RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO Hospital de Urgências e Traumas
Por determinação deste Conselho fomos ao estabelecimento acima identificado verificar suas condições de funcionamento.
Participou da vistoria, Dr. Fernando Henrique de Siqueira Cabral – Conselheiro do CREMEPE. Trata-se de uma unidade de saúde pública federal, mantida por Fundação Pública. Na ocasião mantivemos contato com o responsável pela emergência, além de médicos e técnicos de plantão. Foram identificadas as seguintes condições de funcionamento: Unidade não possui cadastro no CREMEPE; •
É administrada por Fundação, sendo que desde Agosto passado é o Instituto de saúde e Gestão Hospitalar – CNPJ 11.147.286/0001-59;
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Plantonistas reclamam que a Central de regulação não respeita os limites de capacidade operacional da unidade, sobrecarregando-a;
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A inauguração de uma UPA recentemente diminuiu o volume da demanda ali atendida;
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Equipe da emergência conta com evolucionistas, com 01 plantonista paras as salas VERDE e AZUL, 01 para a sala AMARELA (semiintensiva) e 02 pra a sala VERMELHA;
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Conta om 01 assistente social único para toda a unidade;
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Há pacientes em corredores, alguns com permanência de semanas;
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Fluxo de atendimento passa por sistema de classificação de risco, com protocolo de “Manchester”;
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Havia ar condicionado voltado para corredor interno, vazando e infiltrando a parede respectiva;
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Sala VERDE com 12 leitos, e com inúmeras macas “extras”;
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Sala AMARELA com plantonista próprio no local, com 05 leitos (sem maca extra);
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Sala VERMELHA com 04 leitos e mais uma maca no chão. Há 01 clínico e 01 cirurgião exclusivos;
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Consultório de ortopedia sem cadeiras;
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Local, mesmo sem estrutura nem equipamentos, recebe os traumas em crianças da região;
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Segundo plantonistas, faltam macas e insumos frequentemente
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A UTI estava com 01 criança entre seus leitos;
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Laboratório não atende suficientemente ao volume da demanda;
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Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) pouco operacional. Há dificuldades para conseguir realizar culturas bacterianas;
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Sala de recuperação Pós Anestésica (SRPA) SEM escala de anestesiologistas;
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Realiza cirurgias gerais, vasculares, neurológicas e em bucomaxilo (incluindo cirurgias plásticas);
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Como testemunho, alguns funcionários relataram que o bloco ficou inoperante entre abril e outubro por falta de campos cirúrgicos;
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São 02 anestesiologistas plantonistas nas cirurgias eletivas e mais 02 para emergências, o que não cobre a operação das 06 salas cirúrgicas, nem da Sala de recuperação Pós Anestésica (SRPA);
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Crianças operadas de urgência na unidade não conseguem vaga em enfermaria de pediatria que fica em outro nosocômio (Hospital Dom Malan);
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Há pouca enfermagem disponível para o bloco cirúrgico;
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Não há ficha nem rotinas pós anestésicas;
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Maioria da equipe é contratada;
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Lavabo do bloco estava operacional;
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05 oxímetros de pulso estavam funcionando no Bloco;
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Conta com 02 desfibriladores para as 06 salas;
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Não há rotinas de aquecimento de pacientes nem equipamentos, como mantas e colchões térmicos;
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Máscaras laríngeas são trazidas pela própria equipe;
Considerações finais:
Foram solicitadas escalas de anestesiologistas na SRPA, equipe da UTI e emergência, com CRM.
Houve queixas por parte da equipe de salário atrasados.
CONCEITO FINAL: “D”
Recife, 16 de Outubro de 2013 Otávio Valença - Médico Fiscal