SEMANÁRIO
FUNDADO EM 05 DE OUTUBRO DE 1922 DIRETOR ANTÓNIO MAGALHÃES SUB DIRETOR EDUARDO COSTA Nº 4628 - 20 DE OUTUBRO DE 2015 PREÇO 0,50 € (IVA INCLUÍDO) www.correiodeazemeis.pt Taxa Paga | Devesas - 4400 V. N. Gaia | Autorizado a circular em invólucro de plástico fechado | Autorização n.º 0400/2015 RL/CCMN
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Distinguido pelo Governo com Diploma de Louvor de Mérito Jornalístico e Empresarial da Comunicação Social Regional e Local Paula Rosa
> NESTA EDIÇÃO:
>AZEMÉIS FOI “MEGA” SOCIAL
Solidariedade de mãos dadas >INAUGURAÇÃO EM PALMAZ
Requalificação da escola de Vilarinho Página 15 >ESCOLA 5 OUTUBRO
Livro perpetua a sua história em Cesar Página 17 >DE 15 NACIONALIDADES
Mais de 60 docentes ‘formam-se’ em Azeméis Página 07 > HORÁRIO DE INVERNO
Páginas 08, 09 e 10
Às 02h00 do próximo domingo, 25 de outubro, atrase o relógio para a 01h00 PUB
Multióticas
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Terça-feira, 20 de outubro de 2015
A bela musa Ó musa que andas tão arredia! Para me ajudar, vem ter comigo, Saudar-te-ei com um bom dia E terás em mim sempre um amigo. Ó sábia musa inspiradora Que o teu saber nunca trema E dá-me luz inovadora Para criar mais este poema: Olhar vago, lendo um livro E mostrando sempre um sorriso, Talvez lendo poesia Ou uma história qualquer, Conheci-te por foto e trato E, à hora de partir, não parto, Pois tu, Musa, seres formosa mulher! Vi-te sentada, ó bela Musa, Na madeira de um velho banco, Ladeada de verdejante arvoredo, Sito em ambiente sem medo, Mostrando um sorriso de candura. Eu quisera ser-te franco: Desejar que tu fizesses, De meu colo, esse banco, Só p’ra te dar amor e ternura.
ABERTURA
BILHETE POSTAL
A mulher turca
EDUARDO OLIVEIRA COSTA
“A diferença entre cristãos e muçulmanos, quanto à relação entre homens e mulheres, é esta: um tem uma mulher e três amantes e outro tem quatro mulheres!” A jovem cipriota esclareceu-me! (A ilha de Chipre está dividida entre turcos e gregos) Em relação ao adultério, também foi bem esclarecido. “O islão permite que um homem possa ter um caso com uma mulher, ou várias, respeitando a lei! Basta que celebrem um contrato de matrimónio temporário, que pode ser por uma hora, uma semana ou um ano!” De facto, não obstante a questão de um contrato escrito prévio, o adultério é prática comum em ambas as culturas. Há dias, na Turquia, fiquei interessado em saber o que pensam os jovens em relação ao sexo antes do casamento. Fiz a pergunta a um amigo turco, pai de uma jovem
de quinze anos. Ele foi peremtório: “Digolhe que a decisão é dela, as consequências do que fizer só a ela dirão respeito também”. Em boa verdade, mais ou menos o mesmo que os ocidentais dizem às suas filhas. Mas há uma diferença. “Uma jovem sabe que pode ser rejeitada por um homem que deseje um compromisso sério, se não for virgem para o casamento”. O meu interlocutor quis saber como pensávamos nós, ocidentais. “Não é valorizado, teria que recuar ao tempo dos meus avós e pais, para encontrar essa forma de pensar”, disse. Estes temas tornam-se mais oportunos, numa altura em que, na tentativa de travar a crise dos refugiados, a União Europeia parece aberta a prometer apressar a entrada da Turquia, primeiro país de cultura não cristã.
A. EVANGELISTA DE PINHO
ESTANTE
A Improbabilidade do Amor Hannah Rothschild Um quadro velho e sujo é comprado numa obscura loja de velharias por Annie McDee. Chef talentosa mas falida, apaixonada mas com o coração partido, Annie cedeu a um impulso e gastou nele as últimas 75 libras que tinha no bolso. E enquanto se debate com a solidão e a falta de perspetivas, está longe de imaginar as repercussões da sua humilde extravagância. É que, singelamente pendurada entre os tachos e as panelas da sua cozinha, está agora uma obraprima. “A Improbabilidade do Amor” é o quadro perdido de um célebre pintor do século XVIII. Na tentativa de desvendar a verdadeira identidade da obra, Annie vai deparar com um dos segredos mais bem guardados da História da Europa. E ser inadvertidamente arrastada para o frenético mundo da arte e perseguida por potenciais compradores. De uma princesa árabe a um oligarca russo, passando por um conde falido e uma socialite americana, não falta quem esteja disposto a tudo para acrescentar mais uma peça à sua coleção. Mas “A Improbabilidade do Amor” não é apenas uma obra de arte.
de antigas ão, de poucos lanços, será do pouco que resta Segundo os estudiosos, a escada de comunicaç azulejos, de ris o de Cucujães. Revestem-lhe as paredes lamb construções do Mosteiro Beneditino de Cout tais vege es preenchidos de rosetas e interligados por hast do séc. XVII, só a azul, de tarjas em ovalados, estilizadas.
ABERTURA
EDITORIAL
SEMÁFORO
Nos 80 anos dos Missionários da Boa Nova Embora não se conheça, com rigor, a data exacta da fundação, certo é que já no ano 1000 da nossa era, por conseguinte muito antes da fundação da nacionalidade, existia em Couto de Cucujães “um modesto cenóbio beneditino, um dos primeiros erectos em terras portuguesas”. Como escreveu o Prof. Dr. Ferreira da Silva, dali natural, “estes monges beneditinos foram em toda a Europa, e entre nós também, infatigáveis e hábeis agricultores e homens sábios”. Aquando da extinção das ordens religiosas, nos meados do século XVIII, o Mosteiro de São Martinho de Cucujães, compreendendo a vasta cerca, foi vendido em praça pública pela importância de três contos de réis. Em 1876, Frei João de Santa Gertrudes de Amorim comprou a propriedade por catorze contos, restituindo-a à antiga função. A implantação da República, em 1910, com o arrolamento dos bens da Igreja e das ordens religiosas, levou o convento à posse do Estado, obviamente com a expulsão dos frades. Em 1926, um outro religioso, o missionário José Vicente do Sacramento adquiriu-o ao Estado por 350 contos, instalando-se a partir daí o Seminário das Missões. Entretanto, no dia 3 de Outubro de 1930, Pio XI nomeava D. João Evangelista de Lima Vidal para o cargo de Director dos Colégios das Missões. Esta gigantesca figura da Igreja, nascida em 2 de Abril de 1874 na freguesia da Vera Cruz, em Aveiro, aluno distinto da Universidade Gregoriana de Roma, onde obteve os graus de Doutor em Teologia, Filosofia e Direito Canónico, foi apresentado Bispo de Angola e do Congo em 1909 e aí desenvolveu relevante acção missionária. Nomeado Arcebispo de Metilene em 1916, seria o primeiro Bispo de Vila Real em 1923, aquando da criação desta diocese. Escolhido, pelo Papa Pio XI, para Superior Geral das Missões Católicas Ultramarinas, e querendo dedicar-se em exclusivo às sua novas tarefas, resignou ao bispado de Vila Real e veio residir para Cucujães, concedendo-lhe a Santa Sé o título Arcebispo de Ossirinco e de Assistente ao Solo Pontifício. Foi ele, efectivamente, o grande dinamizador do Seminário das Missões de Cucujães, funções que abandonou em 1938 para dirigir a restaurada diocese de Aveiro e aí realizar uma obra ainda hoje recordada. * Os agora chamados Missionários da Boa Nova vão completar 80 anos. Momento para recordarmos a sua vasta obra, tempo para evocarmos a memória dos seus cinco mártires, entre os quais se inclui o Padre António da Rocha, que, apesar de nascido em Escariz, viveu entre nós na freguesia de Cesar: assassinou-o um bando armado quando, em 17 de Janeiro de 1989, lhe faltavam escassos quilómetros para atingir a Missão do Chiúre, diocese de Pemba, no norte de Moçambique, para onde ia trabalhar pela primeira vez.
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Fundador: BENTO LANDUREZA (1922) SEDE: Edifício Rainha, 8º piso Telefs. 256 049 890 • Telm.: 939 628 533 3720 OLIVEIRA DE AZEMÉIS Horário de 2ª a 6ª • 9.00/18.30H Assinatura anual : (C/IVA 6%) (Entre Douro e Vouga) 20,00 (Resto do País) 22,50 (C/IVA 6%) (Europa) 65,00 (C/IVA 6%) (Resto do Mundo) 97,00 (C/IVA 6%)
Terça-feira, 20 de outubro de 2015
ANTÓNIO MAGALHÃES
São João Paulo II Karol Wojtyla nasceu em Cracóvia, na Polónia. Órfão de mãe muito cedo, tornou-se devoto de Nossa Senhora, que adoptou como mãe. Cedo conheceu os horrores da guerra, quando Hitler invadiu a Polónia, cursando clandestinamente o seminário. Terminado o conflito seguiu a vocação, é ordenado, estuda em Roma, é bispo de Cracóvia, depois cardeal, e a 16 de Outubro de 1978 eleito sucessor de Pedro. Bento XVI fá-lo beato, Francisco fá-lo santo. João Paulo II foi aclamado como um dos líderes mais influentes do século XX. Teve um papel fundamental na libertação da Polónia e outros países de Leste. A igreja evoca-o a 22 de Outubro.
Dia Mundial da Osteoporose O Dia Mundial da Osteoporose é celebrado anualmente a 20 de Outubro. Neste dia faz-se uma chamada de atenção a nível mundial para os perigos da doença. A osteoporose é uma doença que conduz a um risco acrescido de fratura, em particular na anca, coluna vertebral e membros superiores. O osso, além de promover sustentação ao nosso organismo, é a fonte de cálcio necessária para a execução de diversas funções. É uma estrutura viva que está sendo sempre renovada. Essa remodelação acontece diariamente em todo o esqueleto, durante a vida inteira. A osteoporose é uma doença que se caracteriza pela diminuição de massa óssea, com o desenvolvimento de ossos ocos, finos e de extrema sensibilidade, tornando-os mais sujeitos a fraturas.
Dia Mundial das Nações Unidas Celebra-se no próximo dia 26 o Dia das Nações Unidas. Pouco após o fim da Grande Guerra, de 1914 a 1918, foi criada a Sociedade das Nações. A devastadora tragédia que se abateu sobre a Europa fez surgir entre os responsáveis a ideia da criação de um organismo internacional que impedisse o deflagrar de novos conflitos. Infelizmente, assim não aconteceu, e o dia 1 de Setembro marcaria o rebentar da chamada II Grande Guerra, que decorreu de 1939 a 1945. Esta nova tragédia determinou a criação de uma nova instituição, agora chamada Organização das Nações Unidas, que, infelizmente, não tem podido evitar o deflagrar de novos e violentos, conflitos.
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A ‘RESSACA’ DA SEMANA Em 2014, um inquérito publicado pelo Instituto Nacional de Estatística revelou que o nosso País tinha atingido níveis de pobreza e exclusão social dramáticos. Um em cada cinco portugueses (ou residentes em Portugal, já não nos recordamos muito bem deste pormenor, que, quanto a nós, não faz qualquer diferença) era considerado ‘pobre’... ou seja, mais coisa menos coisa, dois milhões de pessoas. A desigualdade e exclusão social agravaram-se. Em 2013/14, anos que tal estudo reflete, os índices eram semelhantes aos de dez anos antes. Os pobres estavam mais pobres. Os ricos mais ricos. A classe média... bem, essa ‘já era’. As mulheres, as crianças e os idosos continuavam a ser as faixas mais atingidas da sociedade em Portugal. A capacidade de acesso a bens materiais, nomeadamente a ter uma refeição de carne, peixe e/ou vegetais duas vezes por semana, ‘desaparecia’ a ‘olhos vistos’. Havia fome... fome de igualdade e justiça social. Estamos em 2015. Ano em que se ouve apregoar que a ‘grande recessão’ passou e que a pátria lusa começa a dar sinais de recuperação. No entanto, ao que lemos este fim de semana, parece-nos que os dados se mantêm e poucos (ou nenhuns) são os indicadores que assumem o contrário... A 17 de outubro assinalou-se mais um Dia Mundial de Erradicação da Pobreza. Uma efeméride criada pelas Nações Unidas para promover a consciencialização sobre a necessidade de erradicar a pobreza e a miséria em todo o mundo. E se os bens alimentares constituem uma das principais variáveis destes estudos, não menos importante é o acesso à educação e aos cuidados de saúde a que todos os cidadãos têm direito. E, também nessa matéria, meus senhores, parece que estamos ‘conversados’. Basta, para tanto, ouvirmos os noticiários a toda a hora, que nos dão conta de casos que a todos devem envergonhar. Neste particular, diz quem sabe, Oliveira de Azeméis não está numa situação muito aflitiva (?). Vários são os organismos e instituições particulares de solidariedade social que não têm ‘mãos a medir’ na ajuda aos mais carenciados. Igualmente, a promoção de vários eventos - a título particular ou público - é uma aposta nestas terras de La Salette, contribuindo para a diminuição das indesejadas taxas de exclusão social e miséria. Também a política autárquica local não tem sido indiferente a este flagelo e o setor da Ação Social tem revelado uma dinâmica que, pode não ser a suficiente, mas que tem cooperado para que os nossos conterrâneos não passem fome, não vivam abaixo dos tais ‘limiares de pobreza’. O certame realizado, durante três dias, no Pavilhão Municipal Prof. António Costeira, foi mais um exemplo disso mesmo, em terceira edição. Se não deu ‘comer’ a quem tinha ‘fome’ - na verdadeira aceção das palavras - pelo menos teve (tem) o mérito de lembrar, anualmente, que é necessário não esquecer aqueles que pouco ou nada têm... por vezes bem ao lado da nossa porta. A REDAÇÃO
Diretor: António Magalhães • Subdiretor: Eduardo Costa (Cart. Prof. nº 1738) • Chefe de Redação: Ângela Amorim (Cart. Prof. nº 2855) • Redatores: • Gisélia Nunes (Cart. Prof. nº 5385) • Diana Cohen (Cart. Prof. nº 9479) •CORRESPONDENTES: Carregosa: António Amorim: Cesar: Carlos Costa Gomes; Macieira de Sarnes: Manuel Lopes; Macinhata da Seixa: António Magalhães; Nogueira do Cravo: Alírio Costa; Ossela: A. Jesus Gomes; S. Martinho da Gândara: Arlindo Gomes e Sérgio Tavares; S. Roque: Eduardo Costa; Ul: Olímpio Costa. Fotógrafo: Alfredo Pinho • COLABORADORES: • Adelino Ramos • António Vidal • António Santos • Batalha Gouveia • Beatriz Costa • Frederico Bastos • Hugo Tavares • João Araújo • Joaquim Silva • Manuela Inês • Manuel Alves Paiva • Maria Emília Costa • Mário Rui • Manuel Laia • Marisa Gonçalves • Paulo Rui • Rui Duarte • Samuel Oliveira • Sérgio Costa • Tavares Ribeiro. (Os artigos assinados são da inteira responsabilidade dos seus autores não vinculando necessariamente a opinião da direção) Os textos do Correio de Azeméis já obedecem às regras do acordo ortográfico, salvo os da responsabilidade de autores ainda não aderentes.
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Terça-feira, 20 de outubro de 2015
CONCELHO
>DIRETORA DO AGRUPAMENTO FERREIRA DE CASTRO NO ‘DIA DO DIPLOMA’:
O conhecimento distingue os melhores
Foram muitos os alunos do Agrupamento de Escolas Ferreira de Castro distinguidos por ‘Mérito académico’, ‘Conduta exemplar’, ‘Mérito desportivo’ e ‘Atividades Cívicas’.
Os prémios ‘Mérito académico’, ‘Conduta exemplar’, ‘Desportivo’ e ‘Atividades Cívicas’, referentes ao ano letivo anterior, foram entregues, a 09 do corrente, no Agrupamento Ferreira de Castro. Um dia dedicado à “recompensa” do trabalho esforçado de alguns alunos, que teve como ponto alto a distinção dos melhores finalistas, por sinal duas jovens mulheres. ANGELA AMORIM
De entre os finalistas, revelaram-se como “as melhores” do respetivo percurso de formação Catarina João Pinto da Silva e Ana Isabel Soares Santos, respetivamente dos cursos científico-humanísticos e profissonais. Porém não foram só estas jovens os distinguidos pelo Agrupamento de Escolas Ferreira de Castro (AEFC). Naquele que foi o seu ‘Dia do Diploma’, 09 de outubro, foram dezenas os alunos premiados pelo seu ‘Mérito Académico’, ‘Conduta Exemplar’, trajetória ‘Desportiva’ (ver caixa em anexo) e ‘Atividades
Paula Rosa
Muitos pais e familiares dos ‘diplomados’ compareceram ‘à chamada’
Cívicas’, neste último caso um galardão coletivo conquistado pela turma D do 8.º ano de escolaridade no ano letivo de 2014/15. “O diploma que hoje recebem é a recompensa do vosso sacrifício e também uma recompensa do vosso mérito”, começou por salientar Ilda Ferreira, diretora do Agrupamento de Escolas Ferreira de Castro, perante uma plateia repleta de alunos, pessoal docente e não docente, pais, familiares e amigos dos galardoados, bem como de algumas entidades, nomeadamente representantes do conselho geral e das associações de Estudantes e de Pais e Encarregados de Educação dos diversos estabelecimentos de ensino deste Agrupamento, e autarcas, numa cerimónia presidida pelo vereador da Educação da Câmara Municipal, Isidro Figueiredo. A sessão festiva, dividida em dois momentos – final da tarde para os mais pequenos do 1.º Ciclo do Ensino Básico e após o jantar para os
restantes anos escolares -, proporcionou ainda belos e artísticos apontamentos de música/dança pelas bailarinas/dançarinas da Escola de Dança Ana Luísa Mendonça. Orgulho na ‘Ferreira de Castro’ Lembrando que, “nesta escola, fizeram uma aprendizagem e cresceram como pessoas”, Ilda Ferreira aconselhou os alunos a recordarem sempre “as coisas encantadoras e fantásticas que aprenderam na sala de aula, mas também os momentos de partilha”, “as amizades e os momentos de fruição” que neste estabelecimento de ensino viveram. Já no que ao futuro diz respeito, a líder do AEFC sugeriu que escolham “formações credíveis e exigentes, rejeitando as formações fáceis. Procurem o conhecimento – prosseguiu -, pois ele distingue os melhores. Procurar saber sempre mais, numa postura de inquietude constante” é a melhor atitude no entender desta responsável pedagógica. Entre muitas outras
mensagens e testemunhos, Ilda Ferreira apelou aos ‘seus’ alunos para que não esqueçam “a nossa escola como uma instituição de referência do concelho e do País. Devem sentir orgulho ao dizer ‘a Ferreira de Castro foi a minha escola’!” Por seu turno, o titular da pasta da Educação do Município teve palavras de louvor para com os alunos distinguidos e considerou que “os diplomas de mérito significam também uma vertente de reconhecimento daquilo que é o esforço de trabalho e de sacrifício, que se começa desde pequeno”. Com estes ‘galardões’, “percebemos que a Escola proporciona uma dimensão para lá do trabalho e empenhamento escolar”, até porque é nestas instituições que “as nossas crianças e jovens aprendem a ser e a construir-se como cidadãos”, sublinhou, não deixando de frisar a importância da Família enquanto “a primeira escola (…) insubstituível”. N.R.: No seu discurso, Ilda Figueiredo lembrou, também, que em 2016 assinalar-se-á o centenário da obra literária de Ferreira de Castro com a publicação do livro ‘Criminoso por ambição’. As comemorações originaram o tema do plano anual e plurianual de atividades deste Agrupamento: ‘Ferreira de Castro, cidadão Global’. Um assunto a que voltaremos em próximas edições.
>AGRUPAMENTO DE ESCOLAS SOARES BASTO
Dia do Diploma 2015 Prémio Mérito 1.º CEB EB1 de Selores - Ossela Ana Francisca T. O. Pinho, Leonardo Alberto A. Ferreira, Matilde Rodrigues Martins, Renato M. P. Rocha, Rúben P. Lameiras, Francisca Gaspar Correia, Lara Catarina T. Barbosa, Ana S. G. Fazenda, Beatriz Godinho Pinho, Gabriela B. Soares, Sara Almeida Gomes, João Paulo L. Santos. EB1 de Oliveira de Azeméis n.º 2 Ângelo F. B. Ferreira, Tomás V. Reis, Rui F. P. Costa, Rúben M. B. Tavares, Paulo A. M. Silva, Roberto F. B. Ferreira, João P. R. Ribeiro, Inês M. T. P. Silva. EB1 de Santiago de Riba-Ul Bernardo G. C. C. Nobre, Joana A. F. S. Ferrão, Paula Sofia F. Sousa, Tiago A. G. Silva, Tomás M. Santos, Rodrigo G. Mendes, Afonso M. Correia, Ana C. P. Godinho, Carlos D. F. Moreira, Carolina Fernandes Gonçalves, Eva Maria Ramos Oliveira, Maria Oliveira Henriques, Leonor Afonso Correia da Costa, Maria Marques Correia, Tiago José Oliveira Costa. EB1 de Outeiro Benedita Tavares Lima, Joana F. Tavares, Margarida V. Maia, Rita Brandão Gaspar, Rodrigo E. Simão, Tiago Miguel Rosa, Afonso Manuel G. Silva, Bruna Silva Santos, Daniela O. Soares, Eduardo D. Quesado, Guilherme P. Vieira, Leonor Íris Q.C.O. Teixeira, Tiago Castro, Íris Santos, André Lima, Matilde Costa, Ana Beatriz Castro, Filipa Rosa, Tomás Santos, Ivo Xará Mahl, Pedro T. Ferreira, Rúben C. Calixto, Ana Margarida, Vítor Pinto, Margarida Patrício, Joana Barbosa, Martim Leite, Mafalda Pinho, Joana Raquel, Gonçalo R. Sousa, Matilde S. B.O. Martins, Tiago Ramos Costa, Ihor Ratushnyy, Guilherme H. Pinto, Gabriela S. Oliveira. Mérito Académico 1.º CEB (5.º e 6.º Anos) Gustavo Carvalho Clemente, Mª de Fátima Ribeiro, Beatriz Valente Almeida, Ricardo Tavares Fernandes, Beatriz Silva, Gustavo Valente, Miguel Paiva, Duarte Jorge, Miguel Azevedo, Tomás Candeias, Ana Barbosa, Mara Oliveira, Marco Gomes, Inês Ferreira, Samuel Soto, Beatriz Oliveira Almeida, Alexandra Valente Silva, Luísa Pereira Godinho, Álvaro Pinto Xará, Sara Costa Bastos, Diogo Fernandes, Diogo Vaz, Mariana Soares Azevedo, Mário André Costa, Vasco Miguel Costa, Gonçalo Ferreira Lima, Ana Miguel Almeida, Bruna Alexandra Tavares, Carolina Conceição Godinho, Catarina Neves, João Batista. 2.º CEB (7.º, 8.º e 9.º Anos) Beatriz Mª G. Silva, Bernardo G. Cardoso, Daniela C. Pinto, Eduardo Tavares João Oliveira, Lara Castro, Pedro Silva, Renata Silva, Joana P. Ferreira, Mariana M. Azevedo, Marta L. Silva, Inês B. Moreira, Tiago F. Correia, Patrícia Gomes, Daniela Albuquerque, Ivan Reis, José X. Martins, Mariana Parreira, Nuno Rocha, Leonor Nunes, Marcelo Filipe Santos, Sara R. Franco, Ana Carolina Costa, Sara Margarida Bastos, Beatriz Azevedo Almeida, Rafaela Silva, Gonçalo Teles, Ana Rosa Coelho, Rita B. Soares. Secundário (10.º, 11.º e 12.º) Carlota Osório Queiroz, Diana Fernandes, Índia Silva Tavares, Inês V. Henriques, Mariana Fonseca, Bernardo S. Silva, Diana Sofia Gonçalves, João C. Pinho, Joana Pintor, Daniela Pires, M.ª João Henriques, Francisca R. Nunes, Maria Fedchenko, Mário G. Santos, Renato G. Silva, André Filipe Martins, João M. Mota, Inês Gabriela Fonseca, Ana C. Silva, André Portela, Bárbara Pinho, Bruno Mesquita, Mafalda Ferreira, Mariana Silva Almeida, Miguel Anjos, Sofia Barros , Diogo Filipe Costa, Flávio F. Dionísio, António Pinho, Diogo Nunes, Eva Nogueira, Francisco Albergaria, Ana E. Lemos, Inês Ornelas, João M. Ferreira, Catarina João Silva. Prémio Conduta Exemplar 1.º CEB (5.º e 6.º Anos) M.ª de Fátima Ribeiro, Miguel Paiva, Samuel Soto, Álvaro Xará. 2.º CEB (7.º, 8.º e 9.º Anos) Beatriz Cardoso, Joana Parreira Ferreira, Mariana Santos, Francisco Silva, Daniela Albuquerque, Mariana Parreira, Marcelo Filipe Santos. Secundário (10.º, 11.º e 12.º) Diana Sofia Gonçalves, Catarina João Silva Prémio Mérito Desportivo 1.º CEB (5.º e 6.º Anos) Beatriz Valente Almeida, Leonor Seixas Garcia, Ana Rita Moreira, Tiago Ribeiro, Andreia Ferreira, Diana Mafalda Rocha, Mariana Soares Azevedo, Lara Oliveira Santos, Mafalda Terra Pinho. 2.º CEB (7.º, 8.º e 9.º Anos) Beatriz Cardoso, Fabiana Araújo Moura, Joana Parreira Ferreira, Sofia Santos Carvalho, Ana Miguel Tavares, Diana Filipa Bastos, Mónica Lopes, Daniela Pereira, Inês Bastos Moreira, Mariana Parreira, Diana Suarez, Beatriz Pereira, Ana Rosa Coelho, Núria Correia, Rui Ribeiro, Paulo Oiveira Secundário (10.º, 11.º e 12.º) Diana Sofia Gonçalves, MaksymLysak; Ana Catarina Silva
CONCELHO >NO ÂMBITO DA II GALA AO MÉRITO
Laureados de 2014/2015 Laureados do 9.º ano Vasco Calixto Coelho Ferreira – Escola Soares Basto; Ana João Marques Ferreira – Escola Dr. Ferreira da Silva; Gonçalo José Afonso Pinto Teles – Escola Ferreira de Castro; Rodrigo Castro Machado Vaz – Escola Frei Caetano Brandão; Rita Alexandra Cardoso Oliveira – Escola Com. Ângelo Azevedo; João Daniel Correia Brandão – Escola Básica 2.3 de Carregosa; Mariana Brandão de Andrade – Escola Dr. José Pereira Tavares; Felícia Érica Pinho Oliveira – Escola Básica 2,3 de Fajões. Laureados do ensino profissional Tiago Gil dos Santos Pinto – Cenfim/O. Azeméis Laureados do 12.º ano Marta Catarina Correia da Silva – Escola Secundária de Fajões; Tiago Gaspar da Silva – Escola Dr. Ferreira da Silva; Catarina João M. Pinto Silva – Escola Ferreira de Castro; Leandro Augusto S. Nunes Silva – Escola Soares Basto. Laureados do ensino superior Joana Cardoso Carvalho (Lic.) ESAN – Univ. Aveiro/Pólo Aveiro-Norte; Rosa Maria da Costa Rodrigues (Lic) – Esc. Sup. Enfermagem CVP O. Azeméis. Bolseiros Ana Anunciação Silva, patrocinada por A. Castro & Filhos, Lda. Concluiu o Mestrado em Psicologia pela Universidade do Porto; Ana Rita Ribeiro Duarte, patrocinada pela Fundação Rotária portuguesa. Concluiu o Mestrado em Psicologia pela Universidade de Aveiro; Leandro Tiago Martins Marques, patrocinado pela Simoldes Plástico, S.A.. Concluiu a Licenciatura em Medicina pela Universidade Nova de Lisboa.
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Terça-feira, 20 de outubro de 2015
>PROMOVIDA PELO ROTARY CLUB DE OLIVEIRA DE AZEMÉIS
II Gala ao Mérito Escolar A II Gala ao Mérito Escolar, referente ao último ano letivo, teve lugar a 03 de outubro no auditório Com. Ângelo Azevedo da Junta de Freguesia de S. Roque. Nesta cerimónia aberta a toda a comunidade, perante uma plateia repleta, foram agraciados os melhores alunos das escolas do concelho. TAVARES RIBEIRO
A II Gala ao Mérito Escolar aconteceu no âmbito do Prémio Mérito Escolar, um projeto de continuidade que o Rotary Club de Oliveira de Azeméis (RCOA) iniciou há 16 anos, que muito orgulha este clube de serviço e lhe dá prazer em realizar. No decurso de todos estes anos, mais de duas centenas de jovens foram objeto de reconhecimento e distinção. Este ano, o evento foi apresentado por Eva Figueiredo e José Oliveira, que começaram por saudar os representantes das entidades públicas, civis e religiosas presentes, bem como os companheiros do RCOA, Rotaract, Interact, Rotary Kid’s e Casa da Amizade, alunos distinguidos e bolseiros licenciados, pais, familiares, professores, convidados e comunicação social. Na qualidade de anfitrião local, foi Amaro Simões, presidente da Junta de Freguesia de S. Roque, quem iniciou a sessão protocolar, seguindo-se Manuel Bastos Pinto, desde sempre um grande entusiasta deste projeto, para falar precisamente do Prémio Mérito Escolar e fazer o elogio público aos alunos premiados. Na altura, o rotário oliveirense sublinhou que “um dos objetivos do Rotary é o reconhecimento do mérito, seja ele escolar ou profissional”, uma vez que “o exemplo dos melhores desperta motivação para chegar mais alto”. E se é verdade que o desenvolvimento se faz com investigação e inovação, então “devemos apoiar e acarinhar os que demonstram talento e qualificações extra, dando-lhes a oportunidade de desenvolverem ainda mais as suas faculdades inteletuais”,
Os alunos que foram distinguidos pelo Rotary de Azeméis, vendo-se ainda, na foto à esq.ª, patrocinadores e elementos do clube de serviço
acrescentou. “A educação é a mais poderosa arma” Assim, ciente da sua obrigação na procura desta melhoria de qualidade, o clube de serviço, este ano rotário liderado por José Carlos Duarte, vem contribuindo com a organização desta Gala ao Mérito Escolar. O seu objetivo é enaltecer “aqueles que, ao longo de um ou mais ciclos escolares, deram o melhor de si para atingirem um patamar de excelência”, considerando que tem uma dívida de gratidão para com as escolas, porque elas têm sido, ao longo dos últimos 16 anos, parceiras participativas e interessadas, indicando os “alunos que reúnem os requisitos para acederem às nossas bolsas de estudo ou fazendo a seleção daqueles que são merecedores deste prémio”. Fazendo uma vénia à inteligência e excelência dos alunos e bolseiros, Manuel Bastos Pinto terminou citando Nelson Mandela: “A educação é a mais poderosa arma pela qual se pode mudar o mundo”. Após a visualização de um vídeo sobre o Rotary International, o presidente José Carlos Duarte juntou-se à entrega do diploma e troféu – este último em estanho composto por um livro aberto, sinónimo de inteligência, colocado num cavalete elevado, significando que o seu detentor é exemplo a seguir pela comunidade escolar - institucionalizados pelo clube para este reconhecimento aos melhores alunos em anos de fim do ciclo das escolas preparatórias, secundárias, profissionais e superiores concelhias. A cada um dos premiados também foi oferecido o livro ‘Viajando pelo Português’ do professor António Vidal, entregue pelo próprio.
“Em Portugal não é comum louvar o sucesso” Já o elogio público aos bolseiros do RCOA e da Fundação Rotária Portuguesa (FRP) que concluíram as suas formaturas coube a Eduardo Costa, outro grande impulsionador deste projeto, que, desde há muitos anos, dedica especial afeto e carinho aos jovens carenciados com grande potencial escolar. Na intervenção do representante das escolas, confiada a Augusto Queirós, diretor do Cenfim – Núcleo de Oliveira de Azeméis, foi realçado o valor desta iniciativa, ainda para mais sabendo-se que “em Portugal não é comum louvar o sucesso”. E em jeito de apelo aos jovens premiados incentivou: “A partir de agora vai ser muito mais difícil manter esse nível, mas, com o vosso esforço e inteligência, continuarão entre os melhores”. A importância da ação da FRP no apoio à juventude escolar foi transmitida por Alcides Sá Esteves, considerando que “com jovens deste quilate o nosso futuro está garantido”. Em representação da Câmara,
que tem sido parceira do RCOA em muitas ações, Isidro Figueiredo, vereador da divisão municipal de Educação, enalteceu a missão que o clube em tido no âmbito educacional e que, desde há anos, vem acompanhando. Aos jovens motivou-os para que mantenham os seus projetos, porque, como bem sublinhou, “o caminho não termina aqui (...). Vai ter de se perpetuar ao longo das vossas vidas”. E sobre aquele momento realçou não apenas o mérito escolar que estava a ser premiado, mas também os talentos que passaram pelo palco, quer em termos de música (André Silva e Evita Danin), quer em termos de dança (Diana Rocha), todos do nosso concelho. José Carlos Duarte foi quem dirigiu as palavras finais, referindo que, todos os anos, ao entregar os prémios de mérito escolar aos melhores alunos, “o Rotary Club prestigia-se”. E, direcionando-se para os jovens, apelou: “Vós sois uma referência e um exemplo a seguir, pelo que apelo para que continuem a ser os melhores ao longo da vossa vida”. PUB
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Terça-feira, 20 de outubro de 2015
CONCELHO
>LIONS CLUBE DE OLIVEIRA DE AZEMÉIS PROMOVEU MAIS PALESTRA/CONFERÊNCIA
Viajar em Portugal ao longo do tempo Em setembro último, o Lions Clube de Oliveira de Azeméis promoveu, na sala polivalente da Biblioteca Municipal, uma palestra/conferência, tendo como orador convidado Jorge Correia Ribeiro, químico, investigador, mas também um viajante e muito interessado em temas da História de Portugal.
Jorge Correio Ribeiro foi o orador convidado para mais uma palestra/conferência, promovida pelo Lions Clube de Oliveira de Azeméis.
TAVARES RIBEIRO
Os meios disponíveis, a facilidade e a rapidez com que hoje nos deslocamos despertam curiosidade sobre como seria viajar em Portugal em períodos como a Idade Média ou finais do séc. XIX. Refletindo sobre este tema, o palestrante descreveu o modo como as viagens eram feitas, dificuldades, perigos, rede viária e importância de alguns meios de transporte e impactos, nomeadamente o comboio. Com os meios de transportes atuais, a facilidade que temos em movimentar-nos torna difícil imaginar como seria viajar nos confins da Idade Média, já para não remontarmos ao tempo da civilização castreja ou mesmo romana. Começando por falar quem eram os viajantes durante a Idade Média, Jorge Correia Ribeiro confessou que, até há alguns anos, “pensava que na Idade Média viajava-se muito pouco, porque as pessoas não tinham meios e as estradas eram degradadas e perigosas”. Mas isto “não é verdade – conforme prosseguiu – porque cada vez mais tem vindo a descobrir-se que, apesar de todos estes inconvenientes, viajava-se bastante”. Reis eram os que mais viajavam... Segundo adiantou o entendido na matéria, quem mais se deslocava era o poder régio: “As viagens que os
reis fizeram estão hoje bem documentadas”. Apontando alguns mapas, registos e respetivos autores sobre tais viagens, observou que, nesse período, “o País foi muito calcorreado pela entidade régia”, que tinha como objetivo “exercer o poder, demonstrar o seu prestígio, dar-se a conhecer”. “Acompanhavam-nos [aos reis] nobres e oficiais régios essenciais ao funcionamento da comitiva e, nestas deslocações, os reis também governavam”, acrescentou. ... e os nobres também Além do rei, também os nobres viajavam bastante, havendo, igualmente, relatos deste tipo de viagens “registados em chancelarias ou em crónicas e anais, que nos informam sobre jornadas, direções, lugares mais percorridos”, mas que nos dão pouca informação “sobre os trajetos concretos”. Ainda a propósito, o investigador referiu que “os oficiais régios constituíam um dos grupos que mais viajavam durante a Idade Média, porque estavam ligados às estruturas fiscais, judiciais, carregadores, tabeliães, oficiais concelhios”, sendo que os níveis de deslocação diferiam consoante o tipo de funções. Registe-se, de igual modo, que parte das viagens dos nobres justificava-se, muitas vezes, com a organização de hostes, prática de guerra, sendo
A vereadora da Cultura da Câmara, Gracinda Leal, esteve presente, estando ladeada por elementos dos Lions, nomeadamente o seu presidente, José António Pinto.
certo que as deslocações militares “tinham caráter sazonal, tentando garantir melhores condições de circulação, alimentação, descanso dos soldados”. Clero, igualmente, viajado Nessa altura, o clero era muito viajado, com raios de ação diferenciados consoante a posição na hierarquia eclesiástica. De acordo com Jorge Correia Ribeiro, os bispos faziam com mais frequência longas viagens para reuniões de concílios e corte papal. Já o clero secular, mais restrito à sede do bispado, em visitas pastorais, fazia-no para celebração de festas litúrgicas, administração de sacramen-
tos, etc., e os monges, tendo em vista a circulação entre mosteiros. As peregrinações eram intensas e predominantemente realizadas pelo clero, mas também pela nobreza. Podiam ter caráter regional ou mais abrangente, tendo como destino, entre outros, Santiago de Compostela, a partir do século IX. Viagens do povo Conhecedores da rede de caminhos, os almocreves asseguravam a comunicação entre unidades de produção rurais e mercados urbanos, fazendo chegar ao interior sal e pescado. Mas também abasteciam as comunidades rurais dispersas, garantindo a divulgação de notícias e mensagens, além
de que podiam ainda estar ao serviço dos senhores, dos mosteiros, do rei, da vila ou cidade. Por sua vez, os mercadores viajavam de feira em feira, geralmente, em pequenos grupos para maior segurança, e estabeleciam rotinas de circulação vitais para as dinâmicas económicas inter-regionais. Quanto à deslocação dos camponeses, esta era associada a trabalhos agrícolas, com ida à feira ou mercado e obedecia muito aos ritmos sazonais. Por exigência do rei ou do senhor alargavam o raio de deslocação, para prestação de serviços, pagamento de rendas, etc. Entretanto, também os mendigos, pobres e marginais se movimentavam pelos caminhos medievais entre aldeias e cidades. Rede viária medieval portuguesa: Herdeira das vias romanas A rede viária medieval portuguesa foi, nas suas linhas principais, herdeira das grandes vias romanas. Ainda na idade moderna os grandes eixos viários continuam a seguir bastante de perto o traçado herdado dos romanos. Com estas grandes vias articulavam-se outras secundárias que, por sua vez, deram origem a outras menores, possivelmente mais movimentadas porque serviam as populações locais no seu quotidianos, regra geral por caminhos predominantemente de terra batida, facilmente danificados no Inverno. Também bastantes pontes existentes no séc XV já vinham de séculos anteriores e a dificuldade nas viagens terrestres derivava, igualmente, das parcas estruturas e apoio ou assistência. Em suma, com esta iniciativa do Lions Clube oliveirense ficou-se a saber que “todas as categorias sociais, com finalidades e objetivos diversos, calcorreavam, com maior ou menor dificuldade, as estradas medievais. Consoante as suas possibilidades económicas e posição social, viajavam a pé, no dorso de um burro ou a cavalo, percorrendo em média 35 a 40 quilómetros diários, conforme as circunstâncias e os meios de locomoção”.
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>FORMAÇÃO TRAZ REPRESENTANTES DE 15 PAÍSES ATÉ NÓS...
Mais de 60 professores estrangeiros em Azeméis Mais de seis dezenas de professores de 15 países passaram a semana na nossa cidade, no âmbito de dois cursos da Euneos, uma organização finlandesa de formação. Uma iniciativa só possível graças à “ótima” articulação entre esta entidade, a direção da ‘Soares Basto’, o CFAE de AVCOA e a Câmara. ANGELA AMORIM
De 12 a 17 de outubro, 61 formandos (todos professores) estiveram em Azeméis, entre os quais se contavam sete portugueses (seis oliveirenses e um do agrupamento de escolas da Maia) numa formação no âmbito do programa Erasmus +. Para além dos nacionais, encontrámos na sede do Agrupamento de Escolas Soares Basto (AESB), onde decorria a formação, docentes vindos de Espanha, Grécia, Itália, França, Alemanha, Dinamarca, Suécia, Finlândia, Roménia, Polónia,
Paula Rosa
São mais de seis dezenas de formandos de várias nacionalidades que estiveram em Oliveira de Azeméis.
Bulgária, Eslovénia, Holanda e República Checa. Sob a chancela da empresa finlandesa Euneos, vocacionada para formação de professores desde 2001 e que tem visto todos os seus cursos aprovados pela União Europeia, entre nós decorreram dois: O ‘TSP - Tap, Swipe, Pinch’, voltado para a utilização de dispositivos móveis na sala de aula, nomeadamente tablets; e um sob a temática da internacionalização/globalização - ‘How to make your school
more international’, isto é, ‘Como tornar a sua escola mais internacional’. Euneos, AESB, CFAE, CM e Dighton ‘parceiros’ Já o ano passado, este organismo da Finlândia esteve em Portugal, numa universidade do Porto. Tratou-se de uma experiência com ‘nota positiva’ e que acabou por repetir-se, como nos conta Filipe Cálix, que tem sido a ‘ponte’ nestes contatos: “O ano passado esti-
veram em Portugal mais de 40 professores de vários países e foi um sucesso. Os responsáveis da Euneos interpelaramme para voltar a organizar cursos idênticos e eu quis diversificar e não ficar pelo Porto”. Assim, “sabendo que em Oliveira de Azeméis provavelmente havia condições privilegiadas para acolher estas pessoas, desde setembro último que ando a preparar a ação”. E se a tarefa foi grandiosa, acabou por ser facilitada, graças à “abertura por parte da diretora do Agrupamento de Escolas Soares Basto, Maria José Cálix (minha esposa), que incentivou e deu todo o apoio, disponibilizando instalações e serviços deste estabelecimento de ensino. Em contrapartida, estão em formação, a título gratuito, docentes desta escola”. Também a usufruir de um dos cursos está uma colaboradora da Câmara Municipal de Azeméis (CMOA), que “é igualmente parceira neste projeto, nomeadamente em termos de apoio e logística”, tendo havido reuniões preparatórias com
>LUDO MATEUSEN CONFESSASE IMPRESSIONADO COM AS CONDIÇÕES
Gastronomia oliveirense conquista o grupo professores Ludo Mateusen, representante da Euneos, com quem conversámos, mostrou-se muito satisfeito com as condições que o grupo de formandos/formadores usufruiu em Azeméis. E a fazer fé nas suas palavras (se entendemos bem o Inglês), estamos em crer que já conquistámos os corações e, sobretudo, os ‘paladares’ de todos estes estrangeiros. Depreende-se, portanto, que, mais tarde ou mais cedo, vão regressar… como turistas. Até porque com os seus euros conseguem fazer aqui o que não fazem por essa Europa fora… “Estamos muito surpreendidos. Em primeiro lugar, com esta fantástica escola, um edifício ‘novo’, muito moderno, bonito e eficiente; depois, pelas facilidades que foram postas ao nosso alcance em termos de instalações, tendo sido disponibilizados vários espaços. Por outro lado, as pessoas são muito simpáticas, atentas,
Paula Rosa
Filipe Cálix.
agradáveis, nomeadamente nos momentos de convívio das refeições e intervalos. Os estudantes [de Hotelaria e Restauração] esforçam-se por nos apresentar pratos e ementas típicas portuguesas e ainda nos prestam todos os esclarecimentos sobre eles, dando-nos a conhecer a cultura gastronómica da região. Também já nos ofereceram momentos culturais,
Ludo Mateusen.
com a declamação de poemas em Inglês, durante um almoço. Visitámos o Porto e vamos ainda a uma área de moinhos muito importante aqui desta região [Parque Temático Molinológico]”. Ludo Mateusen reconheceu ao Correio que “Portugal é um importante membro da UE” e que “as entidades autárquicas locais se dedicam à Educação. Igualmen-
te, contatamos com muitos e bons professores. Aqui parece que se cultiva a ‘paixão’ pela Educação [“Education… it’s a passion”]. Estamos muito satisfeitos por termos sido convidados para darmos formação nesta cidade simpática, com pessoas muito hospitaleiras – não só a diretora desta escola, como todo o staff. Então a comida tipicamente portuguesa é fabulosa, todos têm adorado”. Para o finlandês, “foi excelente conseguirmos ficar todos juntos no mesmo hotel [Dighton], um espaço agradável e muito próximo desta escola, onde decorre a formação. Nesta unidade hoteleira pratica-se um preço muito bom [‘low-cost’], comparativamente a outros países, o que não deixa de ser um fator importante para os participantes. Aqui, a relação qualidade/preço é excelente – no Porto é mais caro”.
a presença do vereador Isidro Figueiredo. Aos protocolos firmados com o AESB e CMOA, seguiram-se outros dois - um com Centro de Formação de Associação de Escolas Arouca, Vale de Cambra e Oliveira de Azeméis (CFAE de AVCOA) e outro com o Hotel Dighton, onde os participantes estiveram instalados. Expetativas ultrapassadas E se os objetivos a que Filipe Cálix se propôs, inicialmente, foram “dar a conhecer as magníficas condições que Portugal possui e a enorme capacidade que temos em organizar eventos, bem como promover o nosso turismo e a nossa imagem, e alargar a formação da Euneos a professores portugueses”, podemos concluir que esta semana de trabalho formativo valeu a pena. Aliás, como o próprio reconheceu ao Correio de Azeméis, “as expetativas foram ultrapassadas”. Uma opinião confirmada por Ludo Mateusen, responsável da Euneos com quem conversámos (ver texto em baixo).
“Uma promoção fantástica de Azeméis” Na troca que mantivemos com Filipe Cálix, ficou patente a sua satisfação pelo resultado obtido: “Esta ação é uma promoção fantástica para Azeméis. Eles estão encantados com o acolhimento, com a simpatia das pessoas, com as instalações e os serviços da Escola, com o próprio Hotel e com as visitas que têm feito. É uma excelente promoção da nossa cidade”, como é igualmente “um excelente momento formativo para docentes desta Escola e para o representante da Câmara”. Por outro lado, é “um ótimo treino para os alunos dos cursos de Hotelaria e Restauração, que têm trabalhado e servido todas as refeições e ‘coffee breaks’. É um esforço da parte destes jovens e que é reconhecido por todos, que, no final, batem palmas. Não deixa de ser uma experiência interessante para eles também, já que estão a contatar com um tipo de turismo diferente e são mesmo ‘obrigados’ a falar em Inglês e/ou em Francês...”.
08 O que eles disseram… “Há dez anos atrás, vim pela primeira vez a Oliveira de Azeméis. (…) Era um território acabrunhado, envergonhado, fechado sobre si mesmo (…). Oliveira de Azeméis nos últimos anos ‘explodiu’, parece que ganhou vida; ganharam vida as ‘pedras da calçada’, as pessoas… permita-me que o elogie [presidente Hermínio Loureiro] por esta transformação. (…) Oliveira de Azeméis tem um papel muito importante no seio do Entre Douro e Vouga e da Área Metropolitana do Porto, nomeadamente na captação de fundos comunitários. (…) O vosso mundo é aquilo que aqui está, o que foram construindo em termos culturais, de ação social, de trabalho autárquico. A vossa dignidade surge como ‘pedra de toque’ no setor solidário; o vosso futuro constróise com a Educação e o Associativismo; o lema deste ‘Azeméis é Social’ [‘O nosso mundo, a nossa dignidade, o nosso futuro’] é oportuno, porque transcreve o que se passa aqui neste pavilhão. O Centro Distrital [de Segurança Social] continuará a ser um parceiro do setor social de Oliveira de Azeméis no sentido de encontrar soluções e respostas neste âmbito… e os exemplos mais recentes foi a aprovação das candidaturas ao RLIS [Redes Locais de Intervenção Social / POISE – ver texto principal] e ao CLDS [Contrato Local de Desenvolvimento Social/ver texto principal]. Com estes instrumentos, Oliveira de Azeméis é um território que, apesar de ser forte, tornar-se-á ainda mais”. RUI CRUZ, DIRETOR DO CENTRO DISTRITAL DA SEGURANÇA SOCIAL DE AVEIRO
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O que eles disseram… “Num processo muito difícil, Oliveira de Azeméis viu novamente aprovadas as candidaturas ao CLDS e ao RLIS, também graças aos pareceres favoráveis do Centro Distrital de Segurança Social, que conta hoje aqui com a presença do seu diretor, Dr. Rui Cruz, a quem agradeço. Também apraz-me registar a presença do Dr. Ricardo Faria, diretor do Centro de Emprego e Formação Profissional [do Entre Douro e Vouga]… entidade que tanto se empenhou para a criação do Gabinete de Inserção Social [GIS] em Cucujães, em parceria com o núcleo da Cruz Vermelha local. Agora, Oliveira de Azeméis não tem um GIS, mas dois – um na Câmara e outro na Vila de Cucujães. (…) O nosso município conta com bons fatores que contribuem para o seu desenvolvimento e sustentabilidade: vocação exportadora, pujança industrial, espírito empreendedor, políticas sociais em diversas áreas, sempre a pensar em quem menos tem e mais precisa. E isto sempre numa lógica preventiva e não reativa, numa tentativa de antecipação dos problemas e das respetivas soluções, no sentido de uma sociedade mais justa, mais fraterna e mais solidária. [Em relação ao lema] Vivemos num mundo global – Oliveira de Azeméis é um dos municípios que está presente no mundo inteiro, fruto da capacidade exportadora das nossas empresas; a nossa dignidade não tem preço e no nosso concelho fazemos a diferença. Quanto ao futuro que queremos… bem, queremos um futuro de esperança, encarado com otimismo e confiança”. HERMÍNIO LOUREIRO, PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE OLIVEIRA DE AZEMÉIS
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>DOR E SOFRIMENTO HUMANO DEVEM PREOCUPARNOS A TODOS
‘Azeméis é social’: Resposta solidária Com mais de uma centena de entidades, arrancou, no passado dia 15, o ‘Azeméis é Social’, que se estendeu até sábado passado, no Pav. Mun. Prof. António Costeira. Trata-se de um “fórum de promoção das respostas sociais concelhias” e “de reflexão e envolvimento da comunidade, instituições e agentes sociais, no combate à pobreza e à exclusão social”, como frisou Gracinda Leal. TEXTOS: GISÉLIA NUNES E ANGELA AMORIM FOTOS: PAULA ROSA
‘O nosso mundo, a nossa dignidade, o nosso futuro’ é o lema do Ano Europeu, que foi adotado pelo ‘Azeméis é Social’ em 2015, mostra integrada no Programa Municipal do Ano Europeu para o Desenvolvimento, que congregou vários espaços – ‘Emprego/Empreendedorismo’, ‘Criativo’, ‘Sensações’, ‘Infantil’, ‘Projetos’, ‘Solidariedade’ – com um mesmo objetivo: dar a conhecer “as potencialidades e os recursos” do nosso concelho de forma a “promover convenientemente a unidade, o planeamento e a intervenção local integrada, facilitadora de um maior desenvolvimento social”, segundo palavras da responsável autárquica pela Divisão Municipal da Ação Social na sessão de abertura desta iniciativa da responsabilidade da Câmara Municipal e da Rede Social de Oliveira de Azeméis (RSOA). Ir ao encontro dos que mais precisam Com 13 anos de existência, a RSOA integra 73 entidades públicas e privadas, e tem criado “oportunidades de participação efetiva e regular, valorizando experiências, favorecendo a articulação e cooperação entre as instituições e serviços, e rentabilizando os recursos existentes”, anotou a vereadora Gracinda Leal, após ter posto à reflexão uma questão fulcral para a sociedade: “Qual o nos-
A sessão inaugural do ‘Azeméis é Social’ foi bastante concorrida, com Gracinda Leal a abrir os discursos.
>NO ÂMBITO DO COMBATE À POBREZA E EXCLUSÃO SOCIAL
Candidaturas aprovadas e outras apresentadas Na cerimónia de abertura do III ‘Azeméis é Social’, que contou com excelentes apontamentos musicais a cargo da Orquestra de Sopro da Academia de Música de Oliveira de Azeméis, ficou a saber-se que as candidaturas apresentadas ao POISE (Programa Operacional da Inclusão Social e Emprego) para a implementação no nosso território do Contrato Local de Desenvolvimento Social 3.ª Geração, apresentada pela Obra Social de S. Martinho da Gândara, e da Rede Local de Intervenção Social, da responsabilidade da Fundação Manuel Brandão foram aprovadas. Também no âmbito do trabalho desenvolvido de contratualização entre a Área Metropolitana do Porto e o ‘Norte 2020’, foram apresentados projetos candidatos ao eixo 4 do objetivo temático 9 - Promover a inclusão social e combater a pobreza e a discriminação - propostas de iniciativas, nomeadamente ao fundo Inclusão pela Cultura e ao Valor + Senior, que ascendem os 250 mil euros. so papel e contributo para um futuro mais equilibrado, onde as pessoas, as famílias possam ser mais felizes?” E isto porque, como reconheceu, “o agravamento da situação social em Portugal, é uma dura realidade evidenciada por vários indicadores”. Com a convicção que é do “diálogo, da partilha e da sã convivência entre entidades” que surgirá a solução - já que sozinhas tornam-se mais suscetíveis de perecer -, a autarca crê que “a sustentabilidade social” da comunidade “depende de muitos fatores, entre os quais a solidariedade, a inclusão social, o apoio ao rendimento e à redistribuição, cujo nível verificado implica taxas de maior ou menor pobreza, de desigualdade ou de exclusão”. Neste sentido e continuando a dar a sua própria resposta à pergunta que colocou, Gracinda Leal acredita que o “esforço desmedido das nossas IPSS’s”, se con-
tinuado, o “trabalho articulado entre todas” e “compensações adequadas por parte da tutela para permitir a sobrevivência de muitas IPSS’s de pequenas e médias dimensões que se encontram com dificuldades” são o caminho a perseguir. Para além disso, é necessário que as comunidades - autarquias, entidades públicas ou privadas – “saiam à rua”, indo ao encontro das pessoas que “estão mais distantes, mais excluídas”. Em suma: É preciso “passar de uma intervenção desumanizada, centrada em si mesma e em números, distante e que muitas vezes discrimina as pessoas que pensam diferente, para uma intervenção preocupada com a dor e o sofrimento humano”, que seja “acolhedora e que inclua a diferença”. A seu ver, “cabe a todos e a cada um de nós colaborar neste desígnio, esforçando-nos por conhecer e participar neste setor solidário”.
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> MOSTRA ORGANIZADA PELO MUNICÍPIO CONTABILIZOU “MAIS DE 2200” VISITANTES NOS TRÊS DIAS
“Azeméis é mega social” Contas feitas por alto, foram “mais de 2200” visitantes, de todas as faixas etárias, que, entre 15 e 17 de outubro, passaram pelo Pavilhão Municipal no âmbito da mostra que, numa próxima edição, poderá vir a adotar o nome de “Azeméis é mega social”. A palavra “mega” é da autoria de Carlos Silva, que, no último sábado, Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, a proferiu referindose à União das Freguesias de Oliveira de Azeméis, Santiago de Riba-Ul, Ul, Macinhata da Seixa e Madail, a que preside, e às suas instituições sociais, que tinham acabado de receber o seu certificado de participação na mostra ‘Azeméis é social’, organizada pela Câmara, através da sua divisão municipal de Ação Social (DMAS). Mas, rapidamente, também foi adotada pelos intervenientes que se seguiram. Dividido em três temas (um para cada dia – ‘o nosso mundo’, ‘a nossa dignidade’ e ‘o nosso futuro’), este ‘mega evento’, que, este ano, integrou o Plano Municipal do Ano Eu-
Fotos: Paula Rosa
localmente, aderiram 17 instituições particulares de solidariedade social (IPSS’s) concelhias. A saber: Centro Social Paroquial (CSP) de Pinheiro da Bemposta, Comissão de Melhoramentos de Palmaz, Obra Social de S. Martinho da Gândara, Centro de Apoio Familiar Pinto de Carvalho, Associação de Melhoramentos Pró-Outeiro, CSP de Nogueira do Cravo, Fundação Manuel Brandão, Centro Social, Cultural e Recreativo de Carregosa, Comissão de Melhoramentos de Azeméis, Santa Casa da Misericórdia de Oliveira de Valores como a solidariedade e a partilha foram ‘celebrados’ ao longo dos três dias da Azeméis, Comossela – Comisiniciativa ‘Azeméis é social’, vendo-se na foto alguns dos trabalhos feitos por algumas são de Melhoramentos de OsIPSS concelhias no âmbito da campanha ‘Levanta-te e atua contra a pobreza’ sela, Centro de Terceira Idade de S. Roque, Cerciaz, CSP de Macinhata da Seixa, Patronato ropeu para o Desenvolvimento, de Santo António, Centro Sopretendeu, segundo Gracinda cial Dr.ª Leonilda Aurora da Leal, “reforçar a cooperação Silva Matos e Associação de entre a comunidade e as instiSolidariedade Social de Loutuições para melhor ultrapasreiro. sarem os problemas”. Intuito Estas IPSS’s aceitaram o repque, a julgar pelas “mais de to da edilidade e participaram 2200 pessoas que passaram na recolha de alimentos que por cá [informação adiantada decorreu até ontem, segundapela vereadora da DMAS na feira, e que terminará com a sessão de encerramento]”, foi distribuição dos géneros aliatingido. mentares pelos cinco bancos De acordo com a autarca, de recursos existentes em teresta “mostra foi bastante parras de La Salette. Além disso, Os representantes dos participantes institucionais ticipada por todas as idades promoveram a reflexão do que participaram nesta mostra social promovida pelo (…). Aqui todos, sem excetema ao longo da semana que Município ção, tiveram o seu momento antecedeu o dia 17, elaborane o seu espaço”, sendo, futurado ainda trabalhos temáticos, mente, esse o “mega objetivo “Que ninguém fique de tação dos resultados da cam- que, depois, mostraram aos da Rede Social [de Oliveira de fora nem seja excluído!”, panha solidária ‘Levanta-te e presentes no Pavilhão MuniciAzeméis]. defendeu, depois da apresen- atua contra a pobreza’, à qual, pal Prof. António Costeira.
> DESTA VEZ COM O PROJETO ‘LAVANDARIA SOCIAL’
Cerciaz volta a vencer Prémio Dr.ª Leonilda Aurora da Silva Matos Paula Nogueira e Helena Tavares nem queriam acreditar no que tinham acabado de ouvir. Depois de ter vencido, em 2012, a primeira edição, a Cerciaz - Centro de Recuperação de Crianças Deficientes e Inadaptadas de Oliveira de Azeméis, CRL., onde a primeira é a diretora-geral e a segunda é a diretora-técnica da valência de CAO (Centro de Atividades Ocupacionais), voltou a ganhar o Prémio Dr.ª Leonilda Aurora da Silva Matos, no valor de cinco mil euros, instituído pela Câmara Municipal, desta vez com o projeto ‘Lavandaria social’. Dos sete projetos sociais apresentados a concurso só dois – este da Cerciaz e um outro denominado ‘Em busca do tesouro das famílias’ da Obra Social de S. Martinho
A Cerciaz (1.º lugar) e a Obra Social de S. Martinho da Gândara (2.º) venceram a edição de 2015 do Prémio Dr.ª Leonilda Aurora da Silva Matos
da Gândara (OSSMG) – é que foram elegíveis, tendo a OSSMG ficado em segundo lugar. O anúncio das duas instituições vencedoras foi feito, no passado sábado, Dia In-
ternacional para a Erradicação da Pobreza, no âmbito de uma sessão temática do Conselho Local de Ação Social de Oliveira de Azeméis (CLASOA), aberta a toda a comunidade e inserida no
programa do último dia da mostra promovida pela Câmara, através da sua divisão municipal de Ação Social, ‘Azeméis é social’. Recorde-se que o Prémio Dr.ª Leonilda Aurora da Silva Matos foi instituído pela autarquia oliveirense para render homenagem, a título póstumo, à comendadora natural de Válega (Ovar) e grande benfeitora do nosso concelho, sobretudo de Fajões, que ficou conhecida pela célebre frase ‘Dei tudo e nunca me faltou nada’. Mas também para estimular todas as entidades a dedicarem-se ao combate contra a pobreza e exclusão social, contribuindo para o aparecimento de projetos inovadores de promoção do desenvolvimento social local.
A ‘Lavandaria social’ e o ‘Em busca do tesouro das famílias’ são dois bons exemplos desse tipo de projetos. No caso do da Cerciaz, “foi uma forma de dar resposta à nossa formação de lavandaria (…), de incluir as nossas jovens e de dar resposta a um CEI [Contrato EmpregoInserção]”, esclareceu Paula Nogueira. Apresentando preços verdadeiramente competitivos, este espaço está aberto de segunda a sexta-feira até às 18h30 e, excecionalmente, aos sábados de manhã em períodos de maior afluência de clientes. Já o da autoria da OSSMG consiste numa sessão por semana, em que uma psicóloga trabalha com os pais e uma educadora de infância com as crianças.
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>III EDIÇÃO AZEMÉIS É SOCIAL
Entidades Participantes - União de Freguesias O. Azeméis, Sant. Riba-Ul, Ul, M. Seixa e Madail Junta, Cerciaz, Misericórdia de OAZ, GOTA, Comissão de Melhoramentos de Azeméis, Liga Amigos Hospital, CAF Pinto Carvalho, Univ. Sénior, Banda Música S. Tiago Riba-Ul, Vicentinos Santiago Riba-Ul, Associação Melhoramentos Pró-Outeiro, E.B. 1 de Ul, Conselho Municipal do Idoso de Ul, Conferência de Santa Maria de Ul, Paróquia de Ul, APPUL-Assoc. Produtores de Pão de Ul, Grupos Folclóricos ‘As Padeirinhas’ e ‘Cravos e Rosas’ de Ul, AFUL-Associação da Freguesia de Ul, Centro Social e Paroquial M. Seixa, Associação D.ª Urraca Moreira, Madail - União Freguesias N. Cravo e Pindelo Junta, Grupo Danças e Cantares N. Cravo, Centro Social N. Cravo, Centro Social Pindelo, Ass. Pais EB1 Pindelo; Assoc. Pais EB1 Maria Godinho, Corpo Nacional Escuteiros N.º 534, A Noz, Ranchos Infantil e Juvenil de N. Cravo e de de Pindelo, Conferência Vicentina Pindelo, Conferencia Vicentina N. Cravo, Assoc. Jardim Infância da Feira, RC Nogueirense, Escola Ciclismo Bruno Neves - União de Freguesias P. Bemposta, Travanca e Palmaz Junta, Assoc. Cenográfica Desafio D’Arte, Banda de Música P. Bemposta, Patronato Santo António, Centro Social e Paroquial P. Bemposta, Associação Radioamadores da Beira Litoral, Sr. Porfírio Arêde, Assoc. Cultural de Travanca, Grupo Folclórico de Palmaz, Comissão de Melhoramentos de Palmaz, Assoc. Desportiva, Recreativa e Cultural de Palmaz, Assoc. Tradições de S. Luís Palmaz - Loureiro Junta, Paróquia de Loureiro, Conferência S. Vicente de Paulo, Banda Música de Loureiro, Assoc. de Solidariedade Social, EB 2, 3 D. Frei Caetano Brandão -S. Roque Junta, Comissão Social de Freguesia; Assoc. Recreativa e Cultural - A Chama, Assoc. Columbófila de Vila Chã, ENESSE – Clube de Basquetebol, GD S. Roque, SC Bustelo, Grupo de Cantares, Centro Infantil, Centro de Dia e Lar de Idosos -Carregosa Junta, Centro S. C. R. Carregosa, Comissão de Assistência Social de Carregosa, Associações de Pais da Escola Azagães e da EB 2,3 - Fajões Junta, GD de Fajões, Grupo Folclórico ‘As Ceifeiras de São Martinho de Fajões’, Banda Musical de Fajões, Grupo de jovens ‘Emanuel’, Centro Social Dr.ª Leonilda Aurora Silva Matos - Cesar Junta, Assistência Paroquial, VillaCesari - Macieira de Sarnes Junta, Amiguinhas do Artesanato, Assoc. de Pais da EB/JI - Ossela Junta, Comossela, Grupo Cultural e Recreativo, Pauliteiros, Conferência Vicentina - S. Mart. Gândara Junta, Paróquia (Confraria e Catequese), Assoc. de Pais da EB/JI do Brejo, EB1/JI do Brejo, Rancho Folclórico, Juvimusicos, Centro Desportivo, Clube Sénior - Vila Cucujães Junta, Museu Regional, Fundação Manuel Brandão, Cruz Vermelha Portuguesa – Núcleo Cucujães
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Azeméis foi social... Fotos: Paula Rosa
Após a sessão solene e o momento artístico, proporcionado pela Academia de Música oliveirense, na quinta-feira à noite, as entidades presentes visitaram as instituições participantes, abrindo oficialmente a III edição do ‘Azeméis é Social’ .
tório da Praça da Cidade, a Câmara promove Na próxima quinta-feira, pelas 18h30, no audi ssão pública do Programa Estratégico de uma sessão de esclarecimento integrada na discu encontro importante para toda a população Reabilitação Urbana do Centro da Cidade. Um proprietários, residentes e empresários, na de Oliveira de Azeméis, nomeadamente para o da área de reabilitação urbana do centro qual serão dados esclarecimentos sobre o futur projetos municipais propostos, benefícios da nossa cidade, com particular incidência nos financiamento externo. fiscais para privados e condições de acesso a
- Entidades instituicionais ESEnfCVPOA - Escola Superior de Enfermagem CVP O. de Azeméis; Bombeiros Voluntários de Fajões e de Oliveira de Azeméis; GNR; CPCJ - Comissão de Proteção de Crianças e Jovens O. Azeméis; ADRITEM - Associação de Desenvolvimento Rural Integrado das Terras de Santa Maria; GIP/ IEFP; Agrupamento de Centros de Saúde Aveiro Norte (ACES Aveiro Norte); Liga Portuguesa Contra o Cancro; ESAN - Escola Superior Aveiro Norte – UA - Outras Participações (Programa) Pista Mágica – Projeto MoM, Betweien – Projeto Histórias de Empreender, Banco de Portugal, Deco – Delegação Regional Norte, Orfeão de Loureiro, Desafio d’Arte, ‘Os Pauliteiros’ – Ossela, Rancho Folclórico ‘As Padeirinhas de Ul’, Academia de Música de Oliveira de Azeméis, Piscinas Municipais, Agrupamentos de Escolas Ferreira de Castro, de Fajões e Carregosa, de Loureiro e Pinheiro da Bemposta, Dr.Ferreira da Silva (Cucujães e S. Roque) e Soares de Basto; Conselho Municipal Sénior, Comissão Municipal para a Deficiência, Espaço emprego - Empresas de recrutamento Randstad, Adecco, Kelly, Ertek
com a Direção de História e Cultura Militar A Câmara de Oliveira de Azeméis, em parceria ico, na Galeria Tomás Costa, a exposição e o Museu Militar de Lisboa, tem patente ao públ , de outubro, dia da Implantação da República ‘Portugal e a Grande Guerra’. Inaugurada a 05 ele 25, no horário de funcionamento daqu a mostra pode ser visitada até ao próximo dia Cidade. equipamento municipal situado na Praça da
Temas > Consultório Fundos Comunitários
Produção de mirtilos Encontro-me desempregada, sem receber subsídio de desemprego, e pensei em aproveitar uns terrenos dos meus pais que estão abandonados há anos para produzir mirtilos. Que apoio poderei receber, tendo em conta que tenho 36 anos?
Arsénio Leite*
Resposta: O Plano de Desenvolvimento Rural 2020 (PDR 2020) contém duas ações (3.1 e 3.2) que poderão apoiar as suas intenções de investimento. Ambas as ações têm as candidaturas abertas até ao próximo dia 31 de outubro de 2015. A ação 3.1 (jovens agricultores) tem por objetivos: - Fomentar a renovação e o rejuvenescimento das empresas agrícolas; - Aumentar a atratividade do setor agrícola aos jovens investidores, promovendo o investimento, o apoio à aquisição de terras, a transferência de conhecimentos e a participação no mercado. O prémio à instalação por jovem agricultor é de 15.000 euros para um investimento igual ou superior a 55.000 euros, a que podem acrescer as seguintes majorações face ao investimento apresentado no plano empresarial: • 25% - quando o investimento for igual ou superior a 80.000 euros • 50% - quando o investimento for igual ou superior a 100.000 euros • 75% - quando o investimento for igual ou superior a 140.000 euros Se o beneficiário for membro de um agrupamento ou organização de produtores reconhecida para o setor relacionado com a instalação, acrescerá um subsídio a fundo perdido no valor de 5.000 euros. As candidaturas que cumpram os critérios de elegibilidade são hierarquizadas de acordo com os seguintes critérios: - Aquisição da titularidade da exploração agrícola ou de qualquer das suas unidades através da bolsa de terras; - Instalação em regiões nas quais se verificou perda de população intercensitária. Os critérios de desempate são: 1º - Formação adequada do jovem agricultor; 2º - Ordem de submissão da candidatura. Paralelamente pode candidatar-se à ação 3.2 (investimentos na exploração agrícola). Esta ação tem por objetivo promover a expansão e renovação da estrutura produtiva agroindustrial, potenciando a criação de valor, a inovação, a qualidade e segurança alimentar, a produção de bens transacionáveis e a internacionalização do setor, através do apoio ao investimento dos jovens agricultores com candidatura submetida no âmbito da Ação 3.1 ‘Jovens Agricultores’. O apoio a fundo perdido tem uma taxa base de 30% do investimento elegível, a que acrescem as seguintes majorações: - Regiões menos desenvolvidas ou zonas com condicionantes naturais ou outras específicas – 10% - Associado de OP/AP – 10% - Projeto associado a seguro de colheitas – 5% Os limites à taxa base + majorações à taxa base (taxa máxima) são de 50% para as regiões menos desenvolvidas e de 40% para as outras regiões. Igualmente existem majorações adicionais que incidem sobre a taxa base + majorações à taxa base, que são: - Jovens agricultores em primeira instalação – 10% - Investimentos a realizar pelas OP/AP no âmbito de uma fusão – 20% As candidaturas que cumpram os critérios de elegibilidade dos beneficiários e das operações são hierarquizadas por ordem decrescente da pontuação obtida na Valia Global da Operação, em que VGO = 0,30 OP+0,05 SC+0,05 FES+0,05 AMP+0,05 TP+0,50 TIR, sendo: OP – O promotor é membro de agrupamento ou organização de produtores. SC – A exploração objeto de investimento dispõe de seguro de colheitas. FES – A candidatura apresenta investimentos de melhoria de fertilidade ou estrutura do solo. AMP – A candidatura apresenta investimentos relacionados com armazenamento de M.P. para alimentação animal. TP – A candidatura apresenta investimentos que visem o recurso a tecnologias de precisão. TIR – Taxa Interna de Rentabilidade. As candidaturas que não obtenham uma pontuação mínima de dez pontos são indeferidas. *Economista sibec@sibec.pt
Terça-feira, 20 de outubro de 2015
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M€rcados à T€rça
A exportação é uma técnica! Ou melhor: são várias técnicas! Numa altura em que muito se fala da necessidade de aumentar as nossas exportações é pertinente chamar a atenção dos empresários para a complexidade do processo ‘exportação’ e da variedade de conhecimentos que este exige. Não se trata de nada que não se possa aprender pelo método de ‘tentativa e erro’. E são inúmeros os empresários de sucesso que aprenderam a exportar por este método. Mas estes mesmos empresários sabem quanto lhes José custou esta aprendizagem e quanto tempo demorou! Brandão de Então qual é a origem complexidade das exportações? É Sousa* a vastidão de domínios de saber que é importante conhecer para dominar, minimamente, os processos de exportação. À partida é necessário conhecer as técnicas do marketing de exportação. Vender nos mercados externos é, por norma, radicalmente diferente de vender no mercado nacional. Diferentes Línguas, legislações, práticas comerciais, necessidades dos consumidores levam a que se tenham que adaptar os produtos e o modo de vender a cada mercado onde queremos estar. Depois, há que dominar os formalismos do comércio internacional. E aqui refiro-me, sobretudo, aos documentos associados ao processo de venda: a fatura pro-forma, a encomenda e os contratos internacionais. Claro que a correta elaboração destes documentos, que refletem tudo aquilo que ficou acordado durante a negociação com os clientes, pressupõe outros conhecimentos: logística, termos de venda (INCOTERMS), modos de pagamento internacionais, procedimentos aduaneiros, etc.. A logística que engloba todas as atividades associadas a fazer chegar mercadoria ao destino pode ter que lidar com questões como escolher a embalagem de transporte mais apropriada, o modo de transporte mais adequado (em rapidez e preço, por exemplo), o seguro a fazer, etc.. É, também, necessário conhecer os documentos de transporte, saber elaborá-los corretamente e verificá-los. Já quanto aos INCOTERMS, o seu conhecimento é fundamental. Escolher FOB ou CPT ou DDP traduz-se em encargos monetários e em responsabilidades pelos riscos incorridos durante o transporte completamente diferentes para o importador e para o exportador. Os INCOTERMS são atualizados com alguma frequência estando, atualmente, em vigor, os INCOTERMS 2010. Mas há ainda quem esteja a elaborar propostas usando os INCOTERMS 2000 que já não estão em vigor!... O conhecimento dos modos de pagamento internacionais também é de extrema importância. Sobretudo aquele que é usado para o pagamento de mais de 40% das transações internacionais: o crédito documentário. Realmente a carta de crédito é um ‘bicho de sete cabeças’ para muitos exportadores. Por vezes também surgem problemas associados ao desconhecimento do conveniente tratamento do IVA nas exportações. Outro aspeto em que ‘desaprendemos’ foi o conhecimento dos procedimentos aduaneiros. Com 75% das nossas exportações dirigidas a países da União Europeia (EU), muitas empresas nunca foram confrontados com a necessidade de fazer um ‘despacho de exportação’ já que, entre os países da União Europeia, não existem alfândegas. Mas há necessidade de exportar novos mercados extra-UE e exportar para eles. E, nessa situação, é fundamental conhecer minimamente como se tratam dos assuntos alfandegários. Claro que nas empresas que exportam regularmente estes conhecimentos existem e estão mais ou menos distribuídos pelos diversos colaboradores que intervêm no processo de exportação: comerciais, financeiros, produção, logística, etc. Mas trata-se de um conhecimento fragmentado em que cada um dos intervenientes não tem, muitas vezes, consciência do seu papel e da sua importância no processo global. Assim, é importante que os quadros principais das empresas que se dedicam ou queiram dedicar-se à exportação tenham um domínio mínimo destas técnicas. E, assim, com um pequeno esforço poder-se-ão alcançar melhores resultados. Boas exportações! *Sócio-Gerente da Olivetree Consult j.brandao.sousa@olivetree.pt
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Terça-feira, 20 de outubro de 2015
opinião
Visão de futuro Causa comum Opinião Portugal está a viver momentos políticos verdadeiramente excecionais que, só por ignorância ou má fé, poderão ter respostas normais. A livre escolha dos portugueses traduziu-se numa rejeição das políti cas da coligação e num reforço de poder dos partidos à esquerda. É com esta nova realidade que os líderes políticos têm que contar. Ignorando-a, Cavaco Silva seguiu a ‘tradição’ e reuniu com Passos Coelho, a quem ‘encomendou’ um governo. Este, negligenciando também os resultados, quis forçar o ‘tradicional’ apoio do PS, ‘selando’ um acordo com Portas. Habituados a não dialogar, Cavaco, Passos e Portas demonstraram não aprender com os resultados e esperavam obrigar António Costa a negar o que afirmou em campanha e a aceitar viabilizar a execução do programa eleitoral da direita. Respeitando a vontade dos portu gueses e o apelo do próprio Presidente da República, António Costa começou a trabalhar com TODOS os partidos no sentido de procurar uma solução de estabilidade para o País. Numa posição que muitos criticam, cumpriu o que sempre disse em campanha e aceitou dialogar com o BE e a CDU, rompendo com um incompreensível ‘muro’ que separava estes partidos. António Costa faz bem em dialogar e exigir sentido de responsabilidade à sua esquerda e, ao mesmo tempo, faz bem em não tolerar à coligação de direita que se vitimize face aos partidos que têm a maioria de deputados no parlamento, assim como em lhe exigir toda a informação sobre a real situação macro económica do País. A Passos Coelho, que tem balançado entre o ‘amuo’ e o ‘ultimat’” para romper conversações, e que agora desafia o PS para integrar um governo da coligação, exige-se abertura para um diálogo sincero onde, sem sobrancerias e com sentido de responsabilidade, estabeleça com clareza as condições que aceita para continuar a governar o País. A partir daqui, são muitos a opinar e a traçar possíveis desfechos para as negociações; são muitas as críticas ao processo negocial e à posição dos partidos nesse processo, mas o que importa é que sejam céleres, com respostas socialmente justas e que possam responder à vontade da maioria do povo que votou. Os líderes políticos não podem ignorar o que os eleitores manifestaram a 04 de outubro. Por isso, sem comprometer as obrigações internacionais de Portugal, devem colocar sempre, e em primeiro lugar, o superior interesse nacional e nunca os seus interesses político-partidários. * presidente da comissão política concelhia do PS de oliveira de azeméis
Joaquim Jorge*
A propósito de António Costa, escreveu José António Lima, conhecido e conceituado jornalista português: “Eis o espectáculo de um líder derrotado a fazer uma desesperada jogada de bastidores, na tentativa de salvar o seu futuro político. Batota eleitoral, encenação descarada, farsa negocial – o líder do PS dispôs-se a ouvir tudo isto e ainda pior: Como ser um político sem escrúpulos que, após ter usurpado o cargo a Seguro, quer usurpar o lugar de primeiroministro a Passos. Poucos continuarão a olhá-lo com um mínimo de confiança. E, passada a aventura, o PS será um partido estilhaçado”. Faço esta citação porque dificilmente encontrarão algo tão verdadeiro e tão autêntico sobre a personagem António Costa. Peço aos leitores que façam um pequeno exercício de imaginação e tentem pensar o que seria o nosso futuro coletivo se tivéssemos como primeiro-ministro António Costa e como principais adjuntos Catarina Martins e Jerónimo de Sousa. De dia para dia vamos percebendo melhor as verdadeiras intenções do líder do PS. Se inicialmente se colocava a hipótese de estar a fazer bluff, o que já por si era mau, com o passar dos dias fomos percebendo que de forma desonesta politicamente e simulada, os socialistas mentiam constantemente aos portugueses, pois nunca tiveram a real intenção de negociar seriamente com a coligação que venceu as eleições. De tão alucinada e obcecada que está pelo poder, a esquerda portuguesa, e acima de tudo António Costa, não olha a meios. Já nem tenta disfarçar a sua falta de caráter e honestidade. Estamos perante um homem que quer ser primeiroministro para poder continuar a ser secretário-geral do PS. Em política e com seriedade deveria ser ao contrário. O PS não pode ser um partido radical, por muitas asneiras que tenha cometido no passado recente, pois é um dos pilares fundamentais da nossa democracia, é um partido que deverá continuar a ser moderado. Espero por isso que o bom senso daqueles socialistas, sei que são muitos, que não concordam com o que se está a passar prevaleça e lhes dê a coragem para acabarem com o devaneio de António Costa, para bem de Portugal. Do líder do PS já nada de responsável se pode esperar. E Portugal fica assim numa encruzilhada. Comecei com uma citação e termino com outra citação de Francisco Sá Carneiro que deveria ser o lema de quem está na política pela defesa da causa pública: “A política sem risco é uma chatice, mas sem ética é uma vergonha”. * Vice-Presidente do PSD de Oliveira de Azeméis
José Campos*
Caros leitores, Continuamos num impasse político, sem fumo branco na negociação de soluções governativas. Inicialmente e após eleições, tivemos a fase dos encontros ou reuniões entre o PS e a coligação. Atualmente estamos na fase escrita. Primeiro foi o documento facilitador da PàF, depois vieram Alexandra os pontos essenciais dos objetivos do Salomé PS e já, no domingo passado, Passos Nicolau* Coelho enviou carta de resposta a António Costa. No documento apresentado pelo PS, como resposta à carta apresentada pela PàF, são elencadas 29 propostas, que mais não são as medidas do seu próprio programa eleitoral e que, pelos vistos, são condições para viabilização do governo PSD e CDS. Há duas conclusões que podemos retirar da forma como têm decorrido as negociações, pelo lado do PS. Primeiro, parece que António Costa não percebeu, ou melhor, não quer aceitar os resultados das eleições legislativas de 04 de outubro. Mas, afinal, qual foi o programa eleitoral mais votado? Caso a coligação aceitasse as propostas do PS estava a defraudar os resultados eleitorais e a vontade dos portugueses, governando com um programa eleitoral socialista. Segundo, para além do que ficou atrás dito, convém lembrar que as medidas exigidas pelo PS não são concretizáveis, atenta a necessidade do Governo continuar com o ajustamento da economia e das contas públicas, sob pena de termos nova crise, de acordo com o relatório do Conselho das Finanças Públicas (CFP) apresentado a semana passada. Eu pergunto-me se o Partido Socialista de António Costa está realmente interessado em chegar a um acordo com a PàF que garanta a estabilidade e governabilidade do nosso País. E a minha resposta é negativa. Para mim, mais parece que estamos a assistir a uma atuação de alguém que quer representar uma pessoa empenhada em chegar a um acordo, mas que, na verdade, não é isso que está a acontecer. Quando se pretende chegar a um acordo, as partes intervenientes trazem propostas e contrapropostas concretas e objetivas ao acordo. Lamentavelmente, não temos assistido a uma atitude de António Costa conforme e de boa fé. No entanto, talvez agora que Passos Coelho lançou a hipótese, na carta de domingo último, de António Costa integrar o governo, com uma coligação PSD, CDS e PS este último passe a ter uma atitude mais colaborante e teremos uma nova fase das negociações... * Presidente da Comissão Política Concelhia do CDS-PP de Oliveira de Azeméis
TRIBUNAIS E POLÍCIA
Terça-feira, 20 de outubro de 2015
> ATROPELAMENTO MORTAL
> RESIDIU EM NESPEREIRA, PALMAZ
Autor diz que não viu as vítimas
Acidente laboral em Beja vitima oliveirense
Foto Diana Cohen
O acidente fatal aconteceu na Avenida Dr. António José de Almeida, em Oliveira de Azeméis
Dois amigos que atravessavam a estrada na passadeira foram colhidos e um não sobreviveu. O autor do atropelamento diz que não viu. DIANA COHEN
O autor de um atropelamento ocorrido numa passadeira existente no centro da cidade e que resultou na morte de um setuagenário, em fevereiro de 2013, contou, na passada quarta-feira, em tribunal, que só se apercebeu da presença das vítimas no momento do embate. Na primeira sessão do julgamento, que decorre no tribunal oliveirense, o arguido, acusado de um crime de homicídio por negligência e de várias contraordenações, admitiu que ia distraído, mas ressalvou que essa desatenção se deveu a uma situação particular. “Estou a chegar ao cruzamento [imediatamente antes da passadeira] e há um veículo que aparece da direi-
ta e se coloca à minha frente; por isso tive de me desviar e, quando retomo a trajetória, deparo-me com o embate”, começou por explicar o jovem, de 24 anos, que ia buscar o jantar para comemorar o Dia dos Namorados quando se deu o acidente, cerca das 20h25. “Ia devagar, mas como aquele carro surgiu de repente, provavelmente desviei a minha atenção para isso. É óbvio que se o momento fosse outro tinha tomado outros cuidados, mas tudo aconteceu numa fração de segundos”, afirmou, garantindo que a luz elétrica pública estava desligada. Uma circunstância que, na altura, o Correio de Azeméis constatou no local. Queixa de ofensa à integridade física retirada Abel Costa, de 73 anos, e Ricardo Oliveira, de 47, atravessavam a Avenida Dr. António José de Almeida, em direção às suas casas. O mais novo foi projetado, mas sobreviveu à colisão. Já o setuagenário bateu com a cabeça no vidro da viatura e ficou
em estado crítico, vindo a falecer dois dias depois no Hospital de Gaia. “Estávamos na passadeira e tivemos de parar para deixar passar um carro. De repente aparece outro e só tive tempo de dizer ao Sr. Abel: ‘Estamos desgraçados’”, recordou o sobrevivente em tribunal. Ricardo Oliveira sublinhou, contudo, que, na sua perceção, o automóvel que os atropelou não seguia em excesso de velocidade: “Caso contrário, não conseguiria parar logo, como aconteceu”. O arguido era também acusado de um crime de ofensa à integridade física, mas Ricardo Oliveira aceitou retirar a queixa antes do início da audiência, após os advogados terem entrado em acordo, combinando o pagamento de uma indemnização de três mil euros no prazo de um mês. Segundo o Ministério Público, o jovem conduzia sem ir a olhar para a frente e só se apercebeu das vítimas quando embateu nelas. “Devia ter previsto que podia colher os peões”, lê-se no despacho, que sustenta ainda que, naquela noite, as condições meteorológicas eram boas.
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Um sexagenário natural de Oliveira de Azeméis morreu, na passada quarta-feira, vítima de um acidente de trabalho em Almodôvar, Beja, após ter, alegadamente, caído e batido com a cabeça num ferro. Segundo fonte da GNR, Manuel Oliveira, de 62 anos, trabalhava para uma empresa de construção civil com sede em Arouca e deslocara-se com colegas a uma obra, numa rua da vila de Almodôvar, para carregarem material. Depois de ter realizado a tarefa com os colegas, a vítima - que foi residente em Nespereira de Cima, lugar de Palmaz - desviou-se do local onde estava, tendo escorregado, caído e batido com a cabeça num ferro que estava no chão e lhe perfurou o crânio, provocando-lhe a morte, explicaram as autoridades. De acordo com fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Beja, o alerta para o acidente foi dado cerca das 08h00 e as operações de socorro envolveram veículos e operacionais dos bombeiros e da GNR, a ambulância de Suporte Imediato de Vida (SIV) de Castro Verde e a Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) de Beja. Contatado pela agência Lusa, o diretor da Unidade Local do Litoral e Baixo Alentejo da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), Carlos Graça, disse que a instituição já abriu um inquérito para averiguar as circunstâncias do acidente laboral. Por se tratar de um sinistro no qual uma pessoa perdeu a vida, uma equipa de inspetores da ACT deslocou-se ao local para recolher elementos com o fim de desenvolver as averiguações necessárias e elaborar o inquérito, adiantou o mesmo responsável. PUB
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Terça-feira, 20 de outubro de 2015
REGIONAL
UF OA/SANTIAGO DE RIBA-UL> MAIS UMA INICIATIVA DE ANGARIAÇÃO DE FUNDOS PARA A ‘PRÓOUTEIRO’
‘Noite de Fados’ juntou cerca de 95 pessoas A noite de 10 de outubro foi de festa, com direito a jantar, na Associação de Melhoramentos Pró-Outeiro (AMPO), em Santiago de Riba-Ul. Cerca de 95 pessoas aceitaram o convite da AMPO, contribuindo, assim, para a atual prioridade da instituição particular de solidariedade social (IPSS): Abertura do Centro de Dia e do Lar.
Esta ‘Noite de Fados’, tal como outras iniciativas que a AMPO tem promovido, teve como objetivo angariar fundos para a abertura do Centro de Dia e do Lar
Recorde-se que a IPSS santiaguense tem vindo a promover iniciativas que, tal como esta ‘Noite de Fados’, têm como objetivo reunir o maior número de ‘amigos’ em nome desta causa. A direção vem, agora, por intermédio do nosso jornal, agradecer aos fadistas Miguel Cardoso, Fernanda Silva, Emília Resende, Mário Almeida, Castro Lopes e Margarida Soares (esta última, ‘fadista da casa’); “a todos os funcionários que, voluntariamente, nos ajudaram e nos apoiaram nesta noite; e a todas as pessoas que acreditam no projeto desta Associação [de Melhoramentos Pró-Outeiro] e no trabalho que esta tem vindo a desenvolver nos últimos meses”.
UF NC/PINDELO> FOI APRESENTADA FORMALMENTE EM SETEMBRO ÚLTIMO
Paróquia já tem Conferência Vicentina Desde setembro último que a paróquia de Pindelo conta com a Conferência Vicentina de Santa Maria de Pindelo. Esta conferência de S. Vicente de Paulo reúne-se na última segunda-feira de cada mês, pelas 21h00, nas salas da catequese, estando recetiva a receber quem dela quiser fazer parte. Não são exigidas qualificações especiais; basta aos interessados terem o desejo de se unir a outros para ajudarem os necessitados em espírito de amor cristão.
“Esperamos por si e pela sua ajuda! Esperamos nós e espera o Senhor!”, dizem os vicentinos pindelenses, num texto enviado ao Correio de Azeméis.
universitários, entre os quais Frederico Ozanam. Anos depois, em 1859, foi criada em Lisboa a primeira conferência vicentina do País. Entretanto, grupos semelhantes espalharam-se rapiPrimeira conferência do damente por todo o mundo, País foi criada em 1859 com a finalidade de visitar e Recorde-se que a primei- assistir, por amor a Deus e ra Conferência da Carida- ao próximo, os que se enconde, com S. Vicente de Paulo tram em situação de necessicomo patrono e modelo no dade. A sua ‘missão’ passa por serviço direto dos pobres, foi testemunhar a fé em obras, fundada em 1833, em Paris, através de uma ação social por um grupo de sete jovens pessoal veiculada pela visita
FAJÕES> NO QUARTEL DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS FAJONENSES
Concentração de Minis e Clássicos este domingo No próximo domingo, 25 de outubro, a partir das 08h30, o quartel da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Fajões recebe a VI Concentração BVF de Minis e Clássicos. O programa tem início com a abertura do secretariado, entrega de lembranças e pequeno-almoço, seguindo-se uma exposição das viaturas (09h00), o desfile pe-
las freguesias (11h30), o almoço (13h00), uma demonstração de perícia (16h00) e a cerimónia de encerramento, com lanche e entrega de prémios (17h30). As inscrições (no valor de ’20 rodas’ por pessoa) devem ser feitas até amanhã, dia 21, através dos seguintes contatos: 918 229 698 (Miguel), 918 412 503 (João), email dpt.desporto.cultura@bvf.pt.
domiciliária, em espírito de justiça e caridade. Presentes em 138 países, estima-se que haja 900.000 vicentinos, distribuídos por 47.000 conferências. O seu contato pessoal – na visita – é a caraterística da ação vicentina que se estende aos mais variados setores e que pode ser exercida no domicílio ou, então, em qualquer outro local onde exista quem precise. Ou seja, em qualquer momento e em todo o lugar o vicentino procura dar testemunho
da sua fé cristã, traduzida em obras. A um vicentino, além do trabalho no terreno propriamente dito, pede-se algum tempo para uma reunião semanal ou quinzenal, onde uma pequena oração e a meditação tornam a conferência numa escola de formação cristã.
REGIONAL
Terça-feira, 20 de outubro de 2015
UF PB/PALMAZ> REQUALIFICAÇÃO DA ESCOLA DE VILARINHO INAUGURADA EM AMBIENTE DE FESTA
“Uma obra do povo” que “é um exemplo a seguir” No passado dia 10 de outubro, a Associação ‘Tradições de S. Luís’ inaugurou a requalificação da sua sede levada a cabo no âmbito de um projeto apoiado pelo ProDer. Rondando os 37.300 euros, esta intervenção na antiga Escola Primária de Vilarinho de S. Luís “é dos investimentos físicos [aprovados pela ADRITEM] de menor valor no concelho”. GISÉLIA NUNES
Vilarinho de S. Luís viveu a 10 de outubro um dia histórico, que, segundo Hermínio Loureiro, “perdurará muitos anos na memória”, sobretudo das suas gentes, que tendem a ser cada vez menos dados os largos quilómetros que separam aquele lugar de Palmaz das povoações mais próximas e ainda muito mais da sede do concelho. Acompanhado pelo vereador do Movimento Associativo, Isidro Figueiredo, e pelo arquiteto da Câmara Municipal, Rui Carinha, que, na sua ótica, fizeram “um trabalho extraordinário”, o autarca de Oliveira de Azeméis marcou presença na inauguração da requalificação da antiga Escola Primária, que, desde há alguns anos, alberga
Sessão inaugural da requalificação da antiga Escola Primária de Vilarinho de S. Luís a 10 de outubro
a Associação ‘Tradições de S. Luís’, criada em 2011 e da qual fazem parte 15 elementos, entre os quais a presidente da direção Almerinda Amaral (ver caixa). Graças a este projeto financiado pelo ProDer (Programa de Desenvolvimento Rural), na sequência de uma candidatura apresentada pela agora União das Freguesias (UF) de Pinheiro da Bemposta, Travanca e Palmaz (na altura Junta de Freguesia de Palmaz) à ADRITEM – Associação de Desenvolvimento Rural Integrado das Terras de Santa Maria, os habitantes e visitantes de Vilarinho de S. Luís passaram a dispor de “um pólo multigeracional de cariz sociocultural muito relevante” para este “aglomerado único” no município, “que possui caraterísticas de aldeia isolada de montanha”. A operação aprovada pela ADRITEM consiste na ‘recuperação, requalificação e funcionalização’ do edifício escolar de traça tradicional mandado construir em 1962, sendo cons-
tituída por três componentes: ‘Obras de adaptação e recuperação’ (beneficiação do interior e exterior do edifício, construção de uma pequena churrasqueira, aproveitando a existência do poço de abastecimento de água, e respetivos arranjos exteriores); ‘equipamentos’ e ‘sistemas energéticos’, prevendo o projeto, respetivamente, a aquisição e instalação de mobiliário e equipamento informático e a instalação de painéis solares para aquecimento de águas sanitárias. Vilarinho de S. Luís “tem muito potencial” Rondando os 37.300 euros (60% comparticipados pelos fundos comunitários e o restante valor assegurado pela edilidade, UF e Associação ‘Tradições de S. Luís’), esta intervenção “é dos investimentos físicos [da ADRITEM] de menor valor no concelho”. Mas também é, no entender de Teresa Pouzada, detentora de um grande significado, visto que “foi só possível
Perante o povo de Vilarinho de S. Luís, o presidente da Câmara Hermínio Loureiro, anunciou a requalificação da estrada que liga aquele lugar remoto à povoação mais próxima de Palmaz (Nespereira de Cima) e que, recentemente, ‘tinha visto’ alguns dos seus buracos a serem tapados pela União das Freguesias de Pinheiro da Bemposta, Travanca e Palmaz, de modo a receber mais condignamente os convidados para a inauguração da antiga Escola Primária, hoje , sede da Associação ‘Tradições de S. Luís’. Aliás de 10 a título de curiosidade, no próprio dia outubro, a nossa reportagem foi interpelada por um habitante já com alguma idade, dando nota do estado degradado da via, que, em seu entender, está a afastar as pessoas dali, sobretudo os jovens.
porque todos contribuíram [Associação ‘Tradições de S. Luís’, ADRITEM, Município, UF, povo]”. A coordenadora da ADRITEM foi outra das convidadas para o ato inaugural, marcado para as 15h00, que, para além de um período de intervenções, contou com o descerramento de uma placa evocativa e a bênção das instalações, pelo pároco de Palmaz, Padre António Santiago. Na altura, a engenheira já conhecida dos oliveirenses afirmou que esta obra era “um exemplo a seguir, um exemplo de projeto”, esperando que “seja o primeiro de vários projetos”. Para Teresa Pouzada, Vilarinho de S. Luís “tem muito potencial”, estando a ADRITEM disponível para continuar a contribuir para o seu desenvolvimento ao abrigo do “próximo quadro comunitário”. E por falar em “potencial”, Hermínio Loureiro chamou a atenção para o facto de o apoio financeiro à requalificação dos espigueiros (pertença de particulares) situados não muito longe dali e que são indissociáveis da paisagem de Vilarinho de S. Luís só ser possível se for “uma entidade promotora” a apresentar candidatura. Na altura, o edil também se referiu à sede da Associação ‘Tradições de S. Luís’ como sendo “uma obra do povo”. “Se não houvesse povo, esta obra não tinha sido feita, sem a alma do povo nada se consegue fazer”, sublinhou, acrescentando que tanto o estado atual da Escola Primária de Vilarinho de S. Luís como, por exemplo, o das escolas Soares Basto (onde está instalado o Pólo Multigeracional ‘Com Vida’, igualmente em Palmaz) e 05 de Outubro (Cesar) mostra bem a preocupação da autarquia face a este património escolar, que “não deve estar abandonado e que, por isso mesmo, passou a servir de sede coletividades” a associações e coletividades”. Já Armindo Nunes, que preside à Junta da UF de Pinheiro da Bemposta, Travanca e Palmaz, fez questão de dizer que “a vivência desta comunidade marcou-me” “Nunca tinha marcou-me”. visto isto em lado algum (…), gente simpática, que trabalha. Faço, por isso, votos para que continuem a manter este espírito de comunidade. Este é o
15 UF PB/PALMAZ> CONTRIBUTO DE TODOS CONTINUA A SER PRECISO
Obras ainda não estão terminadas Depois de agradecer a todos “a quem esta associação reconhecidamente muito deve”, pelo “contributo” que deram para que a inauguração do passado dia 10 de outubro fosse possível (Município de Oliveira de Azeméis; União das Freguesias de Pinheiro da Bemposta, Travanca e Palmaz; fundos comunitários através da ADRITEM; associados, beneméritos e amigos que contribuíram com donativos, terreno e trabalho de diversa natureza), a presidente da direção da Associação ‘Tradições de S. Luís’ chamou a atenção dos presentes para o facto de as obras não estarem concluídas. Segundo Almerinda Amaral, “falta luz elétrica na churrasqueira, no anexo e no espaço exterior”, além de ser “urgente concluir os acessos e a jardinagem do espaço exterior para, assim, impedir o arrastamento do solo pelas águas pluviais. Daí o seu apelo aquando do ‘discurso da praxe’: “Vamos necessitar, novamente, do contributo de todos para concluir os trabalhos”. Na altura, a dirigente ainda fez um agradecimento público, pela sua colaboração no evento, ao Grupo Coral de Igreja de Palmaz, Grupo Folclórico e Etnográfico da ADRC de Palmaz, Banda de Música do Pinheiro da Bemposta, Grupo Folclórico de Palmaz. Embora não tenha podido fazer a largada de pombos devido ao mau tempo, o Grupo Columbófilo Os Unidos de Travanca também teve direito a um ‘obrigada’.
vosso património, resultante da sabedoria da vida”, concluiu. Do programa deste dia de festa para Vilarinho de S. Luís, que se iniciou às 11h00, com a celebração de uma missa com a participação do Grupo Coral da igreja), constou ainda um almoço, que, entre outras iguarias, teve porco assado no espeto. Seguiram-se, após a sessão solene ‘abençoada’ com a queda de alguma chuva, as atuações do Grupo Folclórico e Etnográfico da Associação Desportiva, Recreativa e Cultural (ADRC) de Palmaz, Banda de Música de Pinheiro da Bemposta e Grupo Folclórico de Palmaz.
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Terça-feira, 20 de outubro de 2015
“Gostei do que vi. Nunca vi nada igual. Acho bem terem devolvido a ave ao seu habitat”.
MATILDE SANTOS, 9 ANOS, ALBERGARIA-A-VELHA
“Gostei do que vi e nunca tinha assistido a nada assim. Acho bem terem devolvido o pássaro à natureza”.
MARIANA AFONSO, 8 ANOS, UL
“Fiquei impressionado a ver o açor ao vivo. Nunca tinha visto nada parecido. As pessoas devem tratar bem os animais e deixá-los estar onde pertencem”.
AFONSO PERA, 8 ANOS, UL
“Sim, gostei do que vi e ouvi. Gostei mais das águias [que mostraram na sessão de esclarecimento]. Mas também achei bonito quando libertaram o açor”.
GUILHERME OLIVEIRA, 7 ANOS, OLIVEIRA DE AZEMÉIS
“Gostei de ver as imagens [na sessão de esclarecimento]. Achei bem quando libertaram o açor, porque animais como este devem viver ao ar livre”.
INÊS BARBOSA, 9 ANOS, OLIVEIRA DE AZEMÉIS
REGIONAL
UF OA/UL> NO PARQUE TEMÁTICO MOLINOLÓGICO
Libertação de açor assinala Dia Mundial do Animal Não foi a 04, mas, sim, a 13 de outubro que o Município de Oliveira de Azeméis assinalou o Dia Mundial do Animal. A autarquia convidou 60 alunos do 1.º ciclo da Escola Básica Comendador António da Silva Rodrigues – vulgo centro escolar de Ul – para testemunharem a libertação de um açor fêmea no Parque Temático Molinológico (núcleo central). GISÉLIA NUNES
Graças a uma ‘parceria’ com o Parque Biológico de Gaia (PBG), a ave de rapina, resgatada na zona de Lourosa quando ‘tentava a sua sorte’ num galinheiro, foi agora, na última terça-feira, restituída ao seu habitat natural, depois de cerca de dois meses a recuperar no Centro de Recuperação daquela reserva protegida, sob alçada da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia. Mas ainda antes da devolução do açor à natureza houve lugar a uma breve sessão de esclarecimento, a cargo de Hugo Oliveira, sobre não só o trabalho que o PBG desenvolve nesta área, mas também as outras aves de rapi-
Fotos Paula Rosa
Após as explicações do técnico, as crianças viram o açor a ser devolvido à natureza.
na que existem em Portugal. De acordo com o técnico, o Centro de Recuperação do Parque Biológico de Gaia trabalha, há já cerca de 30 anos, com animais selvagens, que lhe chegam às mãos através, sobretudo, das equipas do SEPNA (Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente) da Guarda Nacional Republicana. Na altura, também interveio Isidro Figueiredo. O vereador responsável pelo Núcleo de Competências de Ambiente e Conservação da Natureza começou por dizer às crianças que aquele espaço onde se encontravam “faz parte da Paisagem Protegida Local do Rio Antuã [delimitada pela edilidade, precisamente, por esta se preocu-
A sensibilização para a preservação da fauna e da flora local prendeu a atenção dos mais pequeninos.
par com a fauna e a flora concelhias]” e que todos, sem exceção, “têm a obrigação de ter uma atenção especial para com o meio ambiente”.
De acordo com o autarca esta ação comemorativa do Dia Mundial do Animal “simboliza a harmonia entre a natureza e o ser humano”.
Nesta nossa ida ao Parque Temático Molinológico, em Ul, pudemos também ver ‘ao vivo e a cores’ as pegadas de uma (ou mais) lontra(s) que ali vive(m). Foi Hugo Oliveira que nos chamou a atenção para o facto, recordando-nos que, ainda no ano passado, o Centro de Recuperação do Parque Biológico de Gaia, de que faz parte, recebeu uma lontra ferida encontrada neste preciso u”, local, mas que, “infelizmente, não sobrevive , ados caus s ento dada a gravidade dos ferim a “provavelmente, por outro animal da mesm a, rapin de ave da espécie”. Aliás, a libertação na iu surg ada, que ocorreu na semana pass sequência do que se sucedeu com a lontra. “Não trouxemos a lontra, mas trouxemos um açor”, disse o técnico.
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Terça-feira, 20 de outubro de 2015
CESAR> NAS COMEMORAÇÕES DO CENTENÁRIO DA ESCOLA 5 DE OUTUBRO
> O QUE ELES DISSERAM…
António Rebelo perpetua em livro a memória O centenário da Escola 5 de Outubro foi assinalado com o lançamento de um livro sobre a sua história e a atribuição da medalha de honra, grau ouro – ‘Cidadão de Honra de Cesar’–, a título póstumo, ao benemérito Justino Portal (ver texto secundário). Um dia que ficará para a história de Cesar, segundo Augusto Moreira e Hermínio Loureiro.
09 de outubro de 2015 é um dia que ficará para a história de Cesar
para a população de Cesar a construção de uma obra desta envergadura. Para além de faCARLOS COSTA GOMES cultar o ensino aos cesarenses, a nova escola foi um fator de Numa sessão solene que progresso para a então pacata contou com a presença das aldeia, em favor de uma popuautarquias municipal e da lação que, na sua esmagadora freguesia de Cesar, António maioria, vivia da agricultura, a Rebelo, autor da obra ‘Escola que acresce a sua componente 5 de Outubro: 1915-2015’, per- de socialização da comunidapetua, assim, a memória his- de. tórica da Escola 5 de Outubro. Um documento importante, A melhor escola como salientou José Bernardo das redondezas… Portal - a quem coube a tareCom a doação da Escola 5 fa de apresentar a obra -, para de Outubro por Justino Portal, preservar a identidade de uma importante equipamento para terra, mas acima de tudo da a época, Cesar ficou dotada sua gente; um livro que se lê com um dos melhores estabelecom ligeireza, escrito com cla- cimentos educativos das redonreza e que qualquer professora dezas, não só pelo imponente do ensino básico se orgulharia edifício, mas pela qualidade de de ter tido o autor como alu- ensino que a nova infraestrutuno. ra disponibilizava, quer para os Por sua vez, António Rebe- professores, quer para os alulo fez questão de recuar cem nos. No entanto, deve referiranos para dizer que não é fácil se que esta não foi a primeira imaginar o quanto representou escola em Cesar. Nas ‘Actas da
Junta da Parochia’ de 1873 encontram-se referências sobre o ensino primário em Cesar. Até 1967, na freguesia, o ensino primário foi ministrado na Escola 5 de Outubro, por onde passaram muitos cesarenses. Só perto da década de 70 é que foram construídas as novas instalações escolares situadas no largo do Picoto, atual Escola do 1.º Ciclo de Cesar. Por isso, como afirmou António Rebelo, “esta obra literária é o colocar de mais um tijolo nesse grande edifício que é a nossa história coletiva; é também uma homenagem ao espaço físico onde aprendi a ler e a escrever; é, sobretudo, a certeza de que encarno o sentir de todos os cesarenses, o preito de gratidão ao egrégio concidadão Justino Francisco Portal”. Cesar sabe reconhecer… Reconhecer o bem que se faz habita nos espíritos bem
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formados. Cesar, recentemente, tem sabido reconhecer as personalidades que se distinguem pela sua arguta capacidade de trabalhar em prol do bem comum. António Rebelo, com este trabalho bibliográfico, reconheceu a vida e a obra do benemérito Justino Portal, como um dado histórico muito importante que regista a sua influência no próprio do desenvolvimento da freguesia. Justino Portal é um dos vultos de eleição que, pela sua qualidade benemérita, proporcionou aos cesarenses oportunidades educativas que estavam, até então, ao alcance de muito poucos: o ensino escolar. Por isso é imperioso e justo evocar, outrossim, em singelíssimas palavras, a influência profícua e benéfica que Justino Portal exerceu, não só ao logo da sua existência, mas que ainda exerce. Este é na verdade um homem que atingiu a imortalidade.
Ângelo Azevedo também lembrado Augusto Moreira, presidente da Junta Freguesia recordou o benemérito, Justino Francisco Portal pela sua capacidade ver para além do presente. A construção da escola a expensas suas determina a capacidade e visão deste. Agradeceu a António Rebelo pela obra que apresentou, que muito dignificará Cesar. Aníbal Campos, presidente da Assembleia de Freguesia, para além de dar os parabéns ao autor da obra e de se referir às comemorações do centenário da Escola 5 de Outubro, como homenagem à de Justino Portal à República, não deixou de referir o papel fundamental do ensino profissional no ensino público obrigatório, para que este não seja o parente pobre da educação escolar. Hermínio Loureiro, presidente da Câmara Municipal, destacou a coragem de António Rebelo em tornar público, pela escrita, uma obra histórica tão importante para os cesarenses. “É um documento que marca um tempo, uma época, mas, acima de tudo, a história e a identidade de um povo”. O edil não esqueceu de referir, a par de Justino Portal, uma outra personagem ligada à vida cesarense e à Escola 5 de Outubro: O Comendador Ângelo Azevedo. Trata-se de uma pessoa que “muito contribuiu para que o edifício tenha intacta a sua beleza exterior e o agradável espaço interior”, graças a sucessivas intervenções no edifício e nas quais Ângelo Azevedo, quer como autarca local, primeiro, quer como presidente da Câmara, depois, participou.
> JUSTINO PORTAL COM TÍTULO PÓSTUMO HONORÍFICO
‘Cidadão de Honra de Cesar’ Para assinalar a efeméride e evocar o benemérito Justino Portal, a Junta de Freguesia, em sessão comemorativa do centenário da Escola 5 de Outubro, distinguiu, a título póstumo, com a medalha de ouro da Vila de Cesar, Justino Francisco Portal, conferindolhe o título de ‘Cidadão de Honra de Cesar’. Na circunstância, José Bernardo Portal
e Fernando Portal, familiares do benemérito, receberam o título honorífico concedido a Justino Francisco Portal das mãos dos presidentes da Junta e da Assembleia de Freguesia, respetivamente Augusto Moreira e Aníbal Campos. Recorde-se que esta cerimónia marca o início de um novo capítulo na história
desta vila ao atribuir este galardão: Medalha da Vila de Cesar – Cidadão de Honra. Uma iniciativa inédita em Cesar. Para isso, o órgão deliberativo cesarense aprovou um regulamento para distinguir personalidades que se tenham destacado por atos relevantes ao serviço da causa pública. CARLOS COSTA GOMES
Momento em que os familiares do benemérito receberam o título honorífico concedido a Justino Portal
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Terça-feira, 20 de outubro de 2015
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S. ROQUE> AO NORTE DO PAÍS
S. ROQUE> NESTES ÚLTIMOS TEMPOS
Passeio da Comissão Social a favor dos refugiados
A Chama ‘em grande atividade’ Fotos: Alfredo Pinho
O dia prometia ser chuvoso e, de facto, foi, mas tal não impediu que dois autocarros percorressem em segurança o itinerário previsto. Organizado tendo em vista a angariação de fundos para os refugiados, este passeio da Comissão Social de Freguesia (CSF) de S. Roque teve como primeiro ponto de paragem Vila do Conde, terra de marinheiros, lavradores e artesãos. Seguiram-se Póvoa do Varzim, estância de veraneio e amplas praias; Esposende, a foz do rio Cávado com as polémicas Torres de Ofir, a ‘servir de fundo’; Barcelos, maior centro de artesanato do País, onde puderam visitar a Torre Medieval e o Museu da Olaria, conforme previamente programado com o Turismo. Alguns ainda passaram pela ‘Feira das Artes, Ofícios e Produtos Tradicionais da Euro Região’ que, na altura, decorria no grandioso ‘Campo da Feira’, enquanto outros não resistiram a fotografar-se junto a um dos símbolos mais populares de Portugal - o Galo de Barcelos. Com passagem por Braga, dirigiram-se para Santo Tirso para visitar o Convento de São Bento e, com o apoio empenhado da Câmara, foram acolhidos num amplo espaço
da histórica ‘Fabrica de Santo Tyrso’, património municipal, onde, integrados e animados por um grupo de amigos que os esperava, se divertiram e conviveram até ser noite. A surpresa viria dos elementos deste conjunto que, “habitualmente, nos honra com a sua companhia e que sensibilizaram os presentes com a sua efusiva alegria e um sentido hino à Comissão Social... Almas bondosas, mãos caridosas prontas para dar/que ao repartirem fazem sorrir que está a chorar…”. A CSF agradece, através do jornal Correio de Azeméis, “aos senhores Manuel, Francisco e Abel, bem como aos amigos José Francisco Costa, Joaquim Ferreira, José Moreira, Manuel Almeida, Luís Almeida e Maria Ferreira. Obrigado também às Câmaras de Barcelos e de Santo Tirso”. Note-se que o lucro desta excursão veio reforçar os fundos angariados na ‘Tômbola Solidária’, realizada a 04 de outubro, também, a favor do ‘Fundo para os Refugiados’ (ver breve nesta página), demonstrando que, além de cultura, divertimento, os passeios da CSF sanroquense são, igualmente, solidariedade.
A Desfolhada à Moda Antiga ajudou a reviver os usos e costumes rurais de outrora
A Chama continua ‘em grande atividade’ contribuindo muito para o dinamismo do associativismo local. Com um intervalo de poucos dias, foram duas as iniciativas dinamizadas por esta associação de S. Roque. Falamos da Noite da Francesinha e da Desfolhada à Moda Antiga. A noite de 26 de setembro, para as bandas da sede d’ A Chama – Associação Recreativa e Cultural de S. Roque, foi dedicada à francesinha, prato típico e originário da cidade do Porto que ‘tem feito as delícias’ de muitos por esse País e mundo fora. Em S. Roque não foi exceção. De acordo com a coletividade sanroquense, esta iniciativa inédita na freguesia “superou as expetativas”, tendo sido vendidas, na altura, cerca de 120 francesinhas, já para não falar nas sobremesas,
A Noite da Francesinha ‘fez as delícias de miúdos e graúdos’
uns crepes, “com um toque especial”, de igual modo, ‘de comer e chorar por mais’, conforme nos garantiu quem os confecionou. Apesar de fria, a Noite da Francesinha resultou num sucesso, facto para o qual o cantor de Oliveira de Azeméis Tiago Costa também contribuiu. Aliás, a organização aproveita para, através do nosso semanário, agradecer não só a este jovem artista, como a todos os outros que ajudaram à festa. Dias depois, a 03 de outubro, houve lugar para uma
Desfolhada à Moda Antiga, com direito à recriação dos vários passos, desde à apanha do milho, por volta das 15h00, até ao ato de o desfolhar propriamente dito, que começou já passava das 21h00. Graças à participação do Rancho Folclórico e Etnográfico d’ A Chama, esta “foi uma noite bem alegre, repleta de tradições dos tempos dos avós, que irá ficar na mente dos mais novos”. Também neste caso a A Chama faz um agradecimento público“a todos que tornaram isto possível”.
S. ROQUE> A QUEM CONTRIBUIU PARA “SUCESSO” DA ‘TÔMBOLA SOLIDÁRIA’
Agradecimento da Junta de Freguesia A Junta de Freguesia de S. Roque, na pessoa do seu presidente Amaro Simões, vem, através do Correio de Azeméis, agradecer toda a colaboração prestada pelos
empresários, benfeitores e colaboradores para o sucesso da ‘Tômbola Solidária’ realizada no passado dia 04. Em nota informativa enviada à nossa redação, o au-
tarca sanroquense informa que esta atividade permitiu a angariação de 871,70 euros, valor que, juntamente com o saldo do passeio de 11 de outubro (ver texto em cima),
será afeto ao ‘Fundo para os Refugiados’. “É reconfortante poder contar sempre com a generosidade e solidariedade de pessoas de boa vontade,
empresários, benfeitores e colaboradores que, deste modo, dão provas da sua atenção e sensibilidade social”, refere ainda o responsável político.
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Terça-feira, 20 de outubro de 2015
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VILA DE CUCUJÃES> COM O PROJETO ‘MAIS PERTO DE SI’
Fundação Manuel Brandão recebe Prémio BPI A Fundação Manuel Brandão foi uma das instituições premiadas com uma menção honrosa do Prémio BPI Seniores 2015, que lhe vai permitir implementar o projeto ‘Mais perto de si’. Na terceira edição do Prémio BPI Seniores 2015, o BPI atribuiu 700 mil euros a 32 instituições que promovem a inclusão social e o envelhecimento ativo de pessoas com idade superior a 65 anos, residentes em Portugal, entre as quais se encontra a Fundação
Um projeto a pensar nos que vivem sós Segundo o presidente da direção Domingos Ferreira, “a criação desta resposta surge devido ao crescente aumento de situações de solidão, isolamento social e geográfico, e insegurança. A instituição procura constantemente a inovação nos serviços prestados, através de soluções de qualidade, que se traduzam A Fundação Manuel Brandão, de Cucujães, foi distinguida em real valor acrescentado com uma menção honrosa do Prémio BPI Seniores 2015 para a população maior”. O projeto ‘Mais perto de si’ Manuel Brandão. A menção freguesia e no concelho de Oli- foi criado a pensar em todos honrosa conquistada vai per- veira de Azeméis: Serviço de aqueles que vivem sós e que mitir à instituição particular teleassistência, enquanto fer- carecem de atenção e de uma de solidariedade social da ramenta de combate ao isola- palavra amiga, assumindo a Vila de Cucujães implementar mento social, garantindo maior teleassistência um serviço de uma resposta fundamental na qualidade de vida da pessoa proximidade, que pretende sua oferta de apoio social na idosa em sua casa. dar resposta às necessidades
de uma população carente de afetos e de atenção, que promove o diálogo através da escuta ativa, contribuindo para a estabilidade emocional, conta o dirigente. Segundo a socióloga da Fundação Manuel Brandão, Diana Semblano, o projeto aposta na otimização de sinergias, pois será constituída uma equipa de jovens estudantes da Escola Superior de Enfermagem da Cruz Vermelha Portuguesa de Oliveira de Azeméis para acompanhamento dos beneficiários, através de um contato telefónico regular para minimizar o isolamento, permitindo uma maior sensação de segurança e companhia, num compromisso pela partilha de vivências e promoção da solidariedade intergeracional.
> CARTA AO DIRETOR
‘Deus quer, o homem sonha, a obra nasce’ Da Associação de Pais da EB1/JI de Oliveira de Azeméis, n.º 2 (Escola de Lações) recebemos, com pedido de publicação, o que reproduzimos de seguida:
professor que, debaixo do sol de verão, abriram valas, assentaram tijolo e laje, acartaram e espalharam terra e aplicaram o piso sintético… tudo isto com as crianças no pensamento. Por isso valeu a pena. Não podemos, no entanto, ficar com todos os créditos. Temos muito a agradecer: “Foi este o mote para a empreitada - À União das Freguesias de OAZ/ a que se propôs a APOAZ – Associa- Ul/Samtiago de Riba-Ul/Macinhata da ção de Pais da EB1/JI de Oliveira de Seixa/Madail, que forneceu as lajes, os Azeméis, n.º 2 (Escola de Lações), no lancis e parte do material para o sistema início do ano letivo 2014/2015: A aqui- de águas pluviais e ultimou os arranjos, sição e aplicação do piso sintético no para que o acesso ao recreio ficasse com recreio da escola. melhores condições. A obra nasceu e foi inaugurada no - À Isolamais que ofereceu o geotêxtil passado dia 08. O espaço exterior da para aplicar sob o piso. escola está bem mais bonito e digno - Às várias entidades que generosapara as crianças que a frequentam. A mente abriram as portas (carteiras), empreitada foi dura. Foram vários sá- confiando e acreditando no nosso trabados de trabalho intenso para pais e balho: Paintcar, Inducorte, Vancal, Cai-
macar, JP Supersoles, Junior Shop, Pe. Artur do Seminário das Missões, Proleite, ASG Moldes, Fiscazeméis e Proaz. - A todos os pais que nos ajudaram, na compra de rifas, de lápis, na oferta de bolos e outros bens para venda no Mercado à Moda Antiga e na festa de final de ano; a todos os que marcaram
presença nas várias atividades e ajudaram no que puderam; aos que deram o corpo ao manifesto nas obras (mesmo sem perceber grande coisa do assunto). Um grande bem-haja a todos. Assim sonhámos, assim nasceu a obra.
APOAZ - ASSOCIAÇÃO DE PAIS DA EB1/JI DE OLIVEIRA DE AZEMÉIS, N.º2”
No passado dia 08 de outubro a Comissão de Melhoramentos de Azeméis levou a cabo uma Creche desfolhada. Da parte da manhã, os meninos da Uma Dia. de ro Cent do juntaram-se aos utentes ívio oportunidade para promover e valorizar o conv mais aos ições cond o nand intergeracional, proporcio dos doria sabe a toda de uir pequeninos para usufr boa mais velhos. Já da parte de tarde não faltou a tes onen comp o tend s, idoso disposição entre os mais ’ zinha ‘mão uma dado os Cidac do Grupo Folclórico de a. elogi se que o oraçã colab osa na animação, uma preci com inou culm que dia, o ou A confraternização marc um lanche bem apreciado.
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Terça-feira, 20 de outubro de 2015
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UF PB/P. BEMPOSTA> CENTRO SOCIAL COMEMOROU 12 ANOS E UMA DAS SUAS UTENTES O SEU CENTENÁRIO
“Estamos a realizar a nossa missão em pleno” A tarde da última quinta-feira foi de festa no Centro Social Paroquial de Pinheiro da Bemposta. Este ano, a IPSS e uma sua utente do lar de idosos, com cem anos de vida, celebraram o aniversário em conjunto. GISÉLIA NUNES
Depois de quase uma semana repleta de atividades em que ‘avós’ e ‘netos’ – leia-se seniores do Centro Social Paroquial (CSP) e crianças do Patronato de Santo António - interagiram, a instituição particular de solidariedade social (IPSS) pinheirense celebrou o seu 12.º aniversário juntamente com Ana Maria Pereira Trindade, uma sua utente do lar de idosos, que, no passado dia 15, completou cem anos (assunto ao qual voltaremos em próxima edição), e muitos convidados. Contabilizando os familiares da aniversariante, colaboradoras, dirigentes, alunos da Escola Básica do Curval, elementos do Grupo de Cavaquinhos da Universidade Sénior de Oliveira de Azeméis, etc., o CSP pinheirense, de facto, encheu como há
Ana Maria Pereira Trindade celebrou um século de vida no Centro Social Paroquial de Pinheiro da Bemposta, IPSS onde atualmente vive
muito não se via, para satisfação de muitos dos que “têm nesta casa a ‘sua’ casa”. Em declarações ao nosso jornal, o vice-presidente da direção falou, precisamente, nos 35 utentes do lar de idosos, que vivem na IPSS, mas também nos 30 do centro de dia e nos 30 do apoio domiciliário (AD). São, pois, cerca de cem aqueles que são a ‘razão de ser’ desta “casa” que começou por assegurar as valências de centro de dia e AD e que em 2013 abriu um lar de terceira idade, totalizando, hoje, “dois milhões de investimento”. Segundo Armindo Nunes, “estamos a realizar a nossa missão em pleno”, cumprindo “religiosamente com as
nossas obrigações [em termos de pagamento do empréstimo], pagando à semana aos nossos fornecedores e pagando a tempo e a horas às nossas colaboradoras [cerca de 30]”. Garantir “as melhores condições de vida” aos idosos é “objetivo” Prestando serviços não só a quem é de Pinheiro da Bemposta, mas também das freguesias vizinhas de Travanca, Palmaz, Branca (Albergaria-a-Velha) e de outras mais distantes, como S. Roque e Macinhata da Seixa, o Centro Social Paroquial tem “feito um percurso com passos muito firmes e sempre orientados pelo mesmo objetivo: Proporcionar aos idosos as me-
lhores condições de vida neste resto de vida de cada um”. Aliás, “o comando tem sido sempre o mesmo [desde o início há 12 anos]: Responder às necessidades das pessoas em situação de maior carência e sem amparo familiar”, reforçou a ideia Armindo Nunes, que aproveitou esta conversa com o Correio de Azeméis para ainda endereçar uma mensagem quer a algumas famílias, quer às funcionárias. “Queria começar por pedir que nunca se perdesse o sentido do que é essencial: O sentido do coletivo, de prestar o melhor serviço a esta gente (…). O seu lar é este e quando criamos algumas regras com vista a disciplinar as visitas, o
acesso aos quartos, estamos única e simplesmente a zelar pela privacidade dos nossos utentes (…). Sei que isto causa alguma incompreensão num ou noutro familiar, que queria poder circular a toda a hora, mas as pessoas têm de perceber que esta é a casa dos nossos utentes e que quem cá vem, vem como visita”, disse o responsável diretivo, acrescentando: “Não tenho a pretensão de dizer que temos as melhores colaboradoras do mundo, são como as outras, mas posso dizer com absoluta certeza que todos temos a preocupação de perseguir o objetivo que é o ideal, trabalhamos com o objetivo de melhorar todos os dias um bocadinho”.
UF PB/PINHEIRO DA BEMPOSTA> ALUNOS DO 4.º ANO DA EB1 DE AREOSA SONHAM VOAR
I Feirinha ‘We believe we can fly’ No passado dia 13 de outubro, entre as 16h00 e as 20h00, a Escola EB1 de Areosa n.º 1, em Pinheiro da Bemposta, foi ‘palco’ da I Feirinha ‘We believe we can fly’ levada a cabo pelos alunos do 4.º ano de escolaridade. Iniciativa que teve como objetivo angariar dinheiro para a sua viagem de finalistas, mas que não vai quedar-se por aqui, uma vez que está já a ser agendada uma segunda edição, também com o mesmo intuito. Note-se que as crianças têm vindo a contatar empresas no Os meninos do 4.º ano da EB1 de Areosa, Pinheiro da Bemposta, tudo têm feito para concretizar o seu sonho - voar! sentido de recolherem donativos (em géneros e em dinheiro) para a realização de feirinhas fas (todas premiadas), bolos e vel graças ao sucesso que está A turma do 4.º ano da EB1 dos quantos têm contribuído na sala de aula. Aliás, a primei- salgados oferecidos pelos pais, a ter este ‘contato empresarial’ de Areosa agradece, através para a concretização deste ra feirinha, com a venda de ri- livros, bijuteria, etc., foi possí- dos petizes. do Correio de Azeméis, a to- projeto.
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desporto
HÓQUEI EM PATINS> I DIVISÃO NACIONAL
Oliveirense vai vencendo e arranca sábado na Liga Europa Alfredo Pinho
OLIVEIRENSE, 3 FÍSICA, 0
>DOIS JOGOS CONSECUTIVOS SEM SOFRER GOLOS
Oliveirense ‘encostadinha’ ao FC Porto
Oliveirense (cinco inicial): Xavier ‘Xevi’ Puigbi (GR); Albert Casanovas, Ricardo ‘Caio’ Oliveira. Ricardo Barreiros e Carlos López. – Treinador: Tó Neves. AE Física D (cinco inicial): Pedro Chambell (GR); Carlos Godinho, Carlos Garrancho Gomes, João Lima e Vicente Alves. Treinador: André Gil. Jogo no Pavilhão Dr. Salvador Machado Árbitros: Joaquim Pinto (Aveiro) e António Santos (Aveiro)
A Oliveirense continua invicta no Nacional da I Divisão. No jogo da 3.ª jornada, os comandados de Tó Neves não deram espaço aos visitantes do Física de Torres Vedras e só faltaram mais golos. As emoções do hóquei seguem no próximo fim de semana no Salvador Machado, mas já com ‘cheiro’ europeu. O Física ia dando boas réplicas ao grande pendor ofensivo dos locais, mas Puígbi voltou a confirmar os seus créditos sempre que solicitado. Além disso, a União
O Física não teve argumentos para contrariar a superioridade dos locais.
não permitia grandes manobras forasteiras no seu meio campo. Juntando a isto as muitas ocasiões criadas pelos anfitriões, a conclusão é só uma: O 3-0 final foi demasiado escasso para aquilo que os comandados de Tó Neves evidenciaram no rinque. Ao mesmo tempo a boa exibição de Chambel e o oportunismo do Física em salvaguardar as segundas bolas conseguiram prevenir um ‘score’ mais dilatado. Casanovas abriu o marcador na cobrança de uma penalidade assinalada aos nove minutos por falta de Godi-
nho sobre Caio. Um prémio que confirmou a superioridade unionista, que já vinha sendo demonstrada desde o apito inicial. O 2-0 chegou ao minuto 11, pelo stique de Carlos Lópes, e a 2 minutos do final do primeiro tempo, Casanovas bisou. Pelo meio, Garrancho poderia ter reduzido de livre direto, por falta ‘azul’ de João Souto. O ‘portero’ ao serviço do emblema de Oliveira de Azeméis defendeu curto e para a frente, possibilitando a recuperação do atacante, mas foi melhor e parou a recarga. A segunda parte não ofe-
receu golos aos adeptos, que voltaram a fazer uma bela casa. E até nem foi por falta de ocasiões, até porque a Oliveirense beneficiou de três bolas paradas que desperdiçou. Na primeira, logo aos 2’, após derrube de Barreiros, Montivero não conseguiu levar a melhor sobre Chambell; depois Vicente Alves foi apanhado em infração e López falha a cobrança (15’52’’). A dois minutos do final, Caio bateu o livre direto relativo à 10.ª falta forasteira, mas, ao tentar o drible sobre o guardião, deixou ‘fugir’ o domínio da bola.
Apesar de três bolas paradas desperdiçadas, Tó Neves não deixa de estar satisfeito com o desempenho da equipa, que não pôde contar com Pedro Moreira, castigado com três jogos após um incidente entre ele e Eduardo Brás, no dérbi com o Vale de Cambra disputado na segunda jornada. “O adversário dificultou as transições. Tentámos alargar, tentámos pressionar, mas o jogo ou não se partia ou, quando isso acontecia, não conseguíamos concretizar. Tivemos de jogar o que o Física nos deixou jogar”, comentou o técnico, após o jogo, “o segundo consecutivo sem sofrer golos”, acentuou, completando que “isso é moralizador”. À terceira jornada a Oliveirense conta já com 18 golos marcados e apenas dois sofridos. O FC Porto, com os mesmos nove pontos (assim como o Barcelos), ganha vantagem, pois tem apenas mais um golo marcado. A tabela com as contas finais da terceira jornada só fecha após o a deslocação, amanhã, do Sporting – que já passou por uma derrota ante o Braga – ao reduto do Benfica (16 marcados e 3 sofridos).
>ENTRADA SERÁ GRATUITA
Sábado já há jogo para a Liga Europeia A Oliveirense inicia no próximo sábado, a partir das 17h00, a ‘campanha’ de 20152016 na Liga Europeia de Hóquei em Patins. Em agenda, a receção ao Basileia, a equipa teoricamente mais acessível
do grupo. Mas Tó Neves não quer facilitar e segurar os três pontos na arrancada da fase de grupos. A União integra no grupo D, onde além dos suíços que se deslocam a Oliveira de
Azeméis no dia 24 (a entrada será gratuita) estão o Liceo da Corunha – “que dispensa apresentações” – e o Viareggio – “que venceu a Taça de Itália e tem tido bons resultados no seu Campeonato”.
Palavras do próprio Tó Neves, que admite que a turma transalpina é a “outsider do grupo”, pelo que perder pontos com esse conjunto “está fora das contas”. Os restantes encontros da fase
de grupos realizam-se a 07 e 28 de novembro, 12 de dezembro, 16 de janeiro e 06 de fevereiro de 2016, com os dois primeiros de cada agrupamento a seguirem para os quartos de final.
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Terça-feira, 20 de outubro de 2015
DESPORTO
HÓQUEI EM PATINS> II DIVISÃO NORTE
Escola Livre em quinto na tabela Alfredo Pinho
ESCOLA LIVRE, 4 FAMALICENSE, 3 Escola Livre de Azeméis (cinco inicial): Hélder Cereja (GR); Alfredo Nogueira, Bruno Andrade, Miguel Costa e José Rodrigues. - Treinador: Rui Batista. Famalicense AC (cinco inicial): Diogo Fernandes (GR); André Ferreira, Luís Filipe, César Carvalho e Diogo Silva. - Treinador: Fernando Almeida. II Divisão Zona Norte – 3.ª Jornada Jogo no Pavilhão da Escola Livre, em Oliveira de Azeméis Árbitros: Paulo Oliveira (Aveiro) e Manuel Oliveira (Aveiro).
Com Hélder Cereja em grande forma na baliza e um hat trick de Hugo Drumond, a Escola Livre de Azeméis alcançou a segunda vitória na II Divisão Nacional e está em quinto na tabela. No próximo fim de semana tem uma saída difícil à A.A. Espinho, candidata à subida.
Drumond conseguiu o hat trick neste encontro
primeiras ocasiões flagrantes de golo. Logo aos dez minutos da partida, uma foi conduzida por César Carvalho, e só a inspiração de Hélder Cereja evitou males maiores para os locais, tendo depois voltado a negar o 1-0, já sobre a linha da baliza a Luís Pereira. Os anfitriões responderiam por Alfredo Nogueira, que concluiu com um remate perigoso, mas inconsequente, um contra-ataque. Uma priFrente ao Famalicense, os meira ameaça do número 3 escolares entraram cautelo- alvinegro, que não tardaria sos e foram dos forasteiros as muito a ‘faturar’.
Antes disso, Nuno Silva e Ricardo Bastos não marcaram por um triz. Foi depois, a 04’23’’ do apito para o descanso, que Nogueira tirou o melhor proveito de uma bola recuperada a meio campo e fez o 1-0 com que se foi para o intervalo. Com uns primeiros 25 minutos controlados pelos da casa, o Famalicense entrou para a segunda metade com outra atitude. Aos 20’, Luís Pereira obrigou Cereja a nova defesa esforçada e, aos 19, foi a vez de Diogo Cardoso colocá-lo à prova.
Na 10.ª falta da Escola Livre, André Barbosa não concretizou o primeiro tiro e, apesar de recuperar a sobra, acabou por ser desarmado por José Rodrigues, que assim impediu a recarga. Com 16’50’’ para jogar Ricardo Bastos fez falta para azul e deixou a turma da Santinha com menos um em campo. Com o Famalicense em power play nasceu o 2-0, com a assinatura de Hugo Drumond. Uma tranquilidade que não durou muito, pois, aos 15’, André Ferreira aproveitou um bom trabalho
de equipa construído por detrás da baliza e reduziu. No mesmo minuto, livre direto da 15.ª falta escolar e César Carvalho a empatar. Os comandados de Rui Batista deixaram-se tomar por uns momentos de desconcentração e consentiram a reviravolta no marcador, com o bis de Carvalho a nove minutos do final. Aos 07’42’’ Drumond fez o seu bis e repôs a igualdade, desfeita 40 segundos depois com o seu hat trick, firmando o 4-3 com que se chegaria ao final. Nos últimos três minutos, a ELA teve três oportunidades de matar o jogo, em lances de bola parada, mas José Rodrigues desperdiçou o livre direto da 10.ª falta do Famalicense e, aos 01’22’’, do apito final foi Alfredo Nogueira que atirou por cima da trave, após azul mostrado a Nuno Silva. Antes do final os forasteiros ainda viram mais um azul, desta feita exibido a Carvalho, ficando o Famalicense com apenas dois avançados em campo nos últimos 38 segundos. Com o ‘pássaro na mão’, a ELA não o quis deixar fugir, pelo que se limitou a controlar o esférico e, sem aventuras, deixou correr o relógio, segurando um resultado que a coloca no quinto posto da tabela.
II DIVISÃO NORTE
Cucujães mantém-se em último Ainda não foi à terceira jornada do Campeonato Nacional da 2.ª Divisão Norte que o CD Cucujães conseguiu pontuar. A des-
locação ao reduto do Póvoa acabou em derrota pela margem mínima (3-2). O bis de Miguel Oliveira não foi suficiente para con-
trariar os três tentos dos anfitriões, apontados por João Paulo Candeias com dois e Vítor Oliveira. Na 4.ª jornada do Cam-
peonato o CD Cucujães recebe a formação do 6.º classificado, o HC Marco, que segue no campeonato com duas vitórias e uma der-
Alfredo Pinho
>SUB20
Oliveirense homenageou o seu campeão do mundo No intervalo do Oliveirense vs. Física, a direção do emblema de Azeméis quis render homenagem à sua estrela em ascensão, Tiago Rodrigues, que se sagrou campeão mundial ao serviço da seleção sub20 das
quinas. Rodrigues representou Por tugal no Campeonato Mundial de Sub 20 (juniores) que decorreu em Vilanova i la Geltrú, na Catalunha (Espanha), entre os passados dias 19 e 26 de setembro.
A Câmara Municipal associou-se a esta homenagem
rota, totalizando 15 golos marcados e 19 sofridos. O Cucujães, em último lugar, tem oito marcados e 14 sofridos.
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FUTSAL> II NACIONAL
FC Azeméis de volta à normalidade O Futsal Clube (FC) Azeméis venceu anteontem à tarde na deslocação a Pedroso, Carvalhos, onde bateu a formação do JACA F.C. por 3-6. A equipa da casa adiantou-se no marcador, mas os pupilos de Ricardo Canavarro reagiram e rapidamente deram a volta ao score, graças aos golos de Nandinho, Hélder e Cereja. O JACA reduziu para 2-3, mas Cereja voltaria a colocar o marcador em dois golos de diferença. A formação da casa tentava reagir e amenizar o marcador, o que
viria a conseguir fazendo o 3-4. No momento decisivo da partida, a qualidade dos futsalistas às ordens de Ricardo Canavarro fizeram com que o marcador disparasse, fruto de duas boas jogadas coletivas. Hélder Ferreira e Nandinho bisaram, elevando o score final para 3-6 favorável ao Futsal de Azeméis. Para o técnico Ricardo Canavarro “esta foi uma vitória que nem merece contestação, visto que venceu a melhor equipa na quadra, num jogo com ambiente frenético. Por vezes revelamos algum desacerto, bem aproveitado pelo JACA que reduziu o marcador, num jogo muito intenso, nem sempre bem jogado e com muitas transições de parte a parte.
O FC Azeméis regressou aos triunfos
FUTSAL> I DISTRITAL
Vitória indiscutível AZAGÃES, 8 FEIRENSE, 1 Azagães: Paulinho, Tiago, Marcelo, Macieira, Joel. Jogaram ainda: China, Vítor, Oliveira, Fábio, Messi, Jorge, Lhô. - Treinador: Ricardo Dias. Feirense: Rubem, Tiago, Michael, Sandro, Pedro. Jogaram ainda: Daniel, Garcia, Miguel, Ricardo, Ramada, Sérgio. - Treinador: Paulo Lima. Jogo no Pavilhão ADEC, em Macieira de Sarnes, Oliveira de Azeméis Arbitragem: João Campos, Paulo Verdades e Natacha Melo Disciplina: Lhô, Miguel, Sandro, Pedro, Sérgio. Marcadores: Tiago, Oliveira, Marcelo, Messi (3), Jorge, Sandro
Depois de empatar na primeira jornada e de vencer na segunda, a equipa de Ricardo Dias entrou determinada em vencer o jogo da terceira jornada e não perdeu muito tempo. Frente a um adversário que deixa algumas boas recordações e um gosto especial, o Feirense, a equipa do Azagães não deixou o adversário tomar conta da bola e no primeiro remate que fez Marcelo abriu o ativo para os locais. O Feirense ainda empatou o encontro nos cinco minutos seguintes mas em nada muda-
ram as intenções e as oportunidades de perigo para a baliza forasteira. Com o pé quente Messi (por duas vezes), Jorge e Tiago colocaram a equipa do Azagães a vencer por 5-1 antes do descanso. Na segunda metade apenas foi preciso gerir o tempo e as intenções, infrutíferas, do Feirense reduzir a desvantagem que possuía. Ainda houve tempo de aumentar a vantagem por Joel, Oliveira e Messi, que completou o primeiro had-trick da
Equipa técnica do Azagães
temporada. Resultado sem discussão, com a vitória para a melhor equipa. O Azagães foi quase sempre superior e mostrou que pode ir longe neste campeona-
FUTSAL> P.A.R.C. VENCE NA GAFANHA
Regresso com triunfo Depois de duas semanas fora da quadra, as seniores femininas da P.A.R.C. regressaram à competição. Num jogo que se previa acessível, as auri-negras tiveram de suar a camisola para saírem vencedoras da estreante equipa do Gafanha. As pindelenses até entraram bem, a dominar o jogo e a marcar cedo, por Aida Borges, quando passava o minuto 3. Continuando com uma boa toada atacante Sandrina ampliou o resultado aos 13 minutos e até ao intervalo as visitantes foram desperdiçando várias oportunidades, com o desacerto das atacantes a impedir um resultado
Dulce Rocha reduziu, e até ao apito, as comandadas de Francisco Monteiro sofreram para levar de vencida uma partida que poderia ter sido resolvida na primeira parte. No próximo sábado, a P.A.R.C. recebe as líderes do campeonato. O Lusitânia de Lourosa visita o reduto local pelas 21h00. Seniores femininas da P.A.R.C. triunfantes No que diz respeito à formação, os primeiros a entrarem na quadra foram os benjamins. Na mais volumoso. a protagonizar alguns ataques deslocação a Angeja os meninos Para o segundo tempo, as co- perigosos, com, umas vezes, a de Pindelo trouxeram uma vitómandadas de Francisco Mon- ineficácia das atacantes, outras ria por 1-7. Devido à falta de luz teiro baixaram de rendimen- vezes, a experiência das visitan- na freguesia, que afetou a ilumito, fazendo com que as locais tes iam evitando o pior. nação no pavilhão da P.A.R.C., acreditassem. Assim, passaram Só que a três minutos do fim o jogo dos juvenis frente ao Es-
to. Do outro lado um Feirense a precisar de muito trabalho…. Jogo sem casos e com uma arbitragem calma e sem trabalhos. FREDERICO BASTOS
G.D. GAFANHA, 1 P.A.R.C., 2 G.D. GAFANHA: Ana; Cátia Batista, Daniela Sousa, Paula Loureiro, Cristiana. Jogaram ainda: Dulce Rocha, Mariana Vaz, Maria Helena, Sara Oliveira, Sara Batista, Beatriz Pires. – Treinador: Filipe. P.A.R.C.: Carolina; Filipa, Aida Borges, Mara, Sandrina. Jogaram ainda: Daniela, Daniela Pinho, Daniela Ferreira, Liliana, Lena, Joana Silva, Inês. – Treinador: Francisco Monteiro Jogo Pavilhão escola Gafanha da Nazaré Golos: Aida Borges, Sandrina, Daniela Rocha
capães foi adiado. Já os infantis somaram a terceira vitória em outros tantos jogos. Desta feita, foi na visita ao Lourosa (5-7). Os iniciados deslocaram-se a Vale Cambra para arrancar uma vitória por 1-2 frente ao A.C.R. NUNO SANTOS
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DESPORTO
II LIGA> LOCAIS FORAM SUPERIORES, MAS DESPERDIÇARAM DEMASIADO
Nova derrota mantém Oliveirense no fundo Alfredo Pinho
OLIVEIRENSE, 0 V. GUIMARÃES B, 1
Bruno Sousa, treinador da Oliveirense:
Oliveirense: João Pinho; Zé Pedro, Stephane Madeira, Luis, Kaká, Guimarães, Babo, Oliveira (Mario Mendonça, 61), Marocas (Thompson, 65), Leleco (Carlitos, 74) e Rafa. - Treinador: Bruno Sousa.
“A Oliveirense foi superior o jogo todo, mas pecámos na eficácia e acabámos por perder devido a um erro defensivo. Demonstrámos que queríamos ganhar, contudo, quem aproveita as oportunidades é que ganha. Toda a responsabilidade deste resultado é minha, e não dos jogadores, que têm é de acreditar no seu valor, seja quem for que venha comandar este conjunto”.
Vitória de Guimarães B: Miguel Silva; Arrondel (Joel, 77), Denis Duarte, Pedro Henrique, Dado, Bruno Alves (Helinho, 76), Bruno Mendes, Gui, Henrique Dourado, Vigário (Tyler, 67) e Phete. - Treinador: Marco Alves. Jogo no Estádio Carlos Osório, em Oliveira de Azeméis. Árbitro: João Matos (Viana do Castelo). Cartões amarelos: Dabo (38), Káká (60), Tyler (75) e Mário Mendonça (84). Marcador: Henrique Dourado (77’)
Bom jogo de futebol no ‘Carlos Osório’, como há algum tempo não se via. Mesmo com o relvado ensopado, armadilhado para escorregadelas, os ‘aflitos’ da Oliveirense e do Vitória SC B, que trouxeram alguns valores da equipa principal, debateramse bem pelos três pontos em disputa. De um lado, uma Oliveirense que sabia que a vitória podia valer a saída da última posição na tabela; do outro um Vitória B apostado em interromper um ciclo de três derrotas e em aproximar-se da linha da manutenção. Mas neste jogo antecipado da 11.ª ronda da II Liga, a sorte acabou por subir ao conjunto visitante, apesar de a União ter sido mais dominadora e esclarecida. Os unionistas estiveram mais vezes perto de marcar, mas a derrota penalizou a ineficácia na hora da concretização. A partida iniciou-se em ritmo elevado e os vitorianos iam tentando alvejar a baliza unionista, mas raramente os tentos saiam perigosos. Apesar disso, a União ia mandando no jogo, conseguindo manter o esférico longe da sua área e uma maior presença no meio campo adversário.
Marco Alves, treinador do Vitória de Guimarães B:
A Oliveirense merecia um resultado diferente
Aos 17’, aos locais veriam o seu primeiro melhor momento do encontro, com um bom entendimento de equipa a abrir caminho a um remate de Babo, a passe de Marocas, que obrigou Miguel Silva a uma defesa esforçada. Respondeu, de imediato, Henrique Dourado, com um tiro que passou por cima do travessão de João Pinho. Marocas consentiu um pontapé de canto ao desviar um livre levantado por Gui para o interior da área anfitriã, mas na cobrança Denis Duarte acabou por tentar o desvio, porém para fora, e cedeu pontapé de baliza a João Pinho. À passagem dos vinte minutos, não havia dúvida nenhuma que era a União quem mandava dentro das quatro linhas, numa partida dificultada pelas condições climatéricas, que traziam completamente ensopado o relvado do Carlos Osório. Pelo menos, não chovia – e após o intervalo o sol até veio sorrir ao desafio – e os locais conseguiam desenrascar-se melhor tanto no jogo aéreo quanto pelo solo. Aos 31 minutos, nova ocasião flagrante de golo para a Oliveirense, que já estava a
Os jogadores têm de acreditar no seu valor, seja quem for que venha a comandar este conjunto ameaçar por demasiadas vezes: desta feita Oliveira recebeu de José Pedro e tentou o chapéu a Miguel, que estava adiantado e teve de se aplicar para, em esforço, negar o golo desviando para canto. Leleco, aos 34’, poderia também ter inaugurado o marcador: Recebeu com o peito e, de primeira, atirou muito por cima. Do outro lado, e embora com menor frequência, o primeiro também ia estando iminente, e a verdade é que poderia surgir para qualquer uma das equipas. Foi por um triz que Gui não o conseguiu, aos 36 minutos, ao aparecer na cara de Pinho. Valeu a grande intervenção do 73 unionista. Já perto do intervalo, João Pinho voltou a livrar os anfitriões de apuros e segurou o 0-0 com que se foi para o
intervalo. No regresso das cabines, a Oliveirense entrou melhor, com um cabeceamento perigoso que acabou por ser desviado para canto. Pouco depois Rafa atira a centímetros do poste direito de Miguel Silva. A Oliveirense carregava com intensidade. Aos 57 minutos, Leleco volta a atirar a ‘rasar’ o poste direito e Rafa remata acima do travessão. Vigário, para o Vitória, respondeu à altura, mas o marcador continuou nos zeros. Henrique Dourado, que viria a assinar o golo que fez os números finais, entregou de bandeja uma bola a Vigário que, em excelente posição, falhou clamorosamente, já com o guardião azul e vermelho desenquadrado do lance. Aos 72’, Thompson, recémentrado, fez um belo trabalho na área e colocou a bola para Rafa atirar forte, só que à figura do guarda-redes visitante. Seria esse Henrique Dourado quem, aos 77 minutos, acabaria por deitar por terra as esperanças da Oliveirense, cujos adeptos – ainda que poucos – foram aplaudindo, como há muito não se ouvia, a prestação dos azuis e
“O lugar da UDO na classificação é muito enganador. Vimos ao vivo o jogo com o Freamunde e a Oliveirense merecia ter tido outro resultado. Só ganhámos hoje, porque fomos muito competentes. Não estávamos, nem estamos, desesperados com a posição que ocupamos na tabela”.
vermelhos. Helinho, que um minuto antes entrara para o lugar de Bruno Alves, serviu o brasileiro jogador que habitualmente representa a equipa principal dos vitorianos para o remate rasteiro que virou o placar para o 0-1. A Oliveirense não baixou os braços e nunca deixou de procurar o empate, mas não conseguiu impedir a derrota caseira, permitindo ao Vitória de Guimarães B, que vinha de uma série de 3 derrotas, o regresso aos triunfos. Já a Oliveirense desperdiçou a possibilidade Os vimaranenses regressam, assim, às vitórias, após três derrotas consecutivas, e sobe provisoriamente para o vigésimo lugar, enquanto a Oliveirense mantém-se na última posição, com sete derrotas, três empates e apenas uma vitória.
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II DISTRITAL> SÉRIE A
Faltaram experiência e ‘ratice’ Alfredo Pinho
FC CESARENSE B, 1 CANEDO FC, 2 FC CESARENSE: Rui Oliveira, Rui Correia, Flavio Silva, João Silva, Daniel Migueis (Miguel Lima, 85’), João Marques (André Moreira, 73’), Filipe Rodrigues © (Fernando Santos, 73’), João Silva, Miguel Ângelo, Pedro Torres, Bruno Vieira. - Treinador: Nelson Pinho. CANEDO FC: Rui Gonçalves, Francisco Almeida, João Viana, João Oliveira, Jorge Gomes, Pedro Silva, Claudio Resende, Denis Douglas, Luis Rocha (Carvalhinho, 45’), Bruno Pinto (José Luis, 45’), Mario Carneiro (Fabio Maia, 70’). - Treinador: João Santos. Marcadores: 1-0 Miguel Ângelo (36’), 1-1 Carvalhinho (70’), 1-2 Carvalhinho (90+5’) Cartões Amarelos: Bruno Pinto (32’), Denis Douglas (52’) Cartões Vermelhos: Jorge Gomes (52’), Mario Carneiro (90+5’)
Uma partida futebol sempre disputada em ritmo alto e com muita emoção do primeiro ao último minuto. De um lado uma equipa muita jovem, empenhada e aguerrida, mas com um enorme déficit de experiencia e “ratice” que, em muitos momentos do jogo lhe seria benéfico. R. CASTRO
Do outro lado, a equipa do
O ‘quem não marca não sofre’ voltou a confirmar-se
Canedo, mais lenta mas também bastante mais experiente e que soube arriscar quando tinha de o fazer, mesmo jogando quase toda a segunda parte em inferioridade numérica. Também de registar alguma falta de sorte do Cesarense. O Cesarense, como tem sido habitual, começou muito bem, a controlar o ritmo de jogo e criando algumas jogadas de perigo junto da baliza adversária. Logo aos 5’, Bruno Vieira (Guizande) que realizou uma excelente partida, arranca pela esquerda com a bola controlada.
Já dentro da área remata cruzado mas a bola a sair a rasar o segundo poste. Aos 12’ seria a vez do capitão Filipe Rodrigues, em posição frontal e sem marcação, a cabecear com perigo mas directo ao guarda-redes adversário. Só aos 23’ o Canedo respondeu com perigo, com um bom cabeceamento de cima para baixo de Mario Carneiro mas o guarda-redes do Cesarense atento a evitar o golo. À passagem dos 36’ finalmente o Cesarense a materializar em golo o seu maior domínio de
jogo. João Silva envia a bola ao poste e, na recarga, Miguel Ângelo a rematar com sucesso para golo. Para a segunda parte o Canedo entrou mais atrevido mas aos 52’ o árbitro da partida viuse obrigado a expulsar Jorge Gomes por palavras dirigidas ao auxiliar junto da bancada. Seria de esperar que com menos um elemento o Canedo sentisse mais dificuldades mas, curiosamente, não foi isso que se passou. Esteve sempre mais perto do golo do empate do que o Cesarense do segundo golo. Aos 61’ Bruno Veira na cara do guarda-redes poderia ter sentenciado o jogo mas Rui Gonçalves a defender para a frente. Na recarga João Marques tentou a sua sorte mas a defesa do Canedo a fechar bem a evitar o golo. Momento de muita infelicidade para o Cesarense. Alguns minutos depois, o Canedo chegaria ao empate. Livre directo, bola na área e penalti por hipotético empurrão. Na cobrança, Carvalhinho a não perdoar e a fazer o golo do empate. O Cesarense respondeu de imediato com João Marques a fazer um excelente passe, isolando Miguel Ângelo. Este, só com o guarda-redes na frente e adiantado, tentou um chapéu mas a bola a sair um pouco alta. Na jogada seguinte, novamente, Miguel Ângelo a dispor
de uma soberana oportunidade. Bruno Vieira com uma boa arrancada pela direita coloca a bola na área com o nr. 9 do Cesarense a efectuar um excelente cabeceamento mas o guardaredes do Canedo, em excelente plano, a defender para canto. Alguns minutos depois seria Torres a tentar a sua sorte com o portentoso remate do meio da rua. O guarda-redes adversário defende em dificuldade para a frente surgindo Bruno Vieira na recarga mas a rematar para fora. Em tempo de compensação novamente Torres, de meia distância, faz um bom remate com o guarda-redes do Canedo a ver a bola passar junto ao poste direito para fora. Quem não marca sofre. Assim aconteceu aos 90+5’ na última jogada da partida. Canto a favorecer o Canedo. Bola na área surgindo Carvalhinho a saltar melhor e a cabecear com sucesso para golo. E assim foi selado o resultado final. O Cesarense dispondo de muitas oportunidades de golo em toda a partida não conseguiu ser eficaz o suficiente para garantir um resultado positivo enquanto o adversário, apesar de jogar em inferioridade, nunca baixou os braços. Já depois de terminada a partida, o árbitro viu-se obrigado a expulsar um segundo elemento do Canedo, numa situação confusa e que em nada dignifica o futebol.
II DISTRITAL> FC PINHEIRENSE
Vantagem numérica ajudou ao golo MAC. CAMBRA, 0 FC PINHEIRENSE, 1 Macieira de Cambra: Sandro; Hugo, António Moreira, Tiago, Diogo Gomes, Luis Mendes, João Silva, João Miguel, Pedro, Leandro, Marco. Jogaram ainda: João Almeida (70), João Magalhães (80) e João Sousa (85). - Treinador: Ricardo Pina Pinheirense: Zé Paulo; Adélio, André Nunes, Carvalho, Kaito, Soeiro, Daniel Santos, Benjamim, Toninho, Amorim, Rena. Jogaram ainda: Pardal (65), Figueiredo (75) e Monteiro (85). Árbitro: Nuno Pinto Cartões amarelos: Luís Mendes (26 e 75), Marco (30), Hugo (35), Amorim, Zé Paulo (59), João Silva (67), Toninho (75), Benjamim (86), António Leandro (89), João Miguel (90+3).
O Pinheirense soube tirar proveito de ter mais um homem em campo
O Pinheirense deslocou-se a Macieira de Cambra, à 5.ª jornada, para um jogo bem disputado, apesar do mau estado do primeira oportunidade de mar- Rena, aos 16 e 34 minutos, poNa segunda parte, a partida terreno, empapado pela chuva. car. A partir daí, o Pinheirense dia ter feito golo, mas o interva- tornou-se mais dura, com ToniPertenceu à equipa da casa a reagiu e tomou conta do jogo e lo chegou com tudo a zero. nho a ter, aos 49’, o golo nos pés,
mas sem sucesso. E, no minuto seguinte, Kaito também não desbloqueou o nulo. As oportunidades do Macieira foram de lances de bola parada, tendo valido as defesas do guardião visitante. Aos 75´, Luís Mendes vê o segundo amarelo e é expulso, punido por uma entrada dura sobre Toninho. Desde então Ferro ficou com superioridade numérica em campo e conseguiu capitalizá-la, vendo o golo chegar por intermédio de Figueiredo aos 88’, no seguimento de uma boa recuperação de bola do Pinheirense apanhando o Macieira contra pé. Arbitragem com alguns erros contra a equipa visitante. No próximo domingo, 25 de outubro, o Pinheirense folga. CARLA COSTA
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Terça-feira, 20 de outubro de 2015
DESPORTO
CAMPEONATO DISTRITAL DA 2.ª DIVISÃO> SÉRIE A
Catrina decidiu o dérbi Num jogo referente à 5.ª jornada, o Macieirense foi mais forte do que o Real Nogueirense e, face às inúmeras oportunidades criadas, o resultado peca, claramente, por escasso.
Macieirense: Kiki, Rosas, Moisés, Xavi, Brunito, Loureiro (Luís Santos, 76’), Lúcio, Bruno Silva, Sales, Bruno Brandão (Miguel, 68’) e Catrina (Filipe, 83’). - Treinador: Durbalino. R.Nogueirense: João, Luís, André Dolores (Francisco, 46’), Xavier, João Xavier, Luís Oliveira, Rui, Paulo (Luís Ferreira, 46’), Marco, Nuno (Joffly, 65’) e Torres. - Treinador: Pedro Silva. Cartões amarelos: Moisés (8’), Catrina (19’), Loureiro (35’), André Dolores (38’), Nuno (60’) e João Xavier (74’) Jogo no Campo do Viso em Macieira de Sarnes Árbitro: Hugo Pinto auxiliado por Rui Moreira e Marisa Castro Marcador: Catrina (10’ e 73’)
PAULO RUI
Ambas as equipas entraram muito bem na partida, jogando com uma grande intensidade e com os olhos postos na baliza contrária. Aos dez minutos, Catrina foi mais forte do que o adversário e, de trivela, colocou a equipa da casa em vantagem. Este golo não alterou a toada do encontro e, apesar do maior domínio na posse de bola por parte dos visitantes, a formação orientada por Durbalino foi
MACIEIRENSE, 2 R. NOGUEIRENSE, 0
A superioridade do Macieirense foi bem evidente
sempre mais perigosa e, apenas a ineficácia demonstrada pelos seus jogadores, fez com que o resultado não sofresse mais nenhuma alteração até ao intervalo. No segundo tempo, o Macieirense foi mais autoritário, revelou uma maior consistência no meio-campo e não deu o espaço e o tempo que os
visitantes tiveram ao longo da etapa inicial. Apesar das várias ocasiões criadas pelos anfitriões no sentido de marcar o golo que daria uma maior tranquilidade, a bola parecia que não queria entrar. No entanto, e já depois de um golo anulado a Bruno Brandão, devido a um
fora de jogo, Catrina, aos 73 minutos, bisou, num raro golo de cabeça, e colocou um ponto final na dúvida que pairava no ar quanto ao vencedor desta partida. Aproveitando a descrença demonstrada pelo Nogueirense, a partir deste momento, numa eventual reviravolta no marca-
dor, os locais ainda dispuseram de mais quatro oportunidades para aumentar a vantagem, contudo, o desperdício evidenciado foi tanto, que estava visto que este não era um dia para festejar muitos golos. Neste que foi o quarto dérbi consecutivo, que terminou com a vitória para a equipa de Macieira de Sarnes, não posso deixar de enaltecer o empenho e a vontade de vencer este encontro demonstrado pelos jogadores do Macieirense, que assim voltou às boas exibições.
> DEPOIS DA VANTAGEM EM DUAS OCASIÕES
Empate penaliza GD Fajões O Grupo Desportivo (GD) de Fajões deslocou-se, no passado domingo, ao reduto do FC Padrão para a terceira jornada da Liga de Futebol Popular do Município de Ovar (LFPMO). A partida terminou com um empate a duas bolas. A meio da primeira parte, e depois de uma bonita jogada, Bruno Soares marcou o primeiro golo da equipa fajonense. No entanto, a vantagem
durou poucos minutos. Após alguma confusão na área do GD Fajões, a equipa da casa chegou ao golo, restabelecendo, assim, a igualdade no marcador. Na segunda parte, a turma de Fajões começou melhor e dispôs de várias oportunidades para chegar ao golo, sendo a mais flagrante uma grande penalidade que não foi convertida. Os jogadores fajonenses não de-
O jogo terminou com dois golos para cada lado
sistiram e chegaram à vantagem por Fábio Ribeiro, num golo de levantar o estádio. Contudo, e mais uma vez, a vantagem durou poucos minutos: Após nova confusão na área do GD Fajões, o FC Padrão marcou, novamente, restabelecendo a igualdade.
GD Fajões na ‘Azeméis é Social’
Na próxima jornada da LFPMO, no dia 25, a equipa de Fajões recebe o Laborim de Baixo FC, o atual campeão em título. O jogo está marcado para as 10h00. Entretanto, pela Formação, a equipa de traquinas do GD
O GD Fajões marcou presença na mostra ‘Azeméis é social’, que teve lugar no Pavilhão Municipal Prof. António Costeira, no último fim de semana. O stand de Fajões ainda contou com a presença de outras coletividades locais.
Fajões disputou mais um jogo treino, antes do início do campeonato. Desta feita, deslocouse a Oliveira de Azeméis para defrontar a sua congénere oliveirense. No final do encontro, a vitória sorriu à equipa da casa por seis bolas a uma.
DESPORTO > MINUTO DE SILÊNCIO ASSINALOU PESAR POR DIOGO LIMA
Cucujães e Milheiroense anulam-se AC CUCUJÃES, 0 GD MILHEIROENSE, 0 AC Cucujães: Marcelo; João Couto, Tiago Lopes, Mauro, Muge, Brinca, Paivinha, Diogo (Freitas, 77), Rogerinho (Flecha, 60), Mário Brandão e Álvaro (Juninho, 60).Treinador: Hugo Gonçalves. GD Milheiroense: Rui; Jardel, Pedro Nuno (Joel, 70), Xurra, Gui, Cerqueira, Telmo (Pedro Sousa, 90), João Luís (Tó Zé, 59), Marcelo, Maia e Sandro. – Treinador: Hélder Pinho. Jogo no Parque de jogos de Cucujães Árbitro: José Almeida, auxiliado por Pedro Silva e Alcino Soeira. Cartões amarelos: Jardel (17), Telmo (21), Tiago Lopes (36), Maia (61), Brinca (63), Paivinha (73), Flecha (78), Xurra (90).
Um domingo de inverno com o Cucujães a receber o vizinho Milheiroense. Antes do início do encontro, foi cumprido um minuto de silêncio em memória de Diogo Lima, ex-atleta do clube que faleceu na passada quinta-feira num acidente em Soure, dexando a comunidade cucujanense mais pobre. O jogo começou de forma equilibrada, com os locais a serem muito erráticos nos passes e a permitirem que a formação visitante conseguisse anular o ataque. Pertenceu aos forasteiros a melhor ocasião, num cruzamento que Mário Brandão ia marcando na própria baliza. Mas ele mesmo emendou, tirando a bola sobre a linha de golo. Na segunda parte foi o Couto que procurou chegarse à frente mas, com as condições climatéricas a agravarem-se, não foi fácil chegar à área do Milheiroense. E só aos 58’ é que criou perigo, com Mauro a obrigar Rui a grande defesa. O jogo foi correndo sem que as equipas criassem perigo, mas foi o Cucujães que esteve perto de marcar aos 87’ com Flecha a obrigar Rui a aplicar-se para segurar o empate. No final, um resultado que se ajusta num terreno pesado ao qual o Cucujães não encontrou forma de contornar.
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Terça-feira, 20 de outubro de 2015
> QUATRO VITÓRIAS EM QUATRO JOGOS
Oliveirense no bom caminho da VIII Liga Portuguesa de Basquetebol
A Oliveirense e Ovarense Dolce Vita defrontaram-se pela terceira vez no espaço de três semanas, com a turma orientada por José Ricardo a vencer todos os confrontos. O último, realizado anteontem, no ‘Salvador Machado’, foi a contar para a quarta jornada da primeira fase da Liga Portuguesa de Basquetebol (88-78).
Alfredo Pinho
Com este resultado, acumulado com a vitória obtida no dia anterior em Ponte de Sor, a Oliveirense vê consolidada a posição no cimo da tabela. Depois de um primeiro período equilibrado (23-21), a Oliveirense aproveitou bem o segundo para cavar uma vantagem de 52-38 até ao intervalo. Uma diferença que permitiu aos locais gerir o tempo na eta-
pa complementar, enquanto os vareiros tiveram de andar atrás do prejuízo. Ainda reduziram para 78-85, mas nos últimos 95 segundos do encontro a formação de Ovar não conseguiu somar mais pontos. A Oliveirense esteve muito melhor a lançar ao cesto (62% vs 40%), dominou a luta das tabelas (33/23), bem como dominou no pintado (38 vs 24
Com esta vitória, a UDO vê consolidada a posição no cimo da tabela
pontos). James Ellisor (19 pontos, oito ressaltos e quatro assistências) foi o MVP da partida. Obrenovic (16 pontos, oito ressaltos e três assistências) deu sinais de estar a subir de rendimento, tal como Elvis Évora (dez pontos e oito ressaltos). No sábado, no reduto do Elétrico FC, a partida foi mui-
to equilibrada, embora os visitantes tenham demonstrado um ligeiro ascendente na primeira meia hora. À entrada do último período, os locais perdiam por 56-57, mas a Oliveirense mostrou-se mais produtiva e acabou por levar de vencida os anfitriões por 75-84. Bricis, com vinte pontos marcados, foi o mais concretizador.
BASQUETEBOL FEMININO> SUB19
Primeiro jogo oficial da época com nota positiva UD Oliveirense basquetebol/FB
A receção ao GICA terminou com a vitória das comandadas de Carlos Abreu por uns expressivos 62-46. No primeiro jogo oficial da época, as meninas da União Desportiva Oliveirense (UDO) entraram receosas e precipitadas. Com o decorrer do encontro conseguiram, porém, impor-se às adversárias e, na primeira parte, alcançaram uma vantagem de nove pontos. No reatamento, as atletas de Oliveira de Azeméis produziram uma entrada confiante e Bom início de campeonato para as sub19 da UDO dominaram as ações da partida. Bom início de campeonato para as sub19, que se mostraPela UDO, orientada por Francisca Valente; Carolina ra Valente; Anita Quintela; Joram competitivas e deixaram Carlos Abreu, alinharam Jo- Freitas; Catarina Soares; India ana Oliveira; Catarina Ribeiro; uma boa imagem. ana Ferreira; Catarina Lopes; Tavares; Beatriz Praça; Barba- Cátia Soares.
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Terça-feira, 20 de outubro de 2015
DESPORTO
> ASSOCIAÇÃO CULTURAL E RECREATIVA DE VILAR NA SENDA DE VÁRIOS VULTOS CESARENSES
ACREV por caminhos e ruelas de Cesar Na manhã de 11 de outubro, um domingo marcado por alguma chuva, cerca de três dezenas de participantes associaram-se à iniciativa da ACREV que propunha uma deslocação a Cesar, numa abordagem à sua história dos últimos três séculos, com uma caminhada à qual se associou a Junta local, proporcionando a tradicional hospitalidade dos cesarenses.
ANTÓNIO LUÍS
Partindo do Largo da Feira dos 18, que se realiza desde 1835, e onde começou a sua pujante indústria (quando Manoel de Mello, no ano de 1890, instalou uma máquina a vapor para o fabrico candeeiros, gasómetros, louça e outros utensílios domésticos), a caminhada levou os convivas até à casa que serviu de residência da Família Vaz Pinto e hoje é o Centro Social de Cesar. Passando pelo Camum, o percurso continuou até à capela de Senhora da Graça, mandada construir pelo benemérito cesarense Justino Portal, em 1908, substituindo uma pequena ermida que havia no local; pelo caminho, fomos reparando em lindos edifícios, conhecidos por ‘casas de brasileiro’ que se distinguem na freguesia (casas
‘apalaçadas’ construídas em alvenaria, com muitas janelas e águas furtadas nos topos e revestidos, no seu exterior, por azulejos), até que se chegou ao lugar do Outeiro e à quinta do mesmo nome, onde nasceu e viveu o lendário Frei Simão de Vasconcelos – frade lavrador e guerrilheiro. Frei Simão, monge de Cister, professou em Alcobaça e veio a aderir à causa liberal, oferecendo os seus serviços ao Rei D. Pedro na sua luta contra o absolutismo, do seu irmão D. Miguel. Apanhado na serra da Freita pelas tropas miguelistas, foi levado para Viseu, onde foi fuzilado. Do exterior da Quinta do Outeiro sobressaía a pequena capela, em completa ruína, dedicada a Santa Luzia e onde jazem familiares de Frei Simão, desde o ano de 1615 até ao irmão Frederico
MOTOCICLISMO> BRAGA
André Sousa liderou corrida à chuva No fim de semana de 10 e 11 de outubro realizou-se, no Circuito Vasco Sameiro, em Braga, a penúltima prova do Campeonato Nacional de Velocidade. No sábado decorreram treinos livres durante toda a manhã e da parte da tarde a primeira qualificação, onde as condições climatéricas estavam a favor dos concorrentes, sem precipitação e o piso seco. O piloto oliveirense André Sousa realizou a primeira qualificação marcando a quinta posição. Já no domingo as condições meteorológicas eram bastante adversas, o que dificultou a adaptação tanto dos pilotos quanto das motas que estavam afinadas e tinham treinado num piso totalmente diferente. Tanto que na segunda qualificação ninguém melhorou o seu tempo e a grelha de partida manteve-se. Desde o início do dia que chovia, pelo que era de prever que a corrida iria mesmo realizar-se ‘debaixo de água’. Para André Sousa – que corre com as cores do Grupo Geocad, Rai-
André Sousa esteve em grande, recentemente, em Braga
nha Ginásio , Iscac Coimbra, Associação Clube Moto Galos de Barcelos” e Azeméis é Vida –, seria a primeira corrida nas 600cc nessas condições. Às 13h40, deu-se início à corrida de Superstock 600, onde um arranque canhão levou o piloto de Oliveira de Azeméis para a primeira posição, que manteve grande parte da corrida, demonstrando uma grande capacidade de condução, principalmente ao competir com pilotos de nível mundial e eu-
ropeu como Ivo Lopes ou Pedro Nuno. Infelizmente, a meio da corrida um defeito no pneu traseiro fez com que não fosse possível prosseguir na primeira posição visto que a partir de uma certa velocidade a mota perdia tração na chuva. Além de ser impossível atingir grande velocidade na reta, a falta de ‘grip’ do pneu causava grande instabilidade. Apesar deste contratempo o resultado final foi um quarto lugar da geral.
Vasconcelos, em 1870. Dali seguiu-se a Herdade, atravessando o Mato d’Arca e o Travasso e subindo ao lugar do Pinheiro, que fica no sopé do Castro Calbo. O lugar de Vilarinho era outro ponto de interesse: Para além da capela em honra de Santa Apolónia, destacavase a Casa do Cabo, de onde partiu para o Brasil, com 14 anos, José Francisco da Silva Lima, autodidata até ingressar na Faculdade de Medicina da Baía, onde se formou no ano de 1851 tendo descoberto e descrito uma moléstia que afetava os africanos e que passou a ser designada por “doença Silva Lima”. A Escola 5 de Outubro, hoje batizada de ‘Centro Cívico Justino Portal’ em memória deste ilustre e insigne cesarense, foi outro ponto não só de passagem mas também de paragem: Aqui, o presidente
da Junta obsequiou os participantes com um lanche, que muito agradou à comitiva caminhante. Dali saídos, os participantes contemplaram a Quinta Verde (antiga ‘Vila Isaura’), um palacete construído em 1912, por Isaura Branco, com influência do estilo “arte nova” nos materiais, vitrais, azulejos e na decoração de tectos e paredes. A construção do jardim, com gruta e pequeno lago, foram copiados dum jardim do Bom Jesus de Braga. Prosseguindo, a comitiva da ACREV atravessou Cimo de Vila e Traseiros, passou aos Arcos e subiu para o lugar de Mirões, deixando pelo caminho o lugar do Monte e a sua Casa Amarela. A duas centenas de metros, esperava-nos a Villa Diogo, já no largo da feira, onde a caminhada teve o início e fim...
DESPORTO
Terça-feira, 20 de outubro de 2015
>PORQUE RECORDAR… É REVIVER
>CAF PINTO DE CARVALHO
‘Amigos do Ribas’ reúnem-se no Magnólia Um grupo de ‘Amigos do Ribas’ conviveu e recordou momentos únicos de um passado, que teve como denominador comum anos letivos e desportivos, e muitas caras conhecidas que já não se viam há longo tempo. “Antes de mais, gostaríamos de saudar todos os que estiveram presentes no passado dia 03 de outubro no Magnólia. Foram momentos agradáveis de convívio, que permitiram rever amigos, relembrar acontecimentos, enfim, como se costuma dizer, recordar… até porque ‘recordar é viver’, e assim foi um pouco”, começam por referir ao Correio de Azeméis elementos do grupo ‘Amigos do Ribas’. De acordo com a opinião da maioria dos participantes daquela verdadeira ‘festa da amizade’, “foi bom perceber que, passados estes anos - alguns de nós não se viam há mais de 30 - continuamos com a mesma boa disposição que nos caraterizava quando éramos adolescentes”. O tempo passa… mas as memó-
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O convívio entre os ‘Amigos do Ribas’, uma pessoa (à dir.ª) que desde muito cedo esteve ligada ao basquetebol.
rias ficam e intensificam-se, graças à saudade de outrora e da juventude que sempre traz sentimentos de nostalgia, misturados com uma boa dose de entusiasmo e grande alegria.
alimentares que sobraram nessa noite com o Centro de Apoio Familiar (CAF) Pinto de Carvalho, o que “permitiu providenciar duas simpáticas refeições a todas as meninas daquela instituição” (ver caixa). Festa (também) Para além disso, depois das da solidariedade despesas pagas, o valor restante O convívio no Magnólia con- apurado final “será depositatou com muitos ‘Amigos do do numa conta aberta pelos Ribas’. Os ‘comes e bebes’ não Vicentinos de Oliveira de Azefaltaram e até sobraram. Neste méis, cujo fim reverte para a particular, a organização do en- Diana [aluna da Escola Básica contro decidiu partilhar os bens e Secundária Ferreira de Castro,
Agradecimento A diretora do CAF Pinto de Carvalho, Alexandra Vieira Dias, agradece: “A direção do Centro de Apoio Familiar Pinto de Carvalho vem, pelo presente, agradecer o donativo de bens alimentares (carne, pão, fruta e bolos) entregue por V/ Ex.ª à nossa instituição de acolhimento de menores em nome dos ‘Amigos do Ribas’. Reiterando o nosso reconhecimento, apresentamos os nossos melhores cumprimentos”. Recorde-se que o CAF Pinto de Carvalho apoia meninas em risco e todos os donativos são bem-vindos, podendo ser entregues diretamente nesta instituição (Lações de Cima).
todos quantos os que se associaram ao nosso grupo. Foi que enferma grave patologia] um acontecimento a repetir”, possa fazer tratamentos que dizem-nos alguns dos convivas lhe permitam uma melhor (Ribas, Aníbal, Joaquim, Frequalidade de vida”. Fica aqui derico, Amândio, Bernadete e o apelo a todos que queiram Paulo, Rui Lopes, Rui Hernâni apoiar os Vicentinos a ajudar, e outros), convictos mesmo de poderão fazê-lo através dos que tal vai acontecer. contatos telem. 919442498 N.R.: Importa recordar que e/ou email vicentinos.oaz@ José Ribas é um nome que está gmail.com. Quanto à experiência dos ligado ao basquetebol, tendo ‘Amigos do Ribas’ foi positi- sido um atleta muito conheva pelo que só resta voltar a cido na modalidade, nomeavivê-la: “Foi um prazer com- damente na União Desportiva partilhar este convívio com Oliveirense.
>CERCA DE 700 KGS DE BENS ALIMENTARES PARA OS VICENTINOS E VERBA DAS INSCRIÇÕES PARA OS ‘SOLDADOS DA PAZ’
Caminhada dos Bombeiros com cerca de 750 participantes
Entre as 1050 pessoas inscritas, cerca de sete centenas e meia participaram na IV Caminhada da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Oliveira de Azeméis, que se realizou no dia 27 de setembro. De todas as idades e não só do nosso concelho, mas também de outros vizinhos, a quarta edição da Caminhada dos Bombeiros Voluntários oliveirenses foi um sucesso, havendo mesmo quem defenda ter sido “a maior” que se realizou em Oliveira de Azeméis, pelo menos em termos de participantes. O objetivo também assim o motivava: Angariação de fundos para a Associação Humanitária promotora da iniciativa e a recolha de bens alimentares para os Vicentinos de Oliveira de Azeméis. E os resultados foram bem posi-
Fotos: Alfredo Pinho
tivos, tendo esta instituição de solidariedade social angariado cerca de 700 quilos de produtos alimentícios, com a receita das inscrições a reverter, na totalidade, para os nossos ‘soldados da paz’. O percurso não tinha um grau de dificuldade muito gran-
de. Os pedestrianistas – ‘vestidos a rigor’, com uma t-shirt fornecida pela organização – saíram do antigo quartel em direção a Santo António, Zona Industrial, Lações e Parque de La Salette. Nesta verdadeira ‘sala de estar’ oliveirense fez-se o merecido descanso e entrega de água aos
participantes, que regressaram ao ponto de partida, via Cidacos e jardim público. A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Oliveira de Azeméis aproveita para agradecer a todas as pessoas (inscritos/participantes), patrocinadores, GNR de Oliveira
de Azeméis, Câmara Municipal e comunicação social pela divulgação do evento. Fica a vontade para que, na quinta edição – lá para setembro do próximo ano – se consiga chegar aos mil participantes/ caminhantes. Os bombeiros merecem… e agradecem.
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Terça-feira, 20 de outubro de 2015
necrologia/pub.
13.º Aniversário Lutuoso - 20/10/2015
António de Oliveira e Silva -S. Martinho da Gândara-
Faz treze anos que partiste, ficou connosco a recordação... Tudo se tornou mais triste, viverás para sempre no nosso coração No dia em que se completa o 13.º aniversário sobre o falecimento de António de Oliveira e Silva, sua esposa, filhos e netos recordam-no, com profunda e eterna saudade. Mandam celebrar missa em sufrágio pela sua alma hoje, dia 20 de outubro, pelas 07h10, na igreja matriz de S. Martinho da Gândara.
5.º Aniversário Lutuoso - 20/10/2015
Franclim Soares da Costa - S. Martinho da Gândara -
No dia em que se completa o 5.º aniversário sobre o seu falecimento, sua esposa, filhos, genro e netos recordam, com profunda e eterna saudade, este seu ente querido. Agradecem a todos quantos participarem na missa em sufrágio pela sua alma, que se celebra, hoje, dia 20 de outubro, pelas 07h10, na igreja matriz de S. Martinho da Gândara.
7.º Aniversário Lutuoso - 22/10/2015
17.º Aniversário Lutuoso - 23/10/2015
Piedade Gomes da Silva - Santiago de Riba-Ul -
A morte afastou-te de nós. A saudade é grande e triste, mas connosco fica sempre a recordação da tua presença, da tua dedicação e do teu lindo sorriso. Estarás sempre nos nossos corações! Pela passagem do 17.º aniversário sobre o falecimento de Piedade Gomes da Silva, seu marido, filhos, genros, nora e netos recordam esta data, com profunda e eterna saudade. Mandam celebrar missa em sufrágio pela sua alma, no próximo dia 23 de outubro, pelas 19h30, na igreja matriz de Santiago de Riba-Ul.
17.º Aniversário Lutuoso - 24/10/2015
Adelmo Aristides Silva
José Jesus da Silva Novo
No dia em que se completa o 7.º aniversário sobre o seu falecimento, seus filhos, genros, noras, netos e demais família recordam, com profunda e eterna saudade este seu ente querido. Mandam celebrar missa em sufrágio pela sua alma, no próximo dia 22, pelas 19h30, na igreja matriz de Oliveira de Azeméis.
No dia em que se completa o 17.º aniversário sobre o falecimen to de José Jesus da Silva Novo, sua esposa, filhas, filho, nora, genros e netos recordam esta data, com profunda e eterna saudade. Mandam celebrar missa em sufrágio pela sua alma, no próximo dia 24, pelas 18h00, na igreja matriz de Cucujães.
- Oliveira de Azeméis -
Júlia Ferreira Fernandes - 92 Anos - Rua dos Covelos-Vila de Cucujães -
Seus filhos, genros, nora, netos, bisnetos e demais família vêm, por este meio, agradecer a todos quantos se dignaram tomar parte nas cerimónias fúnebres ou que de outra forma se lhes associaram na dor. António Oliveira & Guedes, Lda - Agência Funerária - Rua do Casal n.º 68 - 3700-732 Milheirós de Poiares Fax: 256 811 124 - Tlm: 968 685 709 / 965 815 114 - E-mail: agencia.funeraria.ag@hotmail.com
- Cucujães -
13.º Aniversário Lutuoso - 24/10/2015
Abel da Silva Trindade - Cucujães -
Pai, treze anos se passaram Como é dura a realidade... Quanto mais o tempo passa mais sentimos a saudade. Nunca será esquecido até à Eternidade Seus filhos, genros, noras e netos comunicam a todas as pessoas da sua família e amigos, que, no dia 24 de outubro, pelas 19h00, se celebra uma missa por sua alma, na capela de Casaldelo. A Família
José de Sousa Oliveira (‘Ratazana’) - 78 Anos
Manuel de Almeida Oliveira - 62 Anos
Seus filhos, noras, netos, bisneto e demais família vêm, por este meio, agradecer a todos quantos se dignaram tomar parte nas cerimónias fúnebres ou que de outra forma se lhes associaram na dor. Renovam profunda gratidão pelas presenças amigas na liturgia de 7.º dia, em sufrágio pela sua alma, a celebrar na próxima sexta-feira, 23 de outubro, pelas 19h15, em Nogueira do Cravo.
A família de Manuel de Almeida Oliveira, sensibilizada e reconhecida com todas as provas de carinho e pesar recebidas aquando do seu funeral. Participa que a missa de 7.º dia será celebrada no sábado, na igreja matriz de Palmaz.
- Rua Manuel Pereira Godinho-Nogueira do Cravo -
António Oliveira & Guedes, Lda - Agência Funerária - Rua do Casal n.º 68 - 3700-732 Milheirós de Poiares Fax: 256 811 124 - Tlm: 968 685 709 / 965 815 114 - E-mail: agencia.funeraria.ag@hotmail.com
- Palmaz -
Funerária José Pina Lda. - Praça José da Costa n.º 107 – 3720-217 -Oliveira de Azeméis - R. Visconde n. 2259 – 3700-269 S. João da Madeira - Tel. 919743670 e 256682116 - E-mail: funerariajosepina@hotmail.com
Diogo Vieira de Lima - 26 Anos - S. João da Madeira-Cucujães -
A família de Diogo Vieira de Lima, sensibilizada e reconhecida com todas as provas de carinho e pesar recebidas aquando do seu funeral. Participa que a missa de 7.º dia será celebrada amanhã, quartafeira, pelas 19h00, na igreja matriz de Cucujães. Funerária José Pina Lda. - Praça José da Costa n.º 107 – 3720-217 -Oliveira de Azeméis - R. Visconde n. 2259 – 3700-269 S. João da Madeira - Tel. 919743670 e 256682116 - E-mail: funerariajosepina@hotmail.com
Núcleo de Camionistas de Terras La-Salette
Convocatória Assembleia-Geral Extraordinária Nos termos do artigo 62.º al. a) do Estatuto do Núcleo de Camionistas de Terras de La Salette (NCTL), a solicitação da direção, convoco a assembleia-geral de sócios para reunir na sede da Junta da União das Freguesias de Pinheiro da Bemposta, Travanca e Palmaz, em Pinheiro da Bemposta, no próximo dia 24 de outubro, pelas 20h00, com a seguinte ordem de trabalhos: 1) Alteração da lista interina; 2) Outros assuntos. Nos termos do artigo 58.º do Estatuto do NCTL, a assembleia-geral é a reunião dos sócios efetivos, que se encontrem em pleno gozo dos seus direitos, podendo participar os sócios com inscrição em vigor, desde que tenham as suas quotizações regularizadas perante o NCTL. Nos termos do artigo 63.º, n.º 2, do Estatuto do NCTL, a assembleia reunirá com qualquer número de sócios presentes meia hora depois da que acima se indica. Travanca, 09 de outubro de 2015 O presidente da mesa da assembleia Vítor Soares C. A. n.º 4628 de 20/10/2015
publicidade Instituto de Cultura e Cooperação Intergeracional Universidade Sénior de Oliveira de Azeméis
Mesa da Assembleia-Geral - Convocatória Nos termos e para os efeitos do disposto na alínea b) do parágrafo 2, do art.º 9.º dos Estatutos e alínea b) do parágrafo 2 do art.º 8.º e do n.º 1 do art.º 12.º do Regulamento Interno, convocam-se todos os associados desta instituição para a assembleia-geral ordinária, que terá lugar no dia 30 de outubro corrente, pelas 14h30, na sede desta Universidade Sénior, sita na Trav.ª Soares Basto, n.º 11, nesta cidade de Oliveira de Azeméis, com a seguinte: Ordem de Trabalhos 1- Apreciação, discussão e votação do Relatório de Atividades e Orçamento relativos a 2015/2016. 2- Análise e discussão de quaisquer outros assuntos de interesse para a instituição. NOTA: De acordo com o disposto no art.º 14.º n.º 1 do Regulamento Interno, se à hora marcada não estiver presente o número legal de associados efetivos, a assembleia terá início (30) trinta minutos depois e com qualquer número de presenças. Oliveira de Azeméis, 12 de outubro de 2015 Mesa da assembleia-geral O Presidente Manuel Ribeiro Lima C. A.n.º 4628 de 20/10/2015
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Terça-feira, 20 de outubro de 2015
TRIBUNAIS E POLÍCIA/GERAL
>RESIDIA EM S. JOÃO DA MADEIRA E ERA MILITAR EM S. JACINTO
Atletico Clube Cucujães/FB
Ex-atleta do Cucujães atropelado mortalmente
Um jovem militar que já foi atleta do Atlético Clube de Cucujães faleceu, esta semana, após ter sido colhido por um veículo na A1, entre Condeixa e Pombal, perto do nó de Soure.
Diogo Lima, residente em S. João da Madeira, pertencia
ao Regimento de Infantaria 10, sediado na Área Militar de S. Jacinto, Aveiro, e era o condutor de um veículo militar que se dirigia, em coluna, em direção ao Sul. Devido a uma avaria no veículo de transporte de tropas, o jovem saiu para colocar o triângulo de sinalização, tendo sido atropelado por um pesado de mercadorias que circulava no mesmo sentido, cerca das 07h20 de quintafeira. Sofreu ferimentos muito graves na zona da cabeça e
morreu ainda no local. O porta-voz do exército, tenente-coronel João Góis, revelou que a coluna era composta por dois veículos que se deslocavam para Tancos (perto de Constância) para participar numa atividade aeroterrestre, nomeadamente voos de qualificação. Para além dos militares, os veículos transportavam ainda o material necessário para saltos de tropas paraquedistas. Segundo fonte do Centro
Diogo Lima chegou a ser jogador do Atlético Clube de Cucujães.
Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Coimbra, nas operações de socorro estiveram envolvidos meios dos Bombeiros Voluntários de Condeixa-a-Nova e do
INEM. Elementos da Brisa e da GNR também estiveram no local, sendo que a força de segurança abriu um inquérito para apurar os contornos do acidente fatal.
>PARA IMPEDIREM SUICÍDIO EM OSSELA
Militares sobem a poste de alta tensão Ao verem um homem no cimo de um poste de alta tensão, ameaçando pôr termo à vida, dois militares da GNR foram ao seu encontro e conseguiram trazê-lo em segurança para o solo. O episódio aconteceu na tarde de quarta-feira, depois do Posto Territorial de Oliveira de Azeméis ter recebido a informação de que uma pessoa, “psicologicamente alterada”, estava a tentar o suicídio a partir de um
poste situado na freguesia de Ossela. “Os dois guardas que se deslocaram ao local verificaram que se encontrava quase no topo, muito perto de cabos elétricos, e tentaram demovêlo, mas, como nada resultava, tiveram de subir”, contou fonte da GNR. Segundo a mesma fonte, assim que o homem, de 44 anos, viu os militares perto de si, escalou ainda mais, pelo que “foi necessária alguma habilidade para conseguirem
agarrá-lo”, relatou a mesma fonte. “Foi um ato heróico e correram perigo de vida, até porque tinham pedido o corte da energia e a EDP não fez nada, ou se fez foi quando já não era preciso”, disse uma testemunha. Durante esta ação, o homem ofereceu resistência e mordeu um dos militares numa mão. O outro guarda sofreu escoriações num braço, pelo que ambos necessitaram de receber cuidados
O homem estava próximo dos cabos elétricos
médicos no Hospital de Oliveira de Azeméis. O indivíduo que foi resgatado saiu ileso e sem qualquer ferimento, tendo, no entanto, sido
conduzido para o Hospital de Santa Maria da Feira, para avaliação. Os bombeiros oliveirenses também estiveram no local. DC