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DECLARAÇÃO DOUTRINAL
INTRODUÇÃO
Os Apóstolos na Igreja primitiva perceberam logo a necessidade do esforço em grupo. E, para atingir os objetivos estabelecidos pelo Mestre, criaram estruturas de organização muito simples, mas à medida que a Igreja se desenvolvia, crescia também em complexidade o desafio para manter a união, e o seu crescimento sob o ponto de vista Organizacional e Doutrinal. Estamos vivendo anos de transição, no que se refere à Educação Cristã, em face da evolução cultural e tecnológica, e no amplo crescimento da Igreja, observamos a necessidade de fazer uma reformulação na Declaração Doutrinal da Igreja. Os relatores não mediram esforços para apresentar, aos nossos integrantes, um trabalho elaborado com exemplificações diversas, que se ajustem às necessidades dos atos a serem levados a efeitos. Alguns aspectos Doutrinários foram aperfeiçoados, porém os pontos básicos e indiscutíveis foram mantidos, dados a saber: crer em UM ÚNICO DEUS VERDADEIRO, Onipotente, Onisciente, Onipresente e cujo NOME É SENHOR JESUS CRISTO e o batismo em NOME DE JESUS CRISTO. Regras de comportamento, usos e costumes, santificação, e outros itens, foram cuidadosamente analisados e expostos nesse volume. Pastores, Presbíteros, Evangelistas, Diáconos, Dirigentes de Igrejas, Congregações e outros Trabalhos, deverão estar de posse desse material a todo o momento. O ensino e lembrança devem ser constantes em toda Igreja. Aos novos crentes deverá ser indicada a aquisição desse material e as explicações deverão ser procedidas se possível, antes do Batismo. Aconselha-se que toda família cristã, membros da Igreja “AS MARAVILHAS DE JESUS”, possuam um exemplar dessa Declaração Doutrinal em seus lares.
Deus abençoe a todos.
Florianópolis/ 1996
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DECLARAÇÃO DOUTRINAL A DIRETORIA NACIONAL da Igreja “AS MARAVILHAS DE JESUS”, declara que as doutrinas aqui expressas são aquelas que formam parte vital de nosso Movimento. Recomendamos, portanto, que todos os ministros e membros de igrejas orem para que não haja diferença nociva de crença que injurie a obra ou perturbe a paz de pessoas ou igrejas, para que assim tenhamos todos o mesmo pensamento e julgamento, falando as mesmas coisas (Lucas 1:1,4; ICo.1:10; Atos 2:46,47). Oramos, defendemos, ensinamos e espalhamos com amor a Unidade do Espírito Santo, para assim cumprir a ordem gloriosa de Jesus, quando diz: “IDE POR TODO O MUNDO, PREGAI O EVANGELHO A TODA A CRIATURA... ENSINANDO-AS A GUARDAR TODAS AS COISAS QUE EU VOS TENHO MANDADO; E EIS QUE EU ESTOU CONVOSCO TODOS OS DIAS, ATÉ A CONSUMAÇÃO DOS SÉCULOS. AMÉM”. (Mc. 16:15; Mat. 28:20)
ARTIGOS DA FÉ: O ÚNICO DEUS VERDADEIRO Nós cremos no verdadeiro e único Deus, eterno na sua existência (Ex. 20:1-3; Dt. 4:35 e 39; Is. 43:10-11; IJo 5:6; Ap. 1:8); infinito no seu ser; ONIPRESENTE (Jer. 23:23-24), ONISCIENTE (Sl. 139:1-6, Atos 1:24), ONIPOTENTE (Gen. 17:1); Santo em sua natureza, atributos e propósitos; possuindo absoluta e indivisível Divindade (Rom.1:20; I João 5:20). Este “DEUS” único e verdadeiro tem se manifestado aos homens em três ofícios divinos: como PAI, por ser Criador; como FILHO, na redenção do homem; e como ESPÍRITO SANTO, no aperfeiçoamento da igreja, ensinando-a, guiando-a, dando-lhe dons espirituais, vida eterna e poder (ICo. 8:6; Gen.1:1; João 1:14; Efésios 4:2 e 6; Is. 45:12,18; Is. 63:16; I Tim.2:6; João 14:17,26; João 15:26).
O FILHO DE DEUS O FILHO DE DEUS era a natureza humana, que o Espírito Santo gerou no ventre da virgem Maria, para fazer habitação neste corpo, e se mostrar aos homens na forma de homem de carne, osso e sangue. Desta forma, pôde remir o homem do pecado, derramar o seu sangue e entregar o seu corpo como sacrifício sem mancha, perfeito, como preço de resgate do homem caído (IICo.5;19; I Tim.3;16; João1:14; Cl.2:9). Assim, a parte humana veio a ser o mediador entre DEUS e os homens, (I Tm.2:5). JESUS possuía duas naturezas. A natureza humana, procedente de Maria que o gerou como homem; e a natureza divina, visto que foi gerado pelo Espírito Santo (Mat. 1:18,20-21). Assim, pois, Ele é conhecido tanto como FILHO DE DEUS, como FILHO DO HOMEM, ou DEUS HOMEM, pois como ele mesmo afirmou: “É-ME DADO TODO PODER no céu e na terra” (Mt. 28:18). O ministério FILHO DE DEUS perdura enquanto a graça perdurar, encerrando-se o período da graça, da salvação, do perdão, também se encerra a expressão ‘FILHO DE DEUS’, pois então cumprirse-ão todas as demais profecias acerca do fim dos tempos e reinará o GRANDE REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES E O JUSTO JUIZ julgará sem misericórdia (Ap. 11:16-18, 20:11-15).
O NOME DE DEUS Cremos pela Bíblia sagrada que as expressões PAI, FILHO E ESPÍRITO SANTO são os títulos dos três ministérios, ou ofícios divinos de Deus; e que tem se manifestado aos homens caídos no pecado, compreende-se, portanto, que o NOME do ÚNICO DEUS É “JESUS” (Is. 7:14, 9:6; Jo 10:30, 14:6-11; IJo 5:20; Judas 4). Pois DEUS nunca teve outro corpo (humanamente) pessoal a não ser o de “JESUS” (COMO ‘FILHO DE DEUS’). Logicamente então, para pertencermos a família divina, temos que dar a suma importância a este NOME: SENHOR JESUS CRISTO” (II Cor.11:2; Is.54:5; Ef. 5:23,32). Não há outro NOME que tenha poderes e autoridade para salvar (At. 4:12; Mt.1:21). JESUS herdou este NOME DO PAI, como todo FILHO herda o nome de seu PAI (Hb.1:4). E JESUS manifestou e declarou, revelando este NOME ao mundo e aos seus discípulos (Jo 17:6,11,12,26; Hb.2:12). JESUS deu a ordem de batizar os que cressem no NOME que identifica os três ministérios ou ofícios divinos, pelos quais DEUS, tem se manifestado aos homens (Mt.28:19; Mc.16:16,17; At. 2:38 e Lc.24:47).
AS SAGRADAS ESCRITURAS Cremos nas Sagradas Escrituras, como sendo inspiradas na sua totalidade (IITm.3:15,16,17). Elas contêm tudo o que é suficiente para a salvação do homem. Não existem contradições nelas.
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Aceitamo-las como única regra infalível da prática e da fé. Por elas podemos alcançar a perfeição em todos os nossos caminhos, e em toda a boa OBRA.
O ANTIGO TESTAMENTO Cremos na veracidade do Antigo Testamento em seu total conteúdo. O Antigo Testamento não está em contradição com o Novo Testamento. Pois em ambos a vida eterna é oferecida ao homem através de Cristo. Não se pode explicar a existência do Novo Testamento sem o conteúdo do Antigo Testamento. No Antigo Testamento, por exemplo, há passagens impossíveis de serem explicadas - tais como as profecias - sem a aplicação do Novo Testamento mostrando o cumprimento ou o futuro cumprimento das mesmas. Portanto formam parte de um todo. Aceitando um só Testamento, teremos apenas a metade da Verdade ou um lado dela (I Co.10:11; Rm.15:4).
O NOVO TESTAMENTO Cremos na veracidade do Novo Testamento em seu total conteúdo. O Novo Testamento nos oferece em detalhes a luz da salvação expressa na pessoa do Salvador Jesus Cristo que veio cumprir as profecias concernentes a Ele preditas no Antigo Testamento (Is. 7:14, 9:6, 52:6). O NT em prosseguimento aos ensinos do AT confirma a existência de um Único Deus Verdadeiro, revela o Nome do Deus Verdadeiro (Rm. 9:5; Ef. 4:5-6; IJo 5:20; Jd 4), contém os relatos apostólicos e encerra-se com o profético apocalipse.
O HOMEM - SUA QUEDA E REDENÇÃO O homem está destituído de Deus por causa do pecado, desde a queda de Adão (paraíso). A redenção pode ser obtida somente através do arrependimento, e de um acordo inteiramente e aperfeiçoadamente justo entre Deus e o homem. O diabo tem sujeitado à escravidão toda a raça humana desde o dia em que se consumou o pecado de Adão. A redenção é possível agora, pelo sacrifício de CRISTO na cruz. Em Adão todos morreram, mas em Cristo todos são vivificados por meio da fé. O homem que fora criado por Deus no princípio, pode voltar ao seu Criador com uma condição, isto é, escolhendo o caminho da salvação oferecida em CRISTO (At 4:12; Jo14;6; Jo1;12; Rm.10:8,13).
SUBSTITUIÇÃO Cristo se fez substituto do homem quando Ele morreu pelos seus pecados. Ele pagou sua culpa e transgressão de pecados, e sofreu a pena que o homem devia cumprir e suportar ao receber a sentença no justo tribunal de Deus. Cristo levou em seu corpo a sentença morrendo em nosso lugar (Rm.5:6,11; Is.53:5 a 10).
ARREPENDIMENTO E CONVERSÃO O perdão de pecados é alcançado somente no caso de arrependimento verdadeiro e genuíno. Isto é, confissão dos pecados e decisão total de não voltar ao mesmo. Assim, somos justificados pela fé, por nosso Senhor JESUS CRISTO (Rom. 5:1). João Batista pregou o arrependimento. Jesus Cristo introduziu seu próprio ministério proclamando o arrependimento. E os apóstolos ensinaram o arrependimento tanto aos judeus como aos gentios (Mt.3:2 e 4:17; At 2:38; At 11:18; At 17:30). O primeiro passo para a salvação é o arrependimento, que traz a tristeza piedosa, através do qual ela sente-se compelida a converter-se de seu mau caminho (IICo.7:10). O novo nascimento é necessário a todos os homens (João 3:3,5). Este, só é operado ou manifesto na pessoa, quando ela aceita JESUS como seu único e suficiente DEUS e SALVADOR, batiza-se em nome do SENHOR JESUS CRISTO (Atos 2:38) podendo também ser batizada com o ESPÍRITO SANTO recebendo dons espirituais (Atos 2:4; e 38:3). Deste modo nasce na Família de Deus, sendo
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considerado e chamado Filho de Deus (Jo 1:12). Ao experimentar o novo nascimento, a pessoa recebe vida eterna (I Co.5:12,20).
A GRAÇA DE DEUS Cremos que a Graça de Deus é um benefício imerecido concedido à humanidade para sua redenção e salvação. A Graça de Deus é um complemento que acompanha a redenção, portando, não se ganha a salvação através de sacrifício e esmolas ou boas obras, mas é um dom gratuito (presente inefável) de Deus para os homens (Tito 2:11,12; João 1:12; Ef. 2:18). Pela graça de Deus também recebemos forças para viver uma vida vitoriosa.
BOAS OBRAS As obras voluntárias que não se acham compreendidas nos mandamentos de Deus, não podem ser compreendidas pelo homem arrogante contra Deus e seu plano de salvação, pois, por elas declaram os homens que não só rendem a Deus tudo que lhe é devido, mas também de sua parte fazem mais do que devem, embora Jesus Cristo tenha ensinado claramente: “Quando tiverdes feito tudo quando vos manda, dizei: SOMOS SERVOS INÚTEIS”. As boas obras são produtos de uma pessoa salva por Jesus Cristo. O arrogante, jamais convencerá a Deus, para que seja salvo única e exclusivamente por meio das boas obras. Obras e fé dependem ambas uma da outra – “Bem vês que a fé cooperou com as suas obras, e que pelas obras a fé foi aperfeiçoada” (Tg 2:22). Deus conhece o coração de todos em particular, e nem sempre as obras são a expressão sincera daquilo que vai dentro do coração (Ef.2:10; João 3:3,5).
BATISMO DO ESPÍRITO SANTO Cremos nos dons espirituais oferecidos por Deus ao homem que deles é merecedor e na manifestação dos mesmos dentro da vontade de Deus (ICo. 12:1-11 E 27-31). João Batista diz: “ELE VOS BATIZARÁ COM O ESPÍRITO SANTO E COM FOGO” (Mat.3:11). Em Atos 2:4 lemos: “...E TODOS FORAM CHEIOS DO ESPÍRITO SANTO E COMEÇARAM A FALAR NOUTRAS LÍNGUAS, CONFORME O ESPÍRITO SANTO LHES CONCEDIA QUE FALASSEM”. Cremos que a pessoa que deseja ser salva por Jesus consequentemente deve procurar ter tal experiência. O falar línguas estranhas é um DOS SINAIS OU PROVA para se conhecer que a pessoa está batizada com o Espírito Santo. O mundo não pode receber o batismo do Espírito Santo (Jo14:17).
SANTIFICAÇÃO As palavras do Antigo Testamento que se traduzem por santificação, santificar e santo implicam uma separação. O fato fundamental indicado pelo uso destas palavras é a Santidade do próprio Deus. Ele é Santo (II Rs 19:22; Sl. 71:22; Is. 1:4) E sendo assim, é requerida a SANTIDADE em todos aqueles que são Dele (Lv. 11:44-45; 19:221:8; Jos 24:19; Sl 22:3; Is. 6:3). Nas Sagradas Escrituras em Hb 12:14 lemos: “SEGUÍ A PAZ COM TODOS, E A SANTIFICAÇÃO, SEM A QUAL NINGUÉM VERÁ O SENHOR”. A santificação é progressiva em nossa experiência cristã. A santificação é uma prova da regeneração da pessoa que se converte a Deus (I Ts.5:23; I Pe.3:15,16; II Co.3:18; Fil.3:12,14; I Co.1:30). Na vida de santidade, deve ser consequentemente lógica a separação do mundo em todas as esferas do pecado o que levará o convertido a mostrar uma diferença; em relação ao seu modo anterior de viver; em aspectos tantos exteriores como interiores.
CURA DIVINA Cremos na cura divina como provisão de Deus contra as doenças, enfermidades e moléstias malignas. Ela é encontrada no sacrifício vicário de Jesus Cristo (Is.53; Mat.8:16,17; I Pe.2:24). Jesus Cristo não somente levou nossos pecados no seu corpo, mas também as nossas enfermidades e dores. Os
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métodos bíblicos para adquirir a cura são: a oração da fé, imposição de mãos sobre o doente, a unção com óleo e a palavra de autoridade em NOME DE JESUS (Mc.16:16,18; Tg 5:13,15; At 3:6). Tanto o Antigo Testamento como o Novo Testamento contém provas, das mais diversas, de curas e milagres manifestadas divinamente em pessoas doentes e que alcançaram a mais perfeita saúde (Gn. 18:1-14 e 21:1-2; At 3:1-10). No pacto de Deus com o seu povo está incluído a cura para o corpo, alma e espírito da pessoa. A cura divina foi uma promessa de Deus ao seu povo quando houvesse obediência da parte deles aos Seus desígnios (Ex.15:26; Sal.103:3).
A IGREJA Cremos que a igreja é o conjunto dos fiéis que representam Cristo aqui no mundo e são destinados ao reino eterno. Sendo que o cabeça da Igreja é o próprio Senhor Jesus Cristo (Ef.5:23,32; ICo.12:27; II Co.11:2), seus constituintes são homens e mulheres nascidos do Espírito Santo a quem lhes foi dado o direito da vida eterna (Jo3:5). À Igreja estão consignadas as várias dádivas e os ofícios do Espírito Santo (I Co.12:1,11). Os ofícios são necessários, para cumprimento com êxito da grande comissão de Cristo à Igreja na forma dada aos discípulos, apóstolos e seguidores, ou crentes em Jesus Cristo (Mc.16:15,20; At 1:8; Lc.24:47). A igreja deve exercer na vida cada membro á força prática e moral, de acordo com os princípios divinos na regeneração do homem que implica a inteira salvação (Ef.2:15,22; Col.2:13,19; Hb.7:19 e 9:8,15).
ORDENANÇAS 1 - Batismo em águas: O batismo em águas é por imersão. Também é um mandamento direto de nosso Senhor Jesus Cristo (Mt.28:19; Mc.16:16,17; Lc.24:47). Só deve ser administrado após a pessoa ter clara experiência da salvação. O Batismo em águas é um símbolo e significa a identificação da pessoa de Jesus Cristo na sua morte, sepultamento e ressurreição. Isto é: morte à vida de pecados, e o nascimento de uma nova vida em Jesus Cristo (Jo 3:3-5; Rm. 6:4; Cl. 2:12, 3:9-10). Quem executa o batismo profere a seguinte fórmula: “COMO MINISTRO DO EVANGELHO E DE ACORDO COM A CONFISSÃO DE FÉ, EU LHE BATIZO EM NOME DO SENHOR JESUS CRISTO, PARA PERDÃO DOS SEUS PECADOS, amém (Atos 2:38). 2- Santa Ceia: a Santa Ceia é um mandamento de nosso Senhor Jesus Cristo, pois é realizada em memória à sua morte (Lc. 22:19-20). Deve ser estritamente limitada aos cristãos que tem a experiência do Novo Nascimento (II. Co.11:27). Quanto à frequência com que esta cerimônia é realizada ficará a critério de cada pastor titular que observará a necessidade para tal (II Cor.12 1:26). Recomendamos o uso de suco de uva integral não fermentado para tal ato sagrado, também o pão deve ser asmo, sem fermento e sem sal. 3 - Lava-Pés: a lavação dos pés é reconhecida entre os cristãos através do mundo todo, como uma prática da Igreja Primitiva. O próprio Senhor Jesus Cristo deu o primeiro exemplo desta prática. Os detalhes, a maneira e a frequência serão determinados pelo pastor titular (Jo13; e I Tm.5:10).
DÍZIMOS E OFERTAS Nós cremos que o sistema do Dízimo é o plano financeiro estabelecido por Deus para prover as necessidades da sua Obra e sua progressiva expansão. O dízimo não foi estabelecido, nem veio apenas da lei de Moisés, como muitos alegam, mas desde os tempos de Abraão quando ele deu o dízimo a Melquisedeque, rei de Salém, cujo nome interpreta-se como O REI DA PAZ (Gn. 14:18-20). Então o dízimo é um resultado da vida cristã de fé. Os filhos de Israel o notificaram como plano de Deus e fizeram a sua prática obrigatória com Deus, para que a sua obra e ministério fossem sustentados e houvesse abundância na Casa do Senhor. Além disso, o dízimo tem dentro de si as maiores promessas de prosperidade para o povo de Deus (Mal. 3:10-12). Quem não paga o dízimo, priva-se à si próprio das bênçãos nele contidas. Isto é, fecham-se as janelas do céu, e as chuvas de bênçãos não podem ser derramadas sobre o crente. Cremos que no dízimo estão contidas as bênçãos materiais, morais e espirituais. Este plano divino não foi rejeitado pelo Senhor Jesus Cristo (Mt.23:23). O Espírito Santo também faz referências disto no livro de Hb 7.
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Dízimo é um requerimento divino; dívida de nossa propriedade a Deus. A décima parte de tudo é dízimo (Mal.3:8,10; Gen.14:20; Prov.3:9,19). Dízimo, é um ato de fé, amor pela Obra e obediência à Deus. As igrejas locais podem determinar o levantamento de ofertas voluntárias para o complemento dos dispêndios necessários (ofertas alçadas).
DOUTRINA - A BASE FUNDAMENTAL DA IGREJA A doutrina básica e fundamental desta organização será a mesma que tem regido a Igreja desde a fundação no dia de Pentecostes, como está registrado em Atos 2:38, isto é: 1 – Arrependimento: Reconhecimento profundo e sincero dos erros cometidos antes da conversão à Cristo. 2 - Batismo em água: Por imersão, administrado em cada pessoa em nome do Senhor Jesus Cristo para perdão dos pecados. 3 – Fé: Crer no Senhor Jesus Cristo como Deus Único, Verdadeiro, Infalível, Imutável, TODO PODEROSO e Eterno conforme artigos da fé desta declaração doutrinal. 4 - Batismo do Espírito Santo: Tendo como um dos sinais o Dom de línguas estranhas concedido pelo Espírito Santo e demais dons espirituais.
RESSURREIÇÃO DE CRISTO E DOS JUSTOS, VOLTA DE CRISTO, Cremos na ressurreição de cristo e dos seus santos após a morte física. Os capítulos 28 de Mateus e 15 de I Coríntios tratam sem deixar dúvidas sobre a ressurreição de Cristo. Os anjos disseram: “ESTE JESUS HÁ DE VIR COMO PARA O CÉU O VISTE SUBIR” (Atos 1:11). Sua vinda é eminente. Quando Ele vier, os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro, depois, os justos que ficarem vivos, serão arrebatados às nuvens, a encontrar o Senhor Jesus Cristo nos ares (I Ts.4:16,17). O Senhor Jesus Cristo na sua segunda vinda se manifestará em duas fases: 1 - Ele virá para arrebatar a Igreja justa a aperfeiçoada (I Ts.4:16,17). 2 - Manifestar-se-á depois da grande tribulação e virá até a terra para governar como sendo O REI DOS REIS e SENHOR DOS SENHORES (Zc.14:4,9; Ap.20:1-6).
A GRANDE TRIBULAÇÃO Cremos que é o período que se desenvolve aqui na terra durante o tempo que a Igreja está em glória. Será um período de sete anos de grande corrupção moral aqui na terra; a causa de que o sal da terra (Igreja) tem sido tirada. A corrupção moral será política e religiosa. Os que quiserem viver de acordo com a Palavra de Deus, sofrerão além do que a imaginação alcança. Assim acontecerá com o povo judeu, pois este não obedecerá ao Governo Universal do Anticristo, que será governado neste período de degradação e pecado. Ao final deste período de sete anos de sofrimento, o Senhor Jesus Cristo virá em glória acompanhado da Igreja que estava com Ele por todo este tempo, e defenderá e salvará o povo judeu. Serão sete anos de grande tribulação que se desenvolverá na terra. Este período de sete anos, está dividido nas obras proféticas em duas metades iguais de três anos e meio cada obra. Consulte: Daniel 9.27; Ap.12:14; Daniel 7:25; Ap. 11:2; Ap.13:5; Ap.11:3; Ap.12:6; Ap.7:1 a 4; Ap.7:9; Ap.11:18; Zacarias 14:1 a 9.
O MILÊNIO Cremos que o milênio é um período de mil anos, predito pelos profetas como sendo o reinado messiânico, ou seja, o reinado do céu estabelecido na terra, inaugurando uma nova era espiritual. O milênio não é o fim nem a consumação de todas as coisas, como alguns supõem, mas um tempo de provação e de preparação para o desfecho completo da obra de Deus, quando então o Senhor, depois de dominar todas as coisas, entregará o Reino ao Pai, (I Co. 15:24-28).
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Há nas Escrituras uma infinidade de textos referentes ao milênio. Um dos primeiros, embora seja muito usado, não encontramos nele a palavra milênio, mas seu sentido profético fala de um tempo em que Cristo reinará na casa de Judá, Gn. 49:10: “NÃO SE APARTARÁ DE JUDÁ O CETRO, NEM A VARA DE COMANDO DE ENTRE SEUS PÉS, ATÉ QUE VENHA AQUELE (CRISTO) DE QUEM ELE É, E A ESSE OBEDECERÃO OS POVOS”. Aqui vemos a predição da vinda e do estabelecimento do Reino Messiânico, ao Senhor Jesus, como Rei de Judá, com vara de comando, que fala de seu governo de poder e de autoridade, todos os povos hão de obedecer. Resumindo, é o período de mil anos, do reinado de Paz, que o Senhor Jesus Cristo há de cumprir de forma literal sobre a terra. Os santos da Igreja reinarão juntamente com o Senhor Jesus Cristo (Ap.20:4; Dn.7:21,22). Satanás estará amarrado no abismo durante este período de mil anos (Ap.20:1,3). Os mortos que pela sua impiedade nesta vida não foram salvos, mas condenados, só ressuscitarão depois de mil anos, depois destes acontecimentos (Ap.20:5).
O JUÍZO, INFERNO E TRIBULAÇÃO ETERNA. Cremos que os que rejeitarem o Evangelho e não se converterem ao SENHOR JESUS CRISTO estarão irremediavelmente perdidos, pois não aceitaram a salvação oferecida por Deus no sacrifício vicário de Cristo. Logo, serão julgados e a sua parte será o lago de fogo ardente (Ap. 22:11-15). Não terão outra oportunidade de serem salvas. O castigo é eterno. O estado intermediário; o “purgatório”; não existe nem é ensinado em lugar algum pelas Sagradas Escrituras (Hb.9:27; Ap.19:20). Os termos eternos e para sempre, usados na descrição da duração da punição dos malditos (Mt.25:41 a 46) no lago do fogo, contém os mesmos pensamentos e significados da existência sem fim, conforme usados na denotação de alegria e êxtase da glória dos santos na presença de Deus.
RESTITUIÇÃO DE TODAS AS COISAS Cremos que após o juízo final os santos herdarão o reino eterno que lhes havia sido prometido. Este reino constará de novos céus e nova terra e o mar lá não haverá. A justiça de Deus morará em todas as coisas para todo o sempre (Ap.21:1; Is.65:17; Ap.20:11; II Pe 3:13,14).
REGRAS DE SANTIFICAÇÃO E REVERÊNCIA A decência e a reverência dos membros da igreja, essencialmente nos cultos são obrigatórias, conforme lemos em Salmos 93:5: “...SANTIDADE CONVÉM À TUA CASA, SENHOR, PARA SEMPRE”. Que haja compreensão de todos em como portar-se. Abaixo transcrevemos alguns dos preceitos básicos que, segundo o bom entendimento dos cristãos serão acrescentados para a boa conduta, tanto na Igreja ou fora dela: 1 - Toda igreja ou congregação têm seus horários de cultos previamente estabelecidos em murais, cartazes, ou antecipadamente anunciados em casos de cultos ou reuniões extraordinários. Portanto, todos os membros devem chegar com antecedência recomendada de 15 minutos do horário previsto para início do culto como reverência à Deus em forma de oração particular da forma (descrita no item 3) deste capítulo, preparativos gerais para os obreiros, músicos, diáconos e dirigentes. Somente a pontualidade não é suficiente, mas a estada de cada membro em seu lugar antes de anunciado o culto é de extrema importância. 2 – Igrejas ou congregações devem ter em sua programação, a exclusividade de cultos de oração semanais. 3 - Sendo a igreja um local de oração e meditação deve-se à todo instante estar com espírito de reverência, não alimentando pensamentos infrutíferos, evitando-se com isso leviandades, conversações paralelas que não sejam para edificação de uns para com os outros. 4 - Quando qualquer membro entrar na Casa de Deus deve dobrar seus joelhos, orando e pedindo a influência do Espírito Santo, aguardando assim até o início do culto. 5 - Ao tomar o púlpito e iniciar o culto, o pastor ou dirigente deve dirigir a Deus a oração inicial, proceder a leitura das Sagradas Escrituras e se desejar, cantar ao Senhor conforme seu agrado e costume. Ao término do culto ou reunião, proceder a benção Apostólica após a oração final, e
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recomendar a saudação de uns para com os outros com efusão de boa vontade a todos indistintamente com a sociabilidade cristã que faz parte do culto cristão. 6 - O culto ou reunião deve ter a participação de todos os presentes, ativamente, sendo ouvinte, adorador ou ainda mesmo nas atividades gerais distribuídas à alguns músicos , diáconos, membros do púlpito, líderes de departamentos, etc. 7 - Independente do local onde estiveram os homens cristãos, estes devem vestir-se decentemente, não com calças e camisas justas. Cabelos devem estar devidamente cortados e o uso de barba, bigode e costeletas não são praticados. Não concordamos que o homem membro da igreja ande com camisa aberta no peito ou sem ela, camisetas imodestas ou joias de qualquer natureza. 8 - Aos obreiros, diáconos, evangelistas, presbíteros e pastores; em cultos, é recomendado o uso de traje social. 9 - Também as mulheres devem se vestir com trajes decentes e modestos. 10 - Uniformes profissionais ou escolares que não estejam em conformidade com os preceitos dessa Declaração deverão ser usados tão somente no local de trabalho ou estudo.
11 - Não é adotado o uso de véu, porém as mulheres devem conservar seus cabelos compridos suprindo o uso do véu (I Co.11:6,14,15). 12 - Todas as mulheres mais experientes na fé e idade devem ser exemplo para as mais novas (I Co.3:18; Sal.119:37; Prov.30:8; I Pe.3:1,6; I Tim.2:9,10; Tito 2:1-10).
13 - Não adotamos o uso de pintura nos cabelos e unhas, uso de maquiagem e joias de qualquer natureza. 14 - Todos os critérios usos e costumes devem ser adotados também aos jovens e crianças. Os pais devem conduzir seus filhos de forma correta, moral, educativa e espiritual.
REGRAS PARA O CASAMENTO 01 - Como todo casal antes do casamento deve se conhecer, alertamos que qualquer contato físico antes do casamento é prejudicial para a vida cristã de ambos. Os pais, pastores ou ministros do evangelho devem acompanhar a fase que antecede ao casamento. Não qualificamos esta fase nem de namoro ou noivado. O pretendente ao futuro casamento deve procurar manter sua vida particular em constante oração e prudência. 02 – A igreja realizará a tradicional cerimônia de casamento no templo quando ambos estiverem em plena comunhão com a congregação e com cristo. 03 – As pessoas que não estiverem membradas com a igreja e que desejarem a bênção religiosa poderão solicitar a mesma junto ao pastor local mediante a apresentação do casamento civil. 05 - Sugerimos que o pastor ou ministro faça o aconselhamento pré-nupcial, podendo inclusive ser em forma de cursos. 06 - O casamento religioso somente será efetuado em conjunto ou após o casamento civil, portanto seguirá os mesmos ditames civis (idade, autorização para menores, qualificação etc.).
07 – Não adotamos a tradição do noivado. RECOMENDAÇÕES GERAIS 01 - Não tomar o nome de Deus em vão (Jesus Cristo é o nome de Deus) 02 - Não ingerir bebidas alcoólicas, cigarro/fumo, drogas ou qualquer outro que venha a causar dependência. Também não fabricar ou comercializar esses produtos ou mercadorias. 03 - São inadmissíveis as brigas, adulterações, injúrias, vinganças ou intentos contra a vida de qualquer semelhante (irai-vos, mas não pequeis). 04 - O uso de armas para a defesa particular é proibido, sendo admitido somente no caso restrito de profissionais tais como policiais, guardas ou seguranças.
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06 - Não admitimos as operações fraudulentas que possam lesar o Estado, pessoas físicas ou jurídicas. 07 – conscientizamos os membros em geral que certos meios de comunicação tal como internet e televisão possuem conteúdo imoral e que o uso dos mesmos deve ser feito com cautela e consciência. 08- Não contrair empréstimo ou dívidas sem a probabilidade de pagar. Usura e ganância são intoleráveis. 09 - Não se deve fazer aos outros, aquilo que não queremos que nos façam. 10- Não jurar, a não ser na presença de magistrado, juiz ou representante civil devidamente constituído pela lei do país. 11 - É garantido o direito de voto e exige-se o cumprimento dos deveres cívicos e públicos, todos vinculados à legislação e Constituição vigente no país. Devem-se respeitar as leis e autoridades constituídas no país, orar pelos legisladores para que a legislação possa atender os critérios cristãos e dar-nos a liberdade de culto e fé em Jesus Cristo e orar pelos governantes civis para que cumpram a Constituição e mantendo a liberdade de reverência à Deus. 12 - Desquites, separações ou divórcios não são endossados pelos cristãos. Somente em casos de adultério, o cônjuge prejudicado poderá requer o repúdio, sendo necessário para tanto, o detalhamento ao ministério da igreja, para que esse tome as devidas medidas disciplinares e considere cada caso em particular. Sempre serão formuladas tentativas para corrigir o mal, com aconselhamentos e procura de reconciliação, em casos de possível solução. 13 - Todos os casais – homem e mulher – que vivem maritalmente sem o casamento civil deverão procurar regularizar o mesmo de acordo com as leis civis e constitucionais. Para os que recebem o evangelho em situação irregular no casamento, serão concedidos prazos e subsídios de acordo com a legislação vigente para que, possam regularizar seus papeis civis, e partilhar dos benefícios da igreja e de Jesus Cristo sem constrangimento ou remorso. 14 - Membros que não possuem o registro de casamento civil, mas possuem vida íntegra, consentimos sua participação em santa ceia (... examine-se o homem a si mesmo... I Co 11...). Tão somente nunca serão admitidos como líderes e nem ungidos para o ministério. 15 - Não deve ser incluído no ministério, caso algum, em que haja irregularidade conforme descrito no item acima, para os cargos de Ministro do Evangelho. Também deverá o ministro ter vida limpa e pura. Se constatada complicação de qualquer espécie, deverá ser afastado de seus cargos ministeriais, até a comprovação de regularização. Deverá conduzir bem sua família, esposa e filhos, e governar corretamente a sua casa, sendo o exemplo de esposo, pai e cristão (I Co.10:32; I Tm.3:1 a 13). 16 – Qualquer obreiro ou representante da igreja que não possuir certidão civil de casamento não poderá exercer cargos em diretorias, liderança de igrejas, congregações ou qualquer outro departamento. 17 - Não será admitido como membro ou Ministro do Evangelho, aquele que desrespeitar ou desobedecer aos termos do ESTATUTO DA IGREJA AS MARAVILHAS DE JESUS, ou dessa mesma Declaração Doutrinal e, ensinar ou doutrinar de forma contrária aos documentos expostos. 18 - Toda pessoa que comprovada à falta, e não buscar a correção será reconhecida como contrária à doutrina e normas e não gozará de comunhão ficando sujeita às sanções previstas no estatuto e podendo ser autuada pelos Conselhos Fiscais, Conselhos Ministeriais e Ministério Nacional e Local (I Tm.6:3 a 25; II Jo.1:9,11). ****************************************************************************************************