Este suplemento é parte integrante da edição n.º 4685 do Jornal Correio de Azeméis. Não pode ser vendido separadamente.
Freguesia
19 Freguesias CESAR UM Coração Desenvolver a Identidade das Freguesias
> PRIMEIRA UNIDADE INDUSTRIAL NASCEU EM 1890
Cesar: terreno fértil da indústria Cesar é uma terra que olha com orgulho para as suas raízes para poder construir o futuro. Elevada a vila há 26 anos, a freguesia foi palco, a partir de 1890, de uma viragem da ruralidade à industrialização.
sublinha a importância de todos os cesarenses que figuram na história e contribuíram para o progresso da freguesia.
“A freguesia tem um património muito rico”
FILIPA GOMES
Augusto Moreira, presidente da Junta de Freguesia de Cesar, mostra orgulho no percurso trilhado pelos cesarenses ao longo dos anos. “Quem não valoriza o passado, não terá grande futuro”, realça o autarca, que puxa a fita atrás e lembra a construção da Igreja de Cesar em 1810. Vinte e cinco anos depois, nasce no seio da freguesia a Feira dos 18, que vem imprimir a Cesar uma nova dinâmica, assumindo-se hoje como uma das mais importantes feiras do distrito. “Esta feira levou a que Cesar tivesse a necessidade de troca de bens, nomeadamente na área agrícola e do gado”, contextualiza Augusto Moreira. A Feira dos 18, que se realiza ao dia 18 de cada mês, chegou a realizarse, durante algum tempo, semanalmente. Esta feira foi também um importante catalisador na fixação de indústria da freguesia, ao assumir-se como pólo de troca e escoamento de produtos. Em 1850 emigram para o Brasil muitos cesarenses, que regressam perto do final do século. Em Cesar investiram com a construção de vários palacetes que “deram uma nova cor à freguesia”. É nessa altura, mais precisamente em 1890, que nasce também a primeira unidade industrial no campo da latoaria, o primeiro sinal de uma história de sucesso no ramo da louça metálica. O presi-
Entre as décadas de 40 e 50 assiste-se a um boom industrial na freguesia, onde se começam a fixar indústrias de outros ramos além da metalomecânica, como os moldes, o calçado e o plástico.
dente da Junta de Freguesia lembra ça metálica”, começando também feita uma ligação mais moderna”. também o cesarense Justino Portal, a surgir empresas de outros ramos, responsável pela construção da Es- como o calçado, os moldes e o plás- “Cuidar do passado cola 5 de Outubro. “Foi uma pessoa tico. “Hoje somos uma freguesia está no nosso ADN” com a ideia clara de que sem instru- que tem milhares de pessoas a “Cuidar do passado está no nosção não se iria a lado nenhum e por trabalhar. Cesar assume centrali- so ADN”, salienta Augusto Moreiisso fundou a escola e deixou ainda dade no concelho de Oliveira de ra, que lembra as origens de Cesar, uma verba para premiar os melho- Azeméis, com enorme pujança a terra que nasceu na base do monte res alunos”, recorda. nível industrial, comercial e as- Calbo e que remonta aos tempos do sociativo”, destaca o presidente da império romano. Os documentos Junta de Freguesia, que lembra a escritos datam ao ano de 1035, nos “Ano de Ouro” 1932 é o chamado “ano de ouro” cobertura do saneamento a 95 por quais a freguesia era designada por de Cesar, segundo o autarca, por cento e a distribuição de água a 100 Villa Cesari. De há três anos para cá, uma parceria com a Universidade de diversas razões. A criação da so- por cento. Há ainda muito a fazer, ressal- Lisboa e a autarquia tem trazido uma ciedade elétrica de Cesar, que leva a eletricidade à freguesia e a Fajões, va o autarca, que acredita que se equipa de escavações durante o verão acaba por ser um forte atrativo para podem criar melhores condições à freguesia, que encontrou artefactos unidades industriais, que continu- na Zona Industrial do Nordeste, que remontam a datas anteriores a am a florescer na freguesia. Ainda que engloba as freguesias de Ce- 2000 AC. Os achados encontram-se nesse ano é fundado o Grupo Des- sar, Fajões e Carregosa: “Algumas no Arquivo Municipal e Augusto portivo Cesarense e aparece tam- ruas não estão ainda nas melho- Moreira espera que no próximo ano res condições. É importante que possam ser expostos em Cesar. bém o primeiro telefone público. Mais recentemente, precisamenÉ entre as décadas de 40 e 50 a câmara e as freguesias unam que se dá “o boom industrial” esforços para um plano conjunto te, a 13 de julho de 1990, Cesar foi em Cesar, relata Augusto Moreira, na zona industrial, principalmen- elevada a vila, “uma situação mereprincipalmente no campo “da lou- te no acesso à A32, onde pode ser cida” aos olhos do presidente, que
Com muitas páginas de história, Cesar conta também com um vasto património. “A freguesia tem um património muito rico”, realça Augusto Moreira, lembrando os vários elementos que o constituem. Entre eles conta-se a Igreja Matriz de Cesar, construída entre 1802 e 1810, que ao longo do tempo foi sofrendo transformações. Ao todo, existem duas capelas na freguesia. A Capela da Nossa Senhora da Esperança e Santa Apolónia, que data ao século XVIII, situa-se numa pequena elevação sobranceira ao Lugar de Vilarinho. Já a Capela de Nossa Senhora da Graça, com adro adjacente, foi reconstruída em 1908, sendo a imagem da Senhora da Graça, em madeira, setecentista. No total existem dez alminhas na freguesia, distribuídas por vários locais: Lugar de Camum, Lugar de Castelo, Cimo de Vila, Lugar de Gândara, Lugar de Mato d’Arca, Lugar de Pedra Má e Lugar de Vilarinho. Cesar conta com três cruzeiros: o Cruzeiro de Cesar, o Cruzeiro no Lugar de Vilarinho e Cruzeiro no Lugar de Gândara. Ao nível de quintas, existem também três na freguesia: a Quinta da Torre de Cesar, a Quinta do Outeiro e a Quinta da Herdade. A freguesia possui ainda com um património fruto do investimento de cesarenses que emigraram para o Brasil e que depois regressaram. Nos primeiros anos do século XX, a freguesia acorda para a expansão urbana, com a construção de várias casas dos brasileiros. PUB
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Terça-feira, 06 de dezembro de 2016
19 FREGUESIAS, UM CORAÇÃO
> COMISSÃO SOCIAL DE FREGUESIA ACOMPANHA 30 PESSOAS
Freguesia de mãos dadas na área social Nem tudo são rosas em Cesar e a Junta de Freguesia tem redobrado esforços na área social, fruto do surgimento de alguns casos de pobreza e de dependências. Atualmente, a Comissão Social de Freguesia acompanha cerca de 20 famílias, num total de 30 indivíduos.
táveis e sem dívidas, mas também sem grande desafogo, Augusto Moreira faz um balanço positivo do mandato, que promoveu a “união da freguesia”. O autarca lembra também o “enorme esforço” da junta recentemente, no reforço da sinalética vertical com mais de 200 sinais que contribuem para um melhor ordenamento do trânsito.
Devolver a rua aos peões Para melhorar a mobilidade dos peões, vai ser executado um projeto no início do próximo ano, com o apoio da autarquia, com o objetivo de melhorar o estado dos passeios de Cesar. Até março do próximo ano, Augusto Moreira explica que serão abatidas árvores que estão a arruinar a calçada, que será requalificada, no sentido de “devolver a rua aos peões” que diariamente circulam pela vila. As espécies abatidas serão “plantadas em maior número em terrenos da junta de freguesia”, compromete-se o autarca.
FILIPA GOMES
Face ao surgimento de casos de famílias com dificuldades financeiras e com problemas de dependências, a Junta de Freguesia tem-se debruçado intensamente na área do apoio social. “Demos um grande impulso à Comissão Social de Freguesia, criámos um gabinete de acompanhamento psicossocial, que funciona dois dias por semana”, esclarece o presidente. Casos de famílias com deficientes dependentes, desestruturadas ou indivíduos com problemas de álcool são algumas das situações acompanhadas pela comissão. “A atuação não se resume a um apoio na habitação ou na alimentação, porque em casos de dependências é preciso que as pessoas se ajudem a elas próprias e tenham um apoio constante para que não hajam recaídas”, alerta Augusto Moreira. Nesse sentido, as parcerias com as entidades que fazem parte da comissão foram aumentadas e estendidas às empresas, no sentido de apoiar quem mais precisa. Os 30 casos acompanhados pela comissão “estão devidamente caracterizados e estão já na parte da inserção positiva na comunidade”, adianta Augusto Moreira, que quer ver aumentado o valor dos apoios. “Em 2015 o apoio andaria à volta dos cinco mil euros, este ano já é mais do dobro e em 2017 queríamos que
Cesar vai preencher um inquérito da Associação Bandeira Azul da Europa com o objetivo de se tornar uma eco-freguesia.
A Junta de Freguesia quer aumentar os apoios às famílias carenciadas
chegasse perto dos 20 mil euros. Isto no fim de contas não é muito e cada pessoa que ajudamos é uma vitória para nós”, confessa. À semelhança de anos anteriores, estão a ser preparados cabazes de Natal para as famílias mais desfavorecidas, ação alargada a algumas que enfrentam carências mas que não cumprem os requisitos de apoio social.
Uma freguesia unida Fonte de uma grande dinâmica, Cesar tem uma agenda bem preenchida ao longo de todo o ano e Augusto Moreira revela que isso se deve a todas as forças vivas da freguesia. “É tudo feito pela comunidade, temos milhares de pessoas que se empenham para que tudo dê certo, porque
Turismo de Lazer
Para fomentar o turismo de lazer ligado à natureza e ao exercício físico, a Junta de Freguesia quer criar “um percurso pedestre à volta de Cesar”, que tenha como “Em Cesar pontos de passagem as alminhas, estamos todos os espigueiros e os palacetes bravirados para o sileiros. Este e outros projetos na mesmo lado” mesma linha têm como objetivo disponibilizar atividades que proem Cesar estamos todos virados movam “o alívio do stress diário e o bem estar dos cesarenses”, para o mesmo lado”, destaca. Prova disso é o facto de to- revela Augusto Moreira. das as decisões da Assembleia de Freguesia terem sido tomadas Freguesia amiga por unamidade desde que a junta do ambiente entrou em funções, um sinal para Com vários projetos ligados à Augusto Moreira de que em Ce- área do ambiente, a freguesia tem sar “todos remam para o mesmo envidado esforços na sensibilizalado”. ção da população. De há dois anos O autarca descreve uma liga- para cá, mantém um protocolo com ção de proximidade entre a popu- o programa Eco-Escola do Agrulação e a junta, que tem cumprido, pamento de Fajões, que teve início a passo e passo, as funções para com um projeto de sensibilização as quais foi eleita. Com contas es- de limpeza da Feira dos 18, que tem
dado frutos. Nesse sentido, os alunos deslocam-se à feira, distribuem sacos plásticos e alertam as pessoas para a importância da limpeza do local. “Estas ações demoram, não se concretizam de um dia para o outro. Foi uma luta, mas desde que começámos até agora há uma mudança radical”, constata o autarca. No mesmo campo da sensibilização, mas desta vez sobre a importância da separação do lixo, a junta e a Eco-Escola estão a preparar uma campanha que alerte as pessoas para a importância da separação do lixo. “As pessoas não separam o lixo e isso traz problemas, porque apesar da limpeza que é feita regularmente, os resíduos causam mau cheiro e atraem animais”, explica Augusto Moreira. Nesse sentido, estão a ser preparados flyers, uma banca para eventos da freguesia, coletes para a brigada de intervenção e uma divulgação em várias plataformas para arrancar com esta campanha. No domínio do ambiente, Cesar quer fazer mais e por isso vai responder a um inquérito até ao final do ano no âmbito do prémio nacional Eco-Freguesias XXI, promovido pela Associação Bandeira Azul da Europa. O objetivo é perceber se reúne as condições necessárias para ser considerada uma freguesia amiga do ambiente. Para isso, necessita de cumprir 50 por cento dos requisitos para ser considerada uma ecofreguesia. “É esse o nosso objetivo e se não for já pretendemos continuar a trabalhar para lá chegar”, explica o presidente da Junta de Freguesia. PUB
19 FREGUESIAS, UM CORAÇÃO
Terça-feira, 06 de dezembro de 2016
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> INSTITUIÇÃO NASCEU A 07 DE JANEIRO DE 1972
“A Casa do Povo existe para as pessoas” Nasceu no antigo regime para prestar apoio social a trabalhadores rurais, mas viu a sua missão alterada após o 25 de Abril. A Casa do Povo reinventou-se e assume-se hoje como uma das instituições de referência de Cesar no campo social, cultural, recreativo e desportivo. FILIPA GOMES
“A Casa do Povo surgiu para dar apoio aos trabalhadores rurais, já que na altura o país vivia muito mais na ruralidade do que na industrialização. Através da dinâmica de alguns cesarenses, que uniram esforços, foi criada em Cesar com o objetivo de evoluir a freguesia”, contextualiza Carlos Costa
A instituição atua no campo social, cultural, recreativo e desportivo.
Gomes, presidente da Casa do Povo. Depois do 25 de Abril e com a criação do Instituto de Segurança Social, as Casas do Povo espalhadas por todo o país viram extinta a função para a qual foram formadas. O papel relevante que tiveram até então, como no apoio social dos agricultores e gentes da lavoura, deixou de existir e perderam o estatuto social que a lei lhe conferia. “Felizmente, a Casa do Povo teve gente à frente que conseguiu dinamizá-la. Mais de 80 por cento das Casas do Povo em Portugal cessaram funções ou trabalham em áreas totalmente diferentes”, salienta Carlos Costa Gomes, que lembra a “mudança de objetivos e de objeto social”, transformação conseguida graças ao empenho de antigas direções. Hoje com equiparação a Instituição Pública de Solidariedade Social, a Casa do Povo atua em
vários campos (desportivo, cultural, social e recreativo) em parceria com inúmeras instituições. Nesse sentido, cede espaço para atividades destinadas a seniores, em parceira com a Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis, que decorrem, semanalmente, à segunda-feira, bem com ao Agrupamento de Escolas de Fajões, para a ginástica e educação física que fazem parte do prolongamento escolar (diariamente) e a outras entidades oficialmente constituídas e grupos informais. É através destas sinergias que esta instituição “presta grande serviço à população”, explica Carlos Costa Gomes. “A Casa do Povo existe para as pessoas. A grande diferença de Cesar em relação a muitas freguesias do concelho é que as instituições vivem uma dinâmica transdisciplinar, sinergias que colmatam as carências umas das outras”, realça o presidente.
> SALA DE INOVAÇÃO E CONHECIMENTO EXPÕE A HISTÓRIA DA INDÚSTRIA CESARENSE
Preservar a história e promover o futuro O longo percurso da Casa do Povo tem saldo positivo para o presidente, que espera agora que a dinâmica desta entidade aumente graças à Sala de Inovação e Conhecimento que está prestes a abrir portas. A Casa do Povo atravessou altos e baixos mas o balanço do seu percurso é positivo. “Teve épocas com impacto mais forte, outras com menos. Atualmente tem uma dinâmica bastante grande, o balanço é muito positivo”, salienta o presidente da Casa do Povo, que espera que a nova sala de inovação e conhecimento abra as portas a mais dinamismo e inovação. O projeto começou a ganhar forA Casa do Povo comemora os 30 anos das novas instalações a 08 de dezembro. ma em 2014, depois de o balcão da Segurança Social ter ficado vazio. Com a sala vaga foram lançadas as sementes para a criação de um es- Este núcleo museológico não preten- tria cesarense na cedência de peças paço que conte a história de como de apenas preservar a história, mas para serem expostas. E como se trata de um espaço Cesar passou de aldeia rural a uma também promover a inovação, confreguesia altamente industrializada. tando com a colaboração da indús- voltado para o futuro, contará tam-
bém com uma secção de exposição temporárias, onde cada unidade industrial poderá expor produtos e tecnologia de ponta. Escolas, asso-
ciações, junta de freguesia e outras instituições são convidadas a dar vida a este espaço, que pretende ser, nas palavras de Carlos Costa Gomes, “um museu vivo e dinâmico”. No próximo dia 08 de dezembro, data que assinala os 30 anos da inauguração da instalações da Casa do Povo, será feita uma homenagem a Fernando Valente, ex-dirigente que muito deu a esta instituição, e decorrerá um sarau com vários grupos desportivos, tanto do concelho como de fora. Para o início do próximo ano, mais precisamente a 07 de janeiro, dia que assinala a fundação da Casa do Povo, está prevista a inauguração deste núcleo museológico, data em que serão também homenageados os fundadores da Casa do Povo. A cerimónia contará ainda com a apresentação de um livro sobre a história da instituição, da autoria de Carlos Costa Gomes e Hermínio Loureiro. PUB
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Terça-feira, 06 de dezembro de 2016
19 FREGUESIAS, UM CORAÇÃO
> ADRITEM ESTÁ SEDIADA EM CESAR
Na senda do desenvolvimento regional A Associação de Desenvolvimento Regional Integrado em Terras de Santa Maria (ADRITEM) conta atualmente com cerca de cem entidades parceiras. António Grifo, tesoureiro da instituição, considera o último quadro comunitário “muito profícuo” e frisa que é nesse sentido que a ADRITEM pretende continuar a trabalhar.
euros em Oliveira de Azeméis, num total de dez milhões, onde constam dois milhões de prémio de eficiência”, destaca. Lembrando a localização da sede da ADRITEM, António Grifo elogia a dinâmica de Cesar, onde “de mãos dadas todos contribuem para o desenvolvimento da freguesia”. Para o futuro, o tesoureiro acredita que a ADRITEM vai manter o rumo que tem trilhado até aqui. “Esperemos que o 2020 seja profícuo”, revela, já que a missão da instituição passa por se afirmar como “um organismo de excelência e referência para os parceiros, através da implementação de projetos e desenvolvimento regional do território”.
FILIPA GOMES
A instituição tem traçado um caminho que visa o desenvolvimento regional na sua área territorial, “que vai desde o município de Valongo, Gondomar, Santa Maria da Feira, Oliveira de Azeméis e, até há pouco tempo, Albergaria-a-Velha ”, esclarece António Grifo. No período de programação 2014-2020, a ADRITEM propõe-se a atuar nas três vertentes do DLBC (Desenvolvimento Local de Base Comunitária), ou seja, ao nível rural, urbano e costeiro, abrangendo deste modo também Gaia, Espinho e S. João da Madeira. Atualmente, tem parcerias “com cerca de cem entidades do território”, entre elas municípios, juntas de freguesia, universidades, associações culturais e recreativas, empresas de
Reforçar identidades Liderada por Teresa Pouzada, a associação tem atuado nos mais variados campos, de onde salta à vista o trabalho no reforço da António Grifo, que lembra os frutos identidade das localidades. Neste colhidos ao longo do último qua- domínio, António Grifo recorda dro comunitário, particularmente as conquistas: “Já contribuímos no concelho. “Num horizonte de para a criação de diversas aldeias 71 candidaturas, 31 foram de Oli- de Portugal, nas quais inserimos veira de Azeméis, o que muito nos o nosso programa ‘Há Festa na congratula”, revela o tesoureiro, que Aldeia’”. Couce, de Valongo, Areja, apresenta também valores ao nível de Gondomar, Porto Carvoeiro, de do financiamento. “Os programas Santa Maria da Feira, Vilarinho de aprovados pela ADRITEM atingi- S. Roque, de Albergaria-a-Velha, e ram a verba de quatro milhões de Ul, de Oliveira de Azeméis, passa-
A associação conta com cerca de 100 entidades parceiras.
consultoria e formação, cooperativas e organizações agrícolas. É nesta perspetiva de colaboração que a instituição tem trabalhado, valorizando os recursos endógenos locais (naturais, culturais, históricos, arquitetónicos e humanos), através da implementação e gestão de programas, projetos e iniciativas de interesse para a região. “É um orgulho pertencer a uma associação deste género”, exprime
Apoio à produção e consumo local No apoio à produção agrícola e consumo local, António Grifo salienta o programa PROVE - Promover e Vender, nascido na congénere de Setúbal, sendo posteriormente alargado ao território nacional. Na ótica do responsável, o PROVE veio dar “soluções a muitos problemas”. “Resume-se ao fornecimento de frescos e leguminosas produzidos na terra, do produtor ao consumidor, já com tratamento praticamente biológico. Abrimos as portas das instalações dos nossos parceiros para que as pessoas possam visitar e conhecer como são processados os legumes que vão consumir”, esclarece António Grifo, que acrescenta que alguns dos produtores funcionam já com lógica de entrega ao domicílio. Este programa pretende contribuir para o escoamento de produtos locais, estabelecendo circuitos curtos de comercialização entre pequenos produtores agrícolas e consumidores. ram a ser aldeias de Portugal e acolhem este programa, dinamizado pela ADRITEM. “Com os técnicos que nos acompanham desde o início temos posto em prática este projeto que tem sido um sucesso”, sublinha o tesoureiro.
> EUMEL SOMA 30 ANOS DE EXISTÊNCIA
Uma referência lá fora Com 30 anos de existência, a Eumel é uma conceituada empresa de utilidades metálicas no mercado internacional, exportando mais de 85 por cento da sua produção, sobretudo para a Europa. Sediada em Cesar, possui uma vasta gama de produtos com design diversificado da mais alta qualidade. Nascida a 19 de dezembro de 1986, a empresa, essencialmen-
Rosélia Gonçalves, Eumel
te vocacionada para o fabrico de acessórios de aço inoxidável para louça metálica, foi a primeira a produzir asas para panelas. “No nosso país não existia nenhuma indústria desse ramo”, explica Rosélia Gonçalves, assessora da administração da Eumel, revelando que a empresa entretanto “evoluiu para produzir modelos feitos a partir de um tubo de aço de inox”.
Além destes produtos, a empresa fabrica ainda torneiras para aplicações sanitárias e pretende, num futuro próximo, alargar a sua atividade à subcontratação noutros setores. A Eumel, que iniciou a sua atividade com exportações para Espanha, trabalha atualmente com países como a França, Itália, República Checa, Ucrânia, Suíça, Tunísia, Argélia, Marrocos e
Brasil. Inovação e adaptação são os ingredientes de sucesso para Rosélia Gonçalves, que faz um balanço positivo do percurso da Eumel, encarando o futuro com otimismo: “Queremos alargar a nossa área de intervenção, quer seja na área do aço inox, quer seja na área dos plásticos. Temos projetos a ser desenvolvidos e temos de ser versáteis, porque o mercado é volátil”. PUB
DLBC
A ADRITEM é uma entidade de direito privado, sem fins lucrativos e com Estatuto de Utilidade Pública. A sua missão prende-se sobretudo com a promoção do desenvolvimento da região de Terras de Santa Maria, atuando ao nível das seguintes áreas: Emprego e Inclusão Social, Economia e Competitividade, Agricultura e Floresta, Recursos Naturais e Culturais. A ADRITEM é responsável pela gestão local de fundos comunitários de apoio ao investimento e emprego nos concelhos de Santa Maria da Feira, Oliveira de Azeméis, Gondomar e Valongo. No presente, é responsável pela gestão e implementação das seguintes medidas de apoio:
10.2.1.1- Pequenos investimentos nas explorações agrícolas; 10.2.1.2- Pequenos investimentos na transformação e comercialização de produtos agrícolas; 10.2.1.3- Diversificação de atividades na exploração; 10.2.1.4- Cadeias curtas e mercados locais; 10.2.1.5- Promoção de produtos de qualidade locais; 10.2.1.6- Renovação de Aldeias; EMER-N- Empreendedorismo em Meio Rural Norte- Criação de negócios, apoio técnico especializado no âmbito de Plano de Negócios empresarial.
Para mais informações por favor contate: Centro Cívico Justino Portal – 1º andar, Largo Justino Portal; 3700-616 Cesar O. Az. Email: adritem@adritem.pt http://www.adritem.pt// || TEL (+351) 256 878 230
19 FREGUESIAS, UM CORAÇÃO
Terça-feira, 06 de dezembro de 2016
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> VILLA CESARI ATINGIU ESTE ANO A MAIORIDADE
A servir Cesar desde 1998 Este ano atingiu a maioridade e pode orgulhar-se do percurso trilhado até aqui. A Villa Cesari congrega várias gerações e tem imprimido uma nova dinâmica à freguesia, no panorama desportivo, social, cultural e recreativo. FILIPA GOMES
Formada por jovens e menos jovens, a Villa Cesari - Associação de Cultura e Desporto de Cesar nasceu em 1998 graças à vontade de pessoas oriundas de três setores distintos da freguesia. Jovens do Grupo Coral Juvenil Shalon e de um grupo que organizava as ‘Sextas-feiras Desportivas’, e ainda um grupo de pessoas mais velhas que em 1997 promoveram as Festas Grandes de Cesar, uniram esforços para fazer crescer na freguesia uma nova dinâmica. Uma “química”, como explica Paulo Silva, presidente da Villa Cesari, que fez nascer uma associação que depressa conquistou
“Todas as famílias de Cesar tiveram ou têm ligação com a Villa Cesari porque as atividades que desenvolve ao longo do ano assim o permitem.” logo no ano zero, entre elas um sarau, um passeio cultural, uma feira do livro, férias desportivas e uma desfolhada. Desde então até agora, a Villa Cesari continua a trabalhar no sentido de promover atividades para todas as pessoas da freguesia e da região. “265 pessoas dos três aos 83 participam ativamente na associação. Todas as famílias de Cesar tiveram ou têm ligação 265 pessoas, dos 3 aos 83 anos, participam ativamente na associação com a Villa Cesari porque as atividades que desenvolve ao longo do ano assim o permitem”, desa comunidade local. Atua em vá- gional e nacional. “É uma asso- taca Paulo Silva, que não esquece rios campos, que vão da cultura ciação que já nasceu cheia de as parcerias com várias instituiao desporto, e assume-se já como força”, conta Paulo Silva, que re- ções, “fundamentais para o cresuma referência no panorama re- corda várias atividades realizadas cimento da Villa Cesari”.
Com um percurso que atingiu recentemente a maioridade, a Villa Cesari desenvolve atividades transversais que vão desde a cultura ao desporto e que fizeram despertar em Cesar uma intensa dinâmica. Entre elas contam-se a Escola de Música, o atletismo, o grupo cantares, os grupos de teatro, o BTT, o grupo de troca de saberes, a ginástica na sua diversidade de modalidades, as férias desportivas e as viagens culturais. Com estes e outros projetos, a associação Villa Cesari provocou uma profunda viragem na atividade social e cívica da freguesia. Obras na sede e na Escola de Música, com um apoio já declarado da autarquia e previstas para o próximo ano, irão garantir melhores condições de trabalho a esta associação. Após quatro anos à frente dos destinos da Villa Cesari, Paulo Silva sairá no final do ano, mas assegura que o barco continuará a ser dirigido a bom porto: “Tenho a certeza que a futura direção continuará este projeto nas mesmas linhas que tem sido conduzido até aqui, com novas ideias e novos projetos”. PUB
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Terça-feira, 06 de dezembro de 2016
19 FREGUESIAS, UM CORAÇÃO
> CENTRO INFANTIL E SOCIAL DE CESAR APOIA INFÂNCIA E TERCEIRA IDADE
“Trabalhamos em prol da comunidade” É um dos pilares do apoio social da freguesia de Cesar e pretende continuar a prestar um serviço de qualidade nas áreas da infância e da terceira idade. Nascido em 1981, o Centro Infantil e Social de Cesar (CISC) conta com várias valências, praticamente lotadas. FILIPA GOMES
Começou por prestar apoio aos mais pequenos, fundando a creche em 1981, que acolhe crianças dos quatro meses aos três anos. Com os olhos postos na melhoria dos apoios sociais da freguesia, o Centro Infantil e Social de Cesar foi criando novas respostas sociais, alargando o seu campo de atuação em 1996, ao criar uma Andrea Pinho, diretora técnica, é uma das 52 mulheres que trabalham valência na área da terceira idade. diariamente na instituição. “Para colmatar algumas lacunas da freguesia na área social”, surge o Centro de Dia, explica Andrea Pinho, diretora técnica da “Procuramos instituição. sempre que Criado este espaço de convívio, o CISC funda, cinco anos depois, ninguém fique o Serviço de Apoio Domiciliário sem resposta, (SAD), para “idosos com um de uma forma grau de dependência mais elevado”. Na altura direcionado para ou de outra.” responder às necessidades básicas, no âmbito da higiene e da alimentação, hoje em dia é um “serviço tar a sua capacidade máxima, de muito requisitado e cada vez 25 lugares. mais completo”, refere Andrea Na área da infância, o CISC Pinho, desenvolvendo atividades desenvolve atividades como o noutros quadrantes. karaté, a ginástica, a dança e a música, e, além da creche, conta também com as valências do préLar de Idosos: um projeto escolar e do Centro de Atividades nascido em 2008 2008 é o ano em se concretiza e Tempos Livres. Tratam-se de o projeto mais ambicionado pelo respostas sociais quase lotadas, CISC, o Lar de Idosos, “uma que num total têm capacidade construção de raiz” que alber- para 166 crianças. O CISC presta um apoio dega atualmente 34 idosos, dando resposta a uma “grave carência” terminante em Cesar, mas esna freguesia. “Era um projeto tende a sua atuação a freguesias com muitos anos, mas que não limítrofes. Apesar de ter as vaera fácil de criar, pela falta de lências quase lotadas, a instirecursos, de financiamentos tuição procura dar resposta aos e de outras dificuldades. Foi pedidos que lhe vão chegando. através do esforço de todas as “Trabalhamos em prol da comudireções anteriores que se viu nidade e procuramos sempre realmente firmada a constru- que ninguém fique sem resposção do Lar de Idosos”, conta a ta de uma forma ou de outra”, assevera Andrea Pinho. diretora técnica. A trabalhar diariamente nesNo campo de intervenção da terceira idade, a instituição pres- ta instituição estão 52 pessoas, ta apoio a cerca de 105 utentes. O curiosamente todas mulheres. Lar Residencial, com 34 utentes, e “Já tivemos homens a trabalhar, o Serviço de Apoio Domiciliário, mas entretanto foram saindo. A com 46 utentes, não têm vagas e o nossa maior batalha é ter estofo Centro de Dia está perto de esgo- psicológico para lidar com as vá-
“Organizamos atividades intergeracionais porque consideramos importante que todos convivam nesta instituição” rias situações que a instituição acompanha”, frisa a responsável.
Qualidade é para manter
“Manter a qualidade dos serviços” é uma das prioridades do CISC, que também privilegia o convívio entre miúdos e graúdos da instituição em épocas marcantes do ano, como o Natal, a Páscoa e o S. Martinho. “Organizamos atividades intergeracionais por-
que consideramos importante que todos convivam nesta instituição”, afirma Andrea Pinho. Na área da terceira idade, a instituição tem enfrentado algumas dificuldades na dinamização de atividades. “Sentimos que os nossos idosos estão cada vez mais dependentes, o que nos limita um pouco na concretização de algumas atividades”, esclarece Andrea Pinho, sendo necessário a adaptação de atividades como a dança, a música, a ginástica e a fisioterapia às capacidades de cada um. Para Andrea Pinho, natural da freguesia, Cesar é uma terra de sinergias, uma dinâmica que também se sente no Centro Infantil e Social de Cesar, que “trabalha em conjunto com todas as instituições da freguesia”. Reforçando a vontade que move a instituição, de prestar apoio aos que necessitam, a diretora técnica vinca que o CISC tem “as portas abertas para todos”. PUB
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> CESAR QUER CRIAR UM GRUPO SÉNIOR
“Queremos mais seniores a participar” Cila Silva representa Cesar no Conselho Municipal Sénior e traça um perfil ativo dos idosos da freguesia. A responsável mostra vontade de criar um Grupo Sénior, que promova o envelhecimento ativo e que combata o isolamento e a solidão. FILIPA GOMES
O Conselho Municipal Sénior de Oliveira de Azeméis é encarado como um organismo de grande relevo para Cila Silva. “Somos 19 freguesias, cada uma com o seu representante e reunimos de dois em dois meses com a vereadora Gracinda Leal para debatermos as atividades que vão ser desenvolvidas”, explica a representante. A Tarde de Talentos, o Dia do Pijama e o Aqui Há Dança são algumas das atividades onde os seniores da freguesia têm marcado presença e que se traduzem em anos de vida para os menos jovens da freguesia, contribuindo para o seu envelhecimento ativo. Além destas atividades, os idosos da freguesia envolvem-se em muitas outras, como jogos tradicionais e Olimpíadas dos Seniores. Cila Silva destaca ainda a ginástica, que decorre todas as semanas. “Reunimo-nos todos na Casa do Povo, a quem agradeço muito por nos receberem. Somos cerca de 40 seniores a praticar ginástica”, explica a representante da freguesia no Conselho Municipal Sénior. Para o futuro, Cila Silva gostaria de ver criado um Clube Sénior em Cesar. “Queremos mais seniores a participar e gostava de criar um Clube Sénior que desenvolvesse trabalhos manuais, dança e outras atividades. Esta dinâmica acaba por ser uma terapia para combater o isolamento e a solidão”, considera a líder dos seniores da freguesia. “Já falei com a Junta de Freguesia, talvez no início do próximo ano seja possível. Os seniores estão dispostos a tudo”, assegura Cila Silva.
Conselho Municipal Sénior nasceu em 2010 O Conselho Municipal Sénior, fundado em 2010, pretende incentivar a realização de ações que promovam os direitos dos idosos do concelho bem como a prevenção em situações de perigo. Anteriormente designado de Conselho Municipal do Idoso, alterou a sua designação em 2014. Este órgão tem como objetivo aproximar os seniores da sociedade, conduzindo-os a uma participação social mais ativa.
Reforçar a integração dos idosos é uma das prioridades, mas também envolvê-los nas decisões que lhes dizem respeito. Na sua função de representar a terceira idade, o CMS propõe-se a debater as necessidades e anseios das pessoas idosas do concelho. Aumentar a abrangência, a acessi-
bilidade, a eficácia e a eficiência dos programas de prevenção, são outros objetivos para os quais trabalha o Conselho Municipal Sénior, que assenta numa lógica de parceria. Nesse sentido, integra representantes de entidades e da sociedade civil, entre eles um porta-voz de cada uma das freguesias de Oliveira de Azeméis.
Cila Silva é a representante de Cesar no Conselho Municipal Sénior. PUB
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Terça-feira, 07 de dezembro de 2016
19 FREGUESIAS, UM CORAÇÃO
> FUTEBOL CLUBE CESARENSE FOI FUNDADO EM 1932
“O Cesarense tem de pensar uma estrutura” São várias as apostas da atual direção do Futebol Clube Cesarense, começando pelo futebol feminino até à formação, mas o grande compromisso do mandato de Pedro Rodrigues é com a consolidação da “estrutura” de um clube com 84 anos de história. RUBEN TAVARES
“História longa”. Se pensa que esta expressão do presidente do Futebol Clube Cesarense, Pedro Rodrigues, é apenas uma constatação cronológica desde a fundação em 1932 até hoje, desengane-se. É que há como que uma história paralela de pioneirismo que reescreve o tempo com uma marca identitária indelével e que ainda hoje é uma realidade. Logo no ano da fundação, foram criadas duas equipas de futebol feminino com jovens da freguesia. “É um percurso enorme e bem vincado e estamos já a pensar materializá-lo em livro porque é algo tão grande e valioso que deve ser partilhado com as gerações mais novas e as vindouras”, afirma o líder, que se refere também ao futebol feminino: “É uma aposta cada vez maior da FIFA e da FPF e o Futebol Clube Cesarense corresponde, sendo um dos poucos clubes do concelho com futebol
O clube possui 269 atletas, distribuídos por 17 equipas.
dade”, duas metas bem definidas pelo clube sustentadas num baluarte que se quer de excelência: a formação. E não é curto o cartão de visitas que o clube exibe neste tema: “A época passada, a nível de resultados desportivos, foi provavelmente a nossa melhor época de sempre porque conseguimos uniformizar uma série de escalões: nos seniores, a manutenção no Campeonato de Portugal, a subida pela primeira vez na história da equipa júnior a uma competição nacional e subimos os juvenis e os iniciados à 1ª distrital. Para além disso, tivemos pela primeira vez duas equipas no futebol de 7 a lutar pelo título distrital. Contamos com 17 equipas e ao todo temos 269 atletas”, apresentou Rodrigues em linguagem factual. Do tema estritamente desportivo se passa para um mais geral: a ”estrutura”. “Temos de pensar uma estrutura para o Cesarense. Foi e é esse o meu grande objetivo e o motivo de tanto trabalho em prol do clube. Não podemos ficar no amadorismo”, defende.
feminino. Temos 23 atletas, todas cada uma na sua época, cada uma no seu momento”. abaixo dos 19 anos”. Mas o “maior feito” é imediaOlhando para o palmarés do clube, os grandes destaques vão tamente apontado, sem hesitações, para as épocas de 1972/1973, com fazendo referência à “criação das a primeira subida à 1ª divisão dis- infra-estruturas atuais do clube”. trital de Aveiro, 1982/1983, com o Requalificado e inaugurado a 26 Dinâmica é palavra-chave título de campeão distrital de Avei- de novembro de 2000, “o Estádio do clube ro e consequente subida ao escalão do Mergulhão é mais que isso, é Quanto ao número de associanacional, atualmente designado o Complexo do Mergulhão”, asse- dos, Pedro Rodrigues constata um como Campeonato de Portugal, vera Pedro Rodrigues, dizendo que incremento: “Temos 350 sócios paonde milita até aos dias de hoje. “é um orgulho para se lutar ainda gantes. Quando entrei eram 150. “Nunca me ouvirão falar de quem mais pelo clube”. Equivale a 10 por cento da popuFormação é pilar fundamental foi a melhor equipa de sempre do lação da freguesia”. No entanto, o “Qualidade” e “competitivi- presidente não tem quaisquer proCesarense. Eram todas diferentes,
blemas em dizer: “O Complexo do Mergulhão é o lugar mais procurado da freguesia ao longo da semana”, muito por culpa da aposta tão firme nas camadas jovens. Rodrigues também é orgulhosamente perentório quando constata: “Somos o único clube a nível nacional que organiza quatro torneios anualmente, o que implica uma enorme logística e devo muito aos cerca de 100 jovens voluntários que nos ajudam na organização. Sem eles, não conseguíamos ter tantas dinâmicas”. Mas voltando à questão estrutura, Pedro Rodrigues partilha aquilo que para si seria o seu “maior feito”. “O projeto de utilidade pública está em curso e o maior feito do meu mandato seria conseguir a utilidade pública que faria o clube mais do que auto-sustentável, pois o Cesarense tem dívidas, mas conto que, com o apoio da autarquia, até ao final do mandato elas se saldem”. A terminar, ainda se falou da existência de um departamento de Psicologia do Desporto na estrutura do clube, partilhando o líder que pretende continuar a servir o clube depois do seu mandato, mas “provavelmente não como presidente”. Referindo-se ao município de Oliveira de Azeméis como a “muito eclética capital do desporto”, o presidente aconselhou a todos os cesarenses “apartidarismo” e união de esforços para o crescimento do clube.
> ASSOCIAÇÃO CENTRO COLUMBÓFILO DE CESAR QUER REQUALIFICAR INFRAESTRUTURAS
“É um desporto familiar” O presidente da Associação Centro Columbófilo de Cesar, António Correia, debruçou-se sobre a história da coletividade a que preside, assim como a atualidade da associação e a explicação da razão originária da paixão que os praticantes da modalidade sentem por ela. Nascida em 1998 enquanto Associação Centro Columbófilo de Cesar, esta instituição tem uma remota história por trás da sua atual nomenclatura. “Desde 1935 que havia a Sociedade Columbófila de Cesar, só que em 1971 ou 1972 a associação dividiu-se em duas, tendo vindo, com forte influência da Casa do Povo e da junta de freguesia, a reunir-se numa só, em 1998, com a criação da atual coletividade, com sede junto ao pavilhão gimnodesportivo”, explicou
António Correia pratica a modalidade desde 1974.
Quanto à atualidade da AsAntónio Correia aos microfones da sociação Centro Columbófilo de ‘Azeméis FM’. Columbófilo ferrenho desde Cesar, o líder revela os números: 1974, António Correia conseguiu “Temos 37 associados a concursar passar esta paixão para os filhos, e mais de 50 sócios no total, para sobretudo o mais velho: “O meu além de, semanalmente, contarfilho mais velho também é louco mos com 1133 pombos para conpela columbofilia”, afirma com cursos”. Os custos da modalidade são orgulho, lembrando que a modalidade é o “segundo desporto mais um dos entraves para a adesão praticado da freguesia”. “É um de novos membros à columbofidesporto familiar, podemos es- lia. Em termos de projetos para o tar a competir e ao mesmo tem- futuro, a associação quer requapo estamos com a família”, revela lificar as infraestruturas que se António Correia, que ainda assim encontram degradadas. “Ao nível sente que a modalidade tem pas- de obras vamos melhorar a nossado ao lado dos mais jovens. “No sa escadaria e de seguida avançar ano passado tivemos connosco para a requalificação da cobertuum jovem, mas não aguentou ra e isto só é e será possível com muito. Não cativa os jovens, um a ajuda dos nossos parceiros e da pouco porque sabem que não junta de freguesia”, conclui. têm apoios. Quem cá anda é porque gosta mesmo”, admite. RUBEN TAVARES
19 FREGUESIAS, UM CORAÇÃO
Terça-feira, 06 de dezembro de 2016
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> GRUPO CORAL JUVENIL SHALON NASCEU HÁ 29 ANOS
Jovens emprestam voz às eucaristias Quase três décadas de existência expressam a missão do Grupo Coral Juvenil Shalon de envolver os jovens da freguesia na paróquia. Com cerca de 30 elementos, este grupo, fundado por Carlos Costa Gomes, continua a usar a voz na celebração das eucaristias. FILIPA GOMES
Carlos Costa Gomes não é natural de Cesar, mas trouxe para a freguesia a vontade de unir a voz de jovens à paróquia. Filho de pais ligados à música, o fundador encontrou em Cesar a mulher da sua vida e foi aí que assentou raízes. “Vinha de uma dinânica de grupos de jovens e senti um
Carlos Costa Gomes, filho adotivo de Cesar, fundou o grupo em 1987
vazio quando cheguei”, conta o tivar “a participação mais ativa dirigente do grupo, apesar da ati- dos crentes da freguesia”. “O canto tem uma função, ajudar a vidade intensa da paróquia. Conversou com o padre Joa- assembleia a cantar e a celebraquim Cavadas e o grupo iniciou ção tem que ser uma unidade”, a atividade com 12 elementos nas explica. Atualmente, são cerca de 30 os missas de sábado à noite. “Cantámos e no final toda a gente membros que compõe o Grupo gostou. A experiência era para Coral e Juvenil Shalon, que além ser mensal, para não castigar de animar as eucaristias, celebra muitos os jovens, mas depressa casamentos, realiza concertos e se tornou semanal”, conta Carlos participa em atividades da freguesia. As idades variam, mas Costa Gomes. A pouco e pouco, o número de a média situa-se nos 16 anos de pessoas nas eucaristias começou idade, acolhendo jovens desde os a crescer, passando de cerca de oito até aos 26 anos. O grupo conta ainda com CD’s 70 para mais de 200. “Hoje continua a ser a missa com mais gravados e anualmente realiza participação da freguesia, por- um encontro onde se promove a que cativa os jovens e também “reflexão”. Para assegurar a conos adultos”, aponta. Números tinuidade do grupo, Carlos Costa que levam o fundador a fazer Gomes convida os jovens a partium balanço positivo do Grupo ciparem nos ensaios, que se realiCoral Juvenil Shalon, ao incen- zam às quartas-feiras.
> GRUPO CORAL E LITÚRGICO DE CESAR NASCEU PELAS MÃOS DO PADRE JOSÉ MARIA EM 1939
Uma história que atravessa gerações Com 77 anos de história, o Grupo Coral Litúrgico de Cesar continua a solenizar ao domingo a eucaristia e todos os atos de relevo e importância litúrgica. Com cerca de 25 membros, o grupo quer prosseguir com a missão de promover o canto litúrgico. FILIPA GOMES
Corria o ano de 1939 quando o padre da paróquia, José Maria, fundou o Grupo Coral e Litúrgico de Cesar, contando com dez meninas orientadas pelo ensaiador Manuel Luís, que se manteve ao leme do grupo até meados dos anos 60. No início do mês de novembro, perdeu-se a voz da última menina da formação inicial do Grupo Coral e Litúrgico de Cesar, recorda o atual dirigente do grupo, Luís Oliveira. O ensaiador assumiu, em meados da década de 90, o lugar do pai, Arlindo Oliveira, que durante cerca de trinta anos liderou os destinos deste grupo, “atualizando-o continuamente, no seu repertório e na formação humana”, lembra. Com um longo percurso na freguesia, o grupo atravessou “altos e baixos”, mas deixou também uma marca na história e na memória de muitos cesarenses. “Pertencer ao grupo é uma responsabilidade
Luís Oliveira assumiu os destinos do grupo em meados da década de 90.
Luís Oliveira, mas a missão conti- considera o ensaiador, que destaca nua a ser a mesma de sempre: sole- ainda a importância individual de nizar ao domingo a eucaristia e os cada membro para a comunidade: atos de relevo e importância litúr- “A nossa atividade não se esgota gica, com especial destaque para as na pertença ao coro, cada um de épocas mais fortes liturgicamente, nós, nas suas vidas, também procomo a Quaresma e Páscoa, Ad- cura contribuir para um mundo melhor”. vento e Natal. Com ensaios marcados para toAlém disso, e de outras atividades da freguesia e da paróquia, das as sextas-feiras, o Grupo Coral nomeadamente casamentos e ou- e Litúrgico de Cesar mostra vontatras celebrações, o grupo cumpre de de continuar a escrever páginas religiosamente um retiro anual em na história da freguesia, tendo ceFátima de dois dias, que promove lebrado em 2014 as bodas de diaa meditação e orientação pessoal e mante. “Vamos continuando com litúrgica. “É um momento bastan- a força e com a graça de Deus e te importante para os elementos esperamos muitos mais anos de do coro, que promove a reflexão Grupo Coral e Litúrgico de Cee a abstração do mundo exterior”, sar”, exprime Luís Oliveira, PUB
bastante grande. Muitas famílias de Cesar tiveram elementos neste Grupo Coral e Litúrgico. Não se pode esquecer uma história com 77 anos, que atravessou gerações”, destaca Luís Oliveira, que enfrenta atualmente a dificuldade de captar jovens. “Os coros litúrgicos estão fora de moda, vivemos uma crise de vocações, mas gostaríamos que os jovens se agarrassem a algo que lhes desse outro tipo de vivências”, confessa o ensaiador, que ainda assim não baixa os braços na conquista de novos membros, num grupo que se assume com um perfil “conservador e pautado de valores”, e que conta com cerca de 25 elementos. Os tempos mudaram, reconhece
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Terça-feira, 06 de dezembro de 2016
19 FREGUESIAS, UM CORAÇÃO
> AZEMÉIS FM RÁDIO ESTEVE NAS RUAS A OUVIR OS COMERCIANTES
“Cesar é um bom sítio para o comércio” A Azeméis FM rádio esteve nas ruas de Cesar e sentiu a pulsação do comércio local. As opiniões dos vários comerciantes reúnem consenso numa questão: Cesar é uma terra propícia para o comércio. FILIPA GOMES
No âmbito da iniciativa ‘19 Frguesias, um coração’. a rádio saiu à rua para conhecer de perto o comércio de Cesar e conversou com alguns comerciantes que decidiram desenvolver os negócios na freguesia. Alguns não são naturais de Cesar, mas viram nesta terra um potencial que os atraiu a estabelecerem aí os seus negócios. É o caso de Marlene Alves, proprietária da Flor de Lótus, situada em frente à rotunda de S. Pedro, em Cesar. Natural de Arouca, há muito que sentia uma afeição especial pela freguesia. “Desde muito cedo tinha a paixão de morar cá ou de ter cá um negócio”, conta a comerciante, que há cerca de cinco meses viu esse sonho concretizado. Formada em Artes, sempre teve uma paixão pelo artesanato e por arranjos florais, gosto que agora pode viver no dia-adia como proprietária do espaço. Peças decorativas, brindes e convites para casamentos e outras cerimónias, e ainda arranjos florais são alguns produtos que se podem encontrar na Flor de Lótus. Todas estas peças partilham o toque especial de Marlene Alves, que faz questão de personalizar cada produto que lhe chega às mãos. Ainda a começar, a proprietária tem boas expectativas para o futuro, até porque o “artesanato está na moda”. “Foi uma boa aposta, estou a ser muito bem recebida e o negócio está a crescer”, revela.
Freguesia desenvolvida e apetrechada em serviços Do outro lado da rua, Tânia Azevedo mantém viva a Industrial Chic há oito anos. “Cesar é uma freguesia muito desenvolvida, felizmente temos muito comércio e muitos serviços”, aponta a proprietária do estabelecimento. “Além da parte de cabeleireiro, temos a área da estética e do bem-estar. Temos um osteopata e ainda uma especialista em acupuntura e outras terapias”, explica Tânia Azevedo, que encara os clientes como “amigos” e que define a Industrial Chic como “uma casa de família”. Há seis anos e meio, o estabelecimento encontrou uma
Carlos Martins, Café Novo Convívio
Filomena Almeida, Café Caniço
João Carlos Tavares, Confeitaria Moderna
Marlene Alves, Flor de Lótus
Tânia Azevedo, Industrial Chic Cabeleireiro e Estética
Carlos Monteiro e Liliana Ribeiro, Zig Zag Fotografia e Vídeo
nova morada onde se tem mantido. O negócio vai sofrendo algumas oscilações, mas Tânia Azevedo, natural da freguesia, conta com clientes fiéis ao estabelecimento, alguns com oito anos de casa.
“Cesar é uma boa terra” O Café Caniço é já uma referência em Cesar, pelos cerca de 40 anos de história. Filomena Almeida, natural de Arouca, tomou conta do negócio há cerca de um ano e meio e o negócio tem-lhe sorrido. “Estou a gostar de trabalhar aqui, Cesar é uma boa terra, com pessoas muito humildes e honestas”, considera a proprietária do estabelecimento, que além do serviço de snack-bar tem ainda os Jogos Santa Casa. “É uma casa com sorte”, revela Filomena Almeida, que já deu vários prémios, entre eles duas raspadinhas de cinco mil euros e uma raspadinha que valeu ao vencedor 250 euros por mês durante dois anos. Antes de se instalar em Cesar, Filomena trabalhava por conta de outrém e explica que “foi uma coincidência” ter assumido os destinos do Café Caniço. “Costumo dizer que isto veio ter comigo, e quando
vi a oportunidade agarrei-a com Cesar”, contextualiza o proprietário, ram fugir da cidade e encontraram unhas e dentes”, conta a proprietá- que recorda os tempos dourados em Cesar um bom sítio para viver e ria, que faz um “balanço positivo” da Confeitaria Moderna. “A casa para formar negócio. “Trabalhava do negócio até agora. enchia, fazia-se fila à porta para num laboratório no Porto e este Natural de Macieira de Sarnes, entrar, era a coqueluche de Cesar”, estúdio era meu cliente. Um dia fiCarlos Martins, dono do Café Novo recorda. Os anos passaram e o movi- zeram uma proposta e decidimos Convívio vive em Cesar há cerca de mento foi diminuindo, mas o dono aceitar”, revela Carlos Monteiro. 21 anos. Emigrou para a Suíça, onde conta com a clientela habitual. Encontraram a casa um pouco esteve durante algum tempo, até Como único funcionário do es- em baixo, mas colocaram mãos à que regressou a Cesar, terra à qual tabelecimento, João Carlos Tavares obra e investiram em novo equipareconhece o potencial da indústria e é pasteleiro e atende também os mento. O negócio, segundo Liliana das forças que a constituem. clientes, que entram neste espaço Ribeiro, anda de vento em popa. Está, há mais de dois anos, atrás para provar algumas das suas igua- “Temos crescido muito, nós os dois do balcão do Novo Convívio, esta- rias. “Cesar é um bom sítio para o já não somos suficientes para dar belecimento situado no centro de comércio qualquer pessoa que ve- conta do recado e a loja já começa Cesar, e que constitui um ponto de nha cá vê muitos estabelecimentos, a ficar pequena”, refere a fotógrafa. paragem para muitos cesarenses. principalmente aqui no centro. A Carlos lembra os números para re“O negócio vai andando”, adianta o junta de freguesia é competente e forçar a projeção que o estúdio tem proprietário, que retomou uma casa tem, aos poucos, contribuído para ganho: quando começaram tinham que conta já com vários anos de o desenvolvimento da vila”, deno- dois casamentos agendados, este existência, onde se servem petiscos, ta. ano realizaram cerca de 30. cerveja e café e na qual os clientes Na área do vídeo e da fotografia, são tratados com carinho. Carlos e Liliana trabalham casamen“Temos crescido muito” Ainda no centro da freguesia tos, batizados, comunhões e outros e uns passos ao lado abrem-se as eventos sociais e até já atravessam “A coqueluche de Cesar” Poucos metros ao lado está uma portas para um espaço de memó- fronteiras. “Temos clientes na Suícasa que pertence, há 36 anos, ao rias e de história. O estúdio Zig Zag ça, que emigraram, e há dois anos mesmo dono. João Carlos Tavares, Fotografia e Vídeo, com 40 anos de começamos a fazer uma exposição natural de Santiago de Riba-Ul, de- existência, tem novos donos há cer- de noivos lá”, relata Carlos Moncidiu montar a primeira pastelaria ca de cinco anos, vindos da cidade teiro, que espera continuar a servir na freguesia. “Não havia nenhuma do Porto. Carlos Monteiro, câmara, da melhor forma os clientes que os pastelaria de fabrico próprio em e Liliana Ribeiro, fotógrafa, decidi- visitam.
19 FREGUESIAS, UM CORAÇÃO
Terça-feira, 06 de dezembro de 2016
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> ASSOCIAÇÃO DE PAIS ATIVA NA COMUNIDADE ESCOLAR
“O Jardim de Infância de Vilarinho tem uma mística” A Associação de Pais do Jardim de Infância de Vilarinho tem como principal preocupação a representação dos interesses da comunidade escolar. A presidente, Nídia Ferreira, destaca projetos para o futuro e o encanto próprio da escola. PEDRO LOPES
“Somos um grupo de pais muito empenhados em representar os interesses de todos os pais e educandos e o que defendemos é que se fomentem estas relações solidárias entre pais e comunidade educativa”. Este é, de acordo com Nídia Ferreira, o principal objetivo da Associação de Pais do jardim de infância de Vilarinho. A Associação de Pais tem um
Construção de uma nova cantina é o grande projeto da Associação de Pais do Jardim de Infância de Vilarinho.
papel fundamental na vida esco- muito grande às nossas crianças. lar. “Apoiar atividades que se- Como mãe sinto que o meu filho jam realmente importantes para está muito bem entregue, que os nossos meninos e prestar o este é realmente um espaço muiapoio necessário, como braço to agradável, onde existe muito direito das professoras e da esco- carinho. Sinto todo o conforto la, a tudo o que for preciso para em recomendar o Jardim de Ino dia a dia das suas atividades”, fância de Vilarinho”. Para desenvolver as suas ativirefere Nídia Ferreira. A associação adquire o material necessário dades, esta associação usufrui de e efetua a renovação de todo o apoios de empresas. “Pedimos material que é preciso. “Um ou- apoios para as nossas iniciativas tro papel é também a promoção e temos tido uma colaboração da própria escola. Toda a gente excecional”, refere a encarregada que é de Cesar e arredores sabe de educação. No que toca a projeque o jardim de infância de Vila- tos, a Associação de Pais do Jarrinho tem um encanto especial, dim de Infância de Vilarinho tem uma mística. O que existe nes- planeado já para este ano letivo a te encanto, nesta mística, parte construção de uma nova cantina, muito do profissionalismo das “uma necessidade emergente”. pessoas que cá trabalham, dos Nesse âmbito tem havido uma colaboração entre a Câmara Muprofessores e das auxiliares”. Um trabalho que é notório nicipal de Oliveira de Azeméis, a para Nídia Ferreira, por transmi- Junta de Freguesia e a Associação tir confiança aos pais das crian- de Pais. “O projeto já está em anças. “Há de facto uma dedicação damento”, refere.
> ASSOCIAÇÃO DE PAIS DEFINE PROJETOS PARA EB1 DO PICÔTO
Envolver toda a comunidade escolar vendo maioritariamente da quota dos sócios. “Noventa por cento da receita que a associação tem é de um pequeno valor que os pais pagam anualmente”, explica Joel Magalhães. Neste momento, a associação participa, à semelhança de outras entidades de Cesar, numa iniciativa da junta de freguesia enquadrada na época natalícia: o enfeite das rotundas de Cesar. “A Associação de Pais já há alguns anos que o faz e para isso é preciso o envolvimento do maior número de pais possível”, apela o também ex-aluno da EB1 do Picôto.
No que toca a iniciativas, esta Associação de Pais tem ainda uma festa de Natal, que este ano vai ser organizada pelo agrupamento, assim como um workshop culinário. Joel Magalhães, que lança também o repto a todos os pais da Escola do Picôto para que apareçam e participem, afirma que, em matéria de projetos para o futuro, a associação tem para este ano grandes objetivos. “Propusemo-nos a pagar a todas as crianças do jardim de infância uma semana de praia, na altura do verão”, explica o presidente da associação, para quem as questões económicas não devem ser um
entrave à participação das crianças nestas atividades. Na mesma lógica, Joel Magalhães esclarece também que a associação está também empenhada no sentido de angariar fundos para outra atividade: “Também fazemos questão de pagar na totalidade uma visita que este ano será, em princípio, ao Portugal dos Pequeninos”. Estas são apenas algumas das atividades que esta Associação de Pais se propõe a cumprir, que vai ainda oferecer uma aparelhagem à escola. “Enquanto cá estivermos vamos dar o nosso melhor”, conclui. PUB
As quotas são a principal fonte de receita da Associação de Pais da EB1 do Picôto.
O enfeite das rotundas de Cesar, uma festa de Natal e um workshop culinário são algumas das iniciativas a por em prática pela Associação de Pais da Escola Básica n.º 1 do Picôto.
forma que temos de envolver toda a comunidade na formação e educação dos nossos filhos”. É desta forma que Joel Magalhães, presidente da Associação de Pais da EB1 do Picôto, destaca a importância da associação que preside. Não é novo nestas andanças, sendo este já o quarto ano em que está envolvido PEDRO LOPES ativamente na comunidade escolar, “Nos dias que correm e com as mas pela primeira vez a assumir o mudanças que têm havido ao ní- leme desta associação. Desde 2012, a Associação de vel da educação das crianças, uma Associação de Pais tem uma im- Pais é uma entidade registada e portância fulcral, porque é uma pessoa coletiva nas finanças, vi-
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Terça-feira, 06 de dezembro de 2016
19 FREGUESIAS, UM CORAÇÃO
> TALHO AROUQUÊS CONTA COM QUATRO PONTOS DE VENDA EM CESAR, CARREGOSA E FAJÕES
A arte de bem servir
Com quatro estabelecimentos distribuídos por Cesar, Fajões e Carregosa, o negócio conduzido há dez anos por João Soares traduz-se numa clara história de sucesso. O Talho Arouquês prima pela qualidade aos melhores preços, tendo à disposição dos clientes uma oferta diferenciada da concorrência. A 21 de março de 2006 é escrito o primeiro capítulo de uma história de sucesso. Nesse ano, João Soares coloca mãos à obra e abre o primeiro estabelecimento do Talho Arouquês. O negócio corre de feição e sete anos depois o proprietário investe num novo posto de vendas. No final do ano passado, outros dois estabelecimentos surgem, fruto de uma equipa incansável e de uma qualidade reconhecida pelos consumidores. “O aumento dos nossos pontos de venda foi uma consequência da confiança depositada pelos nossos clientes, ao deslocarem-se para os servirmos no nosso estabelecimento, dandonos toda a confiança para continuarmos alargar o nosso projeto”, explica o proprietário dos quatro estabelecimentos que carregam o nome do Talho Arouquês. Dois em Cesar, localizados na rua 5 de Outubro e na Praça da Liberdade, um em Fajões, na rua de S. Martinho, e outro em Carregosa, situado na rua S. Salvador.
O Talho Arouquês apresenta sempre um leque variado de produtos selecionados
mília de João Soares, mas o proprietário explica que este “é um projeto pessoal”, que em apenas dez anos cresceu a olhos vistos. A chave do sucesso reside na clara diferenciação em relação a outros estabelecimentos. “Em tudo o que fazemos ou comercializamos tentamos ser ímpares em relação à concorrência, procurando sempre junto dos produtores locais a melhor seleção. Todos os animais bovinos comercializados são criteriosamente controlados por nós, desde a sua produção até ao abate. Temos meio de transporte dos mesmos para o matadouro e visitamos as explorações periodicamente”, sublinha João Soares. No entanto, existem alguns “ex-libris”, esclarece o proprietário, como a vitela arouquesa, o leitão e o cabrito, que destacam o Talho Arouquês da con“Ímpares em relação corrência, permitindo “apresentar à concorrência” O negócio dos talhos corre na fa- os melhores produtos aos clientes”.
A melhor qualidade ao melhor preço Com a qualidade sempre na mira, João Soares destaca o leitão, feito através de carcaças frescas e de raça bizara, assado nos melhores fornos e com condimentos de excelência. A isso, o proprietário soma uma boa dose de “carinho e gosto” com que tudo é preparado, que tem o seu peso no resultado final. “Tudo isto são fatores que não nos permitem ter o preço mais baixo, estamos cientes disso, mas permite-nos ter o melhor preço face à qualidade, o que faz com que quem o experimenta se fidelize à casa”, realça. No Talho Arouquês, apenas se trabalha com uma qualidade: a melhor. “A restauração como qualquer um dos nossos clientes são prioridades para a empresa. No entanto, como uma grande parte da restauração teve de ajustar a
qualidade que servia para poder combater preços da concorrência, deixou-nos com alguma incapacidade para servir os mesmos, porque não trabalhamos com duas qualidades de artigo, apenas a melhor”, esclarece João Soares. Ainda assim, alguns mantiveram-se fiéis ao Talho Arouquês, ajudando a combater, nas palavras do proprietário, “as loucuras, quase todas elas temporárias, que aparecem no mercado”. “Alguns restaurantes decidiram, e bem, manter a qualidade e o resultado foi na sua grande maioria satisfatório, mantendo assim o seu cliente que procurava qualidade”, sustenta.
futuro com as preocupações do presente. “Não estamos focados em ter números, mas sim em servir diariamente o nosso cliente fidelizado, a quem retribuímos com um acompanhamento e serviço personalizado que sempre nos caracterizou”, destaca o proprietário, para quem o ditado que diz que “os clientes são a alma do negócio” é uma filosofia praticada neste estabelecimento. Aliando a qualidade à arte de bem servir, o Talho Arouquês pratica frequentemente alguns descontos com o intuito de mimar os seus clientes. “Procuramos ter promoções em alguns produtos, mas nunca baixando a qualidade. Não seria justo para o consumidor estar habituado a uma qualidade e depois aplicarmos a promoção e baixarmos a qualidade”, aponta João Soares, que encara estes descontos como um “gesto de gratidão” para com o consumidor.
Uma equipa de excelência
Para os bons resultados, João Soares conta com uma equipa incansável nos bastidores do Talho Arouquês, que diariamente veste e dignifica a camisola. “Os nossos funcionários são tratados como colaboradores e colegas de trabalho, na sua maioria já prata da casa. A empresa orgulhase de nunca ter despedido qualquer funcionário e os que nos deixaram foram por motivos pessoais, de distância ou familiares”, garante o proprietário. Parte do sucesso alcançado deve-se a uma equipa leal e cumpriClientes são a alma dora, características que são sentidas do negócio Tendo conquistado o coração das “numa simples ida às compras, onde freguesias onde desenvolve a sua ati- o à vontade e a cumplicidade são vidade, o Talho Arouquês encara o notórios”, remata.