Relatório de fiscalização do Hospital de Urgência e Traumas de Petrolina (16/10/2013)

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RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO Hospital de Urgências e Traumas

Por determinação deste Conselho fomos ao estabelecimento acima identificado verificar suas condições de funcionamento.

Participou da vistoria, Dr. Fernando Henrique de Siqueira Cabral – Conselheiro do CREMEPE. Trata-se de uma unidade de saúde pública federal, mantida por Fundação Pública. Na ocasião mantivemos contato com o responsável pela emergência, além de médicos e técnicos de plantão. Foram identificadas as seguintes condições de funcionamento: Unidade não possui cadastro no CREMEPE; •

É administrada por Fundação, sendo que desde Agosto passado é o Instituto de saúde e Gestão Hospitalar – CNPJ 11.147.286/0001-59;

Plantonistas reclamam que a Central de regulação não respeita os limites de capacidade operacional da unidade, sobrecarregando-a;

A inauguração de uma UPA recentemente diminuiu o volume da demanda ali atendida;

Equipe da emergência conta com evolucionistas, com 01 plantonista paras as salas VERDE e AZUL, 01 para a sala AMARELA (semiintensiva) e 02 pra a sala VERMELHA;

Conta om 01 assistente social único para toda a unidade;

Há pacientes em corredores, alguns com permanência de semanas;


Fluxo de atendimento passa por sistema de classificação de risco, com protocolo de “Manchester”;

Havia ar condicionado voltado para corredor interno, vazando e infiltrando a parede respectiva;

Sala VERDE com 12 leitos, e com inúmeras macas “extras”;

Sala AMARELA com plantonista próprio no local, com 05 leitos (sem maca extra);

Sala VERMELHA com 04 leitos e mais uma maca no chão. Há 01 clínico e 01 cirurgião exclusivos;

Consultório de ortopedia sem cadeiras;

Local, mesmo sem estrutura nem equipamentos, recebe os traumas em crianças da região;

Segundo plantonistas, faltam macas e insumos frequentemente

A UTI estava com 01 criança entre seus leitos;

Laboratório não atende suficientemente ao volume da demanda;

Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) pouco operacional. Há dificuldades para conseguir realizar culturas bacterianas;

Sala de recuperação Pós Anestésica (SRPA) SEM escala de anestesiologistas;

Realiza cirurgias gerais, vasculares, neurológicas e em bucomaxilo (incluindo cirurgias plásticas);

Como testemunho, alguns funcionários relataram que o bloco ficou inoperante entre abril e outubro por falta de campos cirúrgicos;

São 02 anestesiologistas plantonistas nas cirurgias eletivas e mais 02 para emergências, o que não cobre a operação das 06 salas cirúrgicas, nem da Sala de recuperação Pós Anestésica (SRPA);

Crianças operadas de urgência na unidade não conseguem vaga em enfermaria de pediatria que fica em outro nosocômio (Hospital Dom Malan);

Há pouca enfermagem disponível para o bloco cirúrgico;

Não há ficha nem rotinas pós anestésicas;

Maioria da equipe é contratada;

Lavabo do bloco estava operacional;

05 oxímetros de pulso estavam funcionando no Bloco;


Conta com 02 desfibriladores para as 06 salas;

Não há rotinas de aquecimento de pacientes nem equipamentos, como mantas e colchões térmicos;

Máscaras laríngeas são trazidas pela própria equipe;

Considerações finais:

Foram solicitadas escalas de anestesiologistas na SRPA, equipe da UTI e emergência, com CRM.

Houve queixas por parte da equipe de salário atrasados.

CONCEITO FINAL: “D”

Recife, 16 de Outubro de 2013 Otávio Valença - Médico Fiscal


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