Movimento CONTRATO IMPRESSO ESPECIAL DR/PE CREMEPE Nº 4065.010.73.9 CORREIOS
MÉDICO
Revista das entidades médicas de Pernambuco – Ano IX – Nº 21 – Jan/Fev/Mar 2012
MOTO MATA Imprudência, álcool e falta de respeito à sinalização são as principais causas de acidentes envolvendo motocicletas
Uma radiografia do funcionamento das Unidades de Saúde da Família
O centenário da Faculdade de Direito do Recife
Uma campanha para ajudar a encontrar crianças desaparecidas
PR NTU RI MÉ IC Viu como é difícil entender uma informação quando ela está incompleta? O correto preenchimento do prontuário médico é muito importante para o médico e para o paciente. Nesse documento devem estar registrados todos os cuidados profissionais prestados ao paciente, de forma completa, clara e precisa. O prontuário médico corretamente preenchido é obrigação do médico e, eventualmente, pode ser a sua defesa.
A Medicina deve ser exercida por profissional habilitado e legalmente inscrito no Conselho de Medicina do seu Estado. Em Pernambuco, o Cremepe.
MÉDICO
Nº 21 • Ano IX • Jan/Fev/Mar 2012
Editorial
C
HANS MANTEUFFEL
omeçamos mais uma edição da revista Movimento Médico desejando a todos os colegas médicos e à população em geral um Ano Novo promissor e repleto de saúde e felicidade. Nossas conquistas não devem servir de motivo para acomodações. Muito pelo contrário, é a partir delas que iniciamos novas etapas de discussões para formatarmos nosso leque de reivindicações. Tudo em prol de melhores condições de trabalho e salários mais justos para a categoria médica e também por uma saúde pública de mais qualidade e que atenda de forma eficiente e satisfatória a população pobre do Estado. Nesta edição, de número 21, Movimento Médico traz como matéria de capa um alerta sobre os acidentes de motos, que já se tornaram uma epidemia em Pernambuco e no Brasil. No país, são 45 mil mortes por ano provocados por acidentes com motocicletas. Nosso Estado “contribui” com essa triste estatística: são seiscentas mortes por ano, o correspondente a cinquenta vítimas fatais por mês. Nesta edição você vai ver ainda o lançamento de uma campanha pelo Conselho Federal de Medicina, idealizada pelo Cremepe, e que procura ajudar as famílias brasileiras a encontrar seus filhos que desapareceram. Veja também uma reportagem especial sobre a recuperação do prédio histórico da Faculdade de Direito do Recife, que este ano comemora seu centenário. E leia também uma entrevista com a nova presidente da Associação Médica de Pernambuco, Sílvia da Costa Carvalho. E para todos que têm acompanhado ao longo desses últimos nove anos as edições de Movimento Médico reiteramos nossos votos de um Feliz 2012.
Capa: Foto de Jarbas Araújo
EXPEDIENTE CREMEPE Presidente: Helena Carneiro Leão Vice-presidente: José Carlos Alencar Assessoria de Comunicação: Mayra Rossiter - DRT/PE Estagiária: Camila Gallindo Webdesigner: Michel Filipe SIMEPE Presidente: Silvio Rodrigues Vice: Mário Jorge Lobo Assessoria de Imprensa: Chico Carlos - DRT/PE 1268 Nathália Gadelha AMPE Presidente: Silvia da Costa Carvalho Vice: Anacleto Carvalho Coordenação Editorial: Sirleide Lira Assessoria de Imprensa: Elizabeth Porto - DRT/PE 1068 FECEM Presidente: Aspásia Pires Coordenação Editorial: Sirleide Lira Assessoria de Imprensa: Elizabeth Porto - DRT/PE 1068 APMR Coordenação: Vander Souza DA/UPE Presidente: Marcio Bastos Vice: Francisco de Assis Redação, publicidade, administração e correspondência: Rua Conselheiro Portela, 203, Espinheiro, CEP 52.020-030 - Recife, PE Fone: 81 2123 5777 www.cremepe.org.br Projeto Gráfico/Arte Final: Luiz Arrais - DRT/PE 3054 Tiragem: 15.000 exemplares Impressão: CCS Gráfica e Editora Coordenação Editorial: Helena Carneiro Leão Conselho Editorial: Helena Carneiro Leão, José Carlos Alencar e Ricardo Paiva.
O Salão Nobre da Faculdade de Direito do Recife
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JARBAS ARAÚJO
Sumário
4 Entrevista
REPRODUÇÃO
O médico João Veiga coordena campanha de prevenção a acidentes com motos
8 Capa Mais de 600 pessoas morreram em 2010 vítimas de acidentes com motos em Pernambuco
Editorial
1
Opinião
3
Entrevista
4
14
Notícias do CFM
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Patrimônio
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Cremepe
22
Simepe
28
Ampe
34
Fecem
38
APMR
39
Academia
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Faculdade de Direito do Recife: referência histórica nacional
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Científica
16 Patrimônio
DIVULGAÇÃO
Capa
HANS MANTEUFFEL
Seções
22 Cremepe Quase pronta a ampliação da sede do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco
DIVULGAÇÃO
Opinião Carlos Vital*
Política médica e justiça social
A
primeira edição deste periódico no ano de 2012 é um espaço privilegiado para uma síntese de análise das políticas médicas e de suas relações com a justiça social, no âmbito de sistemas inconsistentes com a construção do bem comum. A satisfação dos anseios da classe médica e dos mais legítimos interesses sociais, dependentes de fatores econômicos e financeiros, estão coligadas por princípios humanísticos e humanitários. O desenvolvimento social, com fundamento na erradicação da pobreza, é indispensável ao exercício de uma prática hipocrática eficaz, igualitária e merecedora de justas remunerações. Apesar das irrefutáveis melhoras dos indicadores sociais nos últimos anos, torna-se evidente nos dados do Censo de 2010, divulgados recentemente pelo IBGE, que a renda dos brasileiros é paradoxal a de um país desenvolvido: 25% da população tem uma renda mensal de até R$ 188,00 e 50% tem uma renda mensal que não ultrapassa R$ 375,00. De acordo com o Dieese, os requisitos estabelecidos na lei do salário mínimo, se obedecidos, teriam elevado esse salário, em janeiro de 2011, ao valor de R$ 2.194,76. A extrema pobreza de metade da população brasileira não pode ser atribuída à reserva do possível e, só se explica pela apropriação indébita da riqueza e da renda, em face de uma distribuição irreverente a um princípio basilar de justiça: o da equidade. O Brasil é a 6ª economia do mundo. Porém, os 10% mais ricos detém 75% da renda e da riqueza nacionais, o que nos leva a ocupar a 84ª posição no campeonato da desigualdade social, disputado por 187 países.
As políticas públicas de concentração da renda e da riqueza são definidas pelo Comitê de Política Monetária, o Copom. Em consequência dessas políticas, desprovidas de razão, os títulos emitidos pelo governo brasileiro, por conta de uma imensa dívida pública interna, remuneraram os seus compradores, em 2010, com 45% do Orçamento Geral da União. O melhor rendimento do planeta e os lucros foram obtidos por investidores privados, bancos e fundos de pensão. Os dispêndios feitos em 2010 com essas especulações financeiras alcançaram o patamar de R$ 635 bilhões, aos quais se somaram R$116,1 bilhões de isenções tributárias e reduções de impostos para os ricos e suas empresas, enquanto se enfrentava as angústias de um orçamento incompatível com o SUS e as agruras provocadas pelos parcos R$7,5 bilhões destinados ao saneamento básico, em uma nação que tem 45% dos seus municípios sem coleta de esgoto. A visão de políticas corretas, com lastro nos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, não admite o vilipêndio da classe média e exige a instituição de uma carga tributária que incida, de modo prevalente e significativo, sobre as grandes fortunas, depositadas nas mãos de um estreito segmento dos 10% mais ricos, armazenadas por 5 mil famílias que possuem 45% da renda e da riqueza nacionais. A crença de um país desenvolvido ou a convicção de que se pode contemplar as reivindicações da classe médica, sem atenção aos direitos sócio-econômicos do povo brasileiro, são equívocos fomentados pelo hedonismo das políticas pessoais ou partidárias, com base na produção de engano, humilde parasita das ingenuidades humanas.
As entidades médicas, AMPE, SIMEPE e CREMEPE, sem ingenuidades, afirmaram-se no cenário da política médica, com desempenho em relevantes funções nas suas representações federativas, em virtude de exaustivos esforços em benefício da sociedade, observados por seus congêneres como elementos de crédito da população às causas médicas. A importante contribuição das nossas entidades médicas, no amplo contexto de gestão das suas entidades nacionais, ressalta-se com a presença de 15 pernambucanos no CFM. Nas Comissões e Câmaras Técnicas do CFM incorporou-se uma Comissão de Assuntos Sociais, coordenadora de programas que serão implementados nos Conselhos Regionais, promovendose a sinergia de ações entre os médicos e a sociedade, com influências diretas e positivas nas lutas específicas de classe: piso salarial e honorários dignos, condições adequadas de trabalho, autonomia profissional e uma carreira compatível com a da Segurança Nacional, a Fazendária, a do Poder Judiciário, da Advocacia Geral da União, da Procuradoria Federal e do Ministério Público, consideradas como essenciais ao Estado. Comemoramos o despertar de um novo tempo com a consciência de atitudes coerentes com o honroso mandato outorgado pelos nossos colegas e com a determinação de continuarmos em caminhos que nos levem ao encontro da equidade, imprescindível à justiça social e à valorização dos médicos. *Vice-Presidente do Conselho Federal de Medicina.
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JARBAS ARAÚJO
ENTREVISTA JOÃO VEIGA Coordenador executivo do Cepam
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“O custo global do atendimento aos motoqueiros é igual ao de um hospital novo”
N
os 21 anos em que trabalhou como cirurgião do Hospital da Restauração, o médico João Veiga acompanhou de perto a escalada dos acidentes com motociclistas em Pernambuco. O agora coordenador executivo do Comitê Estadual de Prevenção aos Acidentes de Moto (Cepam) assume o cargo com a tarefa de reduzir anualmente em 6,7% o índice de mortes em duas rodas, chegando a 50% até 2020. Com sinceridade desconcertante, acredita que nos dois primeiros anos a meta não será atingida.
Como mudar um cenário que o próprio poder público já classifica como epidêmico? Decidimos começar com o pé do chão. Temos que reduzir os índices de morte em acidentes? Sim. Mas primeiro peneiramos os dados. 77% das pessoas que andam de moto em Pernambuco não possuem Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Nesse momento nós temos 180 pacientes de acidentes de moto internados em três hospitais (Hospital da Restauração, Hospital Getúlio Vargas e Otávio de Freitas). Fizemos uma enquete com eles. Os donos de 47% dos automóveis em Pernambuco não pagam DPVAT. Quando falamos de motos, chega-se a 90% no interior. A gente tá começando do zero. Primeiro é fazer com que as pessoas tenham a carteira nacional de habitação. É o básico do básico. O comitê vai ficar responsável por essa ação das CNHs
e pela Lei Seca. Este último vai ser o braço da fiscalização e repressão. São seis equipes, todas comandadas por um oficial, com agentes públicos militares e civis. Teremos uma norma de abordagem. Ninguém vai abordar você no carro. O agente para seu carro, você sai do carro e vai numa tenda bem iluminada onde tem vários agentes de vários órgãos. O condutor tem que levar a carteira nacional de habilitação, o documento do carro e fazer o teste da alcoolemia. E para quê isso? Pra evitar prevaricação mesmo. A gente não tem que esconder porque isso acontece.
A campanha do governo veiculada na mídia tem imagens fortes. A ideia de chocar realmente surte efeito? Uma faculdade disse que a campanha estimula a cultura da violência. O que eu tenho nas mãos são 45 mil mortes, 225 mil feridos graves, 25 mil amputa-
dos, paraplégicos e sequelados por ano (no Brasil). O Mundo todo falou essa linguagem que nós estamos falando e diminuiu os índices. O que é que o motorista respeita em Pernambuco? O sinal verde. Não respeita calçada, faixa de pedestre, sinal vermelho, sinal amarelo, contramão. Quando estávamos planejando a campanha, insisti que deveríamos abordar a morte nas campanhas, mas ao mesmo tempo mostrar quando esses personagens estavam vivos.
Qual a dimensão desses acidentes com motos no custo da máquina pública, sobretudo na saúde? Para cada paciente que morre, cinco precisam ser operados de média e alta complexidade. Pernambuco teve 602 pacientes mortos no ano passado por acidente de moto. Pela estatística, 3 mil motoqueiros foram operados. Com os
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ENTREVISTA
“Uma faculdade disse que a campanha veiculada na mídia estimula a cultura da violência. O que eu tenho nas mãos são 45 mil mortes, 225 mil feridos graves, 25 mil amputados, paraplégicos e sequelados por ano no Brasil”.
cado por R$ 156 mil temos um gasto de R$ 46 milhões. Sabe quanto é que vai custar o Hospital Pelópidas Silveira por ano? R$ 60 milhões. Ou seja, só a parte hospitalar dos pacientes acidentados em motos é quase o custo de um hospital todo.
O governo estadual estipulou uma meta de redução de 6,7% nesses acidentes. Como isso será alcançado? A minha perspectiva é de que nos dois primeiros anos nós não vamos atingir esse índice. Por que? Por causa disso aqui (aponta para as estatísticas mais recentes). Estamos em franca ascensão de mortes com esse contexto. De 602 mortes em 2010, em 2011 deveremos
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ter 650. Mostramos isso ao governador e ao secretário de Saúde. Eles criaram subcomitês em cada uma das onze Gerências Regionais de Saúde (Geres). Por que isso? As regiões do estado são totalmente diferentes, com ações diferentes, políticas de uso de moto diferentes. Na Região Metropolitana do Recife eu sei que os pacientes vão para 3 hospitais e eu conheço eles. Mas em Araripina o índice deu zero porque todos os pacientes graves vão pro Ceará e eu não estou sabendo de nada.
Na prática, o que vai acontecer? Primeiro nós temos que cumprir as leis e fazer com que as pessoas andem com
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hospitais privados, a conta deu 3,2 mil operados. Isso só com cirurgia, fora o internamento, o que não operou. A parte hospitalar desse paciente operado de alta complexidade custa R$ 156 mil, segundo o IPEA. E essa parte hospitalar representa 13% do total de gastos. O custo real de dias parados, da produção - já que um trabalhador que ganha um salário-mínimo produz entre R$ 4 mil e R$ 5 mil ao mês - e da previdência é de R$ 958 mil ao país para cada acidentado. Fora o pós-hospitalar, como fisioterapia e fonoaudiologia, que representa em média 8% do total. Se fizermos um cálculo aqui com os 3 mil acidentados de Pernambuco multipli-
a CNH e documentação das motos. A outra ação caberá aos municípios. Eles terão que municipalizar os seus trânsitos. É lei. Não é opcional. Temos 186 municípios no estado e apenas 16 já agem dessa forma. O controle e a regulação do trânsito é uma obrigação do município. O governador Eduardo Campos tem a missão de municipalizar os 186 municípios para cumprir a Constituição. No caso das carteiras, teremos fiscalização e ao mesmo tempo propor medidas de incentivo, como a carteira-cidadã, que é uma cota social que será aumentada. Para os que vão trabalhar com moto, será obrigatório um curso de direção defensiva que é realizado pelo Sistema S. Para
a pessoa que não vai trabalhar com moto, a ideia é dificultar a obtenção da carteira, de exigir maior reflexo, conscientizar essa pessoa da diferença de se pilotar na cidade e numa estrada. Nas estradas, os acidentes, geralmente são fatais. Das 602 pessoas que morreram em acidentes de moto no estado, a metade morreu no local e 50% foi para hospitais. Vamos georeferenciar os pontos de acidentes ao longo da BR-232 duplicada. Aqueles pontos vermelhos nós vamos analisar e saber quais foram o problemas: é falta de sinalização, é um erro na pista? Vamos ser mais explícitos. Tem uma curva num trecho entre Afogados e Tabira
os pacientes estão morrendo mais na nossa sala vermelha. E por que? Nós estamos mais incompetentes? Pode até ser isso, mas a gente está recebendo pacientes extremamente graves. Metade dos motoqueiros morreu numa sala de emergência graças ao serviço pré-hospitalar; no caso o SAMU e os Bombeiros. Significa que o atendimento está sendo rápido, caso contrário essas mesmas pessoas iam morrer lá na rua, no local do acidente. Trata-se de um paciente que chega cada vez mais na porta da emergência e que é multidisciplinar. É paciente que precisa de um neurocicurgião, de um cirurgião, de um vascular, de um traumatologista,
“Primeiro, nós temos que cumprir as leis e fazer com que as pessoas andem com a CNH e documentação das motos. A outra ação caberá aos municípios. Eles terão que municipalizar os seus trânsitos. É lei. Não é opcional”. que a própria população botou uma placa lá com o nome Atenção: Curva da Morte. Essa placa tem 30 anos, ninguém mudava. Agora foi decidido pelo governo em fazer uma guard rail (mureta de proteção) lá. Depois que botaram essa placa o índice de mortalidade caiu muito, mas foi a população que colocou. Então é preciso ser mais explícito como eles foram.
E o que mudou em relação aos médicos que estão nas emergências recebendo esses pacientes? Eles cada dia recebem pacientes mais graves. Tanto que os pacientes das nossas salas de emergência, apesar da melhoria de equipamentos e de drogas,
de UTI. Aí é o gargalo do estado. Qual é a única unidade do estado que tem isso tudo? Só o Hospital da Restauração. O Hospital Getúlio Vargas não tem neuro, o Otávio de Freitas não tem neuro, nem vascular, o Dom Helder também não tem vascular, nem neuro. E aí? O que falta nessa questão é a formação. Não existe neurocirurgião em todo canto. É muito mais fácil diminuir a quantidade dessas ocorrências do que aumentar a capacidade dos hospitais de atender pacientes graves. São onze anos para formar um neurocirurgião. Mas é claro que deve existir uma preocupação da parte de Pós-graduação, que é feita pela Secretaria de Saúde, e de graduação, por parte da pasta de Ciência e Tecnologia.
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CAPA
Motos
A vida por um fio De quem é a culpa por tantos acidentes? Texto: André Duarte | Fotos: Jarbas Araújo
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CAPA
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oze prestações de R$ 224 no cartão e o sonho realizado sem burocracia. Por cerca de R$ 2,6 mil é possível levar para casa uma motocicleta de 50 cilindradas e já sair da concessionária montado na compra. Numa comparação com os carros, a ‘cinquentinha’ seria o equivalente a um automóvel 1.0 sem nenhum acessório, só que bem mais barata. Ágeis no trânsito caótico da Região Metropolitana, econômicas no consumo de combustível, ganharam terreno de forma meteórica, abocanhando 35% de toda a frota de veículos. Da mesma forma acelerada vieram os acidentes fatais, a saturação dos hospitais e o reconhecimento do poder público de que surgiu no seu retrovisor uma epidemia sobre duas rodas. Se o assunto é moto, o valor de uma estatística depende do ponto de vista. A despeito dos últimos recordes de venda da indústria automobilística e do grande número de pessoas que se livraram do transporte público precário, os cofres públicos já sentem o golpe de problemas que surgiram à reboque, com efeitos colaterais na saúde e na previdência. O governo de Pernambuco tenta sanar uma conta que já atinge cifras altíssimas e um patrimônio social incalculável. Afinal, já são 602 mortos só em 2010, cerca de 650 vítimas em 2011 e um cenário de guerra nas emergências dos hospitais públicos. Os acidentes fatais envolvendo motociclistas já representaram 25,7% das mortes externas. Ou seja, um quarto dos óbitos não naturais, perdendo apenas para os homicídios. As motocicletas multiplicaram-se rapidamente nas estradas locais como um símbolo da democratização do transporte e do aumento do poder de consumo do brasileiro. Hoje são mais de 710 mil em todo o estado, fatiando espaço no trânsito em meio a um total de 2 milhões de veículos. Entre 1990 e 2008, a frota de motos tornou-se 14 vezes maior, passando de 33 mil para quase 500 mil unidades emplacadas. A reação governamental veio inicialmente através de um decreto estadual criando o Comitê Estadual de Prevenção aos Acidentes de Moto (Cepam), que já está atuando em três frentes: educação, fiscalização e repressão. “Estamos começando uma coisa que os euro-
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peus já fazem há 40 anos, sobretudo na França e Inglaterra”, entrega o médico João Veiga, que está à frente do projeto. Com uma meta já direcionada de redução anual de 6,7% das mortes, o comitê busca inspiração no trabalho a longo prazo dos países desenvolvidos, mas com foco imediato na diminuição de acidentes. Para isso, vem tentando estancar sintomas básicos, como a fiscalização das habilitações e o combate a um dos principais vilões: o consumo de álcool. O arranque deu-se em dezembro de 2011 com a Operação Lei Seca e culminou numa campanha de conscientização que tem o nítido propósito de chocar com imagens fortes de acidentados e famílias dilaceradas pela
combinação moto e bebida. “Vários país no Mundo têm mais motos que o Brasil e não possuem índices tão altos de mortalidade. Nos países árabes e asiáticos há muito mais motos, só que neles existe um fator fundamental: ninguém bebe álcool. Na Itália, onde todo mundo bebe, os índices também são baixos porque existe lei. Aqui a gente bebe e não existe lei. Pra diminuir essa tragédia precisamos de uma coisa: decisão política. Sem isso não adianta nada”, reconhece Veiga. A França, que na década de 1970 registrava 120 mil mortes do trânsito ao ano, inverteu os dados investindo em transporte de massa, sobretudo metrô e trens. É o único país signatário de uma
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Enquanto os ajustes são aguardados, a saúde pública absorve com dificuldade um problema que Roberto Cruz, diretor-geral do Hospital Getúlio Vargas, conhece bem. “Temos 120 leitos de traumatologia e ortopedia. A ocupação de acidentados por moto fica entre 56% e 60%”, enumera. Com 27 anos de profissão, o diretor do HGV acredita que “a sociedade já está pagando o preço” da falta de planejamento e enumera como um paciente dessa natureza pode custar: “O número de cirurgias tem sido muito grande. Se o caso for complexo, ele fica de 15 a 20 dias no hospital. Depois ainda tem custos com fisioterapia e com o INSS”, opina Cruz, para quem o primeiro passo já foi dado com o reconhecimentodo problema. Francisco Couto, coordenador do serviço de ortopedia do Hospital Miguel Arraes, em Paulista, segue o raciocínio do diretor do Getúlio Vargas, mas faz um observação de quem trabalha diariamente no front de atendimento aos acidentados. ”Cada vez mais recebemos fraturas graves. São vários casos de amputação e invalidez. A grande quantidade de pessoas não habilitadas e alcoolizadas também assusta. Como tantos incentivos ao consumo de veículos e transporte público ineficaz, essas mudanças chegaram rápido demais nos hospitais. É uma conta que vai sair muito cara”, avisa o ortopedista, que supervisiona 80 pacientes, entre os quais 55 a 60 são motociclistas.
HISTÓRIAS TRISTES
Com uma meta de redução anual de 6,7% das mortes, o comitê busca inspiração no trabalho a longo prazo dos países desenvolvidos, mas com foco imediato na diminuição de acidentes
resolução da ONU que não tem obrigação de baixar a meta (metade dos acidentes até 2020) porque já atingiu – dos 120 mil baixou para 3,3 mil. A partir de 2012, as mortes de motociclistas de Pernambuco serão computadas por cidade, e não pelo estado como um todo. A estratégia é compartilhar a responsabilidade com os municípios, já que apenas 16 dos 184 cidades pernambucanas cumpriram com o básico: municipalizar o trânsito e assumir a fiscalização. Mas há casos surpreendentes como o de São José do Egito, no Sertão do estado, que há 300 dias não registra uma morte ou acidente grave de moto depois implantar um cinturão de fiscalização na cidade.
O breque na juventude sem limites de Alexandre Pereira, 33 anos, começou numa noitada regada a moto e cerveja em 2004. Na saída do segundo bar da farra, teve a primeira queda sem grandes proporções após derrapar numa curva nas imediações de Paratibe, em Paulista, onde mora. Alcoolizado, resolveu bancar o risco, levantou a moto e continuou o percurso de volta pra casa pilotando. Numa reta, acabou dormindo. “Soltei o braço, o corpo relaxou, dei uma piscada e depois cochilei completamente”. A moto foi de encontro ao meio-fio. Submetido a um impacto violento na queda, o condutor acabou trincando dois ossos da coluna cervical, afetando a medula, e ainda teve fratura exposta na tíbia.
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CAPA
Os 18 dias no hospital e o diagnóstico de paralisia da cintura pra baixo só não foram piores que os cinco anos seguintes, pontuados pelo afastamento do trabalho, várias horas semanais de fisioterapia e pela lenta adaptação a uma cadeira de rodas. “Sabia que a recuperação só dependia de mim. Hoje eu digo que sou habilitado pra vida. Depois que eu consegui andar de ônibus sozinho foi como nascer de novo. Naquele dia eu ganhei minha autonomia de volta. Isso não tem preço”. Com a ajuda de um aparelho ortopédico, já consegue dar pequenos passos em casa e agora vai trabalhar contando sua própria história. Alexandre foi contratado pelo governo estadual, juntamente com mais de uma dezena de vítimas de acidentes motociclísticos, para atuar como educador da Operação Lei Seca. Em visitas a escolas, a empresas e até em ações em bares, costuma repetir uma frase que soa como um mantra: “Eu tenho muito orgulho da minha história, menos da besteira que fiz”. Tão penoso quanto o de Alexandre, o caso de Adriel Santana, 32, carrega uma particularidade: ele não teve
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O breque na juventude de Alexandre (E), 33 anos, começou em uma noitada regada a moto e cerveja em 2004. Já Adriel (D), mesmo sem ter culpa no acidente que o vitimou, teve que retomar a vida com uma muleta sempre à mão culpa no acidente. Há um ano e quatro meses, voltava pra casa de moto pela PE-60, em Ipojuca, quando um carro que vinha no sentido inverso invadiu a contramão quando tentava entrar numa estrada vicinal sem utilizar o acosta-
mento e o atingiu em cheio. Assustado, teve a tíbia esquerda amputada e passou dois meses no Hospital da Restauração. O condutor do carro não chegou a fazer bafômetro, apesar das suspeitas de testemunhas de que estaria alcoolizado. “A vida de qualquer um cai. Cai o lado emocional, o familiar e o financeiro. Tem que ser muito forte pra começar do zero”. Pedreiro, Adriel teve que deixar o emprego, as partidas e futebol e retomar a vida com uma muleta sempre à mão. O trauma pessoal, no entanto, não abreviou a sua clareza de raciocínio quando fala da tentativa de vilanizar as motos, em detrimento da responsabilidade dos condutores. “Se proibirem a moto a economia do país vai parar. Os Correios e os motoboys, por exemplo, fazem um serviço importante. O problema é a educação no trânsito, não é a moto. O meu caso é a prova disso, já que eu estava certo e fui atingido por um motorista. O caminho está na conscientização das pessoas. Isso pra mim é o mais complicado”, provoca. *jornalista.
DADOS QUE ESTARRECEM* 30,6% dos acidentes terrestres envolvem motos 46,6% dos condutores de Pernambuco são motociclistas (753 mil pessoas) Das 1.879 mortes por acidente em 2010, 602 vitimaram motociclistas Há mais motos que carros sendo registrados no estado. Em 2010 foram registrados 100 mil motos contra 82 mil carros Somente no Hospital da Restauração, 29 mil vítimas de acidentes de moto foram atendidas entre 2000 e 2010 *Fonte: Cepam MOVIMENTO MO OVI V MENT ME M ENT NTO MÉDI MÉ MÉDICO ÉDI D CO CO | 13 13
CIENTÍFICA
Transtorno de Ansiedade ou Fobia Social Jane Lemos*
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A
ansiedade constitui um fenômeno universal e integra a estrutura organizacional da pessoa humana, com caráter adaptativo. Quando existe perda deste caráter adaptativo, com sofrimento excessivo e/ou prejuízo funcional e desproporcional ao estímulo temos a Ansiedade. A Ansiedade Social ou Fobia Social está inserida na CID 10 – Classificação Internacional das Doenças - 10ª versão Grupo - F40-48 - Transtornos Neuróticos, relacionados ao Estresse e Somatoformes no subgrupo: F40 – Transtornos fóbicos – ansiosos – F40.1 – Fobias Sociais. A Fobia Social ou Ansiedade Social se caracteriza por intensa ansiedade em situações sociais (contato interpessoal) e/ ou de desempenho produzindo sofrimento intenso ou interferindo de forma acentuada no cotidiano da pessoa. Há um medo intenso e persistente de sentir humilhação ou vergonha devido a seu comportamento ou por sinais de ansiedade em situações sociais de interação ou desempenho em que o indivíduo sente estar sendo julgado pelos outros. Essas situações acarretam prejuízo significativo na qualidade de vida e no funcionamento profissional e social, além de maior risco de comorbidades como transtornos do humor e abuso de substâncias psicoativas. A maioria das fobias sociais tem início na infância e na adolescência e há certo predomínio em mulheres. Difere da timidez, pois os tímidos apesar de sentirem-se muito incomodados com outras pessoas não experimentam intensa ansiedade de antecipação e não evitam circunstâncias consideradas fóbicas como nos portadores de fobia social, enquanto estes não são necessariamente tímidos.
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Clinicamente existe a ansiedade antecipatória que aumenta pela proximidade das situações temidas e leva ao comportamento de evitação fóbica. Os tipos de Fobia Social são: Generalizada, caracterizado por ansiedade relacionada à maioria das situações sociais (por exemplo, iniciar e manter conversas, participar de pequenos grupos, paquerar e falar com figuras de autoridade) e a não generalizada ou circunscrita, que é restrita a uma ou duas situações, em geral ligada a desempenho. Ex. Falar em público, escrever ou comer na frente dos outros. O tratamento visa o controle da ansiedade, a redução dos sintomas físicos, a extinção dos comportamentos de evitação, além da elevação da autoestima e tratamento das comorbidades. O tratamento farmacológico de primeira escolha são os antidepressivos inibidores seletivos da serotonina, havendo estudos duplos cegos controlados com placebo mostrando a eficácia superior
da Fluvoxamina. Também há estudos em relação a inibidores seletivos da noradrenalina e serotononina – a Venlafaxina. Entre os benzodiazepínicos, o alprazolam, bromazepam e clonazepam têm mostrado eficácia. Deve ser lembrado o risco de dependência dos benzodiazepínicos. Nos casos de fobias circunscritas são utilizados os betabloqueadores que atuam sobre o comportamento melhorando os sintomas periféricos da ansiedade. Ressalte-se o caráter crônico e o risco de recaídas. Há ainda indicação de Terapia Cognitiva Comportamental que tem se mostrado muito eficaz. *Psiquiatra – Especialista pela Associação Brasileira de Psiquiatria e Conselheira do Conselho Regional de Medicina.
CFM Conselho Federal de Medicina
Ensino médico
Notícias do CFM Carlos Vital*, de Brasília
Emenda 29 – I O Conselho Federal de Medicina (CFM), apesar de ver avanços na aprovação do projeto que regulamenta a Emenda Constitucional 29, critica o fato de que a versão avalizada pelos parlamentares não prevê recursos novos para a saúde. O texto passou pelo plenário do Senado em votação tensa em 7 de dezembro. Para o Conselho, o projeto é pertinente ao definir que é e o que é não é investimento em saúde, entretanto não abriu perspectivas de mais recursos para o setor.
temos reiterado a necessidade de mais recursos e o estabelecimento de políticas públicas justas para com o médico e com todos os profissionais da área”, ressalta o presidente do CFM, Roberto Luiz d’Avila. O documento – disponível no site do CFM (http://www.portalmedico.org.br) – foi encaminhado às lideranças do movimento médico, aos parlamentares, aos gestores públicos e privados, a especialistas em ensino e trabalho, e entregue formalmente aos ministros da Educação, Fernando Haddad, e da Saúde, Alexandre Padilha.
Emenda 29 – II
Medicina de Família
A regulamentação da Emenda Constitucional 29, entre outros pontos, estabelece as aplicações mínimas da União, dos estados e municípios na área da saúde. A proposta defendida pelas entidades médicas destinava 10% das despesas correntes brutas. O texto liberado ontem é originário da Câmara dos Deputados e define que a União destinará à saúde o valor aplicado no ano anterior acrescido da variação nominal do Produto Interno Bruto (PIB) dos dois anos anteriores ao que se referir a lei orçamentária.
A necessidade de ampliação de residência médica, a implantação de um Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV), a criação da carreira de Estado, a garantia de educação médica continuada e a extinção de contratos precários. Estes foram os principais pontos levantados durante o II Fórum de Medicina de Família e Comunidade do Conselho Federal de Medicina (CFM) e I Encontro das Câmaras Técnicas de Medicina de Família e Comunidade. Os eventos aconteceram simultaneamente em 25 de novembro, na sede do CFM, em Brasília (DF). Nos encontros, a formação e titulação como estratégia da Medicina de Família foi apontada como fundamental. Do total de vagas em residência médica no país (10.196) somente 7% são para destinadas para a Medicina de Família e Comunidade o que foi considerado, pelo diretor de graduação da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC), Thiago Trindade, um problema a ser encarado: “Nossos desafios são expandir, ocupar e qualificar as residências. Precisamos ser audaciosos. É preciso residência para todos e com incentivo”.
Demografia médica Estudo elaborado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) sobre a demografia médica no País indica que a população médica brasileira, apesar do constante crescimento, está mal distribuída, cada vez mais vinculada a planos de saúde e pouco afeita ao trabalho no Sistema Único de Saúde (SUS). “Numa Nação onde são anunciados avanços econômicos e o combate à pobreza, torna-se imperioso que a saúde ocupe a centro da cena. Para tanto,
A má qualidade de ensino médico no país atingiu nível preocupante, que exige adoção de medidas pela sociedade e pelas autoridades. Esse é o entendimento do plenário do Conselho Federal de Medicina (CFM) que aprovou nota na qual comenta os resultados do Conceito Preliminar de Cursos (CPC), divulgado pelo Ministério da Educação. Os números confirmam a fragilização do ensino médico ao mostrar que mais de 20 instituições alcançaram notas baixas (de 1 a 2) e nenhuma das 141 avaliadas conseguiu ser classificada na faixa máxima (nota 5). O CFM entende que este problema afeta, sobretudo, a população que fica a mercê da assistência oferecida por indivíduos com formação deficiente.
Saudades do Dr. Pinheiro Em dezembro, o plenário do Conselho Federal de Medicina (CFM) organizou mais uma homenagem ao conselheiro Antônio Gonçalves Pinheiro, falecido no mês de outubro, em Brasília, em consequência de causas naturais. Emocionados, os integrantes do CFM relembraram o trabalho realizado pelo companheiro e sua importância para a entidade. A família dele compareceu à sessão solene e, na sequência, acompanhou o descerramento da placa que deu o nome de conselheiro Antônio Gonçalves Pinheiro ao auditório do Conselho Federal. O conselheiro era atuante e defendia o exercício profissional de qualidade. Entre suas últimas realizações, se destacam a elaboração de dois importantes documentos para a qualificação da assistência no país: os protocolos com normas para a realização de cirurgia plástica e o com critérios de atendimento às vítimas de queimaduras. Ele era cirurgião-plástico no Pará, membro-titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e ex-presidente do Conselho Regional de Medicina do Pará (CRM-PA), onde integrava o corpo de conselheiros. *Vice-Presidente do CFM.
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Casa pronta para o centenário A Faculdade de Direito do Recife, que completa 100 anos na sua atual sede em 2012, passou por uma série de reformas que recuperaram tanto o edifício histórico quanto seu acervo patrimonial Mariana Oliveira | Fotos: Hans Manteuffel
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PATRIMÔNIO
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m 1912, um prédio ocupando uma área de 3600 metros quadrados passou a compor a ajardinada Praça Adolfo Cirne, no centro do Recife. O projeto arquitetônico eclético, com predominância do estilo neoclássico, do francês Gustave Varin, hoje, 100 anos depois de ter sido construído para abrigar a Faculdade de Direito do Recife (FDR), faz parte da paisagem da cidade e é um de seus edifícios mais marcantes. Em 11 de agosto de 1827, o imperador D. Pedro I decretou a criação de dois cursos de ciências jurídicas no Brasil, um em São Paulo e outro em Olinda, cuja instalação se deu um ano depois no Mosteiro de São Bento, em espaço cedido pelos monges. Porém, com o passar do tempo, o curso foi transferido para o Varadouro, depois seguiu para o Recife, num palácio localizado na Rua do Hospício. Pela Faculdade passaram nomes importantes da história nacional, tais como Tobias Barreto, Joaquim Nabuco e Castro Alves. Mais que formar bacharéis em Direito, a instituição funcionava como uma escola de filosofia, ciências e letras, sediando polêmicas e discussões acaloradas. Foi lá, por exemplo, que nasceu o movimento intelectual conhecido como Escola do Recife, entre 1860 e 1880, liderado por Tobias Barreto. Não seria equivocado afirmar que durante muitos anos a nata da intelectualidade local estava concentrada ali. Só em 1912 o curso seguiu para o edifício erguido especialmente para abrigá-lo, na Praça Adolfo Cirne. O projeto original era baseado num átrio central cercado por cinco anfiteatros reservados para as aulas. Em 1946, a instituição foi incorporada a UFPE e em 1980 teve o seu prédio tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). DETERIORAÇÃO Em 2006, a FDR ganhou as páginas dos jornais não por sua importância histórica e patrimonial, mas devido a um incidente perigoso. Durante uma aula, parte de um adorno do teto de um dos anfiteatros despencou. O fato mostrava que o prédio secular necessitava de uma reforma urgente. Uma ação movida pelos alunos, à época, apontava a existência de problemas de infiltração,
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rachaduras, pichações, perda do acervo da biblioteca, entre outros. Essa constatação levou a diretoria a iniciar movimentações, em várias frentes, para iniciar uma série de reformas. Algumas das etapas já foram entregues, outras ainda estão em andamento. “Todo esse processo foi muito lento e traumático, uma vez que estamos numa instituição pública, onde há várias regras que precisam ser cumpridas. Além, é claro, do fato de estarmos trabalhando em um edifício tombado pelo Iphan. Para realizar qualquer intervenção precisamos de uma autorização e somos sempre fiscalizados”, explica a atual diretora da FDR, a procuradora do Estado, Luciana Grassano de Gouvêa Mélo. As várias etapas da intervenção foram viabilizadas através de
recursos diversos, vindos do Ministério da Educação, via UFPE, Lei Rouanet e de emendas de alguns deputados. “Procuramos aqueles parlamentares que tinham alguma vinculação com a Faculdade e conseguimos sensibilizá-los”, diz a diretora O projeto que visava à reformulação dos forros, cobertas e fachadas foi o maior e ficou sob a responsabilidade do arquiteto Jorge Passos. Nessa etapa, foram restauradas as fachadas externas e todos os forros dos anfiteatros. Também estava incluída a parte dedicada ao restauro do Salão Nobre e seus bens. NOVOS ESPAÇOS Segundo a diretora da Faculdade, um dos pontos importantes da reforma já foi entregue e tem contribuído bastante
1 | A diretora Luciana Grassano vem coordenando as reformas 2 | No entorno do átrio, estão os cinco anfiteatros 3 | Hall de entrada da FDR, cujo prédio foi inaugurado em 1912
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para a melhoria do clima e do ensino na instituição. Devido às condições inadequadas do prédio principal e a sua planta original, parte dos alunos da graduação do curso tinham suas salas de aula alocadas no Anexo 1, localizado há alguns metros do edifício central. Essa separação física era inadequada e contribuía para certa dispersão da comunidade acadêmica. “Na época da sua construção, os cinco anfiteatros eram suficientes para a quantidade de estudantes. Hoje, são insuficientes para abrigar os cerca de 1150 alunos que possuímos. Nessa série de adaptações, foi possível aproveitar espaços no subsolo para abrigarem salas de aula. Desde 2009, temos no prédio central as 16 salas que precisamos. Isso aumentou bastante o entrosamento na comunidade acadêmica”, destaca a diretora. Aproveitando o bom momento, a Faculdade também aderiu ao ReUni, projeto do Governo Federal que visa ampliar a quantidade vagas e oferecer mais recursos para a infraestrutura. Houve uma ampliação no número de calouros que entram a cada ano na instituição, de 190 para 250, e, em contrapartida, foram enviados recursos para modernização dos espaços, com instalação de ar condicionados, retroprojetores, além de contratação de funcionários. A Faculdade vem inaugurando novos e antigos espaços que passaram
Pela Faculdade passaram nomes importantes da história nacional tais como Tobias Barreto, Joaquim Nabuco e Castro Alves pelo processo de restauração. A diretora destaca a criação do auditório Tobias Barreto, com 80 lugares, aberto em 2009. “Não tínhamos um espaço como esse em nossa Faculdade. Não tínhamos como receber uma palestra, por exemplo”, diz. As antigas Salas Castro Alves e Rui Barbosa também foram reformuladas e se transformaram no Espaço Memória, inaugurado no mesmo ano. Lá os visitantes podem conhecer um pouco do legado deixado por esses dois importantes nomes e conhecer a rica história dos cursos jurídicos no país. Além disso, o espaço passou a ser mais bem aproveitado, recebendo atividades acadêmicas, culturais (a exemplo de lançamentos de livros) e administrativas. Em 11 de agosto de 2011, Dia dos Cursos Jurídicos, foi reinaugurado o Salão Nobre, talvez a maior jóia da Fa-
culdade de Direito do Recife. Foram recuperados os forros, as paredes, os pisos e o mobiliário. Usualmente, o salão é utilizado apenas para solenidades mais formais, como a sessão que, em 1922, marcou as comemorações do centenário da independência, a arguição dos candidatos a catedráticos, debates, sempre acirrados, pela presidência do diretório acadêmico, entre outros. A preocupação com a preservação da história da Faculdade de Direito do Recife não se limitou ao cuidado com o projeto arquitetônico, se expandiu pelos bens de inestimável valor que a instituição possui. Boa parte da sua mobília foi feita fora do Brasil, quando da sua fundação, e pelos anos de uso mereceu atenção especial para sua manutenção. Já o acervo de gravuras, pinturas e fotografias, de mais de 103 peças, foi todo restaurado numa parceria com a Fundação Joaquim Nabuco. Com as obras em bom estado, veio o desejo de mantê-las em exibição permanente. Foi criado o Espaço Cátedra, nos corredores contíguos ao Salão Nobre, que o ligavam a Sala dos Espelhos e a Sala da Congregação. Lá estão exibidas as fotos dos catedráticos da Faculdade e foram instaladas salas de estudo individuais e coletivas, com internet sem fio para uso dos alunos. “Mudamos o contexto, o uso e o clima. O que queríamos era trazer os alunos
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PATRIMÔNIO Em 11 de agosto de 2011, Dia dos Cursos Jurídicos, foi reinaugurado o Salão Nobre da Faculdade de Direito do Recife
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para conviverem com os catedráticos, para conhecerem a nossa história através de suas biografias, para se espelharem e também se congregarem”, defende a diretora. A biblioteca que possui mais de 100 mil títulos, entre eles obras raras, como a coleção de livros de Tobias Barreto, originais da Prosopopéia de Bento Teixeira, entre outros, não foi esquecida. Numa parceria com o Ministério da Justiça e o BNDES, iniciou-se um processo de conservação e restauração de quatro mil volumes de obras publicadas entre os séculos 16 e 19, de grande valor histórico-cultural. No último dia 5 de dezembro, o trabalho foi concluído e algumas das publicações compuseram uma pequena exposição aberta ao público. Segundo Luciana Grassano, essa etapa garantiu outra grande conquista: foi montado um laboratório de restauro permanente para cuidar das obras e peças da instituição e será realizado um concurso público para contratação de dois funcionários para gerir essa nova área. Contudo, as obras na biblioteca ainda não estão totalmente finalizadas. Como
A biblioteca, que possui mais de 100 mil títulos, passou por um processo de restauração e conservação de obras publicadas entre os séculos 16 e 19 de grande valor histórico-cultural não há espaço físico no prédio central para manter todo o acervo, está em andamento uma reforma no Anexo 1, que vai abrigar parte desse material. “Vamos manter aqui o acervo patrimonial, os títulos raros, aqueles que só podem ser acessados por pesquisadores. No anexo, ficará o acervo circulante, que os alunos retiram normalmente”, explica a diretora.
Para 2012, já existem projetos aprovados pelo Iphan para iniciar os trabalhos na área externa do prédio, na Praça Adolfo Cirne. A ideia é reformular o plano da praça, ampliando o estacionamento, porém sem descaracterizá-la. Os gradis e as esculturas espalhadas pelo jardim vão receber atenção especial. A diretora destaca, ainda, que existe o desejo de reorganizar a iluminação externa da Faculdade. “Essa medida garantiria mais segurança para a comunidade acadêmica que atua durante o período da noite, além de destacar a estética do nosso edifício nesse horário”, defende, lembrando que por se tratar de um prédio centenário haverá continuamente a necessidade de se restaurar algum detalhe, seja da estrutura ou do seu acervo patrimonial. “Todo esse processo foi uma grande mudança, muito bem acolhida por todos. A mudança não se deu apenas nos ambientes, mas também no sentimento”, conclui a diretora. De todo modo, a Faculdade de Direito do Recife organizou a casa para o ano do seu centenário. *Jornalista e editora executiva da Continente.
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FOTOS: MARÍLIA ROSSITER
CREMEPE Conselho Regional de Medicina/PE
CRIANÇAS DESAPARECIDAS
Cremepe participa de lançamento de campanha no CFM Material da Campanha foi aprovado em reunião da diretoria do CFM com os presidentes dos CRMs. Anualmente, o Brasil registra desaparecimento de 40 mil crianças
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Conselho Federal de Medicina (CFM) e os 27 conselhos regionais de Medicina (CRMs) deram início, a partir de dezembro passado, a uma campanha permanente para pedir o engajamento dos 370 mil médicos do país na luta em busca de crianças desaparecidas. O material foi aprovado, no dia 06 de dezembro, na 19ª Reunião da Diretoria do CFM com os presidentes dos conselhos regionais. O coordenador do Centro de Estudos Avançados do Cremepe (Ceac), Ricardo Paiva, participou da reunião representando o estado de Pernambuco. A iniciativa é da Comissão de Assuntos Sociais do CFM. Anualmente, são registrados no Brasil 40 mil desaparecimentos de crianças. De acordo com especialistas no tema, 70% dos desaparecidos fogem de casa por problemas domésticos e cerca de 15% nunca mais reencontrarão suas famílias. Observar semelhanças com os pais, sinais de agressão, comportamento da criança com a família. Estas são algumas orientações para que os médicos fiquem atentos nos hospitais, prontos-socor-
Presidentes e Diretores de CRMs se reuniram na sede do CFM, em Brasília
ros e clínicas do país. Outra recomendação indicada pelo Conselho é que os médicos sempre confiram os documentos do menor e dos responsáveis. O Conselho Federal vai enviar aos CRMs dos estados, cartazes com esclarecimentos que serão posteriormente repassados para postos de saúde. A campanha chamará atenção da sociedade e dos médicos para o grande problema do desaparecimento. Um dos objetivos da ação é divulgar a Lei Federal nº 11.259/2005, conhecida como “Lei da busca imediata” que prevê a busca imediata pela criança a partir da ocorrência policial. “Os brasileiros têm um mito de que é necessário aguardar 24 horas para fazer a denúncia. Este tempo é crucial para encontrar uma criança desaparecida”, alertou o 1º vice-presidente do CFM, Carlos Vital Corrêa Lima.
DIVULGAÇÃO Além dos cartazes, o Conselho lançará uma página eletrônica que trará informações para pais e médicos sobre a questão. As informações também serão encaminhadas por meios eletrônicos aos 370 mil médicos do país. O CFM disponibilizará ainda no site oficial da entidade – www.portalmedico.org.br – um banner da campanha, que também dará acesso ao Cadastro Nacional de Pessoas Desaparecidas (www.desaparecidos.mj.gov.br). O objetivo da iniciativa é ampliar um esforço coletivo e de âmbito nacional, para a busca e localização de crianças, adolescentes e adultos. Segundo o coordenador da Comissão de Assuntos Sociais do CFM e secretário-geral da entidade, Henrique Batista, o cadastro é um importante instrumento de apoio à sociedade brasileira. “A entidade pede que a categoria médica fique atenta aos retratos que estejam neste cadastro, pois as pessoas podem passar por uma unidade de saúde e precisar de um tratamento médico”, apontou Batista. Da Assessoria de Comunicação do Cremepe.
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CREMEPE Conselho Regional de Medicina/PE ESTUDO
FOTOS: ASSESSORIA IMPRENSA CREMEPE
Conselho divulga relatório de fiscalizações em USFs
O Secretário de Saúde do Recife, Gustavo Couto (de paletó) participou da divulgação na sede do Cremepe
Todas as Unidades de Saúde da Família do Recife foram vistoriadas pelo Cremepe. Os principais problemas encontrados foram a falta de ele, dificulta o correto preenchimento estrutura e ausência de médicos
O
Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) divulgou, no dia 12 de dezembro, um relatório consolidado das fiscalizações realizadas nas Unidades de Saúde da Família (USFs) nos anos de 2010 e 2011. O trabalho, intitulado de O Médico na Atenção Primária em Saúde: Um Olhar sobre as Unidades de Saúde da Família do Recife, visitou 121 unidades e analisou a dinâmica de 251 equipes. “O estudo é um olhar sobre o papel do médico, das suas rotinas e dos processos. Não nos limitamos em realizar apenas uma fiscalização clássica nas unidades”, afirmou Helena Carneiro Leão, presidente do Cremepe. Entre as principais conclusões apontadas no estudo estão: a estrutura dos imóveis é, geralmente, precária, com infiltrações e mofo, e não apresentam boa acessibilidade aos usuários e equipes, principalmente em dias de chuva. “Há algumas que são insalubres”, disse o médico fiscal do Cremepe, Otávio Valença. As salas de espera, de acordo com estudo, são inadequadas (86%). O acolhimento, instituído como
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dispositivo de organização da demanda no Recife, não conta com a presença de médico e não possui uma sala exclusiva em 77% das unidades. Já a sala de atendimento pré-consulta é inexistente em 76% das USFs. Um aspecto positivo apontado pelo trabalho foi a higiene das salas de vacinação. A grande maioria delas (86%) teve bom desempenho nesse item, embora tenham apresentado outras falhas como a ausência de bancada para aplicação de vacinas em crianças e adolescentes, além de maca para adultos. “Apesar de as salas serem limpas, a rotina de esterilização é frágil. Não há segurança na higiene dos materiais”, aponta Valença. O funcionamento das farmácias é considerado bom, com estoque de medicamentos bem armazenado (50%). Por outro lado, o preenchimento do prontuário médico, documento essencial tanto para o médico quanto para o paciente, é precário. Quarenta e seis por cento são mal preenchidos. “Já presenciei um médico atender 40 pessoas em uma hora e meia”, revelou Valença. A falta de profissionais nas unidades, segundo
do documento. Além disso, há pouco vínculo entre médicos e comunidades, bem como pouca disponibilidade dos profissionais, de acordo com o estudo. O secretário de Saúde do Recife, Gustavo Couto, esteve presente durante a apresentação do relatório e prometeu analisar as questões apontadas. “É preciso estreitar a relação entre prefeitura e entidades”. Mas, segundo ele, uma houve uma melhora significativa nos últimos anos. “Há 10 anos precisávamos colocar unidades de saúde em todo lugar. E fizemos. Agora precisamos construir um padrão”, admitiu Couto. O consenso entre entidades e prefeitura foi a criação de uma rede. “Sem complexo regulatório, dificilmente vamos dar certo”, concluiu Couto. “A construção de um sistema de rede é essencial”, finalizou Helena Carneiro Leão. O estudo foi produzido pela equipe técnica do departamento de fiscalização do Cremepe, sob a orientação dos conselheiros José Carlos Alencar e Roberto Tenório, vice-presidente e 2º secretário, respectivamente. Da Assessoria de Comunicação do Cremepe..
REFORMA
cessidade de acomodar todos os setores e atender melhor os médicos e a sociedade”, declarou o corregedor-adjunto Roberto Tenório, um dos integrantes da comissão de reforma. O Conselho vai contar, agora, com uma ampla área de estacionamento e um prédio de dois andares. No primeiro, funcionarão os departamentos de processos e fiscalização, a assessoria jurídica e a corregedoria. No segundo, as câmaras de julgamento e o plenário com capacidade para 180 pessoas. A construtora Potencial foi encarregada pela ampliação em 1.600 metros quadrados do Cremepe. O projeto foi assinado pela arquiteta Silvia Rangel, a ambientação por Ilka Rosas, a fiscalização coube ao engenheiro José Antônio Romaguera, sendo de responsabilidade do engenheiro Sérgio Mattos. “Tudo ocorreu de forma tranqüila, inclusive, no início, nós tínhamos 60 funcionários trabalhando, depois esse número caiu para 40”, disse Mattos. O financiamento do CFM faz parte de um projeto de modernização e melhoria da estrutura dos CRMs de todo o Brasil. Além do financiamento da reforma, o CFM assumiu a despesa de parte dos equipamentos e móveis necessários.
Quase concluídas as obras de ampliação do Cremepe O Conselho vai contar com uma ampla área de estacionamento e um prédio de dois andares
A
s obras na sede do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco estão chegando ao fim. A reforma, que teve início no dia 3 de janeiro de 2011, após a assinatura da ordem de serviço pelo então presidente da instituição, André Longo, foi financiada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), e o investimento foi de R$ 4,8 milhões.
Inicialmente, a previsão era de que as obras fossem finalizadas em julho de 2012, mas a velocidade do andamento da reforma vai antecipar a entrega do prédio anexo e a ampliação do original. As atividades do Cremepe cresceram nos últimos 12 anos e o espaço físico estava sendo insuficiente para as demandas dos serviços. “A obra surgiu como uma ne-
Da Assessoria de Comunicação do Cremepe.
Conselho Regional de Medicina de Pernambuco – Cremepe PUBLICAÇÃO DE PENAS PÚBLICAS Ref. Processo Ético Profissional n.º 45/10
Ref. Processo Ético Profissional n.º 04/08
EDITAL DE APLICAÇÃO DE PENALIDADE DE CENSURA PÚBLICA EM PUBLICAÇÃO OFICIAL
PENA DISCIPLINAR APLICADA AO MÉDICO DR. FLÁVIO LUCIANO DANTAS CAVALCANTE - CREMEPE 3.766
PENA DISCIPLINAR APLICADA AO MÉDICO DR. CARLOS ANTÔNIO DE SIQUEIRA ALENCAR - CREMEPE 10.870
CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DE PERNAMBUCO - CREMEPE, no uso de suas atribuições que lhe confere a Lei n.º 3.268/57, regulamentada pelo Decreto n.º 44.045/58, e em conformidade com o acórdão proferido na sessão de julgamento do processo ético-profissional n.º 04/08 realizada no CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA, em 13/07/2011, vem aplicar ao médico DR. FLÁVIO LUCIANO DANTAS CAVALCANTE - CREMEPE 3.766, a pena de CENSURA PÚBLICA EM PUBLICAÇÃO OFICIAL, prevista na letra “c”, do art. 22, da Lei 3.268/57, por ter cometido infração aos arts. 38, 45 e 142 do Código de Ética Médica.
CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DE PERNAMBUCO - CREMEPE, no uso de suas atribuições que lhe confere a Lei n.º 3.268/57, regulamentada pelo Decreto n.º 44.045/58, e em conformidade com o acórdão proferido na sessão de julgamento do processo ético-profissional n.º 45/10, realizada no CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DE PERNAMBUCO, em 23/05/2011, vem aplicar ao médico DR. CARLOS ANTÔNIO DE SIQUEIRA ALENCAR - CREMEPE n.º 10.870, a pena de CENSURA PÚBLICA EM PUBLICAÇÃO OFICIAL, prevista na alínea “c”, do art. 22, da Lei 3.268/57, por ter o mesmo cometido as infrações previstas nos arts. 136 e 142 do Código de Ética Médica então vigente. Recife, 27 de outubro de 2011.
Recife, 10 de janeiro de 2012.
Cons. Helena Maria Carneiro Leão Presidente do CREMEPE
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CREMEPE Conselho Regional de Medicina/PE
AGENDÃO
Assessoria de Comunicação do Cremepe
FOTOS: ASSESSORIA IMPRENSA CREMEPE
atividades, que começam em março, para as comunidades do Recife, sendo a primeira a da Bomba do Hemetério. Vila Imbiribeira, Coelhos e Curado também estão inseridas nos planos da Caravana. A meta é que, até 2013, sejam realizados trabalhos em 120 comunidades. O projeto tem como foco fiscalizar as atividades de hospitais e postos de saúde, como também promover um diálogo nas escolas para saber as necessidades da população local.
Entidades médicas cobram segurança na Maternidade Padre Geraldo Leite Bastos No dia 20 de dezembro, representantes do Conselho Regional de Medicina, Sindicato dos Médicos e da Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho estiveram reunidos no Cremepe visando encontrar soluções para os problemas na maternidade Padre Geraldo Leite Bastos, no bairro de Ponte dos Carvalhos. Dois dias antes (18 de dezembro), a unidade sofreu duas tentativas de arrombamento na mesma noite, o que causou uma sensação de medo e insegurança, tanto para os profissionais como para os pacientes do local. No encontro que durou mais de uma hora, além da questão da insegurança, foram colocadas em discussão as escalas de plantões incompletas e falta de ambulância em condições adequadas. Após a reunião, ficou garantida a segurança dos profissionais que trabalham no local, com a presença da polícia militar e da segurança armada do próprio município.
Academia Pernambucana de Medicina completa 41 anos A presidente do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe), Helena Carneiro Leão, esteve presente no dia 21 de dezemebro nas comemorações dos 41 anos da Academia Pernambucana de Medicina. O coquetel foi realizado no Memorial da Medicina de Pernambuco, às 20h. A solenidade agraciou o professor Luiz Gonzaga dos Santos, com a Medalha do Mérito Médico Prof. Fernando Figueira, e o acadêmico Luiz Gonzaga Braga Barreto, com o título de Acadêmico do Ano. O Prêmio Salomão Kelner
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foi entregue a quatro alunas do curso de medicina da Universidade de Pernambuco (UPE).
Começam os preparativos para Caravana Cremepe/Simepe 2012 Representantes do Cremepe e integrantes da Rede Solidária Caranguejo Uçá reuniram-se no dia 12 de dezembro, sob a coordenação do diretor do Cremepe, Ricardo Paiva, e da coordenadora-executiva do Centro de Estudos Avançados (Ceac) do Conselho, Fernanda Soveral, com o objetivo de discutir as diretrizes da Caravana para o próximo ano. A Caravana deve direcionar as
Presidente do Cremepe passa a integrar Comissão de Bioética A presidente do Cremepe, Helena Carneiro Leão, participou no dia 05 de dezembro da solenidade de apresentação da Comissão de Bioética Clínica do Hospital da Restauração, no auditório do HR. É a primeira Comissão de Bioética formada no Estado, que terá como objetivo servir como consultório para profissionais, diante de conflitos e dilemas na assistência médica. A Comissão é composta por cinco especialistas do Hospital da Restauração, além da presidente Helena Carneiro Leão, sob a coordenação do professor Josemário Silva. A Comissão terá um papel de grande relevância, pois emitirá pareceres sobre situações clínicas de maior complexidade envolvendo, além dos aspectos clínicos, os legais e éticos, que envolvam profissionais, pacientes, familiares, institucionais, procedimentos de alto custo, indicações para UTIs, dentre outros.
na sede do Conselho. “Nós também tratamos da medicina como um aspecto humanístico, procurando acolher os concluintes, eles precisam de orientação”, disse Domingues.
CAS aprova indicação de André Longo para diretoria da ANS A indicação da Presidência da República de André Longo para o cargo de diretor da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) foi aprovada pelo Senado, em dezembro. As prioridades de André Longo são a prevenção de doenças em vez de focar apenas em seu tratamento; oferecer melhor atendimento à saúde dos idosos, uma vez que aumentou a expectativa de vida da população; aprimorar os recursos tecnológicos da agência e mudar o foco do consumo de medicamentos para a valorização do médico. André Longo Araújo de Melo, de 40 anos, é cardiologista e tem uma vasta experiência como dirigente de entidades médicas. Foi presidente do Sindicato dos Médicos de Pernambuc, vice-presidente e presidente do Cremepe. Atualmente ocupava o cargo de vice-corregedor do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco e de conselheiro federal suplente no Conselho Federal de Medicina por Pernambuco. Foi também diretor da Federação Nacional dos Médicos (Fenam). Mesmo tendo agora um ex-presidente como diretor da ANS, o Cremepe reafirma seu papel crítico e independente em relação às políticas públicas de saúde dos governos Federal, Estadual e Municipais.
Evento de ética e bioética O Cremepe promoveu nos dias 30 de novembro, 1º e 2 de dezembro, o IV Encontro das Câmaras Técnicas do Cremepe, no Mar Hotel, em Boa Viagem. “O evento foi voltado para as ações conselhais e para as atividades pertinentes aos integrantes das câmaras. Também abordamos a importância dos documentos médicos”, afirmou a presidente do Cremepe, Helena Carneiro Leão. Na programação, palestras, mini-conferências e mesas-redondas. Entre os temas discutidos: sigilo e documentação médica; bioética e as novas tecnologias em saúde; UTI e obstinação terapêutica; desafios éticos na relação médico-paciente e terminalidade da vida. Também houve estudos de casos aplicados. Nos dias 1º e 02 de dezembro foram realizados, simultaneamente, o II Encontro Regional de Bioética e o II Encontro de Comissões de Ética Médica. No último dia do evento, foi exibido o curta-metragem “A Casa dos Estranhos”, produzido pelo Cremepe com o patrocínio do Conselho Federal de Medicina (CFM).
Conselho cobra melhorias no Oswaldo Cruz Em reunião na sede do Cremepe, no dia 18 de novembro, com representantes do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC), a equipe de fiscalização do Conselho cobrou da direção do hospital, ligado à Universidade de Pernambuco (UPE), melhorias na infraestrutura de atendimento aos pacientes, principalmente a referente ao pós-operatório e à anestesia. Segundo o chefe da fiscalização, Roberto Tenório, a equipe constatou a ausência de espaço adequado para as atividades.
Psicóloga do Médico Sem Fronteira faz palestra “Abuso Sexual e Violência contra a Mulher em Catástrofe”. Esse foi o tema abordado durante palestra pela psicóloga e integrante da organização médico-humanitária internacional Médico Sem Fronteiras (MSF), Débora Noal, em 1º de dezembro. O evento, promovido pelo Cremepe, em parceria com o Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), trouxe reflexões importantes acerca do problema que atinge milhares de mulheres em todo o mundo.
Tesoureiro do Cremepe recebe prêmio Personalidade Profissional 2011
Formandos em medicina se reúnem no Cremepe Os alunos de medicina da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), que se formaram em 2011, compareceram no dia 5 de dezembro, na sede do Cremepe. Eles foram recebidos pelo secretário-geral, Luiz Domingues, que explicou como funciona o Conselho, falou também sobre as questões éticas que norteiam o exercício profissional e a importância do Cremepe. Esse encontro entre a direção da entidade e formandos de medicina é realizado todos os anos
O tesoureiro do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe), Ricardo Paiva, foi agraciado com o prêmio Personalidade Profissional 2011 na categoria Medicina. A premiação é promovida pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU). O trabalho de Paiva como idealizador da cartilha Diretrizes de Atenção Integral aos Usuários do Crack, do CFM, lançada em agosto, foi determinante para a homenagem. Na foto acima, Paiva aparece ao lado de Helena Carneiro Leão (Presidente do Cremepe) e de Roberto D’Àvila (Presidente do CFM), recebendo um outro prêmio, o Zilda Arns (do CFM), por serviços prestados na área social.
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SIMEPE Sindicato dos Médicos de Pernambuco
FOTOS: ASSESSORIA DE IMPRENSA/SIMEPE
Festa plural para três grandes profissionais
Além disso, fez questão de ressaltar que o dia 14 de outubro de 2011 teve um significado todo especial: os 80 anos de fundação do Simepe. Em seguida, André Longo, de forma consistente e com toques poéticos, narrou as trajetórias pessoais e profissionais de cada um homenageado, e ressaltou, principalmente, as lutas empreendidas em defesa da população, da medicina e das suas entidades representativas, afirmando que eles são reconhecidamente discípulos de São Lucas. As medalhas de Adailton Vidal, Luiz Fernando Salazar e Valdecira Lucena foram entregues respectivamente pelos médicos Silo Holanda, Enio Cantarelli e Wilson Oliveira Junior.
MOMENTO DE ARTE
Adailton Vidal, Luiz Salazar e Valdecira Lilioso foram os homenageados deste ano | Chico Carlos
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ara homenagear os três médicos que se destacam na sua atuação profissional (ética ou científica), a Associação de Medicina (Ampe), o Conselho Regional de Medicina (Cremepe) e o Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), realizaram na noite do dia 14/10, a solenidade da outorga da Medalha de São Lucas, em comemoração ao Dia do Médico. Os médicos Adailton de Alencar Vidal, Luiz Fernando de Oliveira Salazar e Valdecira Lilioso de Lucena, receberam seus certificados e medalhas em solenidade das mais prestigiadas no auditório da Ampe, bairro da Boa Vista A mesa de cerimônia foi composta pelo presidente do Simepe, Silvio Rodrigues, pelas presidentes do Cremepe
e da Ampe, Helena Carneiro Leão e Jane Lemos, respectivamente, o secretário de Saúde do Estado, Antonio Carlos Figueira, o chefe de gabinete do ministro da Saúde, Mozart Sales, o então vice-corregedor do Cremepe, André Longo, e a presidente da Federação das Cooperativas de Especialidades Médicas de Pernambuco (Fecem), Aspásia Pires.
RECONHECIMENTO E GRATIDÃO Silvio Rodrigues destacou a importância da Medalha de São Lucas, instituída pelas entidades médicas desde 1969, como reconhecimento e gratidão aos médicos agraciados. “Os três homenageados têm em comum a ética, o compromisso social e a competência profissional”, enfatizou Rodrigues.
O médico Luiz Fernando Salazar, representando os colegas homenageados, fez um discurso tranquilo e objetivo, com agradecimentos à família e, sobretudo, de gratidão às entidades médicas, ressaltando também valores pessoais e profissionais de Adaílton Vidal e Valdecira Lucena. O momento de arte musical foi, sem dúvida alguma, impecável com a apresentação dos médicos/ cantores Fernando Azevedo e Léa do Carmo Correia (ex-presidente do Simepe) acompanhada pelo violonista Cláudio Almeida. Show de competência e qualidade. Antes do final do evento, houve o descerramento da placa alusiva no Espaço Ernesto Oliveira, seguido de coquetel em comemoração ao Dia do Médico/Medalha de São Lucas, com a presença de inúmeros familiares, amigos e convidados. Os três médicos que receberam a outorga, a partir de agora, fazem parte do grupo de 119 agraciados com a homenagem.
Governador sanciona lei para médicos do Hemope e Funase O
governador de Pernambuco, Eduardo Campos, após aprovação da Assembleia Legislativa, sancionou a Lei Complementar nº 187, de 07 de dezembro de 2011, que torna o cargo público de médicos no quadro de pessoal efetivo da Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco (Hemope) e da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), no plano de Carreira Médica do Estado.
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Na verdade, foi mais uma das conquistas do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe) e da categoria, que no dia 20/07/11, em Assembleia Geral, aprovaram por unanimidade a proposta de adesão à grade salarial já praticada pela SES, assim como ao PCCV e o respectivo enquadramento nesta Secretaria. Mais informações: www. simepe.org.br
Funcionários fantasmas em Camaragibe são denunciados Sindicato cobra providências para coibir irregularidades e desmandos no município
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Procuradoria da República Federal (PGR) em Pernambuco, através do procurador Rafael Nogueira Filho, vem dando andamento às denúncias sobre contratação indevida de servidores públicos por meio de empenho e sem prévio concurso público, bem como a existência de vínculos “fantasmas” no município de Camaragibe. Esta denúncia foi ratificada, ao ser noticiada em jornal de grande circulação em Pernambuco. Segundo o diretor do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), Fernando Cabral, o Sindicato formulou representação denunciando as irregularidades na gestão da saúde no município de Camaragibe, relacionadas às péssimas condições de trabalho e aos precários vínculos dos servidores.
QUESTIONAMENTOS Além disso, o Sindicato denunciou ao Ministério Público que vários servidores estão questionando que apesar de não terem vínculo com o Município de Camaragibe, estão sendo chamados pela Receita Federal para justificar o recebimento de remuneração que chega a mais de R$ 20 mil quando recebem pouco mais de um salário-mínimo. Vários servidores da saúde estão sendo indicados pelo Município de Camaragibe como servidor público, sem sequer trabalharem para o Município. Várias denúncias foram feitas, o Ministério Público Estadual também está apurando as irregularidades perpetradas pela gestão do Município de Camaragibe. O Simepe espera que a
Procuradoria da República tome todas as providências para coibir as irregularidades, bem como para responsabilizar o gestor pelos desmandos com a administração do Município de Camaragibe, buscando punir os atos de improbidade administrativa denunciados. Assessoria de Imprensa do Simepe.
Alunos encerram período letivo com almoço no Simepe Clima de festa e muita alegria para alunos do 8º período de medicina da UPE | Thiago Graf
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tarde da terça-feira, 29/11, foi especial. Cerca de 80 pessoas, entre alunos e professores, estiveram no Simepe para comemorar o fim do semestre letivo do curso de medicina na UPE. Eles se reuniram e participaram de uma deliciosa feijoada, regada de muito conhecimento e alegria.
Esse já é o oitavo ano que a celebração acontece, como explica a professora Tânia Falcão. “Durante esse tempo, o Simepe abriu as portas para a gente. Quando chegam no 2º período do curso, os alunos iniciam os estudos da cadeira de ‘Trabalho Médico e compromisso social’ e sempre trazemos
um pequeno grupo a cada terça-feira. No fim do semestre, fazemos a grande comemoração”.A docente ainda reforça a importância dos alunos conhecerem um pouco mais sobre o Simepe. “É extremamente relevante integrar os estudantes com o próprio sindicato, que é uma entidade que luta pelos direitos dos profissionais médicos”, ressaltou. A iniciativa agradou bastante a aluna Rafaela Lima. “É legal porque é um espaço que a gente pode utilizar para prolongar a discussão”. As palavras da estudante foram reforçadas pela professora Tânia. “Utilizamos o momento também para ampliar o debate com os conteúdos estudados. É muito importante”. A docente ainda explica o pensamento para o futuro. “Esperamos continuar com essa parceria e com novos alunos sendo integrados”, pontuou. Agora, os estudantes irão aproveitar o merecido recesso. As atividades serão retomadas em fevereiro de 2012.
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THIAGO GRAF
SIMEPE Sindicato dos Médicos de Pernambuco
Simpósio Médico-Mídia amplia relação entre profissionais e estudantes
Já no segundo dia, a temática da vez foram os portais de notícias e as mídias digitais. Para debater sobre o assunto, os jornalistas Eduardo Cavalcanti, editor geral do portal LeiaJá, e Carol Monteiro, editora executiva do Pernambuco. com, assumiram o microfone e trataram questões como o aumento de usuários no twitter,facebook e as mudanças acarretadas pelo advento dessas novas ferramentas. Durante o debate, mediado por Gilvan Oliveira, do Jornal do Commercio de Pernambuco, ainda houve muita polêmica e discussão sobre o julgamento da utilização desses novos mecanismos. Eles ainda esclareceram as principais diferenças na atuação dos profissionais que trabalham para web.
JORNALISMO E MEDICINA
O poder da mídia, a comunicação institucional e o uso de mídias digitais foram alguns dos temas em destaque | Thiago Graf*
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ois dias de muito conhecimento. Assim pode ser definido o III Simpósio Pernambucano de Integração Médico-Mídia. Na edição de 2011, o evento contou com a participação de grandes nomes da comunicação e da medicina reunidos no auditório da Celpe, Boa Vista, nos últimos dias 06 e 07 de dezembro. Os debates foram pautados por temáticas que variaram desde o poder da mídia, passando pela liberdade de expressão, comunicação institucional, uso de mídias digitais, até a pauta da saúde nos veículos de imprensa. No primeiro dia do evento, após a abertura dos trabalhos pelo presidente do Simepe, Silvio Rodrigues, quatro palestras trouxeram muita informação para o público presente. De início, Maria Luiza Borges, editora executiva do JC, e Sérgio Miguel Buarque, editor executivo do DP, trataram “O poder da mídia e a liberdade de expressão”, fazendo uma alusão histórica sobre o jornalismo e também o “modo de fazer” atual.
Temas relevantes Em seguida, as jornalistas Ana Aragão – Signo Comunicação – e Liseane Morosini – consultora em comunica-
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ção para o terceiro setor, doutoranda em Comunicação, Informação e Saúde pela Fiocruz/RJ – explicaram o funcionamento do “jornalismo em Assessoria de imprensa e o uso das novas mídias”. O debate teve mediação do diretor Simepe, Assuero Gomes. À tarde quem participou ativamente das discussões pôde acompanhar os ensinamentos de Marcos Baptista, (gerente da Petros) e Rinaldo Ferraz, jornalista e gerente de projeto da A-SIM Marketing e Comunicação, sobre a “importância do trabalho da comunicação institucional e da agência de comunicação”. A mesa foi presidida por Edna Madalozzo, assessora de imprensa do Sindicado dos Médicos de Campinas-SP. Encerrando o primeiro dia, a médica e diretora do Simepe, Cláudia Beatriz, mediou a mesa sobre “produção, reportagem e edição de notícias para televisão”, com as jornalistas Clarissa Goés, apresentadora da TV Globo, e Mônica Carvalho, chefe de reportagem da TV Jornal. A palestra trouxe pontos importantes sobre o veículo televisão, bem como os aspectos relevantes sobre a produção de pautas, entre outras informações.
A sexta palestra do Médico Mídia 2011 foi mediada pela jornalista e professora da AESO, Carolina Cavalcanti. Ela provocou o radialista Edvaldo Morais, da Rádio Folha FM, como também o médico e conselheiro do Cremepe, Ricardo Paiva, sobre quais as formas em que o jornalismo e a medicina podem andar lado-a-lado. O tema gerou um bom debate, inclusive com casos interessantes envolvendo as duas áreas. Já na tarde da quarta-feira, o rádio ganhou força dentro do Médico-Mídia 2011. Os jornalistas Mário Neto (CBN-Recife) e Marise Rodrigues (Rádio Folha FM) explicaram as diferentes formas que a saúde está inserida neste veículo, considerado o mais instantâneo de todos. Eles ainda lembraram, com a mediação do diretor do Simepe, Tadeu Calheiros, os principais programas e destaques da saúde no meio radiofônico, e de que forma o setor se insere nas pautas apresentadas. Finalizando com o Simpósio, os jornalistas Bruno Fontes (Globo) e Silvia Bessa (Diario) trouxeram bons exemplos de apuração, reportagens especiais e do tratamento com a fonte noticiosa. Com o presidente do Simepe Silvio Rodrigues comandando a mesa, os profissionais apresentaram vídeos e matérias demonstrando na prática o que é a profissão do repórter e o compromisso com a informação de qualidade, encerrando de forma brilhante o III Médico-Mídia de Pernambuco. *Estagiário de jornalismo da Assessoria de Comunicação do Simepe.
Simepe recebe homenagem do Poder Legislativo ASSESSORIA DE IMPRENSA/SIMEPE
A entidade médica superou desafios, avançou e conquistou vitórias ao longo de seus 80 anos | Chico Carlos
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Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) realizou na noite da segunda-feira, 21 de novembro passado, uma sessão solene comemorativa aos 80 anos do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), proposta do deputado Luciano Siqueira, do PCdoB. Na ocasião, foram homenageados com a Medalha do Mérito Sindical do Simepe as entidades do movimento médico de Pernambuco: Associação Médica de Pernambuco (AMPE) e o Conselho Regional de Medicina (Cremepe), além do médico e sindicalista cearense Francisco Monteiro (Chico Passeata), que morreu em 2011, vítima de câncer. Estiveram presentes a professora Helena Serra Azul Monteiro que, com Passeata, foi militante contra a ditadura e chegou a ser presa com o marido no Recife, diretores e funcionários do Simepe, diretores de hospitais, representantes do Sindicato dos Médicos do Ceará (Simec), das centrais sindicais (CUT e Conlutas), de entidades médicas locais e nacionais.
EM DEFESA DO SUS E DO POVO Na opinião do deputado Luciano Siqueira, o Simepe, além de promover o bem-estar dos médicos, se diferencia por conta da defesa permanente dos interesses coletivos da população, buscando a melhoria do Sistema Único de Saúde (SUS). O parlamentar destacou que, na verdade, a história da instituição representa a trajetória da atividade médica estadual em todos os sentidos. “Se nós não fizéssemos essa sessão solene, a Alepe ficaria em dívida com o Sindicato dos Médicos, com os médicos de Pernambuco e a história da luta sindical dos médicos do nosso Estado. E assim neste instante, nós prestamos esta homenagem na convicção de que estamos dando uma contri-
buição para registrar na história de Pernambuco, no seu Poder Legislativo estadual, essa grande conquista que é a existência ininterrupta e vitoriosa do Sindicato dos Médicos”, destacou. Para Luciano, a homenagem do Simepe a Francisco Monteiro simboliza “o reconhecimento não só a Chico e Helena, mas a toda uma geração de companheiros, estudantes de medicina, mais tarde médicos, que dedicaram o melhor de si à luta pela liberdade, pelos direitos humanos e contra a ditadura militar que operava naquela ocasião”, frisou.
CONQUISTAS E AVANÇOS Presidindo a reunião solene, o deputado Raimundo Pimentel, do PSB, destacou que a entidade médica vem atuando com determinação no Recife, Caruaru, Serra Talhada, Ouricuri, Garanhuns e Petrolina. Segundo ele, o Sindicato ampliou suas ações em 2011, conquistou vitórias que fortalecem e valorizam a atividade médica no Estado. Em seu discurso, o presidente do Simepe, Silvio Rodrigues, frisou que a história da entidade e a tradição de lutas do povo pernambucano se irmanam no cenário nacional. Para Rodrigues, o Sindicato obteve, por meio da unificação das entidades médicas, importantes conquistas para a categoria que sempre prestou relevantes serviços à sociedade em geral. Durante a solenidade, foi exibido um filme de cinco minutos, em homenagem aos 80 anos do Simepe, às entidades médicas (Cremepe e AMPE) e ao médico cearense Chico Passeata. No final, foi servido um coquetel aos presentes no espaço do prédio anexo da Alepe, para consolidar uma noite festiva, solene, de caráter extremamente sindical e político.
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FOTOS: ASSESSORIA DE IMPRENSA/SIMEPE
SIMEPE Sindicato dos Médicos de Pernambuco
Superlotação compromete qualidade da assistência nas maternidades
Cláudia Beatriz*
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ais um problema na assistência materno infantil. Com agravamento da crise, além do famoso “calvário” com a peregrinação de serviço em serviço, as gestantes sofrem com a superlotação. A Central de Parto regulando leitos que não existem, pois estes profissionais buscam fazer o milagre na regulação, geralmente recebem vaga ZERO dos diversos serviços de maternidade e findam por regular nos serviços que se encontram com equipe médica completa; acarretando na superlotação dos mesmos, quando não raro chegando a trabalhar com o dobro ou as vezes com o triplo da capacidade instalada. Profissionais de saúde vivendo situações de extremo estresse sendo obrigados a internar gestantes em cadeiras, mesas de parto e do centro cirúrgico, e ainda mais grave, duas puérperas na mesma cama com seus respectivos recém nascidos; extrapolando-se os princípios de higiene. Não são raras às vezes em que se formam filas, com longa espera nas triagens das maternidades; o que não
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poderia ser de forma diferente; em tudo que se trabalha com sobre demanda, o número de procedimentos cresce (evoluções, partos, cesarianas...) e, inclusive, cresce também o risco de insucesso e complicações materno-fetal. Precisamos dar um basta nesta situação, cessar este sofrimento e exposição das nossas mulheres, famílias e profissionais da saúde, inclusive médicos que estão sempre denunciando o caos e lutando por dias melhores. Senhores que fazem a Imprensa nos ajudem colocando o foco da produção de notícias na estruturação da rede materna hierarquizada e que os municípios assumam seus partos, assim como já assumem o pré- natal e a puericultura; pondo fim as transferências e a superlotação das maternidades da capital. Temos que juntar forças e levantar uma só bandeira em prol de mulheres cidadãs grávidas, quem vivem a incerteza de onde terão seus filhos, antes que seja tarde demais, e se tenha que colocar o foco em páginas policiais com denúncias de morte ou danos. Senhores gestores, que tem o poder de executar, centremos esforços no fa-
zer acontecer; vamos realizar concurso e chamar de imediato os aprovados; vamos oferecer salários dignos e incentivos para interiorização; vamos estruturar maternidades com leitos, equipamentos e recursos humanos adequados formando serviços regionalizados. Senhores gestores eleitos pelo povo cidadão, vamos no comprometer com a sociedade, com saúde digna, com qualidade. A estas mulheres basta a expectativa e a alegria da chegada de seus filhos, aliviando a angustia e a incerteza destas famílias e dos profissionais que estão na ponta prestando assistência. Não deixem que a situação piore e que gere nestes profissionais a intenção de abandonar sua profissão e carreira que tanto se empenharam para construir em seis anos de graduação na Universidade e três anos de residência, para se encontrarem neste xadrez, em que refletem qual a qualidade de onde vem tudo e oferecendo aos seus familiares e a de seus pacientes; pois nada mais justo que chamar estas gestantes de pacientes, pois haja paciência, para viver este caos. *Médica ginecologista obstetra.
De olho na notícia VIOLÊNCIA NO CABO DE SANTO AGOSTINHO O Simepe cobrou providências da Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho e Secretaria de Defesa Social (SDS) contra a agressão sofrida por um médico na madrugada do domingo (01/01/12), no Serviço de Pronto-Atendimento (SPA), praia de Gaibu/Cabo de Santo Agostinho. Um grupo de aproximadamente 20 pessoas entrou no hospital com a intenção de agredir um paciente. Ao tentar impedir, o médico foi agredido. No local só havia dois guardas municipais na frente do SPA. DESCASO NO SAMU DE OLINDA Médicos que trabalham no Samu de Olinda denunciam que frequentemente enfrentam problemas como: falta de água e torpedos de oxigênio, lâmpadas queimadas, viaturas sem as mínimas condições de uso, além da falta de dedetização e equipamentos - ar condicionado, monitor cardíaco, cardioversor, bomba de infusão - e o decúbito que é elevado com o apoio de um cone. Os profissionais pediram intervenção das entidades médicas e providências dos gestores municipais por melhores condições de trabalho e de assistência à população. CARUARU APROVA O PCCV DOS MÉDICOS A Câmara Municipal de Caruaru aprovou por unanimidade, em 20/12/11, o Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos (PCCV) dos médicos. A categoria aguarda que o PCCV seja
sancionado pela Prefeitura. Trata-se de mais uma importante conquista do Simepe para os médicos do município. A categoria já começou a discutir a pauta da Campanha Salarial de 2012. FALECIMENTO DE JOSÉ CAIRES O Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe) manifestou pesar pela morte do presidente do Sindicato dos Médicos da Bahia (Sindimed-BA), José Caires, e se solidarizou com os familiares e amigos pela perda irreparável. O médico, de 51 anos, faleceu vítima de um infarto fulminante no sábado, 07/01. O presidente do Simepe, Sílvio Rodrigues, lamentou o fato e afirmando que Caires deixa uma lacuna no movimento sindical médico do Brasil. “Este lugar não tem como ser ocupado, devido ao grau de militância que ele tinha. Ele sempre foi incisivo na defesa das causas médicas da Bahia e do País”, disse. COMISSÃO ESTADUAL DE HONORÁRIOS MÉDICOS (CEHM) Aprovada em Assembleia Geral Extraordinária, realizada no auditório do Sindicato dos Médicos de Pernambuco em 22/12/11, a proposta das operadoras de planos de saúde: Amil, Medial Saúde e Saúde Excelsior para os planos superiores dos novos produtos e planos básicos. Os novos valores estarão vigentes a partir de 01 de fevereiro de 2012. Em março, haverá nova rodada de negociação a fim de reajustar novos índices, tendo como referência a Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM).
Médicos de Caruaru aprovam Pauta Salarial com novas reivindicações E
m Assembleia Geral realizada terça-feira (10/01), no auditório da Associação Médica Regional de Caruaru, os médicos vinculados à Prefeitura aprovaram a Pauta da Campanha Salarial deste ano com a inclusão de novas reivindicações, visando beneficiar toda a categoria em geral. Durante a plenária foram incluídos: reajuste salarial de 25%em 2012; concurso público, em caráter de urgência: PSF, cardiologia, obstetrícia, neonatologia, intensivista; adequação da remuneração de PSF com incentivo de interiorização (R$ 12 mil); incorporação de gratificação de plantão após 10 anos de serviço contínuo nesta função; convocação dos aprovados no último concurso para o SAMU; adequação para condições mínimas de trabalho (segurança, equipamentos e in-
sumos, recursos humanos); reabertura imediata da UTI da Casa de Saúde Bom Jesus; seguro de vida para os médicos que fazem a remoção de pacientes entre Unidades de Saúde. Vale frisar que a Pauta Salarial de 2012 foi encaminhada à Secretaria Municipal de Saúde O diretor regional de Caruaru, Danilo Souza, fez uma avaliação positiva do movimento dos médicos, destacando
que a mobilização e a determinação da categoria, além das ações realizadas pelo Simepe junto aos gestores e à mídia local fizeram a diferença em 2011. “A aprovação do Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos (PCCV) pela Câmara de Vereadores representou uma grande conquista para os médicos de Caruaru. O tempo de serviço, a progressão por classe e o nível de graduação garantiram estímulo para os profissionais. Mas, temos que continuar lutando em defesa dos médicos”, frisou. Uma nova assembleia geral foi marcada para o dia 24/01/12, às19h30, no auditório da Associação Médica/Regional de Caruaru, quando será discutida e avaliada a resposta da municipalidade.
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AMPE Associação Médica de Pernambuco
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40º Congresso Médico é realizado com êxito
Elizabeth Porto*
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40º Congresso Médico Estadual de Pernambuco realizado em Caruaru, no período de 27 a 29 de outubro de 2011, teve pleno êxito e foi promovido pela Associação Médica de Pernambuco – AMPE com a co-participação da Associação Médica Regional de Caruaru, contribuindo para atualização e aperfeiçoamento técnico dos médicos da região agreste e fortalecendo os laços entre as Associações. O evento teve o co-patrocinio do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (CREMEPE) e do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (SIMEPE) e contou com expressivo apoio de outras entidades como a ACIC – Associação Comercial e Empresarial de Caruaru que inclusive cedeu suas instalações para a realização do conclave. A Presidente do Congresso e Secretária Geral da AMPE, Dra. Helena Maria Carneiro Leão, fez a abertura oficial do evento ressaltando sua importância desde os seus primórdios até o momento atual destacando a programação que abordava temas atuais e
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relevantes e contava com a participação de expressivos nomes da medicina pernambucana e nacional. Helena Carneiro Leão é também a atual Presidente do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco. Em seguida o médico Dr. Reinaldo de Oliveira proferiu a Conferência de Abertura sobre Arteterapia – valorizando o uso da atividade artística no contexto da relação médico/paciente com repercussões positivas sobre o tratamento através de uma diversidade de mecanismos psicofisiológicas, vivenciando o prazer vitalizador do fazer artístico. A presidente da AMPE, Dra. Sílvia Costa Carvalho, empossada em solenidade que antecedeu a abertura do Congresso, assinalou que o 40° Congresso Médico Estadual foi idealizado e elaborado com muito zelo pela Comissão Científica, que teve a preocupação de colocar em seu programa temas de atualização em várias especialidades médicas. “Além de assuntos relacionados à questões técnicas foi dado ênfase aos aspectos éticos e bioéticos que envolvem a arte médica, sendo discutido entre outros assuntos, questões relaciona-
das à Terminalidade da vida”, lembra Sílvia. A dependência química ao álcool e ao crack, tema que na atualidade constitui um dos desafios na prática médica, foi também abordado em Mesa Redonda que contou com a participação da psiquiatra e ex-presidente da AMPE Jane Lemos. “O evento teve elevado nível técnico sendo oportunidade ímpar de atualização de conhecimentos na nossa prática médica. Sinto-me agraciada, com o privilégio de assistir brilhantes exposições de profissionais de incontestável competência. Expresso meus agradecimentos a todos que colaboraram para o êxito do congresso e parabenizo os que lá estiveram na qualidade de participantes, por terem sido contemplados com evento de tal magnitude” - finalizou a médica Sílvia Costa Carvalho. Após a solenidade de abertura foi servido coquetel com apresentação musical do grupo Flor de Muçambé com músicas regionais de excelente qualidade enquanto havia o congraçamento dos presentes. *Jornalista.
rante o período acadêmico já participava dos eventos científicos promovidos pela Sociedade de Medicina de Pernambuco (antiga denominação da AMPE). Ingressei como membro da Diretoria em 1999, início da gestão do Dr. Adriano Ernesto de Oliveira, assumindo o cargo de primeira secretária, permanecendo nessa função em duas gestões consecutivas, ou seja, até 2005 quando passei à primeira Vice-Presidência, reconduzida em 2008 ao mesmo cargo. A condição de membro da Diretoria possibilitou-me conhecer mais profundamente os méritos e grandiosidade da Associação Médica, da qual me orgulho de ser integrante.
Sílvia Carvalho fala sobre sua nova gestão A
médica Silvia da Costa Carvalho Rodrigues, dermatologista, é a nova presidente da Associação Médica de Pernambuco, para o triênio de 2011/2014. A solenidade de posse ocorreu no dia 27 de outubro de 2011, em Caruaru, juntamente com a posse da nova Diretoria daquela regional e por ocasião da realização do 40° Congresso Médico Estadual de Pernambuco. Nesta entrevista, ela destaca o que pretende realizar na sua gestão.
Como nova presidente da AMPE, a senhora tem meta primordial para 2012? Dentre os muitos objetivos previstos no estatuto da Associação Médica de Pernambuco, está a promoção do aperfeiçoamento cultural médico científico. Os avanços tecnológicos em várias áreas do conhecimento médico impõem constante atualização científica e a necessidade de intercâmbio entre as diversas especialidades. É meta de nossa gestão buscar junto às sociedades de especialidades, maior engajamento das mesmas nas atividades científicas desenvolvidas pela Associação Médica, possibilitando realização de fóruns de discussão de temas de grande abrangência na prática médica, bem como de interface entre especialidades. Pretendemos que fiquem integrados nessas atividades científicas também os médicos residentes e estudantes de medicina, contemplando assim os propósitos e objetivos da AMPE.
O que a senhora pretende destacar na sua gestão? A Associação Médica de Pernambuco tem marcado presença, junto com as demais entidades Médicas do Estado (CREMEPE e SIMEPE), nas lutas pelas bandeiras da categoria médica, tais como a implantação da CBHPM, regulamentação da Emenda 29, fortalecimento do SUS, ampliação de vagas para residência médica, promoção de educação continuada aos médicos, para citar algumas. O trabalho em conjunto com essas entidades tem se mostrado extremamente frutífero, com benefícios à classe médica e à população. Entendemos que com a união de forças, sem comprometimento dos objetivos inerentes à cada uma das Instituições, as conquistas serão cada vez maiores e promissoras. Os resultados do trabalho em parceria, o perfeito engajamento das entidades médicas do estado nos incentivam e reforçam nossa posição em favor da sólida união dessas entidades. Buscaremos manter e fortalecer essa parceria, que tem-se revelado a cada dia mais construtiva e salutar.
Há quantos anos faz parte da AMPE? Como sócia, faço parte da Associação Médica de Pernambuco desde que deixei os bancos da faculdade, ou seja, há exatos 33 anos. Como todo jovem médico à época, ansiava por fazer parte de tão nobre, reconhecida e respeitada associação. Du-
O que a AMPE disponibiliza aos seus sócios em sua sede? A Associação Médica de Pernambuco disponibiliza aos sócios, em sua sede, acervo bibliográfico predominantemente relacionado à história médica, que pretende ampliar, viabilizando material de estudo e pesquisa aos sócios. Por custos reduzidos, faz cessão de seus auditórios à classe médica e outras áreas de saúde, congregando inúmeros eventos científicos e culturais. Para melhor acolher seus sócios e usuários, tem promovido melhoria dos espaços oferecidos para eventos, como ocorreu no último ano, com a reforma do Hall de entrada, que foi nominado de Espaço Adriano Ernesto. Está em curso projeto de reforma de outras instalações, especialmente o primeiro andar do prédio, com propósito de oferecer melhores acomodações para os sócios, bem como a manutenção e valorização do prédio sede.
Há planos de conquistar mais sócios na Associação Médica? Certamente é intenção da Associação Médica de Pernambuco a expansão do seu quadro associativo. Quanto mais numerosos, tão mais fortalecidos e reconhecidos seremos. Pretendemos trazer o maior numero possível de colegas a se engajar no trabalho associativo e, especialmente, buscar a integração precoce do estudante de Medicina na nossa Instituição. Como primeiro passo, já contamos com a aprovação em Assembléia de Delegados, para admissão de estudantes na qualidade de sócios, desde o seu ingresso na Universidade, o que, a nosso ver, representa grande avanço e traz novas perspectivas ao futuro da associação.
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AMPE Associação Médica de Pernambuco
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Acadêmicos de Medicina criam Campe
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Comitê Acadêmico de Medicina de Pernambuco-CAMPE nasceu, no ano passado, e já agregou estudantes das quatro universidades. O presidente do CAMPE, Diego Montarroyos Simões, da Universidade de Pernambuco-UPE revelou que o comitê nasceu depois de um encontro com os médicos Gilson Edmar Gonçalves e Silva e Nair Cristina de Almeida , que queriam o retorno da Sociedade dos Internos mas concordaram com o estudante da UPE Marcílio Oliveira sobre a visão dos estudantes, de hoje, que desejavam a formação do CAMPE. A diretoria do CAMPE é formada por seis estudantes das quatro universidades. A maioria, por enquanto, é da UPE. A criação do comitê é inovadora no nordeste. Hoje há comitês de Medicina em São Paulo, Brasília e Belo Horizonte. “Não podíamos ficar atrás dos núcleos do Sul e Sudeste. O comitê não está interessado em defender nenhum partido político. Nosso trabalho é no campo científico. Promover cursos, seminários, congressos, simpósios. Nosso seguimento é científico” afirmou Marcílio Oliveira, membro da diretoria do CAMPE. “Queremos resgatar um congresso para que todos estudantes
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de medicina possam mostrar o que fizeram em pesquisa e ser premiado por algum trabalho”, garante Montarroyos, que é também presidente da Liga Acadêmica de Mastologia da UPE. Para a vice-presidente do CAMPE, Tatiane Indrusiak do 10º período da UPE, o CAMPE foi resultado de muito trabalho das ligas acadêmicas de Pernambuco. As ligas foram criadas com o intuito de aprimorar o aprendizado dos acadêmicos como médicos a fim de aproximá-los dos pacientes. “Essa idéia é possível através, dentre outras coisas, com aulas práticas nas mais diversas áreas, realizações de pesquisas e projetos de extensão, principalmente esses dois últimos” acredita Tatiane.
NOVAS FACULDADES Diego, Tatiane e Marcílio (foto) não aprovam o aparecimento de novas faculdades de Medicina. “No Brasil não há nenhum estudo sobre a necessidade de novas escolas de Medicina. O cenário de prática no curso de Medicina é precário. Não existem hospitais suficientes para os acadêmicos. Os ministérios da Saúde e da Educação deveriam pesquisar sobre esse problema”, conclui Diego. “E sabemos que faltam médicos no interior
e escassez de algumas especialidades médicas”, lembra Marcílio. Por sua vez, Tatiane também discorda do aumento de faculdades no país, pelo simples fato de confundirem quantidade com qualidade. “Na verdade, acho que faculdade ficou como sinônimo de empresa, lucro, etc. Claro que a busca por ensino superior aumentou significativamente e o Brasil precisava responder por isso, já que a quantidade de vagas é insuficiente. Só que muitas escolas, em nosso país são abertas sem o mínimo de qualificação, certificado de funcionamento, de aprovação. Assim, sou totalmente contra o aumento de faculdades porque isso não é garantia de um bom profissional no futuro”, critica Tatiane. A abertura de uma escola de Medicina exige critérios rigorosos. Atualmente isso não acontece, segundo Indrusiak por questões de interesses financeiros e partidários, o governo vem tentando mostrar à população que o aumento de escolas de Medicina vai melhorar ainda mais a educação do nível superior. “Porém, mais uma vez está brincando de ‘mundo das idéias’, como dizia Platão, do fantástico ‘mundo de Bob’. Questionar e não parar de questionar, como dizia Einstein, são para poucos”. Essa busca para todos ter acesso à educação de qualidade e construir uma capacidade crítica é um dos meus maiores objetivos de defesa e de certa forma, vejo isso sendo praticado nas ligas acadêmicas, e também no CAMPE” desabafou Tatiane. O presidente do CAMPE é categórico afirmando que não adianta formar um médico sem ele ter capacidade para atender o paciente. Nos países de primeiro mundo o médico recém-formado, para exercer a Medicina, precisa de acompanhamento. “Aqui no Brasil não há vaga de Residência Médica suficiente para novos médicos”, lembra Montarroyos. Ele participou de um congresso médico, em Belo Horizonte, em novembro do ano passado e um dos assuntos mais discutidos foi a Residência Médica no país. “Em 2012 vamos reestruturar bem á diretoria do CAMPE e esperamos contar com o apoio da presidente da Associação Médica de Pernambuco, Silvia Carvalho”, finalizou Diego.
Médicos recebem Medalha São Lucas E
m solenidade realizada no dia 14 de outubro passado, no auditório da Associação Médica de Pernambuco, os médicos Adailton de Alencar Vidal, Valdecira Lilioso de Lucena e Luiz Fernando Salazar de Oliveira foram agraciados com a Medalha São Lucas. A medalha, que recebe o nome do patrono da Medicina, é concedida anualmente pelas entidades médicas – Conselho Regional de Medicina, Sindicato dos Médicos e Pernambuco e Associação Médica de Pernambuco, a três médicos que se destacam no exercício da profissão médica, por ocasião em que se comemora o Dia do Médico. A cerimônia foi presidida pelo médico Silvio Sandro Rodrigues, presidente do SIMEPE, e, ao seu lado, compuseram a mesa as médicas Helena Maria Carneiro Leão, presidente do CREMEPE e Jane Lemos, na época, presidente da AMPE, entre outros convidados. Com o auditório repleto de parentes e amigos dos homenageados, apresentaram-se em show musical os médicos Léa Correia e Fernando Azevedo,
Geral, sendo cirurgião conceituado. Foi conselheiro titular do CREMEPE, durante quatro mandatos e presidente do SIMEPE no período de 1993 a 1998.
VALDECIRA LILIOSO DE LUCENA Paraibana, da cidade de Patos, concluiu o Curso de Medicina em 1972, na Faculdade de Ciências Médicas de Pernambuco. Especializou-se em Clínica Médica na FESP e em Endocrinologia pela Universidade de São Paulo. É Conselheira do Cremepe na gestão atual, coordenadora dos programas de residência lato sensu da Faculdade de Ciências Médicas de PE, Presidente da Comissão Estadual de Residência Médica (CEREM-PE) e Membro da Câmara Técnica da Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM).
LUIZ FERNANDO SALAZAR compondo a hora de arte do evento. Para conhecer um pouco sobre os médicos homenageados, citamos abaixo informações sobre suas atividades profissionais:
ADAILTON DE ALENCAR VIDAL Natural da Paraíba,fez o curso de Medicina na Universidade Federal de Pernambuco-UFPE, tendo-o concluído em 1974. Especializou-se em Cirurgia
Natural do Recife, cursou Medicina na UFPE, tendo-o concluído em 1968 e foi classificado em 2º lugar entre os 171 concluintes. É cardiologista e professor da Faculdade de Ciências Médicas de Pernambuco. Também é membro fundador da Fundação para o Incentivo ao Ensino e Pesquisa da Cardiologia. Veja na página 28 mais notícias sobre essa homenagem.
AMPE INFORMA benizam Jane Lemos - ex-presidente da AMPE - pelo novo cargo na AMB.
LANÇAMENTO DE LIVRO
JANE LEMOS É ELEITA DIRETORA DA AMB A psiquiatra Jane Maria Cordeiro Lemos foi eleita Diretora de Comunicação da Associação Médica Brasileira- AMB, para atuar durante o biênio 2011/2014. A diretoria e funcionários da Associação Médica de Pernambuco – AMPE para-
A AMPE lançou o livro 170 Anos de História e Contribuição Social, no dia 27 de dezembro passado, no auditório da entidade. São doze textos de profissionais da medicina que descrevem a atuação da antiga Sociedade de Medicina, além da AMPE no cenário nacional. Médicos, representantes das entidades médicas, jornalistas e outros convidados participaram do coquetel de lançamento do livro.
CONFRATERNIZAÇÃO Um almoço de confraternização promovido pela Associação Médica
de Pernambuco - AMPE no dia 20 de dezembro, do ano passado, marcou as comemorações natalinas entre a diretoria, funcionários e convidados. A AMPE deseja FELIZ ANO NOVO para seus associados, funcionários e colaboradores.
SÓCIO ACADÊMICO Em Assembleia de Delegados da Associação Médica de Pernambuco, foi aprovada alteração estatutária no sentido de admitir como sócio acadêmico o estudante de Medicina desde o seu ingresso na faculdade. Tal medida viabilizará a integração mais precoce do estudante com a Associação Médica, possibilitando-o participar e contribuir mais intensamente com as atividades da associação . Conforme previa o estatuto antes em vigor, o estudante só poderia ser admitido como sócio nos últimos quatro períodos do curso de medicina.
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FECEM
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Fecem luta por melhor condição de trabalho para o médico
A
Federação das Cooperativas de Especialidades Médicas de Pernambuco - FECEM trabalha em parceria com as entidades médicas e a Comissão Estadual de Honorários Médicos (CEHM) com o objetivo de conseguir melhor condição de trabalho e honorários dignos à classe médica. O Conselho Administrativo da FECEM é formado pelos médicos Aspásia Pires (presidente), Pedro Passos (diretor Financeiro), e Amaro Gusmão Guedes (diretor administrativo). Recentemente, a FECEM participou da Assembléia Geral Ordinária a qual contou com a participação do Grupo de Empresas de autogestão em Saúde para deliberação de reajustes nos honorários médicos, o que após inúmeras negociações beneficiou os profissionais médicos. A Federação congrega a Cooperativa dos Médicos Ginecologistas e Obstetras de Pernambuco (COPEGO); Cooperativa dos Médicos Cirurgiões de Pernambuco (COOPECIR); Cooperativa de Trabalho dos Médicos de Especialidades Clínicas de Pernambuco Ltda (COOPECLIN); Cooperativa de Médicos Pediatras de Pernambuco (COPEPE) e a Cooperativa de Médicos Cardiologistas de Pernambuco (COOPECÁRDIO).
A vantagem para os médicos de cooperativas é que podem realizar convênios, sem nenhuma restrição por parte das empresas. Além disso, a cobrança dos procedimentos médicos é efetuada pela FECEM.
FECEM TEM ASSISTÊNCIA JURÍDICA A FECEM tem assistência jurídica para seus cooperados, através de convênio j com o escritório de advocacia Lira, Leite, Calado & Monte Advogados Associados. Os integrantes da FECEM poderão ter assistência jurídica trabalhista e civil – para ações de divórcio, compra de imóveis, problemas com cartão de crédito, entre outros. Esse contrato garante a prestação dos serviços advocatícios sem que o cooperado desembolse o pagamento dos honorários dos advogados. Os interessados devem procurar as cooperativas para obter mais informações.
COOPERADOS E CONVÊNIOS As cooperativas que fazem parte da FECEM trabalham ativamente para aumentar o nº de cooperados e de convênios. É importante que à classe médica conheça e descubra a importância da cooperativa na sua atividade profissional. As cinco cooperativas que integram a FECEM estão formadas da seguinte maneira:
HONORÁRIOS MÉDICOS Nº de Cooperados A FECEM é a representante da Comissão Estadual de Honorários Médicos e está respaldada pela resolução do Conselho Federal de Medicina e pela Associação Médica Brasileira –AMB na implementação da classificação brasileira hierarquizada de procedimentos médicos.
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COOPECIR COOPECÁRDIO COPEPE COPEGO COOPECLIN
521 256 138 240 210
Nº de Convênios 30 39 23 36 40
APMR Assoc. Pernamb. de Médicos Residentes
2012: mais um ano de lutas pela Residência Médica Thiago Henrique dos Santos Silva*
O
ano de 2012 se inicia prometendo novos desafios para todas e todos nós, Médicos Residentes do Estado de Pernambuco. Muitos estão neste momento curtindo suas merecidas férias, e tantos outros estão nas correrias das últimas provas do ano, espalhadas pelo País, para adentrar nesta Modalidade de Pós-graduação que se coloca como o padrão-ouro da formação do Médico Especialista. Porém, quem vive o dia a dia dos nossos Programas de Residência Médica (PRMs) sabe que nem tudo são flores nesta tão importante fase de nossa formação. Nossos programas não estão imunes aos problemas que rondam o Sistema Único de Saúde, pois é parte deste e é fundamentalmente para este que está formando os Médicos especialistas. Nós somos um elo importante da engrenagem deste sistema, em muitos serviços podemos dizer o Elo fundamental, que sem ele a corrente se partiria, com toda certeza. Vivenciamos a falta de materiais, as dificuldades em conseguir exames complementares, os laboratórios defasados, a falta de equipamentos até para se realizarem cirurgias, e diante de todo o caos, aprendemos a cada dia a construir limonadas com os limões que a vida nos dá. Porém, é com triste pesar que constatamos que este esforço não é reconhecido por alguns dos que fazem o dia a dia dos Programa de Residência Médica. Nós da APMR temos recebido denúncias sistemáticas sobre problemas em vários PRM’s, quase todas elas anônimas pois os Residentes tem receio de que acontençam retaliações por parte de alguns preceptores e Chefes de Serviço. Em recente avaliação do MEC em alguns programas, residentes chegaram a receber recomendação de não expor os problemas do Programa, a fim de que este não fosse mal avaliado pela comissão! Isto é um absurdo sem tamanho!
Tivemos colegas que, depois de toda esta situação, decidiram desistir do programa, prejudicando a sua carreira profissional. Outra questão que vem assolando nossos Programas é a falta de preceptoria em vários deles, principalmente os programas cirúrgicos dos grandes hospitais do Estado. Preceptores se aposentam ou se afastam, sem aguentar mais trabalhar nas condições precárias que estes serviços se encontram, e desta forma perde-se e muito a qualidade dos PRM’s, pois cirurgias deixam de ser realizadas, e os preceptores que sobram tem de se desdobrar para manter o PRM de pé. É neste cenario que iniciamos o ano de 2012. É com este cenário na mente e com a esperança de que dias melhores só virão amanhã se o construirmos hoje, que a Associação Pernambucana de Médicos Residentes convoca a todas e todos que nos mandem relatórios, nos façam as denúncias, procurem ajuda, pois é a nossa formação que está em jogo, e a Saude da População Pernambucana que sofre cotidianamente com o descaso que tem sido tratada a Residência Médica em vários serviços. Nós daremos todo o apoio, levaremos o debate à Comissão Estadual e até à Comissão Nacional de Residência Médica caso seja preciso, mas precisamos conhecer este cenário, para melhor intervir nele junto com todas e todos vocês. “O que me preocupa não é nem o grito dos corruptos, dos violentos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética... O que me preocupa é o silêncio dos bons.” Martin Luther King *Médico Residente de Medicina de Familia e Comunidade HC-UFPE Presidente da Assoc. Pernambucana dos Médicos Residentes - APMR Blog - http://galinhacabidela.blogspot.com/ Twitter - @galinhacabidela 81-96030755 - TIM
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APM Academia Pernambucana de Medicina
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Um pioneirismo de Olinda: a Misericórdia
Geraldo Pereira*
O
s que andam por Olinda e até aqueles que residem na cidade, talvez não saibam que lá em cima, no local onde hoje existe a Academia Santa Gertrudes, com a sua Igreja de Nossa Senhora da Luz, funcionou a primeira Santa Casa do Brasil, fundada nos idos de 1539, antes que Brás Cubas instituísse a de Santos, que reclama a primazia. Na verdade, o hospital paulista é o mais antigo estabelecimento nosocomial em funcionamento no País. Mas, tudo começou nas colinas olindenses! O “Guia das Santas Casas de Misericórdia no Brasil”, não apenas confirma a antecipação de Olinda, como publica fotografia na qual aparecem antigos prédios no Largo da Misericórdia; prédios que o documento explica tratar-se da irmandade em causa. A foto, certamente colhida no século XIX, porquanto não havia o recurso antes disso, mostra inclusive a igreja que ainda está de pé, mesmo que restaurada depois do incêndio dos holandeses. A contraprova da questão está na obra do padre Serafim Leite, que escreveu uma extensa história da Companhia de Jesus. Diz o autor que em 1549 não havia na ci-
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dade de Santos hospital algum. Mas, diz, sobretudo, que o padre Leonardo Nunes, tendo chegado a “Todos os Santos” em 1550, soube que não havia ali um hospital. É de Pereira da Costa a explicação de que essa dúvida fora criada pelo que escreveu o frei Gaspar da Madre de Deus. O autor, ainda, comenta que até 1654 não havia em Santos Casa da Misericórdia, pelo que os habitantes a requereram a D. Jerônimo de Ataide. Contraprova, também, são as informações do historiador Henrique Ivamoto, quando se refere à iniciativa de Brás Cubas, dando como referência para o começo da construção o ano de 1542 e a inauguração em novembro de 1543. Ora, tanto na primeira data quanto na segunda a Santa Casa de Misericórdia de Olinda estava em franco funcionamento, a tirar pelo que existe de referência bibliográfica. Pereira da Costa, que dá 1540 como o ano de fundação em Olinda, faz alusão ao fato de que essa referência consta, inclusive, à página 17 do Livro de Tombo da freguesia de Nossa Senhora da Luz. A organização pia foi criada em 15 de agosto de 1498, tendo como patronesse a Rainha Leonor de Lencastre, viúva de Dom João II. A Rainha, muito sofrida como era, depois de ter um filho morto
em episódio trágico e após perder um irmão e um cunhado, vítimas das atrocidades de seu marido, resolveu dedicar-se à benemerência. Voltou-se, então, aos doentes, pobres, órfãos, prisioneiros e artistas. Ao assumir a regência interinamente, aproveita e funda a Santa Casa de Misericórdia de Lisboa, dando início assim à mais antiga ONG do planeta. Não admira essa antecipação olindense, quando se sabe de tantos pioneirismos de Pernambuco. Aqui, nesse rincão, foi escrito o primeiro poema épico do Brasil, publicado depois em Lisboa, com o título de: Prosopopeia. Aqui também Guilherme Piso e George Marckgrave, partícipes da expedição de Nassau, escreveram os primeiros livros de Medicina Tropical, descrevendo doenças e indicando meizinhas. E, da mesma forma, daqui saíram os primeiros livros escritos em vernáculo sobre a nossa medicina, as obras de Morão, Rosa e Pimenta, que a Academia Pernambucana de Medicina vai reeditar, em parceria benfazeja com a Editora Universitária da UFPE. Eis mais um pioneirismo de Olinda: a Misericórdia! * Presidente da Academia Pernambucana de Medicina. (pereira@elogica.com.br)
PR NTU RI MÉ IC Viu como é difícil entender uma informação quando ela está incompleta? O correto preenchimento do prontuário médico é muito importante para o médico e para o paciente. Nesse documento devem estar registrados todos os cuidados profissionais prestados ao paciente, de forma completa, clara e precisa. O prontuário médico corretamente preenchido é obrigação do médico e, eventualmente, pode ser a sua defesa.
A Medicina deve ser exercida por profissional habilitado e legalmente inscrito no Conselho de Medicina do seu Estado. Em Pernambuco, o Cremepe.
Movimento CONTRATO IMPRESSO ESPECIAL DR/PE CREMEPE Nº 4065.010.73.9 CORREIOS
MÉDICO
Revista das entidades médicas de Pernambuco – Ano IX – Nº 21 – Jan/Fev/Mar 2012
MOTO MATA Imprudência, álcool e falta de respeito à sinalização são as principais causas de acidentes envolvendo motocicletas
Uma radiografia do funcionamento das Unidades de Saúde da Família
O centenário da Faculdade de Direito do Recife
Uma campanha para ajudar a encontrar crianças desaparecidas