Relatório de fiscalização
Diretor médico: CARLOS FREDERICO CABRAL DA SILVEIRA - 11988* Por determinação deste Conselho fomos ao estabelecimento identificado verificar suas condições de funcionamento.
acima
Trata-se de uma unidade de saúde pública municipal, referência para a rede local de saúde. Foram verificadas as seguintes condições de funcionamento: •
Oferece atendimento em emergência em clínica médica, ortopedia, odontologia e atendimentos ambulatoriais em algumas especialidades, incluindo cirurgia
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UPA da cidade está fechada, implicando em aumento da demanda para a unidade em tela
AMBULATÓRIO •
Setor da espera do ambulatório estava lotada, com pacientes sentados até no chão, em ambiente quente, com acesso à água e banheiro
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Repouso dos técnicos colchões suficientes
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Atendimento odontológico resolutividade
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09 salas de consultórios do ambulatório sem pias com o kit sabão líquido, toalha de papel, em tamanhos variados
de
enfermagem sem
sem
ar
Raios-x,
condicionado,
nem
comprometendo
a
EMERGÊNCIA •
Não realiza classificação de risco na emergência
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Maior parte dos clínicos são contratados
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Sem coordenadora de enfermagem hoje
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Emergência com pacientes esperando atendimento no corredor. Apenas 01 médico no plantão. Espera quente, sem aração com cerca de 20 pacientes
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Sala vermelha com mofo e infiltrações, sem bomba de infusão continua (04 bombas estavam quebradas), 02 respiradores sendo que um estava quebrado. Possui 01 monitor quebrado, materiais descartáveis. Maioria da equipe não sabe entubar. Sem eletrocardiograma. 01 oxímetro para toda a unidade de saúde
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Repouso da emergência (observação) é teoricamente dividido por sexo, com 03 leitos em cada sala, mas na prática as demandas estavam distribuídas à guisa do sexo, sem biombos
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Sala de medicação não conta com aeração. Um paciente estava em venóclise, sob observação neste espaço
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Raios-X da unidade estão inoperantes há 01 mês
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Banheiros dos usuários de emergência no corredor sem acesso para cadeirantes. Um banheiro estava fechado com entupimento, sem condições de uso
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Sem Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH)
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Sala de inalação com 08 cadeiras, fixados por corrente na parede
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Sala de curativo e sutura comum, abastecida
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Primeiro consultório com maca, sem kit de toalha descartável com sabão líquido
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Segundo consultório sem maca e sem o kit de limpeza das mãos
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Sala do PNI em ordem
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Sala de recepção da emergência sem banheiro para cadeirantes
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Funcionário da recepção não conta com a aeração
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Ortopedistas dão plantão sem Raio-X há 01 mês. Estes são feitos em outro local da rede. 40 a 45 atendimentos por plantão de 24 horas em ortopedia. Falta material, como gesso e gaze. Hoje estava sem fita crepe. Material que chega é de péssima qualidade. Paciente tem que se virar para tirar raios-X em outra unidade, não contando com apoio de ambulância
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Central de Material Esterilizado (CME) conta com frita e com grau cirúrgico. Sem controle biológico
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Farmácia e descartáveis no mesmo ambiente
02
torpedos
de
oxigênio
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Não possui tensiômetros na unidade de saúde hoje, nem HGT (fita teste de glicemia)
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Faltando medicações (lista em anexo)
Considerações finais: Unidade bastante precária, com diversos carecimentos, desde a equipe até materiais de uso diário. Como é a maior unidade do município, deve se portar como referência para a rede, sendo indispensáveis alguns recursos mínimos, como o Raio-X e medicamentos. Escala médica verbal em anexo. Na ocasião solicitamos cópia do último relatório da APEVISA e as escalas de trabalho (vide termo). Conceito final “E” Cabo de santo Agostinho, 15 de Abril de 2014 Otávio Valença - médico fiscal