Relatório de Fiscalização
Responsável técnico – Dr PEDRO MARINHO – CRM Não informado Por determinação deste Conselho fomos ao estabelecimento acima identificado verificar suas condições de funcionamento. Trata-se de uma unidade de saúde pública regional. A vistoria está de acordo com as demandas dos protocolos 14772/13 e 883/14 (em Anexo). Na ocasião foram identificadas as seguintes situações: •
Gestão atual da unidade assumiu dia 2 janeiro próximo passado
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Escala obstétrica vazia
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Estrutura física geral da unidade algo precária
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Baixa cobertura de Atenção Primária em Saúde no município aumentam a demanda na unidade
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São realizados aproximadamente 300 atendimentos por dia
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Escala ideal deveria contar com três plantonistas todo o tempo
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Estrutura da emergência só oferece dois consultórios, mesmo que demanda seja para mais plantonistas
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Parte da equipe é contratada
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Referência para obstetrícia é o Hospital Jesus Nazareno, com senha
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Plantonistas aguardam 02 horas em média para retorno de exames laboratoriais que funcionam 24 horas por dia
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Quinta-feira passada a unidade foi vistoriada pela APEVISA com Dr. Jaime Brito
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Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) nomeada e operacional
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Sala vermelha equipada com foco, respirador portátil, monitor cardíaco, oxímetro, oxigênio em rede de gases
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Equipe identifica ao menos 01 plantonista por dia que sabe entubar e proceder a reanimação em casos graves
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Sala de pré-consulta na própria triagem
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Porta única para tudo (adultos, obstetrícia e pediatria)
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DML na emergência, no fluxo de passagem da obstetrícia
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Telhado sem forro em determinados locais
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São 05 leitos de pré-parto
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Sala de parto sem material de reanimação para adultos, possui duas camas obstétricas contrapostas, com abertura na alvenaria para ar-condicionado
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Padrão do bloco obstétrica é em azulejo azul
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Fluxo obstétrico passa pela clínica médica
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Falta tela em algumas janelas
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São 04 leitos de pós-parto, com infiltrações em parede e teto
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Obstetra incluído entre os plantonistas de segunda a quartafeira, consegue fazer cesáreas de urgência, mas maioria são de eletivas
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Lavanderia como EPI – Equipamentos de Proteção Individual precários, sem fluxo adequado
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Almoxarifado com meia parede em um dos lados, sem aeração adequada
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Alimentos devidamente armazenados e abastecidos
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Enfermaria com 65 leitos totais para internamento. Muitos estavam ociosos
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Equipe médica contratada sem férias nem 13º. Tem profissionais nesta situação há mais de 05 anos
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Ar-condicionado precário no estar médico
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Transporte de pacientes em ambulância precária
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Raios-X quebrado há 01 semana. SUS local está sem alternativas para os exames
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A maior parte da demanda é ambulatorial, de populações residentes em área sem unidade básica de saúde ou com unidade básica de saúde precárias, sem equipe
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Triagem sem classificação de risco
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Estão faltando alguns anti-inflamatórios, Buscopan e analgésicos, além de antibióticos de lago espectro
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Faltam bombas de infusão contínua para bloco, e sala vermelha
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01 consultório “Integrado”, com duas mesas de prescrição no mesmo ambiente, só uma maca de exame. Apresenta higiene deficitária e sem kit sabão líquido, toalha e pia
Considerações finais: Em anexo as escalas e receituário com observações da equipe de plantão. A falta de escala e de condições melhores de operação das nas normas assistenciais conferem à Unidade um conceito final “D”. Belo Jardim, 21/01/2014 Otávio Valença – médico fiscal