Revista Movimento Nº 23

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CONTRATO IMPRESSO ESPECIAL DR/PE CREMEPE Nº 4065.010.73.9 CORREIOS

Revista das entidades médicas de Pernambuco – Ano IX– Nº 23 – Ago/Set/Out 2012

Planos sem saúde

A falência do sistema que atinge médicos e pacientes Caravana do Cremepe Simepe recebe prêmio da Igreja Católica Uma visita cultural ao Forte das Cinco Pontas

Romário entra em campo com os def cientes


PR NTU RI MÉ IC Viu como é difícil entender uma informação quando ela está incompleta? O correto preenchimento do prontuário médico é muito importante para o médico e para o paciente. Nesse documento devem estar registrados todos os cuidados profissionais prestados ao paciente, de forma completa, clara e precisa. O prontuário médico corretamente preenchido é obrigação do médico e, eventualmente, pode ser a sua defesa.


CONTRATO IMPRESSO ESPECIAL DR/PE CREMEPE Nº 4065.010.73.9 CORREIOS

Revista das entidades médicas de Pernambuco – Ano IX– Nº 23 – Ago/Set/Out 2012

Nº 23 • Ano 09 • Ago/Set/Out 2012

Editorial

A

h a n s ma nteuffel

s falhas constantes no relacionamento das Operadoras de Planos d e Saúde c om m édicos e p acientes são os po ntos principais da reportagem especial de capa desta edição de número 23 da revista Movimento Médico. Os profissionais estão enfrentando def asagem hi stórica na s remunerações p agas pelas Operadoras. E os clientes, mesmo em dia com suas parcelas - que têm preços altos e são sempre corrigidos - não recebem tratamento digno quando precisam usar o Plano de Saúde. O resultado dessa situação é uma insatisfação generalizada. Também nesta edição você vai ler uma entrevista com o ex-presidente do Sindicato dos Médicos de Pernambuco, Silvio Rodrigues, sobre a situação da saúde pública no Estado, as conquistas e as lutas da cetegoria médica e um balanço da gestão dele à frente da presidência do Simepe no biênio 20102012. Veja também que a Caravana Crempe-Simepe teve o seu trabalho social em prol da melhoria dos serviços de saúde pública oferecidos à população pernambucana reconhecido e recebeu um prêmio da Igreja Católica entregue pelo arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido. E ainda um passeio pela história secular do Recife numa visita ao Forte das Cinco Pontas (foto abaixo), que passou dois anos em obras de restauração e agora abriu as portas para o público.

Planos sem saúde A falência do sistema que atinge médicos e pacientes Caravana do Cremepe Simepe recebe prêmio da Igreja Católica Uma visita cultural ao Forte das Cinco Pontas

Romário entra em campo com os deficientes

Capa: ilustração de Pedro Zenival

EXPEDIENTE Cremepe presidente: Helena Carneiro Leão Vice-presidente: José Carlos Alencar Assessoria de Comunicação: mayra rossiter - DrT/pe 4081 Ana Cláudia mara - DrT/pe 4219 estagiária: Joelli Azevedo Simepe presidente: mário Jorge Lobo Vice: Fernando Henrique Cabral Assessoria de imprensa: Chico Carlos - DrT/pe 1268 Ampe presidente: Silvia da Costa Carvalho Vice: Anacleto Carvalho Coordenação editorial: Sirleide Lira Assessoria de imprensa: Tallita marques - DrT/pe 1068 FeCem presidente: Aspásia pires Coordenação editorial: Sirleide Lira Assessoria de imprensa: Talitha marques - DrT/pe 1068 Apmr Coordenação: Carlos Tadeu DA/Upe presidente: marcílio Oliveira Vice: Francisco de Assis redação, publicidade, administração e correspondência: rua Conselheiro portela, 203, espinheiro, Cep 52.020-030 - recife, pe – Fone: 81 2123 5777 www.cremepe.org.br projeto Gráfico/Arte Final: Luiz Arrais - DrT/pe 3054 Tiragem: 15.000 exemplares impressão: CCS Gráfica e editora Coordenação editorial: Helena Carneiro Leão Conselho editorial: Helena Carneiro Leão, José Carlos Alencar e ricardo paiva. Todos os direitos reservados. Copyright © 2012 - Conselho regional de medicina Seção pernambuco

Todos os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores e não refletem necessariamente a opinião da revista.

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ja rb a s a ra új O

Sumário

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Capa

f Ot Os : DIvul ga ç ã O

O sufoco dos médicos e dos pacientes na relação com os Planos de saúde

Científica Com a chegada do verão, saiba como proteger-se da maior exposição às radiações solares

Editorial

1

Opinião

3

Entrevista

4

Capa

8

Científica

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Patrimônio

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Notícias do CFM

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Cremepe

22

Simepe

28

Ampe

34

Fecem

38

APMR

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Academia

40

han s ma nteuffel

Seções

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16

Patrimônio Depois de restaurado, o forte das Cinco Pontas é reaberto ao público

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Cremepe a Caravana do Cremepe - simepe faz balanço das atividades e recebe homenagem da Igreja Católica


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Opinião Andre Dubeux*

A medicina suplementar dãos brasileiros, ou o s cidadãos, q ue ao pagar um plano de saúde têm a falsa im pressão q ue t erá g arantindo de f orma r ápida e di gna s ua a ssistência mé dica? O Triângulo formado pelo con sumidor, mé dicos e plano de saúde não funciona, pois os objetivos dos mesmos são absolutamente antagônicos. Ressalte-se ainda aperigosa relação de operadoras de planos de s aúde q ue a tuam no mer cado de bolsa de valores, p ois pr essionados pelos acionistas, por lucros cada vez

maiores, devolvem ao consumidor um serviço cada vez pior. As soluções não são fáceis. No entanto, é muito im portante a p articipação da sociedade c ivil o rganizada, ministério público e entidadesmédicas, desprovidas de qualquer vaidade, para que j untas p ossam ef etivamente di scutir e delib erar a ções q ue traduzam uma medicina mais justa e de melhor qualidade. *vice corregedor do Cremepe

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ecentemente, f oi noticia do, com grande de staque na mídia, a det erminação da Agência Nacional de S aúde de suspender a comercialização de determinados produtos por várias operadoras de saúde, levando-se em consideração o índice de reclamações da s mesmas no último trimestre deste ano. A g arantia de um b om a tendimento, com os melhores hospitais e médicos, sem filas, são os principais motivos para aquisição de um plano de saúde. Mas o que seria um alívio, torna-se uma grande dor de cabeça. Nós m édicos, c omo u suários o u na linha de frente no atendimento dos pacientes nos hospitais, presenciamos as emer gências s empre lot adas,bem aquém de s ua c apacidade de resolução. Apesar de ter ocorrido uma maior adesão da população brasileira à me dicina p rivada, n ão houve o aumento da rede credenciada, gerando com isto grandes distorções, tais como demora na autorização de exames e cirurgias, por exemplo. Nos ú ltimos a nos, a c lasse m édia brasileira melhor ou a s ua condiç ão financeira e permitiu colocar em seu planejamento fi nanceiro m ensal o pagamento de s eu plano de s aúde. As operadoras, enxergando nisso um grande mer cado e conômico, come çaram a of erecer plano s com valores baixos, aumentando o número de clientes na rede de saúde suplementar. E agora vem a pergunta: Quem paga a conta? O governo, que não cumpre o seu de ver con stitucional de g arantir uma saúde digna para todos os cida-

Apesar da adesão da população aos planos, não houve aumento da rede credenciada

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ENTREVISTA

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SIl VIo Ro DRIgu ES s ecretário de Comunicação do s imepe

"Nós acreditamos na luta e mobilização da categoria médica”

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médico Silvio R odrigues foi presidente do Sindic ato dos Médic os de P ernambuco no biênio 2010-2012. Antes, assumiu a vice-presidência da entidade no período de 2008-2010. Atualmente, Silvio Rodrigues é secretário de Comunicação do Simepe. Formado pela F aculdade de Ciências Médic as (UPE) em 1992, Silvio R odrigues é titulado em Pediatria. Desde o ano 2000, é especialista em Terapia Intensiva Pediátrica e exerce a especialidade na UTI pediátric a do Hospital da R estauração e na UTI do Serviç o de Onc ologia Pediátrica do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira, o IMIP.

Qual a avaliação que o senhor faz da sua gestão à frente do SIMEPE? Positiva. Foi uma g estão de in úmeras conquistas. Salários com ganhos reais no Es tado e no s m unicípios, de correntes de c ampanhas v itoriosas. I mplantação, de stravamento de PC CV’s no Estado e municípios, unificação da carreira no Estado e concursos públicos. Na Saúde Suplementar, com grande a tuação da Comi ssão Es tadual de Honorários Médicos liderada por Mario Lins, r ealizamos d uas p aralisações e ajuizamos A ção Cível Coletiva trabalhista, p or d esequilíbrio e conômico financeiro con tra op eradoras, o q ue forçou as n egociações e os r eajustes nos honorários médicos. Fizemos mais de 200 assembleias de médicos nesta gestão. Reestruturamos a De fensoria Médica do SIMEPE, inclusive com uma reforma fí sica, p ossibilitando maior conforto a os m édicos. T odas es tas conquistas foram refletidas na vitória de n ossa ch apa “Valorização M édica,

Avanço e Determinação” nas eleições do SIMEPE, que elegeu o colega Mário Jorge Lobo para presidente.

Qual é a sua opinião sobre o movimento sindical médico na nova gestão do SIMEPE liderada pelo Dr. Mário Jorg e l obo? Mário J orge es teve à f rente d e t odos os m ovimentos d o S IMEPE, tanto n as mobilizações como nas mesas de negociação. Temos uma diretoria que já tem história de atuação na defesa do SUS e do movimento médico em varias frentes, seja no movimento estudantil, na residência m édica, n o co ntrole s ocial e na saúde suplementar. Ainda temos desafios como a abertura indiscriminada de escolas médicas em Pernambuco, o avanço da s t erceirizações n a s aúde, associada à pr ecarização do s v ínculos trabalhistas. Com este grupo temos certeza q ue ha verá um cr escimento das lutas e d as vitórias do movimento médico no nosso Estado.

A Comissão Nacional de Saúde Suple mentar (Co MSu) aprovou um indicativo de nova paralisação do atendimento aos planos de saúde, em outubro. A relação médicos/ pacientes/Planos de Saúde é um problema sem solução? Acreditamos na luta e mobilização da categoria. Em 2011 tivemos duas grandes mobilizações nacionais, 7 de abril e 2 1 de s etembro. Em P ernambuco, associado a elas tivemos o ajuizamento d e A ção C ivil C oletiva t rabalhista por de sequilíbrio e conômico finan ceiro contra uma operadora. Forçamos as op eradoras de plano s de s aúde a negociarem. En tretanto, a def asagem nas consultas e nos procedimento e as restrições impostas pelos planos ainda são muito grandes. Temos que manter a mo bilização p ara b enefício do u suário e da classe médica. Vale ressaltar que, na úl tima a ssembleia da S aúde Suplementar, aprovamos a proposta de paralisação do atendimento por guias e a utilização da modalidade reembolso

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ENTREVISTA durante uma semana. Estamos caminhando para o fim do intermediário da relação médico/paciente.

A Medida Pr ovisória 568 f oi aprovada pela Câmara dos Deputados. o texto aprovado mantém a c arga horária semanal de 20 hor as para os médic os servidores federais e não trará prejuízo para a categoria.

No meu en tendimento o úl timo ano não foi de avanços no S US. A regulamentação da emenda 2 9 foi aprovada sem o compromisso da União de destinar 10% dos recursos à saúde. Ou seja, houve uma redução de 14 bilhões para a saúde, que somando a outros cortes acumulam um prejuízo de 32,5 bilhões anuais. S obrecarregando ainda mai s os Estados e os municípios. O Governo Federal caminhou em sentido contrário às decisões da 14º Conferencia Nacional de S aúde ( 14ª CN S) e do con trole social. Outro retrocesso foi o projeto de terceirizações tanto nos estados e municípios, como t ambém no s ho spitais pertencentes ao Governo Federal com a criação da Empresa Brasileira de Ser-

atuamos na avaliação das unidades de saúde co m fi scalizações co mo t ambém ou vindo da pr ópria p opulação suas ne cessidades e s eus problemas. Pontos e specíficos como o com bate à exploração de crianças e adolescentes, prostituição inf antil e a di sseminação do crack fiz eram p arte de no sso f oco de atuação. É fundamental ampliar este projeto em Pernambuco e também no País.

viços Médicos Hospitalares (EBSERH). Mais do que nunca vamos precisar da unidade do movimento da saúde, dos movimentos popular, sindical e estudantil p ara reverter e ssa situação que ameaça a consolidação do SUS.

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Correto. Com a publicação da MP 568 em maio e o cort e p ela met ade do s vencimentos dos médicos, houve uma intensa mo bilização do s s ervidores médicos f ederais e m t odo o p ais. E m Pernambuco, o mo vimento f oi con duzido p elas en tidades mé dicas com a campanha “Respeito Bom é Respeito

Desenvolvimento Humano (IDH), que leva em conta renda, saúde, educação e outros fatores. Além de fiscalizar postos e hospitais, inclusive no interior de Pernambuco ( Caetés, I ati e M anari), foi aplicado um questionário a respeito de temas como emprego, lazer, saúde, educação. De 0 a 10, a m édia nacional para os serviços públicos ficou em 4,8. Para a saúde foi atribuída a nota média de 5,29. Pernambuco foi o pioneiro no projeto caravana em 2005. Nestes oito anos v isitamos t odos o s m unicípios pernambucanos e m d uas o portunidades, conhecendo a realidade socioeconômica, p olitica e cul tural dela s. Fechamos em 2012 com a caravana nas com unidades do R ecife. N ão s ó

Não só atuamos na avaliação das unidades de saúde com fiscalizações como também ouvindo da própria população suas necessidades e seus problemas”

por Inteiro”. Fizemos duas paralisações, além de ajuizar ação cível publica contra o governo federal. O resultado foi o recuo do projeto original e a aprovação da Câmara dos Deputados e no Senado Federal das emendas que anularam as propostas de redução. Mostramos que temos força para assumir a mobilização dos mé dicos s ervidores f ederais na s negociações salariais daqui para frente. O Conselho Federal de Medicina (CFM) traçou um p erfil da s aúde no s m unicípios m ais po bres d o p aís. C atorze conselhos regionais fiz eram p arte da Caravana do CFM e enviaram representantes às cidades com menor Índice de

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Como ex-presidente de uma entidade representativa da classe médic a, o SIMEPE, como o senhor analisa a situação do SuS?

Em sua opinião a estr atégia de saúde da família no Estado atin giu seus ob jetivos? O Pr ograma de S aúde da Família f oi criado em 1994 e transformado em politica na cional em 2 006. É o princi pal pilar no fortalecimento da atenção básica e do SUS. Quando totalmente implantado e com financiamento adequa-


do poderá resolver 80% dos problemas de s aúde da p opulação, melhorando seus indicadores. Recife, h oje, é u ma das po ucas cidades e m qu e o i ngresso foi realizado por concurso público associado a uma carreira, mas não avançou na cobertura da população. Atualmente, menos de 50% da cidade tem unidades de saúde. Em 2011 e neste ano conseguimos concursos e carreira através de mobilização também em Olinda, Caruaru e Petrolina, mas na grande maioria das cidades os vínculos ainda são precários e a estrutura das unidades inadequadas. O investimento do Governo Federal tem que s er em carreira e na e strutura da s unidades básicas, para atingirmos 100% de cobertura da estratégia no Estado.

duzir a s demanda s existentes. P orém, nós s empre def endemos o mo delo de ingresso, através de concurso público . Essa é a no ssa divergência com o Go verno do Estado. Infelizmente, mesmo com a abertura das UPAS e dos hospitais metropolitanos, unidades municipais de saúde tanto hospitalares como da estratégia de saúde da família estão fechando suas po rtas e r eduzindo se us qu adros funcionais. I sto nó s com provamos na prática em várias mobilizações e visitas que fiz emos a os diversos m unicípios. O Go verno do Es tado nã o con seguiu fazer uma in tegração en tre a Atenção Primária, representada pelas unidades de saúde da f amília e do s s erviços de pronto atendimento. Hoje, a sobrecarga

Dos a nos n oventa a té h oje es tamos vivendo c om um a e xpansão a bsurda d e esc olas m édicas n o País. H oje, o n úmero c hega a 196. Só pe rdemos em n úmero de e scolas mé dicas p ara a Índia que tem mais de um bilhão de habitantes. Mesmo com a mudança no governo federal a política “liberal” continuou colo cando o mercado no l ugar da necessidade social do ensino como prioridade. O Go verno D ilma emi tiu portarias passando por cima do debate com os f óruns so bre ed ucação m édica, reabrindo escolas que haviam sido fechadas por b aixa q ualidade e a briu vagas para escolas privadas que, por não terem serviços próprios de saúde, dependeram de convênios questionáveis.

Estamos vivendo com uma expansão absurda de escolas médicas no País. Hoje, o número chega a 196. Só perdemos em escolas médicas para a Índia que tem mais de um bilhão de habitantes” Na Região Metropolitana, o governo do Estado construiu 14 uPAs e três hospitais de referências (Dom Hélder, Cabo de Santo Agostinho, Pelópidas Silveira, Recife e Miguel A rraes, Paulista). Isso tem desafogado as grandes emergências públicas do Recife, como prometeu o governo de P ernambuco? o que o senhor pensa sobre estre novo modelo de g estão implantado pelo g overno estadual? Sempre fez parte de nossa bandeira de luta o fim da sobrecarga do atendimento da s grandes emergências do Estado. Sabemos q ue há uma ne cessidade de um incr emento de s erviços p ara r e-

e a falta de leitos continuam. Mais uma vez reforçamos esse assunto: carreira de estado, através de concurso público em todos os níveis, fundamental para resolução dos problemas no Estado.

E sobre essa discussão permanent e a respeito da criação de novos cursos de medicina no P aís como forma de au mentar o número de médicos, como o senhor avalia essa questão? Há falta de médicos mesmo no Brasil, ou falta uma decisão política do g overno brasileiro que incentive o médico a deixar a preferência pelos grandes centros urbanos e se instalar também no interior?

com os hospitais públicos para garantir seu credenciamento. O in teressante e notar que com o crescimento de 85% de escolas neste período, 72,5% foram de escolas privadas. Mesmo assim, ainda, existe uma concen tração de mé dicos nos centros urbanos. Isto é, o exemplo claro qu e n ão é a a bertura d e esc olas que vai colocar médicos e m áreas d e difícil provimento ou optar por especialidades deficitárias. Paradoxalmente, a este aumento vivemos uma diminuição da opção por especialidades como pediatria, obstetrícia, medicina de família e comunidade entre outras. A valorização da carreira de estado é a solução.

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CAPA

A difícil convivência com as operadoras de Planos de Saúde a s queixas são constantes e partem tanto dos clientes como também dos médicos credenciados Texto: Eduardo Machado* | Fotos: Jarbas Araújo 8 | MOVIMENTO MÉDICO


o

designer V ladmir S ouza, 2 6 anos, r ompeu o s li gamentos do joelho direito durante uma p artida de fu tebol em dezembro do ano passado. Levado para a emer gência, ficou con statado q ue seria ne cessária uma cirur gia sim ples para r ecuperar o ma chucado. B eneficiário de um plano de saúde, Vladmir acreditou que toda a chateação seriam

os d ez d ias d e r epouso n o pós-o peratório. N em me smo a pr evisão mai s pessimista an teciparia q ue o de signer só se ria o perado a pós qu atro m eses, depois de p assar p eríodos de c ama e se locomovendo com muletas, além de mais de um mês afastado do trabalho. “Passei por todo o tipo de burocracia e dificuldade q ue s e p ossa ima ginar. O plano de saúde requisitou vários

documentos e la udos mé dicos p ara poder liberar a cirurgia. Só que nesses quatro m eses, o joe lho f oi p iorando e passei a precisar de muletas e até a ter de ficar em r epouso total. Perdi mai s de um m ês afastado d o serviço e das minhas ou tras a tividades, simplesmente p orque a r egra da op eradora é ela mesma quem determina”, lamentou o designer.

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CAPA

o designer Vladmir Souza passou mais de um mês af astado do trabalho por causa da burocracia

A fisioterapeuta Cristiane Cyreno evita ao

A fisioterapeuta Cristiane Cy reno evita ao máximo ir a uma emergência quando u m d os t rês filhos adoece. “É sempre u ma d or d e c abeça a m ais i r ao hospital. A espera é de mais de uma hora com uma criança doente. Tento falar com o pediatra deles pelo telefone e só realmente numa situação mais grave vou à emergência. A gente paga caro por um plano de saúde e não encontra uma estrutura condizente com o investimento”, disse a fisioterapeuta. Vladmir e Cristiane são dois dos 48 m ilhões d e b rasileiros qu e pos suem um convênio médico particular e a creditavam qu e es tavam l ivres d as filas e da burocracia da rede pública na hora em que tivessem um problema de saúde. No entanto, a saúde suplementar n ão está a tingindo as expectativas dos us uários e xpressas n os c ontratos

das c onsultas p agas a os p rofissionais de s aúde p ermaneceram con gelados. Somente nos últimos dois anos, houve aumento dos honor ários. Mesmo assim, alguns planos ainda pagam R$ 38 por uma consulta. “Essa pos tura d as o peradoras t êm levado muitos médicos a fecharem seus consul tórios e a opt ar a penas por plantões em hospi tais públicos e privados. Temos casos de colegas que estavam li teralmente p agando para manter o consultório aberto. Acho que o governo precisa intervir de maneira mais enér gica na r egulação do setor porque da maneir a q ue s e configura hoje, estamos caminhando para a in viabilização da s aúde s uplementar”, avaliou Lins. A pr esidente do Con selho R egional de M edicina de P ernambuco

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assinados no momento da a quisição do plano. Negativas de procedimentos e falta de vagas p ara in ternamento são as principais q ueixas q ue a A ssociação de De fesa d os U suários d e Se guros, Planos e Sistemas de Saúde (Aduseps) recebe diariamente. “Em muitos casos precisamos recorrer à Justiça para que as op eradoras cum pram a quilo para o q ue f oram con tratadas”, destacou a coordenadora j urídica da A duseps, Carla Guerra. Entre os m édicos, o qu adro n ão é diferente. De acordo com o presidente da Comi ssão Estadual de H onorários Médicos, Mário Fernando Lins, entre 2001 e 2009, a i nflação a cumulada foi d e 106%. N esse m esmo pe ríodo, os planos de s aúde r eajustaram s uas mensalidades e m 136% e os v alores


máximo ir a uma emergência quando um dos três filhos adoece

A baixa remuneração dos profissionais e a dificuldade na requisição de exames e procedimentos estariam até prejudicando a relação médicopaciente, segundo a presidente da Ampe, Silvia da Costa Carvalho

(Cremepe), H elena Carneir o L eão, enxerga a necessidade de uma “rearrumação” da saúde suplementar para evitar o cola pso do si stema. Op eradoras e u suários pr ecisam encon trar novas f ormas de int eração p ara q ue ninguém s eja p enalizado. “ Está cla ro q ue a s op eradoras precisam mirar menos o lucro e honrar o que foi contratado pelas pessoas. Também penso que os us uários t êm qu e p arar d e se autoindicar p ara uma e specialidade médica. E m m uitos c asos, o p róprio paciente f az s ua ‘ triagem’ e pr ocura um e specialista. I sso con tribui p ara a grande e spera no s con sultórios. Na Inglaterra, po r e xemplo, as pes soas vão s empre a o clínico g eral, q ue, s e necessário, faz o enca minhamento para um outro profissional”,disse Helena Carneiro Leão.

A baixa r emuneração dos pr ofissionais e a dificuldade na r equisição de e xames e pr ocedimentos e stariam até pr ejudicando a r elação médico-paciente, segundo a pr esidente da Associação Médica de P ernambuco (Ampe), S ilvia d a C osta C arvalho. “É muito constrangedor para um mé dico solicitar um exame e o paciente retornar dizendo que o plano não autorizou. Isso compromete o diagnóstico e a confiança entre as partes. A saúde suplementar precisa voltar a ser atrativa para os profissionais para que o gargalo atual dimin ua e t enhamos uma r ede capaz de atender a demanda existente”, ponderou a presidente da Ampe. “A é tica m édica a fasta a v isão c omercial e não trata como relação de consumo o contato médico-paciente. É uma postura totalmente oposta à dos planos de saúde. Está claro que para essas empresas, o i mportante é aumentar a b ase de seguradoras, porque quanto maior ela for, menor será o risco. Foi o que vimos agora com a Agência Nacional de Saúde Suplementar tendo que impedir a contratação de novos usuários em 37 operadoras po rque s implesmente as pes soas não recebiam aquilo pelo que pagaram”, destacou Car los V ital, vice-presidente do Conselho Federal de Medicina. O pr esidente r egional da A ssociação Brasileira de M edicina de Gru po (Abramge), Flávio Wanderley, explica que o momento atual da saúde suplementar precisa ser avaliado de maneira ampla, considerando todas as variáveis e o contexto atual da e conomia nacional. Wanderley r essalta q ue no s últimos cinco anos, o número de brasileiros q ue con trataram um plano de saúde cresceu 28% e que o setor ainda está se adaptando a esse novo público. “Tivemos um cr escimento do número de b eneficiários e t ambém do índice de sini stralidade. Ao mesmo tempo, a A gência Nacional de Saúde Suplementar tem e ditado resoluções normativas e da do prazos de 9 0 dia s para que nos adaptemos. Não se constroem hospitais ou se formam médicos em t rês m eses. É n ecessário u m pe ríodo maior para q ue che guemos no padrão d esejado. Todos os e nvolvidos (operadoras, médicos e b eneficiários) precisam se adequar ao novo momento para equilibrarmos esse jogo”, finalizou Wanderley. .

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CAPA entrev Ista

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ANDRé lo Ngo Diretor de gestão da agência n acional de s aúde s uplementar

“Estamos atuando para garantir o atendimento correto ao usuário” Há seis meses na A NS, c ompletados em a gosto, o c ardiologista pernambucano André Longo considera um grande desafio a regulação dos planos de saúde. O setor vem crescendo acima do ritmo da economia nacional e abriga mais de mil empresas com carteiras de beneficiários que vão de centenas até mais de um milhão de pes soas. Para fiscalizar a atividade, a a gência precisa da parceria com usuários e médicos, tanto no momento da contratação do serviço, quanto na observação dos prazos e obrigações previstos por lei. 12 | MOVIMENTO MÉDICO

Nos últimos cinc o anos, o númer o de brasileiros que contrataram um plano de saúde cresceu 28%, já a quantidade de médic os conveniados e de lei tos hospitalar es não aument ou nem metade desse índic e. o que a A NS está fazendo para que essa equação chegue a um denominador em que médicos e pacient es deix em de ser penalizados? A ANS está atenta monitorando o setor e a tuando para q ue o cr escimento de algumas op eradoras nã o comprometa as garantias de atendimento aos beneficiários. Um dos eixos da nossa agenda regulatória é a garantia de acesso e qualidade assistencial, que nada mais é que assegurar que o beneficiário seja atendido de acordo com o que contratou em seu plano de saúde, em tempo oportuno e com q ualidade. Para i sso, como exemplo, e stabelecemos a p artir de dezembro de 2011, na Resolução Normativa 2 59, um limi te de tempo entre a a utorização pa ra a realização de exames e tratamentos e sua efetiva realização e já no segundo monitoramento trimestral dos da dos do setor relativos a o monitoramento deste in dicador, suspendemos as vendas de 268 planos de saúde pertencentes a 37 operadoras que estavam descumprindo a norma de t empos máximos de forma reiterada, protegendo os beneficiários destes planos até que haja adequação das empresas à n orma, com a consequente r eversão das r eclamações. Em outra frente, estamos exigindo o georreferenciamento das redes de prestadores d as o peradoras p ara qu e, obrigatoriamente, elas divulguem suas redes em mapas nos seus sites, permitindo aos b eneficiários observar e in clusive comparar as r edes disponíveis das diversas operadoras.

Como e vitar uma fug a dos médic os dos c onvênios por c ausa dos baix os honorários? A A NS pode det erminar os valores a serem pagos? A ANS não tem competência legal para arbitrar o valor dos honor ários mé dicos, nem e stabelecer um índice de reajuste p eriódico. Precisamos a perfeiçoar a R esolução Normativa 7 1, de 2004, que trata das cláusulas contratuais obrigatórias, inclusive a de reajuste, e ntre as o peradoras e os m édicos, incorporando o conceito de hierarqui-


“Existem diversos tipos de descumprimento de normas no setor com gravidades diversas e as penalidades têm sido aplicadas de acordo com esta tipificação e gravidade”

zação de procedimentos e avançando para um processo de negociação coletiva, que a nosso ver, tende a dirimir conflitos e trazer mais segurança para o setor. Precisamos v alorizar a dedicação do méd ico ao trabalho “artesanal”, não atrelado, necessariamente, à tecnologia, como nas consultas, nas visitas domiciliares e hospitalares e na realização das cirurgias, entre outros.

o que deve fazer o usuário que não tiver seus direitos respeitados? É muito importante a participação ativa dos beneficiários com a formalização d e s uas r eclamações. A A NS t em três canais disponíveis. O site da agência (www.ans.gov.br), o Disque-ANS, no 08007019656 ou ainda, presencialmente, e m u m d os d oze n úcleos d e representação da agência. N o Recife, o endereço é Av. Lins Pettit, nº 100, 9º andar - Em presarial P edro Stamford. Bairro: Ilha do Leite CEP: 50070-230.

Em muit os c asos, a Saúde no Br asil tem sido g arantida via mandado de segurança. Como se pode evitar a judicialização da assistência médica? O g rande t ema n esta qu estão é a d efinição da integralidade da assistência tanto no SUS, quanto na saúde suplementar, dian te do s r ecursos di sponíveis e a ne cessária s ustentabilidade do si stema de s aúde, s ob a ótic a do coletivo. N ossa Con stituição de stacou a r elevância públic a do s s erviços de

saúde. A o m esmo t empo qu e c onsagrou a saúde como um direito do cidadão e um dever do estado, possibilitou também à iniciativa pri vada, a p articipação n este setor. A s pessoas t anto no S US q uanto no s plano s de s aúde não aceitam ter negativas de cobertura que m uitas v ezes es tão es pecificadas em lei s, ou r egulamentos, t anto no SUS, como no setor suplementar. Um exemplo disso são novas terapias que ainda nã o f oram a provadas p ela AN VISA e /ou Con selho F ederal de M edicina. Ou tra p arte im portante di sso, são as n egativas i njustificadas pe las operadoras de planos. Nestes casos de negativa da s op eradoras, a AN S t em atuado com reversão de cerca de 70% dos c asos d e n egativa d e f orma v oluntária p elas op eradoras. N os ou tros 30% dos casos, as empresas são multadas na forma da lei. Como saúde e a vida em e special são b ens indi sponíveis, m uitas v ezes se p rocura o ju diciário para dirimir conflitos e stabelecidos nestes regramentos que limitam a assistência. A solução para a judicialização é com plexa, além da a tuação da a gência e do M inistério da S aúde, na fiscalização d as n egativas, o qu e se es pera é c ada vez m ais o e ntendimento da s ociedade brasileira do q ue seja esta integralidade da assistência e fundamentalmente, o a cesso a inf ormações claras e p recisas sobre as c oberturas e assistência obrigatórias nos dois sistemas.

A ANS pode praticar ações mais enérgicas contra as operadoras descumpridoras da legislação? Existem diversos tipos de descumprimento de normas no setor com gravidades di versas e a s p enalidades t êm sido aplicadas de acordo com esta tipificação e gravidade. As multas podem chegar, em alguns casos mais graves e de repercussão coletiva, a até 1 milhão de reais. A s op eradoras p odem ainda administrativamente t er s uspensas a comercialização de seus plano s e ver decretados o s r egimes e speciais de direção fiscal, de vido a dificuldades financeiras e/ou técnicas em casos de impossibilidade em garantir assistência adequada. Em situações extremas, a AN S pod e a fastar os d irigentes d as operadoras e ainda decretar a liquidação extrajudicial das empresas, com a ne cessária tr ansferência de b eneficiários, a través de r egimes e speciais de p ortabilidade de stas op eradoras em liq uidação, p ara ou tras q ue e stejam em a tividade. A tualmente cer ca de 1 50 op eradoras e stão com al gum regime especial de direção fiscal e/ou técnica de cretado p ela a gência com acompanhamento pela ANS.

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CIENTÍFICA

Cuidados com a pele no verão a prevenção é o melhor caminho para evitar problemas mais graves no futuro Silvia da Costa Carvalho*

C

om a proximidade do verão é comum a preocupação das pessoas qu anto a cu idados com a s aúde, em e special com as medidas que devem ser adotadas para cuidar e proteger a pele. Não obstante no Nordeste as m udanças climáticas sejam menos marcantes qu e em o utras r egiões, h aja vista q ue me smo d urante o p eríodo de inverno temos dias bastante ensolarados, entrecortados por chuvas, os hábitos e rotina das pessoas no verão sofrem mo dificações, det erminando mudanças com portamentais e ne cessidade de cuida dos dif erenciados na pele. Nessa época do ano intensificam-se as a tividades ao ar livre, a f requência à s pr aias e pi scinas, le vando a uma maior e xposição à s r adiações solares. P or t er si tuação g eográfica próxima à linha do Equador, o Brasil é particularmente f avorecido p or al tos índices de r adiação s olar, mai s particularmente a s regiões N orte e N ordeste do país.

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Se expor ao sol necessita de vários cuidados

Do e xtenso es pectro d e r adiações solares, d estacam-se com o d e i mportante si gnificância para a pele a s radiações ul travioletas A e B ( UVA e UVB). Es sas r adiações di stinguem-se pelos s eus dif erentes com primentos de onda, sendo a UVA de maior comprimento, penetrando profundamente na pele, sendo a principal responsável pelo fotoenvelhecimento. Responde t ambém p ela maior parte de r adiação ul travioleta ( 9599%) que chega à superfície da terra. Já a UVB, de menor comprimento de onda, penetra superficialmente na pele, mas tem elevado efeito energético e é a principal responsável pelas alterações celulares que predispõem ao câncer de pele. Sua incidência é maior no horário entre 10h e 16h e m ais intensa no verão. A radiação solar representa a soma da radiação v inda diretamente do s ol com a r adiação difundida p elas p artículas e g ases da a tmosfera. S endo assim, a exposição do indivíduo à essa radiação se dá de forma direta ou in-

direta. H á q ue s e con siderar ainda a exposição pela r eflexão do s raios na s superfícies, seja areia, água ou mesmo a neve. Os e feitos d a e xposição e xcessiva d o sol à pe le pod em se r i mediatos e t ardios. D entre o s ime diatos d estacam-se as qu eimaduras e a imunossupressão, além de do enças relacionadas à e xposição s olar ( fotodermatoses); dentre os efeitos tardios, de maior importância médica citamos o surgimento de c ânceres de pele. Deve-se ressaltar que o câncer de pele ocupa o primeiro lugar em frequência de cânceres no Brasil, correspondendo a cerca de 25% de todos os tumores diagnosticados . De forma cumulativa, em decorrência da s e xposições r epetidas, a s radiações solares provocam danos ao DNA cel ular, al terações no colá geno e elastina, e distúrbios na pigmentação, le vando a o a parecimento pr ecoce de rugas, sulcos e manchas na pele, a lém de es pessamento e redução de sua elasticidade. Esses efeitos


DIvul ga ç ã O

á lbum De f a míl Ia

Ir à praia sem proteção solar é prejudicial à saúde como um todo

As crianças são particularmente vulneráveis à ação nociva das radiações solares, pois se expõem muito mais ao sol que os adultos tardios conduzem ao chamado Fotoenvelhecimento. As crianç as s ão p articularmente vulneráveis à ação no civa da s radiações solares, haja vista que se expõem muito mais ao sol que os adultos. Trabalhos r ealizados demon stram q ue a e xposição s olar e xcessiva d urante os p rimeiros 10 a 20 a nos d e v ida aumenta p otencialmente o ri sco de câncer de pele. Para a prevenção não só do câncer de pele como também da s ou tras

lesões p rovocadas pe los r aios u ltravioleta é necessário evitar a exposição ao so l se m p roteção. A u tilização d e filtros solares, aliada ao uso de chapéus, óc ulos esc uros e g uarda-sóis nas atividades ao ar livre deve ser uma prática adotada por adultos e crianças. Além disso, evitar a exposição em horários em que a radiação é mais nociva e i ntensa (10h às 16h). E ntretanto, é i mportante t er e m m ente qu e o So l é grande fonte de benefícios, reconhecendo-se e m es pecial se u p apel n a produção de v itamina D, devendo-se apenas a proveitá-lo de f orma in teligente. Além dos cuidados com a exposição sol ar, d eve-se es tar a tento a ou tras doenças de pele que podem surgir no v erão, em de corrência princi palmente da s elevações de t emperatura, deerminando mo dificações am bientais. N essa é poca s ão com uns os c asos de Miliária (conhecida como brotoeja), m ais f requentes e m cri anças, resultante da o bstrução do s cond utos sudoríparos, im pedindo a a dequada

eliminação de s uor. P or ou tro la do, o e xcesso de umida de em de dos do s pés, axila s e v irilhas p ode f acilitar a colonização de fun gos, le vando a os quadros diversos de micoses dentre os quais a s Candido ses e o denomina do “pé de a tleta” ou “ frieiras”. Também comum no v erão o aparecimento de Larva migrans, conhecida como bicho geográfico e ainda as infestações pela Tunga p enetrans, manif estação p opularmente denominada bicho de pé, essas ultimas frequentes após temporadas em praias e sítios. O conhe cimento de ssas p ossíveis ocorrências em épocas de verão possibilita uma ação preventiva e precoce intervenção terapêutica. Manter boa higiene, hidratar adequadamente a p ele, enx ugar b astante os d edos e d obras a pós os b anhos, u tilizar r oupas le ves e clar as, bem como evitar andar de scalço são medidas q ue a uxiliam na pr evenção dessas doenças. *Presidente da ampe.

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PATRIMÔNIO

Uma história protegida entre muralhas

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Depois de dois anos de portas fechadas para reforma, o f orte das Cinco Pontas, que abriga o museu da Cidade do r ecife, reabre para o pĂşblico Mariana o liveira* | Fotos: Hans Manteuffel

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PATRIMÔNIO

o

bairro d e S ão J osé é u m d os mais rico s em p atrimônio histórico da cidade. Lá estão situados os pátios do Carmo e de São Pedro, com suas igrejas seculares, o Mercado de São José e o Forte das Cinco Pontas, que esteve fechado por dois anos e agora volta a abrir suas portas. A visita à f ortaleza, além de s er um p asseio pela história do Estado, remontando ao período de dominação holandesa, é também uma oportunidade de conhecer um pouco mai s s obre a hi stória do Recife, sua f ormação ur banística e de senvolvimento. I sso po rque o f orte a briga o Museu da Cidade do Recife. O equipamento cultural passou por uma am pla reforma e strutural d urante es se pe ríodo. A s c antarias es tavam cobertas p or várias c amadas de tin ta e o restauro trouxe à t ona a a parência das pedras, retiradas dos arrecifes para serem utilizadas na con strução. Também f oi retirada b oa p arte da s grades que datavam do período em que funcionava um quartel na edificação. A r eforma r equalificou vários e spaços, como o auditório para 100 lugares, e incluiu climatização, iluminação, compra de mobiliário e a organização do estacionamento. “O térreo virou a área de chegada, de recepção, com a criação de uma lojinha e um café. Temos agora um ele vador p ara a tender à s p essoas com problemas de locomoção. A acessibilidade fí sica e stá t oda pronta, ma s ainda não conseguimos implementar a a cessibilidade p ara ce gos e s urdos”, complementa a diretora Betânia Corrêa de Araújo. Desde ja neiro, o f orte es tá aberto à visitação do público , j á o m useu ainda aguarda ina uguração. S egundo a diretora, es tá t udo p ronto, i nclusive a e xposição de abertura, a única pendência é conseguir uma data que possa reunir representantes dos governos municipal, estadual e na cional q ue c olaboraram com a reforma, que custou cerca de R$ 3,7 milhõ es, pr ovenientes do Pr ograma de Desenvolvimento do Turismo do Nordeste. Esse investimento no forte reverbera além de suas muralhas. Um dos objetivos do P rodetur é qu e a a ção e m u m d eterminado e quipamento cul tural p ossa ajudar na revalorização do seu entorno. “A g ente come ça a v er e ssa melhoria na Praça F rei Cane ca, q ue f oi a dotada

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Quando foi reconstruído, no século 17, o forte perdeu uma de suas pontas, mas manteve o nome Segundo Betânia Corrêa de Araújo, a reforma está ajudando na revalorização do entorno do equipamento cultural


a s origens do forte Quando chegaram a Pernambuco, os holandeses optaram por instalar a sede do governo da Companhia das índias Ocidentais no r ecife. l ogo se tornou necessário proteger as entradas da cidade. então, em 1630, foi erguido, por determinação do Príncipe de Orange, o f orte f rederik hendrik, todo em taipa sobre um solo alto. a edificação, além de garantir a segurança do porto do r ecife, protegia às cacimbas de água potável de ambrósio machado, um abastado senhor de engenho na ilha de antônio vaz. “O formato pentagonal foi pensado estrategicamente para proteger as cacimbas de água doce e impedir que os navios inimigos circulassem pelas águas do braço direito do rio Capibaribe e chegassem até a barreta dos afogados, falha existente na muralha natural de arrecifes que protegia o porto, por onde poderiam se evadir com os barcos carregados de açúcar”, conta betânia Corrêa de araújo, diretora do museu da Cidade do r ecife. Daí também ser conhecido como f orte das Cacimbas das Cinco Pontas ou f ortaleza de são tiago das Cinco Pontas. no século 17, o forte foi destruído e ocupado por tropas luso-brasileiras. Diante da relevância da edificação para a proteção da cidade, f ernandes vieira ordenou sua reconstrução em 1677, utilizando, desta vez, pedra e cal. Durante o restauro, concluído em 1684, uma das pontas foi suprimida e o forte passou a ter o atual formato quadrangular. mesmo assim a referência às cinco pontas continuou fazendo parte do nome. “no final do século 18 com a expansão da cidade o forte perdeu sua função militar e passou a ser utilizado como quartel e prisão. esse uso permaneceu durante todo o século 19. em 1904, após uma grande reforma o edifício passou a funcionar como Quartel general do exército,sendo tombado pelo IPhan em 24 de maio de 1938”, detalha a diretora. a edificação, uma propriedade federal, foi cedida à Prefeitura da Cidade do r ecife para a instalação do museu da Cidade do r ecife, na década de 1980.

pelos maçons. O nosso museu pode ser o agente que dá o start na revalorização desta á rea qu e es tá i nserida n um p rocesso de grande mudança, com o surgimento das duas torres, com o projeto do Cais José Estelita e com o investimento turístico ligado à Copa”, detalha Betânia. Segundo ela , a ideia é q ue o v isitante chegue ao forte, visite a exposição para entender um pouco mais sobre a cidade, sua formação hi stórica e urbanística e , a p artir daí , p ossa s air p ara conhe cer alguns pontos importantes da cidade. A exposição de abertura Recife, década de 1 940 s erá f ormada p or do cumentos que iniciaram a cole ção do m useu. A diretora e xplica q ue, a pesar de s ó t er sido fundado na década de 1980, o se u acervo come çou a s er con struído b em antes, na década de 1940 por um grupo que trabalhava na prefeitura. “Essa mostra funciona como uma a utoanálise. O museu n um r eencontro com o início de sua coleção, com a sua organização, com a lógica do Estado Novo”, explica. A exibição contará um pouco da história da cidade e da vida no período, através de fotografias, poemas e um vídeo com depoimento de p ersonalidades como Francisco Brennand, Geninha da Rosa Borges, entre outros que viveram e c onheceram o R ecife da quela ép oca. A maioria das imagens é de Alexandre Berzin e compõe o livro O Álbum de Berzin - Coleções do Museu da Cidade do Recife, lançado pela Companhia Editora de Pernambuco, numa parceria com o museu. Segundo Be tânia, a p roposta é qu e o museu abrigue quatro exposições por ano, sempre estabelecendo um diálogo entre sua coleção e outras instituições e propostas. Depois de Recife, década de 1940, o público vai poder conferir uma reflexão so bre as po ntes d o Recife. “O fotógrafo Josivan Rodrigues aprovou no Funcultura uma mostra de suas fotografias com esse tema. Vamos propor um diálo go en tre a s ima gens dele e o nosso ma terial relacionado à s p ontes, mostrando a im portância dela s p ara a cidade, s eu impacto ambiental e o q ue ela significa do ponto de vista da paisagem”, antecipa a diretora. Ainda e stá pr evista p ara e ste ano uma e xposição s obre o trabalho de I ldefons Cer dà, ur banista q ue pr ojetou a expansão da cidade de Barcelona. “O papel do museu é es tar preparado para receber esses parceiros, propor diálogos.

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PATRIMÔNIO

A exposição de abertura Recife, da decada de 1940 já está pronta. Ao lado: o forte está aberto para visitação

Temos que saber acolher. Temos que ter algo a mais do que a informação, isso a internet já consegue oferecer”, pontua.

Col EÇÃo E não vão faltar opções de diálogo diante de um acervo tão vasto: mapas, plantas, fotografias, resquícios arqueológicos, livros, relíquias da I greja do s M artírios (derrubada na década de 1970 para a passagem da Avenida Dantas Barreto). Só de negativos flexíveis são mais de 200 mil, superando o arquivo da Fundação J oaquim Nabuco em imagens do século 20. “Nesta última intervenção não mexemos na cole ção. Em ano s an teriores al guns projetos já tinham cuidado do restauro de boa parte dela”, conta a diretora. O primeiro, patrocinado pela Caixa Econômica F ederal, r ecuperou 1 .600 mapas e plantas da cidade, do final do século 19 e c omeço d o séc ulo 20. J á o IPHAN bancou o restauro do acervo de

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A ideia da diretoria é dar um caráter autossustentável à instituição, apostando numa tecnologia com custos dentro do seu orçamento fotografia, q ue f oi t odo colo cado em papel neu tro e digitalizado. O M inistério de Ciência e Tecnologia g arantiu a recuperação dos negativos de vidro. “O nosso acervo está fisicamente pronto e organizado. Precisamos, a gora, de um software que facilite o a cesso a e le pelos pesquisadores”, diz Betânia. O investimento em t ecnologia e stá nos p lanos d o Museu. O es paço d e re-

cepção no térreo deve receber livros digitais q ue vão trazer mai s da dos s obre a e xposição em c artaz. M as a diretora destaca que a ideia é dar um caráter autossustentável à i nstituição, pa ra i sso vai a postar n uma tecnologia a cessível, com custos possíveis dentro do seu orçamento. Nessa busca pela sustentabilidade, a Associação de Amigos do Museu da Cidade do Recife tem tido um papel fundamental. É ela quem gerencia o estacionamento, reestruturado na reforma, qu e o ferece 120 v agas, n uma á rea com poucas opções para o motorista. A renda do estacionamento, bem como do aluguel do f orte p ara eventos e de s eu auditório aj udam na s ua man utenção. Os cuida dos com o s j ardins t ambém é responsabilidade da associação. Com todas es sas n ovidades a d iretoria do museu está ansiosa para reabrir suas p ortas, ver o p átio cheio de v isitantes. “E stou a qui h á m uitos a nos e é impressionante como esse processo leva tempo. À s vezes c om p ouco d inheiro, podemos realizar ações importantes. O que me deixa mais angustiada é ver um espaço rico s endo s ubutilizado”, diz a diretora. Mas em breve, ela espera voltar a receber estudantes e turistas com todos os espaços do museu e do forte funcionando plenamente.


CFM Conselho Federal de Medicina Medicina em evidência

Notícias do CFM Carlos Vital*, de Brasília

MP 568/2012 O Con selho Federal de M edicina ( CFM) avalia positivamente o encaminhamento dado à medida provisória (MP) 568/2012 após m anifestações d os m édicos n o Congresso N acional, q ue conq uistaram apoio de p arlamentares. F oram corri gidas gr aves di storções q ue a tingiam a classe médica e o texto segue para sanção presidencial. O relatório do senador Eduardo B raga (P MDB-AM), qu e r ecebeu apoio dos médicos, foi aprovado em 4 de julho na Câmara. Uma semana depois, o Senado Federal também aprovou o texto do senador, que corrigiu a carga horária, os arti gos q ue in stituíam r emuneração fixa de gr atificação p or in salubridade e periculosidade e excluiu do texto a chamada Vantagem P essoal N ominalmente Identificada (VPNI).

Ação da Polícia Federal 1 A in vestigação cond uzida p ela P olícia Federal para apurar denúncia de irregularidades no processo de validação de diplomas de Medicina obtidos no exterior conta com o a poio do CFM . Há indício s de q ue al gumas uni versidades públic as estariam se beneficiando de forma ilegal com o processo. A participação do CFM dialoga com s ua met a de le var a diante discussões f rancas so bre as po líticas d e ensino mé dico no p aís. P ara s ubsidiar as in vestigações, f oram enc aminhadas informações s obre r egistros emi tidos nos úl timos tr ês ano s p elos con selhos regionais de medicina a partir de diplomas obtidos em outros países. A lei exige diploma - de vidamente r evalidado por universidade brasileira e inscrito no CRM – do médico que queira atuar no país. A regra existe como forma de assegurar que o candidato tenha cursado as disciplinas mínimas q ue o Es tado br asileiro con sidera necessárias ao exercício da função. Outro ponto observado é se

houve seu treinamento com carga horária compatível.

Ação da Polícia Federal 2 Para a convalidação destes diplomas, a s entidades médicas apoiam a aplicação do Ex ame N acional de Revalidação de Diplomas M édicos ( Revalida), pr ojeto desenvolvido a p artir de uma p arceria entre o s M inistérios da Ed ucação e da Saúde. Até o momento, já foram realizadas duas edições do exame. As universidades so b i nvestigação es tão e ntre as que nã o a deriram a o R evalida, ou s eja, mantêm pr ocessos p aralelos de r evalidação de di plomas de M edicina o btidos no exterior. O CFM defende que o Revalida seja transformado em lei, obrigando a adesão das universidades ao processo. “Se não houver mudança na legislação as faculdades con tinuarão r evalidando di plomas com critérios dispares”, afirmou o 1º vice-presidente do CFM, Carlos Vital Corrêa Lima.

Críticas ao Provab As entidades médicas voltaram a alertar o governo sobre os riscos envolvidos na implementação do Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica (Provab) e cobraram uma solução permanente de fixação, como uma carreira de Estado. A análise crítica sobre o Programa do M inistério da S aúde f oi f eita durante o III Fórum Nacional de Ensino Médico, evento que ocorreu em Brasília. No e ncontro, ficou exposta a insatisfação das entidades médicas com o descumprimento de várias cláusulas acordadas durante a etapa de formulação da proposta. D e a cordo com a dir etora do Departamento de Ge stão da Ed ucação na S aúde do M inistério da S aúde, M ônica Sampaio, o P rovab tem 247 m unicípios participantes, com 329 médicos, 122 enf ermeiros e 1 10 cirur giões-dentistas. 463 m unicípios r eceberão 1.634 bolsistas enfermeiros e dentistas.

“É importante que os m édicos acessem a base de dados disponibilizada no portal Saúde Baseada em Evidências. Essa participação permitirá que possamos f azer uma avaliação da iniciativa com o intuito de torná-la ainda melhor”, afirmou o secretário de Gestão de Educação e Trabalho do Ministério da Saúde, Mozart Salles. Segundo ele, o Governo Federal – em parceria com o s con selhos profissionais da área da saúde – enxerga na ferramenta uma conquista para a qualificação da assistência. Trata-se d e u m se rviço qu e amplifica e democratiza o acesso ao conhecimento t écnico, cien tífico e prático e qu e teve n o C onselho Federal d e Medicina um interlocutor fundamental para que fosse devidamente implementado”, acrescenta Mozart.

Medicina em evidência Os 3 83 mil mé dicos br asileiros contam com no vo in strumento p ara a uxiliar na tomada d e d ecisões c línicas: o po rtal S aúde Ba seada em E vidências. P or meio dele , o s pr ofissionais t erão a cesso a di versas public ações cien tíficas, com informações a tualizadas, para subsidiar a tomada de decisão no diagnóstico, tratamento e g estão. A b ase d e d ados d o Saúde Ba seada em E vidências f oi s elecionada a p artir de le vantamento r ealizado po r pesqu isadores e d ocentes d e universidades públic as. ssionais terão acesso ao sistema. “Esse é o resultado de uma aposta do CFM, que por mais de dois anos bu scou f órmulas q ue p ermitissem aos mé dicos a cessar si tes e public ações que oferecem conhecimento atualizado. Entendemos que com o Portal Saúde Baseada em Evidências, o profissional terá um in strumento im portante p ara s ua capacitação contínua e para o exercício diário da profissão, independentemente de onde resida”, avalia o vice-presidente do CFM , Car los Vital, em cuj o en tender a iniciativa da atual gestão do CFM, que levou à of erta gr atuita de con teúdo a os médicos brasileiros, com a p articipação do governo, confirma a preocupação em oferecer s erviços aos pr ofissionais com a ajuda da en tidade: “Impossível ignorar os benefícios do novo portal, como a economia e a garantia de conteúdos pertinentes de qualidade. É uma vitória dos médicos”, destaca. *vice-Presidente do Cfm.

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CREMEPE Conselho Regional de Medicina/PE f Ot Os : maYra r Oss Iter

Pr Ojet O s OCIal

Entidades médicas divulgam balanço geral da Caravana

Representantes do Simepe e Cremepe mostraram à Imprensa dados importantes da Caravana

N

a manhã do dia 28 de junho, as entidades médicas de Pernambuco r euniram a im prensa no plenário do Cremepe p ara a presentar o b alanço g eral da Caravana Cr emepe-Simepe, r ealizada entre os d ias 23 d e maio e 15 d e junho. A presidente do Conselho, Helena Carneiro Leão, e o presidente do Simepe, Mário J orge L ôbo, j untamente com o s coordenadores do pr ojeto, R afaela P acheco e R icardo P aiva, di vulgaram o s dados d as pesqu isas r ealizadas e m 16 bairros do Recife. O objetivo da Caravana foi conhecer de p erto a r ealidade da s com unidades que apresentavam o menor número de IDH ( Índice de D esenvolvimento H umano), além de “ dar v oz à p opulação sobre as questões do dia a dia”, segundo Ricardo Paiva. A avaliação da saúde, princi palmente da a tenção b ásica, centrada na perspectiva do usuário, foi a principal inovação da Caravana deste ano, qu e já es tá e m s ua o itava ed ição. “O conceito de saúde e stá diretamente ligado à percepção de felicidade”, constatou Rafaela Pacheco. Na reunião, o mé dio fiscal do Cremepe, Ot ávio V alença, de stacou q uatro p ontos a valiados em r elação à s unidades d e s aúde: o uso, o a cesso, a

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longitudinalidade e a co ordenação da s unidades. A dir etora do Simep e, Car la Cri stine B ezerra, de stacou a f alta de cuidado do ponto de vista dos trabalhadores nas unidades. “É preciso garantir a con tinuidade da v inculação de sses profissionais. Apesar de os salários serem r azoáveis e os v ínculos es táveis, a es trutura d os PS Fs é r uim, o qu e f az com q ue m uitos pr ofissionais p eçam transferência da com unidade q ue tr abalham há anos”, afirmou. Baseados n o r esultado d as pesqu isas realizadas com os moradores sobre a qualidade dos serviços públicos oferecidos como saúde, educação, transporte, saneamento básico, concluiu-se que o tri pé com bate à v iolência e dr ogas, corrupção e falta de lazer ocupa o topo da lista no quesito insatisfação. De zero a dez, esses itens receberam as seguintes médias gerais, respectivamente: 2,4, 2,6 e 3,2. Al ém disso, com as pesquisas feitas p elos c aravaneiros f oi p ossível destacar q ue pr oblemas como dr ogas e v iolência con tra a m ulher silenciam uma comunidade. “Percebemos que os moradores da M ustardinha e Co elhos estão a medrontados, t alvez po r m edo de retaliação. É como se nesses lugares houvesse um pacto de silêncio entre os moradores”, afirmou Pacheco.

Outra ino vação da Car avana 2 012 foram a s oficinas de pin tura e gr afitagem, onde moradores puderam mostrar através da arte a realidade que vivem. A ação, muito bem aceita nos bairros, indicou a falta de lazer nesses lugares. “É gritante a ne cessidade de in serção de arte e cul tura na s com unidades”, avaliou a coordenadora Rafaela Pacheco. Após iden tificar o s pr oblemas, f oram de senvolvidas al gumas pr opostas que devem ser apresentadas e d iscutidas em audiência pública a fim de s erem colo cadas em pr ática. Entre elas, estão: a urbanização das comunidades; a g arantia da e scola públic a e unida de de saúde de qualidade; a implementação de uma economia solidária e a promoção de ações de lazer e cultura. Ainda s egundo R afaela P acheco a s deficiências das comunidades serão listadas e enviadas para os órgãos municipais, estaduais e nacionais. Em relação à saúde pública, “a estratégia de saúde da família existe, porém é insuficiente”, finalizou a coordenadora do projeto.


f Ot Os : j Oell I a Zeve DO

re COnhe CIment O

Caravana recebe apoio da Polícia Militar

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Dom Fernando Saburido no momento da entrega do Prêmio ladeado por Helena Carneiro l eão e Rafaela Pacheco

Caravana ganha prêmio da Igreja Católica A

pastoral da saúde entregou no dia 04 de agosto, na Matriz Nossa senhora de Fátima, no Bairro Novo, em Olinda, o Prêmio Pastoral Saúde 2012 a entidades que se destacaram nas áreas de saúde e sustentabilidade. Com uma celebração de ação de graças presidida pelo arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, a Caravana Cremepe-Simepe recebeu o prêmio de destaque do ano da saúde. Todos os anos a Igreja Católica destaca alguns projetos desenvolvidos nas áreas de saúde e sustentabilidade e premia as instituições. Assim, o prêmio valoriza as boas ações e iniciativas feitas por organizações da sociedade. Na celebração foi lembrada a importância da saúde na vida das pessoas. O arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, iniciou a homilia agradecendo a presença de todos e falou da importância do dia nacional da saúde que é comemorado em cindo de agosto. “Neste dia também celebramos o aniversário de Oswaldo Cruz, conhecido como pai da saúde pública do Brasil” disse Saburido. A Caravana Cremepe-Simepe foi criada há sete anos com o objetivo de visitar todas as regiões do Estado para ouvir da população quais são os principais problemas na área da saúde. São visitados hospitais, postos de saúde, maternidades e aplicados questionários para colher da comunidade opiniões sobre os serviços oferecidos pelo SUS. Em cada fase da Caravana foram elaborados relatórios e entregues às autoridades competentes e ao Ministério Público. A Caravana já foi a todos os municípios pernambucanos e este ano visitou 16 comunidades do Recife. Na hor a da en trega do pr êmio, a pr esidente do Cr emepe, H elena Carneir o Leão, disse que o reconhecimento da Igreja era de um valor “inestimável”, mas que era importante lembrar que a Caravana é um projeto que nasceu da união do Conselho de Medicina com o Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), e que era indispensável trazer para perto dos médicos os problemas da comunidade. E finalizou dizendo que “a saúde é um princípio da vida e da dignidade humana”. Também estiveram presentes na entrega do prêmio a diretora do Simepe, Rafaela Pacheco e Fernanda Soveral do Centro de Estudos Avançados do Cremepe as duas fazem parte da coordenação-executiva da Caravana. Outras entidades também receberam o prêmio da Igreja Católica, como o Escritório de Arquitetura César Barros, reconhecido pelo trabalho em prol da sustentabilidade da cidade, e a Rede Globo, pelo programa Nordeste, Viver e Preservar, que é voltado para as causas em defesa da natureza.

coordenador do Cen tro de Es tudos A vançados do Cr emepe (Ceac), con selheiro R icardo P aiva, e a co ordenadora-executiva, F ernanda Soveral, estiveram no dia 24 de julho, no Quart el do D erby, p ara uma r eunião expositiva dos resultados da caravana e n a busca de apoio para outros projetos do Cr emepe e do Con selho Federal de Medicina (CFM). Na ocasião estiveram presentes os coronéis e c apitães do s b atalhões da cidade, além de representantes do setor de inteligência da Polícia Militar. O coordenador da r eunião, cor onel P etrônio, iniciou o encontro com a apresentação d os m ilitares e d a s ituação das s uas r espectivas z onas. De pois, Ricardo Paiva e xplicou o o bjetivo da s caravanas, a través do s q uestionários de percepção da realidade. “Nós conseguimos v er e fiscalizar a s unida des de saúde, tanto na visão dos médicos, quanto da própria comunidade” disse. Paiva ainda destacou a importância de uma p olícia mai s pr óxima da comunidade, já qu e m uitas v ezes os moradores nã o den unciam o tr áfico de drogas por medo ou por receberem ameaças. Segundo ele, se a polícia estiver em p arceria com o s cida dãos, o índice de violência poderá diminuir visivelmente. “ Devemos f azer uma aliança entre a polícia e a sociedade”, sugere o mé dico. Ele ainda anali sou que, em relação ao combate das drogas, há três eixos: saúde, polícia e so ciedade. “ Mas o único q ue funciona é a po lícia po rque, a qui, n ão e xistem centros de r eabilitação r ápida e nem psicólogos p ara tr atar o s u suários da sociedade”, afirmou. Após a e xplanação do mé dico, o major Roque, que faz parte do setor de inteligência da PM, falou da importância de pesquisas como a d a caravana, uma v ez q ue a inf ormação é funda mental p ara q ue haj a m udanças no comportamento t anto do s mili tares quanto da s ociedade. “ Cada um pr ecisa assumir suas responsabilidades. O pai na hora de educar o filho, a professora na escola e a polícia junto à sociedade”, concluiu.

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CREMEPE Conselho Regional de Medicina/PE f Ot Os : DIvul ga ç ã O

a ç Ões s OCIaI s

CFM e Romário firmam parceria para garantir mais vagas para treinamento a deficientes

Representantes de entidades médicas se reuniram com o deputado Romário, em Brasília

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Conselho F ederal de M edicina (CFM), e m c onjunto c om a F ederação Brasileira dos Hospitais, está lançando uma c ampanha q ue v isa garantir v agas p ara tr einamento e qualificação de pessoas com necessidades especiais em estabelecimentos de s aúde. A s en tidades s e r euniram com R omário, o depu tado f ederal e ex-jogador de futebol, que tem dedicado seu mandato pela luta à inclusão de minorias. Uma cartilha está sendo desenvolvida para a campanha e retrata - em história em quadrinhos – Romário (como jogador) explicando a importância de s e enfr entar o pr econceito: “é m ais d o qu e g anhar c opas, é ganhar o r espeito p elas dif erenças”, retrata a c artilha. A previsão de lan çamento é pr óximo a o D ia N acional de L uta da P essoa com D eficiência, comemorado em 21 de setembro. O deputado Romário se demon strou entusiasmado com o trabalho de inclusão do Conselho. “Apesar do preconceito que ainda existe, nós estamos con seguindo m udar a men ta-

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lidade dessas pessoas e r everter esse quadro a favor das pessoas com deficiência”, disse. Segundo o co ordenador da Co missão d e Ações Sociais d o C FM, Henrique Ba tista e Sil va, a p arceria com Romário s e j ustifica p elo trabalho do parlamentar na luta pela desigualdade e contra as diferenças.

O in tegrante da Comi ssão de Ações S ociais do Con selho, R icardo Paiva, afirmou q ue uma f orma de s e quebrar o preconceito “é trazer a sociedade para o convívio com pessoas especiais”. Já o 1º v ice-presidente do CFM, Car los Vital Corrêa L ima, con cluiu: “ é um de spertar da s ociedade de maneira intensa”.


ét ICa na meDICIna

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ela terceira vez, o Conselho Regional de M edicina de P ernambuco (Cremepe) r ealizou o Cur so Básico de Atualização em É tica e Bio ética p ara Residência Médica, trazendo nomes de peso para discussão do tema. O e vento teve início no dia 3 1 de maio e s eguiu durante toda a sexta-feira (1º de junho). Cerca de 500 residentes se reuniram no auditório do M ar H otel, onde o evento foi realizado. Na a bertura, a m esa f oi c omposta por H elena Carneir o L eão, pr esidente do Cr emepe; M ário J orge L obo, pr esidente do Simep e; Sil via da Co sta Car valho, presidente da Associação Médica de P ernambuco; V aldecira L ilioso, coordenadora da Comissão Estadual de Residência Médica, entre outros representantes da classe médica. O pr ofessor em Bio ética da P ontifícia U niversidade Ca tólica do P araná, José Ed uardo de Siq ueira, f alou s obre a “ Ética no con texto da r elação mé dico p aciente e demai s pr ofissionais”. Siqueira a travessou as v árias é pocas históricas onde a s r ealidades da r elação mé dico-paciente er am di stintas. “Antes se d iscutia e i dentificava-se a condição do paciente para depois solicitar um exame, hoje a a ção é i nversa, são s olicitados vários exames p ara depois haver discussão”, colocou. Siqueira continuou reforçando que “as decisões precisam s er t omadas con siderando um s er bio gráfico e nã o uma do ença”. “É p reciso a travessar u ma po nte e ntre o conhe cimento mé dico e o conhecimento ético”, finalizou. Na s equência f oi r ealizada me sa-redonda co ordenada p ela pr esidente da Comi ssão Es tadual de R esidência Médica de Pernambuco (CEREM - PE), também v ice-tesoureira e con selheira do Cremepe, Valdecira Lilioso. As palestras foram dadas pelo psiquiatra Talvane Morais, e p ela s ecretária e xecutiva da Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM), Maria do Patrocínio Tenório. Talvane M orais f alou s obre a im portância do documento médico como prontuários, la udos de e xames e p eri-

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Cremepe aborda ética e bioética em curso para residentes

A presidente do Cremepe enalteceu a importância do Curso de Atualização em ética e Bioética

ciais, atestados e receitas. Destacou que as informações contidas no documento são de responsabilidade legal e ética do médico. Discutiu ainda sobre o segredo profissional, o s q uais limi ta a divulgação de tais documentos. Já Maria do Patrocínio explanou sobre a étic a na r esidência mé dica, en tendida como um momen to de a perfeiçoamento pr ofissional e cien tífico, bem como para o teste de habilidades. Focou seu discurso na responsabilidade do médico-residente e na relação professor-aluno, a prendida p or ela como um espelho de como será o trato do residente com os pacientes. Helena Carneir o Leão, presidente do Cremepe, avaliou o evento como uma questão de compromisso do Conselho com o profissional. “É grande a importância de t ermos a titudes mai s humanas com o próximo ao longo de nossa v ida pr ofissional e v ivenciar discussões qu e t ratam so bre a é tica e a bioética e pr oporcionam uma v isão diferenciada e uma conduta adequada diante de situações enfrentadas no dia a dia da profissão”. Este ano, de forma inédita, a coordenação e realização do evento contam com a Es cola S uperior de É tica M édi-

ca de Pernambuco ( ESEM-Cremepe), criada pelo Conselho na gestão de Carlos V ital, m as qu e só a gora c omeçou suas atividades voltadas para a educação continuada. Para Jane Lemos, diretora da ESEM, a escola cumpre o papel de elaborar um projeto totalmente voltado para a e ducação con tinuada em étic a e bio ética. “Vamos di spor de uma pr ogramação em p arceria com o s cursos de graduação, promover fóruns de discussão entre tantas ou tras atividades que visam colaborar para a formação ética profissional”, afirmou. A programação do 3 º Cur so Bá sico de Atualização em Ética e Bioética para R esidência M édica s e encerr ou na sexta-feira (01) c om a p alestra do vice-presidente do Con selho Federal de Medicina ( CFM), Carlos Vital. “ Os médicos a ssumem com promissos de vocacionais; ma s, além dele s, t êm compromissos de or dem ci vil, étic a, penal e criminal, de maneira que conhecer es ses p arâmetros é b ase p ara uma prática mé dica com mai s con sciência e segurança dos direitos e deveres”, concl uiu o v ice-presidente sobre a importância da realização do curso.

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CREMEPE Conselho Regional de Medicina/PE Assessoria de Comunicação do Cremepe

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deste ano, sejam aprovadas as ações e seus desdobramentos.

Posicionamento do Cremepe sobre parto em casa

Médicos apontam para paralisação contra planos em outubro Após a advertência dada às operadoras dos planos de saúde, em mobilização de 25 de abril, entidades e associações médicas aprovaram um indicativo de nova paralisação nacional em outubro. O movimento médico avalia que há avanços nas negociações com os planos de saúde desde as últimas mobilizações - 7 de abril e 21 de setembro de 2011 e em 25 de abril de 2012 -, em que médicos suspenderam atendimentos aos planos e realizaram atos públicos. Os médicos entendem, porém, que os avanços alcançados ainda são insuficientes. O balanço foi feito durante reunião ampliada da Comissão Nacional de Saúde Suplementar (COMSU), composta por representantes do Conselho Federal de Medicina (CFM), Associação Médica Brasileira (AMB) e Federação Nacional dos Médicos (Fenam), com a participação de conselhos regionais, sindicatos e sociedades médicas.

Conselheiro do Cremepe representa CFM em conferência sobre crianças desaparecidas A realidade das crianças desaparecidas e os aspectos relativos ao relacionamento com a mídia foram os temas principais tratados por representantes de entidades médicas de treze países da América Latina e do Caribe. O evento foi realizado nos dias 02 e 03 de agosto, em Lima, no Peru. O Conselheiro do Cremepe, Ricardo Paiva, convidado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), através da Comissão de Assuntos Sociais, foi um dos palestrantes no evento promovido pela Confemel (Confederação Médica da América Latina e do Caribe).

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Em sua palestra, denominada “Crianças Desaparecidas e o Protagonismo dos Médicos”, Paiva discorreu sobre a conjuntura que envolve a questão das crianças desaparecidas e conseguiu aprovar, por unanimidade, a proposta do CFM de lançar um cadastro lusohispânico-latino-americano para atuar proativamente no resgate de crianças desaparecidas. Está prevista a criação de banco de DNAs e site de envelhecimento digital, além de conexão com organismos internacionais de difusão de informação. A executiva da Confemel criou grupo de trabalho para que, em Bogotá, na Colômbia, em novembro

O Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe), considerando o que está disposto no Código de Ética Médica a respeito da autonomia do paciente e do médico, entende que cabe ao profissional agir sempre com o máximo de zelo em benefício do paciente. Essa relação médico/paciente deve ser baseada na liberdade e na harmonia para que se estabeleça um sentimento de confiança, associado às evidências científicas. Sabendo que o médico tem responsabilidade pessoal e intransferível, cabe a ele fornecer todas as informações necessárias ao paciente a respeito de qualquer procedimento a ser realizado. Sendo assim, a realização do parto domiciliar deve atender todos os parâmetros de segurança.

Cremepe apura denúncia contra o Belarmino Correia A presidente do Cremepe, Helena Carneiro Leão, em reunião com a diretoria do Conselho, decidiu abrir uma sindicância para apurar as denúncias de suposto erro médico feitas pela família de uma criança de dois anos, que foi atendida no Hospital Belarmino Correia, em Goiana, na Mata Norte do Estado. De acordo com a família, no dia 10 de julho, a criança torceu o pé em casa e foi levada para o Belarmino Correia, onde foi atendida pela médica de plantão que receitou analgésicos e deu alta à criança. No dia seguinte, a menina voltou ao Hospital, onde colocaram uma tala e enfaixaram o tornozelo dela, de acordo com a família. A partir daí, começou o sofrimento da criança e dos pais. A garota, com dores e a perna inchada, ainda retornou outra vez para o Belarmino Correia e passou por outros hospitais também.


Estudantes da UPE em Garanhuns enviam carta ao Cremepe Os estudantes de medicina da primeira turma da Universidade de Pernambuco (UPE) - Campus Garanhuns, enviaram carta ao Conselho Regional de Medicina de Pernambuco apontando os principais motivos e os pontos de reivindicações pelos quais decidiram entrar em greve no dia 28 de maio. No documento, eles alegam que desde o início do curso estão passando por “dificuldades de ordem estrutural e psicológica que impedem a graduação de forma minimamente digna e dentro dos padrões aceitáveis pelo Ministério da Educação (MEC)”. Entre as principais reivindicações da carta, estão: a construção e efetivação do Hospital Universitário de Ensino (HUE); concurso para quadro permanente de professores; concurso para técnicos de laboratórios, além de peças anatômicas artificiais e equipamentos de laboratórios. (Leia mais informações à página 31)

Saúde pública em Serra Talhada é discutida por Cremepe e MPPE No dia 06 de junho foi realizada, no auditório da VIII GERES, uma reunião onde foram discutidos os principais problemas e possíveis soluções para a saúde pública em Serra Talhada. O foco principal foi para o Hospital Agamenon Magalhães (HOSPAM), que além de atender a regional - incluindo nove cidades também assiste pacientes de outras regionais e até outros estados. No encontro, estiveram presentes o vice-presidente do Cremepe e o secretário-geral, José Carlos Alencar e Luiz Domingues, respectivamente; o diretor do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), Tadeu Calheiros; José Jared de Carvalho, do Conselho de Serra Talhada; Vandeci Souza Leite, promotor de justiça de Serra Talhada; Clóvis Alves de Carvalho, gerente da XI GERES; Karla Millena Cantarelli, diretora geral do HOSPAM, além de outros profissionais do hospital. Os principais problemas do HOSPAM discutidos foram sobre a situação da

Cremepe reúne formandos da UPE Cerca de 60 alunos do último período de medicina da Universidade de Pernambuco (UPE) estiveram no Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe), no dia 11 de junho, para uma aula sobre ética médica ministrada pelo secretário-geral, Luiz Domingues, e pelo tesoureiro, Ricardo Paiva. No início do encontro, representantes do Cremepe deram as boasvindas aos mais jovens médicos da cidade e discursaram sobre o papel do Conselho na sociedade. Destacaram a ética na formação do cidadão, desde a infância, e a relação do médico-paciente. “O paciente é a razão da nossa existência. Por isso, devemos a ele todo o cuidado e respeito”, orientou Domingues. Questões relacionadas ao dia a dia do médico, como o atendimento nas unidades de saúde que prestam serviço à população mais carente, também estiveram na pauta. Um ponto também bastante explorado foi a questão do exercício ilegal da medicina por estudantes e médicos estrangeiros, um problema que o Cremepe tem combatido ao longo dos anos através de campanhas educativas e fiscalizações em todo o Estado.

enfermaria infantil, que, segundo alguns pediatras, é contaminada. Além disso, a demanda de pacientes é grande com a quantidade de pediatras defasada, o que deixa os auxiliares de enfermagem sobrecarregados.

Atendimentos cardiológicos nas UPAs em debate A plenária do Cremepe ficou lotada na manhã do dia 15 de junho com representantes das Unidades de Pronto Atendimento (Upas) do Estado e integrantes da diretoria do Conselho. O encontro reuniu a presidente do Cremepe, Helena Carneiro Leão; o vice-presidente, José Carlos Alencar; o secretário geral, Luiz Domingues,

e o chefe do departamento de fiscalização, Roberto Tenório de Carvalho, com coordenadores e diretores das Upas de Pernambuco para discutir o novo programa cardiológico nas unidades. Helena Carneiro Leão iniciou a reunião falando sobre a importância das UPAs para a saúde pública, mas ressaltou que muitos cidadãos continuam insatisfeitos com o atendimento. O debate esteve voltado para o programa que garante equipamentos de cardiologia nas unidades, como por exemplo o trombolítico; a infraestrutura para os procedimentos; o transporte seguro dos pacientes e a comunicação das unidades com o hospital de referência.

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SIMEPE Sindicato dos Médicos de Pernambuco

mIChel f Il IPe

Seminário de gestão consolida estratégias

Seminário de gestão promovido pelo Simepe teve apoio da categoria médica do Agreste e Sertão

Por Chico Carlos

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ropor, de bater e con solidar estratégias. Esses foram os objetivos q ue b alizaram a dir etoria e xecutiva e r egionais do Sindicato do s Médicos de Pernambuco (Simepe) em Seminário de Gestão. Durante doi s dia s, o s dir etores-médicos do R ecife, Caruaru , G aranhuns, S erra Talhada, Ouricuri e P etrolina p articiparam de uma am pla di scussão, com metodologia de planej amento p ara evolução das ações do movimento médico em ní vel na cional e e stadual. F oi definida t ambém uma a genda p olítica para o b iênio 2012/2014, qu e se rvirá como base para o desenvolvimento das diretrizes da chapa Valorização Médica, Avanço e Determinação. Ao final do encontro, foi aprovada a missão do Simepe para a g estão: “Representar, valorizar e defender o médico, a categoria e seus valores éticos, lutando pela dignidade do exercício profissional e o direito à saúde. A consolidação dos principais eixos do planejamento com ações, lutas e es tratégias será apresentada brevemente.

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o Qu ê El ES PENSAM José Alberto Vieira – Petrolina: “Objetivar ações efetivas do Simepe em defesa irrefutável do e xercício profissional médico digno para o cumprimento da ética e da justiça. Expandir atividades com resultados para todo o E stado, em prol de mobilização p ermanente da cla sse mé dica, pronta para combater qualquer ação contrária ao trabalho digno do médico”. Cácio de Alencar – Ouricuri: “Melhor clareza para ampliar a atuação como médico-sindicalista”. Maria Aelma Lima – Ouricuri: “Significado e xtremamente pr oveitoso para uniã o e v isibilidade do s dir etores do Simepe Regional; ampla reunião para agregar opiniõ es de dif erentes r egiões; melhoria e op ortunidade de unificação de forças para a entidade médica”. Antônio R odrigues – S erra T alhada: “Trazer p ara t odos maior es e sclarecimentos nas áreas prioritárias do Simepe. Possibilitar maior en trosamento en tre os com ponentes do Simep e; melhoria nos debates e confluência de opiniões”. Olga Leocádio de Souza – Garanhuns: “Integração entre os diretores e unificação do discurso, refletindo criticamente sobre a s p autas do movimento mé dico e, principalmente, do Simepe”.

Danilo S ouza – Caruaru : “ Seminário bastante produtivo, construtivo e prático, visando ações e es tratégias da nova gestão. Imp ortante d estacar a m etodologia u tilizada q ue o bjetivaram di scutir, propor e consolidar as diretrizes do planejamento e stratégico.Vamos em frente”. Carolina Oliveira – Caruaru: “Toda g estão de ve r ealizar análi se da conjuntura vigente a fim de se construir planos de enfrentamento. D este mo do, o S eminário de Ge stão é im portante para definir e ordenar prioridades. Além disto, um momento de aproximação de todas as d iretorias, o qu e f ortalece as ações sindicais em Pernambuco”. Thiago H enrique – R egional Sindic al Recife: “Aprofundamento do debate sobre os temas da categoria médica, a fim de explicar melhor a realidade política que nos cerca. Com isso, vamos conseguir interagir melhor em prol das grandes lutas de nossa categoria”. Carlos Eduardo de Melo (Cacá) – Regional Sindical Recife: “Importante s eminário p ara con struir proposta de a tuação co erente e eficaz, visando os p róximos a nos d e g estão a fim de garantirmos ganhos efetivos para a categoria”.


h Os PIta l Das Clín ICas

Ação Civil cobra nomeação de aprovados o

Simepe ingressou com uma Ação Civil P ública ( pedido de liminar ) na Justiça Federal contra a União, cobrando a nomeação dos aprovados do último concur so público do H ospital das Clínic as ( HC), da U niversidade Federal de Pernambuco (UFPE). Consta na Ação Civil (foto) o pedido para que a Justiça determine a nomeação e pos se d e t odos os m édicos neonatologistas confirmados den tro das v agas do e dital do concur so de 2011, as sim, também c omo d e t odos os c andidatos a provados. D e a cordo com a alegação da Defensoria Médica do Sindic ato, é dir eito s ubjetivo do s aprovados do concurso, o exercício do cargo p ara o s q uais f oram v alidados. Segundo o dir etor do Simep e, Sil vio Rodrigues, é ne cessariamente urgente à con vocação do s ne onatologistas,

pois a si tuação da r ede ma terno-infantil em Pernambuco é muito grave e há muito tempo se d iscute o as sunto. Ainda de acordo com o diretor, o Sindicato entende que o concurso público é a porta de entrada dos servidores em quaisquer das esferas federais. “A nossa posição é definitivamente contraria à cria ção da Em presa Br asileira de S erviços H ospitalares ( EBSERH). D efendemos o concur so e o

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Sindicato l utará s empre po r es se d ireito”, afirmou, a proveitando a op ortunidade p ara expor a pos ição da entidade mé dica dian te da EB SERH. Para ele , a criação de ssa em presa seria um ataque à saúde pública brasileira e a os Hospitais U niversitários (HUs), pois permitiria a pri vatização da saúde pública. O a dvogado da D efensoria M édica do Simepe, Ricardo Santos, espera com essa a ção g arantir o dir eito do s a provados d e as sumir os c argos, v isando, inclusive, p ossibilitar melhoria s p ara as necessidades do HC, no que diz respeito ao quadro de servidores médicos. “Vamos a gora a guardar a p osição da Justiça”, finalizou. (Chico Carlos)

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Simepe discute estratégias para união da categoria em Petrolina

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iretores da R egional de P etrolina e da diretoria e xecutiva do Simepe estiveram reunidos na sede do Sindicato no município, com objetivo de ampliar os debates e discutir a pauta local. Durante a reunião foram pontuadas al gumas q uestões a dministra-

tivas em pr ol de v iabilizar melhoria s para o funcionamento da sede regional. O vice-presidente do Simepe, Fernando Cabral, aposta na aproximação entre as diretorias para fortalecer a categoria e interiorizar as ações políticas. “A troca de informações e o amadurecimento das estratégias são importantes para

alinhar as demandas da Capital com os problemas da região, por isso, será cada vez mai s con stante a presença dos diretores da executiva nas reuniões locais”, comentou. O dir etor r egional de P etrolina, José A lberto V ieira, a provou a ini ciativa de aproximação entre as diretorias. “Com certeza, isso promoverá o fortalecimento do Simepe no município”, opinou. Dentro do cronograma da s atividades sindic ais, ficou definido nesta r eunião, um no vo encontro para agosto na Semana Pr obem (Programa de Benefício ao Médico), em P etrolina. Segundo a s ecretária geral do Sindicato, Cláudia B eatriz, o evento será uma op ortunidade de r eunir os mé dicos p ara di scutir assuntos d o i nteresse d a c lasse e o valor da representatividade do Sindicato.(Chico Carlos)

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SIMEPE Sindicato dos Médicos de Pernambuco

Festa no melhor estilo junino

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Ação sindical no Hospital Regional

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A festa foi animada com o mais autêntico forró

Natalia gadelha

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s mé dicos de P ernambuco cur tiram a f esta j unina no melhor estilo Quadrilha, comidas típicas, trio pé-de-serra e b arraquinhas t emáticas g arantiram a anima ção do S ão João do Simepe, na noite da sexta-feira (15.06), n a c asa d e r ecepção B lue Angel, b airro da M adalena/Recife. A principal a tração m usical f oi o f orrozeiro Josildo Sá que contagiou a todos com um repertório bem regional. Este f oi q uarto ano q ue o Simep e realizou o tradicional arraial do s mé dicos e aproveitou para homenagear o centenário do grande mestre do baião, Luiz Gonz aga. O e vento, s egundo o presidente do Sindic ato, M ário J orge Lôbo, e stá con sagrado no c alendário f estivo d a c ategoria. “É u ma f esta em q ue o mé dico p ode encon trar o s amigos p ara confr aternizar um p ouco. Entretanto, essa em especial também e stá s ervindo p ara comemor ar a recente conquista sobre a MP 568 e renovar a s energias p ara a s próximas ações”, explicou.

VARIADo REPERTó RIo Além d o s how d e J osildo S á, a f esta

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ainda foi animada pela Banda Fim de Feira, que ao contrário do que diz seu nome, não encerrou o arraial, mas garantiu hor as de a gitação com v ariado repertório no salão de dança. Já a criançada se divertiu nas barraquinhas de brincadeiras. Outro momento divertido foi o concurso do Dotô e Dotôra mai s ori ginal. E como t oda f esta junina, não poderia faltar um Trio Sertanejo e sorteios de prêmios. O vice-presidente do Simep e, Fernando Ca bral, a credita q ue a f esta de S ão J oão já c aiu n o g osto d os m édicos e que o evento está consolidado. “Percebemos que a cada ano é maior o número de colegas interessados em participar desta comemoração”, argumentou. A diretora de cul tura e e vento d o S imepe, M alu D avid, r esponsável p ela o rganização d o São João dos mé dicos, disse s er gratificante ver o s ucesso d a f esta. “O s m édicos precisam t ambém de momen tos de descontração”, afirmou. Ela também agradeceu a os p atrocinadores ( Nissan, Kia, Volkswagen, Concessionária Disnove, Taruman) e ao apoio do Cremepe, AMPE, Sindhospe, Unicred e Unimed.

vice-presidente e a s ecretária g eral do Simep e, F ernando Ca bral e Cláudia Beatriz, estiveram no Hospital Regional F ernando B ezerra, em Ouri curi, para dialogar com os colegas médicos s obre o s pr oblemas da unida de de saúde e das dificuldades enfrentadas por eles, no dia a dia, na região. A v isita f az p arte da pr ogramação de interiorização das ações políticas do Sindicato. Na ocasião, os representantes do Simep e conversaram com o diretor geral do hospital, Neomar Dias, e a panharam da dos s obre a a dministração, escalas de plantões e questões pontuais da unidade de saúde. “Com os r elatos d os c olegas m édicos q ue a tuam no ho spital e com o s dados o btidos p ela a dministração, vamos avaliar junto à diretoria regional de Ouricuri, me canismos e a ções de me lhorias que minimizem as dificuldades locais”, e xplicou o v ice-presidente do Sindicato, Fernando Cabral. De a cordo com a s ecretária g eral, Cláudia Beatriz, essas e outras questões regionais serão acompanhadas pela diretoria de Ouricuri em conjunto com a diretoria executiva. “Nossa presença no município foi válida para construir uma aproximação da c ategoria com o s r epresentantes locais” analisou. Em a gosto, a dir etoria e xecutiva voltará ao município para realizar a Semana Probem, mai s uma a tividade de valorização do mé dico na região, bu scando am pliar o s de bates e a companhar as demandas regionais (Assessoria de Imprensa do Simepe).


Ch ICO Car l Os

ga ra nhun s

Simepe e Cremepe cobram providências Chico Carlos

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epresentantes do Sindicato dos Médicos (S imepe) e d o C onselho Regional de M edicina (Cremepe) visitaram as i nstalações d o c urso d e medicina do Campus da Universidade de Pernambuco (UPE) e do Hospital Regional Do m Moura (HRDM) em Garanhuns, Agreste do Estado. Na faculdade, os mé dicos com provaram as den úncias f eitas p elos al unos q ue exigem que a estrutura prometida pelo governo estadual funcione. A primeira turma, que s ó agora cumpre o segundo semestre, enfrenta falta de professores, de material, laboratórios e peç as a natômicas p ara o estudo das disciplinas necessárias. Há improvisação nas ár eas de Psicologia e Informática. A área externa onde funcionaria o Campus está completamente abandonada. Vale lembrar que os a lunos, que c ompõem o se gundo pe ríodo d o c urso, es tão e m g reve desde o dia 28 de maio e reivindicam melhorias. A decisão de p aralisação é compartilhada pela imensa maioria da turma. Dos 39 es tudantes, 33 a deriram ao movimento grevista e permanecem ne gando-se à comparecer às aulas, pe rdendo, i nclusive, p rovas. O hospital-escola também não existe. O

clima entre os alunos é de indignação e desconfiança. Os médicos do Simepe e Cremepe acompanhados p elo promotor públi co, Alexandre Bezerra, foram fiscalizar as condições de trabalho e de funcionamento do HRDM, apontado como referência de a ssistência mé dica da região. Na área de estacionamento, os estudantes exibiram faixas de protesto c ontra o d escaso e m orosidade d a UPE p ara r esolver a pr oblemática. O hospital t em u ma á rea e xtensa, m as não p ossui e strutura s uficiente p ara atender aos estudantes. Nem me smo os médicos que trabalham na unidade de saúde estadual, segundo os alunos, teriam condiçõe s de orien tar os di scentes, v isto qu e e les e xercem s uas atividades e xclusivamente a o atendimento da p opulação. As am bulâncias dos municípios de São João, Correntes, Capoeiras, S aloá, T erezinha, B rejão, Jucati e Ca etés foram v istas c om vários pacientes na emergência e maternidade do hospital.

DEFICIêNCIAS Co MPRo VADAS Ao final da s a tividades, o presidente do Simepe, Mário Jorge Lobo, afirmou que as deficiências foram constatadas tanto na f aculdade como no hospital. Ele defendeu que a luta deve ter como

pauta princi pal a q ualidade do curso de me dicina em G aranhuns e a g arantia de uma política pública de adequação de r ecursos financeiros, além da r ealização imediata de concur so público para pr ofessores e pr ofissionais de saúde, visando suprir as deficiências e xistentes. Para M ário J orge, o governo estadual precisa tomar uma decisão política e evitar u m vexame, principalmente, no curso de medicina da UPE. Para o conselheiro do Cremepe, Roberto Tenório, a e strutura do HRDM é antiga, deficiente e falta capacitação dos profissionais. “Existem problemas nas escalas médicas de plantão, faltam ainda equipamentos e recursos humanos. Mas, o que mais nos preocupa é a reforma do bloco cirúrgico que o hospital vai enfr entar nos pr óximos me ses. Com certeza será uma fase crítica que p recisa d a c olaboração d e t odos, inclusive das prefeituras vizinhas que utilizam os s erviços do Dom M oura”, alertou. O parecer do relatório da fiscalização será avaliado e discutido pela diretoria do Cremepe. As en tidades mé dicas s olicitaram uma reunião emergencial, com o reitor da UPE, Carlos Calado, e outra com o secretário estadual de Saúde, Antônio Carlos Figueira, em busca de soluções para a crise do curso de medicina e do hospital. Enquanto isso, o movimento grevista vai continuar, garantem os estudantes de medicina de Garanhuns. veja a reportagem completa em nosso portal: www.simepe.org.br

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SIMEPE Sindicato dos Médicos de Pernambuco

Médicos da PCR aguardam pagamento das correções indevidas mIChel f Il IPe

Assembleia dos médicos da Prefeitura do Recife

Chico Carlos

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pós a presentação d os r esultados da reunião entre diretores do Sindicato dos Médicos (Simepe) com o secretário de Saúde, Humberto Antunes, os médicos vinculados à Prefeitura do Recife decidiram em assembleia geral, quinta-feira (12/07), m anter o es tado de mobilização e aguardar o pagamento das corr eções inde vidas nos con tracheques. Mesmo com o compromisso da gestão municipal de corrigir as irr egularidades a dministrativas, a categoria quer garantir dessa f orma o cumprimento dos i tens p endentes do Termo de Compromisso 2011/2012. Ao iniciar a reunião, o presidente do Simepe, Mário Jorge Lobo, comentou so bre os t emas d iscutidos c om o secretário e in tegrante do corp o t écnico da S aúde, onde a g estão r eco-

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nheceu o s e quívocos cometido s na folha de pagamento em junho passado. A través d e o fício nº 1783/2012, a Secretaria de Saúde reafirma o compromisso de g arantir o ef etivo p agamento da diferença correspondente ao a umento de 1 5% s obre o s alário base e gratificações referentes ao mês de junho que não foram implantados devido à a desão a o P lano de Car gos, Carreiras, D esenvolvimento e Vencimentos (PCCVD). “Na v erdade, a g estão municipal informou q ue já pr ocedeu a o levantamento, por meio de auditoria interna dos pr ofissionais q ue a deriram a o PCCVD e n ão receberam o r eajuste. A partir do mês de julho, a Secretaria de Saúde garantiu o pagamento para todos os servidores que aderirem ao plano”, ressaltou. Al ém d isso, a P refeitura d o Recife assegurou, também, a retomada

da agenda da Mesa Municipal de Negociação, com todas as c ategorias dos servidores. No Diário Oficial do Município de 05/07, foi public ada a homolo gação do concurso público para 5 62 v agas. A nomeação dos s ervidores e stá em curso e deverá priorizar as necessidades d os se rviços e a s ubstituição d os contratos t emporários. Vale lem brar que as informações quanto à situação funcional de c ada s ervidor ( faltas, licenças, e outros fatores que podem influenciar em seus vencimentos e suas progressões) p recisam se r a nalisadas caso a caso. Estas informações podem ser acessadas indi vidualmente p or cada servidor junto à Secretaria de Administração no Centro de Atendimento ao Servidor no térreo do edifício-sede, Cais do Apolo, mediante requerimento próprio.


f Ot Os : DIvul ga ç ã O

As atividades físicas são importantes na vida dos idosos

Como envelhecer com saúde José Tenório de Cerqueira Filho*

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Brasil é h oje u ma n ação “jo vem de c abelos b rancos”, se ndo qu e a c ada a no 650 m il n ovos i dosos s ão incorporados à população brasileira. E este crescimento ocorre em nosso país de forma radical e b astante a celerada, projetando de forma conservadora que, em 2020, o Brasil será o sexto país do mundo em número de idosos, com um contingente superior a 30 milhões de pessoas. E como envelhecer com saúde? Desde 1944, qu e a soc iedade ocidental bu sca p elo si gnificado de en velhecimento b em-sucedido, e p artindo dessa pr emissa, hoj e t emos como im portância b asilar o concei to de mant er a s ha bilidades fí sicas e mentais ne cessárias p ara uma v ida independente e a utônoma. É im portante salientar que na população, em cada tr ês indi víduos, um é p ortador de doença crônica e, e ntre os i dosos, oito em cad a de z p ossuem p elo me nos uma doença crônica. Portanto, o monitoramento da saúde, aliado a um dia gnóstico precoce e b aseado e m es tratégias d e prevenção das doe nças cr ônicas, tais como: interferir favoravelmente na história natural da doença; antecipar o surgimento de complicações; prevenir as e xacerbações e c omplicações das doenças cr ônicas; aumentar o envolvimento do paciente no auto-cuidado.

Essas pr evenções ir ão permitir um melhor controle, favorecendo uma melhor qualidade de vida. Segundo a Or ganização Mundial de Saúde (O MS), é considerada idos a qualquer pessoa a partir de 60 anos de idade, mas vale lembrar que tal consideração é avaliada segundo o envelhecimento fisiológico, o que não impede uma pessoa de ser social e intelectualmente ativa. A saúde intelectual e fí sica nesse processo é de grande valia. Essas podem ser equilibradas através de atividades s ociais e de laz er q ue não deix am com q ue o indivíduo em

fase de envelhecimento se sinta excluído da sociedade e incapaz de exercer funções. U m ou tro efeito positivo de um estilo de v ida a tivo é o envolvimento das pessoas em programas de atividade fí sica q ue e stimulem a s a tividades aeróbicas de baixo impacto, preferencialmente o exercício com pesos, para estimular a manutenção da força muscular dos membros superiores e inferiores, q ue de ve s er a priorida de no idoso. A nutrição deve ser balanceada e mais natural possível, e com o acompanhamento de um nutricionista. Um ou tro elemento chave é s em duvida a s aúde men tal, q ue oc orre procurando-se reduzir o máximo possível o stress do dia a dia ; criando-se objetivos de v ida; momentos de lazer consigo e com os s eus f amiliares e amigos; aumentando a atividade cerebral através da leitura e de jogos que estimulem a memória , e fundamen talmente estar bem consigo mesmo. Outro aspecto importante é a m anutenção d o ca rtão d e v acinação e m dia. É clar o que o envelhecer com saúde inclui ainda os aspectos econômicos, sociais, políticos, ambientais e cul turais, bem como o lidar com a s adversidades do dia a dia , mas a s ua essência é simplesmente sorrir, é lembrar que cada dia é um novo dia! josé tenório de Cerqueira f ilho – médico clínico geral, infectologista e geriatra

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AMPE Associação Médica de Pernambuco ar Qu IvO Pess Oal

Coloque um livro na sua sala de espera a ssociação incentiva leitura a pacientes nos consultórios médicos | Tallita Marques*

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ensando em tornar as salas de espera dos consultórios médicos ambientes ainda mais confortáveis p ara os p acientes, a Ampe e stá incen tivando o s mé dicos a disponibilizarem nestes locais publicações que contribuam com a disseminação da cultura, como livros. Desta forma, o p aciente pod erá ter a cesso a c lássicos, títulos recém-lançados e também a obras publicadas por médicos escritores e “viajar” no mundo literário, enquanto aguarda sua consulta. Conversamos com a psiquiatra Cristina Ca valcanti ( foto), q ue t ambém é escritora e j á di sponibiliza li vros a os pacientes em sua sala de espera do consultório. Ela fala dessa experiência e de como os pacientes reagiram à novidade. Cristina é in tegrante da União Brasileira de Escritores (UBE). Em sua carreira como e scritora ela j á publicou : O Magnificat – M emórias D iacrônicas de dona Isabel Cavalcant (Tempo Brasileiro, 1990); Luz do A bismo (E dições B agaço, 1996); Príncipe e Cor sário (A G irafa, 2005); Luz do abi smo (A Girafa, 2005); Memorias de Isabel Cavalcanti (Edições Bagaço, 2006); Olhos negros (Edições Bagaço, 2009); Jean Maurice de Nassau. Prince et Corsaire (Tradução f rancesa. L´H armattan, 2005). E m agosto e stamos lanç ando “ Matias”, o romance da vida de Matias de Albuquerque.

o que lhe incentivou a escrever livros? O amor à li teratura. A bu sca de mim mesma na s minha s r aízes hi stóricas. A necessidade de compartilhar com os outros (amados leitores) notícias de minha riq ueza in terior. A procura de um diálogo hone sto e pr ofundo com meu próximo.

Suas obras são voltadas para qual público?

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Cristina Cavalcanti é uma das grandes incentivadoras da leitura na sala de espera e já aplica o procedimento no consultório dela

Escrevo para o s amantes da literatura. Para os adoradores da História pernambucana. P ara o s q ue s e or gulham de Pernambuco. P ara a queles q ue valorizam a memória como f onte de iden tidade e cidadania.

Na sua opinião, quais os benefícios que a leitura pode a gregar ao tratamento médico? A leitura f az bem ao homem. É uma experiência única de criação. Pois o leitor cria junto com o escritor. Reproduz as imagens que o texto lhe induz. Exercita s ua iden tidade p essoal a o identificar-se c om pe rsonagens e s ituações humanas dos contos e romances. Compreende um pouco mais a complexidade da natureza h umana. Pratica e de senvolve su a ca pacidade d e a bstração com a poesia. Aumenta seu vocabulário e e xercita s eu cér ebro. T orna-se mai s capaz de criticar e discriminar situações e s entimentos. P ensa melhor . Es creve

melhor. Com bate a pr eguiça men tal e as doenças do envelhecimento cerebral. Enfim, o homem exercita-se na leitura. A televisão, o cinema oferecem estímulos m ais p rontos e acabados. Ninguém imagina os t raços e as e xpressões d e um a tor de t elevisão ou cinema . N em as paisagens que o circundam. Sua fala, seu tom de voz, tudo é oferecido pronto. Sem esforço, trabalho ou envolvimento do observador. Distrai, enche a cabeça de informações. Não de sabedoria.

Como surgiu a ideia de c olocar livr os na sala de esper a do seu c onsultório? O jornal eletrônico “A voz do escritor”, da UBE ( Pernambuco) di vulga a fr ase convidativa: “Coloque um livro em sua sala “ . L evei a q uestão p ara a diretoria da AMPE como lema: “Coloque um livro na sala de espera “ (do consultório). Estava lem brando-me de uma e xperiência minha de colocar livros de autores f amosos n a s aleta. C ontos, poes ia,


Alguns pacientes se encantaram com Bandeira e Camões. Outros pediram para levar o livro emprestado. Isso ajudou a criar vínculo com o tratamento pequenos r omances de e dições de bolso. Colo cava m úsica de fundo , mas e vitava os r uídos d a t elevisão compulsória a invadir um talvez salutar momento de reflexão ou sim ples descanso do meu paciente. Um grande percentual deles fez referências aos livros. Um rapaz leu quase toda a obra de Manuel Bandeira com enorme pr azer. Outro se encantou com o s s onetos de Camõ es q ue ele pensava se r u m a utor i nescrutável. Alguns pediram para levar para casa o livro em leitura para devolvê-lo na semana seguinte. Isso ajudou a criar vínculo com o tratamento. A gostar da sala de espera.

A senhora acredita que desta forma contribui com a disseminação do conhecimento? O meu objetivo não foi divulgar conhecimento, ma s sim de promover a lei tura como a to de de scoberta, prazer e crescimento pessoal .

Como escrit ora, esta seria uma forma de inc entivar a cultur a, caso esta prática fosse adotada por t odos os médicos? A AMPE publicou recentemente um livro muito interessante. Trata-se da edição comemor ativa do s s eus 1 70 anos. U m li vro e stimulante. U ma viagem na história e na medicina de antigamente. Seria bom que nossos clientes conhe cessem no ssas raízes históricas para melhor compreender a me dicina a tual, no momen to em que a pelam p ara ela . Que s oubessem algo sobre nossos mestres para melhor valorizar o médico que está cuidando dele. *jornalista

A saúde pública depende da nossa assinatura Florentino Cardoso*

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aúde foi a área com pior avaliação no primeiro ano de gestão da presidente Dilma Rousseff, segundo pesquisa DataFolha. Dentre os problemas destacam-se gestão, corru pção e s ub-financiamento. Embora o governo federal seja a instância que mai s arr ecada, e stá s e de sonerando proporcionalmente q uando com paramos os i nvestimentos d e es tados e m unicípios. O setor carece de recursos para atender a dequadamente a os qu ase 150 milhões de brasileiros que dependem exclusivamente do Sistema Único de Saúde (SUS). O B rasil tem recursos para alocar na saúde, porém é preciso que a área seja priorizada. As entidades médicas lutam há muitos a nos po r m ais recursos p ara a s aúde pública. O texto da Emenda Constitucional 29 aprovado em 2000, regulamentado em dezembro de 2011 e sancionado com 15 v etos p ela Pr esidência da R epública em 15 d e janeiro de 2012, f rustrou nossa expectativa. A União não aportará recursos como necessitamos, nem estabeleceu mecanismos de fiscalização e puniç ão a estados e municípios que não cumprirem os p orcentuais mínimo s de aplicação no setor, respectivamente, 12% e 15% das suas receitas. Diante d esse qu adro, e m 3 d e fevereiro, foi lançado o Projeto de Lei de Iniciativa P opular, q ue pr opõe r ever a L ei 141/12 ( EC 2 9), def endendo p orcentual de no mínimo 1 0% da R eceita Corr ente Bruta da U nião p ara a s aúde, mon tante estimado em R$ 35 b ilhões para 2012. Liderado p ela A ssociação M édica Br asileira, Ordem dos Advogados do Brasil e Academia Nacional de M edicina, o projeto con ta com a poio de im portantes en tidades médicas na cionais: A ssociação P aulista de Medicina; Con selho Federal de Medicina, Con selho N acional do s S ecretários de Saúde; Cen tro Br asileiro de Estudos da Saúde, Confederação N acional do s Trabalhadores de S aúde,

Conselho N acional de S ecretarias M unicipais de Saúde, Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva e a F ederação Br asileira do s H ospitais e Grupo Hospitalar, segmentos das Igrejas e várias outras entidades. Para q ue a mo bilização t enha s ucesso, é p reciso coletar pelo menos 1,5 milhão de assinaturas (1% do eleitorado nacional), distribuídos em pelo menos cinco Es tados ( 0,3% do s elei tores de cada um) e apresentar esse material à Câmara dos Deputados. Depois o projeto seguirá a tramitação normal no Congresso. A p opulação pr ecisa s aber como são aplicados os recursos arrecadados pela U nião, e specialmente p orque t emos uma das maiores cargas tributárias do mundo. Cada dia mais os brasileiros têm como “objeto de desejo” depois da casa própria, ter plano de saúde, comprovando a falência do SUS. Como não priorizar a saúde, nosso bem maior? Nas princi pais cida des e c apitais brasileiras, há filas de espera para consultas, e xames e cirur gias. A s gr andes emergências e stão s uperlotadas, com muitos p acientes em ma cas no s cor redores, em cadeiras improvisadas ou até no chão. Alguns morrendo por falta de a tendimento a dequado. M ortes q ue seriam e vitáveis s e o S US funciona sse como deveria. Vamos m udar e sse cenário , mo strando a força do povo, colhendo milhares de a ssinaturas no Projeto de Lei de I niciativa Popular p ara q ue a União coloque mai s r ecursos na s aúde! Os médicos lutam por solução para o caos do setor. A creditamos no SUS como concebido e lutamos por melhorias. A saúde pública precisa melhorar, o povo brasileiro merece respeito. Para s aber mai s de talhes do pr ojeto e como imprimir a ficha de a ssinaturas, a cesse www . amb.org.br. *Presidente da a ssociação médica brasileira

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AMPE Associação Médica de Pernambuco f Ot Os : DIvul ga ç ã O

O Titanic que existe em cada um de nós

Claudio Renato Pina Moreira*

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ecentemente, apresentamos um trabalho relembrando os cem anos do afundamento do transatlântico Titanic e da grande perda de vidas humanas naquela tragédia. Na ocasião, indagamos: o que ainda faz aquele acontecimento comover várias gerações? Uma explicação surgiu de um comentário após a leitura do t exto. A t ragédia oc orrida e m 1912 chama tanto a nossa atenção porque ela está no nosso subconsciente: a h istória do Titanic é a hi stória da v ida de c ada um de nó s. O Titanic é a met áfora da nossa passagem pela vida. O Titanic é o nosso eu; ao mesmo tempo, a tripulação e os passageiros também o são. Tudo se confunde. Acreditamos d urante grande p arte dos anos de nossa existência, do mesmo modo que os construtores navais do início d o s éculo X X, q ue s omos i nvencíveis, in submersíveis, inafundáveis e indestrutíveis. Nada p oderá no s alcançar. Nada a contecerá c onosco. E qu e a nossa estrutura é suficientemente forte para resistir a qualquer impacto. Que os

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nossos mot ores s ão da maior p otência e qu e n os l evará a qu alquer l ugar se m falhar. Que temos carvão e óleo ou qualquer outro combustível em quantidade suficiente para seguirmos qualquer viagem. Em suma, nos sentimos imortais. E q uantos de nó s não ficaram no meio do caminho por falta de planejamento? É q uase q ue i nata a p ercepção de uma imortalidade em cada um de nós. Não ligamos para as advertências e nem para a os sinai s de p erigo. Pr eferimos ignorar o s con selhos do s mai s v elhos e do s mai s e xperientes. Opt amos em navegar e m m eio às t empestades, a os nevoeiros e a os i cebergs se m t ermos os cuida dos s uficientes de s egurança. Olhamos com desdém para aqueles que desligam s eus m otores e q ue e speram parados os pe rigos p assarem a o l onge. O que nos importa é obtermos a maior velocidade e cum prir a rota no menor tempo possível, quebrando todos os recordes. Optamos pela competividade, e não pela qualidade. Não nos importamos com o ditado “faça como um velho marinheiro q ue d urante o nevoeiro leva o barco devagar”, citado pelo compositor

carioca Paulinho da Viola em uma de suas m úsicas. Usamos n ossos equ ipamentos de rádio não para ouvir os sinais de alerta, mas para fazer propaganda de nós mesmos. O que interessa para nós é podermos chegar mais rápido, tentando ganhar a maior quantidade de dinheiro e de poder (ou podre poder) que conseguirmos obter. Não pe rcebemos a queles pequ enos icebergs q ue no s arranham e q ue no s tiram l eves ped aços d a t inta. I sto f az parte d a v ida, pe nsamos; e les n ão n os atingirão profundamente. Ficamos sempre no s alão de f esta, danç ando, co mendo e bebendo e nos esquecemos dos que estão trabalhando arduamente para mover o transatlântico na casa de máquinas; e fazemos coro com o capitão: “mais f orça, m ais f orça, m ais velocidade”. Se em meio a u ma tempestade não ouvimos os conselhos, imagine em uma noite c alma, com o mar s erenamente quieto. Fechamos os olhos. Só percebemos a sombra do grande iceberg quando ele está a poucos metros de nós e já não há tempo para uma manobra; e, muitas


vezes, optamos pela conduta errada, até por inexperiência. E quando o acidente ocorre, nã o acreditamos nele ou fingimos n ão a creditar, já qu e o r ombo, n a grande maioria das vezes, se dá abaixo da linha d’água, em local não visível. É o a utoengano. N ão n os a percebemos, muitas vezes, nem da batida. E esperamos que alguém resolva nosso problema. Fingimos q ue na da a conteceu; ou q ue nada é conosco. Só quando a água começa a molhar nossos pés é qu e entramos em pânico; alguns só se descontrolam quando ao invés de seus pés são os seus bens que são atingidos. E fechamos as portas da 3ª c lasse para que esta não tenha direito de se salvar. Passamos, muitas vezes, a agir como egoístas. N ós n os jo gamos n os bo tes salva-vidas q ue lançamos ao mar com lugares vazios, na pressa de sairmos dali. Impedimos que outras pessoas cheguem nadando perto do bote e tentem subir nele, com me do dele v irar. E , q uando nos afastamos apressados, evitamos voltar ao local da tragédia; ficamos ao longe ouvindo inertes os gritos de socorro dos desesperados a té qu e e le d esapareça. Temos medo de sermos tragados para o fundo do mar . Em alguns c asos, como aconteceu recentemente no na ufrágio do navio Co sta Concorde, é o coman dante o primeiro a abandonar o barco, a tripulação e os passageiros, resistindo a todo custo a ordem de voltar a bordo. Mas, ao mesmo tempo, muitos permanecem no convés, tocando e cantando todas as músicas alegres que conhecem, m antendo a o rquestra a pos tos, seja para para o bem de si mesmos, seja para o dos outros, levando a alegria e o conforto para os que não têm mais esperança de viver, me smo sabendo q ue também morrerão. E no momento de desespero, vamos buscar qualquer esperança. Vamos culpar qualquer um; menos a nós. Ficamos procurando os responsáveis ao invés de ajudarmos. E fazemos como a tripulação do Titanic que confundiu a luz refletida por Marte, que naquele momento estava se p ondo no horiz onte, com a l uz de um navio nas proximidades, e gastaram todos os foguetes sinalizadores em vão. Pulamos na água na esperança de se segurar em qualquer destroço flutuante, esquecendo que o que vai nos matar é a baixa temperatura do mar. De nada vai adiantar n os a poiarmos n uma t ábua.

Morreremos congelados se alguém não vier nos salvar. Poucos se lembrarão de agir como o capitão do navio Carpathia que, ao receber o ped ido de socorro, fez o se u navio voltar para o lo cal da tragédia, recolher os náufragos e alojá-los em suas próprias cabines. Quando, enfim, o Titanic afundar, se não no s levar j unto, verificaremos q ue estamos sós em meio ao nada, sem termos a quem recorrer. Só nos restará aguardar. Em poucos dias o local da tragédia estará livre de qualquer marca: nenhum destroço, nenhum corpo, nenhuma mancha de óleo. Procuraremos vãs explicações sobre o ocorrido. Finalmente, q uando alguém lo calizar, dezenas de anos depois, no fundo do mar a carcaça daquilo q ue foi um dia o orgulho da engenharia naval (ou seja, nós mesmos), verá um esqueleto carcomido, que nada lembrará o que ele foi durante a vida. E, certamente, torceremos para que seja encontrado algo que nos lembre, para que a nossa existência não tenha passado em vão. Escreveu um dia o p oeta p ortuguês Fernando P essoa: “N avegar é p reciso; viver não é preciso”. O que ele quis dizer com isto? Que navegar é e xato, perfeito, esmerado. Não que seja necessário. Estipulamos uma rota e a cumprimos com precisão, d esde qu e pos samos se guir a bússola ou outros meios de orientação e

obedecer aos sinais de perigo. Já viver não é exato e perfeito; não temos como prever nossa rota ou o que estará à nossa frente. Por isto temos que viver nos prevenindo e tentar nos antecipar ao acaso ou ao imprevisível. Como diz o cardiologista Wilson Oliveira Junior: a vida é indisciplinada. Inexoravelmente, um ice berg, uma rocha, uma mina ou o próprio de sgaste da estrutura feita com aço permitirá que toneladas de água, do mesmo modo que com o Titanic, penetrem em nossos corpos, pondo fim a n ossa vida. Não sabemos quando e nem como. Sabemos que acontecerá. O Titanic nos faz refletir sobre isto; s obre a nossa crença na incurável imortalidade.

* Claudio r enato Pina moreira – Cardiologista. médico graduado pela uf Pe em 1974. Presidente da s ociedade brasileira de médicos escritores, r egional de Pernambuco.

AMPE INFORMA I Simpósio Regional de Ética Médica de Pernambuco Com o a poio da A ssociação M édica de Pernambuco ( AMPE) e do Sindic ato dos Médicos de Pernambuco (SIMEPE), a Es cola S uperior de É tica M édica do CREMEPE promove o I SIMPÓSIO REGIONAL D E ÉT ICA MÉD ICA D E P ERNAMBUCO. O evento acontece nos dias 21 e 2 2 de s etembro, no Caruaru P ark Hotel. O e vento tem como finalidade levar a os mé dicos, e specialmente do Agreste, atualização e aperfeiçoamento em ética médica que repercutem no dia a dia dos médicos. As exposições ficarão a c argo de pr ofissionais com vasta experiência e conceito q ue tr ansmitirão s eus conhe cimentos e specíficos e possibilitarão o in tercâmbio de gr ande importância pr ática, e specialmente na apresentação dos casos clínicos aplica-

dos e avaliados tendo como base o atual Código de Ética Médica. Vão ser discutidos temas diversos: - A ções d e s aúde e r epercussões n o cotidiano do mé dico ( Cooperativismo, Plano de Saúde e Projetos de Saúde no Congresso Nacional); - A ética médica e o cotidiano do médico (Urgências/Emergências, Sigilo médico, Con sentimento inf ormado, r esponsabilidade ética, civil e penal); - Relação Médico Paciente e novas tecnologias em saúde; - D ocumentação M édica- le gislação e importância prática; - Casos Clínicos aplicados à luz da ética médica. Informações no www.cremepe.org.br

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FECEM

À classe médica

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Federação das Cooperativas de Es pecialidades M édicas de Pernambuco (FECEM), a Comissão Es tadual de H onorários Médicos e demai s entidades vêm tr abalhando em conj unto p ela melhoria e e quidade do s honorários pagos à classe médica. Como r esultado de sse e sforço, fechamos a cordo c om a s op eradoras A bet Telecomunicações e A llianz Saúde, promovendo uniformidade na tabela de honorários pagos aos nossos cooperados. E es tamos e m n egociação c om o C ARE P LUS, CO DEVASF, INFRAERO, L IFE EM PRESARIAL e VITALLIS. Ressaltamos t ambém a r enovação do P lano de A ssistência M édica - Came d, beneficiando os funcionários d as C ooperativas f iliadas e s eus dependentes. E contamos agora com a ASSEFAZ - Fundação Assistencial dos Servidores do M inistério da Fazenda como nova conveniada. A p artir do s egundo s emestre a Coopeclin - COOPERATIVA DE TRABALHO DOS MÉD ICOS DE ESPECIALIDADES CLÍNICAS DE PERNAMBUCO

terá toda sua identidade visual reformulada. O no vo lo gotipo mo stra um médico den tro de uma b ase s ólida e a fonte e as cores usadas trazem mais intimidade e leveza. Com o visual totalmente reformulado, o novo site da cooperativa trará um leiaute mais intuitivo e direcionado t ambém p ara qu em é a penas u m visitante. Todas a s inf ormações ne cessárias estarão na p ágina princi pal de f orma clara e direta. Outro canal de informação serão as r edes sociais, Facebook, Twitter e F ilckr, p ermitindo maior interação. Outra novidade serão os mini sites que c ada e specialidade co berta p ela cooperativa t erá. N eles se rá pos sível visualizar noticias específicas de cada uma. O contato com a Coopeclin além de t elefone e e -mail p oderá s er f eito diretamente p elo si te v ia f ormulário, deixando mais ágil a comunicação. Um outro ponto será a implementação de newsletters, que permitirá a comunicação de f orma mai s p ersonalizada com o co operado. Mas ela também s erá a berta a q uem q uiser

acompanhar as novidades, bastará se inscrever no site. Em s etembro a co operativa realizará o III Encontro das secretárias dos médicos da Coopeclin. Conselho Administrativo - FECEM Diretor Presidente: Dr. Amaro Gusmão Guedes – CRM 8.439 (Coopeclin) Diretor Financeiro: Dr. Mauro Pedro Chaves Sefer – CRM 8.504 (Coopecir) Diretora Administrativa: Dra. Analíria Moraes Pimentel – CRM 3.280 (Copepe) Contato: Fone: (81) 2125-7461 Fone/Fax: (81) 2125-7460 E-mail: fecem.pe@ig.com.br Endereço: Avenida Gov. Agamenon Magalhães, nº 4.775 – Empresarial Thomas Edison, 14º andar, sala 1402, Ilha do Leite – Recife/PE. CEP: 50.070-160.

Conselho Regional de Medicina - Cremepe PUBLICAÇÃO DE PENAS PÚBLICAS

Ref. Processo Ético Profissional n.º 38/09 PENA DISCIPLINAR APLICADA AO MÉDICO DR. MARCILO LUIZ VIANA LAVRA - CREMEPE 3.842

Ref. Processo Ético Profissional n.º 21/05 PENA DISCIPLINAR APLICADA AO MÉDICO DR. LUIS CARLOS SARAIVA NEVES - CREMEPE 10.940

CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DE PERNAMBUCO - CREMEPE, no uso de suas atribuições que lhe confere a Lei n.º 3.268/57, regulamentada pelo Decreto n.º 44.045/58, e em conformidade com o acórdão proferido na sessão de julgamento do processo ético-profissional n.º 38/09 realizada no CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA, em 31/08/2011, vem aplicar ao médico DR. MARCILO LUIZ VIANA LAVRA - CREMEPE 3.842, a pena de CENSURA PÚBLICA EM PUBLICAÇÃO OFICIAL, prevista na letra “c”, do art. 22, da Lei 3.268/57, por ter cometido infração aos arts. 1º, 2º, 5º, 9º e 10 do Código de Ética Médica.

CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DE PERNAMBUCO - CREMEPE, no uso de suas atribuições que lhe confere a Lei n.º 3.268/57, regulamentada pelo Decreto n.º 44.045/58, e em conformidade com o acórdão proferido na sessão de julgamento do processo ético-profissional n.º 21/05 realizada no CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA, em 05/10/2011, vem aplicar ao médico DR. LUIS CARLOS SARAIVA NEVES - CREMEPE 10.940, a pena de CENSURA PÚBLICA EM PUBLICAÇÃO OFICIAL, prevista na letra “c”, do art. 22, da Lei 3.268/57, por ter cometido infração aos arts. 17 e 67 do Código de Ética Médica.

Recife, 16 de março de 2012.

Recife, 20 de março de 2012.

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APMR

DIvul ga ç ã O

Semestre de lutas

o

final d esse 1⁰ se mestre d e 2012 f oi d e g randes l utas para a Associação Pernambucana de M édicos R esidentes (APMR). Na reta final da gestão 2011 - 2012, p udemos p articipar d a mobilização de estudantes e médicos residentes pe la l uta d e a dequação d o CISAM às normas do Ministério para não ser descredenciado como hospital de e nsino, e t ambém, d os r esidentes por melhores condições de ens ino-aprendizagem e trabalho no Hospital das Clínicas (HC) da UFPE. Logo, veio o momento de eleições para g estão 2012-2013. P rocesso qu e seguindo as e xigências do edital, s e

utilizou de mídia a través de j ornal, sendo convocada a ssembleia p ara eleição. F elizmente, essas mo bilizações g eraram bo ns f rutos n ão a penas para a resolução de algumas medidas, mas t ambém p ara f ortalecer o movimento de mé dicos r esidentes do Estado, no sentido de r eoxigenação do movimento. Na nova chapa muitos são participantes de grupos que participaram v isceralmente da mo bilização do CISAM e do HC, ou q ue a companharam de perto esses processos. Para es sa n ova g estão, o i ncentivo e auxílio para mo bilização contínua dos residentes serão uma grande meta. Sabe-se q ue grande maioria dos pro-

gramas de residência tem problemas e que muitos podem ser sanados na própria unidade através das Comissões de Residência Médica (COREMEs), com a luta contínua e participação efetiva dos residentes em seus espaços. Para tanto, estamos p ensando uma f orma de estruturar nosso trabalho para podermos motivar e auxiliar os residentes a manter essa forma de luta. Aguardem novas notícias e preparem-se para novas atividades. Desde já agradecidos. Gestão 2012-2013 APMR Organização e Luta

Ref. Processo Ético Profissional n.º 08/99 PENA DISCIPLINAR APLICADA AO MÉDICO DR. NELSON FALCÃO DE MELO - CREMEPE 7.908

Ref. Processo Ético Profissional n.º 05/06 PENA DISCIPLINAR APLICADA AO MÉDICO DR. VITAL MARIA DA COSTA LIRA - CREMEPE N.º 1.194

CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DE PERNAMBUCO - CREMEPE, no uso de suas atribuições que lhe confere a Lei n.º 3.268/57, regulamentada pelo Decreto n.º 44.045/58, e em conformidade com o acórdão proferido na sessão de julgamento do processo ético-profissional n.º 08/99 realizada no CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA, em 09/02/2006, vem aplicar ao médico DR. NELSON FALCÃO DE MELO - CREMEPE 7.908, a pena de CENSURA PÚBLICA EM PUBLICAÇÃO OFICIAL, prevista na letra “c”, do art. 22, da Lei 3.268/57, por ter cometido infração aos arts. 1º, 32, 34, 40, 64 e 65 do Código de Ética Médica.

CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DE PERNAMBUCO - CREMEPE, no uso de suas atribuições que lhe confere a Lei n.º 3.268/57, regulamentada pelo Decreto n.º 44.045/58, e em conformidade com o acórdão proferido na sessão de julgamento do processo ético-profissional n.º 05/06 realizada no CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA, em 16/11/2011, vem aplicar ao médico DR. VITAL MARIA DA COSTA LIRA - CREMEPE N.º 1.194, a pena de CENSURA PÚBLICA EM PUBLICAÇÃO OFICIAL, prevista na letra “c”, do art. 22, da Lei 3.268/57, por ter cometido infração ao art. 29 do CEM/ 88, cujos fatos também estão previstos no art. 1º do atual Código de Ética Médica.

Recife, 11 de maio de 2012. Recife, 31 de julho de 2012. Cons. Helena Maria Carneiro Leão Presidente do CREMEPE

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APM Academia Pernambucana de Medicina

Do outro lado DIvul ga ç ã O

gentil Porto*

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tema é r ecorrente. De t ão atrativo, muitos já enveredaram por esta seara. É aquela história das carreiras “humanísticas” e das “tecnológicas”, como se umas se c ontrapusessem às o utras. Medicina seria, pois, uma carreira humanística e Engenharia, ou Q uímica, estaria enquadrada na outra categoria. Ledo engano – pois o que define o humanismo é sim plesmente o s er h umano. Exi stem mé dicos q ue c arecem de h umanismo e en genheiros q ue o exercem vivamente. Sinto-me à vontade p ara falar um pouco sobre o meu outro lado, ou então do outro lado do “bureau”. De um la do aí e stou como mé dico, ouvindo, p acientando a s q ueixas do meu cliente e sem a preocupação açodada – infelizmente quase onipresente nos dias de hoje – d a requisição da malfazeja “bateria” de exames. À moda an tiga, ainda a credito no velho axioma de “curar se possível, amenizar a dor frequentemente... mas confortar sempre”. Do o utro l ado es tá o esc ritor – o u pretenso como no meu caso – ouvindo, lendo e escrevendo. Diz Rostand Para-

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Somerset Maughan (foto) foi um médico que se destacou na literatura internacional íso “a literatura sempre exerceu sobre os médicos uma antiga e inegável paixão”. Talvez, ou sobretudo, porque o médico convive diuturnamente com o sofrimento, j á diz ia O rígenes L essa q ue “sem s ofrimento nã o há li teratura” ou Dostoievsky: “É p reciso sofrer para escrever uma grande obra”. No meu c aso, menino , de cidi s er médico embora o ou tro la do e stivesse sempre presente. Talvez influências do meu avô paterno, leitor impenitente; do meu avô materno, tabelião e poeta da cidade de Pesqueira; sem esquecer do meu pai, autodidata, que costumava escrever para os jornais de Caruaru, a minha cidade da infância e da adolescência. Essa atração do médico pela literatura, embora tisnada pela tecnologia desumanizadora dos dias de hoje, continua efetivamente presente.

Dizer sobre os médicos que se destacaram em nível mundial e nacional, seria t ornar enf adonha uma enorme lista. Mas como exercício de memória, citemos alguns como Anton Tchekhov, Axel Munthe, Alexis Carrel, Somerset Maughan, Conan Doyle, A. J. Cronin e no Brasil, Joaquim Manoel de Macedo, Manoel Antonio de Almeida, Jorge de Lima, Afrânio Peixoto, Guimarães Rosa e Pedro Nava. Claro, tem mais, muito mais. Em P ernambuco a me sse f oi b oa e s ó na A cademia P ernambucana de Letras, há oito médicos do “outro lado”. E à g uisa de concl usão, ci temos Anton Tchekhov que diz com sabedoria e humor, a respeito dos dois lados: “Fico satisfeito quando me dou conta de que tenho duas profissões, não uma. A Medicina é minha esposa legal, a literatura a minha amante. Quando canso de uma, passo a noite com a outra. Pode não s er uma si tuação ha bitual, ma s evita a monotonia: ademais, nenhuma delas sai perdendo com a minha infidelidade”. *membro da a cademia Pernambucana de medicina


A Medicina deve ser exercida por profissional habilitado e legalmente inscrito no Conselho de Medicina do seu Estado. Em Pernambuco, o Cremepe.


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