Especial la salette

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Este suplemento faz parte integrante do Jornal Correio de Azeméis, edição n.º 4619. Não pode ser vendido separadamente.

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Festas de La Salette 2015 PUB

Multiópticas


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Terça-feira, 04 de agosto de 2015

la salette 2015

editorial

Subsídios para a história das festas de Nossa Senhora de La Salette

António Magalhães

No distante ano de 1893 - já lá vão 112 longos anos! - as festas em honra de Nossa Senhora de La Salette tiveram lugar nos dias 12, 13 e 14 de agosto. Nas edições anteriores, os jornais da terra publicaram três anúncios. No primeiro, Bernardo José da Costa Basto, presidente da comissão executiva das festas - e pai do egrégio oliveirense Dr. José da Costa Sousa Pinto Basto - pede “a todas as pessoas desta vila e em especial aos membros da grande comissão para iluminarem as frentes dos seus prédios na noite de sábado para domingo e bem assim adornarem no domingo as mesmas frentes, do melhor modo que possa ser”. Um segundo aviso provinha da Câmara Municipal, assinado pelo seu presidente Dr. José Lopes Godinho, recordando que, “em virtude das posturas municipais em vigor, é proibido,

na Praça e nas ruas da vila, expor-se à venda vinho sem licença da Câmara, durante as festividades, sob pena de multa e de procedimento”. O terceiro, subscrito pelo administrador do concelho Bruno António Cardozo de Menezes de Abreu de Lima, proibia terminantemente a mendicidade nos mesmos dias, “tanto nas ruas e Praça desta vila, como nas estradas e caminhos que conduzem ao Outeiro do Crasto e aí”. Mais fica a saber-se que a comissão, de acordo com o pároco, decidira alterar o trajeto da procissão da noite de sábado, o que não foi pacífico. Acontece o mesmo ainda hoje... sempre que se toca na tradição. O concerto pela Guarda Municipal de Lisboa foi um êxito, de longe vieram apaixonados. Para os especialistas na matéria - que não é o meu

caso! - deixo as peças mais aplaudidas pela enorme assistência, em que se incluíam músicos e maestros de muitas bandas da região: ‘Ouverture’, da ópera ‘Riense’, de Wagner, os ‘Murmúrios do Mondego’ e a ode sinfónica ‘Serra de Sintra’, inspirada composição de Sauvinet. A Banda da Guarda Municipal de Lisboa foi a antecessora da atual Banda da Guarda Nacional Republicana, famosas então e hoje. A instituição mudou de nome aquando da implantação da República. Fica aqui a evocação dos festejos de 1893. Com ela as saudações afetuosas - de quantos trabalham nesta casa - aos forasteiros que nestes dias de festa nos visitam; compreender-se-á que de um modo particular para os nossos emigrantes, que aqui vêm, com pendular regularidade, recuperar no frondoso arvoredo as forças para mais um ano.

mesmo local se construísse uma capelinha em honra a Nossa Senhora de La-Salette. Segundo reza a tradição, muitos dos peregrinos de regresso às suas casas foram apanhados por uma chuva torrencial que pôs fim a horrenda seca. O povo agradecido erigiu assim este templo – a Capela de La-Salette.

Lourdes (1858) e Nossa Senhora de Fátima (1917), continua a ser uma das mais famosas aparições marianas da idade moderna. O Santo Padre Pio IX, foi o Papa que aprovou a devoção a Nossa Senhora de La Salette, tendo o Papa João Paulo II dito as seguintes palavras, sobre La Salette: “Neste lugar, Maria, a mãe sempre amorosa, mostrou sua dor pelo mal moral causado pela humanidade. Suas lágrimas nos ajudam a entender a gravidade do pecado e a rejeição a Deus, enquanto manifestam ao mesmo tempo a apaixonada fidelidade que Seu Filho mantém com relação a cada pessoa, embora Seu amor redentor esteja marcado com as feridas da traição e do abandono dos homens”.

>Festas de Nossa Senhora de La Salette

Tradição e louvor

Djalma Moscoso Marques*

As festas sempre foram importantes na vida das pessoas, das famílias e das comunidades. Elas quebram a rotina do dia a dia, numa atitude interior de alegria, mantêm as pessoas ligadas à sua terra, são ocasião para que a família se junte e mantenha as tradições. É, pois, importante que a tradição tenha cada vez mais peso, pois é algo muito positivo. É a transmissão do depósito da fé. Agora, as tradições podem e devem ir-se moldando segundo as épocas culturais, sem perderem a matriz religiosa que as define estruturalmente. É nesta dimensão que se realizam, uma vez mais, as Festas em honra de Nossa Senhora de La Salette, convidando-se as comunidades a viverem a sua fundamental dimensão cristã. “Lembrem-se. Sem memória, nada terá futuro algum”, disse um dia Bénard da Costa. De facto assim é, pois este reavivar de uma tradição tão enraizada em terras de Oliveira de Azeméis responsabiliza, mas, simultaneamente, dignifica todos aqueles que a levam a ‘bom porto’! A própria etimologia da palavra religião provém do termo religar o humano e o divino e os membros de uma comunidade. Deve entender-se que tradição e memória interagem, construindo silêncios e lembranças que sempre se transformam, criando identidades e, a partir delas, homens e mulheres se constroem enquanto pessoas em toda a sua unidade e dignidade. Desta forma, compreende-se que todas estas festividades sejam parte fundamental para a história da cidade de Oliveira de Azeméis, procurando-se apreender o significado da realização dessa festa ao longo do tempo. Refira-se, desde logo, que as festas em honra de Nossa Senhora de La-Salette são as mais populares realizadas no mês de agosto em Oliveira de Azeméis. No primeiro domingo de agosto, o povo sai em romaria para dar cumprimento à promessa feita em 1870, quando, num período de seca prolongada que fazia prever a breve trecho miséria e fome, a Nossa Senhora de La Salette ouviu as preces da população que acorreu em massa até ao Monte dos Castros para pedir intervenção divina. Aí, o abade da paróquia, o Padre João José Correia dos Santos, sugeriu que nesse

Um século depois do ‘milagre’, o voto não foi esquecido e, no primeiro domingo de agosto, romeiros de toda a região assistem à procissão de velas (não sendo necessário suplicar como um dia os alemães fizeram de “Mehr Licht, mehr licht”, ou seja, “mais luz, mais luz”, pois o mar de luz, naquela noite é imenso e deslumbrante, devendo lembrarse com especial ênfase o Salmo 35,10 quando diz “Na vossa Luz é que vemos a luz”), que constitui o ponto mais alto das festas, que prosseguem até ao domingo seguinte, dia da procissão e de retorno do andor de Nossa Senhora de La-Salette à capela. A procissão das Velas e a procissão do Triunfo arrastam milhares de devotos de todo o concelho. A religiosidade vivida à volta das Festas de La-Salette é participada pelas 19 freguesias do município e ainda pelos emigrantes oliveirenses espalhados pelos quatro cantos do mundo. O templo de Oliveira de Azeméis foi o primeiro construído em Portugal destinado ao culto de Nossa Senhora de La Salette. Encontra-se no cimo de uma colina inserida no Parque de La Salette, mancha arborizada com jardins românticos e um lago, coreto e chafariz. Edifício religioso, de cunho neomedieval, construído em finais do século XIX por António Correia da Silva (projeto de arquitectura), Henrique Moreira (escultura da fachada), Ricardo Leone (vitrais) e Jerónimo Monteiro da Costa (projeto do parque). Refira-se que nas origens de tudo, Nossa Senhora de La Salette (em francês Notre-Dame de La Salette) foi o nome dado à Santíssima Virgem Maria nas suas aparições na montanha de La Salette, Isére, nos Alpes franceses. Nossa Senhora terá aparecido a 19 de setembro de 1846 a duas crianças, Maximin Giraud de 11 anos e Mélanie Calvat de 15 anos. O culto a Nossa Senhora de La Salette floresceu no século XX e, assim como o de Nossa Senhora de

As festas populares e religiosas, refira-se, traduzem a cultura popular, a linguagem do povo, tudo que vem dele e de sua alma. É única, a sensação do amor saído das entranhas (na conhecida expressão hebraica ‘Hesed’) à Virgem, Nossa Senhora de La Salette por tantos e tantos peregrinos, ao longo do percurso, desde a capela do parque até à igreja matriz, numa festa de Luz, lembrando-se aqui S. Francisco de Assis quando disse que “caminhar a pé é já rezar”. E como tantos e tantos peregrinos caminham lado a lado do andor de Nossa Senhora de La Salette durante todo o percurso… Lembrando A. Lobo Antunes quando lhe perguntaram quem era afinal o seu Deus, aquele escritor respondeu de uma maneira deliciosa: “É aquele que de vez em quando me diz ao ouvido que gosta de mim”. Como Maria/Nossa Senhora de La Salette gostaria que todos os peregrinos também sintam/ venham a sentir isso pelo seu amado filho e sintam também o seu amor de mãe amorosa - e como também ela sussurra de forma dócil e terna o seu amor maternal… - por todos os seus filhos que lhe dizem em louvor, cumulando-os com Graças sem fim: “Mãe, só no teu regaço nos sentimos em casa”. E um silêncio que fala, toma conta de todos que têm a bênção e a Graça de sentir o afago de sua amada Mãe!... E como isso se sente quando a andor se coloca na igreja matriz, finda a procissão de velas… *Diácono (oliveira de azeméis)


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>Até à próxima segunda-feira, a sua visita é obrigatória

As Festas de La Salette estão de volta ao parque Este ano, não faltam motivos para os nossos estimados leitores visitarem o parque durante as Festas em honra de Nossa Senhora de La Salette, que decorrem até ao próximo dia 10 de agosto.

Depois da Procissão de Velas que, no último domingo, ‘inundou’ com um ‘mar de gente’ algumas das ruas da cidade de Oliveira de Azeméis (ver página 17 do especial La Salette 2015, que faz parte desta edição), hoje mesmo, a partir das 22h30, sobe ao palco principal a banda portuguesa ‘Expensive Soul’. A festa da 77.ª Volta a Portugal em Bicicleta associa-se, assim, à maior romaria do concelho, enriquecendo, sobremaneira, o cartaz de 2015. Mas atenção que os nomes sonantes da música e as novidades não se ficam por aqui. A cantora brasileira Adriana Lua (dia 07) e os

dj’s Diana Cohen e Fernando Alvim (dia 08) fazem parte, de igual modo, do programa delineado pela comissão de festas presidida por Jorge Coelho, que conta com a Câmara Municipal como parceira na organização. Destaque também para as alvoradas, que vão ser em maior número, indo ao encontro do que acontecia antigamente, e para a tarde de segunda-feira, que não vai ser só de merendas, havendo ainda zumba, pelas 17h00, para quem quiser queimar calorias e, ao mesmo tempo, ajudar quem mais precisa, visto que cada participante vai ser convidado a contribuir com um bem alimentar. Nota ainda para o festival de folclore - organizado pelo Rancho Folclórico do Grupo Musical Macinhatense -, estátuas vivas, bandas de música do concelho (de S. Tiago de Riba-Ul e de Pinheiro da Bemposta), fado, caminhada, cicloturismo, atletismo, etc.. De que está à espera? Marque já na sua agenda o dia ou dias que vai reservar para as Festas em honra de Nossa Senhora de La Salette. A sua visita é obrigatória! PUB


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LA SALETTE 2015

>HOJE, ÀS 22H30, BANDA DE LEÇA DA PALMEIRA SOBE AO PALCO PRINCIPAL DAS FESTAS DE LA SALETTE

Concerto dos ‘Expensive Soul’ é a ‘cereja no topo do bolo” Estão aí mais umas Festas em honra de Nossa Senhora de La Salette. Este ano, a decorrer até ao próximo dia 10 de agosto, a maior romaria do concelho conta com uma “animação extra” trazida pela Volta a Portugal e Bicicleta: Os ‘Expensive Soul’ atuam hoje mesmo, às 22h30, no palco principal. Um concerto que “não há dúvida que é a cereja no topo do bolo”, segundo o presidente da comissão organizadora, Jorge Coelho.

Paula Rosa

Jorge Coelho continua a ser o presidente da comissão de festas de La Salette, à frente de um ‘grande elenco’. Uma equipa que merece os aplausos dos oliveirenses pelo que tem feito.

dos momentos altos do programa) e depois da atuação de ontem, às 22h00, do grupo de Oliveira de Azeméis ‘Os Tarantinos’, as Festas em honra de Nossa Senhora de La SaletTendo arrancado no último te encontram-se a decorrer até domingo, 02 de agosto, com o ao próximo dia 10. Grande Prémio de Atletismo Hoje, terça-feira, a noite no La Salette, uma caminhada, o parque de La Salette continua a Encontro Nacional de Ciclo- ser de boa música, não só local, turismo e a Procissão de Velas mas também nacional. Após os (esta última, sem dúvida, um concertos dos oliveirenses ‘Os

Paradigma’ e ‘Os Omega’, o palco é dos ‘Expensive Soul’. A partir das 22h30, a festa da 77.ª Volta a Portugal associa-se à maior romaria do concelho e àquela a que o autarca Hermínio Loureiro se tem referido como sendo, de igual modo, a “mais popular da Beira Litoral”. Esta noite é esperada uma enchente de público Segundo Jorge Coelho, a

inclusão no programa desta banda de Leça da Palmeira (Porto), composta por Demo (Mc) e New Max (Mc/ Produtor)“é [mesmo] a cereja no topo do bolo”, uma vez que é esperada uma ‘verdadeira enchente’ de público, atraído por este género de música muito próprio, inspirado pelo r’n’b, soul, funk, 2-step, hip hop e reggae. Em entrevista ao nosso

jornal, o presidente da comissão de festas (CF) ‘puxou’, assim, deste ‘trunfo’ do cartaz de 2015, que, apesar desta “animação extra [assegurada pela organização da Volta a Portugal em Bicicleta]”, ronda o mesmo valor dos outros anos, ou seja, “entre 40 mil a 50 mil euros”. Tal como noutras edições, esta equipa de voluntários, que, nestes últimos meses, andou no terreno, a fazer o peditório porta-a-porta, “está com os pés bem assentes na terra”, não querendo ‘dar passos maiores do que as pernas’. Mas atenção que também não vai descurar a qualidade. E, nesse sentido, decidiu contemplar os “milhares” de oliveirenses e os forasteiros, inclusive “os nossos emigrantes”, que são esperados nas Festas em honra de Nossa Senhora de La Salette com algumas novidades. Caso, por exemplo, da aula de zumba solidária, que está prevista para as 17h00 da segunda-feira de merendas, em que quem quiser participar vai ser convidado a contribuir com um bem alimentar, que, depois, será distribuído por instituições sociais concelhias. E, além disso, “as alvoradas PUB


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Paula Rosa

também vão ser mais [cinco ao todo, nos dias 02, 07, 08, 09 e 10]”, permitindo aos oliveirenses “regressar aos bons velhos tempos”, acordando ao som dos foguetes e morteiros. Espaço insuficiente para acolher tantos feirantes As Festas em honra de Nossa Senhora de La Salette vão contar com equipamentos de diversão, “no local de sempre”, e, como já é habitual, com muitos feirantes. De acordo com Jorge Coelho, começa a não haver espaço para ‘acomodar’ tantos feirantes. E a provar isso mesmo está o facto da própria mostra de artesanato, que, durante anos, se confinou às imediações do lago, ter sido alargada à rua paralela O ‘Retiro da Montanha’ é um espaço de referência no parque de La Salette. ao Parque de Eventos (antigo Parque de Campismo) devido, lá está, a um maior número de artesãos interessados em par- ou, simplesmente, relaxar po- da Seixa e Madail à CF, aquele encontrar uma “solução temdem continuar a fazê-lo, pois espaço está a funcionar desde porária” para aquele probleticipar. o ‘Retiro da Montanha’ conti- há algumas semanas e vai con- ma, “arranjando um homem nua de portas abertas. Cedido tinuar assim, pelo menos, “até que se encontra a explorar ‘Retiro da Montanha’ pela União de Freguesias de final de agosto”. aquele espaço e que, depois, a funcionar Conforme nos adiantou nos dará alguma coisa por Todos aqueles que quei- Oliveira de Azeméis, Santiaram tomar algo junto ao lago go de Riba-Ul, Ul, Macinhata Jorge Coelho, a CF acabou por isso”.

Os ‘Expensive Soul’, concerto integrado na ‘Volta a Portugal em Bicicleta’, esta noite, e a Adriana Lua e a sua Banda, na sexta-feira, irão ser momentos importantes no cartaz das festas em honra de Nossa Senhora de La Salette, cujos pontos altos são mesmo as manifestações religiosas, como a Procissão de Velas, que teve lugar no passado domingo, e a Procissão do Triunfo, que faz regressar a Virgem ao seu santuário. Esta tem início às 18h00, na igreja matriz de Oliveira de Azeméis.

Paula Rosa

Este ano vai ficar marcado pela conclusão da construção do murete junto ao parque de merendas – uma obra iniciada em 2014 que, com a colaboração da Câmara Municipal e da Junta da União das Freguesias de Oliveira de Azeméis, Santiago de Riba-Ul, Ul, Macinhata da Seixa e Madail, a comissão de festas (CF) liderada por Jorge Coelho terminou. A ‘marca’ deixada pela comissão de festas 2015 custou à volta de três mil euros.

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LA SALETTE 2015

>HOJE, ÀS 22H30, BANDA DE LEÇA DA PALMEIRA SOBE AO PALCO PRINCIPAL DAS FESTAS DE LA SALETTE

Concerto dos ‘Expensive Soul’ é a ‘cereja no topo do bolo” Estão aí mais umas Festas em honra de Nossa Senhora de La Salette. Este ano, a decorrer até ao próximo dia 10 de agosto, a maior romaria do concelho conta com uma “animação extra” trazida pela Volta a Portugal e Bicicleta: Os ‘Expensive Soul’ atuam hoje mesmo, às 22h30, no palco principal. Um concerto que “não há dúvida que é a cereja no topo do bolo”, segundo o presidente da comissão organizadora, Jorge Coelho.

Paula Rosa

Jorge Coelho continua a ser o presidente da comissão de festas de La Salette, à frente de um ‘grande elenco’. Uma equipa que merece os aplausos dos oliveirenses pelo que tem feito.

dos momentos altos do programa) e depois da atuação de ontem, às 22h00, do grupo de Oliveira de Azeméis ‘Os Tarantinos’, as Festas em honra de Nossa Senhora de La SaletTendo arrancado no último te encontram-se a decorrer até domingo, 02 de agosto, com o ao próximo dia 10. Grande Prémio de Atletismo Hoje, terça-feira, a noite no La Salette, uma caminhada, o parque de La Salette continua a Encontro Nacional de Ciclo- ser de boa música, não só local, turismo e a Procissão de Velas mas também nacional. Após os (esta última, sem dúvida, um concertos dos oliveirenses ‘Os

Paradigma’ e ‘Os Omega’, o palco é dos ‘Expensive Soul’. A partir das 22h30, a festa da 77.ª Volta a Portugal associa-se à maior romaria do concelho e àquela a que o autarca Hermínio Loureiro se tem referido como sendo, de igual modo, a “mais popular da Beira Litoral”. Esta noite é esperada uma enchente de público Segundo Jorge Coelho, a

inclusão no programa desta banda de Leça da Palmeira (Porto), composta por Demo (Mc) e New Max (Mc/ Produtor)“é [mesmo] a cereja no topo do bolo”, uma vez que é esperada uma ‘verdadeira enchente’ de público, atraído por este género de música muito próprio, inspirado pelo r’n’b, soul, funk, 2-step, hip hop e reggae. Em entrevista ao nosso

jornal, o presidente da comissão de festas (CF) ‘puxou’, assim, deste ‘trunfo’ do cartaz de 2015, que, apesar desta “animação extra [assegurada pela organização da Volta a Portugal em Bicicleta]”, ronda o mesmo valor dos outros anos, ou seja, “entre 40 mil a 50 mil euros”. Tal como noutras edições, esta equipa de voluntários, que, nestes últimos meses, andou no terreno, a fazer o peditório porta-a-porta, “está com os pés bem assentes na terra”, não querendo ‘dar passos maiores do que as pernas’. Mas atenção que também não vai descurar a qualidade. E, nesse sentido, decidiu contemplar os “milhares” de oliveirenses e os forasteiros, inclusive “os nossos emigrantes”, que são esperados nas Festas em honra de Nossa Senhora de La Salette com algumas novidades. Caso, por exemplo, da aula de zumba solidária, que está prevista para as 17h00 da segunda-feira de merendas, em que quem quiser participar vai ser convidado a contribuir com um bem alimentar, que, depois, será distribuído por instituições sociais concelhias. E, além disso, “as alvoradas PUB


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também vão ser mais [cinco ao todo, nos dias 02, 07, 08, 09 e 10]”, permitindo aos oliveirenses “regressar aos bons velhos tempos”, acordando ao som dos foguetes e morteiros. Espaço insuficiente para acolher tantos feirantes As Festas em honra de Nossa Senhora de La Salette vão contar com equipamentos de diversão, “no local de sempre”, e, como já é habitual, com muitos feirantes. De acordo com Jorge Coelho, começa a não haver espaço para ‘acomodar’ tantos feirantes. E a provar isso mesmo está o facto da própria mostra de artesanato, que, durante anos, se confinou às imediações do lago, ter sido alargada à rua paralela O ‘Retiro da Montanha’ é um espaço de referência no parque de La Salette. ao Parque de Eventos (antigo Parque de Campismo) devido, lá está, a um maior número de artesãos interessados em par- ou, simplesmente, relaxar po- da Seixa e Madail à CF, aquele encontrar uma “solução temdem continuar a fazê-lo, pois espaço está a funcionar desde porária” para aquele probleticipar. o ‘Retiro da Montanha’ conti- há algumas semanas e vai con- ma, “arranjando um homem nua de portas abertas. Cedido tinuar assim, pelo menos, “até que se encontra a explorar ‘Retiro da Montanha’ pela União de Freguesias de final de agosto”. aquele espaço e que, depois, a funcionar Conforme nos adiantou nos dará alguma coisa por Todos aqueles que quei- Oliveira de Azeméis, Santiaram tomar algo junto ao lago go de Riba-Ul, Ul, Macinhata Jorge Coelho, a CF acabou por isso”.

Os ‘Expensive Soul’, concerto integrado na ‘Volta a Portugal em Bicicleta’, esta noite, e a Adriana Lua e a sua Banda, na sexta-feira, irão ser momentos importantes no cartaz das festas em honra de Nossa Senhora de La Salette, cujos pontos altos são mesmo as manifestações religiosas, como a Procissão de Velas, que teve lugar no passado domingo, e a Procissão do Triunfo, que faz regressar a Virgem ao seu santuário. Esta tem início às 18h00, na igreja matriz de Oliveira de Azeméis.

Paula Rosa

Este ano vai ficar marcado pela conclusão da construção do murete junto ao parque de merendas – uma obra iniciada em 2014 que, com a colaboração da Câmara Municipal e da Junta da União das Freguesias de Oliveira de Azeméis, Santiago de Riba-Ul, Ul, Macinhata da Seixa e Madail, a comissão de festas (CF) liderada por Jorge Coelho terminou. A ‘marca’ deixada pela comissão de festas 2015 custou à volta de três mil euros.

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>HERMÍNIO LOUREIRO EM ENTREVISTA AO CORREIO DE AZEMÉIS

Centro de Interpretação do Vidro estará pronto até final de 2016 O Centro de Interpretação do Vidro é a última operação no âmbito do financiamento de 4.5 milhões de euros aproximadamente, que vieram dos fundos comunitários para a requalificação do parque de La Salette. Um empreendimento que deve ficar concluído em finais do próximo ano, segundo o presidente da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis. Como é habitual antes das festas, Hermínio Loureiro falou ao nosso jornal sobre este que é um dos mais importantes ex-líbris do nosso concelho. Na ‘visita guiada’ que efetuámos à La Salette o ano passado, alguns equipamentos, estruturas e melhoramentos já estavam concluídos ou em vias disso, como por exemplo a requalificação do núcleo histórico e central, os parques de merendas, de eventos e de caravanismo, que vieram juntar-se a outros, como a reabilitação da encosta nascente e PUB

reflorestação da mata, e o parque intergeracional (parque infantil). De então para cá – um ano decorrido -, o que foi feito no âmbito do investimento que conta com o financiamento do ON2 (QREN)? Neste período os nossos esforços têm estado concentrados no Centro de Interpretação

As obras da segunda fase do Centro de Interpretação do vidro estão a decorrer dentro do previsto

do Vidro, uma obra que dividimos em duas fases distintas. Por um lado, a recuperação da chamada casa do Mateiro, um palacete que foi totalmente requalificado, dignificando uma

peça importante do nosso património arquitetónico que, ainda por cima, foi habitação de uma personalidade muito forte da indústria vidreira em Oliveira de Azeméis. Esse edifício por si só será um testemunho vivo da nossa história, mas estará também recheado no futuro com a memória do vidro. Será um espaço museológico por excelência. Essa fase está finalizada. Decorre ainda a segunda fase. que tem a ver com uma nova construção, um edifício concebido pelo arquiteto Gomes Fernandes, um oliveirense com uma grande sensibilidade para o vidro e que desenhou aquele que será, dentro do Centro de Interpretação do Vidro, uma área mais viva, porque permitirá um maior contato com a produção e a experimentação do vidro, muito focada nas camadas mais jovens. Seguindo esta lógica será este espaço a colher no futuro a nossa oficina de vidro artesanal, o Berço Vidreiro. Há um atraso relativamente ao que estava previsto para a conclusão deste empreendimento. Quando estará pronto? A segunda fase da obra, como já disse, decorre apesar de algumas surpresas geológicas que atrasaram ligeiramente a fase inicial, mas que agora, depois de encontradas as soluções técnicas mais adequadas, já estão a ser ultrapassadas. A obra decorre a bom ritmo e acreditamos que poderá ser

concluída dentro dos prazos previstos. A nossa intenção é trabalhar para que possamos até ao final de 2016 ter o Centro de Interpretação do Vidro todo equipado e pronto a funcionar, mostrando a todos quantos nos visitam a relevância do município na história do vidro em Portugal. Este será um espaço por excelência para a promoção de indústria do vidro e de Oliveira de Azeméis enquanto berço vidreiro e enquanto concelho que honra a suas história e tradições. Pensamos que, com a conclusão do Centro de Interpretação do Vidro, dar-se-á por concluída a operação de requalificação do parque de La Salette, apoiada pelo programa ON2, em sede do Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN), ou há mais intervenções previstas? Teremos, então, o parque preparado para “mais cem anos” como no ano passado nos afirmou? No que diz respeito ao QREN, esta será a nossa última operação, mas o Parque de La Salette deve ser uma preocupação permanente de todos nós e, nesse sentido, estaremos sempre atentos para aproveitar todas as oportunidades que possam melhorar um espaço que está hoje mais bem preparado para enfrentar os próximos cem anos. É hoje claro que o ‘novo’ Parque de La Salette é mais inclusivo que no passado, pois garante para todos, desde os mais novos aos mais velhos, melhores condições, mais mobilidade e mais beleza paisagística. Para a requalificação do parque de La Salette previase, inicialmente, uma verba de 4.1 milhões, que foi entretanto ultrapassada, falandose posteriormente nos cinco milhões. Neste momento, mantémse esse ‘orçamento’ ou há ‘derrapagens’? Na requalificação do parque de La Salette existiu um cumprimento rigoroso daquelas que eram as nossas obrigações perante o QREN e, portanto, não houve qualquer derrapagem.


LA SALETTE 2015

Terça-feira, 04 de agosto de 2015

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>OUTROS MELHORAMENTOS SOB A ALÇADA DO MUNICÍPIO

Piscinas de La Salette com mais condições

As piscinas de La Salette abriram, este ano, com um ar renovado e mais digno de uma estrutura que pretende captar as atenções das famílias oliveirenses e atrair turistas e forasteiros que chegam, diariamente, ao parque. Uma obra realizada pelo Município a que se juntam outras, como a ‘área de serviço de autocaravanas’, que nesta altura do ano começa a ‘rebentar pelas costuras’.

Houve intervenções e melhoramentos realizados no parque, que não foram comparticipados pelos fundos comunitários. A requalificação das piscinas pode considerarse uma das obras mais importantes de 2015 sob a alçada da autarquia. Qual a adesão que está a ter após a renovação? A requalificação era uma necessidade que vínhamos a adiar há alguns anos. Este ano foi possível realizar a obra que teve duas preocupações essenciais. A primeira foi dotá-la de qualidade para os seus utilizadores. A segunda foi realizar um investimento que garantisse uma maior sustentabilidade da mesma em termos energéticos. Tanto uma como outra preocupação foram ultrapassadas. As piscinas de La Salette estão a ter um enorme sucesso, que supera as nossas melhores expetativas, com uma procura que vai muito para além daquilo que era habitual, quer no que diz respeito ao número de pessoas como também no tipo de pessoas que as procuram. Se no passado as piscinas eram procuradas quase exclusivamente pelos mais novos, hoje notamos uma maior procura pelas

As piscinas de La Salette foram alvo de um investimento recente de 240 mil euros.

A ‘área de serviço de autocaravanas’ começa a ser insuficiente. Também é certo que há quem lá estacione veículos ligeiros, ocupando ainda mais o espaço

famílias no seu todo e isso é muito gratificante para nós. Em quanto orçaram as obras? O investimento realizado foi na ordem dos 240 mil euros, realizado uma parte por administração direta e outra através de empreitada. Há quem defenda que o custo das entradas é elevado… Julgamos que os preços são os adequados à oferta disponível em termos de qualidade oferecida e tempo para usufruir das mesmas. Uma outra obra que feita pela Câmara foi o parque de autocaravanismo. De acordo com a opinião geral, esta estrutura está aquém – em

termos de capacidade – das necessidades, nomeadamente nesta época do ano. Está nas previsões do executivo a que

La Salette, Em termos de acessibilidades ao parque de várias em ada efetu ão venç importa salientar a inter “as eiro, Lour ínio Herm ndo artérias adjacentes. Segu do devi parte em s zada pavimentações foram reali te na ao projeto desenvolvido no parque de La Salet para mos veitá Apro iais. condução das águas pluv dades valorizar aquelas ruas, melhorando as acessibili aos e ue parq do ntes visita a todos os transeuntes, moradores”.

preside aumentar este espaço para receber mais autocaravanas? Os amantes do autocaravanismo apreciaram imenso este investimento da autarquia. Isso é reconhecido pelos próprios. A nossa ‘área de serviço de autocaravanas’ cumpre as funções que se esperam de uma estrutura do género, que tem a ver com a necessidade de reabastecimento de água e despejo de águas residuais. Essa é a principal função daquele investimento, servindo ainda para que as autocaravanas ali possam estacionar. Julgamos que o espaço destinado àquela função é por agora suficiente, mas não seremos insensíveis

se a prática demonstrar que precisamos de alargar a capacidade de acolhimento ali ou num outro lugar da cidade ou concelho. Que outras obras foram efetuadas pela Câmara ou por outras entidades na La Salette, que não estão cobertas pela candidatura do QREN? Para além da já referida ‘área de serviço de autocaravanas’, a Câmara Municipal tem feito dezenas de pequenas intervenções que, obviamente, não foram candidatadas porque se prendem mais com a necessidade permanente de manutenção de um parque com esta dimensão. PUB


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Terça-feira, 04 de agosto de 2015

LA SALETTE 2015

>RETIRO DA MONTANHA ENTREGUE À UNIÃO DE FREGUESIAS COM SEDE EM OLIVEIRA DE AZEMÉIS

Estalagem continua no ‘mesmo pé’ e (por enquanto) de pé... O Retiro da Montanha foi entregue à responsabilidade da Junta que gere a União de Freguesias que tem como sede a cidade de Azeméis. A título provisório, este espaço está cedido à comissão de festas e as portas já estão abertas há algum tempo. Já a estalagem quando abre as suas é para ‘arejar’, pois continua à espera que um ‘anjo da guarda’ a salve…

A estalagem S. Miguel ergue-se, majestosamente, no topo do parque, tendo ‘a seus pés’ as piscinas de La Salette

Num parque centenário fantástico como o de La Salette, erguido no sopé do monte Castro, por bravos oliveirenses, um espaço como o ‘Retiro da Montanha’ faz todo o sentido. As suas portas estiveram encerradas até há bem pouco tempo, reabrindo-se recentemente para satisfação dos muitos clientes que por ali passam algumas horas de lazer. Neste período de festa, este café/snack-bar está sempre a ‘abarrotar’ de gente, que convive e se refresca, desfrutando de maravilhosos momentos de convívio. ‘Retiro da Montanha’, um espaço único num local ideal Interpelado sobre o ponto de situação deste verdadeiro ‘retiro’, o presidente da Câmara Municipal esclareceu-nos que este espaço “vai ser gerido pela Junta de Freguesia [União de Freguesias de Oliveira de Azeméis, Santiago de Riba-Ul, Macinhata da Seixa, Madail e Ul]”, que decidiu, “até encontrar uma solução definitiva, entregá-lo à responsabilidade da comissão de Festas de La Salette” (ver também pág. 05 deste suplemento). Decisões à parte, definitivas ou provisórias, as portas do ‘Retiro da Montanha’ estão abertaz de par em par para o receber. Vale a pena fruir de instantes de tranquilidade que este espaço proporciona. Solução para a estalagem S. O parque está preparado para mais 100 anos, segundo Hermínio Loureiro Miguel é que não parece ser assim tão fácil. Torna-se um tema recorrente e que começa a ser até – permitam-nos – cansativo o edil Hermínio Loureiro pou- foi desabafando que “se depen- funcionar. Não está e os moe fastidioso ‘bater na mesma te- co nos adiantou – pelo menos desse exclusivamente da nossa tivos são por demais conhecicla’ todos os anos. A propósito novidades não há -, porém lá vontade a estalagem estaria a dos”.

“Julgo sempre importante nesta altura do ano em que milhares de pessoas nos procuram, muito por causa do parque e das festas que se realizam em honra de Nossa Senhora de La Salette, desejar-lhes que possam usufruir em pleno da oferta que lhes é proporcionada. É também oportuna mais uma palavra de apreço especial para a equipa liderada pelo senhor Jorge Coelho, por mais uma demonstração ímpar de cidadania. A todos eles o meu obrigado, que estou certo ser também o agradecimento de todos os oliveirenses”.

HERMÍNIO LOUREIRO, PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE OLIVEIRA DE AZEMÉIS

‘Porfiar’ parece ser a melhor palavra para este assunto ‘com barbas’, quer por parte dos oliveirenses que exigem uma resolução rápida para o problema que se arrasta no tempo, quer para o Município, que ainda não encontrou um parceiro ‘à altura’. “Como já disse inúmeras vezes, não desistimos de procurar parceiros que consigam garantir para aquele espaço emblemático os pressupostos que julgamos serem os adequados”, repete-nos o líder do executivo municipal. “Infelizmente, por questões que têm a ver sobretudo com a capacidade hoteleira possível no espaço existente, não encontramos ainda esse parceiro. Continuaremos a envidar esforços nesse sentido”, remata. Até quando parece ser a pergunta que (mais uma vez) fica sem resposta.


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>GRATIDÃO PARA COM JORGE COELHO E A SUA EQUIPA

Comissão de festas é muito mais do que isso… A comissão de festas, presidida por Jorge Coelho - que se faz acompanhar de uma equipa que ama a La Salette -, tem sido um parceiro incansável não só na organização da semana de festejos, como todos os anos deixa a sua ‘marca’ no La Salette (ver também páginas 14 e 15). O presidente da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis tem disso consciência e não se cansa, em todas as opor-

tunidades que surjam, em tornar público o seu reconhecimento a estas pessoas que trabalham ‘por amor à camisola’: “Julgo que quaisquer palavras que eu possa dizer relativamente à comissão de festas vão sempre ‘saber a pouco’. Na verdade, aquele conjunto de pessoas é extraordinário porque demonstra um amor ao parque que é absolutamente notável e

incomum nos dias de hoje. Da comissão de festas apenas deveríamos contar com a organização das festas, mas esses homens querem sempre ir mais além. Fazem questão de deixar a sua marca e fazem-no com convicção numa demonstração de generosidade que deve ser reconhecida por todos os oliveirenses que se orgulham do parque de La Salette”, frisa então Hermínio Loureiro.

O presidente da Câmara Municipal, Hermínio Loureiro, não deixa de elogiar o trabalho desenvolvido pela comissão de festas de La Salette.

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>No parque de La Salette

“É uma pena a estalagem S. Miguel estar fechada” Pela sua “localização privilegiada”, em pleno parque de La Salette. Por ser “uma referência da história” local. Por o turismo de Oliveira de Azeméis “estar a relançar-se”. Não faltam razões aos oliveirenses e também a outras gentes que, embora sejam de fora do concelho, sabem bem do que estão a falar para lamentarem o facto de, passados tantos anos, a estalagem S. Miguel continuar com as portas encerradas. Na opinião da esmagadora maioria, deve ser encontrada uma solução o quanto antes, porque o espaço “está a degradar-se a olhos vistos” e esta é uma mais-valia turística que não está a ser aproveitada.

“Conheci a estalagem quando foi a inauguração. Aquilo foi um espetáculo… Naquela altura, era uma obra grandiosa, que dava bom acolhimento. Agora, infelizmente, está ao abandono… O seu encerramento já há tantos anos deve-se à falta de iniciativa da autarquia. Embora a Câmara Rui Graça, seja da minha cor [partidária], 57 anos, Oliveira acho que devia haver mais de Azeméis empenho da sua parte. Se fosse eu que mandasse, esforçava-me mais por reabri-la e mantinha-a na fileira da hotelaria”.

Elizabeth Martins, 58 anos, Oliveira de Azeméis

“É uma pena a estalagem estar fechada, pela sua localização e por pertencer à história da cidade. O espaço é bonito. Fui lá uma, duas vezes… Era um espaço agradável, que, agora, como é óbvio, tem de ser atualizado, mas a localização em si vale a pena. Eu reabri-o e apostava no turismo. Apesar de hoje já haver outras alternativas, mantinha-o na fileira da hotelaria”.

“Acho que está um bocado abandonada. Podia ser aproveitada, por exemplo, para uma pousada da juventude, ainda mais agora que a Câmara fez um bom investimento nas Piscinas de La Salette e no parque em geral. Seria ‘um dois em um’, digamos assim. Não sei porque ainda não fizeram Pedro Nogueira, nada… 43 anos, Oliveira Talvez não haja capacidade de Azeméis financeira para a obra, devido ao espaço estar muito degradado, não sei…”

Manuel Pinheiro, 49 anos, Oliveira de Azeméis

“Não acho bem a estalagem estar fechada há tanto tempo. Na minha opinião, devia estar aberta para o nosso turismo, porque ia trazer mais gente cá. Devia reabrir o quanto antes e ser posta ao serviço do turismo”. Graça Rodrigues, 46 anos, Ul

“Acho uma pena, porque era um sítio agradável. Cheguei a ir lá várias vezes almoçar, tomar café… Reabri-la e mantê-la na fileira do turismo? Não sei… É uma questão de fazerem um estudo económico e verem se vale a pena ou não, tendo em conta a oferta atual. Agora que é um sítio muito Isabel Amorim agradável para as pessoas estarem Costa, 64 anos, isso é, sem dúvida! Poderá vir a ser Arrifana uma estalagem, um restaurante, um espaço de atividades culturais, etc., depende do que faz falta à cidade e ao concelho.

“Podia tirar-se partido daquilo, visto que é um edifício que foi construído já há muitos anos para efeitos positivos e que até se encontra perto das Piscinas de La Salette, recentemente requalificadas. Na minha opinião, deveria fazer-se uso daquilo. Se fosse presidente da Câmara, certamente, reabria a estalagem e mantinha-a na fileira da hotelaria”.

“Acho que o espaço devia abrir para se fazerem lá festas ou, então, ser colocado, novamente, ao serviço da hotelaria e do turismo de Oliveira de Azeméis. Até porque, dada a sua localização, estamos a falar de um espaço que é realmente único”. Joana Costa, 18 anos, Oliveira de Azeméis

“É uma pena a estalagem estar desativada, pois está a degradar-se a olhos vistos, chegando a ouvirse falar de atos de vandalismo e tudo. Mas não sei o porquê disso estar a acontecer. A meu ver, aquele espaço é uma maisvalia para o parque que não está a ser aproveitado. Pelo que sei, os Francisco responsáveis políticos têm tentado Oliveira, 40 anos, arranjar soluções, mas sem sucesso, Oliveira de uma vez que se trata de um Azeméis investimento avultado”.


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Rosa Correia, 40 anos, Ul

“Acho que devia abrir novamente, pois seria uma mais-valia para Oliveira de Azeméis. Cheguei a ir lá uma, duas vezes enquanto esteve aberta… Na minha opinião, a sua reabertura ia beneficiar o turismo local, ainda mais agora que o parque de La Salette é muito conhecido. E até mesmo para manter a nossa juventude cá… que, muitas vezes, vai para outros sítios do País e nem conhece bem a sua cidade”.

“É uma pena aquilo estar nas condições que está. Dá-me pena, porque é um espaço muito bonito e com uma paisagem envolvente deslumbrante. Cheguei a ir lá, muitas vezes, muitas vezes mesmo, tomar café ao bar”.

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“Como oliveirense dá-me pena aquele espaço estar fechado ao público, porque tem uma localização privilegiada, uma história de referência para a cidade e acho que tem de se arranjar uma solução o quanto antes. Corta-me o coração vê-la encerrado. Se mandasse, tinha técnicos a Cristina trabalharem sobre o assunto para ver Marques, 47 a viabilidade… tomaria uma decisão anos, Oliveira fundamentada num estudo que de Azeméis garantisse algum sucesso. Na área da hotelaria ou, pelo menos, relacionada com o turismo? Acho que sim, acho que iria por aí, apostando em SPA ou numa oferta de eventos, pois Oliveira de Azeméis não tem muitas opções a esse nível. Podíamos aproveitar, agora, o facto de Oliveira de Azeméis estar a relançar-se a nível turístico. É uma oportunidade que devia ser aproveitada o quanto antes”. A estalagem S. Miguel devia estar aberta, pois dava rendimento, dinheiro, à terra. É uma pena que esteja fechada, porque foi ali gasta uma fortuna”.

Sílvia Marques, 39 anos, Oliveira de Azeméis Ilídio Terra, 79 anos, Oliveira de Azeméis

11 A Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis continua com o ‘bebé no colo’ e parece que se trata de um ‘parto’ bem difícil. Com ideias, planos, estudos, análises de viabilidade, projetos e mais uma série de demarches, o certo é que este espaço continua com as portas fechadas. O relançamento do turismo em Oliveira de Azeméis - de que praticamente todos nos falaram - parece ser uma boa razão para que, de uma vez por todas, se encontre a solução para este espaço tão aprazível, localizado a poucos metros das renovadas piscinas de La Salette PUB


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>ESTREIA DEUSE NAS FESTAS DE LA SALETTE NO DIA 15 DE AGOSTO DE 1960

Grupo Folclórico de Cidacos assinala os 55 anos As Festas de Nossa Senhora da La Salette de 1960 marcam a grande estreia do Grupo Folclórico de Cidacos, então sob a designação de ‘Grupo de Danças Regionais de Cidacos’, conforme descobrimos na notícia do Correio de Azeméis de então. Isto foi há 55 anos atrás. Juntamente com os seus congéneres ‘As Ceifeiras’ de Fajões e ‘As Padeirinhas’ de Ul, o Grupo Folclórico de Cidacos proporcionou, nesse longínquo ano de 1960, um dia inesquecível aos “amantes da música popular folclórica”. De então para cá o rancho não mais parou e pode dizer-se que é um dos mais fiéis representantes dos trajes e da reconstituição das danças, cantares e tradições da região e mais concretamente do nosso concelho. Em 15 de agosto de 2015, esta coletividade assinala os 55 anos de existência (ver caixa em cima), o que levou o Correio de Azeméis a regressar ao passado, conversando com a sua fundadora, Isabel Maria Calejo, uma mulher que tem dedicado grande parte da sua vida – senão toda – ao folclore e à etnografia. A ‘senhora’, como é conhecida pela população de Cidacos, recordou-nos a génese do ‘seu’ Grupo Folclórico, contou-nos histórias de tempos em que a vida era outra – quiçá mais simples – e se trabalhava nos campos do nascer ao pôr do sol. As pesquisas que fez junto do povo PUB

Isabel Maria Calejo é uma ‘lenda viva’ na memória do folclore e da etnografia do concelho, da região e do País.

de então, das pessoas mais antigas, e das milhares de fotos do seu avô, Amador Valente, que analisou ao pormenor para fielmente reproduzir a sociedade dos finais do século XIX e início do século XX. Acompanhada pela atual presidente, Adriana Martins, a memória de Isabel Maria Calejo não a atraiçoou e, no cimo dos seus 90 e poucos anos, pormenorizou algumas das milhares de atuações que a agremiação já fez, mormente as do estrangeiro, onde o Grupo de Cidacos é já bem conhecido e afamado, como a Dijon, Confolens, Nice, Canne e Toulouse, em França, e a Ferrol e outras localidades espanholas. Da fundação à estreia na La Salette “O Neca Canário, o Frias e um outro amigo que tocava concertina começaram a tocar. Eu disse-lhes que se eles quisessem podiam vir cá a casa [Casa do Senhor da Pedra, Quinta de Cidacos] para ver

no que dava. Eu vi que podia constituir um grupo folclórico, pois já gostava muito de folclore por causa do meu avô, Amador Valente. Ele adorava tudo que fosse da sua terra. Tive o meu avô até aos meus 24 anos… o que é uma coisa maravilhosa. Era uma pessoa inteligente, esperta, que sabia tudo da sua terra e das coisas antigas, o que sempre me interessou… desde pequena”. Vai daí, “conversei com esses rapazes e disse-lhes que formávamos um grupo, mas que tinha de ser muito bem ponderado, pois queria roupas do outro século. Consegui concretizar isso, porque o meu avô tinhas muitas, muitas fotografias, entre outras que nos emprestaram”, conta Isabel Maria Calejo, enquanto tira das muitas pastas que tem à sua volta fotocópias de fotografias de outrora, porque os originais “estão bem guardados”. É que relíquias como as que vimos, efetivamente fazem parte do espólio histórico oliveirense

que deve ser perpetuado para que as memórias não se percam no tempo. Mas a narração ainda ia no início. Por isso a ‘senhora’ continuou: “Informei a minha família à mesa. Estava o meu pai... estava a casa cheia! Sabe, quando o Grupo Folclórico nasceu o meu avô já não era vivo. Estava, então, o meu tio, que era filho do meu avô Amador Valente, e o meu pai, que não era de cá [era de Coimbra], mas sempre achou muito graça ao facto de quando ia daqui de férias eu contar tudo quanto se referia a Oliveira de Azeméis”. Daí até à concretização da ideia, a fundadora não mais parou. Havia que arranjar os pares dançarinos. “Isso foi muito fácil [mais do que agora, pois a falta de elementos é um dos principais problemas atuais desta coletividade]. Mal eu disse que ia formar um grupo folclórico, começaram a aparecer raparigas e rapazes até daqui de Cidacos…”. Então, “juntamo-nos e pensamos: ‘se há uma festa na La Salette no dia 15 de agosto, nós vamos lá dançar pela primeira vez… e fomos… dia 15 de agosto 1960. Quem levou o ‘pau’ [estandarte] do Grupo Folclórico de Cidacos foi o Zé Cotins, meu atual caseiro… ainda hoje dança no grupo”, recorda com um olhar que revela saudade e, simultaneamente, um enorme orgulho e paixão. Os aplausos não foram reagateados. Os oliveirenses e os muitos forasteiros que vieram, nesse dia, às festas de Nossa Senhora de La Salette “gostaram do que viram. Tivemos uma boa ‘entrada’ na comunidade. Acharam graça e o grupo começou a singrar até

>GRUPO FOLCLÓRICO DE CIDACOS  2015

Piquenique dia 15 de agosto Para assinalar o 55.º aniversário, o Grupo Folclórico de Cidacos promove nesse sábado, na Quinta de Cidacos, uma missa campal e um piquenique, para os quais convida todos os elementos que integram ou já integraram a coletividade. O convívio promete momentos únicos e inesquecíveis, num local por si só já aprazível. Apareça. Só tem de levar o seu farnel para partilhar numa confraternização que ficará para a posteridade. hoje… como se vê”. Uma mulher que deu (a) vida ao folclore Isabel Maria Seabra Amador Valente Sá Oliveira Calejo é um ‘poço’ de sabedoria popular. Ligada desde então à Federação do Folclore Português, é membro do CIOFF – Conselho Internacional de Organizações de Festivais de Folclore e Artes Tradicionais e de tantos outros organismos e instituições, nacionais e internacionais, que têm como objetivo a preservação das raízes culturais do nosso povo. Já foi agraciada com a medalha do Município, um dos momentos importantes que recorda da sua vida dedicada à sociedade, a par de tantos outros, como aquele que, em Confolens, “uma mulherzinha ali de Vilar (que não me lembro o nome), que tinha 50 e tal anos, percorreu e dançou todo o desfile com o cesto à cabeça. Todos vinham felicitá-la e ao grupo por isso mesmo… ela era realmente formidável. Isso emocionou-me muito…”. Falta apenas a homenagem de Portugal. A congratulação merecida, dizemos nós, consubstanciada na comenda de que já tanto se falou.


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>Folclore já não atrai a juventude

Uma sede mais ampla... precisa-se’ Nem tudo é um ‘mar de rosas’ lá para os lados de Cidacos. O Grupo Folclórico está um pouco ‘desfalcado’ de elementos e… de dinheiro. Para compor o ‘ramalhete’ falta também uma sede com mais espaço. Estamos certos que, ao fim de 55 anos de trabalho, não serão estes os problemas que o irão derrubar. Como todos as associações, para Isabel Maria Calejo, o principal problema do Grupo Folclórico de Cidacos “é não ter muito dinheiro”, para além de “muitas raparigas atualmente não quererem trajar em conformidade com o que se usava antigamente”. Porém não é só. De acordo já com Adriana

Martins, líder da atual direção, “a falta de elementos” é outra preocupação. “Hoje em dia é difícil conseguirmos arranjar, porque os jovens têm outros atrativos e é com dificuldade que os conseguimos cativar. O folclore já não lhes diz tanto. Temos ainda alguns que vêm

porque são filhos ou netos dos que já cá andam e ainda estão enraizados…”. Um problema que, julgamos, não é só desta coletividade. Por outro lado, a falta de uma sede mais espaçosa e condigna não deixa de ser uma ‘dor de cabeça’ para os responsáveis da

instituição. Isabel Maria Calejo já doou uma casa, no lugar da Espinheira, mas o certo é que, neste momento, reside lá uma pessoa, que obviamente não pode ser despejada. “Já solicitei à Câmara Municipal para quando vagar um espaço, que seja apropriado,

nos ceda. O ideal seria ali a Escola n.º 1 [Conde Ferreira, Feira dos Onze], porque fica muito próximo de Cidacos. Não queríamos sair deste lugar de Oliveira de Azeméis, que foi o nosso berço e que, também, se valorizou com a existência do grupo”. PUB


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>E já lá vão dez anos desde o trágico acidente em Palmaz

Uma ‘salva de palmas’ aos nossos bombeiros voluntários Em plenas festas de La Salette de 2005, um acidente de viação vitimou mortalmente três bombeiros da corporação de Azeméis e uma outra voluntária ficou ferida. Dez anos depois, recordámos a tragédia desse verão quente e reportamos a ‘salva de palmas’, em jeito de homenagem, que se ouviu na Assembleia Municipal do passado dia 29 de junho. O Correio de Azeméis estava em laboração e fechava mais uma edição diária que, em 2005, marcou o nosso stand nas festas de La Salette. Com ‘armas e bagagens’, a redação mudara-se, literalmente, para o parque onde acompanhava, in loco, os festejos desse ano. Infelizmente, não apenas os festejos. Nesse dia 12 de agosto, bem quente, ao longe, avistava-se, para o lado de Palmaz, colunas de fumo, que, na obscuridade da noite, se transformavam em labaredas infernais que metiam medo. Os comentários do povo, junto à nossa redação improvi-

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Em 2005, o Correio de Azeméis lançou uma série de boletins diários, durante as festas de La Salette, feitos no próprio parque, todos eles marcados pelo trágico acidente que vitimou os nossos bombeiros.

sada na La Salette, eram de receio pela aproximação do fogo ao casario e de condenação coletiva pela destruição de tantos hectares de floresta que, então, já haviam ardido. Foi de facto um ano ‘para esquecer’ neste capítulo com a certeza iminente de ‘mão criminosa’. A dada altura, a notícia ‘caiu’ que nem uma ‘bomba’ ao entardecer desse malogrado 12 de agosto de 2005. Tínhamos de suspender a edição e rapidamente inteirar-nos da tragédia que se havia passado, lá para os lados de Ferreiros, Palmaz. O despiste de uma viatura – se bem recordamos, um ‘LandRover’ -, onde seguiam

ilesa e a dar também entrada no Hospital. Confirmada a notícia, esse foi o pior dos quatro ou cinco ‘boletins diários’ que fechámos então na La Salette. Ainda hoje marca a memória dos elementos que integraram a equipa da redação que aí trabalhou, alguns dos quais se bombeiros da Associação mantêm ao serviço no Humanitária oliveirense, Correio de Azeméis aindespistara-se. Iam com- da hoje. Uma recordação bater o fogo no lugar de que se agravou, dias deNespereira, dessa mesma pois, com a confirmação freguesia. Um bombeiro da morte dos voluntários teria morrido (Bruno Fi- Pedro e Carlos. lipe Santos), dois teriam ficado gravemente feridos Assembleia (Pedro Miguel Figueiredo homenageia as e Carlos Severino), com vítimas do acidente Este episódio - que não uma outra jovem colega (Vera Marques) a não sair deixa de andar sempre

Assembleia Municipal lembrou os ‘soldados da paz’ vitimados pelo acidente em 2005

associado às festas de La Salette - foi assinalado, no passado dia 29 de junho, na última Assembleia Municipal, que se realizou em Cesar. Pela voz de Jorge Melo Pereira, centrista ligado ao longo dos anos a várias corporações de bombeiros, ouviu-se o apelo a uma ‘salva de palmas’, até porque a bravura dos voluntários ‘sempre prontos’ merece mais do que muitos minutos de silêncio, como sublinhou: “Há 10 anos atrás – 12 de agosto 2005 - um acontecimento trágico marcou a sociedade oliveirense, em particular, os bombeiros oli­ veirenses. Acidente que vitimou quatro bombei-

ros, tendo três deles falecido e uma bombeira sobrevivido! Quatro jovens que, nesse dia, momentos antes de saírem do quartel para o incêndio que iam combater, conviviam radiantes na sua juventude, radiantes no seu espírito de equipa e união, e, acima de tudo, radiantes porque respirava-se amizade entre todos. Eram uma verdadeira equipa! Eram uns bravos guerreiros da Paz! Nesses dias, a população oliveirense prestou justas homenagens aos bombeiros. Tínhamos perdido quatro bons bombeiros! Sim digo quatro, porque, apesar de haver uma sobrevivente, ainda hoje a Vera Marques não recuperou. Nunca mais conseguiu entrar naquele quartel! Gostaria de pedir, aqui nesta Assembleia, uma justa homenagem, marcando os 10 anos deste trágico acontecimento, não com um minuto de silêncio, mas sim com uma salva de palmas, pois eles eram e tenho-os na memória como pessoas alegres e divertidas”. E foi de pé que todos os membros dos órgãos deliberativo e executivo, bem como o público e comunicação social presentes bateram palmas e lembraram o Bruno, o Pedro, o Carlos (e também a Vera), que servem de testemunho para todos quantos se esquecem de quanto valem os nossos ‘soldados da paz’ e o que eles fazem por nós. Bem-hajam. PUB


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>12 DE AGOSTO DE 2005

Em memória… “No Verão de 2005, os dias corriam bem-dispostos e, apesar do excesso de solicitações a que os dois Grupos de Primeira Intervenção (GPI) estavam a ser sujeitos, a forte liderança do Adjunto de Comando do Quadro de Especialistas, Pedro Miguel Madeira Figueiredo, mantinha-nos coesos e alegres. A época florestal começara mais cedo do que o normal, a seca impunha as suas regras, e o concelho era varrido pela onda dos grandes incêndios, obrigando os nossos Bombeiros a três dias de intenso combate, numa luta que parecia muitas vezes desigual. Com as Festas da Nossa Sr.ª de La-Salette como pano de fundo, os dias corriam longos e tranquilos. As ignições eram espaçadas e, muitas vezes, eram fruto do pânico das constantes imagens de tragédia e devastação, trazidas pela televisão. A subida das temperaturas prevista tinha feito aumentar o estado de alerta. O dia 12 de agosto nascera quente e a relembrar o serão passado no Parque da La-Salette a comer farturas. Com poucas solicitações ao longo do dia, o lanche (reforçado por uma gratificação dada por um proprietário) decorria num salutar clima de confraternização. Às 17h30m, surge o alerta para nova ocorrência que nos obrigava a um trajeto aproximado de 10km. Os elementos dos GPI, prontos ao minuto, rapidamente se dirigiram para os veículos que lhe estavam destinados. O primeiro a sair do Quartel, Veiculo Ligeiro Combate Incêndio (VLCI03), transportava os elementos Bruno Santos, Carlos Severino, Pedro Figueiredo e Vera Marques. Os outros, Veiculo Florestal de Combate a Incêndio (VFCI) e Veiculo Tanque Tático Urbano (VTTU) transportavam os restantes elementos e tinham saído ligeiramente desfasados do primeiro. No trajeto sinuoso feito com concentração e enorme espírito de altruísmo, surgem populares a acenar implorando que estancássemos a marcha. O cenário era dantesco!!!… A primeira sensação foi indescritível e inesquecível!… De seguida, fomos invadidos por um discernimento imensurável, que nos impeliu em socorro dos nossos amigos… Depois

do alerta para a Central dos Bombeiros Voluntários de Oliveira de Azeméis, a ajuda dos populares foi indispensável no primeiro socorro prestado! Os elementos que partilhavam connosco alegrias, brincadeiras e sorrisos, ‘obrigavam-nos’ a derramar lágrimas de incapacidade por não conseguirmos fazer mais e melhor… Lágrimas de angústia por os vermos em sofrimento… Lágrimas por quedarem serenos no solo… Demasiado serenos!… A chegada das ambulâncias, transformou aquele cenário numa luz de esperança. Tinham chegado os melhores meios e mais elementos para ajudar a ‘puxá-los’ para a Vida… Inexcedível o Hospital São Miguel, na recepção, tratamento e reencaminhamento das vítimas!… As duras tarefas seguintes, cortadas pelo telemóvel que trazia a mensagem que o Bruno tinha falecido, tornaram-se demasiado pesadas. Carregavam o peso de um jovem na flor da idade, cheio de projetos e força de viver… Encerrava-se a 12 de agosto de 2005 o último capítulo da vida do Bruno Santos… Os dias seguintes foram de sofrimento e pesar. O ‘último adeus’ ao Bruno trouxe até nós ondas de solidariedade de Norte a Sul do País, mas ao mesmo tempo a esperança de não voltarmos a viver tão difícil momento! A vontade de viver do Carlos e do Pedro levaram-nos a acreditar que a vida deles seria duradoura. Um acidente de viação atraiçoou-os e após seis dias de bravo combate pela vida, foram ‘chamados’ a repousar eternamente. As cerimónias foram emocionalmente fortes e difíceis de aceitar, e, apesar de todas as manifestações de apoio, carinho e dedicação, o nosso jardim contava a perda de três das nossas melhores flores!… A vontade de desistir assolou-nos, levou-nos a questionar se realmente valia a pena dar tanto de nós, em prol de uma sociedade que nem sempre nos compreende e respeita. O Bruno, o Carlos e o Pedro deram o que tinham de mais importante: a Vida! Perderam-na em serviço desta tão nobre causa… Levaram ao expoente máximo o lema ‘Vida por Vida’! As famílias dos Bombeiros

No lugar do despiste, em Ferreiros - Palmaz, foi erguido um memorial aos bombeiros falecidos.

falecidos e, acima de tudo, a recuperação total a todos os níveis da Vera Marques passou a nortear-nos! Por valorizarmos tanto a vida, não seria compreensível negligenciar a saúde da Vera – pessoa que muito estimamos – que depois de tão trágico acontecimento passou a ter maior dificuldade em sorrir. Os momentos que passou justificam-no! A nossa vontade de a ver novamente sorrir de forma contagiante, faz-nos dedicar-lhe toda a

atenção necessária e merecida! Acreditamos que vai ficar bem! A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Oliveira de Azeméis comemora 100 anos de vida em 24 de junho de 2006. Este capítulo de história ficará para sempre perpetuado nas nossas memórias. Jamais tivemos um ano tão negativamente marcante como 2005! É nossa crença que nunca mais perderemos elementos em serviço… Seria uma

crueldade!!!… A vontade e abnegação de servir, provoca coisas que não consigo explicar. Ainda hoje é difícil perceber porque fazemos tanto, por tão pouco reconhecimento!” (PAULO VITÓRIA, COMANDANTE DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE OLIVEIRA DE AZEMÉIS in ‘100 ANOS DE HISTÓRIA’, OBRA EDITADA PARA ASSINALAR O 100.º ANIVERSÁRIO DA ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIA OLIVEIRENSE) PUB


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Terça-feira, 04 de agosto de 2015

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> Maior número de participantes levou organização a estendê-la à rua paralela ao Parque de Eventos

Mostra de Artesanato com mais artesãos este ano

São cerca de 20 os artesãos que, este ano, ‘dão corpo’ à mostra de artesanato integrada nas Festas de La Salette. Um maior número de participações em relação a outras edições levou os organizadores a alargarem a iniciativa à rua paralela ao Parque de Eventos, conhecida mesmo pela ‘rua do artesanato’. Um maior número de artesãos interessados em participar na mostra de artesanato das Festas em honra de Nossa Senhora de La Salette, que começaram no domingo passado e decorrem até segunda-feira, 10 de agosto, levou a organização a redimensionar o espaço inicialmente previsto para aquela iniciativa. Além da área junto ao lago e ao snack-bar ‘Retiro da Montanha’, que tem vindo a ocupar noutros anos, a exposição está a ter lugar também na rua que tem início na

entrada do agora Parque de Eventos (antigo Parque de Campismo) e que se estende para lá dos pavilhões das ‘Farturas Couto’ (quem vai para a capela de La Salette), agora também conhecida pela ‘rua do artesanato’. Nesta mostra, os milhares de pessoas que são esperados no parque de La Salette, durante os próximos dias, podem encontrar o melhor do artesanato que se faz no concelho e distrito, e, igualmente, noutras partes do País, com destaque para o Minho, em particular para a zona de Caminha. Este é, sem dúvida, mais um dos muitos pontos de interesse daquelas que são as maiores festividades do município de Oliveira de Azeméis e umas das maiores da região da Beira Litoral.


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Terça-feira, 04 de agosto de 2015

> Procissão de Velas continua a ser um dos momentos altos das Festas de La Salette

Milhares de velas iluminaram ruas de Oliveira de Azeméis Tal como a Procissão do Triunfo (marcada para este próximo domingo, às 18h00), a Procissão de Velas é um dos momentos altos das Festas em honra de Nossa Senhora de La Salette. Todos os anos, milhares de velas iluminam as ruas de Oliveira de Azeméis, acompanhando o andor da Virgem desde o parque até à igreja matriz. Este ano não foi exceção. Na noite do passado domingo, milhares de devotos de Nossa Senhora de La Salette, oriundos do concelho de Oliveira de

Fotos: Alfredo Pinho

Azeméis e não só, integraram mais uma Procissão de Velas, protagonizando, assim, aquele que é um dos momentos altos do programa das maiores festas do município. Transmitido em direto pela rádio de todos os oliveirenses – a Azeméis FM -, este ritual conhecido além-fronteiras concelhias,

que durou perto de duas horas, juntou milhares de fiéis de todos os estratos sociais e faixas etárias, inclusive emigrantes que se encontram em período de férias, dando um sinal inequívoco de que, não obstante a crise espiritual que assola alguns, a fé continua bem viva na vida de muitos. À semelhança de outros anos,

deste percurso tão querido pelas gentes de terras de La Salette destacaram-se duas ocasiões, nomeadamente a descida da Virgem do Monte dos Castros (parque de La Salette) em direção ao lugar de Cidacos e a sua chegada à Praça José da Costa – vulgo jardim público -, antes de entrar na igreja matriz, onde vai

permanecer até 09 de agosto. No próximo domingo, pelas 18h00, Nossa Senhora de La Salette regressa à sua capela, com a Procissão do Triunfo, outra grande manifestação religiosa, que também atrai multidões, aglutinando irmandades de todas as paróquias da Vigararia de Oliveira de Azeméis. PUB


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Terça-feira, 04 de agosto de 2015

LA SALETTE 2015

> A DIMENSÃO DESPORTIVA DAS MAIORES FESTAS DO CONCELHO

Paula Rosa

Azeméis é... desporto As festas englobam no cartaz anual, há já muito tempo, uma vertente desportiva para os atletas ou amantes do exercício físico. Este ano não foi exceção e o programa abriu, no passado domingo, com uma caminhada por terras de La Salette, o famoso ‘Grande Prémio de Atletismo La Salette’ e o ‘Encontro Nacional de Cicloturismo’, atividades que proporcionaram, essencialmente, momentos de confraternização. Para o ano há mais!

A equipa (Rainha Muscle&Fitness Club) com maior representação feminina no atletismo

A habitual prova de cicloturismo fez também a festa e o convívio

Correio Tal como manda a tradição, a ‘barraquinha’ do aos junto te, Salet de Azeméis, no parque de La abertas’ pavilhões das ‘Farturas Couto’, está de ‘portas os que, s todo er receb (na foto ainda fechadas...) para rem quise te, Salet La de durante as Festas de N.ª Sr.ª até -nos visite e ite conv o fazer-nos uma visita. Aceite s com essõe impr r troca r dia 10 de agosto. Além de pode para, si’ de or melh o ‘dão alguns dos colaboradores que ou casa em l jorna seu o er semana após semana, receb o ment paga o r lariza regu adquiri-lo nas bancas, pode assim que, ção Aten ante. da assinatura ou fazer-se assin direito a como noutros anos, os novos assinantes terão ‘N.ª Sr.ª à rmos pedi para s um brinde! (Só um parêntesi outra com mple conte nos de La Salette’ que, em 2016, da a desto e as’ ‘ruín em ‘casinha’, que esta está quase que za certe a se) (qua s atual nobreza do parque. Temo vamos ser ouvidos!).

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LA SALETTE 2015

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> SOBRE O PARQUE DE LA SALETTE

Autarquia lança ‘livro de ouro’ e filme promocional A Câmara escolheu agosto, “mês de excelência do parque de La Salette”, e as festas em honra da Virgem do Monte dos Castros para lançar um livro e um filme promocional sobre aquilo que, bem vistas as coisas, “é o que mais une” os oliveirenses. Este ano, o segundo dia das Festas em honra de Nossa Senhora de La Salette ficou marcado pelo lançamento de um livro e de um novo filme promocional sobre o centenário parque de La Salette - cerimónia que teve lugar na esplanada do restaurante Ricoca, junto às Piscinas de La Salette, e para a qual foram convidados, entre outros, elementos da comissão organizadora das festividades, inclusive o seu presidente Jorge Coelho. Ambos os registos para memória futura resultaram de uma candidatura levada a cabo pela Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis (CMOA), com o apoio técnico do ‘Atelier do Beco da Bela Vista’, no âmbito do projeto de requalificação, no valor superior a cinco milhões de euros, comparticipado pelo ON.2 – O Novo Norte, Programa Operacional Regional do Norte e que está prestes a transformar o ‘pulmão verde’ da cidade “num parque virado para o século XXI”. Falta concluir o Centro de Interpretação do Vidro, no qual “estamos a trabalhar arduamente”, e pouco mais. Depois do “material” – entenda-se várias obras no terre-

O autarca Hermínio Loureiro apresentou, orgulhosamente, estas duas mais recentes ‘obras’ relacionadas com o parque de La Salette

no -, surge, agora, o “imaterial”, sendo que, para a concretização deste desiderato, a autarquia contou com a colaboração de inúmeras individualidades, às quais Hermínio Loureiro, na passada segunda-feira, ao final da manhã, fez questão de fazer um agradecimento público. O autarca agradeceu à “equipa multidisciplinar” da edilidade que colaborou, ‘Atelier do Beco da Bela Vista’, fotógrafo Kim Ramalho, professor António Magalhães, Padre Albino Fernandes, Mário Saavedra (frequentador assíduo do parque de La Salette) e Ricardo Tavares (o último presidente da extinta Fundação La Salette). Uma obra “que faz toda a diferença” “A partir de hoje, temos, dentro do espólio de publicações do Município, esta publicação de enormíssima qualidade, que faz toda a diferença”, afirmou Hermínio Loureiro a propósito da obra ‘Parque La Salette – De Monte dos Castros a

O nosso diretor, professor António Magalhães (à esq.ª), foi um dos que colaboraram com este último projeto da Câmara

Parque Público’, disponível, para já, numa edição limitada. Aliás, a CMOA não põe de lado a hipótese de avançar para uma segunda edição e, depois, pô-la à disposição dos oliveirenses por

“um preço simbólico”, conforme adiantou, em exclusivo ao Correio de Azeméis, o edil. Com o ‘Parque La Salette – De Monte dos Castros a Parque Público’, “podemos regressar

às origens do parque de La Salette”. Este é um ‘livro de ouro’ que “atravessa a história do vidro; fala de todos os investimentos que foram feitos na sequência da candidatura [ao ON.2]; tem um capítulo dedicado às árvores”, algumas das quais “exemplares únicos, que nunca é demais promover e valorizar”. Mas atenção que o investimento camarário neste ‘ex-libris’ do concelho não se vai quedar por aqui. De acordo com Hermínio Loureiro, “por muito que façamos no parque ficamos sempre com a sensação que se pode fazer mais alguma coisa”. O trabalho do Município vai, pois, continuar em prol daquele que, recebendo mais de 150 mil visitantes por ano, é, atualmente, “o parque mais visitado do EDV [Entre Douro e Vouga] e um dos mais visitados da região Norte”. PUB


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LA SALETTE 2015

2 ~ domingďż˝ 8h00 8h30 9h30

Alvorada Caminhada por Terras de La Salette Grande PrĂŠmio de Atletismo La Salette Encontro Nacional de Cicloturismo 21h00 ProcissĂŁo de Velas

3 ~ segundďż˝-feirďż˝

22h00 Banda "Tarantinos"

4 ~ terç�-feirďż˝ | Noitďż˝ dďż˝ Juventudďż˝ 21h00 Banda "Ă“mega" Banda "Paradigma" 22h30 Banda "Expensive

Soul" ~ Concerto da Volta a Portugal

5 ~ quartďż˝-feirďż˝

22h00 Banda "Europa"

6 ~ quintďż˝-feirďż˝

22h00 Fados de Coimbra ~ Grupo "Fado ao Centro"

7 ~ sextďż˝-feirďż˝

8h00 Alvorada 22h00 Michael e Steven 23h00

e sua banda

8 ~ sĂĄbadďż˝ 8h00 K 21h30 24h00

Alvorada 5HFHomR H 'HVÀOH GRV JUXSRV IROFOyULFRV _ 5XDV SHGRQDLV GD FLGDGH Festival folclórico: 5DQFKR )ROFOyULFR GR *UXSR 0XVLFDO 0DFLQKDWHQVH _ 0DFLQKDWD GD 6HL[D 2 $]HPpLV *UXSR (WQRJUiÀFR GH 9LOD 3UDLD GH $QFRUD _ 0LQKR $VRFLDFLyQ &XOWXUDO (VFROD GH 'DQ]DV H *DLWDV 9LU[H GR $OLYLR _ 7RPLxR *DOL]D (VSDQKD *UXSR )ROFOyULFR $V &HLIHLUDV GH 6mR 0DUWLQKR GH )DM}HV _ 2 $]HPpLV Noite da Juventude _ 3DUTXH GH (YHQWRV

DJ Fernando Alvim DJ Diana Cohen

9 ~ domingďż˝ 8h00 K K K K K

Alvorada 0LVVD 6ROHQH _ ,JUHMD PDWUL] a *UXSR &RUDO H &pQLFR /D 6DOHWWH $UUXDGD GDV EDQGDV GH PXVLFD _ &HQWUR GD FLGDGH 3URFLVVmR GH 7ULXQIR DFRPSDQKDGD SHOD )DQIDUUD GRV %RPEHLURV 9ROXQWDULRV GH 2 $]HPpLV %DQGD GH 0~VLFD GH 6DQWLDJR GH 5LED 8O %DQGD GH 0~VLFD GR 3LQKHLUR GD %HPSRVWD )RJR GH DUWLItFLR

10 ~ segundďż˝-feirďż˝ 8h00 K K 17h00 22h00 K

Alvorada 'HVHQKR LQIDQWLO _ 3DOFR SULQFLSDO 7DUGH GH 0HUHQGDV Zumba SolidĂĄrio Grupo "Olhos D'agua" )RJR GH DUWLItFLR

MOSTRA E VENDA DE ARTESANATO


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