Jesus na Divindade

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ESTÁ JESUS NA DIVINDADE OU ESTÁ A DIVINDADE EM JESUS? (por Pr.Eliseu S.Soares)

SUMÁRIO - assuntos apresentados 1-Prefácio 2-A dupla natureza de Jesus Cristo 3-Jesus era homem 4-Este homem era também Deus 5-O Senhor da Glória 6-João Batista 7-Deus sobre tudo 8-Jesus era Deus e Homem 9-"Eu e o Pai Somos Um" 10-Ele tinha mais de dois mil anos 11-Cremos que o Pai está no filho 12-Quem morreu na cruz? 13-O Servo 14-Jesus sabia todas as coisas 15-O Filho é a carne 16-"Filho Eterno"- invenção trinitariana 17-A Razão Suprema 18-Pré-Existência 19-O Filho enviado pelo Pai 20-Filho de Deus 21-O Pai 22-O Espírito Santo 23-O Pai é o Espírito Santo 24-O Filho é o Espírito Santo 25-Sobre Mateus 28:19 26-E Estes três são Um 27-O Uso do plural 28-Sobre João 14:23 29-Sobre Gênesis 1:26 30-A quantos Estevão viu? 31-Sobre Hebreus 10:12 32-As saudações nas Epístolas 33-A benção apostólica 34-O Batismo de Jesus 35-O Cordeiro em Apocalipse 36-Sobre João 20:17 37-Conclusão


ESTÁ JESUS NA DIVINDADE OU ESTÁ A DIVINDADE EM JESUS?

1-PREFÁCIO

“Quem dizem os homens que Eu Sou?” Dos lábios de nosso Senhor Jesus Cristo brotou esta pergunta tão pertinente. A questão era importante naquela ocasião. Continua importante hoje. Este estudo a respeito da identidade de Cristo é importante e informativo. Está baseado nas Escrituras e mergulha nas numerosas perplexidades das interpretações trinitarianas, e se incendeia com a Revelação da Unicidade de Deus. Este estudo dá aos crentes fundamentos sólidos como uma rocha, e faz Jesus Cristo total, única, verdadeira, completa e exclusivamente de Deus.

2-A “DUPLA NATUREZA” DE JESUS CRISTO Vamos ler com muito cuidado, o seguinte versículo I Timóteo 3:16: "E sem dúvida alguma, grande é o mistério da piedade: Aquele que se manifestou em carne . . ." A Bíblia em todos os seus sessenta e seis livros, nunca se refere a uma misteriosa divindade formada por três pessoas. O Grande Mistério da Divindade é a encarnação - Deus manifestado em carne. Há nas Escrituras inúmeras provas da genuína humanidade de nosso Senhor Jesus Cristo. Percebe-se, que elas retratam o Senhor Jesus como tendo uma autêntica natureza humana. Mateus 4:2 - "E tendo jejuado. . . teve fome". O Senhor experimentou a mesma dor cruciante e repentina que aperta o nosso estômago, quando não nos alimentamos. Ele era humano a ponto de sentir fome. Mateus 8:24 - ". . . Ele porém, estava dormindo". A mesma sensação de desligamento que faz pesas suas pálpebras e que nós chamamos de sono, foi experimentada por nosso Senhor Jesus Cristo. Outra prova de sua humanidade. João 4:6 - "Jesus pois, cansado de viagem, assentou-se junto à fonte". Após o esforço da viagem, tão real era Sua humanidade, que a mesma exaustão que toma conta de nós, quando exageramos no esforço físico, se apossou de Jesus. Ele era genuinamente humano sob todos os aspectos e em cada detalhe. Lucas 11:35 - "Jesus chorou". Ele era suficiente humano para chorar em um momento de profunda emoção. Lucas 22:44 - "E posto em agonia orava mais intensamente". Jesus sabia que havia estágios de intensidade e fervor. O Senhor Jesus sempre foi dedicado e sincero, mas a Bíblia ensina que Ele experimentou graus diversos de fervor, exatamente como nós. Às vezes você ora com ardor intenso, outras não com tanta intensidade. Isto porque você é humano. É impossível para nós, vivermos sempre, o tempo todo, num mesmo nível de emoção intensa. Experimentamos graus diferentes de dedicação - Jesus também - Ele era humano. Lucas 2:52 - "E crescia Jesus em estatura e sabedoria". Isto significa que Ele estava sujeito às mesmas leis físicas de crescimento e desenvolvimento que nós. Além disso "crescia Jesus em sabedoria . . ." Ele estava aprendendo, adquirindo sabedoria e conhecimento. Ele estava sujeito às leis de crescimento físico como todos os seres humanos e também ao desenvolvimento mental. Podemos afirmar que Jesus era absoluta e genuinamente humano. I Corintios 15:3 diz: ". . . Cristo morreu". Precisamos dizer mais alguma coisa para provar sua verdadeira natureza humana?


3-JESUS ERA HOMEM Quando os apóstolos pregavam a respeito de Jesus, proclamavam que Ele era um homem. Atos 2:22 "Varões israelitas, escutai estas palavras: A Jesus Nazareno, varão aprovado por Deus, entre vós com maravilhas . . .". Falando entre si mesmo Jesus declarou ser um homem. Aos judeus que intentavam matá-lo Jesus disse: "Mas agora procurais matar-me a mim, que vos tenho falado a verdade"(Jo 8:40). Ora, quando ouvimos esta afirmativa dos próprios lábios de Cristo, somos obrigados a crer. Não pode haver a menor dúvida a respeito da humanidade do Senhor Jesus Cristo, porque a Bíblia a ensina claramente.

4-ESTE HOMEM ERA TAMBÉM DEUS Se parássemos por aqui, e disséssemos: "este é Jesus", então qualquer um poderia dizer que ouviu a maior mentira. Não é o suficiente afirmar que Jesus era homem. Se você diz que Ele era um homem, e se isso é tudo que você tem a dizer a seu respeito, então o que você está dizendo é uma mentira. Vejam, a profunda, e também a simples verdade: "Este Homem era também Deus - e Ele era tão genuinamente Deus quanto era genuinamente Homem". Você se lembra daquela ocasião quando seus pais o perderam? Estavam de retorno de Jerusalém quando perceberam que Jesus não estava com eles? Lucas 2;46 descreve o fato assim: "E aconteceu que, passados três dias, o acharam no templo, assentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os". Se vivêssemos naquele tempo, e perguntássemos para Lucas: "Por favor, Dr.Lucas, quem José e Maria encontraram naquele dia no Templo?" Ele diria: "Encontraram um menino de doze anos, Jesus". Mas, uma outra voz também se fez ouvir, a voz do profeta Malaquias. No primeiro versículo do capítulo três, ele nos diz quem foi encontrado no Templo naquele dia: "Eis que eu envio o meu anjo (isto é, João Batista) que preparará o caminho diante de mim; de repente virá ao seu Templo o Senhor, a quem vós buscais"(Mal.3:1). Malaquias está dizendo que o menino de doze anos encontrado no Templo, não era outro senão o próprio Senhor Jesus. Este é um quadro maravilhoso. Aquele Templo todo enfeitado, aquele belo e magnífico Templo, pertencia a um menino de doze anos que, sentado no meio daqueles sábios doutores, ouvia-os e ensinava-os. Grande é o mistério da Divindade.

5-O SENHOR DA GLÓRIA O apóstolo Paulo escreveu o seguinte a respeito da crucificação do Senhor Jesus (I Cor.2:8): "Mas falamos a sabedoria de Deus... a qual nenhum dos príncipes deste mundo conheceu, porque se conhecessem, jamais crucificariam ao SENHOR DA GLÓRIA". Paulo disse que crucificaram o SENHOR DA GLÓRIA, e isto é bem diferente do que foi dito por Pôncio Pilatos em João 19:5: "Eis aqui o Homem". Um bom Homem é verdade, o melhor que ele já havia conhecido, mas apenas um homem. Não resta dúvida então, que assim se compreende a natureza humana do Senhor Jesus. Mas Paulo, ainda sustenta que esse homem era o SENHOR DA GLÓRIA. "Quem é o Senhor da Glória? O Senhor forte e poderoso, o Senhor poderoso na guerra"(Sl.24:8). Aqui temos, diante de nós uma idéia incrível e profunda. O homem fraco, condenado à morte, era o Deus forte e poderoso. GRANDE É O MISTÉRIO DA DIVINDADE. Aquela Pessoa pendurada na cruz, contorcendo-se na agonia da morte, era o Senhor da Glória, o Senhor da vida, era o Verbo que se fez carne e habitou entre nós (Jo.1:10-11). É um mistério, um emocionante e bendito mistério. DEUS MANIFESTADO NA CARNE.


6-JOÃO BATISTA Imaginemos que vivêssemos na época de João Batista e lhe perguntássemos: "João Batista, é verdade que aconteceu algo fora do comum, enquanto você batizava? É verdade que uma voz vinha dos céus e se fez ouvir e que uma forma sobrenatural, como a de uma pomba, pousos sobre uma daquelas pessoas? Quem era essa pessoa?". João diria: "Era meu primo, Jesus. Ele nasceu alguns meses antes de mim". "João, isso é tudo?. Isso é tudo o que voc6e tem a dizer a respeito dessa Pessoa que teve um batismo tão extraordinário, nas águas?" - você perguntaria. João diria: "Vou lhes contar. Examinemos os escritos do profeta Isaías 40:3 'Voz do que clama no deserto, preparai o caminho do Senhor'. Aqui Isaías está falando a meu respeito, há séculos atrás. Eu sou o que tenho pregado preparando o advento do SENHOR". Em Isaías 40:9 está escrito: "... levanta a tua voz fortemente, levanta-a não temas, e dize às cidades de Judá: 'EIS AQUI ESTÁ O VOSSO DEUS'". Jesus segundo a carne era primo de João Batista, mas Ele também era o seu DEUS. Ele era o Senhor, cujo caminho João veio preparar. João Batista diria: "Ele veio após mim, mas, ainda assim, de um modo maravilhoso, Ele era antes de mim - Ele é Deus manifestado em carne". Assim a Bíblia nos ensina que, o homem Jesus Cristo, é também o DEUS ETERNO. Ele é o MISTÉRIO DA DIVINDADE.

7-DEUS SOBRE TUDO Tudo se resume num único versículo, Rom. 9:5: "e dos quais é Cristo, segundo a carne, o qual é sobre todos, DEUS BENDITO Eternamente. Amém". Aqui, um único versículo nos diz que Jesus era carne e que, ao mesmo tempo era Deus sobre todos, bendito para sempre. Isso deveria encerrar de uma vez por todas, a controvérsia a respeito da UNICIDADE do nosso Senhor Jesus Cristo, amém.

8-JESUS ERA DEUS HOMEM O que aconteceu por ocasião do nascimento, da encarnação humana de nosso Senhor? Fil. 2:6 diz: "Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual à Deus". Isto quer dizer que, antes de Jesus nascer com sua natureza humana, Ele era a Divina formula visível do DEUS INVISÍVEL. Ele existia originalmente, como Deus, mas tomando a forma humana, humilhou-se à qualidade de SERVO, tornando-se semelhante aos homens. Aquele, que antes do seu nascimento físico, existia na forma de Deus, no instante da sua encarnação, tomou para Si mesmo a semelhança de homem. Aquele corpo, que passou a ser o Templo do Deus TodoPoderoso, ficou conhecido como o "FILHO DE DEUS". Em Lev.26:11-12 Deus disse: "...e porei o meu tabernáculo no meio de vós... e andarei no meio de vós, e Eu vos serei por Deus, e vós me sereis por povo". O Senhor Jesus veio cumprir esta profecia, pois Ele se tornou o TABERNÁCULO DO DEUS TODO-PODEROSO para andar no meio dos homens. O Filho de Deus (corpo físico), foi o único meio que Deus possuía para manifestar-se aos homens de forma visível. Ele podia falar como Deus TodoPoderoso e podia falar como um ser humano. Ele podia agir como Deus e podia agir como um ser humano. Ao lermos as Escrituras, precisamos sempre discernir e entender quando O Senhor Jesus era homem, e quando Ele era DEUS. Desse modo teremos sempre uma chave reveladora da DIVINDADE do Senhor Jesus.

9-EU E O PAI SOMOS UM Vejamos alguns exemplos. Em João 10:30, Jesus disse: "Eu e o Pai Somos UM". Prestem atenção, porque até a construção da frase é importante. Jesus não disse: "O Pai e Eu Somos um". Ora, eu não ousaria dizer: "eu e Deus", ou "eu e o Pai", quando falo de Deus, porque sou apenas humano. Eu diria então: "Deus e eu". Essa é uma linguagem apropriada para uma pessoa adotar. Mas Jesus não hesitou em dizer: "Eu e o Pai...", colocando-se em primeiro


lugar. Por que? Porque naquela hora Ele falou do profundo da Sua Sabedoria Divina. Ele falou como DEUS. Mas, quando lemos Mat.27:46, ouvimos o Homem, quando de seus lábios brota um grito terrível que parece se opor abertamente ao que Ele, anteriormente dissera. Jesus quando estava sendo crucificado, gritou: "Deus meu, Deus meu, porque me desamparaste?". Há algo que eu gostaria de afirmar: Deus não abandonou, nem desamparou o Senhor Jesus. Em Heb.9:14 Jesus diz: "... pelo Espírito Eterno, se ofereceu a si mesmo imaculado à Deus...". O Espírito Santo estava lá, habitando o corpo de Jesus até seu último suspiro, jamais o abandonou, até que Ele oferecesse o sacrifício total pelos nossos pecados. Ele não foi abandonado por Deus. Mas então por que Ele gritou: "Deus meu, Deus meu, porque me desamparaste?". A resposta é simples. O profeta do Antigo Testamento diz que o pecado faz divisão entre Deus e os homens. Até aquele momento no madeiro, Jesus não tinha pecado. Ele era Santo, inocente, puro e separado dos pecadores. Não havia pecado Nele. Até aquele momento, Ele não havia experimentado o que era Ter o pecado sobre Si Mesmo; mas na cruz, Ele tomou sobre si os nossos pecados, os pecados de toda a humanidade, e Ele porque era um homem sob o peso do pecado, tinha que se sentir como todo homem se sente sob o peso do pecado, isto é abandonado por Deus (Is.53:4,5,10). Ele se sentiu abandonado por Deus no momento em que o pecado tocou o seu corpo mortal. Realmente, Ele não tinha sido abandonado por Deus, apenas se sentia assim, porque era humano. Quando Jesus disse: "EU E O PAI SOMOS UM", falou como DEUS. Quando Ele disse: "Deus meu, Deus meu, porque me desamparaste?", Ele falou como homem. Foi a sua natureza humana que expressou o desamparo por Deus naquela circunstância. A dupla natureza do Senhor Jesus, explica tudo isso até mesmo harmoniza o que, à primeira vista, pode parecer contraditório. (MISTÉRIO DOS MISTÉRIOS, MARAVILHA DAS MARAVILHAS).

10-ELE TINHA MAIS DE DOIS MIL ANOS Aqui encontramos um exemplo mais claro. João 8:57: "Perguntaram-lhe pois os judeus: Ainda não tens cinqüenta anos, e viste a Abraão?". Aqui percebemos que os judeus procuravam satirizar as palavras de Jesus. No versículo 58 Ele responde: "... antes que Abraão existisse Eu Sou". Jesus afirmou ter mais de dois mil anos de idade, pois Abraão o precedera por aquele espaço de tempo. Quem tinha razão, os judeus ou Jesus? Quem afinal estava certo? Eu digo que ambos. Os judeus de um lado estavam certos naquele dia, quando disseram que Jesus não tinha cinqüenta anos, porque em relação a sua humanidade, Ele não tinha. Mas, Jesus também estava certo quando afirmou que Ele era mais velho que Abraão, porque Ele estava falando de Sua própria divindade. Como Deus, Ele era grande Eterna Maravilha - como homem,, quando os judeus falavam com Ele, Ele ainda não tinha cinqüenta anos. Quando Jesus disse que era antes de Abraão, ele também provou que era EU SOU que falou com Moisés no deserto - Exodo 3:14. Nós apenas devemos perguntar a nós mesmos: "Ele está falando como homem ou como Deus? Ele está agindo como homem ou como Deus?". Se fizermos assim, então, todo o testemunho bíblico, a respeito de Jesus, entrará em harmonia.

11-CREMOS QUE O PAI ESTÁ NO FILHO Eis aqui um terceiro exemplo. João 14:10 é outra mostra real de como a dupla natureza do Senhor concilia passagens aparentemente contraditórias na Bíblia, a respeito de Sua Pessoa. "Não crês tu, que Eu estou no Pai e que o Pai está em Mim? Prestem muita atenção neste ponto - nós não cremos que o Pai "é" o Filho - mas cremos que o Pai "está" no Filho. Compreenderam? O Pai está no Filho. João 14:9 relata: "Quem me vê a mim, vê o Pai". Jesus afirmou que o Pai estava Nele, portanto, vê-lo significa ver o Pai. Mas, no capítulo dezessete de João, ouvimos este mesmo Homem (Jesus), que disse que o Pai estava Nele, orar a seu Pai. João 17:1: "Jesus falou assim, e, levantando seus olhos ao céu, disse:...". No versículo 9 - "É por eles que Eu rogo". Como podemos conciliar isto? Ouvimos Jesus dizer que o Pai estava Nele, e ainda assim, parece estar orando a Seu Pai que está no céu. O que devemos fazer? Como podemos crer nas duas passagens? É muito simples. Já não afirmamos antes, e estabelecemos que Jesus era genuinamente humano? Nós lemos no livro de Salmos 65:2: "Ó tu que ouves as orações, a Ti virão todos os homens". Ora, o Salmo não diz que a Deus virão alguns homens, ou a maior parte dos homens.


O Salmo diz: "... a Ti virão todos os homens". A oração foi instituída para os seres que foram criados. Jesus, de acordo com Rom.9:5 era carne, portanto, tinha que orar. A Segunda razão porque Ele tinha que orar é (segundo I Pe.2:21) que Cristo não é apenas nosso Salvador, mas é também o nosso exemplo. Então, que tipo de exemplo para uma vida cristã teria sido Jesus se Ele nunca tivesse orado? Teríamos pois uma justificativa para não orarmos se Ele não tivesse nos ensinado deixando-nos o exemplo. Se Ele sendo nosso Mestre, não tivesse orado, estando em sua natureza humana, então nós também não teríamos necessidade para isso. Não teríamos um exemplo a seguir. Um exemplo deve ser um exemplo sob todos os aspectos e em cada detalhe, e Jesus sendo o nosso exemplo, tinha que orar. Ele orou como homem, e Ele orou para que nos servisse de exemplo. Veja, aquele (Jesus) que orou como homem, declarou em João 14:13-14 que Ele é aquele que ouve as nossas orações, e responde as nossas orações: "Se pedirdes alguma coisa em meu nome, Eu (Jesus) o farei". Mistério dos Mistérios, aquele que orava como homem responde como Deus. A dupla natureza de Jesus explica, sempre, todas as dúvidas. Sempre que vemos uma pessoa orando, sabemos que esta pessoa precisa de ajuda, e somente o homem precisa de ajuda. Portanto, o que vemos em João 17, é a humanidade de Cristo orando à Divindade. Então Ele orou a si mesmo? Não, Ele orou para si mesmo. Em sua natureza humana Ele orou a si mesmo? Não, Ele não orou para si mesmo. Em sua natureza humana Ele orou à sua natureza Divina. Compreendemos isto. Jesus não era uma pessoa comum como nós, Ele era extraordinário - Jesus era homem e Deus

12-QUEM MORREU NA CRUZ? As vezes, usamos a maneira errada para dizer a coisa certa. Eu não diria que Deus morreu na cruz. Nada me faria afirmar isto, por razões obvias. Deus não pode morrer. Deus é eterno (Is.40:28; Deut.33:27), portanto Ele não morre. Mas quem morreu na cruz foi o Filho de Deus, isto é, o tabernáculo de Deus, a natureza humana de Jesus. Em Gl.2:20 está escrito: "... e se entregou a si mesmo por mim". O que entendemos disto? Que Aquele que estava no corpo (de Cristo), não podia render-se a ninguém mais, pois não havia à quem se entregar, pois ali estava Deus no meio dos homens. Sendo assim, o Espírito de Cristo entregou-se a si próprio, não havendo outro Ser superior à Ele a quem pudesse entregar-se na hora da sua morte. Ver Ef.5:2 e Tito 2:14. Portanto Deus não morreu na cruz, mas o que aconteceu naquele dia, foi a natureza divina saindo do seu tabernáculo (corpo). Luc.24:46 Jesus disse: "Pai nas tuas mãos entrego o meu espírito". Sim, aqui vemos com clareza o homem Jesus, sofrendo como qualquer homem poderia sofrer, e como homem, entregou-se ao Pai, isto é, Aquele que foi o autor do Filho de Deus. Não há por que embaraçar-se, pois o mesmo que entregou-se a si mesmo, é também aquele que disse: "...é me dado todo o poder no céu e na terra" (Mt.28:18). É extraordinária a forma que Deus usou para manifestar-se aos homens. Grande é este Mistério.

13-O SERVO Aqui temos outro exemplo. Mc.13:32 - "Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos que estão no céu, nem o Filho, senão o Pai". Alguém poderia dizer: "Viram? O Filho não sabe a hora da sua própria vinda. Ele não pode Ter sido Deus". Em Filp. 2:7 diz: "... tomando a forma de servo". Jesus não era servo, mas tomou para si mesmo, no momento da sua encarnação, a forma de servo. Eu nunca tive servos, mas tenho uma vaga idéia que, se os tivesse, eu não os traria para meu escritório e discutiria problemas íntimos dos meus negócios ou da minha família. Jesus disse que era assim. João 15:15: "... porque o servo não sabe o que faz seu senhor...". Jesus tomou para si mesmo a forma de servo, e uma das características do servo é que ele "não sabe o que faz o seu senhor". Quando Jesus disse que Ele não sabia a hora da Sua volta, falava como servo, não sabia o que faria Seu Senhor. Versículos como este não provam que Ele não é Deus - provam que Jesus manifestava-se aos homens tanto como Deus, ou como homem. Verdadeiramente, Jesus não podia de forma alguma revelar o dia da Sua vinda, pois se assim fosse, todos haveriam de se preparar somente no dia marcado, por isso foi necessário que Jesus falasse por Sua natureza humana (como homem). Devemos entender que, o Filho de Deus era inteiramente submisso ao Espírito que regia aquele corpo. Temos provo disto em Lucas 22:42: "...todavia não se faça a minha vontade, mas a tua". Ele era servo, mas também era Deus. Grande é o Mistério da Divindade.


14-JESUS SABIA TODAS AS COISAS O que Jesus não sabia como homem, Ele sabia como Deus. O que Ele não sabia como o Filho, Ele sabia como Pai. Leiamos João 15:15-17. Observe o que Pedro disse ao final das perguntas: "SENHOR Tu Sabes tudo, Tu sabes que Te amo". Como SENHOR, Jesus sabia todas as coisas. O autor da Epístola aos Colossenses nos diz que em Jesus estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência e que Nele nos completamos. Como Deus não havia nada que Ele não soubesse, como como homem havia coisas que Ele não conhecia. Apenas devemos ter em mente que Ele era realmente homem e absolutamente Deus, e não teremos dificuldades para entender JESUS em nenhuma das passagens da Bíblia. A chave da revelação está em Is.9:6 que diz: "Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, o principado está sobre os seus ombros, e o seu nome será: MARAVILHOSO, CONSELHEIRO, DEUS FORTE, PAI DA ETERNIDADE E PRÍNCIPE DA PAZ". Ora, pense bem. A Bíblia nos diz que uma criança nascida e envolta em panos e deitada numa mangedoura - aquele criança indefesa, chorando e mamando, é o Poderoso Deus. Sim, é isso mesmo. Ele nasceu Filho: "...um filho se nos deu". Mas também nos diz que Ele é o Pai da Eternidade, o Pai Eterno. Eis aí o Único Deus, o ser excelso e sublime que habitava na eternidade fazendo-se como homem (Lev.26:11-12). As Escrituras não afirmam que havia dois Seres excelsos e sublimes, nem três, mas um ÚNICO, que é o Filho e que também é Pai.

15- "O FILHO" É A CARNE O maior conflito que existe entre os que crêem na Trindade, está no fato de que afirmam que o Filho é eterno. De princípio é necessário entendermos que, o ministério FILHO de Deus durará até o final do tempo da graça. Sim, pois durante este período, reinará a salvação para todos os homens, e foi para isto que Deus enviou o Seu Filho ao mundo (Jo.3:16). Que parte de Jesus era Filho? O anjo disse à Maria: "... o Santo que de ti há de nascer será chamado o Filho de Deus" (Lc.1:35). Paulo disse aos Gálatas 4:4: "...Deus enviou seu Filho, nascido de mulher". O FILHO é a carne - a natureza humana - e o PAI é o subliem Espírito Eterno que habita no Filho. Esta é a chave do grande mistério. José, não era o pai de Jesus, ele apenas foi considerado como tal. Mas foi o Espírito Santo - O DEUS TODO-PODEROSO - que realizou aquele milagre de paternidade no ventre da virgem Maria. O Espírito Santo era o Pai de Jesus, pois foi Ele que o criou. Ele foi o autor do grande plano de salvação dos homens. Sim o Espírito Santo era o Pai de Jesus, pois era Ele que habitava no corpo físico de Jesus, que foi chamado o Filho de Deus. É por isso que Jesus podia dizer: "Quem me vê a mim, vê o Pai" (Jo.14:7-10). Não há duas pessoas, mas duas naturezas, HUMANA e DIVINA, FILHO e PAI, e tudo isso está Nele. O Mistério da Divindade, nada mais é do que Deus se fazendo homem. A Bíblia fala de outro mistério inteiramente oposto em sua natureza - o mistério da iniquidade. O mistério da iniquidade é o homem se fazendo deus. Guardem bem estas palavras: "Se esta geração não aceitar a verdade do mistério da Divindade, será forçada a aceitar o mistério da iniquidade" (II Tess.2:7-17). Leia esta passagem bíblica.

16-"FILHO ETERNO"- INVENÇÃO TRINITARIANA Como vimos anteriormente, a expressão Filho "eterno" não existe, pois não é encontrada em nenhum lugar da Bíblia. A Bíblia, na verdade, contradiz claramente a idéia de "filho eterno" em João 3:16, e onde quer que mencione o Filho unigênito. As palavras ETERNO e UNIGÊNITO são contraditórias e significam coisas completamente opostas. ETERNO: Que não tem princípio nem fim, que dura para sempre, imortal. UNIGÊNITO: Único ser gerado, filho único. A Bíblia nos diz em Mateus 1:20: "... o que nela está gerado é do Espírito Santo", assim, compreende-se claramente que as Escrituras afirmam que o Filho foi gerado, e se Ele foi gerado, então também Ele teve um princípio. Como podem então os homens falar de "Filho Eterno?". Além disso a Bíblia nos diz quando cessará a filiação (I Cor.15:28).


Lembrem-se, acreditamos na eternidade daquele que estava no Filho. No entanto, Ele não é eterno como Filho, termo que se refere à sua natureza humana e período de redenção que vigorará aos homens até a Sua Vinda (tempo da Graça). Portanto, "eterno" e "unigênito" são contraditórias. Se você é eterno, nunca foi gerado. Se você foi "gerado", então você não é eterno. As duas coisas não podem ser verdadeiras em relação à Jesus como FILHO - notem bem, eu disse como FILHO. Ele não pode ser ao mesmo tempo, o Filho eterno e o Filho unigênito. Os trinitarianos crêem no Pai eterno, no Filho eterno e no Espírito eterno. Nós, porém, cremos naquilo que a Bíblia menciona claramente - UM ESPÍRITO ETERNO. Efésios 4:4 - Há um só Espírito. João 4:24 - Deus é Espírito. Hebreus 9:14 - ... pelo Espírito eterno. Não existem provas bíblicas sobre a filiação eterna. A palavra eternidade, sempre nos dá uma idéia de grandeza e sublimidade que só pode ser comparativa à Deus. O Filho de Deus, como já vimos anteriormente, foi única e exclusivamente gerado para o plano de salvação dos homens. O Filho de Deus, devemos reconhecer, era inferior e subordinado ao Espírito Santo de Deus que nele habitava. Vemos isto claramente em Lucas 12:10: "E todo aquele que disser uma palavra contra o Filho do Homem ser-lhe-á perdoada, mas aquele que blasfemar contra o Espírito Santo não lhe será perdoado". Aqui, Jesus disse que se blasfemarmos contra o Filho, isso nos será perdoado. Mas, se houver blasfêmia contra o Espírito Santo, para isto não haverá perdão. Veja bem, O FILHO, veio para sofrer em favor de todos os homens, Ele foi humilhado, foi esbofeteado, foi ferido e crucificado. O Filho, veio ao mundo para revelar o ministério do perdão e para perdoar (Lc.7:48). A natureza humana de Jesus era inferior e submissa, portanto não podia ser eterno, em comparação ao Espírito que Nele habitava, pois se houver blasfêmia contra este Espírito - QUE É DEUS - não haveria perdão.

17-A RAZÃO SUPREMA Os trinitarianos afirmam que o Filho é eterno porque o Antigo testamento faz referência à Ele. Como afirmar que Jesus não existia como Filho antes dos acontecimentos de Belém, se as Escrituras o menciona antes do seu nascimento? Isso é fácil de responder. Encontramos por exemplo, no Salmo 2:7-8, referência ao Filho: "Tu és meu Filho, eu hoje te gerei", V.12: "Beijai o Filho, para que se não ire...". Podemos notar que o Salmo todo é uma profecia. É importante interpretar corretamente as Escrituras, para saber quando a passagem é profética e quando se refere à atualidade ali mencionada. Em Provérbios 30:1-4, encontramos referência ao Filho: "Qual é o seu nome, e qual é o nome do seu Filho? Se é que o sabes? O primeiro versículo nos diz que esta era uma profecia de Agur. Ele estava falando de coisas que ainda não tinham acontecido. Jesus não era o Filho, então. Mas Agur proféticamente, formulou a pergunta: "... qual é o seu nome, e qual o nome do seu Filho, se é que o sabes?". Embora o Filho seja mencionado no Antigo Testamento, isto não prova que o Cristo era FILHO no Antigo Testamento. Estas são referências proféticas relacionadas ao seu ministério como Filho que estava, ainda, por vir. O Antigo Testamento fala do Filho, mas sempre proféticamente, e não como Cristo sendo o Filho naquele tempo. Jesus não era Filho no período do Antigo Testamento. Ele se tornou o Filho no período do Novo Testamento. Alguém poderia dizer: "Isso pode ser verdade. Mas eu leio à respeito do Pai, no Velho Testamento. Se eu posso achar o Pai, no Antigo Testamento, então deve haver um Filho. Ninguém é pai se não tiver um filho, ou uma filha. Assim se, eu posso localizar um Pai no Antigo Testamento, isso prova que Ele deve Ter tido um Filho no período do Antigo Testamento". Sim, o Antigo Testamento realmente se refere à Deus como o Pai. Mas, em que contexto? Leiamos Jeremias 31:9, é compreensível, que aqui a passagem se refere à Deus como Pai de Israel, não como o Pai do Filho. Em Mal.2:10, Ele também é chamado de Pai, mas no sentido de Criador. Nessa passagem ouvimos os homens dizendo: "Não temos nós todos um mesmo Pai? Não nos criou um mesmo Deus?". Nesse sentido Deus era Pai no Antigo Testamento - Ele era o Pai de todos os seres humanos por Ele criados.


Há porém uma passagem no Antigo Testamento, onde Deus é chamado de Pai relacionado ao Filho. É Isaías 9:6 que diz:"... Deus Forte, PAI da Eternidade...". Note! Esta é mais uma profecia. Uma profecia sobre o nascimento do Senhor Jesus Cristo. Aqui as Escrituras dizem que JESUS É O PAI. Essa afirmativa desfere um golpe mortal sobre a teoria de que o Filho é eterno, ou uma pessoa distinta do Pai.

18-PRÉ EXISTÊNCIA Alguns argumentam que Cristo era o Filho antes de Belém, porque "Deus enviou seu Filho". Mas também lemos: "Houve um homem enviado por Deus, cujo nome era João". Seguindo o mesmo raciocínio, eu estaria certo afirmando que João era homem antes do seu nascimento? Absurdo. Outros usam a palavra "deu", como em João 3:16 para provar que Jesus era Filho antes de Deus dá-lo ao mundo. José falou a respeito dos filhos que Deus tinha "dado" à ele. Onde estavam os filho de José antes de nascer? A verdade é que Cristo veio ao mundo não como um homem qualquer, mas como ungido - veja Isaías 61:1. Se a Bíblia ensinasse a respeito de Cristo existindo como Filho anteriormente aos acontecimentos de Belém, então com certeza, não seria difícil encontrar o Filho existindo já no Antigo Testamento, e isso, é algo que os trinitarianos nunca conseguiram provar. Sim, o Filho é mencionado no Antigo Testamento, mas nunca como já existindo. Realmente acreditamos na pré-existência do Senhor Jesus Cristo. O problema é que, quando dizemos que Jesus não é o Filho eterno, muitas pessoas se apressam a concluir que estamos negando sua pré-existência. Jamais negaríamos a pré-existência de Jesus Cristo. Os trinitarianos usam II Cor.8:9 para afirmar que Jesus era Filho antes do seu nascimento em Belém. Segundo as Escrituras, eu devo concluir que Jesus era rico antes de sua jornada na terra, porque, aqui Ele não era rico. Nós acreditamos que Jesus sempre existiu antes do seu nascimento aqui na Terra. Acreditamos que Ele é o Pão da Vida que veio do céu. Acreditamos que, embora Ele não tivesse cinqüenta anos de idade, no que dizia respeito à sua humanidade, Ele era, ainda assim, mais velho que Abraão. Cremos que Ele apareceu com o nascimento em Belém, mas que, se manifestou muitas vezes desde os dias da eternidade. Não há erro nisso. Estamos plenamente convencidos da verdade da eternidade do Senhor Jesus Cristo! Mas não acreditamos que Ele era o Filho eterno. Acreditamos que Ele era o DEUS ETERNO! Aquele que era Deus eterno se tornou o FILHO, e aceitou, voluntariamente assumir sua carne e sua humanidade, que era parte na Filiação. Eu creio nisso. Ele aceitou uma posição inferior e subordinada em relação a sua Divindade - e isso para realizar o plano de salvação dos homens. Quando o Senhor Jesus tiver cumprido a redenção (o que já fez) e quando Ele tiver cumprido a mediação (que vem agora cumprindo), e quando Ele voltar como Filho do Homem e governar por mil anos, o ministério da filiação de Jesus Cristo terá atingido seu clímax e estará cumprido (I Cor.15:24-28). A Filiação Unigênita ensinada pela Palavra de Deus, não tem relação alguma com o chamado "Filho eterno". Eu me alegro que seja assim. Não creio que Ele seja conhecido eternamente como o Filho submisso. Quero que o Senhor Jesus seja eternamente reconhecido como o DEUS TODO-PODEROSO. 19-O FILHO ENVIADO PELO PAI João 3:17 e 5:30, juntamente com outros versículos da Bíblia, afirmam que o Pai enviou o Filho. Será que Jesus, o Filho de Deus, seja uma pessoa separada do Pai? Sabemos que não é assim porque muitas passagens bíblicas, ensinam que Deus se manifestou em carne (II Cor.5:19 e I Tim.3:16). Deus não enviou outra pessoa para a salvação dos homens, mas está escrito que: Ele se deu a si mesmo...(I Tim.2:5-6). Em João 1:1 e 14 diz: "... O Verbo era Deus. E o Verbo se fez carne e habitou entre nós...". Ora, se Deus se fez carne e habitou entre os homens, como poderia Ele enviar outra pessoa? Se verificarmos o dicionário, veremos que "enviado" significa "portador". Conclui-se então que, o Filho foi o PORTADOR do Espírito Eterno. O Filho foi enviado por Deus como homem, e não como Deus. "Deus enviou seu Filho, nascido de mulher"(Gal.4:4). A palavra enviou não implica na preexistência do Filho ou na preexistência do homem.


João 1:6 afirma que João Batista era um homem enviado por Deus, e sabemos que ele não existia antes da sua concepção. Em vez disso, a palavra enviou, indica que Deus escolheu a opção de Filho, com um propósito especial. Deus elaborou um plano, revestiu de carne aquele plano, e então o pôs em execução. Deus se manifestou em carne para alcançar um objetivo especial. Resumidamente, enviar o Filho enfatiza a humanidade do Filho e o propósito específico para o qual Ele nasceu.

20- O FILHO DE DEUS Como devemos crer verdadeiramente no Filho de Deus? Sempre que nos deparamos com a expressão "Filho de Deus", precisamos saber que ela se refere à Deus manifestado em carne e à sua obra de salvação. A comparação entre Isaías 7:14 e Mateus 1:21, evidencia claramente a manifestação de Deus na pessoa de Jesus Cristo como homem. A expressão "Pai", se refere à Divindade encarnada em forma humana; ao passo que o "Filho de Deus", é o corpo humano habitado pela Divindade. A distinção é primordial. Podemos dizer que o Filho morreu, mas não podemos dizer que o Pai morreu. A Divindade no Filho é o Pai. Não cremos que o Pai seja o Filho, mas cremos com certeza que o Pai está no Filho - João 14:10.

21- O PAI Até aqui, examinamos em alguns pontos, o conceito bíblico do Filho. Veremos agora o significado dos termos: PAI, FILHO E ESPÍRITO SANTO. Será que esses termos identificam, realmente, três pessoas diferentes da trindade? Ou será que eles indicam três papeis, funções, ofícios ou manifestações diferentes, pelos quais o único Deus opera e revela em sua obra? A expressão "Deus Pai" é bíblica, e se refere ao próprio Deus (Ef.4:6; Filip.4:20). Deus é o Pai. Ele não é meramente o PAI DO FILHO (Cristo), mas o Pai de toda a criação (Mal.2:10; Hb.12:9). O título PAI indica um relacionamento entre Deus e a criação, entre Deus e seu Filho, e entre Deus e o homem regenerado. Jesus ensinou muitas vezes que Deus é nosso Pai (Mt.5:16,45,48). Jesus porém, como homem, tinha um relacionamento com Deus de um modo que nenhum outro homem jamais teve. Ele era o único Filho gerado pelo Pai (Jo.3:16), o único que foi realmente concebido pelo Espírito Santo (Mt.1:20), o único que tinha a plenitude de Deus sem limites (Col.2:9). A Bíblia ensina claramente que há apenas um Pai (Ef.4:6). Ela também afirma que o Senhor Jesus Cristo é o ÚNICO Pai (Is.9:6; Jo.10:30). O Espírito que habitava o Filho, não era outro senão o Pai. É importante observar que o nome do Pai é JESUS, porque esse nome expressa e revela plenamente o Pai (Jo.5:43). De acordo com Heb.1:4 o Filho "herdou mais excelente nome". Em outras palavras o Filho herdou o nome de seu Pai. Assim entendemos porque Jesus disse que Ele manifestou e declarou o nome do Pai (Jo.17:6 e 26). O Senhor 22; Hb.2:12). Jesus cumpriu a profecia do Antigo Testamento que afirmava que o Messias declararia o nome do Senhor (Sl.22: Resumindo, Cristo veio ao mundo não apenas para salvar os homens, mas também para revelar o NOME de Deus. Ali estava não apenas o FIHO, mas estava também o Pai, porque o Senhor Jesus era FILHO mas era também o PAI. Era homem, mas também era Deus (I Jo.5:20).

22-O ESPÍRITO SANTO O que é o ESPÍRITO SANTO? O Espírito Santo é o Espírito de Deus. O Espírito Santo é, simplesmente, DEUS. Não há complexidade alguma para entendermos algo tão simples. Examinemos o que diz em Jo.4:24: "Deus é Espírito", com esta palavra não resta dúvidas quanto à natureza divina do Senhor. No entanto, é necessário salientar que não basta sabermos


que Deus é Espírito, pois as Escrituras nos afirmam que há UM SÓ ESPÍRITO (I Cor.12:11; Ef.4:4). Com base nestas provas bíblicas, podemos rebater toda e qualquer teoria trinitária, que afirma a existência de Deus e o Espírito Santo com duas pessoas separadas. Fica evidente, que o Espírito Santo é Deus, se compararmos com Atos 5;3 com 5:4. Estas passagens identificam o Espírito Santo com o próprio Deus. Não podemos limitar os termos ESPÍRITO SANTO e ESPÍRITO DE DEUS ao Novo Testamento, nem limitar, do mesmo modo, o papel ou manifestação de Deus que eles descrevem. Encontramos o Espírito mencionado através de todo o Antigo Testamento, começando por Gn. 1:2. O Apóstolo Pedro nos diz que os profetas antigos foram inspirados pelo ESPÍRITO SANTO (II Pe.2:21). Se o Espírito Santo é simplesmente DEUS, porque há necessidade deste termo? O motivo é que Ele dá ênfase à um aspecto particular de Deus: Ele destaca que Deus não é um espírito qualquer, como o espírito de uma de suas criaturas, mas que é um Espírito SANTO, onipresente, invisível aos olhos humanos, opera em todos os homens e em todos os lugares (Lev.11:44; I Pe.1:16; Ef.4:6). Quando falamos do Espírito Santo, devemos lembrar da obra invisível de Deus entre os homens. O termo fala de Deus em sua atividade divina (Gn.1:2). As Escrituras se referem à Deus agindo entre os homens, a fim de regenerar sua natureza decaída e capacitá-los a realizar a vontade sobrenatural de Deus no mundo (Jo.3:5; Tito 3:5; Atos 19:2-6). A Bíblia revela de forma explícita, que o Espírito Santo nada mais é do que o próprio Deus, e não uma força sobrenatural sem inteligência ou a terceira pessoas da trindade? (At.5:3,4,9 e 21:11 e 14) Existe então algum mistério indefrável? Não. Entendemos com clareza, em todas as ocasiões, que o Espírito Santo não é uma pessoa à parte, com identidade separada, mas que o Espírito Santo é Deus. Amém.

23-O PAI É O ESPÍRITO SANTO É lógica e fundamentalmente bíblica a relação sinônima entre os termos PAI e ESPÍRITO SANTO. Vimos anteriormente que Deus é Pai de todos nós, como também é o Pai do corpo humano de Jesus. Também ficou evidente, que Deus é o Espírito Santo. Portanto, os títulos PAI e ESPÍRITO SANTO descrevem o mesmo Ser. Para dizer de outro modo, o único Deus pode e cumpre as funções do Pai e Espírito Santo. Veja o que dizem os seguintes versículos: João 3:16 - Deus como Pai de Jesus Mateus 5:17-18 - o Filho de Deus afirma Ter um Pai Mateus 1:18-20 - o Espírito Santo é o Pai de Jesus Lucas 1:35 - o Espírito Santo é o Pai de Jesus. De acordo com estes versículos, Jesus foi gerado pelo Espírito Santo e nasceu, como conseqüência, Filho de Deus. O único que faz com que haja concepção é o Pai. Ora, os versículos das Escrituras, que se referem a concepção ou genitura do Filho de Deus, falam do Espírito Santo, como sendo o agente da paternidade. Fica evidente, que o Pai do corpo humano de Jesus é o Espírito Santo, e é lógico concluirmos que o mesmo é o Pai de Jesus Cristo, o Filho de Deus. Para um esclarecimento mais completo da identificação do ESPÍRITO SANTO como o PAI, considere as seguintes comprações das Escrituras Sagradas: 1 - Deus Pai ressuscitou Jesus dos mortos (At.2:24; Ef.1:17-20) - O Espírito ressuscitou Jesus de entre os mortos (Rm.8:11); 2 - Deus Pai vivifica (dá vida) aos mortos (Rm.4:17; I Tim.6:13) - O Espírito também o faz (Rm.8:11); 3 - O Espírito habita a vida de um cristão (Jo.14:17;At.4:31) - O Espírito do Pai habita os corações dos homens (Ef.3:14-16). É o Pai que vive em nós (Ef.4:6); 4 - O Espírito Santo é o nosso Consolador (Jo.14:26)-Deus Pai é o Deus de toda a consolação (IICor.1:3-4); 5 - Deus deu inspiração para as Escrituras (II Tim.3:16) - Os profetas foram movidos pelo Espírito Santo (II Pe.1:21);


6 - Nossos corpos são templos de Deus (I Cor.3:16-17) - São também templos do Espírito Santo (I Cor.6:19); 7 - O Espírito do Pai falará em nós (Mt.10:20) - O Espírito Santo também (Mc.13:11). Portanto, concluímos, que o PAI e o ESPÍRITO SANTO são, simplesmente, duas descrições do único Deus, não são distintos conforme a doutrina da trindade, mas divinamente revelados.

24-O FILHO É O ESPÍRITO SANTO Está claro que os termos PAI, FILHO e ESPÍRITO SANTO não podem indicar ou provar três personagens separados. Eles significam aspectos - funções - do Espírito, o ÚNICO DEUS. Usamos PAI para enfatizar o papel de Deus como Criador, Pai dos espíritos, Pai dos crentes regenerados e Pai do corpo humano de Jesus Cristo. Usamos FILHO para falar da natureza humana de Jesus e do ministério da salvação. Usamos ESPÍRITO SANTO para compreender o poder de Deus ativo entre os homens, e para enfatizar que o Espírito de Deus não é um espírito qualquer, mas é SANTO. Devemos observar que esses três títulos, não são os únicos que Deus possui. Muitos outros títulos ou pronomes usados para Deus são significativos e aparecem frequentemente na Bíblia, inclusive termo como Senhor, Jeová, Deus Todo-Poderoso, o Santo de Israel, etc... A Unicidade não nega o Pai, o Filho e o Espírito Divino. Deus é indivisível quanto à Sua existência, mas Sua revelação de Si mesmo à humanidade tem sido expressa através de muitos meios, inclusive Sua grande revelação como PAI, FILHO e ESPÍRITO SANTO num único Deus. Leia: Jo.4:24 - Deus é Espírito; Atos 5:3-4 - O Espírito Santo é Deus Jo.10;30 - Jesus é o Pai Atos 20:28 - Jesus é o Espírito Santo II Tess.2:16 - Jesus é Deus Ef.4:4-6 - um único Ser Divino Is.43:11; Jo.13:13; Judas 4 e 25 - Jesus, Único Senhor.

25-SOBRE MATEUS 28:19 "Ide portanto, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo". Alguns tentam mostrar a trindade por esta passagem, tentam, mas sentem dificuldades de explicação para os que assim crêem.

Nessa passagem, Jesus ordem à seus discípulos que batizassem EM NOME do Pai, do Filho e o Espírito Santo. No entanto esse versículo não ensina que Pai, o Filho e o Espírito Santo sejam três pessoas separadas e distintas. Ele ensina antes que os títulos indicam UM NOME, e portanto UM DEUS COM UM NOME. O versículo diz explicitamente, EM NOME e não NOMES. Esse versículo prova claramente que Deus tem um NOME, e este nome foi revelado em Jesus, Atos 2:37-38. Jesus veio manifestar aos homens o NOME de Deus, João 17:6, pois até ali Deus era conhecido apenas por títulos. O profeta Isaías em 52:6 escreveu: "Assim diz o Senhor: Portanto, o meu povo saberá o meu nome...". Esta profecia cumpriu-se em Jesus (Jo.5:43). Quando os discípulos receberam a promessa do Espírito Santo, eles saíram cheio de virtude e poder para anunciarem o Evangelho ao mundo. Após o término de uma de suas pregações, o povo perguntou a Pedro e aos demais apóstolos, o que deveriam fazer. Foi naquele dia que Pedro, cheio do Espírito Santo, revelou à todos qual era o NOME do Pai, do Filho e do Espírito Santo, quando disse abertamente que todos deveriam ser batizados em NOME DE JESUS CRISTO.


Pai, Filho e Espírito Santo, descrevem o ÚNICO DEUS, portanto, a frase de Mateus 28:19 descreve simplesmente o ÚNICO NOME, do ÚNICO DEUS - SENHOR JESUS CRISTO.

26-E ESTES TRÊS SÃO UM "Porque três são os que testificam no céu: O Pai, a Palavra e o Espírito Santo; e estes três são um"(I Jo.5:7). Para que se possa compreender perfeitamente um versículo bíblico, não basta olhar apenas para uma parte dele, mas é necessário que seja analisado em todo o seu contexto. A passagem descrita, muitas vezes é usada pelos doutrinadores trinitários, para provar a existência de três deuses. No entanto, o que acontece é uma interpretação errada das Escrituras, pois baseiam-se apenas na metade do versículo, quando na última parte do mesmo encontramos a prova real da Divindade do Senhor Jesus, pois afirma: "... e estes três são um". Alguns interpretam este texto como significando uma união, assim como marido e esposa. Isto é errado. Se significasse união, o versículo deveria ser: "Estes três concordam entre si, como um". Veja bem como está escrito. É interessante notar que, esse versículo não usa a palavra Filho, mas Palavra. Se Filho era o nome especial de uma pessoa que há separadas entre si, por que usa PALAVRA em lugar de FILHO? A Palavra não é uma pessoa separada do Pai. A Palavra é antes, a força executora (poder) de Deus em todas as Suas obras e manifestações (II Pe.3:5 e Hb.1:3). De modo semelhante, o Espírito Santo não é uma pessoa separada do Pai. O Espírito Santo apenas descreve o que Deus é. A forma explicativa de I Jo.5:7, mostra que Deus possui qualidades celestes através das quais Ele se manifesta: como Pai, pela Palavra (poder) e como Espírito Santo. Note porém que, a mensagem reveladora se encontra no final do versículo, exatamente como conclusão explicativa: "... e estes três são um" (I Jo.5:200 e Judas V.25). É plenamente reveladora a mensagem deste versículo, pois ela não ensina que existem três pessoas divinas, mas sim, reafirma o ensino bíblico de UM DEUS indivisível, com várias manifestações.

27-O USO DO PLURAL

Antes de analisarmos outros versículos bíblicos importantes, é necessário que se entenda com perfeição a pluralidade do Novo Testamento. É um erro supor que, o uso do plural signifique que o Senhor Jesus é uma pessoa separada do Pai. Várias vezes Jesus se referiu ao Pai e a si mesmo, no plural. Estas passagens, em sua maioria, estão no livro de João, um escritor do Novo Testamento que, mais do que qualquer outro, identificou Jesus como Deus e Pai. O uso do plural, indica uma distinção entre a Divindade (Pai) e a humanidade (Filho) de Jesus Cristo. O Filho que é visível, revelou o Pai, que é invisível. Jesus disse: - Se conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meu Pai (Jo.8:19); - Aquele que me enviou, está comigo . . . (Jo.8:29); - Aquele que me aborrece, aborrece também a meu Pai (Jo.15:23); - . . . mas agora viram-nas e me aborreceram a mim e a meu Pai (Jo.15:24); - . . . mas não estou só, porque o Pai está comigo (Jo.16:32). Estes versos das Escrituras usam o plural para provar que, Jesus não era um homem comum, como Ele parecia ser exteriormente. Ele não estava só, Ele tinha o Espírito do Pai em Seu interior. Nessas ocasiões o uso do plural se fazia necessário para explicar a dupla natureza de Jesus, e não para mostrar o Pai e o Filho como duas pessoas separadas entre si. Precisamos entender que, a única maneira utilizada por Deus para se manifestar em nós e habitar entre entre nós, é através do Espírito (I Cor.12:6-7 e 11). Em Mateus 10:20 está escrito sobre o Espírito do Pai; Gálatas 4:6 relata do Espírito do Filho, embora exista não dois espíritos, mas apenas um (Ef.4:4). Veja bem, o Espírito do Pai é o ESPÍRITO DO TODO-PODEROSO, o Espírito do Poder (Jo.14:10). Já o Espírito do Filho é o Espírito do Sacerdócio, Espírito da obediência e oração (Gal.4:6; Jo.17:1; Hb.5:8). Compreendamos que, apesar da Bíblia fazer menção do plural em relação à palavra "espírito", isto não prova que hajam dois espíritos divinos (Ef.4:4), mas esclarecem, a obra de Deus como Pai (Todo-Poderoso), e como Filho (salvação, redenção).


28-SOBRE JOÃO 14:23 "Respondeu Jesus: Se alguém me ama, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos para Ele e faremos nele morada". Para entendermos esta passagem bíblica, devemos salientar mais uma vez, que Jesus não era um homem comum ou igual à nós, pois Ele tanto podia agir por meio de sua natureza humana, como por meio de sua natureza divina. A chave para o entendimento deste versículo é ter em conta que o Senhor não estava falando de habitar em nós fisicamente. Além do mais, se houvesse dois espíritos, um do Filho e outro do Pai, haveria então pelo menos dois espíritos em nosso coração. Entretanto em Efésios 4:4 está escrito que: "HÁ UM SÓ ESPÍRITO. João 14:23 não quer dizer que dois Espíritos habitariam em nós, porque Jesus tinha dito: "Naquele dia conhecereis que ESTOU em meu Pai e vós em MIM, e EU EM VÓS" (Jo. 14:24). Veja bem, o sentido da palavra de João 14:23. Sabemos que o Pai (Deus), administrava o Filho (corpo humano), e sabemos que este mesmo Deus é Espírito, e é Santo. Portanto quando Jesus disse: ". . . e viremos para ele, e faremos nele morada", Ele se referia à SI próprio e à SUA PALAVRA. No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus (João 1:1). João 14:23 não expressa nenhuma prova trinitária, mas mostra com clareza a UNICIDADE DE DEUS. - o Pai é Jesus; - o Verbo é a palavra de Jesus; - Jesus e a Sua Palavra habitariam em nós. Observe com atenção este trecho do versículo: ". . . guardará a minha palavra . . . " Aqui Jesus falava como Deus. ". . . e meu Pai o amará . . . " Aqui Jesus falava como homem. ". . . e viremos para ele, e faremos nele morada". Aqui Jesus e Sua Palavra (ensinamentos) habitariam em nós. Que maravilha é a Palavra de Deus. Quando a lemos pelo Espírito, então a verdade resplandece como poderosa luz, para tirar qualquer sombra de dúvida e podermos ver em Jesus o Único e Poderoso Deus. Amém (I Jo.2:20-21).

29-SOBRE GÊNESIS 1:26 "Façamos o homem à nossa imagem, conforme à nossa semelhança". Grande é a polêmica que existe a respeito deste versículo, pois aparentemente, como os trinitários afirmam, o Pai falava com o Filho e com o Espírito Santo. É evidente que o Criador estava em diálogo com alguém, no momento em que disse: ". . . façamos o homem à nossa imagem . . . " . Mas quem era Seu ouvinte? Antes porém, que se faça a explicação desta passagem, devemos voltar nossa atenção para alguns pontos básicos deste estudo. São eles: - Há um só Deus (Deut.4:35 e 39); - Deus é o Criador (Is.40:28); - Deus é o Primeiro e o Último (Apoc.1:8). Ora, se a Bíblia afirma que Deus é o Único e também o Criador de tudo e de todos, está claro, que foi ele somente o autor da criação relatado em 1. Gênesis. Então, quem estava em companhia do Criador? Quem lhe prestava assistência ininterrupta em todas as suas obras? É simples. Existem muitas passagens bíblicas que comprovam que Deus nunca está só, pois há um incontável número de criaturas celestiais que o adoram sem cessar, assim como também Deus possui ministros celestes (querubins, serafins e arcanjos), para acompanharem em Suas ações divinas. O profeta Isaías viu o Senhor, mas junto à Ele havia o seu séquito que enchia o templo (Is.6:1-3). O salmista disse em seus versos: "Ö Pastor de Israel . . . que Te assentas entre os


querubins . . ." (Sl.80:1 e I Cron.13:6). Entendamos que, as Escrituras não dizem em parte alguma que Deus conversava com o Filho e o Espírito Santo, mas falam com clareza dos anjos que sempre estão Consigo e também estavam com Ele no dia em que o homem foi criado. Ninguém, além do Todo-Poderoso criou as coisas que existem (Is.45:12), mas quando Ele disse: "façamos", apenas realçava a forma e aparência que o homem teria, pois seria semelhante à Deus e aos seus exércitos divinos. Já aprendemos que o Filho não é eterno, pois o seu princípio deu-se em Belém. Sabemos que o Espírito Santo não é a terceira pessoa da trindade, mas é única e exclusivamente Deus. Sendo assim, com quem falava Deus em Gênesis 1:26? Com os anjos, arcanjos, querubins e serafins (Apoc.7:11-12).

30-A QUANTOS ESTEVÃO VIU ? Várias são as passagens do Novo Testamento que nos falam de Jesus assentado à direita de Deus. De acordo com Atos 7:55, o diácono Estevão levantou seus olhos aos céus, enquanto era apedrejado, por confessar à Cristo, até a morte, e "viu a glória de Deus, e Jesus que estava à Sua direita". Que significa essa expressão? Significaria que há duas manifestações físicas de Deus no céu? Deus e Jesus, com o segundo permanecendo permanentemente à mão direita de Deus? Foi realmente isso que Estevão viu? Não é correto interpretarmos "a mão direita de Deus", literalmente como uma mão física. Primeiro, porque nenhum homem jamais viu à Deus e nem pode vê-lo (Jo.1:18; I Tim.6:16, I Jo.4:12). Deus é espírito, e como tal, Ele é invisível aos olhos humanos (I Tim.1:17). Segundo, Deus não tem uma mão direita física, a menos que Ele escolha se manifestar em forma humana. Sabemos que Estevão não viu Deus e Jesus, separadamente. Se ele viu duas pessoas, porque iria ignorar uma delas, orando apenas à Jesus? (At.7:59-60). Se ele viu duas manifestações físicas, separadas, do Pai e do Filho, porque não viu o Espírito Santo, a terceira pessoa? Para alcançarmos o sentido correto deste versículo, é necessário sabermos o que significa "direita de Deus": - A Bíblia Sagrada, em numerosas passagens, evidencia uma única e verdadeira explicação sobre o significado da "direita de Deus". De acordo com Jer.23:24 - "Porventura não encho eu os céus e a terra?"; vemos a grandeza de Deus, sem limites e sem fronteiras. Olhando para esta palavra, onde está a "direita de Deus"? - No Salmo 16:8 lemos: "Tenho posto o Senhor continuamente diante de mim, por isso que Ele está à minha mão direita". Será que isso significa que o Senhor estava sempre, fisicamente, presente à direita de Davi? - O Salmo 77:10 diz: ". . . e logo me lembrei dos anos da destra do Altíssimo". O salmista lembrou dos anos quando Deus tinha mão direita? - O Salmo 98:1 declara à respeito do Senhor: ". . . a Sua destra e o Seu braço santo lhe alcançaram vitória". Significaria isto que, Deus derrotou seus inimigos, tendo a mão esquerda mantida às costas, e esmagando-os com uma mão direita física? O Senhor declarou em Isaías 48:13: "A minha mão fundou a terra e a minha destra mediu os céus". Deus estendeu uma grande mão e literalmente cobriu e dimensionou o céu? Está escrito em Isaías 52:10: "O Senhor desnudou o Seu Santo braço . . ." Será que Deus arregaçou a manga de Sua vestidura para seguir à peleja? Naturalmente, a resposta à todas essas perguntas é NÃO. Portando precisamos entender que: Direita, Destra, Mão, Braço, Dedos, quando se referem à Deus, falam num sentido figurativo, e não num sentido real ou físico. Na Bíblia, a mão direita ou destra de Deus, significa: força, poder, glória, importância ou preeminência (Ex.15:6). Quando os israelitas viram o Mar Vermelho se abrindo, e após, o exército de Faraó sendo coberto pelas águas, afirmaram Ter visto a "destra" de Deus. Mas o que eles viram na realidade? Nada, a não ser uma tremenda demonstração de poder e glória de Deus. Estevão era israelita, e conhecia as Escrituras, e quando usou a expressão "destra" de Deus ou "direita" de Deus, queria dizer exatamente o que Moisés disse, quando usou a mesma expressão. Estevão afirmou ver Jesus no Poder, na Glória, e descreveu isso, como direita de Deus (Mc.14:62; Hb.1:3).


Observe que, depois de Ter a visão, Estevão ainda acreditava que Jesus era Deus, pois ele invocava à Deus e pedia: "Senhor Jesus, recebe o meu espírito". Somente Deus o Pai, recebe os espíritos dos homens à morte (Sl.31:5; Ecl.12:7: Hb.12:9). Estevão sabia disso, e ainda assim, clamou: "Senhor Jesus, recebe o meu espírito". Estevão era genuinamente unicista, ao dizer estas palavras (todos os judeus são), pois disse "SENHOR JESUS". Veja que, ao dizer estas palavras, o mártir invocou à Deus pelo Seu Nome (Jesus), comprovando a verdade bíblica de que Jesus é Deus, e que o próprio, está em Sua Gloria e Majestade; Domínio e Poder; Que Era, Que É, e o Que Há de Vir, o Todo-Poderoso (Jd.25; Ap.1:8).

31-SOBRE HEBREUS 10:12 "Mas este, havendo oferecido um único sacrifício, pelos nossos pecados, está assentado para sempre à destra de Deus". Mesmo compreendendo a destra de Deus, podemos ainda nos deixar intrigar, porque a Bíblia fala às vezes, de Jesus assentado à destra de Deus, como em Hebreus 10:12. A frase "assentou-se", indica que a obra sacrificial do Cristo não vai continuar, mas está completa. ". . . havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra das majestades nas alturas"(Hb. 1:3). Ora, todo sacerdote se apresenta dia após dia a exercer o serviço sagrado e a oferecer muitas vezes os mesmos sacrifícios. Jesus porém, tendo oferecido para sempre, um único sacrifício pelos nossos pecados, assentou à destra de Deus, ou seja, repousou da obra redentora assim como Deus repousou ao sétimo dia da obra da Criação (Gn.2:3). Jesus não está mais submisso à fragilidade e fraqueza humanas. Não é mais o servo sofredor. Sua Glória e Majestade e Seus outros Atributos divinos não estão mais escondidos num corpo humano. Ele agora, exerce Seu poder como Deus Todo-Poderoso. Agora, Ele se mostra e se mostrará, como Senhor de tudo, o Justo Juiz e o Rei dos Reis (I Tim.6:15-16). Foi por este motivo que Estevão não viu Jesus como o homem comum que Ele parecia ser quando estava na terra, mas à Jesus com a glória e o poder de Deus, ou seja, ele viu Deus em sua glória e poder, mas acrescentando-se que chamou à deus pelo SEU NOME - JESUS (Judas 4). Voltando a questão original, o que Estevão realmente viu? Ele viu Jesus em Sua glória (I Cor. 2:8), com todo poder e majestade. Ele viu o Cristo exaltado. Ele viu Jesus, não simplesmente como homem, ou a Segunda pessoa da trindade, mas como o PRÓPRIO DEUS. Por isso ele invocou à Deus dizendo: "Senhor Jesus, recebe o meu espírito"(Atos 7:59).

32-AS SAUDAÇÕES NAS EPÍSTOLAS A maior parte das epístolas apresenta uma saudação que menciona, Deus o Pai e o Senhor Jesus Cristo. Paulo, por exemplo, escreveu: ". . . Graça e paz de Deus nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo" (Rm.1:7), e também em I Cor.1:3 ele diz: "Graça e paz da parte de Deus nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo". Será que essas expressões indicam uma separação de pessoas? Se as interpretássemos assim, teríamos que responder a sérias questões. Primeiramente é importante e necessário analisarmos alguns pontos indispensáveis. Primeiro, porque essas saudações não mencionam o Espírito Santo?. Ainda que elas sejam interpretadas como ensinando uma separação de pessoas, elas não comprovam a doutrina da trindade. Assim interpretadas, essas saudações poderiam ensinar o dualismo, e poderiam relegar o Espírito Santo a um papel bastante inferior na trindade. Segundo, se analisarmos outras passagens semelhantes para indicar pessoas separadas entre si na Divindade, poderemos facilmente encontrar quatro pessoas. Por exemplo: -

Col.2:2 - ". . . do mistério de Deus-Cristo"; Col.3:17 - ". . . Senhor Jesus Cristo, dando por Ele graças à Deus Pai"; I Tess. - ". . . nosso Deus e Pai, e nosso Senhor Jesus Cristo:.


Portanto se a letra "e" separa diferentes pessoas, temos pelo menos quatro pessoas: Deus, o Pai, o Senhor Jesus Cristo, e o Espírito Santo. Se as saudações não indicam pluralidade de pessoas na Divindade, o que elas significam? Vamos recordar de algumas das lições passadas: -

Jesus é o Pai (Jo.10:30); Jesus é Deus (II Tess.2:16); O Único Deus (Jud.4; Deut.4:35 e 39).

De acordo com estes versículos, não há dúvidas de que o Único Deus que reina é verdadeiro e eterno, é o Senhor Jesus Cristo. Nas saudações das epístolas, os escritores estavam fazendo referência e dando ênfase aos dois papeis de Deus e à importância de o aceitarmos em ambos os papeis. Não apenas precisamos acreditar em Deus como nosso Criador e Pai, mas devemos aceitá-lo também manifestado em carne, através de Jesus o Cristo. Todos devem saber que Jesus veio em carne e que ele é tanto Deus o Pai, como o Cristo (Messias). Consequentemente as saudações reforçam a crença, não apenas em Deus, mas também em Deus revelado em Cristo. Isso explica porque era desnecessário mencionar o termo ou título Espírito Santo, pois o conceito de Deus como Espírito Santo, estava encerrado no título de DEUS PAI, especialmente na mente dos judeus, como também dos apóstolos. Precisamos nos lembrar também, que a doutrina da trindade não existia naquela época, surgindo senão muito mais tarde na história da Igreja. Portando essas expressões não soavam nem um pouco estranhas aos escritores ou aos leitores da época.

33-A BENÇÃO APOSTÓLICA "A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo seja com todos vós". II Cor.13:13. Aparentemente, este versículo expressa a existência da trindade na Bíblia, mas se assim fosse, o apóstolo cometeu um grave erro hierárquico, mencionando Jesus Cristo antes de Deus. Mas não houve erro nenhum do escritor pois está escrito que toda Escritura é divinamente inspirada (II Tim.3:16; II Pe.1:21). Ainda uma vez devemos nos lembrar, que Paulo escreveu este versículo das Escrituras, num tempo em que o trinitarismo não era senão uma doutrina do futuro, e portanto, o versículo na época, não parecia complicado ou incomum. Basicamente, o versículo expressa três aspectos ou atributos de Deus que podemos conhecer e obter. Primeiro, Deus tornou Sua graça acessível à humanidade através da Sua manifestação em carne - Jesus Cristo. Em outras palavras, favor imerecido, auxílio divino e salvação, vêm até nós pela obra expiatória de Cristo. Segundo, Deus é amor (I Jo.4:8 e 16), e o amor sempre tem sido parte de Sua natureza básica. Ele nos amou antes mesmo de manifestar Sua obra redentora (Deut.4:31; Jonas 4:2). E finalmente, o Espírito Santo (que é Deus) nos unifica em amor fraternal uns com os outros - 1Jo.4:12-13. Tendo o Espírito de Deus habitando em nós, temos um relacionamento diferente daquele disponível aos santos do Antigo Testamento. II Cor.13:13 é lógico e compreensível, interpretando-o como os três importantes relacionamentos que Deus compartilhou conosco, ou como três diferentes obras, executadas por um único Espírito - 1Cor.12:4-6. "MAS UM SÓ? E O MESMO ESPÍRITO OPERA TODAS ESTAS COISAS". 1Cor.12:11.

34-O BATISMO DE JESUS "E sendo Jesus batizado, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba e vindo sobre Ele. E eis que uma voz dos céus dizia: Este é meu Filho amado, em quem me comprazo" (Mt.3:16-17).


De acordo com esta passagem, o Filho de Deus foi batizado, o Espírito desceu como uma pomba, e uma voz do céu se fez ouvir. Luc.3:22 acrescenta uma informação dizendo: "E o Espírito Santo desceu sobre Ele em forma corpórea, como uma pomba". Para entender a cena corretamente, precisamos sempre lembrar que Deus é onipresente Jer.23:23-24. Jesus é Deus, e foi Deus manifestado em carne enquanto esteve na terra, porque este é um dos atributos básicos de Deus, e Deus nunca muda. O corpo físico de Jesus naturalmente não era onipresente, mas Seu Espírito era. Além disso, embora a plenitude do Espírito habitasse no Filho de Deus, todavia o mesmo Espírito não estava confinado no corpo humano de Cristo. Desse modo, o Senhor Jesus podia estar no céu e na terra ao mesmo tempo (Jo.3:13), e com dois ou três discípulos a qualquer tempo (Mt.18:20). Tendo em mente a onipresença de Deus, podemos compreender o batismo de Cristo muito facilmente. Não foi difícil, de modo algum, para que Deus fizesse com que Sua voz se tornarsse audível e juntamente enviar uma manifestação de Seu Espírito em forma de pomba, mesmo quando Seu corpo humano estava no Jordão. A voz e a pomba não representavam pessoas separadas, assim como a voz de Deus, vinda do Sinai, não significava que a montanha era uma pessoa inteligente separada da Divindade. Sendo a voz e a pomba manifestações simbólicas (audíveis e visíveis) de um Deus onipresente, podemos perguntar o que significavam. Qual era o seu propósito? Primeiro precisamos perguntar qual era o propósito do batismo de Jesus. Certamente Ele não foi batizado para remissão dos pecados, como nós, porque Nele não havia pecado (1Pe.2:22). No entanto a Bíblia diz, que Ele foi batizado para cumprir toda a justiça (Mt.3:15). Jesus em tudo nos deixou um exemplo a ser seguido, inclusive no batismo (1Pe.2:21). Além disso, Jesus foi batizado como um modo de Se manifestar, e se tornar conhecido para Israel (Jo.1:26,27 e 31). Em outras palavras, Jesus usou o batismo como ponto de partida de Seu ministério. Jesus foi uma declaração pública de quem Ele era e do que tinha vindo fazer. Por exemplo, por ocasião do batismo de Cristo, João Batista entendeu quem era Jesus, mas após o batismo ele estava apto a declarar ao povo que Jesus era o Filho de Deus e o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo.1:29-34). Conhecendo o propósito do batismo de Cristo, vamos ver como a pomba e a voz facilitaram esse propósito. Jo.1:32-34 afirma claramente, que a pomba era um sinal que veio por causa de João Batista. Sendo João o precursor do Senhor (Is.40:3), ele precisava saber que Jesus era realmente DEUS vindo em carne. João fora avisado que aquele que seria batizado com o Espírito Santo seria identificado pelo Espírito que sobre Ele desceria. Naturalmente, João era incapaz de ver o Espírito de Deus ungindo a Cristo, portanto Deus escolheu uma pomba como sinal visível de Seu Espírito. Por isso a pomba era um sinal especial para João, para fazê-lo saber que Jesus era Deus e ao mesmo tempo era o Messias. A pomba era também um tipo de unção. No Antigo Testamento, profetas, sacerdotes e reis eram ungidos com óleo para indicar que Deus os havia escolhido (Ex.28:41; 1Re.19:16). O óleo simboliza o Espírito de Deus, ou seja, o ungido seria uma pessoa no qual Deus habitaria de forma toda especial. De forma idêntica, Jesus veio para cumprir os papéis de profeta, sacerdote e rei - At.3:20-23; Hb.3:1; Ap.1:5. Sendo Jesus o próprio Deus, e um homem sem pecado, não era suficiente que fosse ungido por um homem pecador e com óleo simbólico. Porém, Jesus foi ungido de uma forma divinamente dramática aos olhos humanos. Jesus (Filho) foi ungido diretamente pelo Espírito de Deus na forma corpórea de uma pomba. A voz veio do céu por causa do povo. Jo.12:28-30 registra um acontecimento semelhante no qual uma voz do céu confirmou a divindade de Jesus para o povo. Jesus disse que a voz viera não por sua causa, mas por causa de Seu povo (Jo.12:30). A voz era maneira mais correta de apresentar Jesus formalmente a Israel como o Filho de Deus. Isso era muito mais suficiente e convincente do que uma declaração feito por Jesus como homem. O batismo de Jesus não nos ensina que Deus é três pessoas, mas apenas revela a onipresença de Deus e a humanidade do Filho de Deus. Quando Deus fala a quatro pessoas diferentes, em quatro diferentes continentes, não pensamos em quatro deuses, mas sim, na onipresença de Deus. Deus não pretendeu, com o batismo de Jesus, revelar aos monoteístas judeus uma manifestação radicalmente nova de pluralidade da Divindade, e não temos indícios de que os judeus tenham interpretado desta maneira o acontecimento.


Até mesmo muitos dos modernos estudiosos tem interpretado o batismo de Cristo não como uma indicação da trindade, mas como uma referência à "unção autorizada de Jesus como Messias". Grande é o mistério da Divindade, mas é confortante saber que este mistério não está oculto, mas foi revelado pelo Espírito Santo àqueles que O buscam (Ef.2:20-22 e 3:1-6).

35-O CORDEIRO EM APOCALIPSE Apocalipse 5:1 descreve Alguém sentado no trono, no céu, com um livro (rolo) em Sua destra. Então nos versículos 6 e 7 descreve um Cordeiro que vem e toma o livro d’Aquele que está sentado no trono. Será que isso significa que há duas pessoas em Deus? Não. Uma vez mais precisamos recordar que há UM ÚNICO DEUS (Ap.1:8). O livro do Apocalipse, é em sua maioria profético e simbólico. Primeira, João não viu o invisível Espírito de Deus, pois é verdade que o próprio João disse que homem algum jamais viu a Deus (Jo.1:18). Ap. 5:5 diz que um "Leão" abriria o livro, mas nos versículos 6-7 João viu um Cordeiro abrir o livro. O versículo 6 e 12 afirmam que este mesmo Cordeiro diz respeito à Cristo e a Sua obra sacrificial. Analisando a seguir, veremos que existe uma concordância entre o Cordeiro e o Leão da tribo de Judá. O Leão significa o papel real de Cristo e Sua descendência do Rei Davi. Jesus era a tribo de Judá (Mt.1:1-6; Hb.7:14), que era a tribo real desde o tempo de Davi. O Leão é o símbolo de Judá como primogênito e soberano (Gn.49:9-10). Quando lemos sobre a "raiz de Davi", a Bíblia refere-se ao papel de Cristo como origem (Criador) de Davi e Deus de Davi. Concluímos então que, o Leão de Ap.5:5 e o Cordeiro são os mesmos personagem divino. Ap.4:2 e 8 descrevem aquele que está no trono como o "Todo-Poderoso, aquele que era, que é e que há de vir" (Ap.1:8). Sabemos que, há somente um único Deus, e que este mesmo Deus é Jesus, podemos portanto concluir, que aquele que está assentado no trono é JESUS, com toda a sua Divindade e poder. Convém observar que o versículo 6, afirma que o Cordeiro estava no meio do trono, ou seja, estava no mesmo lugar de poder e domínio a que se refere o primeiro versículo. Note bem, temos uma prova evidente de que Deus e o Cordeiro estão no mesmo lugar da glória. Vamos analisar com muita atenção o versículo 3 que diz: "E ninguém no céu, nem na terra, nem debaixo da terra, podia abrir o livro, nem olhar para Ele". No entanto, ante ao choro de João, a raiz de Davi, que venceu . . .". Foi como se uma cortina se abrisse para mostrar toda a realidade e toda a divindade de Jesus; e foi ali que se revelou o que Jesus dissera um dia: "É me dado todo o poder no céu e na terra". Quem era o Leão da tribo de Judá? Quem era o Cordeiro? Quem tinha todo o poder no céu e na terra? Quem foi o único digno de abrir o livro?

Jesus Jesus Jesus (Mt.28:18) Jesus

Que maravilha a Divindade de Jesus. Mas isto não é tudo. Alguém poderia perguntar: porque então a Bíblia diz que o Cordeiro tomou o livro da destra do que estava assentado no trono? Isso é facilmente compreensível. Vimos anteriormente que o significado da "destra" é poder, ou seja, estava no poder, estava num lugar de glória e majestade e fora do alcance de quem quer que fosse, além de Deus. Então surgiu o Cordeiro, símbolo da obra sacrificial de Deus (Jesus), e tomou o livro, ou seja, fez aquilo que somente Ele como Rei e soberano (Leão) poderia fazer. O Cordeiro não tomou o livro de uma mão física, mas tomou o livro que estava no Seu poder. Podemos concluir que a visão de Ap.5, descreve, simbólicamente, as duas naturezas e os dois papeis de Jesus Cristo. Como PAI, JUIZ, CRIADOR, REI e DEUS, Ele se assenta no trono, porque em Sua divindade Ele é o Senhor Deus Todo-Poderoso. Como CORDEIRO, Ele revela Sua obra redentora através de Seu sacrifício na cruz. João não viu o invisível Espírito de Deus; porque ninguém podia ver a Deus; mas foi mostrado à ele uma visão revelando a glória e majestade de Deus em Seu trono; acompanhado


da visão de um livro (rolo) que ninguém podia tomar ou olhar. João viu, figurativamente, Jesus no trono como deus e como um Cordeiro em Seu papel sacrificial. Para uma melhor compreensão, vamos analisar outros versículos, que tornam claro que o Cordeiro não é uma pessoa separada de Deus. Em particular, Ap.22:1 e 3 falam do trono de Deus e do Cordeiro, referindo-se ao único trono de 4:2 e 5:1. Depois de mencionar "Deus e o Cordeiro", Ap.22:3 fala de "seus servos" que O servirão. Se Deus é o Cordeiro são duas pessoas separadas entre si, porque a Bíblia diz que seus servos "O" servirão? Leia Judas 25 e Apocalipse 5:11-12. Ainda em Ap.7:10, lemos: ". . . Deus, que está assentado no trono e ao Cordeiro". Gramaticalmente, esta frase poderia dizer que há duas pessoas separadas aqui. No entanto, no versículo 17 do mesmo capítulo, lemos a versão reveladora que diz: "Porque o Cordeiro, que está no meio do trono . . ." Aleluia! Quem é que estava no trono em Ap.4:2? Quem é digno de honra, e glória e ações de graça? Quem disse: "Eu sou o princípio e o fim" - JESUS. Deduzimos que Ap.5, simbólico por natureza, revela a unicidade de Deus. Ele descreve UM trono, mas descreve também quatro seres da divindade? Claro que não. Há antes porém, um Trono. O Leão, a raiz da tribo de Davi e o Cordeiro representam, todos de forma de abrir os selos do livro. O Leão nos diz que Ele é o princípio da Criação humana (Criador). O Cordeiro nos conta que Ele é Deus encarnado e nosso sacrifício. É apenas nesse último papel que Ele pode ser nosso Redentor. Portanto Ap.5 ensina que há um Deus e esse Único Deus veio em carne como Cordeiro (Filho), para se revelar à humanidade e redimir o homem do pecado. Leia Apocalipse 22:12-16. Este é o único Deus Verdadeiro. Amém.

36-SOBRE JOÃO 20:17 Disse-lhe Jesus: "Não me detenhas, porque ainda não subi para meu Pai, mas vai para meus irmãos e dize-lhes que eu subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus".' De acordo com tudo que até o presente temos visto, no que diz respeito à unicidade de Jesus, não será difícil compreender-mos o que nos diz este versículo. Anteriormente, vimos a importância de analisarmos com muita atenção, quando em Seus diálogos o Senhor Jesus falava como homem ou como Deus. Sabemos que Jesus tinha duas naturezas - humana e divina quando estava na terra. Na passagem de João 20:17, Jesus referiu-se à sua partida deste mundo para a glória, e por isso Ele disse: "... Eu subo para meu Pai", falando como Filho e automaticamente mostrando mais uma vez que Ele estava apenas temporariamente neste mundo, mas que o Seu lugar era na glória, pois Ele era o Senhor da glória (Icor.2:8). Neste versículo encontramos novamente a citação de Deus como Pai de Jesus (Filho), e como Pai de todos os homens (Ml.2:10; Hb.12:9). É importante observar o que Jesus disse em João 16:28. A expressão "Saí do Pai ... e vou para o Pai" significa com clareza o papel que Jesus veio realizar no mundo como Filho de Deus para salvação dos homens, e o Seu retorno para a glória de onde veio. Jesus não retornou ao Seu trono de majestade na condição de Filho, mas como Deus e para continuar o Seu governo como Deus, Pai e Espírito (Ef.4:6-10). No instante que Jesus disse: "...meu Deus e vosso Deus", é evidente que Ele apenas repetiu o que havia dito antes referindo-se ao Pai. Sabemos que o Pai é Deus (Flp.4:20; Ef.4:6), portanto não foi estranha a forma como Jesus falou, pois quando ele falou do PAI e depois falou de DEUS, apenas quis dar ênfase à mensagem que estava transmitindo. O versículo não prova outro doutrina senão a realidade da dupla natureza de Jesus. O próprio apóstolo Paulo, falou a respeito do "... Deus de nosso Senhor Jesus Cristo" (Ef.1:7), mas acrescentou logo a seguir dizendo que este Deus era "... o Pai da Glória", o que não deixa de ser a verdade. Passagens como estas, falam de deus na salvação dos homens. Grande é o mistério da divindade, mas convém lembrar, que este mistério não está oculto a ninguém, a não ser que alguém se recuse a ser revelado pelo Espírito para compreender esta maravilha que é a Unicidade de Deus. Ler com atenção Efésios 1:17-23.


37-CONCLUSÃO Caro leitor, aluno e participante, você está chegando ao fim deste trabalho bíblico, e antes que você feche e o ponha de lado, quero deixar uma coisa bem clara. Esta não é apenas uma tentativa de esclarecer certos versículos da Bíblia. Este é um assunto que diz respeito a Jesus. O que você pensa sobre Jesus? Você afirma que Ele é Deus, completa, verdadeira, total e exclusivamente Deus? Ou você pensa, como muitos, que Ele é apenas a Segunda Pessoa de uma Trindade? Lembre-se! Se o Senhor Jesus é a plenitude da Divindade e você insiste em adorar outras duas divindades, você está desobedecendo as Escrituras. "PORQUE EU SOU DEUS E NÃO HÁ OUTRO"(Is.45:22). Lembre-se!! Se o Senhor Jesus é a divindade completa e você o vê como uma terça parte de Deus (quando você adora), então você não pode ser considerado como um verdadeiro adorador de Deus. Por que não cerrar as fileiras junto com aqueles que crêem que "JESUS É TUDO?". Ele é o Pai no que diz respeito à Sua Divindade, Filho quanto a sua humanidade e é o Espírito Santo porque Deus é Espírito. Dia virá em que todos os lugares, acreditarão apenas nisso (Zac.14:9). O homem faz a tradição afirmar que "JESUS ESTÁ NA DIVINDADE". As Escrituras, na verdade, afirmam que "A DIVINDADE ESTÁ EM JESUS" (Col.2:9). Em que você crê?

FIM *************************************


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