Relatório de fiscalização Hospital Trauma Petrolina (05.02.14)

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Relatório de Fiscalização

Diretor técnico: PAULO FERNANDES SAAD (CRM: 16.203) Superintendente da ISGH: Roberto Cal Por determinação deste Conselho fomos ao estabelecimento acima citado verificar suas condições de funcionamento. Participaram da vistoria Sílvio Rodrigues (presidente do CREMEPE), Tadeu Calheiros (director do SIMEPE). Foi objetivo desta fiscalização apenas a emergencia. Trata-se de uma unidade de saúde pública tipo hospital geral Foram identificadas as seguintes condições de funcionamento: Funcionários tipo pessoa jurídica sem receber salários há dois meses. Não houve repasse da Univasf. Oferece atendimento urgência: clínica médica, ortopedia, cir geral, anestesiologista, UTI. A escala médica é a seguinte: clínica médica 03, cirurgia geral 03, traumatologia 02, anestesiologista 02, UTI 02. Conta com 16 leitos de UTI. Tem sobreaviso nas especialidades de vascular, bucomaxilofacial, otorrinolaringologia, urologia, neurologia, nefrologia. Entrada da sala vermelha de fácil acesso.

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Recepção ampla com acesso com acesso a banheiro dividido por sexo, poucas cadeiras, em péssimo estado de conservação, não climatizada. Tem classificação de risco com protocolo próprio (adaptação do Manchester). É realizado pelo enfermeiro 01 e um técnico de enfermagem e funciona 24h. Refere que a quantidade de atendimento de clínica médica diminuiu com a abertura da UPA de especialidades e UPA tradicional. Sala de classificação de risco é climatizada, conta com pia, sabão líquido e papel toalha, balança, privacidade. Hoje até 16:30 do dia da vistoria foram realizados 09 atendimentos de clínica médica, 20 de traumatologia, 03 de cirurgia geral. Escala completa de clínica médica, cirurgia geral, porém 02 pedidos de demissão de cirurgiões foram entregues na semana da fiscalização. A traumatologia é realizada por pessoa jurídica. Médicos da UTI, cirurgia geral, clínica médica e alguns evolucionista são contratados. Anestesiologista é terceirizado por uma empresa da Bahia e uma local. Sala vermelha de fácil acesso com capacidade instalada para 02 leitos. Hoje com 08 leitos. Em outro dia chegou a ter 16 leitos. Todos os pacientes de hoje tinham menos de 12h de admissão. Há 03 pacientes da vermelha no corredor, por falta de espaço, sendo que dois estão desde sábado. Sala vermelha conta com desfibrilador, mas não fica ligado o tempo todo, mas está funcionando, testado diariamente, monitor multiparâmetros, respirador, eletrocardiógrafo, medicações para reanimação cardiopulmonar, kit de intubação (laringoscópio, ambu e máscara), pia, sabão líquido e papel toalha, negatoscópio Apesar de não ter atendimento de pediatria possui kit de intubação (laringoscópio, ambu e máscara) para criança e recém nascido

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Carrinho de parada checado a cada uso e mensalmente. Há um checklist com assinatura. Conta com 09 bombas de infusão contínua. Tem material para drenagem torácica, punções centrais, dissecções. Às vezes há falta de alguns antibióticos, falta de alguns fios, por falta de gestão e por repasse irregular do recurso. A superlotação da sala vermelha é comum. A superlotação é maior no final de semana, pois é um hospital mais de trauma. Lixos identificados. Tem Comissão de Controle de Infecção Hospitalar coordenada por Dr RODRIGO JOSE VIDERES CORDEIRO DE BRITO (CRM: 15.469). Em processo eleitoral da comissão de ética médica. Tem comissão de revisão de prontuário, de revisão de óbito e cipa. Sala amarela funciona como semi-intensiva, mas não tem médico exclusivo. Sala de sutura exclusiva, improvisada em contigüidade com a sala vermelha, com pia, sabão líquido e sem papel toalha. Algum reboco caindo da parede. Apenas 03 pontos de ar comprimido. Sala amarela com capacidade instalada para 05 leitos, não fica leito extra, possui pia, sabão líquido e papel toalha. Cardiologia tem como referência a Promatre e o Hospital Memorial de Petrolina, ambos privados conveniado ao SUS, estes tem serviço de hemodinâmica. Foi informado que há dificuldade em transferir os pacientes cardiológico para as unidades conveniadas. Na amarela tinha um paciente em ventilação mecânica.

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Alguns pacientes internados são clínicos e deveriam estar na referência de clínica médica que é o Hospital Regional de Juazeiro. Há evolucionista todos os dias para as salas vermelha e amarela. Os médicos ficam vendo as intercorrências. Não há um médico fixo nestas. Neurocirurgão é de sobreaviso e à noite, às vezes o parecer espera até de manhã. Conta com tomografia no próprio hospital, que funciona 24h. RX 24h e USG apenas durante o dia de segunda a sexta. Aparelho de USG é próprio da unidade. Já foi comprado o segundo tomógrafo. Ao todo o hospital conta com cerca de 150 leitos. O local onde o traumatologista atende não tem privacidade, divide espaço com a sala de gesso. Sala verde com capacidade instalada de 12 leitos. Os leitos extras ficam espalhados no corredor. Hoje 12 extras da verde no corredor e 10 na azul e no corredor. Há desfibrilador, kit de intubação (laringoscópio, ambu e máscara), medicações para reanimação cardiopulmonar nas salas amarela e verde A sala azul é para medicação, mas termina ficando com pacientes internados por falta de vaga de retaguarda. Há uma sala específica para nebulização com gazes canalizados. Há um quarto de isolamento com um leito. Havia um paciente internado no espaço pré-isolamento. São 03 consultórios de clínica médica, hoje apenas um funcionando os outros readaptados para outras funções, pois diminuiu atendimento. Um dos consultórios virou sala de procedimento: passagem de sonda, lavagem gásytrica e intestinal, realização de eletrocardiograma, administração de medicação intramuscular, entre outros. Página 4 de 7


Consultório conta com mesa, maca, tensiômetro, negatoscópio, pia, sabão líquido e papel toalha, climatizado, privacidade. Atendimento de traumatologia ocorre na sala vermelha quando maca e na sala de gesso quando entram deambulando ou em cadeira de roda. Não há consultório específico. Estetoscópio da sala de classificação de risco está com defeito. No mínimo 100 cirurgias da ortopedia por mês, 50 da vascular por mês. Há uma grande demanda de egressos. Praticamente todo o ambulatório é de egresso, exceto a porta aberta de vascular para ferida no pé. Há um quantitativo de vagas regulados pela secretaria de saúde (todos de Petrolina) UTI conta com 16 leitos ativos, mas eram 19 leitos, 03 foram desativados por falta de equipamentos. Tem 16 respiradores. Tem gasímetro na própria UTI Laboratório funciona 24h, sem falta de reagentes. No período de transição houve falta de reagentes de bioquímica. Hoje normalizado. Não tem equipamento de pressão venosa central, cabos de pressão intracraniana, capnógrafo, máscara para ventilação não invasiva. Hoje sem vancomicina e piperacilina/tazobactam. Cefepime com dificuldade de compra. Há faltas que impedem o início do antibiótico, mas não falta para os paciente que já iniciaram determinado antibiótico. Oferece fisioterapia na UTI só no período diurno, nos sete dias da semana. Alguns problemas com dispositivo respiratório, máscara, ambu que precisam ser renovados. Tem dificuldade de cilindros de oxigênio para transporte. Cilindros são reabastecidos em Salvador. Não tem monitor de transporte. Página 5 de 7


Escala de UTI completa. Não tem ferista. O leito de isolamento da UIT é um dos que está desativado. A UTI tem 02 espaços com 02 postos de enfermagem e um médico em cada espaço, sendo todos os leitos visualizados pelo médico. Colchões de UTI com camadas especiais estão desgastados, sendo utilizados colchões de enfermaria comum. Intubação difícil é um problema por falta de equipamentos para realizala. Não tem trombolítico na sala vermelha. Foi adquirido um broncoscópio para intubação de via aérea difícil com treinamento da equipe previsto para 06 e 07 de fevereiro. Há 02 desfibriladores e 03 carrinhos de parada, um em cada espaço da UTI Cada leitos tem seu ambu. Há 02 kit de intubação (laringoscópio, ambu e máscara) ,um para cada lado Conta com um eletrocardiógrafo próprio da UTI, negatoscópio. Equipe de enfermagem completa com um técnico para cada dois leitos, 02 enfermeiros. Coordenador da UTI é ELIANA MARCIA VIEIRA ROSA (CRM: 9229) com título de especialista em UTI. Quase nenhum plantonista tem título de UTI. Só tem diarista à tarde, Pedro Carvalho Diniz. Não tem título de especialista de UTI. Não tem diarista pela manhã. A UTI não tem parlatório. Médicos conversam com a família no corredor de entrada da família. Não há demanda reprimida de traumatologia. Página 6 de 7


Foi informado que não há manutenção preventiva dos equipamentos da sala de recuperação pós anestésica. Sala de recuperação pós anestésica com 06 leitos, dois sem monitores e dos 04, apenas 02 funcionam com registro de todos os parâmetros. Não tem médico exclusivo da sala de recuperação pós anestésica. Informado por profissionais que às vezes há falta de insumos. Não tem dantrolene sódico. Algumas cirurgias eletivas são suspensas por falta de anestesiologista. São 06 salas de cirurgias. Conceito da unidade: “D” De acordo com as condições da unidade a é classificada em: • A-ótima • B-Boa • C-Regular • D-Ruim • E- Péssima

Foram solicitados: •

Lista de médicos, com respectivos registros no CREMEPE, e escalas de trabalho por especialidade.

Produção e características da demanda do último trimestre. Petrolina, 05 de fevereiro de 2014 Polyanna Neves - Médica Fiscal

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