ‘Portugal 2020’ “será uma grande alavanca para a nossa economia”. “Só podemos ser competitivos se formos inovadores” e se houver recursos humanos, formados adequadamente, que respondam, de facto, Devido ao dinamismo dos às necessidades das empresas. sócios, um dos quais Manuel E, a este nível, o novo quadro
de apoio “poderá ajudar e muito” os empresários. Já para não falar na questão da internacionalização, também contemplada no ‘Portugal 2020’, porque “temos mesmo de sair da nossa zona de conforto [País]”, defendeu o também vice-presidente da AECOA - Associação Empresarial do Concelho de Oliveira de Azeméis, para quem “temos [os empresários] de parar, de uma vez por todas, de ‘nos desculpar’ com a crise”. Em seu entender, em vez de “desculpas”, os empresários devem “ir à procura de mercados alternativos”, “reestruturar as suas empresas” e apostar na formação dos seus colaboradores. “Eu não posso andar a fazer aquilo que o meu avô fazia nem posso dizer que não sou capaz de fazer melhor, porque não tenho apoios”. Pelo contrário, os industriais devem inovar, modernizarse, podendo aproveitar ‘janelas de oportunidades’ como é o caso do ‘Portugal 2020’.
>PERFORMANCE INFORMÁTICA, LD.ª
‘Liderança’ na área da tecnologia Com uma já longa experiência empresarial, de mais de 20 anos, a Performance – Informática, Ld.ª assume-se “como uma empresa especialista em tecnologia”. Situada na Rua Frei Caetano Brandão, na cidade de Oliveira de Azeméis, esta ‘PME Líder’ fornece produtos informáticos dos principais fabricantes que operam no setor das tecnologias de informação e comunicação, apresentando sempre soluções de grande qualidade e fiabilidade.
Deve assegurar-se que o ‘Portugal 2020’ chegue à economia real’... “Não podemos falhar”...
res de comunicações; software por medida; domótica; mobiliário de escritório; consumíveis informáticos; desenho de páginas WEB; etc.. E, ao longo destas mais de duas décadas, tem tido a preocupação de formar os seus quadros, aposJoaquim Jorge Ferreira, Performance tando, continuamente, na sua qualificação comercial e técnica, de forma a presA Performance – Informá- rede e equipamento ativo e tar um serviço pós-venda tica, Ld.ª atua em diversas passivo de networking; cen- orientado para a satisfação áreas, desde servidores de trais telefónicas e servido- do cliente.
‘Portugal 2020’ deve chegar à economia real Relativamente ao ‘Portugal 2020’, o diretor-geral da Performance – Informática, Ld.ª é de opinião – e manifestou-a no debate radiofónico - que “esta [o novo quadro comunitário de apoio] é, objetivamente, a nossa última oportunidade” e, como tal, “não podemos falhar”. Tanto é assim que “devemos assegurar que ela chegue à economia real” – leia-se às pequenas e médias empresas (PME). A propósito, Joaquim Jorge Ferreira lembrou que, para o Norte do País, no âmbito do programa ‘Norte 2020’, está programada a aplicação de 3,4 mil milhões de euros de verbas comunitárias durante os próximos anos, sendo que quase metade do valor (1,26 mil milhões de euros) se destina à competitividade de micro e pequenas empresas da região, com projetos de internacionalização, inovação e investigação. Na ótica do responsável, esta é uma oportunidade que deve ser aproveitada.
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AZEMÉIS FAZ BEM/100+
>CAMILO MARTINS FERREIRA & FILHOS, LD.ª
Centenário amplia instalações Fundada em 1941, aquela que é uma das empresas familiares mais antigas do concelho e da região está no 32.º lugar do ‘top’ das ‘100+’, tendo subido seis lugares em comparação com o último ranking. Referimo-nos à Camilo Martins Ferreira & Filhos, Ld.ª. Esta empresa situada na Vila de Cucujães, também conhecida
por Fábrica de Calçado Centenário, está prestes a ampliar as instalações, indo ficar com o dobro da área que, atualmente, possui. De acordo com Domingos Ferreira, esta ampliação, cujo início está previsto para breve, decorre da necessidade, sentida por parte desta ‘PME Excelência’, de melhorar a produção, o controlo da qualidade e as con-
dições de trabalho dos seus cerca de 75 colaboradores. Tratase de um investimento de um milhão e duzentos mil euros, aproximadamente, de uma fábrica que, desde 2009, tem vindo a dar que falar por causa de produzir sapatos de golfe com o nome do cliente gravado na palmilha. E relativamente a este nicho de mercado, no qual tem
vindo a trabalhar desde 2009, a Centenário tem “em perspetiva uma parceria com uma grande multinacional de artigos Domingos Ferreira, de golfe sedeada na América”, Calçado Centenário adiantou o sócio gerente. Sobre o ‘Portugal 2020’, reconheceu que trará benefícios para algumas unidades empre- benéfico candidatarmo-nos a sariais, mas este não será o caso outros programas que não o da sua. “Para nós, será mais ‘Portugal 2020’ ”.
>CENTRAL TERMOELÉTRICA DE BIOMASSA DE TERRAS DE SANTA MARIA, S.A.
Parques de biomassa espalhados pelo EDV… por que não? Para já ainda não passa de uma ideia. Mas a Central Termoelétrica de Biomassa de Terras de Santa Maria, S.A. (44.º lugar no ranking ‘Ignios/ Correio de Azeméis) não descarta a hipótese de, no futuro, avançar com um projeto de parceria com as câmaras municipais ou as juntas de freguesia do Entre Douro e Vouga (EDV), eventualmente no âmbito do ‘Portugal 2020’, tendo em vista a criação de
parques de biomassa na região. E a razão pela qual está a pensar fazê-lo prende-se com “o facto de termos o nosso stock limitado (…). Não temos a disponibilidade para tratar de tanta biomassa quanto gostaríamos”, esclareceu o diretor Miguel Figueiredo. Entretanto, esta empresa com cerca de 30 funcionários, situada em Silvares, Carregosa), “continua a queimar biomassa, promovendo, as-
sim, a limpeza das florestas e permitindo que os produtores de madeira tenham um destino para a biomassa que produzem”. A propósito, Miguel Figueiredo admitiu que “não temos a capacidade que, eventualmente, os nossos [perto de 40] fornecedores gostariam que tivéssemos”, sobretudo, na altura do verão. Em matéria de novidades em relação ao ano passado,
há a salientar a obtenção da certificação de qualidade, por parte da Central Termoelétrica de Biomassa de Terras de Santa Maria, S.A., bem como uma maior aposta na informatização. Voltando ao tema do ‘Portugal 2020’, o responsável referiu que “estes apoios do ‘Portugal 2020’ podem ser uma alavanca para que as autarquias comecem a ligar um bocadinho mais à floresta”.
Miguel Figueiredo; Central Biomassa.
>FLUIDOTRONICA EQUIPAMENTOS INDUSTRIAIS, LD.ª
Nova nave industrial “pronta até final deste ano” Inicialmente criada para a venda de produtos de automação industrial, que respondessem às necessidades da indústria, a comercialização, com o passar do tempo, deixou de ser suficiente e a Fluidotronica – Equipamentos Industriais, Ld.ª viu-se impelida a oferecer não só o produto, mas a solução global de automação, sempre numa atitude de parceria. Hoje, volvidos 11 anos desde que foi fundada por Hélder Silva, Luís Silva e Mário Sousa, oferece serviços que vão desde o estudo do
processo, desenvolvimento de projetos mecânicos e elétricos, maquinação, programação e electrificação, montagem final e testes. Falamos das chamadas soluções ‘chave na mão’, que, segundo Hélder Silva, “permitem ganhos”, não só ao nível da “qualidade, mas também da produtividade, ergonomia e segurança”, em indústrias diversas. Neste momento, “somos 36 colaboradores” e só não são mais “devido às instalações onde estamos [na Zona industrial de Azeméis]”. Mas já não
faltará muito para esta situação ser ultrapassada, graças à construção de uma nave industrial de mais de dois milhões de euros, com cerca de 4000 m2, na Zona Industrial de Ouriçosa (Ul), que “espero que esteja pronta até final deste ano”. O volume de faturação desta ‘PME Líder’ rondou, nos últimos anos, os três milhões de euros, sendo que “cerca de 30 %” resulta da exportação para países europeus, como Espanha, França, Reino Unido, etc.. Entretanto, também “estamos,
neste momento, a dar os primeiros passos” no mercado fora da Europa, participando em algumas missões empresariais e feiras, por exemplo, em Marrocos, México e Brasil. A propósito do ‘Portugal 2020’, “não está à espera de incentivos para fazer o que quer que seja”, porque mais importante do que isso é “termos uma estratégia, Hélder Silva, termos um rumo e depois, se Fluidotrónica. conseguirmos encaixar alguns fundos nessa estratégia, muito bem, se não paciência”. Tanto é trução da nossa nave industrial assim que “começámos a cons- sem qualquer tipo de apoio”. PUB
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Terça-feira, 16 de junho de 2015
>VIDAL DA COSTA FIGUEIREDO & C.ª, LD.ª
Uma evolução sustentada A Vidal da Costa Figueiredo foi fundada em 1968 com apenas uma viatura e conta hoje com cerca de 50 conjuntos a operar em toda a Europa. A empresa de Macieira de Sarnes, ocupa a 70.º posição das ‘100+’ do Correio de Azeméis. A evolução desta empresa de transportes rodoviários de mercadorias foi progressiva e deve-se à constante procura de novos mercados e ao espírito empreendedor que atravessa gerações, estando já na terceira, segundo os seus responsáveis. Ao longo do tempo foram dados passos pequenos, mas certeiros, baseados sempre em análises cuidadas do mercado, de forma a garantir a sustentabilidade do negócio. De destacar a internacionalização no princípio da década de 90; a aquisição de no-
DR
Vidal Costa Figueiredo e sua filha, Rita Figueiredo.
vas instalações com espaço para armazenagem e condições para as respetivas operações de logística, bem como oficina e serralharia próprias; a certificação do Sistema de Gestão da Qualidade pela BV em 2004 e, mais
recentemente, a diversificação dos serviços que agora incluem os transportes especiais. Para tal foi feito um investimento significativo no ano de 2014, “passando a frota a incluir camião grua com capacidade para 14
toneladas, reboque extensível e as respetivas licenças necessárias para os transportes especiais, e reboque de piso móvel”. Paralelamente, “foi dada formação específica aos colaboradores” e “será alargado o âmbito da certificação do Sistema de Gestão da Qualidade ainda este ano, passando a incluir esta nova valência”. De acordo com os gestores da Vidal da Costa Figueiredo, empresa que assume o 70.º lugar do nosso ranking, “o sucesso da empresa deve-se em muito a esta evolução sustentada, que faz com que a posição no mercado se mantenha em constante crescimento, e à manutenção do negócio no seio familiar, garantindo assim o legado de empreendedorismo com os pés, ou as rodas neste caso, bem assentes na terra. Além disso, a atenção dada aos recursos humanos, como peça fundamental da engrenagem, tem sido essencial para os bons resultados da empresa, que naturalmente não seriam possíveis sem o empenho de
toda a equipa”. Qualidade assente em cinco pilares Perante um passado recente que, também, não tem sido ‘favas contadas’, Vidal da Costa Figueiredo está consciente de que não pode ‘cruzar os braços’: “Os últimos anos não têm sido fáceis e, desde 2008, temonos deparado com desafios constantes no que concerne à sustentabilidade do negócio. No entanto, todos sabemos que o risco faz parte do dia a dia das empresas e só assim se avança e cresce. Consideramos que não haverá facilidades nem facilitismos, porém com trabalho, perseverança e uma certa dose de ousadia será possível manter o ritmo e continuar a honrar os compromissos com os nossos colaboradores e fornecedores”. Nessa conformidade, “a nossa política da Qualidade mantém os seus cinco pilares fundamentais: clientes, colaboradores, sustentabilidade, comunidade e qualidade”. PUB
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>MITJAVILA, S.A.
Fábrica nogueirense será a primeira do grupo a ser certificada Com um volume de negócios que ascende os cinco milhões e 600 mil euros e perto de 75 colaboradores, a Mitjavila, S.A. instalada na Zona Industrial de Nogueira do Cravo está a meio do ranking das ‘100+’ de terras de La Salette, ocupando a 50.ª posição, e orgulha-se de ser uma das ‘PME Líder’ do concelho.
Bastos, a primeira unidade de produção deste grupo empresarial a ser certificada. Em atividade há quase 30 anos, a empresa fabrica peças e acessórios de alumínio para toldos, toldos de jardim, tendas, estores, etc., além de também, através da sua divisão de engenharia, se dedicar à pesquisa e ao desenvolvimento de projetos na área das energias renováveis. Apostando fortemente na “inovação” e na “qualidade” dos seus produtos, como ‘arma’ contra a concorrência vinda da Ásia e de outras partes do mundo, em que os preços do produto “são muito ‘esmagados’ ”, a Mitjavila, S.A. tem tido, nestes últimos anos, “um crescimento sustentado” e está prestes a fazer algo inédito ao nível do Luís Bastos, Mitjavila. Pertencendo ao grupo Grupo Mitjavila, que é, como com o mesmo nome, fundajá foi referido, obter a certido em 1970 por Raymond ficação. Mitjavila e que tem várias fi- inclusive no Canadá onde a Mitjavila ‘nogueirense’ vai Mas as novidades não se liais espalhadas pelo mundo, está a ampliar as instalações, ser, conforme adiantou Luís quedam por aqui. No debate
‘Azeméis Faz Bem’, o engenheiro da Mitjavila referiuse a 2015 como “um ano de investimentos”, até aqui adiados por causa de alguma indefinição relativamente ao ‘Portugal 2020’. O objetivo é alargar as áreas de negócio e, por conseguinte, criar novos produtos que vão ao encontro das necessidades de clientes cada vez mais exigentes. Falamos, por exemplo, dos toldos ou das brisas solares com LED, “que estamos a lançar”, precisamente, porque “o LED está na moda”, assim como está o wireless, daí os toldos elétricos wireless. Ainda a propósito do novo quadro comunitário em vigor até 2020, Luís Bastos considerou positivo o facto de não ser tão burocrático nem de conceder apoios de ‘qualquer forma e feitio’, visto que as empresas vão ser obrigadas a apresentar resultados e vão ser avaliadas em termos de execução dos projetos.
>EVA II EMPRESA DE VALORIZAÇÃO DE ALUMÍNIOS S.A.
Mais vendas geram mais volume de negócios A EVA II é uma empresa que se dedica à fundição de outros metais não ferrosos, com quase dezena e meia de trabalhadores. Ocupa a 73.ª posição no top das ‘100+’ do Correio de Azeméis.
Constituída no ano de 2009, a EVA II - Empresa de Valorização de Alumínio S.A. é uma empresa produtora de ligas de alumínio na forma de lingotes. Com sede na Rua da Indústria, em Nogueira do Cravo, esta unidade tem evoluído positivamente ao longo dos anos, atingindo quase os cinco milhões de volume de negócios no ano de 2014 (sensivelmente, mais um milhão do que em 2013) e
EVA II - Empresa de Valorização de Alumínio S.A.
com um aumento significativo de vendas para o mercado externo. O mercado interno ocupa a maior fatia das vendas desta unidade industrial, que exporta também os seus produtos, sobretudo para o país vizinho (Espanha), com uma ‘boa fatia’. De acordo com os seus responsáveis, neste momento, “temos como principal objetivo a certificação da empresa a nível da qualidade e ambiente para conseguirmos manternos competitivos face ao mercado”. Um mercado cada vez mais exigente e ambicioso que o tecido industrial do nosso concelho e região tenta acompanhar com todo o empenho, e a EVA II não é exceção. Por isso, a aposta na inovação e mais investimentos na empresa são perspetivas futuras para esta unidade de valorização de alumínios.
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>MULTIMOTO MOTOR PORTUGAL, S.A.
‘Nova casa’ é motivo de orgulho A Multimoto é outra das empresas que fazem parte do ranking das ‘100+’, encontrando-se na 39.ª posição. Para os seus administradores, as novas instalações, inauguradas há pouco tempo, são uma motivação para cimentar a sua posição de ‘excelência’ e de “liderança” no mercado das duas rodas. Volvidos 26 anos desde a sua fundação, por quatro irmãos (Adriano, José, Constantino e António Duarte) que decidiram “unir a sua paixão pelas motos numa única empresa”, a Multimoto – Motor Portugal, S.A. continua com a mesma administração e paixão, mas em instalações diferentes, situando-se, agora, na Rua Joaquim da Silva Landeau, em plena Zona Industrial de Azeméis. Um único e imponente edifício alberga um
Adriano Duarte, Multimoto.
armazém de veículos, armazém de peças e acessórios, área administrativa, sala de reuniões, departamento técnico, oficinas e área de formação técnica, além dos respetivos showrooms. Com 7.500 m2 de área total, a ‘nova casa’, inaugurada em janeiro último, na presença de convidados de luxo, entre os quais o secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, Castro Almeida, proporciona não só
aos 47 colaboradores deste grupo empresarial distribuidor do setor dos motociclos, que detém o estatuto ‘PME Excelência 2014’, mas também aos clientes, fornecedores e parceiros “um ambiente de confiança e otimismo perante a atual conjuntura económica do País”. Com espaços dedicados às várias marcas que representa, como a Kawasaki, Keeway, ou aos mais diversos acessórios de
marcas como a Alpinestars, ProGrip, Renthal ou Öhlins, entre outras, a Multimoto consolida a sua posição, otimiza a ligação que tem com os clientes e oferece novos serviços e produtos. Para o presidente do conselho de administração, Adriano Duarte, com este investimento de cerca de 2,5 milhões de euros, “passamos a ter condições que nunca tivemos e que há muito ansiávamos”, e que “vão facilitar-nos muito o nosso trabalho do dia a dia e ajudar-nos a crescer”. Recorde-se que a Multimoto iniciou, em 1989, a sua atividade como concessionária, vendendo e dando assistência de bicicletas e motos ao cliente final, mas depois, em 2007, decidiu abandonar as concessões e dedicar-se exclusivamente à distribuição das suas marcas de veículos e acessórios. ‘Com os olhos postos no futuro’, a Multimoto – Motor Portugal, SA, “mais do que ter novas representações”, quer “cimentar” a sua posição no mercado, “nomeadamente no mercado das motos de pequenas cilin-
dradas (entre 50 e 125 cc)” e também no que diz respeito aos acessórios. Até, porque, relativamente a estes últimos, “somos, neste momento, um dos três maiores servidores nacionais”. ‘Portugal 2020’ poderá significar mais vendas Sobre o ‘Portugal 2020’, Adriano Duarte adiantou que não estão “a pensar fazer qualquer candidatura”, visto tratar-se de um programa “sem grandes incentivos para o nosso setor”. De qualquer modo, isto não significa que não estejam “expetantes em relação ao que poderá resultar do novo quadro de apoios comunitários, porque as empresas que concorrerem e virem as suas candidaturas aprovadas tornar-se-ão, certamente, mais competitivas” e, por conseguinte, “criarão mais emprego, impulsionando, assim, a economia nacional”. E, a confirmar-se este ‘cenário’, os quatro administradores desta empresa familiar esperam “vender mais motas”. PUB
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>SUTAFER REPRESENTAÇÕES, LD.ª
Empresa tem conseguido ‘levar o barco a bom porto” Assumindo-se, hoje, como uma importante parceira das indústrias metalomecânicas e, em particular, dos setores de moldes e estampagem, a Sutafer – Representações, Ld.ª “tem evoluído” ao longo dos seus já 23 anos de atividade. Com João Paulo Chibante ao ‘leme’, o “barco” – leia-se Sutafer – Representações, Ld.ª - tem-se mantido firme ao longo destes mais de 20 anos de atividade, “superando bem as dificuldades com que o mercado se tem deparado”. “Sabe que, hoje em dia, o setor da metalomecânica é muito, muito voraz, e nós temos tentado, de alguma forma, levar o barco a bom
“As empresas vivem demasiado fechadas em si próprias”
João Paulo Chibante, Sutafer
porto”, o que, mesmo “com altos e baixos”, têm conseguido, conforme assegurou o seu responsável. Fundada em 1992, a Sutafer é uma ‘PME Líder’ oliveirense, certificada (NP EN ISO 9001) e com uma filial na Marinha Grande, que tem
acompanhado e antecipado a evolução do mercado. Apostando numa relação de cooperação e de confiança com os seus clientes, fornecedores e colaboradores, carateriza-se pela inovação permanente e por uma organização interna, orientadas para o alcance
dos mais elevados padrões de qualidade dos serviços prestados. Não só por seguir esta ‘filosofia de trabalho’, mas também pelo facto de pensar que, depois de um período ‘de costas voltadas’, “a banca vai ser obrigada a vir ao encontro
das empresas”, João Paulo Chibante acredita que “2015 vai ser um ano muito bom”. Mas – atenção – estas suas previsões otimistas nada se devem às próximas Legislativas, porque, na sua opinião, “venha quem vier, a seguir, vai ser sempre mais do mesmo”. O empresário vai mais longe, defendendo que “era importante que a ‘vassoura’ funcionasse”, assim como era determinante que houvesse “um maior associativismo empresarial”. Na sua ótica, em Oliveira de Azeméis, as empresas “vivem demasiado fechadas em si próprias” quando deviam, antes, ajudar-se umas às outras. Se assim fosse, “todos sairíamos a ganhar”, afirmou João Paulo Chibante.
>LIDARCO, LD.ª
Mercado da exportação continua a ser “apetecível”
Lidarco, Ld.ª é o nome de outra ‘PME Líder’ do concelho de Oliveira de Azeméis que, aqui, damos destaque. Sedeada na Vila de Cesar, esta empresa existe “há aproximadamente 23 anos”, dedicando-se ao corte e costura para a indústria de calçado.
Hoje, “somos 30 [colaboradores]” e, assim como há Luís Henriques, Lidarco. mais de duas décadas quando a Lidarco iniciou atividade, continuam “completamente virados para a exportação”. continua a ser apetecível”, acrescentando que “nós, es- calçado], estamos a dar “O mercado da exportação afirmou Luís Henriques, tando neste subsetor [do apoio a empresas do centro
da Europa” e que “exigem uma qualidade de mão de obra acima da média, diria mesmo muito acima da média”. “Este ano, temos, pelo menos, dois grandes nomes europeus, que já nos contataram nesse sentido e temos ainda um terceiro projeto, que já se encontra a decorrer, para Inglaterra”, informou o responsável. Em matéria de concorrência, Luís Henriques pouco ou nada tem a dizer, pois não é essa a sua maior preocupação. “Tenho uma concorrência saudável”, referiu, partilhando, logo de seguida, qual é, de facto, a “maior dificuldade” que sente na sua empresa: “Encontrar pessoas com qualidade de trabalho”, “ter bons profissionais ao serviço”.
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Terça-feira, 16 de junho de 2015
>JDD MOLDES PARA A INDÚSTRIA DE PLÁSTICOS LD.ª
Ano de consolidação De 40.º para 38.º lugar. A JDD – Moldes para a Indústria de Plásticos, Ld.ª subiu duas posições no ranking das ‘100+’ do concelho de Oliveira de Azeméis.
À semelhança do que tem vindo a acontecer “sempre desde 2010”, esta empresa de Santiago de Riba-Ul voltou, no ano passado, “a aumentar a faturação” e os objetivos a que se propôs foram atingidos. Agora, em 2015, segundo Hugo Pinto, “estamos num ano de consolidação e reorganização”, com os olhos postos em novos mercados, na América do Norte e Turquia, e tam-
bém em novas instalações, tendo em vista a criação de mais postos de trabalho, para além dos cerca de 70 que já assegura. Ainda a propósito de novos mercados, o responsável é da opinião que a China vai ser, nos próximos seis/sete anos, “o principal mercado” do setor de moldes e, assim sendo, a JDD vai também estar atenta a potenciais negócios naque-
la parte do globo. Para Hugo Pinto, o ‘Portugal 2020’ poderá vir dar uma preciosa ajuda em termos da formação que os recursos humanos têm de possuir cada vez mais para que as empresas possam ser também cada vez mais competitivas. Mas, em seu entender, a questão, por exemplo, da redução dos impostos (IRC e IRS) é bem mais importante.
Hugo Pinto, JDD
>CODEPLAS ENGENHARIA DE PEÇAS PLÁSTICAS, LD.ª
“A crise foi boa para fazer uma seleção” Para Carlos Ornelas, a crise “foi boa” na medida em que foi seletiva: “Ficaram os resistentes e, realmente, os inovadores, que conseguiram pegar nas dificuldades, arranjar soluções e dar a volta por cima”. E a julgar pelas declarações do engenheiro, a Codeplas – Engenharia de Peças Plásticas, Ld.ª
foi uma das que resistiram às adversidades. Fundada em 2002, é uma empresa de engenharia e gestão de projetos de moldes e peças plásticas, que assegura um suporte adequado ao longo de todo o processo, desde a ideia à produção de peças injetadas, com as soluções técnicas adequadas a
cada caso e o cumprimento do prazo e do orçamento estabelecidos. Além da sede na cidade oliveirense, a Codeplas está também presente, desde 2011, no Brasil, em Camaçari (Estado da Bahia) e dispõe de uma parceria estratégica na China (‘Guangdong’), que lhe permite disponibilizar
aos clientes um nível equivalente de serviços na Europa, América do Sul e Ásia. Ao longo destes 13 anos, “tivemos um crescimento não muito acentuado, mas muito consistente”, tendo começado no mercado europeu, mas já está a trabalhar com outras partes do mundo.
Carlos Ornelas, Codeplas
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Terça-feira, 16 de junho de 2015
>SANBRU SAPATOS INDÚSTRIA DE CALÇADO, LD.ª
SanBru Sapatos entre a elite dos fabricantes de calçado Dedica-se ao fabrico de calçado há 13 anos. Número que para muitos é sinónimo do azar, mas que, no caso da SanBru Sapatos – Indústria de Calçado, Ld.ª, até é sinal de sorte. Falamos de uma empresa de Macieira de Sarnes que, apesar de “jovem”, foi já distinguida com o título de ‘PME Excelência’. Com apenas 13 anos, a SanBru Sapatos – Indústria de Calçado, Ld.ª ‘dá-se ao luxo’ de ser detentora do estatuto de ‘PME Excelência’. Tal como o seu CEO, Bruno Silva, esta empresa de Macieira de Sarnes, fabricante de calçado de senhora e criança, é “jovem”, mas, mesmo assim, já
“Estamos cá para dar soluções e não problemas aos nossos clientes”
Bruno Silva, SanBru Sapatos.
se encontra entre a elite dos fabricantes de calçado. Bruno Silva justifica este ‘trajeto’ de sucesso com o facto de “irmos ao encontro das necessidades do mercado”,
sobretudo do externo, nomeadamente o europeu (França, Espanha, Holanda). Mas também, “aos pouquinhos”, a SanBru Sapatos quer vir a singrar fora da Europa. Ou
seja, “estamos cá para dar soluções e não problemas aos nossos clientes”, garantiu o empresário. “Contra a corrente do calçado que, infelizmente, em
2015, não está a começar da melhor forma, estamos a ter um ano excecionalmente bom”, não obstante o projeto que a SanBru Sapatos tinha para a sua expansão na Rússia estar em ‘standby’ devido à conjuntura adversa daquele país neste momento. A propósito do ‘Portugal 2020’, Bruno Silva admitiu que “vai ser muito bom, se for bem aproveitado pelos empresários”. No entanto, também chamou a atenção para que o novo programa de apoio “não é a única saída que temos [os empresários] em Portugal”. Em seu entender, o próprio País, com as suas paisagens, a sua gastronomia, é o melhor “trunfo” para convencer os clientes.
>MACRO MOLDES PARA PLÁSTICO, LD.ª
Empresa renova estatuto de ‘PME Líder’ Nascido em 1988, o Grupo Macro é formado por três empresas, que, embora sejam especializadas nas suas áreas de atuação, trabalham em sinergia. Uma dessas unidades é a Macro – Moldes para Plástico Ld.ª, que, em 2014, viu renovado o seu título de ‘PME Líder’. Volvidos 27 anos desde a sua criação, este grupo empresarial sedeado na Zona Industrial de Santiago de Riba-Ul, que “começou como uma empresa destinada a produzir moldes de pequena e média dimensão para as indústrias de plásticos e de ligas leves”, é hoje, sem dúvida alguma, uma referência além-fronteiras, contan-
do com cerca de 75 colaboradores altamente qualificados, distribuídos também pela Macroalfa, Ferramentas de Precisão, Ld.ª e Macroalfa Moldes Especiais, Ld.ª, para além da Macro–Moldes para Plásticos, Ld.ª. E a prova disso é o facto de que “temos já produzido moldes de quase 100 toneladas. Ora, para quem não tem ideia do que é um molde de 100 toneladas… não é muito grande, mas ocupa quatro camiões TIR”, exemplificou Mário Rebelo. Relativamente aos seus mercados-alvo, “são todos aqueles de elevado potencial, que pretendem qualidade e que estão dispostos a
pagar preços mais elevados, alguns deles na indústria automóvel. Mas, atenção, não na indústria automóvel vulgar, pois, temos clientes muito especiais, tipo a McLaren-Lamborghini, Jaguar”, etc.. “Hoje exportamos quase para todo mundo, mas com larga margem para a Alemanha, Itália e Dinamarca”, afirmou o diretor.
“Não é com financiamentos que se promove a indústria” No que diz respeito ao ‘Portugal 2020’, Mário Rebelo foi perentório: “Não é com financiamentos que se promove a indústria. Podem ajudar a promover, porque
Mário Rebelo, Macro-Moldes
há situações em que uma máquina pode ou não fazer a diferença, mas a máquina por si não resolve nenhum problema”. Ou seja, para este
responsável, “a indústria em Portugal precisa, antes, de gente qualificada, de knowhow, de investimento permanente em formação”.
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Terça-feira, 16 de junho de 2015
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>MOLDE ABSOLUTO, LD.ª
‘Estar à altura’ das necessidades do mercado Criada em 2007, a Molde Absoluto, Ld.ª “tem vindo a crescer” ano após ano, contando já com cerca de dez operários ao seu serviço e tecnologia capaz de responder às cada vez maiores exigências do mercado em que está inserida. Com apenas oito anos, esta empresa de Loureiro já alcançou o estatuto de ‘PME Líder’. Nos 350 m2 de área coberta da Molde Absoluto, Ld.ª são fabricados moldes de injeção de termoplásticos e fundição injetada com peso máximo
clientes. Apesar da sua ainda ‘tenra idade’, a verdade é que - fruto da larga experiência dos seus quadros que garante um elevado nível de qualidade nos moldes que fabrica para responder às necessidades da indústria automóvel, elétrica, eletrodomésticos, embalagem e generalizada - esta empresa situada em Loureiro é já uma ‘PME Líder’. E, embora a maior ‘fatia’ da faturação provenha do mercado nacional, as peças produzidas pela Molde Absoluto, Ld.ª são já vendidas além-fronteiras, em mercados como a França, Rússia e Espanha, bem como para a Índia e Eslovénia. Paulo Matos, Molde Absoluto.
de oito toneladas, sendo pon- tração “o cumprimento dos to de honra para a adminis- prazos estabelecidos” pelos
Molde Absoluto, Ld.ª atenta ao ‘Portugal 2020’ Por estas e por outras razões, e apesar de ainda não ter acabado a crise, Paulo Matos encara com otimismo “os
próximos anos”, não descurando, no entanto, que é preciso “continuarmos atentos se quisermos melhorar”. E é, precisamente, no sentido de “melhorar”, que defende que é necessário prestar atenção ao ‘Portugal 2020’, pois este programa, na sua ótica, poderá permitir a modernização e consolidação das empresas e também a criação de emprego. Para o responsável da Molde Absoluto, Ld.ª, “as empresas, por si só, não podem resolver o problema do desemprego em Portugal” e, como tal, são necessárias políticas de apoio para que aquelas “consigam ir, de facto, ao mercado buscar técnicos altamente qualificados”, que se encontram desempregados. No caso da unidade empresarial loureirense, aproveitará o ‘Portugal 2020’ para “tentar modernizar-se ainda mais”. PUB
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Terça-feira, 16 de junho de 2015
Azeméis faz bem/100+
>J.J. Ribeiro & C.ª Ld.ª
Liderança é uma marca distintiva Mais de quatro décadas de atividade fazem da Ribsol uma referência nacional e internacional no setor da fabricação de estores e seus componentes. É uma ‘PME Líder’ que marca a diferença. A J.J. Ribeiro & C.ª L.dª – conhecida também como ‘Ribsol’ - é uma empresa fabril de estores e componentes para estores, fundada em finais da década de 60, mais concretamente em 1968. Então, os seus fundadores dedicaram-se apenas à ativida de de colocação de qualquer tipo de estore ou persiana. Com o passar dos anos e a evolução do mercado, cada vez mais exigente e inovador, esta unidade das Cavadas, freguesia de Cucujães, começou a diversi
mais exigentes normas internacionais do mercado. Por tudo isto, hoje esta unidade de produção de estores, persianas e seus componentes é reconhecida como uma das empresas líder a nível nacional, ocupando uma posição de destaque na região.
ficar a sua atividade, passando da simples colocação para a fabricação de estores e seus acessórios. Esta decisão proporcionou à empresa um profundo aumento da sua competitividade e crescimento no mercado. Consciente da crescente
modificação do mercado, a J.J. Ribeiro & C.ª L.dª tem desenvolvido um esforço enorme para acompanhar esta evolução, apostando na atualização contínua face aos interesses que os clientes possuem. Para isso, o empenho dos seus responsáveis
passa por um forte investimento em Investigação & Desenvolvimento para que os produtos Ribsol estejam sempre na primeira linha. A própria política de qualidade da Ribsol refletese nos produtos por si produzidos, todos eles certificados pelas
Serviços Os serviços desta empresa de vanguarda, com a marca Ribsol, são variados: colocação e montagem de todo o tipo de estores; reparação de qualquer tipo de produto fabricado na empresa; injeção de peças em plástico; corte de chapa em banda e de chapa de quinagem; lacagem de ferro e alumínio; apoio à construção com planeamento total da obra na área dos estores; entre outros. Com quase quatro dezenas de trabalhadores, a J.J. Ribeiro disponibiliza-se para efetuar orçamentos prévios mesmo com a possibilidade de deslocação ao local, gratuitamente.
marca ‘Sónia Patrício’ está representada em diferentes feiras de calçado e frequentemente os clientes visitam a empresa e são visitados. Ainda de acordo com as declarações dos seus responsáveis
ao nosso jornal, “a empresa e todos os seus membros trabalham diariamente para que esta continue em expansão” até porque “queremos contribuir para o bem-estar dos clientes… São eles que nos fazem caminhar”!
> António de Almeida, Ld.ª
“São os clientes que nos fazem caminhar” A António de Almeida, Ld.ª é uma empresa familiar, que conta com 45 anos de sucesso na indústria de calçado, direcionado para o mercado feminino. ‘Azeméis faz bem’ situa-a em 54.ª posição do seu ‘top’.
sa, Idalina Conceição Silva. Hoje, com nova designação - alteração que decorreu do facto de já existir esta nomenclatura -, mudou e ampliou, há cerca de nove anos, as instalações. A evolução desta unidade, que dá emprego a quase sete dezenas de colaboradores, tem sido sustentada e firme, e se, há três anos, produzia 400 pares por dia, o número é atualmente quase o dobro, isto é, 700 pares. Em 1996, a António de Almeida, Ld.ª lança a marca ‘SóCom a denominação de ‘Agu- nia Patrício’, uma etiqueta de divar’, esta empresa de S. Roque referência que calça a mulher teve o seu início em 1970, numa moderna, casual e indepenpequena fábrica fundada por dente, dominando, deste modo, António de Almeida e sua espo- ambos os segmentos do calçado
feminino – o clássico e o jovem e arrojado. Legado passa à segunda geração António de Almeida passou aos seus filhos os conhecimentos práticos de uma vida inteira a trabalhar no calçado. Presentemente, assiste-se à transição da primeira para a segunda geração, com a experiência do sócio fundador a ser uma maisvalia aliada às ideias inovadoras e aos conhecimentos de seus filhos. Os contatos comerciais são, atualmente, realizados de várias formas e em larga expansão, por diferentes locais do mundo. A
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>ALUMÍNIOS CESAR, S.A. CELAR
“2015 Está a ser um ano em grande” A Alumínios Cesar, S.A. ou CELAR, como é mais conhecida, ‘está bem e recomenda-se’. Com um volume de negócios a ultrapassar os sete milhões de euros e uma aposta forte na exportação, esta empresa cesarense situa-se no 42.º lugar do ranking’ Ignios/Correio de Azeméis’.
se “mais animados” para esta empresa, com mais de três décadas e 90 colaboradores, que administra, e que é detentora do estatuto ‘PME Líder’. Dedicando-se ao fabrico e comercialização de louça metálica de cozinha, sendo especializada em louça com revestimento interior anti-aderente, nomeadamente com produtos Weiburguer e Akzo Nobel, a Celar, localizada na Zona Industrial do Mergulhão, em Cesar, está a viver, de facto, “um ano de excelente recuperação”, graças a “muito trabalho” e a um aumento do número dos produtos exportados. À semelhança de 2014, em Aliás, é com base na exque tanto o preço das matéportação (para países como rias-primas e dos combustíveis, Coreia, Espanha, Argélia, Nuno Azevedo, Celar como os juros na banca baixaAngola, Argentina, Estados ram, “2015 está a ser um ano Unidos da América, etc.) que em grande”. Quem o diz é o Nuno Azevedo, filho do anadministrador da Alumínios Depois de “anos complica- da Azeméis FM - que, apesar tigo presidente do conselho Cesar, S.A., mais conhecida por dos”, Nuno Azevedo acredi- da crise ainda não ter acabado, de administração da Celar, Celar. ta – e disse-o aos microfones os próximos tempos afiguram- comendador Ângelo Azeve-
do, afirma que “este ano está bem encaminhado” e quer crer que o próximo também vá pelo mesmo caminho. Visando sempre a “plena satisfação do cliente”, a Celar oferece, a preços verdadeiramente competitivos, uma grande panóplia de produtos de qualidade, desde grelhadores, woks, caçarolas, crepeiras, fritadeiras, panelas, frigideiras, fervedores, panelas de pressão, entre outros, além de assegurar “um serviço de entrega e assistência pós-venda eficientes”. Falamos de artigos comercializados com a marca Celar ou, então, em casos especiais, com a marca do cliente, de que são exemplos a ‘Lagos’ e ‘Óbidos’ lançadas na Coreia. De salientar ainda, como mais-valia, que a Celar tem implementado um Sistema de Gestão de Qualidade, segundo a norma NP EN ISO 9001:2008. PUB
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Terça-feira, 16 de junho de 2015
AZEMÉIS FAZ BEM/100+
> ASPOCK PORTUGAL, SA
Instalações vão ser inauguradas em setembro Ocupa o 6.º lugar no ranking das ‘100+’ do concelho e está a poucos meses de inaugurar ‘com pompa e circunstância’ as suas instalações em Cucujães. Falamos da Aspock Portugal, SA que, ainda no passado dia 05 de junho, recebeu a visita do ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional, Miguel Poiares Maduro. A convite de Hermínio Loureiro, o ministro Adjunto
Em Cucujães, o ministro Miguel Poiares Maduro contatou de perto com “um exemplo de inovação e empreendedorismo”
e do Desenvolvimento Regional deslocou-se à Vila de Cucujães, no início do mês, para visitar aquilo a que o autarca social-democrata disse ser “um exemplo de inovação e empreendedorismo” no concelho de Oliveira de Azeméis: A Aspock Portugal (antiga Fabrilcar). Guiados pelos administradores Domingos Pinto e João Araújo, Miguel Poiares Maduro e restantes elementos da comitiva percorreram parte dos 10 mil m2 de área coberta ocupados, neste momento, por esta empresa cucujanense pertencente ao Grupo Aspock desde 2007, altura em que “foi comprada pelo nosso cliente, o Sr. Aspock”. Com mais de 600 colaboradores e um volume de negócios de mais de 34 milhões de euros em 2013 e na ordem dos 42 milhões em 2014, a Aspock Portugal foi definida
pelos dois responsáveis políticos que integraram a visita como “um caso de sucesso”. Ainda mais sabendo que esta estrutura empresarial está a construir um centro internacional de investigação e desenvolvimento, no valor de oito milhões de euros, onde vão ser testadas novas tecnologias de iluminação automóvel para as unidades que o grupo austríaco detém não só em Portugal, mas também na Áustria, Brasil e Polónia (ver página 37). A abertura do ‘Centro de Investigação e Desenvolvimento Aspöck’ está prevista para 2016, mas ainda antes, em meados do próximo mês de setembro, a Aspock Portugal vai inaugurar ‘com pompa e circunstância’ as suas instalações. Ato inaugural para o qual vai convidar centenas de individualidades, entre as quais representantes da política nacional. PUB
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Terça-feira, 16 de junho de 2015
>UM INVESTIMENTO NO VALOR DE OITO MILHÕES DE EUROS
‘Centro de Investigação Aspock’ está a nascer em Cucujães A Aspock Portugal, SA está a construir na Zona Industrial de Rebordões, em Cucujães, um centro internacional de investigação e desenvolvimento onde serão testadas novas tecnologias de iluminação automóvel para as unidades que o grupo empresarial detém em Portugal, Áustria, Brasil e Polónia. A sua abertura está prevista para 2016.
Entre outros temas, o centro internacional de investigação e desenvolvimento foi aflorado nesta visita
Rua do Paraíso, do outro lado das atuais instalações, a Aspock Portugal vai passar a dispor de cerca de 13 mil m2 de área coberta e o seu número de colaboradores pode disparar para 670, setenta dos quais “altamente Com este centro internacio- qualificados”, que, numa prinal de investigação e desenvol- meira fase, vão trabalhar no vimento, que está a nascer na novo equipamento. Posterior-
mente, “até poderão vir a ser cem”, conforme adiantaram os administradores Domingos Pinto e João Araújo ao Correio de Azeméis, aquando da visita do ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional, Miguel Poiares Maduro, que acompanhámos. O ‘Centro de Investigação e
Desenvolvimento Aspock’, no valor de oito milhões de euros, “vai ser responsável pela criação de todos os produtos a fabricar no futuro em Portugal ou em qualquer outra unidade das que o grupo tem no mundo [Áustria, Brasil e Polónia]”. “A massa crítica [digamos assim] do Grupo
Aspock vai estar em Cucujães”, “para responder ao que prevemos que seja a produção do grupo nos próximos 15 a 20 anos”, adiantaram os responsáveis. A funcionar em laboração contínua, “a empresa cresceu mesmo em tempo de crise”, sendo hoje “apetecível para as grandes construtoras automóveis”. Audi, Volkswagen, Peugeot e Citroen são alguns exemplos das principais marcas cujas óticas são produzidas na Aspock Portugal, sobretudo para iluminação traseira e frontal, mas também para efeito lateral”. Aliás, as suas estimativas para 2015 são de que possa chegar aos 45 milhões de faturação, sendo que para isso contribuirá a encomenda da PSA (detentora da Peugeot e Citroën) referente à iluminação de um novo modelo automóvel a lançar já no próximo ano. PUB
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Terça-feira, 16 de junho de 2015
AZEMÉIS FAZ BEM/100+
>MAIS SETE CENTENAS E MEIA DE EMPRESAS DE ‘EXCELÊNCIA’ DO QUE EM 2013
IAPMEI distinguiu 1845 PME’s o ano passado A 26 de janeiro último, numa cerimónia pública no Europarque, em Santa Maria da Feira, 1845 empresas, representativas de vários setores de atividade de Norte a Sul do País, foram distinguidas com o estatuto ‘PME Excelência’ 2014.
Foto de Arquivo
Existem 1845 empresas portuguesas que, em 2014, foram selecionadas como ‘excelentes’, isto é, mais 67% do que em 2013. O estatuto de ‘PME Excelência’ é um selo de reputação criado pelo IAPMEI - Instituto de Apoio às Pequenas e Médias PUB
Empresas e à Inovação, em parceria com o Turismo de Portugal e cerca de uma dezena de bancos. Este visa discriminar positivamente as empresas que, anualmente, apresentam os melhores desempenhos económico-financeiros, criando condições de visibilidade acrescida a um segmento empresarial com contributos ativos para a economia e o emprego nacionais. Estas unidades ‘excelentes’ apresentam rácios de solidez financeira e de rendibilidade muito acima da média nacional e têm conseguido atuar em contraciclo, aliando um crescimento médio das vendas de 15%, com o aumento das exportações situado nos 16%, duas vezes e meia acima quando comparado com os resultados da estrutura empresarial nacional. Um ‘excelente’ para o Norte Predominantemente pequenas, com uma média de 38 trabalhadores, estas organizações são, na sua maioria (mais de 60%), exportadoras e atuam, sobretudo, no setor industrial, representando mais de 36% do universo ‘PME Excelência’. A indústria é o setor com mais empresas distinguidas – 653 – e lidera no emprego. Destas, 98% pertencem à indústria transformadora. Em média, cada uma das ‘PME Excelência’
do setor industrial emprega 49 pessoas. No total, as empresas deste setor são responsáveis por 32 mil empregos, o volume de negócios rondou, em média, 5,4 milhões de euros e as exportações cresceram mais de 12,5%. A maioria (mais de 64%) das ‘PME Excelência’ está no Norte: em Aveiro (13%), Porto (19%) e Braga (12%) O comércio é o segundo setor com mais empresas distinguidas, quase 29% do total (530 empresas), e com maior produtividade – as vendas por colaborador destas empresas chegam perto dos 250 mil euros. Responsáveis por mais de 12,7 mil empregos, o volume de negócios destas organizações rondou 5,7 milhões de euros e as exportações aumentaram 12,4%. O turismo tem uma quota de 13% do universo ‘Excelência’ e é aquele que regista uma maior subida nas exportações, com um crescimento médio de 75%. É também o setor que apresenta a maior evolução em todos os indicadores de desempenho, num ano. Recorde-se que a seleção das ‘PME Excelência’ é feita anualmente a partir do universo das ‘PME Líder’, criando um instrumento de visibilidade acrescida para o grupo de empresas que em cada ano se destacam pelos melhores resultados.
Azeméis faz bem/100+
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>Ignios – Gestão Integrada de Riscos
As ‘100+’ empresas do concelho de Azeméis O ranking das cem maiores empresas do concelho de Oliveira de Azeméis, que apresentamos neste suplemento ‘Azeméis Faz Bem’, é o resultado do levantamento realizado pela Ignios – Gestão Integrada de Risco, em parceria com o jornal Correio de Azeméis. Tem como critério base o volume de negócios.
negócios das empresas: Infor mação de Marketing | Infor mação de Crédito | Gestão de Cobranças. A Ignios é especialista em Em atividade desde 1947, soluções integradas e persona é pioneira no mercado da in lizadas de gestão de risco, sen formação de empresas e foi a do a única empresa do mer primeira empresa portugue cado a oferecer um serviço sa reconhecida pelo Banco abrangente a todo o ciclo de de Portugal, em 2010, como
Agência de Notação Externa (ECAI – External Credit Asses sment Institution), devido à qualidade do seu indicador de risco de incumprimento de empresas, o Score. Com sede em Lisboa e es critório comercial no Porto, conta com mais de 70 colabo radores ao serviço dos clien
Hoje, dispõe de uma base de dados com mais de dois milhões de registos, cuja infor mação é recolhida e analisada diariamente com o máximo rigor, junto de diversas fontes de informação. Dispõe de parcerias estraté gicas e relações privilegiadas com associações empresariais e industriais fundamentais para a economia portugue sa, universidades, empresas congéneres noutros países, bem como com os principais jornais de economia para os quais disponibiliza informa ção. tes, que representam mais de É membro da FEBIS - Fede 8.000 utilizadores. ration of Business Information Em Portugal, a Ignios tam Services e da Global Data Ne bém foi pioneira na informati twork from Experian. zação da base de dados, tendo sido a primeira empresa portu N.R.: Na sua página (igni guesa a especializar-se na ati os.pt) apresenta também um vidade de recolha, tratamento, conjunto atualizado de infor produção e fornecimento de mações sobre as candidaturas informação para empresas. ao ‘Portugal 2020’. PUB
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Terça-feira, 16 de junho de 2015
AZEMÉIS FAZ BEM/100+
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Oliveira de
Azeméis
Vocação exportadora... www.facebook.com/azemeisvida www.cm-oaz.pt