Este suplemento é parte integrante do edição n.º 4607 do Jornal Correio de Azeméis. Não pode ser vendido separadamente.
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‘AQUI HÁ FUTURO’
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>EM VALE DE CAMBRA E, AO QUE TUDO INDICA, TAMBÉM COM A PARTICIPAÇÃO DE OUTROS MUNICÍPIOS DO EDV
Para o ano há mais ‘Aqui Há Futuro’ Este ano, em comparação com a primeira edição, as Jornadas de Empreendedorismo e Emprego cresceram em termos de número de expositores (cerca de 50) e visitantes (mais de 3000), demonstrando, assim, que são uma organização com ‘futuro’. Há, aliás, já a vontade expressa pelos dois municípios que estiveram na sua génese de, no próximo ano, ‘abrir as portas’ do evento a outros congéneres.
Hermínio Loureiro e Catarina Paiva, presidente da CM de O. Azeméis e vereadora da Educação de V. Cambra encerraram o ‘Aqui Há Futuro’ 2015, perante uma plateia onde se destacaram representantes importantes do nosso tecido empresarial e escolar.
primavera, com a chuva a cair copiosamente lá fora, o Pavilhão Municipal Prof. António Costeira, onde decorreram, de 29 de abril a 01 de maio, as II Jornadas de Empreendedorismo e Emprego, apresentou-se composto para a sessão de encerramento. Em representação dos municípios organizador (Oliveira de Azeméis) e coorganizador (Vale de Cambra) do ‘Aqui Há Futuro’ (‘AHF’), estiveram presentes, entre outros, o presidente HerTRABALHO DE: GISÉLIA mínio Loureiro e a vereadora da NUNES, ANGELA AMORIM Educação Catarina Paiva, respeE LEANDRO PIRES tivamente. Coube, aliás, a estes dois autarcas fazer os ‘discursos Apesar do dia parecer ser de despedida’. mais de inverno do que de Mas, para além destes, do
lado da assistência, ainda marcaram presença alguns empresários, entre os quais António da Silva Rodrigues (Grupo Simoldes) e Manuel Tavares (BTL - Indústrias Metalúrgicas, SA), ali também na qualidade de presidente e vice-presidente da AECOA (Associação Empresarial do Concelho de Oliveira de Azeméis), dirigentes associativos e de instituições sociais, diretores de agrupamentos de escolas (AE), professores, etc.. A todos eles, o edil oliveirense deu a conhecer a disponibilidade do executivo municipal que lidera para estender o evento a outros concelhos do Entre Douro e Vouga (EDV). “Se tudo correr conforme o expetável,
para o ano, estaremos [novamente] em Vale de Cambra e poderemos até ter novidades, uma vez que S. João da Madeira e Santa Maria da Feira também pertencem a uma região onde há futuro”, afirmou, acrescentando que “estamos disponíveis para alargar o âmbito territorial do ‘Aqui Há Futuro’ ”. Focando-se na edição de 2015 do ‘AHF’, que estava a terminar, Hermínio Loureiro reafirmou o que já havia dito na quarta-feira anterior, na cerimónia de abertura. Em seu entender, o sucesso destas Jornadas de Empreendedorismo e Emprego, cuja iniciativa partiu, inicialmente, dos AE
Ferreira de Castro (Oliveira de Azeméis) e Búzio (Vale de Cambra), e “o próprio futuro dos nossos jovens” assentam no “triângulo virtuoso ‘escolas-empresas-autarquias’ ”. “Queremos a juventude na nossa terra!” Em sintonia com o líder político social-democrata, Catarina Paiva defendeu, em terras de La Salette, que “é necessário que as escolas e as autarquias mostrem o que aqui [na região] se produz”. Para a representante da Câmara valecambrense, “aquilo que é nosso temos de agarrar”. “Queremos a juventude na nossa terra”, reforçou a ideia.
>NA REGIÃO, FOI O QUE REGISTOU MAIOR QUEDA
Azeméis foi o município onde a taxa de desemprego mais desceu No passado dia 01 de maio, ainda foram alguns os empresários que marcaram presença na sessão de encerramento das II Jornadas de Empreendedorismo e Emprego. E foi, precisamente, para os industriais que Hermínio Loureiro se dirigiu a determinada altura da sua in-
tervenção. De acordo com o presidente da Câmara Municipal ‘anfitriã’, “apesar das dificuldades, esta região continuou a criar emprego, o que só foi possível porque temos empresários que são autênticos heróis”. Aliás, segundo os últimos dados do INE
(Instituto Nacional de Estatística), divulgados a 30 de abril, “o município de Vale de Cambra é o que tem menor taxa de desemprego do país”. E, relativamente ao nosso, “em toda a região, em janeiro e fevereiro [passados], Oliveira de Azeméis foi onde mais desceu”.
Por estas e por outras razões, para o autarca oliveirense, “compete às autarquias [continuar a] não atrapalhar, ter uma visão facilitadora”, devendo ser “agentes de desenvolvimento económico e social”. Na sua curta estada em Oliveira de Azeméis, o secretário
de Estado do Emprego, para além de ter comido pão de Ul, “’bebeu’ alguma inspiração”, tendo regressado a Lisboa “impressionado” e “motivado”. Entre nós, Octávio de Oliveira “percebeu a relevância da dimensão económica e social desta região”.
do O Governo, através do secretário de Estado do adas Emprego, fez-se representar nas II Jorn te na men Empreendedorismo e Emprego, nomeada , aliás, qual da , ro’ cerimónia de abertura do ‘Aqui Há Futu éis. Azem de io já demos nota na última edição do Corre da agen sua a Fazendo um “esforço” acrescido, dada ira deslocou‘apertada’ para aquele dia, Octávio de Olive sua ótica, faz na se a Oliveira de Azeméis, município que, devem fazer que parte de uma região com “caraterísticas ental, para rnam o futuro do País”. De acordo com o gove dedor, reen emp além de um “tecido económico pujante, seu do que ousa”, “a capacidade de ver para além radas território, esta dimensão corporativa”, demonst de são, es, pelas gentes oliveirenses e valecambrens ses. ugue port facto, exemplos a seguir pelos restantes
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“Este é um evento muito importante, na medida em que permite congregar um conjunto de atores que são fundamentais para o progresso e para o desenvolvimento de uma região e de um país: autarquias locais, câmaras municipais, empresas, associações empresariais, escolas, universidades. Por outro lado, facilita que se encontrem mecanismos e maneiras de cooperar, de forma corporativa e colaborativa, no sentido do progresso e do desenvolvimento económico e social do País. Afinal, estamos a falar de áreas muito importantes, como os recursos humanos, as competências, as qualificações, variantes que dizem muito da região em que nos encontramos. Trata-se de uma região muito dinâmica com muitas oportunidades de emprego e que se preocupa, seriamente, com a adequação dos recursos humanos às oportunidades de emprego desta área geográfica. Se me permite, gostava de referir que, neste momento, o distrito de Aveiro apresenta 35 mil pessoas desempregadas, o que representa uma grande preocupação para o governo; porém, há um ano atrás, esse número era de 41 mil e, há dois, era de 44 mil desempregados. Isso significa que estamos, hoje, no bom caminho temos aqui mais emprego e menos desemprego. Por isso acredito que aqui há futuro, como há futuro no País – mas, aqui, de uma forma muito intensa, face ao conjunto de potencialidades e à riqueza que este território apresenta”. Octávio de Oliveira, Secretário de Estado do Emprego
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“Este é um evento importante que projeta o futuro, alicerçado no presente. Pretendemos mostrar aos jovens que esta é uma região com futuro. Ao trabalhar em rede, damos um sinal de grande cooperação. Conforme tenho defendido, temos de ultrapassar a questão dos limites territoriais e, hoje, Oliveira de Azeméis e Vale de Cambra dão aqui um bom exemplo de como isso é possível. Para além da nossa relação de proximidade, temos opções estratégicas em comum, quer na região da Área Metropolitana do Porto, quer da Associação de Municípios Terras de Santa Maria. Este bom exemplo de cooperação instituicional tem nas escolas, nas empresas e nas associações um trabalho em comum. Por isso, estas jornadas são importantes para a valorização do nosso território, mas, acima de tudo, para a criação de oportunidades para os jovens”. Hermínio Loureiro, Presidente da Câmara Municipal Oliveira de Azeméis
‘aqui há futuro’ “Esta é a segunda edição. A primeira chamar-lhe-ia uma ‘experiência-piloto’. O ano passado, acreditámos que este projeto ‘Aqui há futuro’, se me permite a expressão, teria ‘pernas para andar’. E isto porque estamos a falar de uma área que é vital, de dois concelhos que têm um grande dinamismo empresarial e uma Escola viva. Mas que também tem dois Municípios que querem que as coisas corram bem. Que se possa construir um futuro de sucesso, com o envolvimento de todos os atores locais, no sentido de podermos proporcionar uma excelente empregabilidade à comunidade, por um lado, e, por outro, recursos humanos qualificados às empresas. A edição deste ano é um upgrade do que aconteceu em 2014, em Vale de Cambra. Para o ano, será, com certeza, ainda maior assim queiram os Municipios, o tecido empresarial, as comunidades escolares. E que possa crescer para o Entre Douro e Vouga”. José Pinheiro, Presidente Câmara Municipal de Vale de Cambra
“Considero interessante ter aqui esta grande representação, este nível e este registo de participação numa iniciativa que junta os dois concelhos. Este pavilhão começa a ser pequeno, pois não temos já capacidade para alberdar outras entidades e empresas que gostariam de cá estar. Segundo a perspetiva de estendermos o âmbito territorial, temos de pensar num espaço ainda maior, porque o alargamento do ‘Aqui Há Futuro’ à região do Entre Douro e Vouga faz todo o sentido, como ficou aqui bem registado. Sendo assim, teremos de pensar num espaço maior que acolha todas as boas vontades das empresas, das escolas, dos Municipios e de outras entidades, para que consigamos mostrar às escolas o que as empresas têm para oferecer, em termos de saídas profissionais, estágios e empregabilidade; e, por outro, para que as escolas percebam quais são as necessidades das unidades empresariais e preparem a sua oferta fomativa de forma adequada às necessidades do mercado de trabalho. Já à autarquia cabe servir de ‘ponte’, como entidade motivadora de um diálogo permanente e da interação entre a comunidade escolar e o tecido empresarial”.
Isidro Figueiredo, Vereador da Educação CM O.AZ. PUB
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ESCOLA SUPERIOR AVEIRO NORTE
ESAN UMA APOSTA NO FUTURO
UMA ESCOLA POLITÉCNICA ALTAMENTE EMPREENDEDORA
A ESAN NAS II JORNADAS DE EMPREENDEDORISMO E EMPREGO ‘AQUI HÁ FUTURO’ O presidente da Câmara Municipal Hermínio Loureiro, secretário de Estado, Octávio de Oliveira no stand da Escola Superior de Design, Gestão e Tecnologia de Produção de Aveiro-Norte [ESAN], onde foram recebidos pelo diretor Martinho Oliveira. Durante o evento a ESAN apresentou a sua oferta formativa para 2015/16: Licenciatura: Tecnologia e design de produto
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>ADEQUAR A OFERTA EDUCATIVA E FORMATIVA AO TECIDO EMPRESARIAL DA REGIÃO É O CAMINHO
Em defesa do “ ‘casamento’ entre as escolas e as empresas” “Ando a lutar, há já algum tempo, por este ‘casamento’ entre as escolas e as empresas, porque é desta ‘farinha’ que se faz o ‘pão’ ”. A afirmação é da autoria do vicepresidente da AECOA, Manuel Tavares. Em representação da AECOA (Associação Empresarial do Concelho de Oliveira de Azeméis), Manuel Tavares participou, na tarde de 29 de abril, no painel ‘Escola & Empresa’, moderado por António José Silva, líder diretivo da CERCIAZ - Centro de Recuperação de Crianças Deficientes e Inadaptadas de Oliveira de Azeméis, instituição que, aliás, marcou presença nas II Jornadas de Empreendedorismo e Emprego com um stand. O conhecido empresário oliveirense, que na AECOA desempenha o cargo de vicepresidente da direção, aproveitou para defender uma maior adequação da oferta educativa e formativa ao tecido empresarial da região. Em seu entender, o futuro passa por “trabalhar em rede [escolas, empresas, autarquias, famílias]” de maneira a que as empresas tenham a mão de obra de que precisam. E, de facto, nos tempos de hoje, continua a haver falta de quadros intermédios: “O setor operativo está ‘manco’ ”. “Devemos passar a ideia da pedagogia das valências e não das diferenças”, afirmou o sócio-gerente da BTL – Indústrias Metalúrgicas, SA. E centrando-se, preci-
“‘Chovem-nos’ pedidos, essencialmente, de operadores de CNC, técnicos de Mecatrónica (…). O índice de empregabilidade do CENFIM situa-se nos 90%, 95%”.
TERESA BERNARDINO, CENFIM – NÚCLEO DE OLIVEIRA DE AZEMÉIS
‘Escola&Empresa’ foi o tema do primeiro painel das II Jornadas de Empreendedorismo e Emprego que tiveram lugar em Oliveira de Azeméis
samente, no exemplo da sua BTL, que, em 1979, começou por fabricar “tanques” e que agora “é detentora de uma significativa parte do mercado”, a empresa situada na freguesia de Ossela “só não cresce mais porque [para já] não temos mais colaboradores” que correspondam às exigências de um mercado global cada vez mais exigente. E no caso das micro e pequenas empresas, que existem em grande número entre nós, a sua “dimensão” é, para Manuel Tavares, “um problema”, pois não têm capacidade de receber, por exemplo, doutorados (ver coluna). Na sua ótica, “os jovens que estão a emigrar deviam estar em Portugal”. Nesta iniciativa inserida no programa do ‘Aqui Há Futuro’, Manuel Tavares ainda se mostrou um defensor acérrimo de “um Centro de Excelência” na ESAN – Escola Superior de Design, Gestão
e Tecnologias da Produção Aveiro Norte, instalada no Parque do Cercal - Campus para a Inovação, Competitividade e Empreendedorismo Qualificado (Santiago de Riba-Ul) “ou noutro lado qualquer” do concelho de Oliveira de Azeméis. “Gostava de ver [de uma vez por todas] o Ensino transformado num investimento e não ser um custo”, reforçou a ideia. “Paixão pela Excelência” Alinhando pelo mesmo diapasão, interveio Abílio Ferreira da Silva. O diretor de recursos humanos da Colep Portugal deu a conhecer uma Colep, já com meio século de vida, que “cultiva uma relação de proximidade com a Escola”, recebendo “dezenas de estagiários”, promovendo “visitas a centenas de alunos”, entre outras ações. Aliás, esta empresa, com instalações em Vale de Cambra, colabora, “de forma efeti-
va, com as escolas e as universidades”, chegando a ser membro da Fundação Terras de Santa Maria da Feira, entidade titular do Isvouga – Instituto Superior de Entre Douro e Vouga. Mas não se queda por aqui. De acordo com o responsável que esteve presente no Pavilhão Municipal Prof. António Costeira, a Colep tem uma “paixão pela Excelência”, sendo de tal maneira “aberta à aprendizagem, partilha de conhecimentos, inovação e criatividade” que até tem, na Alemanha, “um centro de inovação”. Neste momento, contando com cerca de 4000 colaboradores, mil dos quais em Vale de Cambra, esta empresa de referência europeia, que opera à escala mundial, apresenta-se como sendo “cada vez mais exigente em termos de mercado de trabalho” e, por isso, “vai à procura dos melhores e mais competentes”. Henrique Pereira, presi-
“Apoiando-se em parcerias e numa perspetiva de aprendizagem ao longo da vida, o CQEP [Centro para a Qualificação e o Ensino Profissional] tenta sempre dar resposta às necessidades de quem nos procura [jovens com idade igual ou superior a 15 anos, a frequentarem o último ano de escolaridade do ensino básico, e adultos, com necessidades de aquisição e reforço de conhecimentos e competências]. A sua missão é ajudar a encontrar respostas”.
TERESA JESUS, CQEP (AGRUPAMENTO DE ESCOLAS FERREIRA DE CASTRO)
dente do conselho de direção da Escola Superior de Enfermagem da Cruz Vermelha Portuguesa de Oliveira de Azeméis, Martinho Oliveira, diretor da ESAN, Teresa Bernardino, CENFIM – Núcleo de Oliveira de Azeméis e Teresa Jesus, CQEP (Agrupamento de Escolas Ferreira de Castro) foram os outros oradores convidados para este primeiro painel do evento organizado pela autarquia de Oliveira de Azeméis, em parceria com a congénere de Vale de Cambra.
>EM PORTUGAL
“E necessário incentivar os doutorados em empresas” De acordo com Martinho Oliveira, Portugal está ao nível de países como a “Finlândia e a Dinamarca em termos de produção científica”, mas a “aplicação” desta “na economia real do País é praticamente nula”. O diretor da ESAN – Escola
Superior de Design, Gestão e Tecnologias da Produção Aveiro Norte foi outro dos oradores deste primeiro painel do ‘Aqui Há Futuro’, sustentando o reforço do número de doutorados nas empresas, por parte do Governo.
Na sua ótica, este é “um esforço que é [mesmo] necessário fazer”, para que o conhecimento que, neste momento, “não é aplicado diretamente nas empresas” passe a ser. Seguindo o mesmo raciocínio, o colega da Escola Superior
de Enfermagem da Cruz Vermelha Portuguesa de Oliveira de Azeméis (ESEnfCVPOA), também convidado para esta iniciativa, defendeu que “o doutoramento deve corresponder às reais necessidades das empresas”. Para o líder do conse-
lho de direção da ESEnfCVPOA, Henrique Pereira, “devemos saber até que ponto [o doutoramento] é útil ou não”. “Há que pensar a região (…), procurar saber o que a terra tem para oferecer” em termos de saídas profissionais.
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>DOS SEUS 13 NÚCLEOS, O DE OLIVEIRA DE AZEMÉIS “É UM DOS MAIS ATIVOS”
CENFIM garante elevado índice de empregabilidade Num País que continua ‘ensombrado’ pelo desemprego, o CENFIM afigura-se como uma boa alternativa quando se fala de saídas profissionais. Este centro de formação, com um núcleo em Oliveira de Azeméis, assegura um índice de empregabilidade na ordem dos 90%. Ainda de manhã, depois da cerimónia de abertura das II Jornadas de Empreendedorismo e Emprego, na qual o secretário de Estado Octávio de Oliveira marcou presença, o CENFIM ‘deu-se a conhecer’ no âmbito da palestra ‘Formação, Emprego e Tecido Empresarial’. Há ‘30 anos na via do futuro’ e certificado por várias entidades, o Centro de Forma-
Vítor Dias, diretor do Departamento de Formação do CENFIM, foi o orador convidado para a primeira palestra do ‘Aqui Há Futuro’
ção Profissional da Indústria Metalúrgica e Metalomecânica conta, neste momento, com 13 núcleos espalhados pelo país, desde Arcos de Valdevez até Sines, incluindo o de Oliveira de Azeméis, localizado na Rua do Alto da Fábrica, na Zona Industrial. Aliás, segundo o diretor do Departamento de Formação, Vítor Dias, o Núcleo de Oliveira de Azeméis, já com 28 anos de atividade,“é um dos mais ativos e mais ligados ao tecido
Em Oliveira de Azeméis, o responsável falou para uma assistência maioritariamente jovem
empresarial”. 216 Mil formandos em 30 anos E por falar em “tecido empresarial”, tem sido objetivo do CENFIM fazer com que “aquilo que ensinamos tenha aplicação dentro das empresas”. E, nesse sentido, “procuramos que haja uma panóplia de cursos que vá ao encontro das expetativas de cada formando” e também de quem poderá vir
a empregá-los. Não é, pois, por acaso que o nível de insucesso se posiciona abaixo dos 15%, enquanto há escolas em que se situa entre os 30 e os 40%. Ao longo destas três décadas, em que o CENFIM formou 216 mil jovens, a empregabilidade tem sido, de facto, “o fator chave”, “uma missão”. “Em cada 100 formandos, 90 começam a trabalhar já no último dia de formação”, disse o palestrante convidado, acrescentando que
tal acontece porque, “nos três anos de curso, os jovens têm 1500 horas de formação no posto de trabalho”, permitindo às empresas conhecer o que, realmente, o formando é capaz de fazer. Continuando a defender ‘a sua dama’, Vítor Dias referiu-se ainda à participação do CENFIM em vários projetos internacionais, dentro e fora da Europa: “Face à exigência técnica e tecnológica do setor industrial que apoiamos, mas também à do próprio contexto da formação onde eclodem continuamente novos modelos pedagógicos e novas tecnologias de aprendizagem, consideramos que só a partilha de experiências e a cooperação a uma escala global garantem as bases de uma evolução permanente”. O responsável lembrou ainda as ‘medalhas’– bastantes, por sinal – que o CENFIM tem vindo a somar, conquistadas não só dentro como fora do País. PUB
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>ALUNAS DA ‘FERREIRA DE CASTRO’ APRESENTARAM PROJETO INOVADOR NAS JORNADAS DE EMPREEND. E EMPREGO
‘Recyclingroad’ reutiliza pneus e transforma-os em puffs Desafiadas a criar um produto ou serviço inovador, quatro alunas do Curso Profissional Técnico de Gestão, do Agrupamento de Escolas Ferreira de Castro, apresentaram o ‘Recyclingroad’ - uma ideia que assenta na reutilização de pneus, através do seu revestimento com corda ou outros materiais, para, depois, serem transformados em bancos/puffs. Este projeto foi dado a conhecer no primeiro dia do ‘Aqui Há Futuro’.
fatores fundamentais que distinguem esta peça de todos os outros artigos para decoração, que pode ser utilizada na decoração de jardins ou em interiores”.
Apresentação do projeto de reciclagem de pneus em bancos e puffs, no ‘Aqui Há Futuro’.
MARÍLIA TEIXEIRA
No âmbito da disciplina de Gestão, integrando conteúdos dos módulos Empreendedorismo e Inovação e Plano de Negócios, foi proposto aos alunos do 3.º ano do Curso Profissional Técnico de Gestão, do Agrupamento de Escolas Ferreira de Castro, desenvolverem projetos com caráter inovador, envolvendo a criação de um produto ou serviço. Trata-se de uma metodologia de formação, baseada numa abordagem ‘learning by doing’, que assenta, mais do que na transmissão de conhecimentos teóricos, em atividades e experiências, desenvolvendo um perfil e competências do empreende-
Houve lugar ainda a um momento mais descontraído, protagonizado por alunos do Agrupamento de Escolas Ferreira de Castro
dor, o conceito de negócio, da ideia à concretização, processos de inovação ao nível da proposta de valor. E a verdade é que, respondendo a este ‘desafio’, os estudantes acabaram por evidenciar competências profissionais e pessoais, de comportamento empreendedor, a constituir o ponto de partida para uma futura integração no mercado de trabalho.
Foi o caso do grupo de alunas composto por Ana Rita Resende, Daniela Garcia, Catarina Pinho e Rosana Nunes, cuja ideia – ‘Recyclingroad’ - foi objeto de candidatura ao Concurso de Ideias INOVA, Jovens Criativos, Empreendedores para o Século XXI, do Ministério da Educação e Ciência, e também foi apresentada, recentemente, nas II Jornadas de Empreendedorismo e
Emprego, que, de 29 de abril a 01 de maio, decorreram na cidade de Oliveira de Azeméis. ‘Recyclingroad’ “consiste num produto que reutiliza pneus, que são revestidos com corda ou outros materiais, para produzir um banco/puff. A forma e a unidade do objeto combinadas com o uso inovador de materiais na sua conceção, como o pneu e a corda, são os
Várias instituições marcaram a sua presença neste certame, como por exemplo a Misericórdia de Oliveira de Azeméis e a Cerciaz.
Acima de tudo, “um produto barato e amigo do ambiente” De acordo com as quatro jovens empreendedoras, “num contexto de crise económica, é, assim, possível oferecer um produto barato e amigo do ambiente, estabelecendo parcerias com empresas da região para o fornecimento dos pneus usados”. Aliás, na sua ótica, a “principal mais-valia” do ‘Recyclingroad’ “é reutilizar um produto considerado desperdício e transformá-lo num banco/ puff personalizado ao gosto do cliente, preservando o meio ambiente e promovendo a responsabilidade social”. Embora exista concorrência (como o Ikea e outras empresas do setor), as promotoras acreditam “na viabilidade do projeto, pois o produto apresenta um design apelativo e um preço competitivo (cerca de 30 €/unidade)”. Inicialmente, vai ser promovido através das redes sociais, nomeadamente do facebook. Mas Ana Rita Resende, Daniela Garcia, Catarina Pinho e Rosana Nunes pretendem expandir a procura a um público alargado que privilegie a utilização de artigos ambientalmente sustentáveis: “Com este produto é possível evitar o desperdício, poupar dinheiro e ajudar a preservar o ambiente, realçando a responsabilidade social da empresa sob o lema ‘A reciclagem ao seu alcance!’.
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>AGRUPAMENTO ESCOLAS DO BÚZIO, VALE DE CAMBRA
O futuro passa pelo ensino e formação O Agrupamento de Escolas do Búzio (AEB), Vale de Cambra, integra toda a comunidade educativa deste concelho. As ofertas formativas e os projetos extracurriculares foram apresentados no ‘Aqui há futuro’. Com um leque bastante alargada de ofertas formativas, o próximo ano letivo (2015/2016) já prevê uma série de opções para os jovens, quer para o prosseguimento de estudos, quer para a área técnico-profissional. A Alexandrina Cascarejo, diretora do AEB, coube a apresentação desta unidade de ensino, que concentra todos os alunos do concelho vizinho, parceiro de Oliveira de Azeméis na organização das Jornadas
A diretora, Alexandrina Cascarejo, e o ex-aluno do AEB, Pedro Moreira, demonstraram que este agrupamento está bem vivo e recomenda-se...
‘Aqui Há Futuro’. E porque, efetivamente, nesta região há futuro, o AEB tem para oferecer aos jovens que querem seguir os seus estudos as áreas de ‘Ciências e Tecnolo-
gias’, ‘Ares Visuais’ e ‘Línguas e Humanidades’. Já ao nível dos técnico-profissionais a aposta passa pelo Curso técnico de ‘Produção Metalomecânica’, na variante
da ‘Programação e maquinação’, e o de ‘Manutenção Industrial’, variante ‘Eletromecânica’, bem como o de ‘Multimédia’, já existentes. Nesta área, digamos assim, prevê-se a introdução, já no próximo ano letivo de outras opções, como o de técnico de ‘Design na área do equipamento’ e o de ‘Mecatrónica’. Na área da Saúde, o AEB dispõe do curso profissional de ‘Auxiliar de Saúde’, cuja génese foi protocolada com a Escola Superior de Enfermagem da CVP de Oliveira de Azeméis, na área da Restauração, um curso profissional com as variantes ‘Restaurante/Bar’ e ‘Cozinha/Pastelaria’, e o de ‘Comércio’, que “exige muita inovação e criativa em alturas de crise e recessão”, como alertou a Alexandrina Cascarejo. Projetos extracurriculares A dinâmica deste agrupamento de escolas não se fica pela oferta formativa e pela sua função pedagógica. Preparar
os jovens para o futuro, neste caso, vai muito para além disso. Neste sentido, o AEB incentiva à criação de projetos extracurriculares, que, no ‘Aqui Há Futuro’ 2015 em Oliveira de Azeméis, foram apresentados pelo ex-aluno Pedro Moreira, que não conseguiu cortar o ‘cordão umbilical’ que o une à instituição que o preparou para a vida. Entre vários, são de destacar o ‘Integrar’ (receção aos alunos mais novos), ‘Educar com arte’ (envolve a arte nas suas várias manifestações), ‘EcoBrincando’ (narrativa e ilustração de histórias por pais e filhos), ‘Clima Edumedia’ (alterações climáticas), ‘Escola TV’ (divulgação das atividades das escolas por meios audiovisuais próprios), ‘Ajudaris’ (um projeto nacional, neste caso com a sua vertente regional) e, como não podia deixar de ser, o projeto que tem conquistado “especial relevo de há dois anos para cá” – ‘Desporto escolar’. PUB
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‘Constrói o teu futuro’ e ‘Empreende o teu futuro’ foram duas atividades proporcionadas pelo projeto TIME, no ‘Aqui Há Futuro’.
>DINAMIZADO PELO PROJETO TIME NO ‘AQUI HÁ FUTURO’
Cerca de 250 alunos e desempregados participaram em bootcamp
O TIME também marcou presença nas Jornadas de Empreendedorismo e Emprego, evento que, durante três dias, levou ao Pavilhão Municipal à volta de 3500 pessoas. Destas, cerca de 250, entre alunos do ensino secundário e desempregados, participaram no bootcamp - ‘Constrói o teu futuro’ e ‘Empreende o teu futuro’ - dinamizado pelo Projeto CLDS+.
O TIME – Tempo de Incluir Mudar e Empreender, designação atribuída para Oliveira de Azeméis ao Projeto CLDS+, esteve presente através da dinamização de um expositor e a realização do bootcamp ‘Constrói o teu futuro’, destinado a jovens que frequentam o ensino secundário, e ‘Empreende o teu futuro’ para pessoas desempregadas. Contas feitas, esta atividade, dinamizada pelo TIME, contabilizou cerca de 250 participantes. No âmbito do ‘Constrói o
A oportunidade para ouvir algumas ‘dicas’ por parte de quem sabe... rumo a um futuro com trabalho e, se possível, com sucesso.
teu futuro’, os alunos dos 10.º e 11.º anos de escolaridade foram incitados a fazerem um pitch, tendo três minutos para defenderem quatro caminhos possíveis após o término do secundário, entre estes o ensino superior, curso técnicos superiores profissionais, pausa temporária e trabalho. Com isto, o TIME pretendeu levar à reflexão pessoal e grupal relativamente às
diferentes opções, incutir a importância de tomada de decisões e, ainda, orientar para o futuro, tendo quem participou mostrado empenho e motivação. Houve, aliás, quem tenha até reconhecido a importância deste tipo de iniciativas no apoio à sua orientação para o futuro, referindo que “ainda não tinha pensado muito sobre isso, mas esta atividade permitiu que visse os diferen-
tes caminhos a seguir, podendo, assim, refletir sobre as melhores opções para o meu futuro”. Já os estudantes do 12.º ano foram desafiados a completar um circuito de dinâmicas – o quadrado, os elásticos, a manta e o anúncio –, que lhes exigiu criatividade, trabalho de equipa, desenvolvimento estratégico, capacidade empreendedora e de comunicação para o concluir
com sucesso. Por seu turno, o bootcamp ‘Empreende o teu futuro’, direcionado para desempregados, tinha como finalidade incentivar à criatividade e inovação, como fator diferenciador no CV (curriculum vitae), e identificar atitudes e comportamentos a adotar numa entrevista, desenvolvendo estratégias de resposta a questões de natureza pessoal mediante um role playing.
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>Leandro e Tânia apostam ‘forte’ na sua PAP
‘Memórias de Oliveira de Azeméis’ ‘Memórias de Oliveira de Azeméis’ é projeto que Leandro Silva Pinto e Tânia Alexandra Neves Soares apresentam, no âmbito da sua Prova de Aptidão Profissional (PAP).
Na noite do próximo sábado, 16 de maio, das 20h00 às 00h00, na Padaria/Pastelaria ‘Doce Convívio’, em Oliveira de Azeméis, poderá deliciar-se com uma série de petiscos caseiros e tradicionais de fazer ‘crescer
Os jovens estudantes de Oliveira de Azeméis e, de um modo geral, desta região têm demonstrado um apreciável espírito de iniciativa que é de louvar.
água na boca’: Pataniscas de bacalhau, bifes de cebolada, iscas de figado, bacalhau frito, broa com sardinhas e/ou com chouriço, rojões, papas de vinha d’alho, sandes de porco assado, rabanadas de leite e de vinho, aletria e pudim. Para que o serão – em noite de Mercado à Moda Antiga no coração da cidade – se torne mais atrativo, os jovens contam com a participação especial do grupo Flutoncello, Quarteto de Saxofones, Grupo Musical de Clarinetes e Rancho Infantil e Juvenil de Cucujães. Não deixe de apreciar o ‘empreendedorismo’ da Tânia e do Leandro. PUB
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‘aqui há futuro’
>SOBRETUDO OS MAIS JOVENS RECONHECEM IMPORTÂNCIA DO EVENTO
visitantes ‘dão nota positiva’ ao ‘aqui Há Futuro’ Durante os três dias, as II Jornadas de Empreendedorismo e Emprego trouxeram ao Pavilhão Municipal Prof. António Costeira, na cidade de Oliveira de Azeméis, mais de 2500 visitantes, de várias proveniências. O Correio de Azeméis trocou impressões com alguns deles no sentido de saber o que achavam desta iniciativa, organizada pela autarquia oliveirense em parceria com a congénere de Vale de Cambra. Todos, sem exceção, ‘aplaudiram’ o ‘Aqui Há Futuro’, vendo-o como ‘uma boa oportunidade’ para quem está indeciso quanto ao seu futuro profissional.
“Esta é uma forma de mostrar o que fazemos na Escola [Básica e Secundária Soares Basto] durante o ano letivo. E também uma maneira de ‘chamar’ outros jovens para o nosso curso [Técnico de Multimédia] e para outros, claro”. CÁtia leite, 16 anos, eBs soares Basto (oliveira de azeméis)
“Esta é a primeira vez que participo num evento do género. E estou a fazê-lo, demonstrando o que se aprende no curso profissional [Restaurante-Bar] que estou a frequentar. Na minha opinião, acho que é bom, porque pode ajudar muitos indecisos a tomarem uma decisão. Vindo cá, as pessoas ficam mais bem informadas sobre o que há a nível de futuro profissional”.
“Para mim, esta é uma oportunidade que os mais novos, que andam nos 7.º, 8.º e 9.ºs anos, têm. Ao virem cá, deparam-se com múltiplas possibilidades em termos de futuro profissional, que os podem ajudar a decidir o que querem seguir”.
diogo nunes, 18 anos, eBs soares Basto (oaz)
Pedro oliveira, 17 anos, eBs soares Basto (oaz)
“Acho muito boas estas organizações, porque, através delas, podemos ficar a conhecer o que nosso concelho e outros têm para oferecer em matéria de saídas profissionais”. JéssiCa Pereira, 17 anos, eBs soares Basto (oaz) PUB
>O ‘SEU’ ESPAÇO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL MESMO NO CENTRO DE OLIVEIRA DE AZEMÉIS
‘in Forma te’: um projeto com ‘Futuro’ Renato Oliveira, começamos por lhe pedir para apresentar-nos a ‘In Forma Te’. A ‘In Forma Te’ é um projeto de formação profissional que está localizado no Edifício Rainha, na cidade de Oliveira de Azeméis, mas a sua dimensão é concelhia, precisamente, com o objetivo de capacitar toda a população. Este projeto nasce da necessidade de dotar o concelho de estruturas que respondam à alteração do paradigma renato oliveira e tozé Pinho, da formação profissional em Portugal. sempre dedicados ao projeto ‘in É que esta começa a ser vista como um Forma te’ importante veículo de valorização, quer para o trabalhador, quer para a empresa, além de que também tem sido um meio de inserção de desempregados. fissional de Entre Douro e Vouga, formações para desempregados para que Referiu “toda a população”… Pode possam obter um nível académico (até ser mais específico? ao 12.º ano de escolaridade) e uma ouReferi toda a população porque te- tra tipologia de formação para os dotar mos uma oferta diversificada e adap- de outras capacidades e técnicas (‘Vida tada a cada realidade. Neste momento, Ativa’). Além desta vertente, desenvolvedesenvolvemos, em parceria com o mos, juntamente com a mesma entidaCentro de Emprego e Formação Pro- de, formação gratuita para empregados
diversificada e à medida das empresas e formandos. Para os mais jovens (dos 15 aos 25 anos de idade), e em colaboração com o CESAE [Centro de Serviços e Apoio às Empresas], damos a oportunidade de obterem o 12.º ano profissional. E paralelamente a tudo isto, temos apoiado o [Concurso Municipal de Ideias de Negócio] ‘Azeméis Youth Business’ [promovido pela autarquia de Oliveira de Azeméis] como forma de promover o empreendedorismo no nosso município. Que outros projetos têm para o futuro? No futuro mais próximo, queremos nos tornar entidade certificada para desenvolver as nossas próprias formações, bem como estabelecer parcerias com empresas do nosso concelho para realizar formação para as mesmas. Para setembro, já estamos a aceitar inscrições para o Curso de Multimédia (15-25 anos), além de que esperamos
arrancar, ainda durante este ano, com um CET – curso de especialização tecnológica (pós 12.º ano) de Técnico de Multimédia, a decorrer nas nossas instalações. A médio prazo, pretendemos criar um espaço de coworking, de forma a promover uma outra área de aposta que é o empreendedorismo, bem como apoiar esses mesmos projetos. Quer acrescentar algo que nos disse, deixar uma mensagem aos nossos leitores? Convido todos a deslocarem-se às nossas instalações, situadas no Piso -1 do Edifício Rainha, para obterem mais informações, ou, então, a acederem à nossa página de Facebook. (www.facebook.com/informateoaz) para encontrarem/proporem a formação de desejos. Termino, agradecendo ao Correio de Azeméis a oportunidade que me deu para apresentar este grande projeto. Obrigado.
‘aqui há futuro’ “Com esta iniciativa, ficamos a saber qual é a oferta educativa e formativa que existe em Oliveira de Azeméis e Vale de Cambra. Não é que eu precise, pois já sei que quero vir a fazer... algo relacionado com Multimédia. Aliás, estamos cá a representar a Escola [Básica e Secundária Soares Basto], somos nós que estamos a fazer as filmagens”.
“Vim cá por mera curiosidade, não pertenço a nenhuma escola. E, do que vi, gostei muito. Está tudo muito bem, sendo esta uma boa oportunidade para os mais jovens. Sou de Ovar e lá nunca fizeram nada parecido, mas deviam fazer, porque é mesmo uma iniciativa muito boa”.
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“O evento está bem organizado, exceto o facto de não haver um itinerário, que nos pudesse guiar dentro do recinto. Tirando este pormenor, está tudo ótimo Temos aqui muitas empresas, o que é bom”. Sérgio Concepcion, 20 anos, EBS Ferreira de Castro (OAz)
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“Acho que está a correr bem, tirando a parte de faltar um itinerário para os visitantes poderem guiar-se. As pessoas chegam aqui e não sabem muito bem por onde começar nem onde terminar a visita”. Joana Silva, 18 anos, EBS Ferreira de Castro (OAz)
Regina Gomes, 47 anos, Ovar
Paulo Alexandre, 17 anos, EBS Soares Basto (OAz)
“Isto é importante, principalmente para os alunos que estão no 9.º ano e não sabem bem o que querem seguir. Acho que para quem está indeciso é uma boa oportunidade para saber o que pretendem fazer no seu futuro”.
“Aqui, neste evento, vemos imensas empresas, que podem, eventualmente, empregar alunos de cursos como Mecânica, Eletrónica Do meu nem tanto, porque sou de Turismo, mas para outras saídas, julgo que sim”. Ana Bastos, 17 anos, EBS Soares Basto (OAz)
Marcelo Silva, 18 anos, EBS Soares Basto (OAz)
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>EMPRESÁRIOS DEVEM ESTAR ATENTOS ÀS OPORTUNIDADES, UMA DAS QUAIS O ‘PORTUGAL 2020’
Internacionalização “é fator chave de crescimento económico” “A melhor política para evitar que a mão de obra vá para fora [do País] é apostar em iniciativas como esta [II Jornadas de Empreendedorismo e Emprego]”. José Brandão de Sousa, fundador da ‘Olivetree Consult, Ld.ª’
‘Roteiro para a Exportação’ foi um seminário voltado para a internacionalização da economia e para os apoios dos fundos comunitários do ‘Portugal 2020’.
O primeiro dia das II Jornadas de Empreendedorismo e Emprego encerrou com as atenções centradas em alémfronteiras, trazendo ao Pavilhão Municipal Prof. António Costeira “cerca de 40 empresários”para participarem no seminário ‘Roteiro para a Exportação’. De acordo com dados que nos foram adiantados pela organização das II Jornadas de Empreendedorismo e Emprego, foram perto de 40 os empresários, a maioria oriunda dos concelhos de Oliveira de Azeméis e Vale de Cambra, que assistiram a um seminário promovido a pensar, precisamente, neles… Neles que são os ‘empregadores de hoje e do futuro’. Sob orientação do vereador da divisão municipal de Educação da Câmara oliveirense, Isidro Figueiredo, ‘Roteiro para a Exportação’ contou, na qualidade de oradores, com representantes de duas empresas de consultoria, nomeadamente da ‘Indice ICT & Manage-
Foram vários os seminários, workshops e outras sessões de trabalho em que participaram públicos diferentes, alguns muito específicos.
ment, Ld.ª’ (Leiria) e da ‘Olivetree Consult, Ld.ª’ (Oliveira de Azeméis). Polónia é um mercado a explorar Em representação da primeira empresa, usaram da palavra João Pereira e Juliana Saraiva, aproveitando para ‘vender o seu produto’. Segundo disseram, a ‘Indice ICT & Management’ está no mercado há já 25 anos, tendo executado até ao momento “775 projetos”. Com escritórios em Portugal, mas também presente noutros países, como Espanha, Polónia e Roménia, desenvol-
O ‘Portugal 2020’ aposta mais na inteligência e menos no betão; mais nas empresas e menos nas administrações públicas; mais na simplificação e menos na burocracia.
ve soluções com uma forte componente das TIC (Tecnologias da Informação e Comunicação), abarcando vários setores de atividade: Empresas, Ensino Superior, Administração Pública Local e Economia Social. E por falar em empresas, a ‘Indice’ apoia “as empresas na obtenção de resultados a nível internacional”. Aliás, no entender dos seus responsáveis, a internacionalização “é [mesmo] fator chave de crescimento económico”, não obstante “acarretar sempre um grau de investimento” e constituir “alguns entraves” como barreiras “linguística,
cultural, de conhecimento técnico”. ‘Obstáculos à parte’, a Polónia, por exemplo, é, atualmente, “um mercado bastante interessante”, pois apresenta um “poder de compra em crescimento” e ainda conta com “consumidores jovens”, informou Juliana Saraiva. Com o ‘Portugal 2020’, “o foco é na inteligência e não no betão” Tal como os ‘colegas’ da ‘Indice’, José Brandão de Sousa defendeu a internacionalização. Esta é, para o fundador e atual líder da ‘Olivetree Consult’, “um facto”, “é algo que as empresas têm de fazer”. Na ocasião, o licenciado em Engenharia Eletrónica e ainda mestre em Gestão (MBA) partilhou informações sobre o ‘Portugal 2020’, acordo de parceria entre Portugal e a Comissão Europeia, de que resultaram 25 mil milhões de euros para investir, entre 2014 e 2020, no desenvolvimento económico, social e territorial do País. As suas programação e implementação organizamse em quatro domínios temáticos, um dos quais ‘Competitividade e Internacionalização’. Com o ‘Portugal 2020’, “o foco é na inteligência e não no betão”; “é nas empresas e menos nas administrações públicas”; “é nos resultados e não na realização de despesa”; “é nos apoios reembolsáveis e menos nos apoios a fundo perdido”; “é mais na simplificação e menos na burocracia”. Além disso, há “mais rapidez” e “maior transparência”.
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>ASSOCIAÇÃO QUASE COM SEIS DÉCADAS E MEIA DE EXPERIÊNCIA
>ACCOAVC
Comerciantes (in)formados fazem toda a diferença Com 63 anos de vida, a ACCOAVC tem-se pautado pela “implementação de uma dinâmica, que dignifique o nosso comércio tradicional”. Quem o afirmou foi o seu vice-presidente, na palestra ‘Ser comerciante/comércio’, que marcou a manhã do segundo dia do ‘Aqui Há Futuro’. “Sabemos que os tempos são difíceis, sabemos que não é fácil lidar com esta área, mas também temos a certeza que é preciso dar continuidade a todo um trabalho que vem dos nossos antecessores PUB
e que deve ser mantido para bem de todo o comerciante e do comércio em geral”, salientou Manuel Tavares, vice-presidente da Associação Comercial dos Concelhos de Oliveira de Azeméis e Vale de Cambra (ACCOAVC), dando a conhecer os serviços que são prestados por esta entidade (ver coluna). A maioria dos associados desta entidade é da área da restauração, alimentação e similares. Trata-se de um setor que Manuel Tavares considerou de “extrema importância para o O vice-presidente da ACCOAVC salientou a importância desenvolvimento das nossas do cumprimento das regras para a área comercial comunidades”. Para que saiba acompanhar as exigências da sociedade dos nossos dias, “Esta iniciativa [‘Aqui Há Futuro], em que nos importa que os empresários empenhamos desde a primeira hora, merece deste ramo invistam “em forser apoiada todos os anos, repetida e avaliado o mação, obras nas instalações, seu impacto, a fim de podermos tomar medidas novos produtos e iguarias” e, acima de tudo, “cumpram as em ordem a um futuro promissor para todos”. regras”, nomeadamente de hiManuel Tavares, Vice-presidente da ACCOAVC giene e segurança. Não basta parecer... é preciso ser... ‘Terra da gastronomia’ Para o responsável da Associação Comercial, importa apostar na ‘marca’ ‘Terra da gastronomia’, conquistada recentemente. Para isso, “não basta parecer… é preciso sêlo, com verdade, com rigor, com diversidade, com ‘futuro’”. E se uma das atividades que “o município muito tem propagandeado” é o setor do pão, com a divulgação e promoção do pão de Ul, “não podemos embarcar apenas na força que essa marca já tem para nos deixarmos adormecer e ser ultrapassados por outros que até menos tradição têm na referida atividade”, alerta Manuel Tavares. E porque “este organismo, sem fins lucrativos, está em condições para ajudar os nossos comerciantes e o comércio em geral a crescer na nossa terra e a trazer cada vez mais pessoas até nós”, manter uma plataforma de parceria e colaboração entre todos os agentes (Associação, empresas, comerciantes, autarquias) é imprescindível. Uma situação que, da parte da ACCOAVC, tem uma ‘porta aberta’ à espera de mais sócios, cujo contributo, financeiro inclusive, permitirá a realização de “iniciativas de que a todos
Serviços Disponibilização e consulta de tabelas salariais para cada atividade, e de regulamentos municipais e outros; disponibilização de formulários obrigatórios específicos para cada tipo de atividade; registo de marcas, venda de livros de reclamações, fornecimento de cartazes de afixação obrigatória; protocolos com empresas de serviços obrigatórios por lei e pagamento segurança social; organização de seminários e outras iniciativas com relevância local; elaboração do boletim informativo, gratuito para todos os sócios; contato com órgãos da comunicação social, Sociedade Portuguesa de Autores, consultoria e formação, apoio jurídico e outros esclarecimentos. possam beneficiar”. Desse modo, “autarquias e Associação garantirão mais confiança ao turismo que nos visita e ‘Azeméis é vida’ fará vingar os seus pergaminhos no que se refere aos seus elementos mais fortes da gastronomia: Pão, queijo, leite, arroz, carne, café e outros…”. “A formação é o nosso forte” Nas II Jornadas de Empreendedorismo e Emprego, o representante da Associação Comercial dos concelhos promotores do certame frisou a formação como “o nosso forte”. E deu a conhecer os diferentes cursos que são ou foram realizados por esta entidade: “Destacamos a formação modular, dos cursos de curta duração, dirigidos a pessoas desempregadas ou no ativo, em áreas muito diversas que vão da Informática, à Língua inglesa, Geriatria, Pastelaria, Técnicas de Vendas, Animação no Domicílio e nas Instituições, etc. Os manipuladores de carnes também já fizeram várias formações. Tivemos várias ações no âmbito da Formação PME, junto de empresas que tenham aderido para apoiar a sua modernização e inovação organizacional, através da formação dos ativos em competências muito específicas”. Mas o objetivo principal “é promover a competitividade das empresas, promovendo a organização e gestão, e o aumento do nível de qualificação dos seus ativos”, rematou Manuel Tavares.
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>EMPREENDEDORES DE OLIVEIRA DE AZEMÉIS E VALE DE CAMBRA EM DESTAQUE NO ‘AQUI HÁ FUTURO’
“Não é necessário ser-se rico para desenvolver ideias” Subordinado ao tema ‘Emprego& Empreendedorismo’, o segundo painel do programa do ‘Aqui Há Futuro’ reuniu empreendedores de várias áreas. Boas ideias de negócio foram partilhadas com uma assistência composta, essencialmente, por jovens. Um grande negócio pode nascer a partir de uma boa ideia. É necessário ‘ouvi-las’ e pô-las em prática.
“Não é necessário serse rico para desenvolver ideias”. Para se ser empreendedor, é preciso haver “vontade, dedicação e persistência”. Este foi, aliás, o caso da valecambrense Ana Amorim. Licenciada em Serviço Social, a jovem de Vale de Cambra ainda trabalhou na área de Educação e Formação de Adultos, mas foi, depois de ter frequentado “um curso à noite” no Centro de Formação Profissional da Indústria de Calçado, em S. João da Madeira, que descobriu ‘ter queda’ para desenhar sapatos. Ela, que tinha dificuldade em encontrar calçado que lhe servisse, viu-se, de repente, a criar os seus próprios sapatos e os das suas amigas. Hoje, com um espaço seu na ‘Olive Creative Factory’ (S. João da Madei-
ra), a designer da marca ‘Ana Amorim Shoes’ trabalha a tempo inteiro na criação de calçado personalizado, concretizando, de facto, os ‘sonhos’ de muitos pés. Ana Amorim foi uma das convidadas do painel ‘Emprego& Empreendedorismo’, integrado no programa do ‘Aqui Há Futuro’ e que contou com o diretor do jornal ‘Vida Económica’, João Luís Sousa, na qualidade de moderador.
que foi criada em 2011, mantém “um compromisso com o ambiente”. A ‘Ibero Massa Florestal’, cujas instalações foram inauguradas esta última sexta-feira pela ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas (ver pág.08), é pioneira na produção e comercialização de biocarvão para utilização doméstica e agrícola. Contando, atualmente, com 24 funcionários e com expetativas de contratar ‘Ibero Massa Florestal’ mais 11, é responsável pelo mantém “compromisso desenvolvimento e criação com ambiente” do ‘Biopower’, uma fonte Vindo, desta feita, de Oli- energética 100% ecológica, veira Azeméis, mais concre- mais segura e económica, tamente de Ul, também par- como alternativa ao carvão ticipou João Tiago Santos, em tradicional usado nas churrepresentação da ‘Ibero Massa rasqueiras e barbecues. E, ao Florestal’, empresa que, desde tratar os sobrantes agrícolas
e florestais, criou ainda o ‘Biochar/Ecochar’, um novo produto que garante a reestruturação dos solos agrícolas, de caraterísticas revolucionárias. A ‘Ibero Massa Florestal’ estima produzir, este ano, 1000 toneladas de biocarvão (2% mercado nacional). Quanto a 2016, as previsões apontam para 5000 toneladas de biocarvão (10% mercado nacional). Depois da intervenção de João Tiago Santos, seguiramse as de Rui Arnaldo Costa, da ‘Ubiwhere’, PME Líder e Excelência, que existe há cerca de sete anos e meio, vendendo, sobretudo, “conhecimento”; do professor Pedro Martins, do Agrupamento de Escolas (AE) de
Os Bombeiros Voluntários de Oliveira de Azeméis também estiveram presentes nesta segunda edição do ‘Aqui Há Futuro’.
Búzio (Vale de Cambra), um AE empreendedor por excelência – não fosse um dos mentores das Jornadas de Empreendedorismo e Emprego que, em 2014, arrancaram, precisamente, na cidade valecambrense; e de Carla Carvalho, diretora técnica da Santa Casa da Misericórdia de Oliveira de Azeméis. Esta última falou de empreendedorismo social. Já Ricardo Faria, do Centro de Emprego e Formação Profissional de Entre Douro e Vouga (S. João da Madeira e Rio Meão – Santa Maria da Feira), deu a conhecer algumas opções de futuro: PAECPE (Programa de Apoio ao Empreendedorismo e Criação do Próprio Emprego) e programa ‘Investe Jovem’.
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> O QUE ELES DISSERAM...
“Aqui há efetivamente futuro...” “O ‘Aqui Há Futuro’, para minha surpresa, conseguiu cativar a participação de mais concelhos, o que quer dizer que o ‘Aqui Há Futuro’ tem futuro. Conseguimos movimentar, sem interesses expetáveis de maior, um conjunto de industriais, para, em parceria com as escolas, estimular e sensibilizar os alunos para a área tecnológica, que permite bons padrões de empregabilidade”.
MANUEL TAVARES, BTL
“Abrimos a empresa à área desportiva. Começámos com a aposta na produção de stiques, que acaba por ser um nicho de mercado. O nosso ramo tradicional é o mobiliário doméstico. Porém, atendendo à recessão por que passamos, tivemos a feliz ideia de abraçar projetos também na área da hotelaria, nomeadamente ao nível da exportação”.
PAULO MARTINS, AZEMAD
“Participar nesta iniciativa tem como objetivo dizer a Oliveira de Azeméis, Vale de Cambra e ao País que estamos vivos, que queremos continuar a trabalhar... com vista ao futuro. A nossa fundação data de 1968, iniciando-se apenas com a colocação de estores de persianas. Ao longo dos anos, foi diversificando a sua atividade, passando mesmo para a produção de estores e seu acessórios”.
JOSÉ RIBEIRO, J.J.RIBEIRO (RIBSOL)
“A nossa empresa não sentiu a crise, nem tem concorrência, porque fazemos o que os outros têm dificuldade em fazer. Para isso, precisamos de mão de obra qualificada, que também acaba por aprender connosco. Temos na nossa empresa jovens que saem das escolas, nomeadamente de Vale de Cambra; se estes querem futuro, dentro deste setor da metalomecânica, têm de se esforçar e empenhar”.
ANTÓNIO AUGUSTO, INOCAMBRA
“Foi uma empresa fundada em 1968, conta com mais de 45 anos de existência. Foi uma evolução contínua, progressiva. Neste momento, contamos já com mais de quatro dezenas de viaturas, mais de 50 funcionários. Fruto da nossa política de evolução, em 2014, diversificámos os nossos serviços, de forma a incluir também transportes especiais”.
RITA FIGUEIREDO, TRANSPORTES VIDAL DA COSTA FIGUEIREDO
“Começámos há 25 anos, pela mão de meu pai, tendo eu dado continuidade, já passados alguns anos, graças à formação que fiz na área da metalomecânica. Ao longo dos anos as coisas mudam e temos de acompanhar essa evolução. Temos de encarar o futuro, novos projetos e novos trabalhos, num mundo concorrencial cada vez mais exigente”.
“Considero este evento particularmente importante, uma vez que estamos a tratar do futuro dos jovens e, no fundo, do futuro da nossa região, aqui na zona de Oliveira de Azeméis com um ótimo parceiro, que é o concelho de Vale de Cambra. Também contamos já, neste certame, com a presença de outros autarcas, nomeadamente do Entre Douro e Vouga, pelo que penso que isto é um sinal positivo. É interessante ‘tocar a reunir’ para fazer desta região o que ela deve ser: competitiva e com emprego (...); emprego essencialmente qualificado, daí a importância da presença das instituições de ensino desta área geográfica, desde o ensino pré-primário até ao superior. Este são eventos que, claramente, também devem que ter futuro”.
MARTINHO OLIVEIRA, ESCOLA SUPERIOR AVEIRO NORTE
“Penso que o ‘Aqui Há Futuro’ tem uma importância major, não só para as empresas representadas, mas essencialmente para a comunidade e dá visibilidade aos dois concelhos envolvidos nesta iniciativa, que é de louvar. Tudo que promova a aproximação das escolas, das empresas e da comunidade é sempre bem-vindo”.
HENRIQUE PEREIRA, ESCOLA SUP. DE ENFERMAGEM DA CVP DE O. AZEMÉIS
“Esta iniciativa ‘Aqui Há Futuro’ é ótima até para nos conhecermos uns aos outros e criarmos mais conhecimentos. Um meio de chamarmos mais atenção para a riqueza que o nosso tecido empresarial, em parceria com as nossas escolas, pode criar e incentivar”.
ERNESTO GONÇALVES, EUMEL
LUCIANO PINHO, JOLUCOR
Dois pormenores da visita aos stands pelo secretário de Estado do Emprego, Octávio Oliveira.
“A Incurso nasceu no ano 2000 e, em 2009, alargou o seu âmbito de serviços. Passou a prestar formação profissional a nível nacional, sendo também um centro de explicações e tendo, ainda, um Instituto de Línguas. (…) É uma empresa que pretende trabalhar a sério, com mais empenho e formar pessoas para que entrem no mercado trabalho com mais competências”.
DANIELA FERREIRA, INCURSO
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na leria, Bar (…) têm tido uma procura razoável mais diversas variantes como Cozinha, Pasta suas nas ção o, aura iand /Rest rienc laria expe s, Hote de outro e ais ços de catering Os cursos profission que os seus alunos são convidados para servi vez eira prim a é Não . é vista à como de estão s ras ltado most m nossa região. E os resu rismo e Emprego, os jovens dera Também nestas II Jornadas de Empreendedo dantes desta área do Agrupamento desde logo, o que o futuro lhes pode reservar. e break do primeiro dia estev a cargo dos estu ee coff O . o’ mag ‘estô pelo ) bém (tam o futur possível ‘prender’ o bra). Aos jovens do AE de Fajões coube a vez dos seus colegas do Búzio (Vale de Cam a foi inte segu dia no anto enqu o, Bast es elhos promotores enriqueceram, com a de Escolas (AE) Soar . Os agrupamentos escolares de ambos os conc ento rram ence de o sessã da a honr de Porto responsabilidade do rismo e Emprego ‘Aqui Há Futuro’. sua presença, estas II Jornadas de Empreendedo PUB
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>DIA DO EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO CHAMOU A ATENÇÃO PARA A IMPORTÂNCIA DO ESPÍRITO INOVADOR E DE LIDERANÇA
Missão cumprida na ‘Ferreira de Castro’ ‘Construir futuros na Ferreira de Castro’ foi o lema central do ‘Dia de Empreendedorismo e Inovação’, promovido pelo Agrupamento de Escolas cujo patrono é esse consagrado escritor. Sensibilizar e estimular a comunidade educativa para a importância da adoção de atitudes de liderança e espírito de iniciativa foram alguns dos objetivos.
Transformar as ideias em projetos é algo que deve começar a ser cultivado nas escolas.
>ILDA FERREIRA, DIRETORA DO AEFC
A 28 de abril último, a sala Ivone Ferreira da Escola Básica e Secundária Ferreira de Castro recebeu o ‘Dia de Empreendedorismo e Inovação’, impulsionado pelos docentes do grupo das Ciências Sociais e da Gestão. As atividades dessa jornada visaram, essencialmente, a promoção do empreendedorismo junto dos alunos do agrupamento e cumpriu a missão a que se propôs inicialmente: Sensibilizar os professores para o ensino de boas práticas empresariais e para o estímulo de atitudes de liderança e de capacidade de iniciativa junto dos jovens portugueses.
para Portugal’ (2015), idealizada pelas jovens Ana Sofia Oliveira, Mariana Monte e Mónica Silva. De reter que estes casos – ‘Beesweet’ e ‘UP – Pão de Ul para Portugal’ – exemplificam bem como a inovação e o empreendedorismo são alcançáveis muitas vezes através de uma simples ideia.
Escola/Empresas: “Lógica de benefícios comuns” “No âmbito da valorização de uma cultura de responsabilidades partilhadas, cabe às escolas educar para o empreendedorismo e às empresas potenciar os empreendedores, atuando numa lógica de benefícios comuns à escola e ao tecido empresarial. O povo português é reconhecidamente um povo de empreendedores, conhecido pela apetência na criação de negócios. No entanto,
enquanto empreendedores nas mais diversas vertentes de atuação, nomeadamente empreendedorismo social, empresarial e jovens empreendedores com ideias inovadoras. Ideias e experiências A diretora do Agrupameninovadoras to de Escolas de Ferreira de Vários foram os oradores Castro (AEFC), Ilda Ferreira, credenciados convidados, que presidiu à sessão de abertura transmitiram o seu testemunho, do programa (ver caixa), que
é fundamental trabalhar esta apetência, desenvolvendo uma competência de transformar ideias em projetos, de passar da teoria à prática, mas com uma base sólida e bem estruturada. Assim, é fundamental a sinergia entre entidades públicas e privadas, no sentido de criar condições mais favoráveis à criação e implementação de novos projetos empresariais e ao fomento do empreendedorismo jovem. Para tal é, igualmente, fundamental apostar numa cultura de educação para o empreendedorismo, imperativo a que a escola não pode nem deve alhear-se”.
incluiu sessões de informação sobre o ‘Marketing e a Inovação das empresas’, através de José Albergaria, professor do ISCA de Aveiro, e o ‘Empreendedorismo Social’, apresentação dinamizada por Hélder Sampaio, membro da equipa do Instituto de Empreendedorismo Social do Porto. Durante a tarde foram im-
pulsionadas as experiências e provas práticas, com a apresentação da empresa ‘Gotas Frescas’ pelo seu responsável António Rosa, bem como duas das ideias vencedoras do concurso ‘Azeméis Youth Business’: A ‘Beesweet’ (edição 2014) representada pelas suas promotoras, Ana Pais e Carla Pereira, e a ‘UP – Pão de Ul
AEFC quer criar ‘Clube de Empreendedorismo’ Foram muitos os alunos que passaram pelas sessões de informação e de relato de experiências, desde o 9.º ano até ao último ano dos cursos profissionais, neste dia que ‘antecipou’ na Ferreira de Castro o ‘Aqui à futuro’. De acordo com a organização, “a missão do dia foi plenamente alcançada ao promover o empreendedorismo, enquanto procurou dar a conhecer aos alunos o mundo real das empresas e estimular-lhes as caraterísticas idiossincráticas, normalmente atribuídas a um líder, como o espírito de iniciativa, a predisposição para o risco, o dinamismo, a criatividade e a capacidade de inovação”. António Santos deu o dia por terminado com pleno sucesso: “Tanto a comunidade escolar como os convidados estão de parabéns pela participação e pela sua prestação durante toda a atividade”. Importa salientar que o AEFC tem intenção criar o seu ‘Clube de Empreendedorismo’, de forma “a preparar, ainda melhor, os seus jovens para o mundo do trabalho de amanhã”.
Leandro Pires
>PARA JOVENS EMPREENDEDORES
Concursos de ideias são ótimas oportunidades Margarida Velhas, representante do Gabinete de Apoio ao Empresário (GAE) da Câmara Municipal, deu uma ‘verdadeira aula’ de como fomentar o empreendedorismo em Oliveira de Azeméis, através de alguns conceitos relevantes no âmbito do ‘desenvolvimento económico’, ‘espírito empreendedor’, ‘apoio às ativida-
des empresariais’ e ‘apoio aos incentivos municipais’, que fazem parte do dia a dia do GAE. Já em conjunto com Ana Catarina Almeida e Diogo Bastos – colaboradores do ‘Projeto CLDS+ TIME – Tempo de Incluir, Mudar e Empreender’ –, foi apresentado o concurso escolar concelhio
que está a decorrer - I Concurso de Ideias Empreendedoras de Oliveira de Azeméis / ‘Empreendedorismo em idade escolar’ -, promovido pelo Projeto TIME, bem como o ‘Azeméis Youth Business’, que se destina a um público mais maduro, mas que os jovens podem abraçar após terminarem os estudos.
Painel com Margarida Velhas da CM, Catarina Almeida e Diogo Bastos do projeto CLDS+ TIME.
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‘O futuro em imagens...’
Tavares Ribeiro
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Porque a arte também tem futuro, não faltaram momentos artísticos e culturais, proporcionados ao longo dos três dias do ‘Aqui Há Futuro’, sobretudo no seu encerramento. PUB