Simulado Enem 2019

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Simulado2019 PROVA 1

PROVA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO

ATENÇÃO: transcreva no espaço apropriado do seu CARTÃO-RESPOSTA,

Segue o líder! LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES: 1. Este CADERNO DE QUESTÕES contém 90 questões numeradas de 01 a 90 e a Proposta de Redação, dispostas da seguinte maneira: a) questões de número 01 a 45, relativas à área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias; b) Proposta de Redação; c) questões de número 46 a 90, relativas à área de Ciências Humanas e suas Tecnologias. ATENÇÃO: as questões de 01 a 05 são relativas à língua estrangeira. Você deverá responder apenas às questões relativas à língua estrangeira (inglês ou espanhol) escolhida. 2.

com as instruções anteriores. Caso o caderno esteja incompleto, tenha defeito ou apresente qualquer divergência, comunique ao aplicador da sala para que ele tome as providências cabíveis.

3. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções. Apenas uma responde corretamente à questão. 4. O tempo disponível para estas provas é de cinco horas e trinta minutos. 5.

CARTÃO-RESPOSTA. Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na avaliação.

6. Somente serão corrigidas as redações transcritas na FOLHA DE REDAÇÃO. 7. Quando terminar as provas, acene para chamar o aplicador e entregue este CADERNO DE QUESTÕES e o CARTÃO-RESPOSTA/FOLHA DE REDAÇÃO. 8. Você poderá deixar o local de prova somente após decorridas duas horas do início da aplicação e que antecedem o término das provas.


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LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

O jovem que escreveu o telegram não foi muito cuidadoso na escolha de palavras porque:

Questões de 01 a 05 (opção inglês)

A Ele não escolheu a palavra certa para expressar habilidade.

QUESTÃO 01

B Ele não usou may para pedir permissão formal The Fox and the Lion

C Ele escolheu may ao invés de can

Once upon a time, the king of the forest, the lion, told all the animals that he was ill and that he was going to die soon. He asked them to visit him. The tiger, the wolf, the sheep and the cow went into the lion’s cave but the fox, who was very clever, waited outside.

D Ele escolheu a palavra certa para expressar permissão em linguagem formal

None of the animals came out. After a long time, the lion came out and said to the fox: “Why don’t you visit me, my friend? I am dying.”

Analise o seguinte cartum:

E Ele não usou may para permissão informal QUESTÃO 03

The fox answered: “I saw many animals go into the cave, but none of them have come out. I did not want to crowd you. When some animals come out, I will go into your cave, your majesty.” De acordo com o texto: A A raposa convidou o leão. B A raposa foi até a cova. C A raposa era um animal inteligente. D A raposa não viu qualquer animal. E A raposa estava bastante debilitada. QUESTÃO 02 The right word in the right place The use of can to ask for permission is common and perfectly correct in formal language nowadays, but some people do not agree. To those purists may is the right word to ask for permission, while can is the correct one to express ability. This reminds me of a story about George Bernard Shaw, the great Irish playwright. He once received a telegram from a group of young actors in which they asked for Shaw’s permission to present one of his plays. But the young man who wrote the telegram was not very careful in his choice of words. Shaw opened the telegram and read: “Can we present your Pygmalion?” It was clear that they intended to ask for the author’s permission, but Shaw was not satisfied. For him, the old master of words, can is the right word to express ability, not permission. Shaw’s answer was quick and full of irony. He immediately sent a telegram to the young actors, saying: “You may, but you probably cannot.”

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O ditado popular brasileiro que melhor representa a situação ilustrada é: A Água mole em pedra dura tanto bate até que fura. B A grama do vizinho é sempre mais verde do que a nossa. C Casa de ferreiro, espeto de pau. D Cão que ladra não morde. E Cavalo dado não se olha os dentes.


Simulado2019 QUESTÃO 04

QUESTÃO 05 “Are your plans for this New Year’s bigger than usual, smaller than usual or about the same? 19% - Bigger than usual 8% - Smaller than usual 72% - About the same 1% - Not sure” (From a telephone poll of 1,021 adult Americans)

De acordo com a pesquisa: A 72% dos Americanos disseram que não planejam celebrações para a véspera do Ano Novo. B Apenas 8% disseram que planejam celebrar o Ano Novo fazendo algo diferente. C Todos os Americanos sabem o que fazer no Ano Novo. D A maioria dos Americanos não pretende mudar os planos para celebrar o Ano Novo. De acordo com a imagem acima:

E Muitas pessoas planejam passar o Ano Novo viajando para longe de casa.

A O mundo gasta o equivalente a 17 bilhões de dólares por ano em armamentos. B O gasto mundial com armamentos é menor que o gasto com alimentos, água, saúde, educação e habitação. C O gasto anual com habitação, comida, saúde, educação e água é menor que o gasto quinzenal com armamentos. D O gasto mundial com armamentos a cada 2 semanas equivale ao montante necessário para prover o mundo com habitação, comida, saúde, educação e água por um ano. E O gasto anual com habitação, comida, saúde, educação e água é maior que o gasto quinzenal com armamentos.

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LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS Questões de 01 a 05 (opção Espanhol) QUESTÃO 01

A empresa chinesa Chuwi, especializada em notebooks e tabletes, decide vender seus produtos com preços inferiores aos da concorrência. Mas, para que isso ocorra, tem que “tirar la casa por la ventana”, cujo significado está associado ao fato de: A investir em propaganda e publicidade. B exagerar significativamente nos preços. C renovar seu estoque através de uma promoção. D divulgar seus produtos por meio de um catálogo. E ofertar produtos fora de moda, mas com preços baixos. QUESTÃO 03

Macanudo, Argentina. Fuente: http://rplatam.com/liniers-eldorado/

Com a leitura da tira de Macanudo, é possível inferir que A A menina apresenta muito medo de fantasmas. B A menina pede para o fantasma ir embora. C O fantasma não gosta de crianças que admiram vampiros. E O fantasma se parece com um vampiro romântico.

No diálogo entre Susanita e Mafalda, sobre os pobres e abandonados, inferimos que as palavras de Susanita, no último quadro, foram

QUESTÃO 02

B incoerentes com sua opinião.

D O fantasma odeia assustar crianças.

Chuwi es una marca china que ha decidido especializarse solo en un tipo de producto, y en éste caso estamos ante un fabricante de portátiles y tablets, casi siempre con procesador Intel y sistema operativo Windows 10. Ahora el fabricante ha decido tirar la casa por la ventana y comenzar un periodo de ofertas mediante el cual podremos conseguir casi todo su catálogo de productos a precio reducido, incluyendo la venta de accesorios para sus equipos a precios ridículos (por ejemplo un teclado por apenas 1.50 euros). En la promoción no solo se puede comprar a un precio de poco más de 37 0 euros con el envío incluido, sino que además te regalan una serie de accesorios (ratón inalámbrico, funda de transporte y pendrive USB 3.0) valorados en más de 30 euros. Acessado em 30/05/17 - https://hardzone.es/2017/05/31/chuwi-tira-la-casa-la-ventanaportatiles-tablets-convertibles [adaptado]

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A sensíveis com o indigente. C consonantes com as de Mafalda. D consistentes com sua apreciação. E solidarias com os mais pobres.


Simulado2019 QUESTÃO 04

QUESTÃO 05

A campanha em destaque, que circula no México atualmente, tem como principal objetivo: A destacar a importância das relações familiares. B promover o deputado federal Rafa González. As expressões idiomáticas são palavras que possuem significados diferentes das definições individuais. Em sua carta, a aluna escreve “os voy a echar mucho de menos a todos”. Com a expressão destacada, ela procura expressar que:

C incentivar a união familiar dos condutores mexicanos. D desestimular a troca de mensagens ao conduzir. E mostrar que um acidente pode destruir uma família.

A continuará amando muito sua professora que deixará para trás. B ficará muito triste por estar longe dos amigos. C visitará sua professora e amigos com mais frequência. D sentirá muita saudade daqueles aos quais ela faz referência na carta E estará em contato com todos embora esteja longe.

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Questões de 06 a 45

QUESTÃO 07

QUESTÃO 06

FONTE:http://portucia.blogspot.com.br/2013/

A charge acima apresenta uma linguagem mista. Nesse sentido, a compreensão de sua mensagem só ocorre, efetivamente, se analisarmos tanto a linguagem verbal quanto a não verbal. Em relação à charge, pode-se afirmar que A denuncia a opressão das minorias sociais. B condena a escassez de recursos tecnológicos. C relativiza a necessidade de artigos eletrônicos na infância. FONTE: https://br.pinterest.com/pin/533324780848490385/.

O fotógrafo Sebastião Salgado, através de seus trabalhos, mostrou, em vários continentes, a triste realidade da pobreza. Segundo ele próprio diz: “A humanidade andou buscando, durante muito tempo, uma linguagem universal. Falou-se do latim, no início; depois, do inglês; houve um momento em que se tentou criar uma língua – o esperanto –, mas a linguagem universal foi criada. É a linguagem da imagem. E a fotografia é seu vetor principal. Quando se escreve nesta linguagem sobre os sem-terra, aqui no Brasil, ela pode ser lida sem tradução no Japão, na França, nos EUA. Todo mundo compreende.”

D demonstra os efeitos negativos dos avós na formação das crianças. E defende a importância da qualificação profissional em um mundo dominado pela tecnologia. QUESTÃO 08

Nessa obra, em que retrata o rosto de uma menina pobre, Sebastião Salgado usa sua arte para A criticar a postura atuante da sociedade. B provocar a reflexão sobre essa realidade. C propor alternativas para solucionar esse problema. D difundir a origem de marcantes diferenças sociais. E Retratar como a questão é enfrentada em vários países do mundo. Mãos desenhando – 1948 (Escher)

A obra Mãos desenhando, do artista holandês Maurits Cornelis Escher, é um exemplo de metalinguagem porque:

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Simulado2019 A coloca o emissor em evidência, expressando suas emoções e atitudes. B busca mobilizar a atenção do receptor, produzindo um apelo ou uma ordem. C transmite informações e dados concretos sobre a obra produzida pelo artista. D utiliza procedimentos para manter o contato entre os interlocutores, zelando pelo bom funcionamento do canal utilizado na comunicação. E reflete sobre o processo de criação artística, destacando o código utilizado na própria obra. QUESTÃO 09 “As línguas constituem sistemas de comunicação verbal. Conquanto a fala seja da maior importância, fator fundamental de humanidade no homem, a nossa capacidade de comunicar conteúdos expressivos não se restringe às palavras; nem são elas o único modo de comunicação simbólica. Existem, na faixa de mediação significativa entre nosso mundo interno e o externo, outras linguagens além das verbais.” (OSTROWER A. Criatividade e processos de criação. Petrópolis: Vozes, 1999. p. 24.)

Segundo o texto, é correto afirmar: A Nada pode substituir as palavras como forma de comunicação.

As escolhas linguísticas feitas pela autora conferem ao texto: A caráter atual, pelo uso de linguagem própria da internet. B cunho apelativo, pela predominância de imagens metafóricas. C originalidade, pela concisão da linguagem. D tom de diálogo, pela recorrência de gírias. E espontaneidade, pelo uso da linguagem coloquial. QUESTÃO 11 Meter a língua onde não é chamado Joaquim Ferreira dos Santos Azeite, não é meu parente! Nem todos entendem, mas a língua que se falava antigamente era tranchã, era não? As palavras pareciam todas usar galocha, e eu me lembro como ficava cabreiro quando aquela teteia da rua, sempre usando tank colegial, se aprochegava com a barra da anágua aparecendo, vendendo farinha, como se dizia. Só porque tinha me trocado pelo desgramado que charlava numa baratinha, ela sapecava expressões do tipo “conheceu, papudo?!”, “Ora, vá lamber sabão”, eu devolvia de chofre, com toda a agressividade da época, “deixa de trololó, sua sirigaita”. FONTE: http://www.releituras.com/jfsantos

B A capacidade humana de comunicação limita-se às linguagens não-verbais.

No texto, o autor propõe uma reflexão sobre o uso de algumas palavras da língua portuguesa. Essa reflexão é marcada por

C A fala não é o único elemento a considerar em situações de comunicação simbólica.

A progressão temporal, evidenciada pela presença de palavras indicativas dos dias da semana.

D A fala é indispensável na mediação entre nosso mundo interno e o externo.

B tom humorístico, ocasionado pela ocorrência de palavras empregadas em contextos diferentes de seu tempo.

E Para comunicar conteúdos expressivos, é prioritário dominar as linguagens não verbais. QUESTÃO 10 Que Tiro Foi Esse Jojo Maronttinni Que bum foi esse que tá um arraso Que tiro foi esse que tá um arraso?! Que tiro foi esse? Que tiro foi esse que tá um arraso?! Samba Na cara da inimiga Vai, samba Desfila com as amigas Vai, samba Na cara da inimiga Vai, samba Desfila com as amigas Quer causar, a gente causa Quer sambar, a gente pisa! Quer causar, a gente causa Quem olha o nosso bonde pira

C caracterização da identidade linguística do autor, percebida pela recorrência de palavras regionais. D distanciamento entre o autor e qualquer leitor, provocado pelo emprego de palavras com significados pouco conhecidos. E inadequação vocabular, demonstrada pela seleção de palavras inapropriadas para um autor, devido ao seu desconhecimento da língua.

FONTE: https://www.letras.mus.br/jojo-maronttinni/que-tiro-foi-esse/

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Simulado2019 QUESTÃO 12

- Bom, Helmuth. Até aí... - Espera. O baile continua. Tudo normal. Às vezes rola um bêbado pela escadaria, mas nada demais. E então bate a meia-noite. Há um rebuliço na porta do palácio. Olho para trás e vejo uma mulher maltrapilha que desce pela escadaria, correndo. Ela perde um sapato. E o príncipe atrás dela. - O príncipe?! - Ele mesmo. E gritando para eu segurar a esfarrapada. “Segura! Segura!” Me preparo para segurá-la quando ouço uma espécie de “vum” acompanhado de um clarão. Me viro e... - E o quê, meu Deus? O porteiro esvazia a garrafa com um último gole.

O recurso do humor geralmente é empregado em textos de charges e tirinhas. No texto acima, em que consiste o humor? A em o menino tentar enganar a mãe ao apenas falar qualquer coisa com o pai.

- Você não vai acreditar. - Conta! - A tal carruagem. A de ouro. Tinha se transformado numa abóbora. - Numa o quê?!

B em a mãe esperar que o filho entendesse que o verbo “falar”, naquela ocasião, se referia ao fato de fazer a mesma pergunta ao pai e o menino ter entendido como apenas se comunicar com o pai.

- Eu disse que você não ia acreditar.

C em o menino querer comer chocolate.

- Helmuth... !!!

D em o pai não entender o porquê da pergunta do filho.

- Não tem mais aguardente?

E em o pai e a mãe não estabelecerem comunicação para saber se o filho está falando a verdade.

- Acho que você já bebeu demais por hoje.

QUESTÃO 13 Detalhes O velho porteiro do palácio chega em casa, trêmulo. Como faz sempre que tem baile no palácio, sua mulher o espera com café da manhã reforçado. Mas desta vez ele nem olha para a xícara fumegante, o bolo, a manteiga, as geleias. Vai direto à aguardente. Atira-se na sua poltrona perto do fogão e toma um longo gole da bebida, pelo gargalo. - Helmuth, o que foi? - Espera, Helga. Deixe eu me controlar primeiro. Toma outro gole de aguardente. - Conta, homem! O que houve com você? Aconteceu alguma coisa no baile? - Co-começou tudo bem. As pessoas chegando, todo mundo de gala, todos com convite, tudo direitinho. Sempre tem, claro, o filhinho de papai sem convite que quer me levar na conversa, mas já estou acostumado. Comigo não tem conversa. De repente, chega a maior carruagem que eu já vi. Enorme. E toda de ouro. Puxada por três parelhas de cavalos brancos. Cavalões! Elefantes! De dentro da carruagem salta uma dona. Sozinha. Uma beleza. Eu me preparo para barrar a entrada dela porque mulher desacompanhada não entra em baile do palácio. Mas essa dona é tão bonita, tão, sei lá, radiante, que eu não digo nada e deixo ela entrar. PROENEM Simulado 2019 - Prova 1 - Página 8

- Uma abóbora? - E os cavalos em ratos.

- Juro que não bebi nada! - Esse trabalho no palácio está acabando com você, Helmuth. Pede para ser transferido para o almoxarifado. (Luís Fernando Veríssimo)

Vocabulário: • Fumegante: muito quente • Almoxarifado: área de trabalho do almoxarife. Na visão de Helga, ao ouvir, atenta, toda a história até o final, a mulher diz que seu marido deve pedir para ser transferido para o almoxarifado. Segunda ela, o trabalho no Palácio está acabando com seu marido. Isso ocorre porque: A Helmuth trabalha no período noturno, o que desencadeia muito cansaço. B Helmuth, na frente da mulher, estava bebendo e ela acha que tudo não passou de fruto da imaginação dele, devido à ingestão de bebida alcoólica. C Helga acredita em tudo, mas acha a história um pouco fantasiosa. D Helga não acredita na história do marido; pensa que ele está inventando isso para enganá-la, desviando a atenção do fato de que ele estava bebendo. E Helga não acredita na história contada pelo marido; ela acha que isso é fruto da imaginação, fomentado pela bebida e pelo cansaço.


Simulado2019 QUESTÃO 14

O autor, ao construir o conto, optou por fazer uma crítica. A crítica existente no texto refere-se: A Aos contos de fadas clássicos, que colocam a princesa como a pessoa submissa e vive para o príncipe, ao passo que o conto de fadas mais “adequado” para os dias atuais seria mais parecido com o de Luís Fernando Veríssimo. B À necessidade de casamento. C À solidão das pessoas no século XXI, principalmente das mulheres. D À submissão da mulher no século XXI, considerando que a sociedade impõe isso nas relações matrimoniais. E À imposição da imagem do homem como o ser independente. Ivo viu a uva - www.ivoviuauva.com.br

Nos contos de fada clássicos, a figura da fada madrinha existe para satisfazer os desejos da princesa. Nesse caso, o texto II desenvolve uma situação humorística quando a fada madrinha: A satisfaz o desejo da princesa de dormir mais um pouco, ao usar o botão soneca. B satisfaz o desejo da bruxa, que lançou o feitiço para a princesa dormir. C satisfaz o desejo do príncipe de ver sua princesa descansada. D satisfaz o próprio desejo de deixar a princesa dormindo, para ela parar de pedir muitas coisas, evitando, assim, muito trabalho a ser feito com os pedidos da princesa. E na verdade, se mostra a verdadeira bruxa má da história, lançando um feitiço na princesa que nem com o beijo do príncipe pode ser desfeito. QUESTÃO 15 Conto de fadas para mulheres do século 21 Era uma vez uma linda moça que perguntou a um lindo rapaz: - Você quer casar comigo?

QUESTÃO 16 Velho continho de natal - Deu pra mim. Larguei. Vou pendurar as chuteiras. Fui. – Papai Noel, o senhor não pode fazer isso. – Estou estressado, saturado, de saco cheio. – Que bom, Papai Noel. Então é só distribuir tudo por aí. – Estou de saco cheio, menino, mas de sacola vazia. A crise financeira internacional me pegou. Além disso, estou cansado dessas viagens perigosas ao Brasil. Uma bala perdida matou uma das minhas renas. É cada vez mais difícil ter acesso às casas, todas gradeadas. Até na chaminé tem grade. Já fui sequestrado nove vezes. – Puxa, Papai Noel, mas o senhor é muito importante para nós. Natal sem o senhor não vai ter graça. Por favor… – Hummm. Não tenho mais saco. Ninguém acredita em mim. – Eu acredito. Meus amigos acreditam. Vovó também… – Qual é a tua idade, guri? – Seis anos, Papai Noel. – Logo vi. – Por favor, Papai Noel, precisamos tanto do senhor…

Ele respondeu: - NÃO! E a moça viveu feliz para sempre, foi viajar, fez compras, conheceu muitos outros rapazes, visitou muitos lugares, foi morar na praia, comprou outro carro, mobiliou sua casa, sempre estava sorrindo e de bom humor, nunca lhe faltava nada, bebia cerveja com as amigas sempre que estava com vontade e ninguém mandava nela. O rapaz ficou barrigudo, careca, feio, o corpo murchou, ficou sozinho e pobre, pois não se constrói nada sem uma MULHER. (Luís Fernando Veríssimo)

– Não adianta insistir. Vou largar. Não aguento mais passar tanto calor com essa roupa pesada, essa barba incômoda e toda essa tralha adequada ao frio. Por que não posso andar de calção, de sunga, de camiseta? Fizeram churrasquinho de uma das minhas renas e ainda venderam como se fosse lombinho canadense. Vou me aposentar. – Ora, Papai Noel, é melhor pensar bem. Vovô me disse que a aposentadoria do INSS é uma merrequinha. E que ele morre de tédio sem nada para fazer. Já pensou até em ser Papai Noel voluntário numa escola aqui do bairro. – Não adianta. Vou vazar. Cansei de ser um instrumento do consumismo desenfreado. Exploram a minha imagem como garoto propaganda de tudo quanto PROENEM Simulado 2019 - Prova 1 - Página 9


Simulado2019 é bugiganga, não me pagam coisa alguma e ainda desvirtuam a minha mensagem.

QUESTÃO 17

– Não, Papai Noel, não é assim. Minha mãe é psicanalista. Meu pai é publicitário. Eles discutem muito sobre a sua imagem. Sei do que estou falando. Já fui a vários congressos com eles. O seu papel é fundamental para a formação dos nossos valores e para a nossa imaginação. – Você é muito precoce, menino. Não sei se faz bem para uma criança ter pai publicitário e mãe psicanalista. – Por favor, Papai Noel, não nos abandone, cumpra o seu papel. O Senhor é tudo para nós no Natal. (...) - O senhor não é Deus, mas é um santo. – Santo de casa não faz milagres… – O senhor é globalizado e faz milagres por toda parte. – Menos, guri, menos, sem etnocentrismo, pelo amor de Deus. Tem gente no mundo que nunca ouviu falar em mim. – Tudo bem, Papai Noel, pode ser, mas eu e milhões de crianças acreditamos no senhor. É o que importa. Vai querer nos decepcionar? Por que não faz terapia com a minha mãe? Isso que o senhor está sentindo é muito comum. Todo mundo tem crise existencial e profissional. Tem até uns remedinhos pra ajudar. Já tomou prozac? – Parece que já tem coisa mais nova do que prozac… – Tudo bem, tudo bem, o importante é o resultado… – Está bem, menino, já me convenci. Vou continuar… – Eba!!! Papai Noel, o senhor não existe! (Juremir Machado da Silva – Correio do Povo, 24/12/2009 – Adaptado)

Vocabulário: • Bugiganga: objeto de pouco valor; insignificância. • Etnocentrismo: visão de mundo característica de quem considera a sua nacionalidade socialmente mais importante do que as demais. • Prozac: remédio antidepressivo. Às vezes, para dizer aquilo que se pretende, utilizamse construções que deixam o sentido subentendido. Na frase “Vou pendurar as chuteiras”, pode-se perceber a linguagem conotativa, ou seja, uma linguagem com informações implícitas. A partir da leitura da frase podese chegar ao seu significado: A Papai Noel jogava bola e agora não joga mais. B Papai Noel vai pendurar um par de sapatos. C Papai Noel está desistindo de sua atividade. D Papai Noel pretende comprar um novo par de chuteiras. E Papai Noel não quer levar uma vida normal.

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No último quadro do texto, a fala da minhoca revela uma reação comum das vítimas de discriminação. Essa fala deixa subentendida a intenção da personagem de: A atacar o opressor com alguma iniciativa. B transferir seu problema para outro grupo de seres. C questionar a existência de diversos preconceitos. D aceitar sua condição de certa inferioridade. E aumentar o sentimento de gratidão. QUESTÃO 18 As funções da linguagem referem-se às diversas formas de utilizar a linguagem segundo a intenção do falante. Leia o texto abaixo e responda ao que se pede. A Questão é Começar Coçar e comer é só começar. Conversar e escrever também. Na fala, antes de iniciar, mesmo numa livre conversação, é necessário quebrar o gelo. Em nossa civilização apressada, o “bom dia”, o “boa tarde, como vai?” já não funcionam para engatar conversa. Qualquer assunto servindo, fala-se do tempo ou de futebol. No escrever também poderia ser assim, e deveria haver para a escrita algo como conversa vadia, com que se divaga até encontrar assunto para um discurso encadeado. Mas, à diferença da conversa falada, nos ensinaram a escrever e na lamentável forma mecânica que supunha texto prévio, mensagem já elaborada. Escrevia-se o que antes se pensara. Agora entendo o contrário: escrever para pensar, uma outra forma de conversar. Assim fomos “alfabetizados”, em obediência a certos rituais. Fomos induzidos a, desde o início, escrever bonito e certo. Era preciso ter um começo, um desenvolvimento e um fim predeterminados. Isso estragava, porque bitolava, o começo e todo o resto. Tentaremos agora (quem? eu e você, leitor) conversando entender como necessitamos nos reeducar para fazer do escrever um ato inaugural; não apenas transcrição do que tínhamos em mente, do que já foi pensado ou dito, mas inauguração do próprio pensar. “Pare aí”, me diz você. “O escrevente escreve antes, o leitor lê depois.” “Não!”, lhe respondo, “Não consigo escrever sem pensar em você por perto, espiando o que escrevo. Não me deixe falando sozinho.”


Simulado2019 Pois é; escrever é isso aí: iniciar uma conversa com interlocutores invisíveis, imprevisíveis, virtuais apenas, sequer imaginados de carne e ossos, mas sempre ativamente presentes. Depois é espichar conversas e novos interlocutores surgem, entram na roda, puxam assuntos. Termina-se sabe Deus onde. (MARQUES, M.O. Escrever é Preciso, Ijuí, Ed. UNIJUÍ, 1997, p. 13).

Observe a seguinte afirmação feita pelo autor: “Em nossa civilização apressada, o ‘bom dia’, o ‘boa tarde’ já não funcionam para engatar conversa. Qualquer assunto servindo, fala-se do tempo ou de futebol.”. Ela faz referência à função da linguagem cuja meta é “quebrar o gelo”. Indique a alternativa adequada no que diz respeito à classificação desse trecho quanto à função da linguagem. A Função fática, na tentativa de abrir o canal de comunicação. B Função referencial, visto que o autor apenas expõe as informações acerca do assunto. C Função emotiva, uma vez que os sentimentos do emissor estão expressos no trecho. D Função conativa, objetivando mudar o comportamento do receptor ao receber as mensagens do dia a dia. E Função poética, ao explorar o valor estilístico da mensagem. QUESTÃO 19 Desabafo Desculpem-me, mas não dá pra fazer uma cronicazinha divertida hoje. Simplesmente não dá. Não tem como disfarçar: esta é uma típica manhã de segundafeira. A começar pela luz acesa da sala que esqueci ontem à noite. Seis recados para serem respondidos na secretária eletrônica. Recados chatos. Contas para pagar que venceram ontem. Estou nervoso. Estou zangado.

QUESTÃO 20 Poema tirado de uma notícia de jornal João Gostoso era carregador de feira-livre e morava no morro da Babilônia num [barracão sem número Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro Bebeu Cantou Dançou Depois se atirou na Lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado. BANDEIRA, Manuel. Libertinagem. In: Estrela da vida inteira. Rio de Janeiro: José Olympio, 1966.

Sobre o poema, pode-se afirmar que A É um texto não literário porque tem como objetivo detalhar fatos e deve ser classificado como reportagem, e não como poema. B É um texto informativo por apresentar informações sobre um acontecimento recente e, por isso, deve ser classificado como notícia. C É um texto descritivo, diferentemente do que consta no título, porque apresenta várias características físicas e psicológicas do personagem João Gostoso. D É um texto literário, possui traços narrativos porque apresenta uma sequência de acontecimentos, e deve ser classificado como poema, conforme consta no título. E É um texto injuntivo, já que relata um crime e apresenta dados para comprovar a informação. QUESTÃO 21

CARNEIRO, J. E. Veja, 11 set. 2002 (fragmento).

Nos textos em geral, as intenções textuais são identificadas na observação global do texto. No fragmento acima, a função linguística predominante é a emotiva ou expressiva, porque: A expressa o discurso do enunciador que tem como foco o próprio código. B o referente é o elemento que sobressai em detrimento dos outros. C expressa o interlocutor como foco do enunciador na construção da mensagem. D expressa a atitude do enunciador que se sobrepõe àquilo que é dito. E o enunciador tem como objetivo principal manter a comunicação.

Blu é o pseudônimo do artista de rua que pintou, na cidade de Bolonha e em outros locais do mundo, imagens de forte apelo crítico. Com essa imagem, o artista cria uma metáfora pois

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Simulado2019 A articula uma similaridade entre os elementos da natureza e um bolo de aniversário. B apresenta uma relação literal entre um tipo de alimento e a sociedade. C expõe ideias abstratas que não estabelecem um elo com questões sociais. D retrata os diferentes conflitos para a aquisição do solo e para a demarcação de terras. E representa, por meio de uma denotação, a relação entre a sociedade e os problemas ambientais.

[...] Então Heloíse Dena passou a sentir muito medo. Não da cidade em si, nem dos perigos e dos riscos multiplicados pela configuração da urbe imensa. Seu medo era de algo mais profundo, menos aparente. No fundo, receava não conseguir viver o contexto de uma busca e de um encontro em meio a tantos e tão altos prédios. Por essa época, só se sentia realmente à vontade dentro de seu carro, quando estava com os vidros fechados e as portas trancadas. FREITAS, Ewerton. As metades invisíveis. São Paulo: Ixtlan, 2010. p. 130.

QUESTÃO 22 Esaú e Jacó Ora, aí está justamente a epígrafe do livro, se eu lhe quisesse pôr alguma, e não me ocorresse outra. Não é somente um meio de completar as pessoas da narração com as ideias que deixarem, mas ainda um par de lunetas para que o leitor do livro penetre o que for menos claro ou totalmente escuro. Por outro lado, há proveito em irem as pessoas da minha história colaborando nela, ajudando o autor, por uma lei de solidariedade, espécie de troca de serviços, entre o enxadrista e os seus trebelhos. Se aceitas a comparação, distinguirás o rei e a dama, o bispo e o cavalo, sem que o cavalo possa fazer de torre, nem a torre de peão. Há ainda a diferença da cor, branca e preta, mas esta não tira o poder da marcha de cada peça, e afinal umas e outras podem ganhar a partida, e assim vai o mundo. ASSIS, M. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1964 (fragmento).

O texto de Machado de Assis pode ser considerado um texto literário porque A apresenta linguagem exclusivamente denotativa e formal. B descreve uma ação não ficcional que correu no início do século XIX. C apresenta um narrador que inova no plano discursivo ao afirmar que os personagens irão colaborar com a narrativa. D descreve o Rio de Janeiro no século XIX. E expõe um relato em primeira pessoa de cunho autobiográfico e verossímil. QUESTÃO 23 A mulher era uma pena na cidade grande. E a cidade grande se lhe exibia como uma prostituta na vitrine. E se insinuava, sorrateira, entre um e outro setor. Vista num relance, seu conjunto urbano parecia se erigir em meio aos interstícios de sonhos diacrônicos, que, unidos, formavam um mosaico por meio de cujo vislumbre o presente e o passado conviviam na forma arquitetônica de seus prédios. Era antiga e nova ao mesmo tempo. Essa cidade grande se chamava Trude e era fruto de um desejo e de uma realidade. PROENEM Simulado 2019 - Prova 1 - Página 12

A seguinte relação pode ser estabelecida entre o fragmento e a pintura: A a pintura deixa-se pautar por uma preocupação de ordem social, ao passo que no excerto nota-se o retrato de um drama de contornos individuais. B a imagem veicula um sentimento de nostalgia, ao passo que o fragmento se constrói, em termos discursivos, com base no presente da narrativa. C tanto a pintura quanto o fragmento constituem exemplos de obras cuja intencionalidade se volta para a representação do sentimento de plenitude humana. D tanto a pintura quanto o fragmento constituem exemplos de obras cuja intencionalidade se direciona para o retrato de eventos trágicos vivenciados pelas personagens. E a imagem deixa-se pautar pelo retrato de uma cena comum às cidades de médio porte, ao passo que o fragmento retrata e descreve uma cidade pequena.


Simulado2019 QUESTÃO 24

A a idealização da existência e o racionalismo da morte. B a subjetividade da escultura e a objetividade da vida. C o racionalismo do pensar e a angústia da reflexão. D o romantismo do ser humano e a exaltação da natureza. E necessidade de amar e exaltação da racionalidade. QUESTÃO 25 Uma obra de arte é um desafio; não a explicamos, ajustamo-nos a ela. Ao interpretá-la, fazemos uso dos nossos próprios objetivos e esforços, dotamo-la de um significado que tem sua origem nos nossos próprios modos de viver e de pensar. 1Numa palavra, qualquer gênero de arte que, de fato, nos afete, torna-se, deste modo, arte moderna. As obras de arte, porém, são como altitudes inacessíveis. Não nos dirigimos a elas diretamente, mas contornamo-las. Cada geração as vê sob um ângulo diferente e sob uma nova visão; nem se deve supor que um ponto de vista mais recente é mais eficiente do que um anterior. Cada aspecto surge na sua altura própria, que não pode ser antecipada nem prolongada; e, todavia, o seu significado não está perdido porque o significado que uma obra assume para uma geração posterior é o resultado de uma série completa de interpretações anteriores. Arnold Hauser, Teorias da arte. Adaptado.

O Pensador de Rodin Apoiado na mão rugosa o queixo fino, O Pensador reflete que é carne sem defesa: Carne da cova, nua em face do destino, Carne que odeia a morte e tremeu de beleza. E tremeu de amor, toda a primavera ardente, E hoje, no outono, afoga-se em verdade e tristeza. O “havermos de morrer” passa-lhe pela mente Quando no bronze cai noturna escureza. E na angústia seus músculos se fendem sofredores. Sua carne sulcada enche-se de terrores, Fende-se, como a folha de outono, ao Senhor forte Que o reclama nos bronzes. Não há árvore torcida Pelo sol na planície, nem leão de anca ferida, Crispados como este homem que medita na morte. BANDEIRA, Manuel. O pensador de Rodin. In: Estrela da vida inteira. 20. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993. p. 408.

No poema, Manuel Bandeira faz referência à escultura “O pensador”, realizada por Auguste Rodin, em 1889. Em relação à referida escultura, o poeta sugere uma interpretação sob o viés do contraponto entre

De acordo com o texto, a compreensão do significado de uma obra de arte pressupõe A o reconhecimento de seu significado intrínseco. B a exclusividade do ponto de vista mais recente. C a consideração de seu caráter imutável. D o acúmulo de interpretações anteriores. E a explicação definitiva de seu sentido. QUESTÃO 26 Caligrafia Arnaldo Antunes Arte do desenho manual das letras e palavras. Território híbrido entre os códigos verbal e visual. A caligrafia está para a escrita como a voz está para a fala. A cor, o comprimento e espessura das linhas, a disposição espacial, a velocidade dos traços da escrita correspondem a timbre, ritmo, tom, cadência, melodia do discurso falado. Entonação gráfica.

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Simulado2019 Assim como a voz apresenta a efetivação física do discurso (o ar nos pulmões, a vibração das cordas vocais, os movimentos da língua), a caligrafia também está intimamente ligada ao corpo, pois carrega em si os sinais de maior força ou delicadeza, rapidez ou lentidão, brutalidade ou leveza do momento de sua feitura. (Adaptado de https://www.arnaldoantunes.com.br. Acessado em 12/07/2016.)

Em Caligrafia, o autor A estabelece uma relação de causa e efeito entre caligrafia e voz.

sem nenhum pudor, o coreógrafo evoca, do início ao fim, ritmos afro-brasileiros como o maracatu, o candomblé e o congado. Anarquia e frenesi se dão através das batidas de pé, remelexos de quadril, ombros e pélvis. A diversidade rítmica ganha vida ao som da música do compositor, cantor e violonista João Bosco. Ora festivos, ora ritualísticos, os movimentos sugerem danças tribais, em que a representação das figuras humanas, vergadas pelo tempo, ou animalizadas, pontua o espetáculo. Adaptado de: <http://www.grupocorpo.com.br/obras/benguele#release>.Acesso em: 12 ago. 2016

B sugere uma relação de oposição entre caligrafia e voz.

Com base no texto, nas imagens e nos conhecimentos sobre manifestações artísticas, é correto afirmar que

C projeta uma relação de gradação entre caligrafia e voz.

A Benguelê é um espetáculo de dança popular que parte de pressupostos como a simetria, a beleza e a leveza para a composição coreográfica, a fim de abordar os aspectos folclóricos da arte.

D apreende uma relação de analogia entre caligrafia e voz. E reproduz aliterações para manter a cadência do texto. QUESTÃO 27

B na Arte Renascentista, convivem temporalidades diversas da tradição artística, em consonância com o tempo presente. C dança é um movimento executado dentro de certas regras, não necessariamente regulares ou aparentes, e que se desenvolve no espaço e num tempo. D em Benguelê a unicidade rítmica e a uniformidade de movimentos executados atestam o caráter homogêneo do espetáculo. E na Arte Contemporânea, as raízes da cultura brasileira são ignoradas do processo de criação artístico. QUESTÃO 28

Em relação ao poema, pode-se compreender que A o termo “impressão” possui um único sentido no texto. B há uma supressão do termo “corpo”, no poema, em decorrência da concisão. Corpo é um grupo de dança mineiro que, em 2016, comemora quarenta anos de história. Seu tempo de atuação é marcado pela pluralidade, questão reconhecida tanto na arte contemporânea, quanto na constituição dos aspectos identitários da cultura brasileira. O espetáculo intitulado Benguelê, executado pelo grupo em 2009, é uma exaltação ao passado africano e às suas marcantes e profundas raízes na cultura brasileira. Riscando o palco,

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C o desenho da fonte escolhida para o verbo reforça o pensamento estático do autor. D a forma da fonte empregada no final do poema confirma a carga erótica do início. E o termo “mexeu” possui um carácter sombrio, característica das poesias realistas.


Simulado2019 QUESTÃO 29

QUESTÃO 31

“Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte. Suposto o uso vulgar seja começar pelo nascimento, duas considerações me levaram a adotar diferente método: a primeira é que eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi outro berço; a segunda é que o escrito ficaria assim mais galante e mais novo. Moisés, que também contou a sua morte, não a pôs no introito, mas no cabo: a diferença radical entre este livro e o Pentateuco.“

O reizinho mandão Ruth Rocha Eu vou contar pra vocês uma história que o meu avô sempre contava. Ele dizia que essa história aconteceu há muitos e muitos anos, num lugar muito longe daqui. Nesse lugar tinha um rei, daqueles que têm nas histórias. Da barba branca batendo no peito, da capa vermelha batendo no pé.

No fragmento, o autor afirma que

1 Como esse rei era rei de história, era um rei muito bonzinho, muito justo... E tudo o que ele fazia era para o bem do povo.

A vai começar suas memórias pela narração de seu nascimento.

Vai que esse rei morreu, porque era muito velhinho, e o príncipe, filho do rei, virou rei daquele lugar.

B vai adotar uma sequência narrativa invulgar.

O príncipe era um 3sujeitinho muito mal-educado, mimado, destes que as mães deles fazem todas as vontades, e eles ficam pensando que são os donos do mundo.

(Machado de Assis, Memórias póstumas de Brás Cubas)

C que o levaram a escrever suas memórias foram duas considerações sobre a vida e a morte. D vai começar suas memórias pela narração de sua morte. E vai adotar a mesma sequência narrativa utilizada por Moisés. QUESTÃO 30

2

Eu tenho uma porção de amigos assim. 4Querem mandar nas brincadeiras... 5Querem que a gente faça tudo o que eles gostam... Quando a gente quer brincar de outra coisa, ficam logo zangados. Vão logo dizendo: “Não brinco mais!” E quando as mães deles vêm ver o que aconteceu se atiram no chão e ficam 6roxinhos, esperneiam e tudo. Então as mães deles ficam achando que a gente está maltratando o 7filhinho delas. Então, como eu estava contando, o tal do príncipe ficou sendo o rei daquele país. Precisa ver que 8reizinho chato que ele ficou! Mandão, teimoso, implicante, xereta! Ele era tão xereta, tão mandão, que queria mandar em tudo o que acontecia no reino. Quando eu digo tudo, era tudo mesmo! A diversão do reizinho era fazer leis e mais leis. E as leis que ele fazia eram as mais absurdas do mundo. Olhem só esta lei: “Fica terminantemente proibido cortar a unha do dedão do pé direito em noite de lua cheia!”

A expressividade da charge decorre da(o) A sua capacidade de provocar a reflexão do leitor. B riqueza de detalhes apresentados com a técnica do pontilhado. C concretização do tema por meio da relação entre diferentes planos de linguagem. D humor gerado pelo fato de uma criança refletir sobre questões profundas. E tom poético da fala enriquecida pelo tracejado artístico do desenho.

Agora, por que é que o reizinho queria mandar no dedão das pessoas, isso ninguém jamais vai saber. Outra lei que ele fez: “É proibido dormir de gorro na primeira quarta-feira do mês”. Agora, por que é que ele inventou essas tolices, isso ninguém sabia. Eu tenho a impressão de que era mesmo mania de mandar em tudo. (...) Rocha, Ruth. O reizinho mandão. São Paulo: Quinteto Editorial, 1997.

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Simulado2019 “Como esse rei era de história, era um rei muito bonzinho, muito justo...” (ref. 1) A expressão destacada revela uma consideração do narrador sobre os reis das histórias tradicionais de ficção. O que se pode deduzir dessa referência implícita no texto? A O rei a que se referiu o narrador era “de história”, ou seja, existiu na realidade. B Os reis do mundo real costumam ser bons e justos; diferentemente dos reis fictícios. C Os reis de história eram lendários, míticos; não existiam, de fato, nem nas narrativas. D Os reis de ficção infantil costumam ser bons e justos; o que nem sempre acontece na realidade. E O rei a que se referiu o narrador era “de história”, ou seja, era um contador de histórias. QUESTÃO 32 A pergunta era imprudente, na ocasião em que eu cuidava de transferir o embarque. Equivalia a confessar que o motivo principal ou único da minha repulsa ao seminário era Capitu, e fazer crer improvável a viagem. Compreendi isto depois que falei; quis emendar-me, mas nem soube como, nem ele me deu tempo. – Tem andado alegre, como sempre; é uma tontinha. Aquilo enquanto não pegar algum peralta da vizinhança, que case com ela... Estou que empalideci; pelo menos, senti correr um frio pelo corpo todo. A notícia de que ela vivia alegre, quando eu chorava todas as noites, produziu-me aquele efeito, acompanhado de um bater de coração, tão violento, que ainda agora cuido ouvi-lo. Há alguma exageração nisto; mas o discurso humano é assim mesmo, um composto de partes excessivas e partes diminutas, que se compensam, ajustando-se. Por outro lado, se entendermos que a audiência aqui não é das orelhas senão da memória, chegaremos à exata verdade. A minha memória ouve ainda agora as pancadas do coração naquele instante. Não esqueças que era a emoção do primeiro amor. Estive quase a perguntar a José Dias que me explicasse a alegria de Capitu, o que é que ela fazia, se vivia rindo, cantando ou pulando, mas retive-me a tempo, e depois outra ideia... Outra ideia, não, - um sentimento cruel e desconhecido, o puro ciúme, leitor das minhas entranhas. Tal foi o que me mordeu, ao repetir comigo as palavras de José Dias: «Algum peralta da vizinhança». Em verdade, nunca pensara em tal desastre. Vivia tão nela, dela e para ela, que a intervenção de um peralta era como uma noção sem realidade; nunca me acudiu que havia peraltas na vizinhança, vária idade e feitio, grandes passeadores das tardes. Agora lembravame que alguns olhavam para Capitu, - e tão senhor me sentia dela que era como se olhassem para mim, um simples dever de admiração e de inveja. Separados um do outro pelo espaço e pelo destino, o mal aparecia-me agora, não só possível mas certo. “Uma ponta de Iago”, Dom Casmurro, Machado de Assis.

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Sobre o trecho acima, retirado do romance Dom Casmurro, escrito por Machado de Assis, assinale a alternativa correta. A As conclusões de Bentinho, o narrador do romance, e a fala de José Dias atestam, sem sombra de dúvidas, o quanto a personagem Capitu, leviana e fútil, não é digna de confiança. B O trecho é revelador da natureza extremamente ciumenta de Bentinho, pois não há nenhum indício concreto de que Capitu deixara de gostar dele. C A palavra mal, no final do último parágrafo do trecho, diz respeito a algum transtorno físico sentido por Bentinho devido à sua decepção com Capitu, já que provavelmente estaria apaixonada por algum peralta da vizinhança. D No seguinte trecho “Estive quase a perguntar a José Dias que me explicasse a alegria de Capitu, o que é que ela fazia, se vivia rindo, cantando ou pulando, mas retive-me a tempo, e depois outra ideia”, percebemos que o narrador desiste dos seus ciúmes. E Pela fala de José Dias, Capitu está alegre pela certeza de que vai em poucos dias reencontrar com Bentinho, o que é confirmado pela referência à peça Otelo, de Shakespeare, que intitula o capítulo (“Uma ponta de Iago”). QUESTÃO 33 A madrugada era escura nas moitas de mangue, e eu avançava no 1batelão velho; remava cansado, com um resto de sono. De longe veio um 2rincho de cavalo; depois, numa choça de pescador, junto do morro, tremulou a luz de uma lamparina. Aquele rincho de cavalo me fez lembrar a moça que eu encontrara galopando na praia. Ela era corada, forte. Viera do Rio, sabíamos que era muito rica, filha de um irmão de um homem de nossa terra. A princípio a olhei com espanto, quase desgosto: ela usava calças compridas, fazia caçadas, dava tiros, saía de barco com os pescadores. Mas na segunda noite, quando nos juntamos todos na casa de Joaquim Pescador, ela cantou; tinha bebido cachaça, como todos nós, e cantou primeiro uma coisa em inglês, depois o Luar do sertão e uma canção antiga que dizia assim: “Esse alguém que logo encanta deve ser alguma santa”. Era uma canção triste. Cantando, ela parou de me assustar; cantando, ela deixou que eu a adorasse com essa adoração súbita, mas tímida, esse fervor confuso da adolescência – adoração sem esperança, ela devia ter dois anos mais do que eu. E amaria o rapaz de suéter e sapato de basquete, que costuma ir ao Rio, ou (murmurava-se) o homem casado, que já tinha ido até à Europa e tinha um automóvel e uma coleção de espingardas magníficas. Não a mim, com minha pobre 3flaubert, não a mim, de calça e camisa, descalço, não a mim, que não sabia lidar nem com um motor de popa, apenas tocar um batelão com meu remo.


Simulado2019 Duas semanas depois que ela chegou é que a encontrei na praia solitária; eu vinha a pé, ela veio galopando a cavalo; vi-a de longe, meu coração bateu adivinhando quem poderia estar galopando sozinha a cavalo, ao longo da praia, na manhã fria. Pensei que ela fosse passar me dando apenas um adeus, esse “bomdia” que no interior a gente dá a quem encontra; mas parou, o animal resfolegando e ela respirando forte, com os seios agitados dentro da blusa fina, branca. São as duas imagens que se gravaram na minha memória, desse encontro: a pele escura e suada do cavalo e a seda branca da blusa; aquela dupla respiração animal no ar fino da manhã. E saltou, me chamando pelo nome, conversou comigo. Séria, como se eu fosse um rapaz mais velho do que ela, um homem como os de sua roda, com calças de “palm-beach”, relógio de pulso. Perguntou coisas sobre peixes; fiquei com vergonha de não saber quase nada, não sabia os nomes dos peixes que ela dizia, deviam ser peixes de outros lugares mais importantes, com certeza mais bonitos. Perguntou se a gente comia aqueles cocos dos coqueirinhos junto da praia – e falou de minha irmã, que conhecera, quis saber se era verdade que eu nadara desde a ponta do Boi até perto da lagoa. De repente me fulminou: “Por que você não gosta de mim? Você me trata sempre de um modo esquisito...” Respondi, estúpido, com a voz rouca: “Eu não”. Ela então riu, disse que eu confessara que não gostava mesmo dela, e eu disse: “Não é isso.” Montou o cavalo, perguntou se eu não queria ir na garupa. Inventei que precisava passar na casa dos Lisboa. Não insistiu, me deu um adeus muito alegre; no dia seguinte foi-se embora. Agora eu estava ali remando no batelão, para ir no Severone apanhar uns camarões vivos para isca; e o relincho distante de um cavalo me fez lembrar a moça bonita e rica. Eu disse comigo – rema, bobalhão! – e fui remando com força, sem ligar para os respingos de água fria, cada vez com mais força, como se isto adiantasse alguma coisa. Os melhores contos, 1997. 1

batelão: embarcação movida a remo.

2

rincho: relincho.

3

flaubert: um tipo de espingarda.

O espanto inicial demonstrado pelo narrador em relação à moça deve-se ao fato de ela A portar-se de forma independente. B agir de modo dissimulado. C cantar muito bem. D demonstrar orgulho de sua cidade natal. E ser bastante rica.

QUESTÃO 34 Um canavial tem a extensão ante a qual todo metro é vão. Tem o escancarado do mar que existe para desafiar que números e seus afins possam prendê-lo nos seus sins. Ante um canavial a medida métrica é de todo esquecida, porque embora todo povoado povoa-o o pleno anonimato que dá esse efeito singular: de um nada prenhe como o mar. (João Cabral de Melo Neto. Museu de tudo e depois, 1988.)

No título do poema – O nada que é –, ocorre a substantivação do termo nada. Esse processo de formação de palavras também se verifica em: A A arquitetura do poema em João Cabral define-lhe o processo de criação. B A poética de João Cabral assume traços do Barroco gongórico. C Poema algum de João Cabral escapa de seu processo rigoroso de composição. D Em Morte e Vida Severina, João Cabral expressa o homem como coisa. E A poesia de João Cabral tem um quê de despoetização. QUESTÃO 35 Devemos dar apoio emocional específico, trabalhando o sentimento de culpa que as mães têm de infectar o filho. O principal problema que vivenciamos é quanto ao aleitamento materno. Além do sentimento muito forte manifestado pelas gestantes de amamentar seus filhos, existem as cobranças da família, que exige explicações pela recusa em amamentar, sem falar nas companheiras na maternidade que estão amamentando. Esses conflitos constituem nosso maior desafio. Assim, criamos a técnica de mamadeirar. O que é isso? É substituir o seio materno por amor, oferecendo a mamadeira, e não o peito! PADOIN, S. M. M. et al. (Org.) Experiências interdisciplinares em Aids: interfaces de uma epidemia. Santa Maria: UFSM, 2006 (adaptado).

O texto é o relato de uma enfermeira no cuidado de gestantes e mães soropositivas. Nesse relato, em meio ao drama de mães que não devem amamentar seus recémnascidos, observa-se um recurso da língua portuguesa, presente no uso da palavra “mamadeirar”, que consiste A na manifestação do preconceito linguístico. B na recorrência a um neologismo. C no registro coloquial da linguagem. D na expressividade da ambiguidade lexical. E na contribuição da justaposição na formação de palavras.

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Simulado2019 QUESTÃO 36 Examine o seguinte texto, extraído de uma matéria jornalística: Segundo estudos da USP, por ano, 50 milhões de raios caem no país. Especialistas dizem que numa tempestade a pessoa deve evitar lugares altos e abertos, como campos de futebol e ficar sob árvores, dentro de mar ou piscina. Folha de S. Paulo, 07/01/2012.

Tendo em vista sua finalidade comunicativa, pode-se apontar, nesse texto, o defeito da A ambiguidade. B redundância. C prolixidade. D inadequação léxica.

A não haver uma eficiente comunicação e/ ou diálogo entre governantes e população quando se trata de uma crise política. B haver um discurso ideológico distorcido por parte do governo ao tratar de um pro-blema social. C os problemas da sociedade serem resolvidos apenas no plano linguístico, evidenciando o caráter falacioso do discurso. D os governantes invariavelmente atacarem de modo equivocado e com medidas ine-ficazes os problemas da população. E os administradores governamentais se mostrarem completamente incompetentes ante um problema político. QUESTÃO 39

E mistura de variedades linguísticas. QUESTÃO 37 Em uma das frases ocorre uma ambiguidade ou duplo sentido. Identifique-a: A Ex-presidente recorreu ao Comitê da ONU acusando o juiz de violar seus direitos. B Sem placa orientadora, taxistas evitam corredor de ônibus, mesmo após liberação pela Prefeitura. C “Pokémon Go” leva jogadores à caça em cemitérios e igrejas no Brasil. D Líderes governamentais com tensões e saias-justas na mala vão à China para o G20. E O ministro do STF afirmou que os inte¬grantes do Ministério Público Federal de¬vem “calçar as sandálias da humildade”. QUESTÃO 38 Assinale a correta. De acordo com a charge: A a primeira fala faz referências à restituição do Imposto de Renda, restituição essa fre-quentemente distorcida e sempre aquém do esperado pelo contribuinte. B a graça recai sobre a discrepância entre os altos impostos auferidos pelo governo e os poucos ou deficientes serviços pres¬tados por este à população. C a resposta do interlocutor é irônica, pois supõe um governo capitalista a se apropriar, por meio de impostos, do fruto do trabalho da população. D a pergunta da locutora é retórica, pois passou a ser lugar comum criticar as enormes arrecadações, via impostos, e os sempre insuficientes benefícios sociais para a população. A ironia da charge acima reside, sobretudo, no fato de:

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E a graça se concentra numa inusitada interpretação político-ideológica da incompe-tência administrativa do governo quanto ao uso do dinheiro público.


Simulado2019 QUESTÃO 40 Assinale o item em que a frase transgrida as normas gramaticais, envolvendo o emprego do pronome relativo: A Deputado aceitou sair, pois temia sofrer retaliações em outras comissões cujas as va-gas são definidas pelos líderes partidários. B O comando da Lava Jato, sobre cujas formas decisórias ainda pairam dúvidas, re-solveu acelerar o passo. C O caso, em cujos levantamentos se baseiam, traz de volta à tona discussões so¬bre a falta de controle na mineração. D ...como resultados positivos em amostras no líquido amniótico de gestantes cujos bebês apresentaram microcefalia, no sangue e tecidos de crianças. E Ele gosta de desafios, mas há um cuja solução não depende dele: a falta de vaga no transporte escolar gratuito da Prefeitura. QUESTÃO 41

Os anúncios publicitários, em linhas gerais, têm como propósito estabelecer, no imaginário social, um desejo “inconsciente” pelo consumo de um produto. Em muitos casos, há uma nítida falta de preocupação entre o que está sendo divulgado e a norma culta da língua, já que esses exemplares de textos circulam em várias instâncias públicas, a exemplo deste acima, disposto no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília, em set. de 2017. Assim, podemos verificar que a violação gramatical se deu no plano do(a): A Segmentação de palavras. B Sentido estabelecido entre as partes e o todo. C Ambiguidade entre termos. D Polissemia entre palavras homônimas e parônimas. E Desrespeito ao Novo Acordo Ortográfico. IMAGEM PARA AS QUESTÕES 42 E 43

QUESTÃO 42 De acordo com a charge acima, pode-se inferir que: A Há um respeito mútuo entre brancos e negros pelo “dia da consciência negra”. B Os brancos não demonstram aceitar o feriado igual aos negros. C A charge relata uma inversão de papéis em relação aos brancos e negros. D A intenção principal do feriado é lembrar que todos possuem os mesmos direitos, justamente o contrário da charge. E A intenção principal da charge é mostrar que os negros não conseguem aproveitar o feriado da maneira como deveria.

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Simulado2019 QUESTÃO 43

QUESTÃO 45

No trecho “Feriado: Dia da consciência negra”, está em destaque um sintagma formado de substantivo e adjetivo. Se houvesse alteração para negra consciência, poderia ou não haver mudanças na classe gramatical e no valor semântico do sintagma. Assinale a alternativa correta em relação aos dois sintagmas destacados: A Seus sentidos são diferentes, mas têm a mesma classe gramatical. B Seus sentidos são distintos e suas classes gramaticais são diferentes. C Ambas têm o mesmo sentido, mas as classes gramaticais são diferentes. D Ambas têm o mesmo sentido e a mesma classe gramatical. E Tanto seus sentidos quanto suas classes gramaticais são correspondentes QUESTÃO 44 Leia os versos a seguir: “Triste ironia atroz que o senso humano irrita: Ele que doira a noite e ilumina a cidade. Talvez não tenha luz na choupana em que habita.” Assinale a opção correta quanto ao pronome em destaque, considerando sua função discursiva: A Tem função anáfora, por remeter a uma informação nova, que ainda será mencionada B Tem função anáfora, por remeter a uma entidade textual anteriormente mencionada. C Tem função catáfora, pois cria expectativa em relação ao que será mencionado. D Tem função catáfora, por fazer referência a um ser que está no mundo. E Tem função dêitica, pois remete a uma instância enunciativa do discurso.

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Observando as falas das personagens, analise o emprego do pronome se e o sentido que adquire no contexto. No contexto da narrativa, é correto afirmar que o pronome se, A em I, indica reflexividade e equivale a “a si mesmas”. B em II, indica reciprocidade e equivale a “a si mesma”. C em III, indica reciprocidade e equivale a “uma às outras”. D em I e III, indica reciprocidade e equivale a “uma às outras”. E em II e III, indica reflexividade e equivale a “a si mesma” e “a si mesmas”, respectivamente.


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INSTRUÇÕES PARA A REDAÇÃO • O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado. • A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção. Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que: • desrespeitar os direitos humanos. • fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo. • apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto.

TEXTO 1 “Cérebros desiludidos: Brasil perde mão de obra qualificada com êxodo de brasileiros” A cada dia que passa, mais brasileiros tentam a vida no exterior. Entre os motivos mais citados dessa fuga estão a tentativa de escapar da crise econômica que assola o País, a busca por novas oportunidades profissionais e a procura pela tão almejada qualidade de vida. Além, claro, da chance de desviar-se da falta de segurança, que tem sido um dos pontos mais determinantes para a tomada de decisão. Para o Brasil, este é um prejuízo imensurável. Estamos perdendo, sobretudo, mão de obra qualificada e muitos empreendedores, que, avaliando as condições atuais de permanência no País, optam por investir os seus talentos, ideias, recursos financeiros e energia no desenvolvimento de uma outra nação. E para o nosso País repor esta perda incalculável, de cérebros e de grandes empreendedores, levará dezenas de anos. Mas, não é só o êxodo dos brasileiros que me preocupa. Entre todos os países desenvolvidos, o Brasil é o único que não tem um projeto de atratividade estabelecido. Os números não mentem e mostram o quanto o Brasil é pouco receptivo quando falamos em mão de obra estrangeira. Um erro irreparável. Se pararmos para analisar, países como o Canadá, por exemplo, aceleram a sua economia com programas voltados a atrair justamente uma população qualificada e preparada para grandes desafios. E essa receptividade tem proporcionado resultados otimistas para o País, entre eles, a conquista de uma mão de obra mais jovem e o aumento da oferta de empregos. Fatores que, certamente, alavacam a economia local. O Canadá, Estados Unidos, Austrália e Singapura são grandes exemplos de atratividade. Porém o Brasil, ainda vem engatinhando neste assunto. https://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/cerebros-desiludidos-brasil-perde-mao-de-obra-qualificada-com-exodo-de-brasileiros/

TEXTO 2 De acordo com dados do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), os brasileiros correspondem a maior comunidade estrangeira em Portugal. Eles representam 20,3% do total de 421.711 imigrantes que vivem no país. Portanto, há pouco mais de 85 mil cidadãos brasileiros legalizados. Esse número, por sua vez, não considera quem possui cidadania portuguesa ou nacionalidade de outro país da Europa. As vagas de emprego em Portugal 2019 para brasileiros são na maioria das vezes, para funções que não exigem ensino superior, como para os cargos de atendente, segurança, garçonete, recepcionista, auxiliar de limpeza e auxiliar de cozinha. Todos esses cargos contam com remuneração mensal de um salário mínimo português, que corresponde a €580. Já para os cargos que necessitam de ensino superior completo, os salários ultrapassam o valor de €1000,00. A oferta de vagas para esses profissionais é bem menor, visto que Portugal já dispõe de muitos nativos com terceiro grau completo. No entanto, o país tem pouca mão de obra para a área de Tecnologia da Informação, sendo uma ótima oportunidade para brasileiros formados em cursos relacionados à área conquistarem uma oportunidade de emprego. https://viacarreira.com/emprego-em-portugal-2016-vagas-para-brasileiros-170759/

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Simulado2019 TEXTO 3 Trabalhar no exterior é o sonho de muitos brasileiros. Melhor ainda quando essa oportunidade é oferecida pela empresa por meio da chamada expatriação, quando as companhias bancam a transferência de colaboradores e suas famílias para sedes em outros países. A verdade é que ser expatriado é um desejo de muitos profissionais, mas um privilégio de poucos. Além da concorrência, a empreitada exige qualificação e capacidade de se adaptar. De acordo com a pesquisa Mobility Brasil 2017, realizada pelas empresas Worldwide ERC e Global Line, até agosto daquele ano havia quase 4,5 mil expatriados brasileiros trabalhando no exterior. O que motiva esse fluxo é basicamente o intercâmbio com profissionais de fora, a incorporação de novas técnicas e conhecimentos. “Ainda que seja atrativo, mudar de país tem seus riscos, especialmente quando o trabalhador embarca com a família. “Na maioria das vezes em que a transferência não é bem-sucedida, isso se deve à dificuldade de adaptação da família. O empregado passa a maior parte do tempo no ambiente de trabalho, para ele é mais fácil. Já o cônjuge pode se sentir mais isolado e sofrer mais para se adaptar”, observa João Marques –presidente da EMDOC, empresa que há 33 anos atua no assessoramento de transferências de trabalhadores para o exterior. No caso de Cristina – jornalista Cristina Kapp abraçou a oportunidade há três anos – não houve esse problema, já que ela era solteira e se mudou sozinha. O que não quer dizer que tenha sido uma decisão fácil. Meus laços familiares sempre foram muito fortes e este foi um dos lados que mais pesou. E, sinceramente, nunca havia considerado viver na Suécia, pois sempre achei um país muito frio, apesar de super organizado e justo. Mas pensei: quantas vezes vou ter esta oportunidade na vida? Tem horas que você precisa simplesmente fechar os olhos e se jogar. “Acho que essa é a lógica da expatriação: receber confiança e trazer conhecimento em troca.”” Adaptado de: https://www.gazetadopovo.com.br/economia/livre-iniciativa/carreira-e-concursos/ser-transferido-para-outro-pais-nao-e-so-para-os-chefes-mas-tambem-nao-e-moleza9oeh27r5e1soum0i1wamrwuky/

TEXTO 4

http://differance.com.br/empresa.php

PROPOSTA DE REDAÇÃO

O aumento da mão de obra brasileira no exterior A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “O aumento da mão de obra brasileira no exterior” apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

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Simulado2019

Transcreva a sua Redação para a Folha de Redação. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22

O H O N Ã U Ç C S A A D R RE A D

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