Correio de Sintra 188-86 nv

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Correio de Sintra 19 de novembro a 4 de dezembro

Concelho

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m tempos de pandemia, um dos sectores da nossa sociedade que mais sofreu foi a Cultura. Dos profissionais aos amadores, são raros os casos daqueles que não foram obrigados a cancelar ou adiar iniciativas ou reduzir substancialmente o número de cadeiras. Recorde-se, por exemplo, que este ano, em Sintra, estava previsto um extenso programa cultural com vista a celebrar os 25 anos da elevação de Sintra a Património Mundial. A associação cultural Alagamares, ciente das dificuldades em atrair público, decidiu criar uma rede de agentes culturais de Sintra. “Trata-se de operacionalizar e reforçar os meios de divulgação e promoção dos eventos e iniciativas das gentes da cultura, seja ao dotar as suas iniciativas de maior visibilidade, seja ajudando a promover iniciativas, seja ainda a permitir um apoio de retaguarda na área jurídica, na elaboração e divulgação de candidaturas a fundos, na promoção e divulgação de intercâmbios, residências artísticas, etc. Periodicamente, pretendemos

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Sintra é berço de rede de agentes culturais também organizar um evento ao vivo que seja uma mostra do que se faz por cá, e sobretudo, dando relevo aos valores mais jovens”, explicou, ao nosso jornal, Fernando Morais Gomes, fundador e presidente desta associação. Numa reunião que teve lugar no passado mês de outubro, foi constituído um grupo de trabalho que procura apelar aos vários agentes do sector que se juntem “como um movimento informal, sem natureza dirigista, de aglutinação dos grupos ou gentes da Cultura, para tanto indo criar grupos de trabalho para as várias áreas onde se prevê intervir”. Essa carta de intenções já está disponível no grupo “Rede Cultural de Sintra”, no Facebook, e o grupo propõe: “a organização de uma tertúlia de encontro regular e um evento também regular, ao vivo, que reúna artistas consagrados, artistas emergentes e as gentes de Sintra (...), a construção dum site da Rede com uma listagem dos diversos criativos com toda a informação sobre o trabalho e iniciativas (...), a criação de uma Agenda Semanal dos Eventos em que participem os grupos

e agentes culturais integrantes da Rede, no âmbito do site e das redes sociais, a ser divulgada pelas redes, comunicação social e bases de dados (...) e a criação de um espaço, físico e/ou virtual, de apoio a todos os integrantes, nomeadamente no plano jurídico, técnico e artístico, com realização de workshops e ações de formação para os membros, em áreas técnicas e artísticas, a ministrar por elementos da Rede ou personalidades por si convidadas, bem como informação sobre candidaturas a apoios públicos ou privados, mecenato, crowdfunding e outras formas de financiamento”. “Sintra nos últimos anos tem vindo a aumentar a oferta cultural, mas há que dar visibilidade a quem começa, e não está ainda nas agendas dos grandes auditórios ou palácios. A Cultura são as

pessoas, e a sua mensagem, e forma de estar e dialogar, seja numa lógica macro, mas também micro”, afirmou ainda o dirigente, que diz acreditar “na importância de uma sociedade civil forte e interventiva”. Trata-se, para já, de um projeto coletivo e em construção, que conta com a colaboração voluntária dos seus integrantes. Escritores, poetas, músicos, artistas plásticas, investigadores, agentes culturais e novos talentos estão convidados a integrar o grupo e a divulgar os seus trabalhos e projetos, desde que não abordem temas como política partidária, clube desportivo ou confissão religiosa. Nesta primeira fase, as comunicações e dúvidas podem (e devem) ser remetidas para o email: alagamaressintra@gmail. com CD

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s autoridades têm vindo a realizar operações de fiscalização para confirmar se os doentes infetados com Covid-19 se encontram a cumprir com o isolamento definido pela Direção Geral da Saúde (DGS), através de visitas surpresa. Os utentes não sabem que as autoridades vão aparecer e as pessoas são escolhidas no dia anterior pelo respectivo Centro de Saúde. O objetivo é apanhar os

alvos desprevenidos para confirmar se a medida está a ser cumprida, caso contrário, podem ser punidos com multas. As equipas de fiscalização são compostas por elementos da polícia, bem como por uma enfermeira e uma assistente social, que, devidamente equipados com os fatos de segurança, fazem uma ronda pelas várias residências. A equipa de investigação da CMTV acompanhou a operação no concelho

de Sintra, onde a medida tem também uma «vertente social», uma vez que as equipas multidisciplinares visitam os munícipes infectados com covid-19 na tentativa de perceber que necessidades têm enquanto estão confinados, por ordem das autoridades de saúde e dar-lhes algum apoio. Em Sintra quase 100 pessoas já beneficiam de apoio financeiro, numa medida criada em Julho. Desde essa

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Covid 19 - Autoridades fiscalizam isolamento de doentes com visitas surpresa

altura, a autarquia já gastou cerca de 12 milhões de euros na luta contra a Covid-19, que inclui o suporte dado ao Hospital Amadora-Sintra.  PUB

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