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Este suplemento é parte integrante da edição n.º 4695 do Jornal Correio de Azeméis. Não pode ser vendido separadamente.

Freguesia

19 Freguesias CUCUJÃES UM Coração Desenvolver a Identidade das Freguesias

> ADRIANA ESTRELA E FRANCISCO FERREIRA VENCERAM E VÃO REPRESENTAR CUCUJÃES NA FINAL MISS E MISTER AZEMÉIS

Jovens deslumbraram na passadeira vermelha

Seis rapazes e quatro raparigas aceitaram o desafio e desfilaram no dia 11 de fevereiro na eliminatória de Cucujães.

Dez jovens aliaram-se a uma causa e desfilaram no Centro Cultural de Cucujães em prol da freguesia. No final, Adriana Estrela e Francisco Ferreira foram considerados Miss e Mister Cucujães. TEXTO: FILIPA GOMES FOTOS: RICARDO ESPARRINHA

A iniciativa ‘19 Freguesias eleitos pelo júri Miss e Mister Um coração’, organizada pelo Cucujães, carimbaram acesCorreio de Azeméis e Azeméis so à final do concurso Miss e FM, aterrou no Centro Cultu- Mister Azeméis e receberam ral de Cucujães para a elimi- prémios amavelmente cedidos natória da Miss e do Mister por Álvaro Cabeleireiro, Nova Imagem by Maura, Casa Neto Cucujães. Dez jovens, alvo de uma 1, Minimercado Abílio Costa e pré-seleção por técnicos da Farmácia Bessa. Adriana Estrela tinha moespecialidade, demonstraram personalidade, atitude e tivos para sorrir no final, já garra na passadeira verme- que conquistou três títulos: lha. No fim, Adriana Estrela Miss Cucujães, Popularidade e Francisco Ferreira foram e Simpatia. “Nunca pensei ga-

nhar, mas estou muito feliz. Estiveram todos muito bem”, salientou a jovem, que no currículo tem já experiência no mundo da moda. Numa estreia absoluta na passerelle, Francisco Ferreira foi apanhado de surpresa ao vencer as categorias de Mister Cucujães e Simpatia. “Vim para me divertir, para conhecer mais pessoas e foi uma surpresa para mim”, revelou Francisco, que elogiou todos

Francisco Ferreira, Mister Cucujães, e Adriana Estrela, Miss Cucujães foram considerados os mais belos pelo júri.

Borges e Rafaela Coelho. O evento foi possível graças à equipa do Correio de Azeméis e da Azeméis FM, sem esquecer o importante contributo da Talentos no desfile O evento contou com a equipa de scouting, formada parceria da Junta de Fregue- por Leonardo Barbosa, Rasia e do Núcleo de Atletismo faela Coelho e Sílvia Valente. de Cucujães (NAC) e trouxe A organização agradeceu aos a palco talentos da terra que concorrentes, ao público, à deram brilho à iniciativa. O Junta de Freguesia, ao NAC, DJ João Lopes animou todo ao júri e a todos os patrocidesfile, que teve como apre- nadores do evento pelo apoio sentadores os jovens Augusto prestado na iniciativa. os participantes: “Estiveram todos à altura, apoiamo-nos mutuamente”.

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Terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

19 FREGUESIAS, UM CORAÇÃO

Vitor Lopes, Mister Fotogenia

Adriana Estrela, Miss Cucujaes, Miss Simpatia e Miss Popularidade

Francisco Ferreira, Mister Cucujães e Mister Simpatia

Mafalda Ferreira, Miss Fotogenia

André Pinho, concorrente

António Cesário, concorrente

João Pedro Ferreira, concorrente

Inês Silva, concorrente

Tiago Pereira, Mister Popularidade

Joana Freitas, concorrente

> SIMPATIA, POPULARIDADE E FOTOGENIA PREMIADAS NUMA INICIATIVA DO CORREIO DE AZEMÉIS E AZEMÉIS FM RÁDIO

Uma experiência “inesquecível” O evento distinguiu ainda outras qualidades dos dez concorrentes que se apresentaram na passadeira vermelha: simpatia, fotogenia e popularidade. TEXTO: FILIPA GOMES FOTOS: RICARDO ESPARRINHA

A Miss e o Mister Simpatia foram escolhidos pelos próprios candidatos, que elegeram Adriana Estrela e Tiago Ferreira. Já na categoria Miss e Mister Fotogenia venceram MafalFrancisco Ferreira e Adriana da Ferreira e Vitor Lopes. O público Estrela, Mister e Miss Simpatia, decidiu os vencedores da categoria eleitos entre os concorrentes Miss e Mister Popularidade, atribuindo os títulos a Adriana Estrela e Tiago Pereira. A embaixadora do concurso Miss considerou que o evento “superou as e Mister Azeméis, Isabela Santos, expectativas” e que a “eleição elevou

O TEPAS - Teatro Experimental por Amadores Sanjoanenses apresentou uma pequena peça que arrancou gargalhadas.

Vítor Lopes e Mafalda Ferreira, Mister e Miss Fotogenia, os segundos mais votados pelo júri

a fasquia” em relação a Fajões. “Senti que os candidatos estavam me-

Acompanhado de guitarra e saxofone, o músico cucujanense Diogo Lestre animou o desfile.

rumo certo para uma grande final”, afirmou a jovem de S. Roque, que lembrou a importância da iniciativa: “Esta é uma experiência muito importante para os jovens, não se trata apenas de beleza, mas de atitude, personalidade e capacidade de comunicação com o público. Acredito que tenha sido uma experiência inesquecível para os jovens”. No final da eleição, Simão Godinho, presidente da Junta de Freguesia de Cucujães, era um homem satisfeito. Salientou a coragem dos jovens participantes, disse que eram Tiago Pereira e Adriana Estrela, todos vencedores e ofereceu-lhes Mister e Miss Popularidade, uma lembrança. “Dou os parabéns eleitos pelo público a todos os concorrentes pela coragem que tiveram. A escolha foi difícil, mas quero dizer-vos que todas lhor preparados, estiveram todos vós sois belas e todos vós sois belos”, muito bem e acho que estamos no realçou.

A bailarina cucujanense Diana Rocha encantou com uma pequena performance e mostrou os seus talentos. PUB


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Terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

> SENIORES E FAMÍLIAS CARENCIADAS ENTRE AS PRIORIDADES DA JUNTA DE FREGUESIA

“A minha preocupação são as pessoas” Simão Godinho definese como um presidente próximo da população e disposto a batalhar pelo desenvolvimento da freguesia. Da atuação do seu executivo, destaca a recente solução para o posto da GNR de Cucujães e a dedicação aos seniores e famílias carenciadas.

“Hoje temos o dobro das pessoas, duas turmas e as inscrições continuam a aumentar”, denota o presidente, que lançou ainda aulas à noite para a população em geral, com o custo de 5€ por mês. “Às vezes sou acusado de não olhar para as obras, mas sinto que precisamos de olhar mais para as pessoas”, realça.

Posto da GNR: Luta valeu a pena

FILIPA GOMES

Já foi vereador do município pelo PS e em 2013 assumiu os comandos da Junta de Freguesia de Cucujães. O sonho para a sua terra é proporcionar qualidade de vida a todos os fregueses. Por isso, olha com especial atenção para os seniores e as famílias mais carenciadas da vila. “A minha preocupação são as pessoas. Quase todas as semanas batem à porta da junta a pedir ajuda”, conta Simão Godinho, que traça o perfil de uma freguesia com “uma camada de idosos muito grande e em idade avan-

Simão Godinho, presidente da Junta de Freguesia de Cucujães

çada”. As instituições sociais desempenham aqui um importante papel. “Trabalhamos em rede, reunimos de três em três meses para fazer o balanço de situações e sinalizar novos casos”, explica o autarca, que acredita que num país com muita

carência social “se deveria olhar de outra forma para as pessoas”. Nesse sentido, a Junta de Freguesia lançou, há cerca de dois anos, aulas de ginástica para seniores que promovem o envelhecimento ativo. O investimento foi bem sucedido.

O estado degradado do posto da GNR já fez correr muita tinta e Simão Godinho lembra o esforço durante o mandato para hoje ver finalmente a luz ao fundo do túnel. “Valeu a pena a luta pessoal e do meu executivo”, destaca o autarca, que tem agora garantias da passagem do posto para o antigo edifício das Finanças. A avaliação e estudo do edifício já está em curso para “nos próximos meses arrancarem as obras”, oferecendo finalmente “condições dignas aos militares” do organismo.

03 Cucujães: A terra que já foi Couto Dotada de uma história e património riquíssimos, Cucujães é a segunda maior freguesia do concelho. Os vestígios encontrados, como machados de pedra e uma ponta de lança de pedra polida, remetem para um passado longínquo, situado nas épocas pré e proto-históricas. Nesta terra, o guerreiro da reconquista, D. Egas Odoriz, fundou um mosteiro beneditino no final do século XI e Cucujães foi coutado por D. Afonso Henriques a 07 de julho de 1139, na véspera da batalha de Ourique. Muito mais tarde, a 11 de junho de 1927, o couto de Cucujães foi elevado a vila, passando a designar-se Vila de Cucujães. Este é apenas um breve resumo de uma história secular que Simão Godinho quer preservar. Cucujanense de gema, o autarca lembra a Ponte da Pica, património histórico que remonta aos tempos romanos, e o lançamento da coletânea ‘Cucugianis’, da autoria de Teresa Cruz e Valter Santos, com dois volumes editados e que narra com detalhe a história da vila. Este ano será lançado o terceiro volume. PUB


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> PRESIDENTE DA JUNTA DE FREGUESIA DE CUCUJÃES INFORMOU CONCELHIA DO PS MAS AINDA NÃO OBTEVE RESPOSTA

Simão Godinho disponível para continuar Simão Godinho informou a Comissão Política Concelhia do PS de que estaria disponível para um segundo mandato, mas ainda não obteve resposta. O presidente da Junta da Freguesia de Cucujães quer dar continuidade ao trabalho desenvolvido até agora. FILIPA GOMES

O balanço do mandato, a sensivelmente oito meses das autárquicas, é positivo e Simão Godinho mostra vontade de voltar a assumir as rédeas Simão Godinho faz balanço positivo do mandato até agora. da Junta de Freguesia por mais quatro anos. “Disponibilizei-me junto da Comissão Política Concelhia do PS mas ainda não obtive resposta”, aponta Simão Godinho, lamentan- apenas 60% na rede de água e 45% explica o governante, que quer fazer do não se ter feito mais no âmbito de saneamento”, alerta o governante, mais pela freguesia, que diz ter sido da rede de água e saneamento. “São que sente que há que dar prioridade “esquecida pela autarquia”. “No final uma preocupação premente, todos aos investimentos: “É preciso ir ao do primeiro ano do mandato senti os dias lido com a situação porque encontro das necessidades mais uma hostilização da câmara muni- são as preocupações dos cucuja- básicas da população, neste caso as cipal, que nada fez pela freguesia”, nenses. Cucujães está coberto de redes de água e saneamento.”

Rede viária necessita de intervenção

salienta. Entre as preocupações de Simão Godinho estão outras questões, como a reabilitação da estação de caminhos de ferro, a requalificação da zona envolvente do cemitério para criação estacionamento e ainda o reforço da sinalética de trânsito que se encontra esbatida

O autarca não esquece a rede viária e refere que muitas ruas de Cucujães “são autênticos picadeiros”, destacando a rua do Mosteiro, “um calcanhar de Aquiles” na vila. O alcatrão que tem vindo a ser colocado na rua não resolve o problema e o autarca defende “uma interven- Indústria, comércio e associação profunda para colmatar esta ções potenciam freguesia lacuna”. A indústria e o comércio em A mudança da Biblioteca para o Cucujães estão a “revitalizar”, afiredifício da Junta e a conclusão do ma Simão Godinho, que crê que os Anfiteatro ao Ar Livre são outros tempos em que algumas empresas projetos que Simão Godinho gos- fecharam as portas ficou para trás. taria de ver terminados. Para isso, “Temos um grande potencial em apela ao apoio do município: “Não Cucujães, muita indústria e tamtemos capacidade financeira para bém muito comércio a crescer”, custear esta obra, precisamos da denota o autarca, para quem isto é colaboração da câmara”. sinónimo de emprego e desenvolRecebeu como herança uma dí- vimento, mas também de apoio aos vida de 100 mil euros e para não movimentos associativos da freguedeixar a junta de mãos atadas, con- sia, que constituem uma das grandes traiu uma dívida paralela. “Não te- forças da vila: “Não tenho sombra mos tanta dívida e se a câmara co- de dúvidas que as associações dão laborar nas obras que são precisas um importante contributo para o poderemos baixá-la ainda mais”, desenvolvimento de Cucujães”. PUB


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> FUNDAÇÃO MANUEL BRANDÃO FOI FUNDADA EM 1975 E CRIOU RECENTEMENTE A RLIS

Próxima de quem mais precisa Criada em 1975, a Fundação Manuel Brandão presta um importante apoio social na freguesia e no concelho. Recentemente lançou a Rede Local de Intervenção Social (RLIS), que intervém a nível concelhio junto de casos de emergência social e que é já uma mais-valia para os mais carenciados. FILIPA GOMES

Domingos Ferreira, presidente do conselho de administração da Fundação Manuel Brandão

O aumento da população sénior Lançada no ano passado, a RLIS já detetou casos de graves carências, preocupa o presidente da instituição, afirma o presidente, Domingos Fer- que disponibiliza as valências de Lar, reira: “É uma mais-valia. Notámos Apoio Domiciliário e Centro de Dia. pessoas extremamente isoladas, A capacidade do Lar (40) está lotacom medicação totalmente trocada da e o responsável aponta o dedo ao ou a necessitar de medicação”. À Estado pelo limite imposto às IPSS RLIS juntam-se outros dois projetos em número de camas. “Queríamos que primam pela proximidade: ‘Vi- fazer uma ampliação aproveitanvências com qualidade’, onde a ins- do o palacete antigo, mas está fora tituição leva enfermeiros aos utentes, de questão, não somos uma instie ‘Mais Perto de Si’, um serviço de te- tuição rica. É um erro que vamos leassistência onde 50 idosos recebem pagar caro”, avisa, alertando para a regularmente chamadas e até visitas crescente procura. “Tem sido uma luta constante”, de voluntários da Cruz Vermelha.

resume Domingos Ferreira, que espera que o Estado “tome medidas sérias e urgentes” para dar resposta a estas problemáticas. A ampliação do lar ainda está no horizonte, mas agora com o propósito de “dotar os utentes de melhores condições”. Este ano, a Fundação tenciona colmatar problemas de infiltrações no lar, fazer obras em duas casas de banho do Centro de Dia, adaptando-as para cadeiras de rodas, e substituir o piso do refeitório. A missão continua a mesma: “zelar pelos utentes e promover o envelhecimento ativo”.

> LAR SANTA TERESINHA FOI FUNDADO EM 1995 E ACOLHE 42 SENIORES

Uma instituição onde os seniores se sentem em casa O Lar Santa Teresinha nasceu em 1995 e procura ser um verdadeiro lar para os 42 utentes que acolhe. Está na máxima capacidade, a lista de espera é grande e a diretora, Isabel Sousa, olha com preocupação o aumento da população idosa que aguarda por uma cama. FILIPA GOMES

Isabel Sousa, diretora do Lar Santa Teresinha

A vida neste lar pretende ser o mais semelhante à de uma família, com várias atividades que estimulam o envelhecimento ativo. Além das rotinas diárias, há aulas de educação física, fisioterapia, trabalhos manuais, culinária, passeios, canto e muito mais. A adaptação, porém, não é fácil na maior parte dos casos. “Os primeiros dias e semanas no lar são difíceis, percebemos o luto que fazem. Quando entram é a aprendizagem de tudo, numa altura em

que têm pouca disponibilidade e capacidade de memorizar coisas novas”, denota a diretora. Para facilitar o processo, a instituição, que conta com 25 profissionais, promove várias estratégias que, no fim, contribuem para “envelhecer ativamente e com a melhor qualidade possível”. O lar, da Sociedade Missionária da Boa Hora, acolhe 42 seniores, mas apenas 40 estão previstos no acordo com a Segurança Social. “A procura

é bastante, quer das famílias quer dos serviços sociais dos hospitais, que nos contactam constantemente”, diz Isabel Sousa, que sente que as necessidades dos utentes que chegam são cada vez maiores. “As dependências são cada vez maiores, hoje temos doenças degenerativas cada vez mais cedo”, afirma a diretora, que sente que é urgente promover um debate entre as instituições que trabalham neste campo para programar o futuro. PUB

Panificação


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> DELEGAÇÃO DA CRUZ VERMELHA DE CUCUJÃES: 37 ANOS AO SERVIÇO DOS MAIS DESFAVORECIDOS

“Toda a ajuda é bem-vinda” A Cruz Vermelha de Cucujães presta há 37 anos um importante serviço à comunidade mais desfavorecida do concelho. Trabalha nos mais diversos campos, desde a infância até à terceira idade, tendo como missão prestar assistência humanitária e social a quem mais precisa. FILIPA GOMES

Simão Ferreira, presidente da Cruz Vermelha de Cucujães

Simão Ferreira, presidente da Cruz Vermelha de Cucujães, está desde o início ligado à instituição. Começou como voluntário e de lá para cá sente que este organismo conseguiu estreitar laços e abrir-se à população: “A Cruz Vermelha costumava ser um pouco fechada, mas conseguimos mudar isso”. Um dos marcos da delegação foi aquando da assinatura do protocolo de Rendimento de Inserção Social, denota o presidente. “Deu um salto qualitativo bastante grande, conseguimos trabalhar também ao nível

dos problemas familiares e da saúde”, reconhece, lembrando as atividades e valências que a instituição presta a nível concelhio. Providencia atendimento/acompanhamento social, ajudas técnicas (camas articuladas, cadeiras de rodas e colchão anti escaras), banco alimentar e loja social, formação de primeiros socorros, férias desportivas, parcerias/ protocolos com Trapézio com rede, e acompanhamento e pedido de diagnóstico da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens e famílias residentes em Cucujães. No ano pas-

sado abriu a Loja Social em Oliveira de Azeméis, que pretende angariar fundos através da venda de peças em segunda mão, sobretudo roupa, a um preço simbólico. “Recomendase”, aponta o presidente, que espera este ano que comecem a funcionar workshops neste espaço. De futuro, a delegação tem vários projetos a nível internacional para serem implantados em Cucujães. Para o presidente, o importante é que mais pessoas adiram ao voluntariado: “Estamos de braços abertos, na Cruz Vermelha toda a ajuda é bem-vinda”.

> MISERICÓRDIA DE CUCUJÃES COMEMORA ESTE ANO 80 ANOS DE EXISTÊNCIA

“Prestamos um bom serviço à comunidade” A Misericórdia de Cucujães é das poucas que se dedica exclusivamente à infância e acolhe, atualmente, mais de 130 crianças. O provedor, Domingos Ferreira, sente que vêm aí tempos difíceis, mas destaca a qualidade dos serviços prestados pela instituição. FILIPA GOMES PUB

Domingos Ferreira, provedor da Misericórdia de Cucujães

Quando nasceu, em 1937, era “uma pequena instituição ligada à saúde que prestava apoio aos doentes”, conta o provedor, acabando por perder essa valência com o desenvolvimento local e regional dos hospitais. Atualmente com a missão de formar a matéria prima da freguesia, a instituição possui três valências: Creche, Pré-Escolar e Centro de Atividades e Tempos Livres. “Prestamos um bom serviço à comunidade. Prova disso é que mui-

tas crianças, depois de irem para a escola secundária, continuam a visitar-nos e a pedir para passarem um dia na instituição”, aponta o provedor, para quem isso é um sinal evidente de que a Misericórdia lhes deixou “gratas recordações”. Os números têm vindo a descer e Domingos Ferreira enumera as causas. “Houve uma inversão na curva de nascimentos e o Estado, ao dar abertura para a criação de prés nas escolas, está a fazer-nos

concorrência direta”, aponta. “As instituições vão passar sérias dificuldades, se não houver donativos ”, alerta, apontando, entre outras razões, os constrangimentos financeiros e a diminuta comparticipação estatal. Prestes a celebrar 80 anos de vida, a Misericórdia de Cucujães promete continuar a promover uma educação de excelência: “Fazemos o melhor que sabemos e podemos em prol das nossas crianças”.


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> ATLÉTICO CLUBE CUCUJÃES APOSTA NA CONQUISTA DE NOVOS SÓCIOS E QUER AS CONTAS EM ORDEM

95 anos a promover desporto O Atlético Clube de Cucujães iniciou 2017 com o cumprimento de um sonho antigo: a conclusão do Complexo Desportivo Municipal de Cucujães. As novas condições potenciam o desempenho dos atletas e a presença da jogadora Bárbara Lopes na seleção nacional é, para o presidente Rogério Cavaleiro, a cereja no topo do bolo no ano em que o clube completa 95 anos de vida. FILIPA GOMES

Os jovens que militam no clube têm motivos para sorrir, com o término das obras do novo Campo Municipal de Jogos. “Era uma lacuna Rogério Cavaleiro, presidente do Atlético Clube de Cucujães. que o clube tinha e a vila também. Ainda bem que foi colmatada, vemos as crianças felizes e alegres e temos melhores condições”, afirma do já estratégias alinhavadas para a o dirigente, que olha para o aumento Rogério Cavaleiro, há nove anos no angariação de receita. “Temos coisas do número de sócios como uma ajuAtlético Clube de Cucujães. antigas que tentamos resolver e isso da essencial para a sustentabilidade Não é fácil gerir as contas do clube, prejudica o dia-a-dia. É uma luta, e galvanização do clube. “Estamos admite, mas a direção está preparada temos obstáculos, mas temos de os a organizar uma campanha de anpara levar o barco a bom porto, ten- saber vencer e ultrapassar”, aponta gariação de sócios, neste momento

Manutenção é objetivo dos seniores De petizes a seniores, e contando com as duas equipas de feminino, o clube tem atualmente cerca de 200 atletas. No escalão sénior, o objetivo para esta época passa por manter a equipa na 1ª Divisão Distrital, afirma Rogério Cavaleiro. “Vamos tentar manter-nos na divisão atual, sabemos das dificuldades que o clube atravessa mas é esse o nosso objetivo”, explica.

Futebol feminino: uma aposta que vale a pena A formação é encarada como “a grande aposta e o futuro do clube” e as equipas femininas revelaram-se um investimento que tem dado frutos. “Temos duas equipas, uma de sub-18 e outra de seniores. Começa a ter muita repercussão, estamos contentes com a aposta”, destaca Rogério Cavaleiro, que lembra ainda um feito alcançado este ano que entra para a história do clube. “Pela primeira vez o clube tem uma atleta na seleção nacional de futebol. Estamos radiantes com esta conquista e a Bárbara merece. É a cereja no topo do bolo neste 95º aniversário”, conclui. temos cerca de 300 sócios pagantes. Os adeptos são muito importantes e numa vila tão grande deveríamos ter mais pessoas”, denota Rogério Cavaleiro, que tem como ambição “deixar as contas em ordem” e tam-

bém requalificar os balneários do parque de jogos. O balanço do percurso trilhado até aqui tem saldo positivo para o presidente, que destaca a manutenção do clube, apesar das adversidades, na 1ª Divisão Distrital. PUB


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> NÚCLEO DE ATLETISMO DE CUCUJÃES ASSINALA 41 ANOS DE VIDA E TEM CERCA DE 350 SÓCIOS

“É um percurso extraordinário” No Núcleo de Atletismo de Cucujães desde o início, António Pinho encara com orgulho os quase 41 anos de história. Com mais de 100 atletas federados, o NAC quer continuar a formar atletas, conquistar títulos e aproximar as pessoas da cultura. Nasceu através de um grupo de jovens apaixonado pela prática desportiva e fruto de “uma brincadeira”. António Pinho era um dos jovens que, no Lugar do Fojo, viu surgir o NAC. “Longe de nós pensar que chegaríamos aos feitos que temos hoje”, confessa o coordenador do atletismo,

destacando a fibra de todos os atletas que passaram pelo NAC na luta contra as adversidades. “É um percurso extraordinário que o atletismo fez desde o ponto zero. Se formos a ver isto é um milagre, porque conseguimos estes êxitos todos sem condições. Para além de serem grandes atletas, também têm de ser grandes pessoas, com uma força de vontade incrível para se conseguir o que se conseguiu”. Em 2016, o clube adquiriu finalmente condições ideais para a prática desportiva, com a conclusão da 1ª fase

do Centro de Treinos. “Trabalha-se país, celebrando este ano as bodas de com mais qualidade, mas urge con- prata. cluir para que fique totalmente operacional”, adianta, acrescentando: “A Cultura: Perseverança sede também está em construção há conquistou o público 17 anos e temos de nos virar para lá. A cultura ocupa um importante Vontade temos muita, mas prazos espaço no NAC, que há quase três não podemos prometer”. décadas realiza as ‘Noites Quentes de Além do atletismo, o NAC tem as Inverno’. “Há 29 anos havia pouca modalidades de BTT e xadrez, cada cultura. Os dirigentes ligados à uma com cerca de 20 atletas. O BTT cultura muitas vezes desanimavam ganhou recentemente “uma nova porque a recetividade era muito divida”, com a apresentação de uma minuta, mas foi a perseverança que nova equipa, e o xadrez continua a conquistou o público e tornou o organizar o torneio mais antigo do povo de Cucujães mais atraído pela

António Pinho, coordenador do atletismo, viu nascer o clube que é hoje motivo de orgulho.

cultura”, destaca António Pinho. FILIPA GOMES

> CLUBE DESPORTIVO DE CUCUJÃES COM VONTADE DE CRESCER E APOSTAR EM NOVAS MODALIDADES

“O clube está de portas abertas” Os quase 54 anos do Clube Desportivo de Cucujães (CDC) têm sido de “altos e baixos”, mas o presidente, Armindo Brandão, afirma que o clube está a “renascer”. Prova disso é o feito da equipa de juniores, que 23 anos depois volta a disputar a fase nacional do campeonato de hóquei em patins. “É um grande feito para nós”, confessa o dirigente, que acredita que a equipa sénior pode dar “alguma alegria” antes do fim do campeonato. Para que o clube cresça, o presidente salienta a

importância de apoios: “O clube está de portas abertas para todos os que queiram praticar desporto ou para quem nos queira apoiar.” Armindo Brandão lembra a ginástica, com cerca de 30 atletas. “Não tem tanta visibilidade, mas estamos a criar condições para que tenha mais adesão e temos tido mais inscrições”, salienta. Em alta está a patinagem artística, criada há cerca de cinco anos e que contabiliza já 70 atletas. “Tem sido um fenómeno.

Depois de fazermos um festival começaram a aparecer inscrições e até agora não tem parado”, realça.

Ambições na mira O clube tem várias ambições de momento: “Temos falta de espaço e estamos a ponderar seriamente construir um novo pavilhão ou reestruturar algo que sirva para treinar”. Um novo espaço de treino facilitaria a concretização do sonho de retomar algumas modalidades, admite Ar-

mindo Brandão: “O clube já teve futsal e gostaríamos que voltasse, é uma modalidade que traz muita gente” denota o presidente, que além disso tem o ciclismo no horizonte e até a criação de um escalão feminino de hóquei em patins. Com cerca de 300 sócios e prestes a comemorar 54 anos de história, o clube é motivo de orgulho: “É um marco. Todos os que passaram por aqui dignificaram o emblema e a freguesia”.

O presidente do Clube Desportivo de Cucujães, Armindo Brandão.

FILIPA GOMES

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> ASSOCIAÇÃO DE ARTESÃOS DAS TERRAS DE SANTA MARIA ATINGE A MAIORIDADE ESTE ANO

Artes e ofícios que querem perdurar Fundada em 1999 e sediada em Cucujães, a Associação de Artesãos das Terras de Santa Maria zela pelas artes e ofícios antigos que estão em vias de desaparecer. Já tem sócios de sete concelhos, mas o objetivo, segundo a presidente, Sandra Oliveira, é chegar a todos os que fazem parte das Terras de Santa Maria.

Sónia Oliveira, presidente Associação de Artesãos de Terras de Santa Maria

FILIPA GOMES

Há dois anos nos comandos da enumera Sónia Oliveira, entre ouAssociação de Artesãos das Terras tros projetos ligados ao turismo. A associação está sediada há seis de Santa Maria, Sandra Oliveira assumiu o leme da associação pela anos em Cucujães e tem-se dedicapaixão que sente pelas artes e ofí- do à preservação de artes e ofícios, cios de outros tempos e pela vonta- muitos deles em vias de extinção. de de não deixar morrer tradições. “Ter só uma pessoa a fazer um O percurso trilhado pela associa- determinado trabalho de artesão ção é satisfatório para a artesã. “O é mau, porque se desaparece ficabalanço é positivo, conseguimos mos sem saber como é feito e astrazer mais sócios, colaboramos sim se perde uma tradição”, explicom a câmara municipal de Oli- ca a presidente, que para isso tem veira de Azeméis no Mercado à na mente alguns projetos. Chegar aos 14 concelhos das Moda Antiga, na Noite Branca, na Festa das Coletividades da vila”, Terras de Santa Maria é um dos

objetivos, assim como realizar workshops para transmitir estes saberes a outros que lhes dêem continuidade. A sede da associação precisa de obras, mas as mãos são poucas para dar vazão ao trabalho, pelo que a presidente apela à participação de artesãos na vida da associação: “Existem muitos artesãos fechados em casa, com boas mãos para trabalhar e que podem partilhar a sua arte com os mais novos. Apareçam na nossa sede, tornem-se sócios, procurem-nos”.

> VISITCUCUJÃES PROMOVE PATRIMÓNIO ESQUECIDO DA FREGUESIA

Um convite para conhecer Cucujães VisitCucujães quer colocar a freguesia no mapa, dando a conhecer o rico património histórico e cultural. O projeto nasceu das mãos de Álvaro Rocha, tornou-se associação há um ano e promete combater o conformismo e estimular a participação nas atividades de Cucujães. FILIPA GOMES

Álvaro Rocha, presidente da Associação VisitCucujães

A ideia nasceu em 2014 fruto de Cucujães, puxando-os para de um projeto final de curso que a cultura e para a arte e apoiar sempre ousou ser mais. VisitCu- as associações, que são a grande cujães é o menino dos olhos de força da vila”, revela. Projetos não faltam, mas o mais Álvaro Rocha, que começou por pensar o projeto apenas na ver- acarinhado por Álvaro Rocha são tente turística e do património. as caminhadas, que convidam a coHoje, é muito mais do que isso. nhecer a pé, por três percursos, as “Não temos apenas objetivos tu- “jóias de Cucujães”. No dia 12 de rísticos, mas também ao nível março, a Rota dos Esquecidos volcultural, desportivo, artístico ta a ser percorrida em colaboração e da juventude. Queremos en- com o projeto ‘Time’ da freguesia volver os jovens nas atividades de S. Martinho da Gândara.

Conhecer a história da terra que o viu nascer mudou a perspetiva do mentor do projeto, que quer agora transmiti-la a outros, através de workshops, ateliers de arte e talentos, e participação de atividades da junta de freguesia e da autarquia. “Antes do projeto tinha perdido o bairrismo, mas depois de algum estudo comecei a ter outra visão de Cucujães. Temos muito para mostrar e para levar mais longe”, conclui. PUB


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Terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

> ESCOLA GIRASSOL TEM CERCA DE 50 ALUNOS

Dez anos de cultura musical A Escola de Música Girassol nasceu há dez anos com a missão de apaixonar os jovens cucujanenses pela cultura e pela música. A diretora, Teresa Miranda, sente que o projeto criou raízes na freguesia,contando já com cerca de 50 alunos. É hoje um projeto consolidado, mas o percurso teve a sua dose de obstáculos. “Foi muito difícil de implementar a escola numa terra onde não há uma cultura musical, sobretudo mais clássica”, contextualiza Teresa Miranda. Com cinquenta alunos, a escola não exclui ninguém tendo uma forte componente social ao prestar apoio a vários alunos carenciados. Piano, guitarra clássica, flauta, violino, viola de arco e violoncelo são os instrumentos que os alunos aprendem a tocar nesta escola, que conta com uma classe de projetos musicais, onde se aprende teatro, canto e dança. O produto final, um musical, é levado à sala do Cineteatro Caracas, que enche nestas ocasiões. Olhando para trás, o balanço não poderia ser mais positivo. “Temos encontrado alguns talentos e temos alunos que seguiram a música. São dez

19 FREGUESIAS, UM CORAÇÃO

> SOCIEDADE FILARMÓNICA DE CUCUJÃES RENASCEU HÁ QUASE 17 ANOS

“Passo a passo estamos a construir o nosso futuro” A Sociedade Filarmónica Cucujanense renasceu há quase 17 anos, fruto da vontade de fazer chegar a música a todos, sobretudo aos mais carenciados. O presidente, Martinho Gomes, traça o percurso da banda, enaltece o estatuto que conseguiu e lembra a principal missão: formar jovens e músicos.

Teresa Miranda, diretora da Escola de Música Girassol.

anos de cultura musical, fizemos muitos espetáculos e sentimos que a cultura musical tem crescido muito”, destaca. Aos encarregados de educação, a diretora deixa uma palavra de apreço pela dedicação e dá ainda voz a uma ambição que tem para Cucujães: “O Centro Cultural que temos é muito pequeno para uma terra com tanta gente. Gostava muito que tivéssemos uma grande casa de cultura”. FILIPA GOMES

FILIPA GOMES

Depois de um longo interregno, a Sociedade Filarmónica Cucujanense, criada em 1891 pelo padre Plácido Gonçalves, espalha novamente música pela freguesia, pelo concelho e até pelo país. “Criámos o projeto com o objetivo de fazer chegar a música a todas as crianças, mesmo as maias carenciadas”, contextualiza Martinho Gomes. Os primeiros passos não foram fáceis, recorda o presidente, que sentiu na pele a difícil missão de convencer as pessoas a acreditarem no projeto. Com poucos fundos foram à luta: organizaram pe-

futuro. É uma banda que não tem dinheiro, não deve nada, mas que anda sempre aflita. A alegria que temos é que 16 anos depois já dizem que somos uma filarmónica cucujanense e que já se sentem honrados com a nossa presença”.

Música transformou a vida de muitos

Martinho Gomes, presidente da Sociedade Filarmónica Cucujanense.

ditórios, arranjaram instrumentos em segunda mão e encontraram professores que gratuitamente se juntaram ao projeto. A 08 de dezembro de 2000 subiram pela primeira vez ao palco para “um belíssimo espetáculo”, recorda o presidente. Foi assim, com pequenas conquistas, que a banda foi ganhando força e “motivação”, tendo hoje um estatuto que orgulha o presidente. “Passo a passo estamos a construir o nosso

A Filarmónica já acolheu muitos jovens, que ali aprenderam mais do que tocar um instrumento. “Passaram por aqui algumas dezenas de jovens a quem a vida hoje é diferente, sejam músicos da nossa banda ou não, tenham ou não seguido a música”, refere. Quanto ao futuro, Martinho Gomes prefere dar um passo de cada vez. “Não sei se o nosso futuro é longo. Vivo o dia a dia a pensar no amanhã e se esse amanhã for daqui a outros 16 anos, melhor ainda”, diz, lembrando o envolvimento de um grupo de pais que dá algumas garantias quanto à continuidade do projeto. “Felizmente tenho um grupo de pais que está a constituir a Associação de Pais da escola de música da nossa banda”, congratula-se.

Sociedade Industrial de Cucujães, S.A. Fabricante de mobiliário urbano e parques infantis

SOINCA

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19 FREGUESIAS, UM CORAÇÃO

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Terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

> JOKER GRUPO MOTARD DE CUCUJÃES CONTA COM QUASE 60 MOTARDS

“Cucujães precisa de vida e viemos para ficar” Fundado há cerca de três anos, o Joker Grupo Motard de Cucujães nasceu de um grupo de amigos que partilhava o amor pelo motociclismo. No ano passado fizeram da freguesia o palco de dois eventos de motas que conquistaram o coração dos cucujanenses, mostrando que vieram para ficar.

Luís Miguel, presidente do Joker Clube Motard Cucujães

FILIPA GOMES

União, liberdade e respeito pelo motociclismo são os valores que orientam os jokers, que há cerca três anos se constituíram como associação. “Juntamos alguns amigos que adoravam andar de mota e começámos por fazer uma pequena festa, para angariar fundos. Daí nasceram os jokers”, conta o presidente, Luís Miguel. De lá para cá, o percurso tem tido as suas glórias. No ano passado, realizaram uma exposição de motas e ainda a quarta concentração de motards, a primeira

em Cucujães, durante três dias. O vida e viemos para ficar”, garante. Já passaram por muitas terras, evento superou todas as expectativas. “O primeiro impacto para têm espalhado o nome de Cucua terra foi fantástico. As pessoas jães pelo país fora e estão prontos nunca pensaram que as motas para participar nas atividades da trouxessem tantas pessoas e que vila, até porque acreditam que a as pessoas envolvidas fossem tão “união faz a força”. Para pertencer aos jokers a mota não é obrigatória, carinhosas”, salienta Luís Miguel. O sucesso da concentração ante- mas é “preciso ter espírito”, assevê uma edição ainda mais surpre- gura o presidente, que quer uma endente este ano. “Tivemos cerca associação autónoma e em amplo de 300 inscrições, mas foram cer- crescimento. A 05 de março, os ca de 3000 pessoas que passaram motards voltam a fazer-se à estrada por lá. Já estamos a preparar a fes- com a realização do passeio anual, ta deste ano. Cucujães precisa de este ano com destino a Mangualde.

>GRUPO ‘OS TRAPALHÕES DE REBORDÕES’ NASCEU EM 2006 E DESPERTOU O GOSTO PELO CARNAVAL

Uma década de ‘Trapalhões’ Amadeu Martins despertou nos mais novos o gosto pelo Carnaval há cerca de dez anos e até agora não parou. Responsável pela criação do grupo ‘Os Trapalhões de Rebordões’, o cucujanense quer continuar a pegar o “bichinho do Carnaval”. Aficcionado pelo Carnaval, Amadeu Martins iniciou em 2006 “uma brincadeira” que acabou por se tornar um caso sério. Membro da Associação de Pais da Escola de Rebordões, Amadeu Martins e alguns

Amadeu Martins, responsável pelos ‘Trapalhões de Rebordões’

amigos incentivaram as crianças da tanto decidiram rumar a Oliveira de escola a participar no Carnaval. Mais Azeméis. Trazem cerca de 40 foliões tarde, quando a filha ingressou na às ruas, alguns deles que vêm desde Escola EB 2,3 Ferreira da Silva, vol- pequeninos, outros que se foram juntou a repetir o feito. “Quando saí da tando. As idades variam entre os seis Associação de Pais formei os Trapa- e os 67 anos. No ano passado venlhões porque já trazia miúdos que ceram o desfile da vila, mas o mais desde os cinco, seis anos participa- importante para Amadeu Martins é vam no Carnaval. Não temos sede, o espírito que o grupo tem quando não temos associação, somos um se prepara para a época de folia: “O que me diz algo é o valor criativo, grupo de amigos”, esclarece. Começaram por participar apenas o valor que as pessoas dão a quem no desfile de Cucujães, mas entre- trabalha e o mais importante são as

brincadeiras e o espírito que temos quando nos preparamos”. Uma década dedicada ao Carnaval é motivo de orgulho para o líder dos ‘Trapalhões de Rebordões’. “Faço um balanço positivo por várias razões, mas a principal é a união do grupo. O objetivo desde sempre foi ver os miúdos serem diferentes, terem objetivos diferentes, pensarem diferente e terem o bichinho do carnaval”, conclui. FILIPA GOMES

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Terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

19 freguesias, UM coração

> cOMERCIANTES QUEREM CONTRIBUIR PARA O DESENVOLVIMENTO DA FREGUESIA

“Cucujanenses devem investir mais na terra” “Cucujães é uma freguesia que tem muita história e sinto muito orgulho em ser cucujanense, até porque a família da parte do meu pai é das mais antigas daqui. São os ‘Lobinhos’, que têm, pelo menos, 750 anos. Nasci em Cucujães, tento investir aqui tudo, porque a freguesia e as pessoas merecem. O negócio está a crescer lentamente, depois de ter estagnado durante algum tempo”.

Abílio Costa, supermercados Abílio Costa

“Tenho gosto de estar aqui a trabalhar, sempre tive vontade de abrir cá um cabeleireiro por ser a minha terra. Por gostar de Cucujães é que decidi investir aqui. A minha opinião é que os cucujanenses deviam investir mais na sua terra para que possa progredir mais no comércio e a nível geral. Também acho que faz falta um parque, uma zona de lazer para as pessoas com mais idade e crianças”.

Álvaro Soares, Álvaro Cabeleireiros

“Estamos abertos há 16 anos e a nossa especialidade é porco preto, pratos alentejanos e carnes exóticas. Tento preservar os produtos de lá de baixo [Alentejo] e de cá de cima e acho que isso agrada as pessoas. É com muita satisfação que vejo uma evolução em Cucujães, quer em termos de infraestruturas, quer em termos de empresas e de empresários com sucesso. Acho que é bom para a freguesia”.

Pedro Nobre, Tasquinha Alentejana

“No nosso talho comercializamos carnes de Cucujães e apostamos muito na qualidade, porque os cucujanenses merecem isso. Estamos no mercado há 17 anos e isso é sinal de que as pessoas gostam de nós. A terra está um bocadinho parada no tempo, por isso era bom que os nossos representantes legais nos ajudassem e que a Cucujães fosse mais divulgada no país. O mais importante é que as pessoas ajudem o comércio tradicional”.

Paulo Ferreira, Carnes de Cucujães

“Disponibilizamos atendimento a homens e mulheres, temos um spa de serviços de rejuvenescimento, tratamentos corporais e também parcerias com um cirurgião plástico. Tento ter tudo de forma a responder às necessidades dos clientes. Neste salão tenho clientela que não é só de Cucujães, mas também de fora. Montei aqui um negócio porque acredito nesta terra e noto um crescimento”.

Carla Coutinho, CARLA COUTINHO Cabeleireiros

“Tenho as portas abertas há três anos, desde pequenina quis ter um espaço meu e tem corrido bem, temos muita procura. É uma terra que está a expandir, tem boas pessoas, qualidade de vida, está perto de tudo e tem fáceis acessos. Cucujães tem evoluído, tenho clientes de bastante longe que vêm cá e sentem o mesmo. Talvez fizesse falta um parque de lazer paras pessoas caminharem”.

Maura Pereira, Cabeleireiro Nova Imagem by Maura PUB

“Já temos 28 anos de casa. De há uns anos para cá o comércio tradicional tem vindo a baixar. Gostava que as pessoas esquecessem um bocadinho os centros comerciais e procurassem o comércio tradicional, porque aqui encontram tudo. Estou convicto de que Cucujães vai evoluir.” António José Costa, Casa Neto

“Trabalhamos há 20 anos, a ideia começou por fazermos festas de família, mas entretanto começámos a acolher outros eventos, como noites de poesia e festas latinas do NAC. Cucujães é uma vila engraçada, mas precisava de uma visão mais alargada em questões de trânsito”.

Casa do Torreão, Dalila Almeida

“Comecei a esculpir há 50 anos. Nasci em Cucujães e adoro, é uma terra fantástica e muito sossegada onde tenho o meu espaço. Sou um optimista, cada vez que chego de viagem gosto mais de Cucujães. A freguesia não tem um centro e acho que é o que falta aqui”.

Paulo Neves, escultor


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