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Partidos quieren ganar diputados de la migración
PSD inova nos círculos da emigração e PS mantém aposta nos históricos
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CORREIO / LUSA
O PSD apresenta nestas legislativas novos cabeças-de-lista aos círculos eleitorais da Europa e fora do continente, substituindo dois pesos pesados, enquanto o PS mantém a aposta nos seus históricos na emigração.
O PSD e o PS são os únicos partidos com deputados eleitos pelos círculos eleitorais da emigração — Europa e Fora da Europa -, mas o primeiro optou por mudanças nos cabeças-de-lista a estes círculos eleitorais, não sem alguma polémica.
Rui Rio escolheu, pela Europa, Maria Ester Vargas, ex-deputada e ex-conselheira da embaixada de Portugal em Berna, que substituirá o anterior número um Carlos Gonçalves.
Por seu lado, o deputado e dirigente Maló de Abreu encabeçará o círculo fora da Europa, em vez de José Cesário, secretário de Estado das Comunidades Portuguesas entre 2011 e 2015.
A escolha de Rio desagradou ao PSD de Paris, que fez saber através de um comunicado que os critérios desta opção “configura um retrocesso sem paralelo na história do PSD da Emigração”. Em relação ao PS, o sentido é de continuidade, com Paulo Pisco a ser novamente cabeça-de-lista pela Europa e Augusto Santos Silva pelo círculo Fora da Europa.
Pela Europa, são igualmente cabeças de lista dos partidos com assento parlamentar Maria Teresa Soares (BE), Joana de Abreu Carvalho (CDU), Francisca Sampaio (CDS), Rogério Castro (PAN), João Batista (Chega), Carolina Dias (IL) e Natércia Rodrigues Lopes (Livre).
Dos partidos sem assento parlamentar concorrem os cabeças-de-lista José Inácio Faria (MPT), Vitor Pereira (PCTP/ MRPP), Paulo de Sousa (RIR), Paulo Viana (Nós, Cidadãos), Paulo Martins (Ergue-te), Ossanda dos Santos (Aliança), Amílcar Martins (ADN), Idalina Madaleno (PTP), Duarte Costa (Volt Portugal) e José Inácio Sebastião (MAS).
Para o círculo eleitoral Fora da Europa os partidos com assento parlamentar escolheram para cabeças-de-lista Miguel Heleno (BE), Dulce Kurtenbach (CDU), Rahim Ahmad (CDS), Nelson Abreu (PAN), José Dias Fernandes (Chega), Nuno Garoupa (IL) e Geiziely Fernandes (Livre).
E os que não têm assento parlamentar optaram por Othon Nin (MPT), Bárbara Teixeira (RIR), Renato Epifânio (Nós, Cidadãos), Jorge de Almeida (Ergue-te), Luís Lopes (Aliança), Fernando Barreto (ADN), Leandro Damasceno (Volt Portugal) e Maricel Borghelli (MAS).
Nestas eleições serão eleitos dois deputados pela Europa e dois pelo círculo Fora da Europa.
Pela Europa estão inscritos 926.312 eleitores e 595.478 para o círculo Fora da Europa.
Nas últimas legislativas, em 2019, PS e PSD elegeram, cada um, dois deputados pelo círculo da Europa e outros dois pelo círculo Fora da Europa.
Pela Europa, o PS foi o partido mais votado, enquanto no círculo Fora da Europa o PSD foi o que obteve mais votos, com o PS a recuperar um deputado neste círculo, o que não acontecia há 20 anos.
Em 2019, votaram 12,05% dos 895.590 eleitores inscritos pelo círculo eleitoral da Europa e 8,81% dos 571.164 inscritos Fora da Europa.
GAID promove sessões de esclarecimento com os investidores da diáspora
Com o objetivo de assegurar uma resposta eficaz aos investidores da diáspora que pretendam desenvolver projetos ligados ao setor do turismo, o Gabinete de Apoio ao Investidor da Diáspora irá promover, em conjunto com o Turismo de Portugal, sessões de esclarecimento periódicas com os empresários. Reuniões serão individuais, para um acompanhamento mais próximo de cada projeto, e serão realizadas por videoconferência.
Nestas sessões serão abordadas formas de financiamento e questões ligadas aos licenciamentos, entre outros tópicos aplicáveis a cada caso concreto. As primeiras sessões estão agendadas para os dias 18 de janeiro, 1 e 15 de fevereiro, entre 14h00 e as 18h30, e vão abranger um total de 12 a 15 investidores.
CORREIO / LUSA
A poucas semanas das legislativas, a diáspora lamenta que os quatro deputados dos círculos da Europa e Fora da Europa continuem longe do número que acredita que seria o reconhecimento pelos portugueses que vivem fora do País. Para o líder do Conselho das Comunidades, Flávio Alves Martins, dos “problemas históricos” que afetam quem vive lá fora, a representatividade eleitoral é um dos maiores, a par do ensino da língua e dos serviços consulares
O presidente do Conselho das Comunidades Portuguesas (CCP), Flávio Alves Martins, lamentou que este órgão consultivo do Governo quanto àqueles que vivem fora do País não seja ouvido como deveria pelos vários executivos, desde a sua criação, em 1981. No Irrevogável, programa de entrevistas políticas da revista VISÃO, esta quinta-feira, o docente universitário e investigador, residente no Rio de Janeiro (Brasil), lançou reptos para a resolução de problemas crónicos que afetam os emigrantes portugueses, e os seus descendentes, desafiando as autoridades nacionais a lançarem-se na realização de um census da população que não reside em Portugal territorial.
Flávio Alves Martins começou por lembrar, a três semanas das eleições, que “há cerca de dois anos, aquando da revisão da lei eleitoral, o número de eleitores quintuplicou”. “De 350 mil para em torno de um milhão e meio – mas ainda assim menor do que aquele número que podemos atingir nos próximos meses”, disse, salientado, contudo, que a quantidade de deputados que representam estes círculos eleitorais não tenha acompanhado tal aumento. Por isso, apontou que uma das soluções poderia passar por “retirar” eleitos “círculos maiores, Lisboa e Porto; jamais dos círculos do interior”.